Financeiro 43 - Fevereiro 2007

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Financeiro

A revista do crédito

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.000 EXEMPLARES

ano 5 nº 43 fev/2007


Seu evento no coração de São Paulo Lgo São Bento

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editorial

Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento

A manchete do caos Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI

DIRETORIA Presidente Érico Sodré Quirino Ferreira Vice-Presidentes Aquiles Leonardo Diniz, Gilberto Caldart, José Arthur Lemos de Assunção, Marco Ambrógio Crespi Bonomi, Odílio Figueiredo Neto, Paulo Eduardo D’Ávila Isola, Paulo Henrique Pentagna Guimarães, Ricardo Malcon, Ronaldo Amaral de Carvalho Pinto e Wilson Masao Kuzuhara Secretários Daniel Capelo Pinheiro e José Dante Zanaga Neto Tesoureiros Aristeu Zanúncio e Sergio Marra Capella Diretores Regionais Carlos Alberto Samogim (SP-Interior), Dirceu da Assumpção Variz (SP-Capital), Elcio Antônio de Azevedo (MG), Félix Archanjo Bordin (PR), Paulo R. Tabaquim (Montadoras), Renato Malcon (RS), Sergio Faria Lemos da Fonseca Junior (DF e GO) e Tiziana Dadalto (ES) Diretores Adalberto Savioli, Álvaro Augusto Vidigal, Enílson Espínola de Souza, Felícitas Renner, Ivan Svitek, João Ayres Rabelo Filho, José Antônio Rigobello, Marcos Antonio Waideman e Sergio Antônio Cipovicci Diretores Conselheiros Humberto Casagrande Neto, Jerônimo Varalla Neto, Luiz Antônio Viana, Luiz Fonseca de Souza Meirelles Filho, Ricardo Annes Guimarães e Rodrigo Bacellar Conselho Consultivo Membros Natos: Alkindar de Toledo Ramos e Manoel de Oliveira Franco. Membros: Elcio Aníbal de Lucca (SERASA), Guilherme Afif Domingos (ACSP), João Elísio Ferraz de Campos (FENASEG), Luiz Horácio da Silva Montenegro (ANEF), Miguel de Oliveira (ANEFAC), Rogelio Golfarb (ANFAVEA), Sergio Reze (FENABRAVE) e Walter Machado de Barros (IBEF SP) Conselho Fiscal Efetivos: Alberto Borges Matias, Domingos Spina e Roy Martelanc. Suplentes: Abílio Abreu Neto, Massimo Tagliavini e Matias Nazari Puga Neto Presidente Honorário João Uchôa Borges (In memoriam) Diretor Superintendente Antônio Augusto de Almeida Leite (Pancho) Conselheiro Econômico Prof. Istvan Kasznar

Financeiro ISSN 1809-8843 Conselho Editorial : Érico Sodré Quirino Ferreira, Prof. Istvan Kasznar, Antônio A. A. Leite (Pancho) e Sérgio Tamer; Coordenação Editorial: Tamer Comunicação Empresarial; Jornalista Responsável: Eliana Nigro (MTB 15.005); Editoração e Produção Gráfi ca: EDF (www.edf.com.br); Pré-impressão e Impressão: Fabracor; Periodicidade: mensal Tiragem: 20.000 exemplares

Os bancos em geral, e as financeiras em particular, não são entendidos, por alguns, como o motor da economia do País. Mas imaginem o caos que se instalaria na economia se o governo editasse a seguinte medida provisória: “O sistema financeiro está proibido de emprestar ou financiar pessoas físicas.” Eis aí uma manchete que nem o mais xiita dos adversários do sistema financeiro quer ver nas manchetes do dia. Imaginem como ficaria o nosso Brasil. Pensem no que seria – ou melhor, no que não seria – o País sem crédito. Sem financiamento, o Brasil pára. Principalmente se o corte do crédito for para a pessoa física. Imaginem toda a economia na dependência dos R$ 380 de salário-mínimo que a grande maioria dos brasileiros vai passar a receber em abril! Deus nos livre disso! Imaginem a indústria automobilística sem poder financiar quase 2 milhões de veículos. Imaginem os milhares de lojistas que trabalham com veículos usados se não houvesse crédito – e são aproximadamente 6 milhões de veículos financiados anualmente. Seria a maior recessão que este país já viveu. Sem crédito, quase ninguém poderia comprar roupas, sapatos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, suprimentos de informática, cosméticos... Isso implicaria uma parada geral do varejo e, por conseguinte, seria como decretar a paralisação de toda a indústria. Com a indústria em ponto-morto, não haveria exportações que equilibrassem a balança comercial, o câmbio ficaria em desequi-

líbrio absoluto. Setores que empregam muita mão-de-obra, como o da construção civil, não teriam como se manter: o desemprego seria maciço. E, pior, em vez de atingirmos o tão almejado crescimento econômico, seria um verdadeiro milagre se o PIB não caísse mais do que 5%. Seria um pesadelo! Ainda que muito abaixo do ideal, o crescimento de 2006 foi puxado, não resta dúvida, pelo consumo interno. E ele acaba se não houver crédito. Cada um de nós pode imaginar as conseqüências do Brasil sem crédito, mas, felizmente, essa manchete não passa de um pesadelo que não vai ocorrer, nem na Venezuela. Muito pelo contrário. A relação crédito/PIB registrada em 2006 (32%) ainda está muito aquém do possível, como todos sabem, mas está em alta acelerada. Nossa meta é atingir os 65% do Chile, o mais bem-sucedido dos sul-americanos. Essa é a meta a ser perseguida, a qual queremos que todos leiam na manchete dos jornais do Brasil. Afinal, com a Selic em declínio – e há quem aposte que possa chegar a 11% em dezembro –, os juros reais podem ficar abaixo de 8% ao ano, o que vai, com certeza, ampliar o crédito disponível. Bendito seja o crédito! Benditos sejam os clientes!

Nesta edição 4 Inovação Fundação Dom Cabral e Serasa em parceria para o desenvolvimento

6 Análise econômica O debate sobre o crescimento econômico

8 Tendência Inteligência artificial aplicada aos negócios

10 Artigo Leasing : forte aliado do setor produtivo

As opiniões emitidas nos artigos assinados não refletem necessariamente as posições da ACREFI e são de exclusiva responsabilidade dos autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo da publicação depende de autorização por escrito.

Andrea Felizolla

Rua Libero Badaró, 425 - 28º andar - São Paulo - SP Tel.: (11) 3107-7177 Fax: (11) 3106-6082 - www.acrefi.org.br

12 Varejo

14 Artigo O Sistema Nacional de Gravames (SNG) conclui a interligação de todos os Detrans

15 Qualidade de vida Em campo, os “peladeiros” de fim de semana

18 Análise setorial O comércio varejista e o alongamento do prazo

20 Acelerando Meu clássico predileto

22 Banco de dados

Perspectivas para o comércio varejista

30 Espaço do artista No shopping: fadinha e sorvete, por Silvio Dworecki


inovação

A Fundação Dom Cabral e o Núcleo Serasa de Inovação em Serviços firmaram parceria e realizaram o Projeto Sistema Financeiro Nacional: Parcerias, Alianças e Inovações, para poder compreender, na visão dos representantes dos bancos, quais são as principais avaliações, percepções e expectativas com relação às parcerias. A idéia surgiu a partir da conscientização de que não existe uma pesquisa aprofundada sobre a sistemática da gestão do sistema bancário. “Qualquer pesquisador pode encontrar muitos trabalhos nas áreas industrial, comercial ou macroeconômica, mas percebemos que não existe um aprofundamento na área bancária”, explica Carlos Aníbal Nogueira Costa, coordenador da pesquisa realizada pelo Núcleo Serasa de Inovação em Serviços e pela Fundação Dom Cabral. A pesquisa abrangeu 16 instituições bancárias de pequeno, médio e grande porte; nacionais e estrangeiras; privadas e públicas. Foram realizadas entrevistas em profundidade nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo e no Distrito Federal. A primeira etapa aconteceu entre maio e julho de 2006 e resultará em um livro, a ser publicado em maio de 2007, com a parte conceitual do projeto. O grupo coordenado por Aníbal constatou que os bancos não vivem de patentes, como as indústrias, mas da gestão de seus negócios. Logo, percebeu que a cultura principal nos bancos é a do sigilo. No início de cada entrevista, foi esclarecido o objetivo da pesquisa e os conceitos sobre redes interorganizacionais. “Essa rede foi definida como arranjos estratégicos que englobam empresas ou instituições

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Fundação Dom Cabral e Serasa em parceria para o desenvolvimento

Carlos Aníbal coordenou pesquisa junto a 16 instituições financeiras

Idéia surgiu a partir da constatação da inexistência de pesquisa aprofundada sobre a gestão do sistema bancário com o objetivo de, em conjunto, compartilhar, desenvolver ou ofertar novos produtos, tecnologias ou serviços”, esclarece Aníbal. O grupo partiu da premissa que os bancos, assim como tantos outros setores, estruturalmente dependem de parcerias. Todos os serviços bancários dependem de outras empresas ou instituições, desde a simples compensação de cheques e documentos até a oferta de fundos e outros produtos. A equipe de pesquisadores encontrou uma complexidade enorme no sistema bancário, desde o número e a variedade de produtos e serviços ofer-

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tados aos mais diversos clientes até a intrincada regulamentação do sistema realizada pelo Banco Central para que a credibilidade não seja abalada. Há uma diferenciação entre parcerias e alianças. Para os entrevistados, a idéia de parceria tem um sentido mais pontual, para realização de serviços e oferta de produtos. O conceito de aliança é mais estrutural, uma cooperação estratégica. Espontaneamente, os pesquisados forneceram os conceitos de redes interorganizacionais: a) as unidades de auto-atendimento, ou ATMs, que são os caixas eletrônicos, inicialmente disponíveis em bancos de porte grande e hoje já compartilhada por todo sistema; b) outra rede lembrada é a de cartões eletrônicos, tanto de crédito quanto de débito; e c) a rede que mais teve destaque nas entrevistas foi a de correspondente bancário, que abrange FINANCEIRO


bancos de todos os portes e estabelecimentos comerciais de variados segmentos e diferentes localidades. Mas a dúvida dos pesquisadores era: quais as parcerias que seriam mais citadas pelos entrevistados? A essa pergunta seguiu-se a seguinte percepção: um dos maiores e melhores exemplos de parceria, atualmente, são os correspondentes bancários, pela redução de custos e facilitação de gestão, pela estrutura física e de pessoal, pela remuneração de acordo com os resultados financeiros alcançados, em que as instituições pagam comissões ou repassam parte das tarifas, e, principalmente, pela capilaridade do sistema, que alcançou milhares de consumidores até então “desbancarizados” e que gera melhoria no atendimento em todo o território nacional. Outras parcerias mais citadas foram entre bancos e casas lotéricas (que podem ser consideradas os primeiros correspondentes bancários), agências dos correios, lojas de varejo e revendas de automóveis. Os dois últimos segmentos podem ser definidos como parcerias estratégicas para venda de produtos e serviços, como crédito ao consumidor, crédito consignado ou vendas de seguros para automóveis e residências. Os “por quês”. Essa era outra questão a se descobrir. Os entrevistados foram questionados sobre os principais motivos e objetivos que estimulavam a criação de parcerias para oferta de produtos, serviços ou ampliação do mercado. Lucratividade e redução de custos

estão entre os primordiais objetivos na criação de parcerias e alianças (como em qualquer outra atividade da iniciativa privada), que se traduzem em otimizar recursos. Outra resposta de peso foi a partilha de investimento, apesar de não atingir todas as parcerias. Assim como o compartilhamento de risco. Porém, outras importantes constatações foram reveladas aos pesquisadores, como a concorrência, a proteção de mercado, a redução de pessoal e a satisfação do cliente. Este, para alguns, pode exercer, também, o papel de parceiro, pois, na medida em que expõe seus desejos, explicita demandas e expectativas, vai estimular a criação ou o desenvolvimento de novos produtos ou serviços. E o desenvolvimento tecnológico é motivo ou causa para a criação de novas parcerias? Nessa questão, os entrevistados se dividiram, pois acreditam que muitos produtos e serviços foram criados a partir do desenvolvimento tecnológico, enquanto outros afirmam que a criação de um produto ou serviço impulsiona o desenvolvimento tecnológico. “Uma coisa nós pudemos perceber: as empresas de tecnologia são parceiras, além de fornecedoras. Quando há uma demanda de processo interno ou de exigência do Banco Central e não existe solução no mercado, as empresas são chamadas para desenvolver produtos específicos para aquele fim”, salienta Aníbal. Dentre as principais conclusões dessa primeira etapa da pesquisa, a equipe pôde destacar: o sistema

Levantamento mostra principais motivos que estimulam parcerias para oferta de produtos e serviços financeiro brasileiro está entre os mais avançados do mundo, e um dos motivos é que muitas instituições são verdadeiros balcões de negócios, oferecendo serviços e produtos altamente diferenciados. Do ponto de vista dos pesquisadores, a tendência, em curto prazo, é de os bancos criarem cada vez mais produtos, prestarem mais serviços e ampliarem seus mercados, sustentados pelo desenvolvimento e pelas inovações tecnológicas. A justificativa dessa conclusão é o altíssimo nível de competitividade no ambiente bancário, tanto para instituições que trabalham focadas em nichos quanto para aquelas chamadas múltiplas, que atendem o varejo. Outra importante conclusão é a previsão de os bancos transferirem maior número de atividades para os correspondentes bancários, para poder ampliar, ainda mais, a capilaridade de sua atuação. Mas os principais motivos dessa premissa são a redução de custos e a facilitação do atendimento ao cliente e ao público de uma forma geral, que pode se tornar cliente. Porém, o universo pesquisado acredita que as instituições passem a enfatizar as competências dos parceiros na busca de alianças mais equilibradas para ambos.

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análise econômica

Arquivo Acrefi

O debate sobre o crescimento econômico TEREZA MARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA MB ASSOCIADOS

A economia brasileira apresentou avanços importantes em 2006. O setor externo seguiu se consolidando, com saldo comercial crescente e forte elevação nos níveis de reservas. A inflação encerrou o ano em patamar inferior à meta estabelecida, mesmo com a queda de 4,75 pontos percentuais na taxa básica de juros. O crédito se expandiu e a massa salarial apresentou evolução real próxima a 6%, com conseqüente reflexo no varejo. No entanto, essas mudanças não foram suficientes para fazer com que o crescimento do País superasse o patamar de 3% e reacenderam o debate sobre a possibilidade de um crescimento maior na nossa economia. Passado o Natal, e tendo ficado claro que os níveis de estoques na economia não eram altos pelo crescimento das importações, parece ficar claro que o vazamento para o exterior de parte da nossa riqueza para aquisição de bens e serviços está aumentando. Algumas razões justificam a tendência de manutenção do nosso baixo crescimento, como decorrência da falta de investimentos que possam alavancar o nosso PIB: i) nossa estrutura fiscal, com gastos correntes elevados, não permite folga financeira para avançar nos investimentos nem a diminuição da carga tributária (atualmente em

A dificuldade para superar os 3% de crescimento foi percebida também pelo governo, que lançou o PAC

38% do PIB) que possa atrair investimentos privados de maneira importante; ii) o ambiente próinvestimento não existe pela inadequação ou falta de confiança na regulação sobre os investimentos, principalmente na área de infraestrutura; iii) a burocracia brasileira é outro fator antiinvestimento; iv) a falta de financiamento com taxa e prazo compatíveis com investimentos de longo prazo, entre outras. A nossa dificuldade para superar os 3% de crescimento aparentemente foi percebida também pelo governo, que, para tentar aumentá-lo, acaba de lançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com horizonte até 2010, que se propõe a fazer com que os investimentos retornem ao País de forma mais intensa. O programa foca várias

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áreas que vão desde o investimento em infra-estrutura até a melhoria do ambiente de investimento, passando pelas áreas de crédito e financiamento, desoneração tributária e outras medidas. A redução da taxa de juros básica, ao longo de 2006, permitiu ao governo uma economia de algo em torno de 1,5% a 2,0% do PIB, e essa folga será usada, em boa parte, para tentar alavancar parte das medidas anunciadas no programa. No seu conjunto, as medidas podem ajudar o crescimento no curto prazo. Contudo, a opção pelo aumento de gasto em vez de uma consolidação maior na área fi scal com a economia de juros é jogar fora mais uma vez a chance da consolidação do crescimento sustentado. Avaliar o impulso ao crescimento dado pelo pacote irá exigir um pouco mais de tempo. De um lado, alguns investimentos anunciados já faziam parte do processo individual de investimentos das estatais, a exemplo da Petrobras, e, portanto, já estavam incorporados às expectativas da maioria dos agentes. Por outro lado, os investimentos adicionais a serem feitos pelo governo não têm sua fonte de receita totalmente garantida porque dependem, em parte, de aprovações no Legislativo. Temos que nos lembrar que a agenda do LeFINANCEIRO


gislativo já contempla duas emendas constitucionais: a prorrogação da Contribuição Provisória do Mercado Financeiro (CPMF) e a Desvinculação da Receita da União (DRU). Em relação à desoneração proposta, as medidas foram muito tímidas e serão insufi cientes para capitalizar volumes signifi cativos vindos da iniciativa privada. O mais importante, contudo, e que ainda está longe de ser encaminhado, diz respeito aos vários níveis de regulação necessários ao retorno do capital privado aos investimentos. As dúvidas regulatórias que existem em relação aos vários setores da infra-estrutura são muitas: incertezas quanto à obtenção de licenças ambientais para que os projetos possam ser implementados, política de preços, grau de intervenção do poder público, dúvidas em relação ao poder das agências reguladoras, avanços ou retrocessos no encaminhamento

ACREFI

O PAC não encaminha soluções para os problemas estruturais, que são condição para atração dos investimentos privados

das concessões e das próprias Parcerias Público-Privadas (PPPs). Esses itens são objeto do capítulo da melhora do ambiente de investimento e passa pela regulamentação do artigo 23 da Constituição, pelo Marco Legal das Agências Reguladoras, pela aprovação da Lei do Gás Natural, entre outras, que dependem de tramitação no Congresso. Com isso, as dúvidas quanto

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à qualidade da legislação que vai ser aprovada e o prazo no qual isso irá ocorrer já nos indicam que dificilmente, em 2007, os avanços serão significativos nessa área e que, portanto, no que depender de investimento privado, os volumes não serão expressivos. O ponto negativo do pacote fica por conta da piora do regime fiscal, no longo prazo, pela indexação dos gastos e pelo fato de que a maior parte da economia dos juros irá provavelmente virar consumo. Em resumo, o resultado do programa recém-anunciado não deverá ser suficiente para garantir um crescimento consistente de 5% ao ano, além de não encaminhar as soluções para os problemas estruturais, que são condição para a atração dos investimentos privados em volume suficiente para ampliar a nossa capacidade de oferta e diminuir o nosso consumo de produtos importados.


tendência

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Inteligência artificial aplicada aos negócios PAULO ADEODATO, PROFESSOR-ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DA UFPE E CIENTISTA-CHEFE DA NEUROTECH

Em um mercado cada vez mais complexo e competitivo, a automação, a redução de custos e a eficiência na decisão tornaram-se cruciais para o sucesso nos negócios. Já há alguns anos, essas características chegaram aos processos de tomada de decisão. A popularização dos computadores pessoais e os avanços tecnológicos no campo da ciência experimental e acadêmica e da engenharia aplicada permitiram que atividades até então reservadas a humanos fossem desenvolvidas por computadores programados para “pensar” e “aprender”. Essa afirmação já não parece estranha para a maioria das pessoas que lidam com sistemas de decisão, mas ainda é surpreendente o fato de um computador, o Deep Fritz, sucessor do famoso Deep Blue, ambos da IBM, recentemente ter derrotado o maior enxadrista do mundo, Vladimir Kramnik, dessa vez sem perder sequer uma partida.

Quando pensamos na tomada de decisão para concessão de crédito, prevenção a fraudes ou recuperação de crédito, podemos achar que a intuição humana seja fundamental, já que essas atividades requerem profundo conhecimento específi co e muita experiência. Ora, por que esse problema seria diferente ou teria maior complexidade de raciocínio do que o jogo de xadrez e por que seu processo investigativo deixaria de ser automatizável? A resposta a essas perguntas está no emprego de complexos algoritmos matemáticos que podem simular e prever o comportamento humano. De fato, a grande quantidade de dados e informações hoje disponíveis no momento da tomada de decisão há muito superou a capacidade analítica humana. Essa característica motivou o desenvolvimento de novas técnicas e ferramentas capazes de lidar com essa nova com-

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plexidade, daí o surgimento e o desenvolvimento da inteligência artifi cial, ramo de pesquisa e aplicação da ciência da computação. Um desses princípios matemáticos ou técnica de inteligência artifi cial aplicada à solução de problemas é conhecido como redes neurais. Seu nome decorre de ter sido inspirado na estrutura do cérebro humano. Seus fundamentos teóricos, porém, estão na estatística, computação e neurociência. Redes neurais são sistemas de computação que se baseiam na interação de várias unidades de processamento elementar (neurônios) que, em conjunto, possuem grande poder computacional. Redes neurais também se assemelham ao cérebro por resolverem os problemas a partir da sua “experiência” adquirida com os exemplos observados. Além dessa “experiência”, redes neurais podem utilizar conhecimento a priori for-

FINANCEIRO


necido por um especialista na sua tomada de decisão. Por exemplo: partindo da suposição de que um mau pagador representa uma distorção, uma fuga aos padrões conhecidos, queremos encontrar, no meio da enorme massa de indivíduos ou empresas analisadas, aqueles que apresentam perfi s com maior propensão a esses desvios de comportamento. Essa busca de perfil é feita com o uso de técnicas de inteligência artifi cial, tais como as redes neurais, ou outras mais conhecidas como regressões lineares ou logísticas etc. As técnicas mais avançadas têm a capacidade de correlacionar um número quase infinito de variáveis, extraindo daí características que fogem ao mais aguçado espírito investigativo do ser humano. No Brasil, já existem soluções com esse princípio, como, por exemplo, a solução Pitang/Neurotech. Tais soluções aplicam-se aos mais diversos ramos de negócios, sempre

ACREFI

trazendo resultados acima da média das soluções de mercado, justamente porque aplicam os mesmos princípios matemáticos empregados na solução de problemas complexos, como tornar o computador um campeão de xadrez. Por fim, tomemos como um exemplo prático a gestão de riscos de crédito. O problema que se apresenta na recuperação de créditos vencidos é: como priorizar as ações de cobrança, dando ênfase àquelas mais adequadas ao perfil de cada cliente, evitando-se o investimento de mais dinheiro bom na tentativa de recuperar débitos que jamais serão quitados? O sistema de redes neurais para a cobrança identifica os perfi s da dívida a partir da base histórica e estima a chance de sucesso, reduzindo os custos da cobrança e maximizando o retorno financeiro. No fim da linha, esse tipo de sistema estima o valor de uma carteira de títulos vencidos que precisa ser

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negociada. Utilizando-se das mesmas técnicas já descritas, a solução calcula a probabilidade de recuperação dos valores por faixas de atraso, fornece o ponto de partida para o cálculo preciso do valor dos títulos e a determinação de seu valor presente. A mesma ferramenta também estima as boas chances de recuperação do crédito para uma parcela dos devedores, o que significa identificar, na massa de maus pagadores, indivíduos que, por qualquer motivo, sofreram perda temporária da capacidade de pagamento, mas que são aptos a fazer um bom acordo e tornarem-se novamente clientes ativos da instituição. Sendo assim, a utilização da inteligência artificial em um sistema de gestão de riscos permite ao gestor de uma financeira acompanhar os principais motivos que levaram à recomendação apresentada e entender como essas variáveis influenciam os resultados de seu negócio.


artigo

Andrea Felizolla

Leasing: forte aliado do setor produtivo RAFAEL CARDOSO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LEASING (ABEL)

Um pressuposto fundamental para o bom andamento da economia é a capacidade de as empresas investirem na modernização, na melhoria de processos e na busca de excelência. Especialmente para os setores mais dinâmicos, que necessitam de atualização tecnológica permanente, a operação de leasing é um poderoso aliado na modernização e expansão das atividades que proporciona melhores condições de competitividade. Os números endossam a robustez do setor, que se consolida de maneira perene. Nos últimos cinco anos, a expansão foi de 216%. Em novembro de 2006, o Valor Presente da Carteira (VPC) chegou a R$ 33,03 bilhões, com crescimento de 54,6% em novos contratos, em relação ao mesmo mês do ano anterior. São dados relevantes que reafirmam a opção do mercado pelo produto. Os motivos por essa escolha são tão simples quanto numerosos. Ao contrário da compra direta, o arrendamento prevê o pagamento pelo uso do bem pelo período contratado, por meio de contraprestações. Sendo do interesse do cliente, o bem pode ser adquirido ou o contrato pode ser renovado. Essa flexibilidade na substituição de máquinas e equipamentos, aliada a idiossincrasias do produto, como simplicidade e rapidez de contratação, possibilita um planejamento efi-

O leasing pode ser utilizado em todas suas potencialidades em setores-chave para a economia

ciente. O capital de giro, que oxigena os negócios, não fica imobilizado e pode ser direcionado para a alavancagem dos negócios. Essa lógica já é percebida estrategicamente pelas companhias brasileiras, que vêm quebrando o paradigma segundo o qual é mais importante possuir um bem do que usufruí-lo e têm percebido que podem fazer uso de máquinas, computadores, caminhões sem adquiri-los. Com isso, liberam recursos para outros fins. E alçam o arrendamento mercantil ao posto de uma das principais linhas de crédito do País e motor para o pleno funcionamento da engrenagem da economia nacional. Perspectivas para 2007 Com a tendência de queda de juros, inflação sob controle, alon-

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gamento de prazos de financiamentos e cenário econômico estável, o País dá sinais de ingressar num período de crescimento sustentável, se ainda não coerente com suas potencialidades, pelo menos numa trajetória que acene para isso. Um crescimento da ordem de 3,7% a 4% para este ano é factível e, com esse índice como pano de fundo, as expectativas em relação ao leasing são animadoras. Afinal, historicamente, a relação entre as curvas do PIB e do Valor Presente das Carteiras de leasing (VPC) é positiva e diretamente proporcional. Em 2004, ano em que o PIB cresceu 5,2%, o setor de arrendamento mercantil expandiu 55,4%. No ano seguinte, o PIB cresceu 2,3% e a carteira de leasing, 56,6%. Além disso, o cenário de maior competitividade nacional e internacional – e a conseqüente necessidade das empresas de elevar seus patamares de eficiência – tem contribuído para aumentar a percepção sobre as vantagens do leasing. É com isso em mente que vislumbramos, para 2007, uma expansão do setor da ordem de 25% a 30%. Numa análise de mais longo prazo, o leasing pode ser utilizado em todas as suas potencialidades em setores-chave para a economia, como o de infra-estrutura, por exemplo. De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento EcoFINANCEIRO


nômico e Social (BNDES), o governo pretende investir R$ 198 bilhões nos próximos quatro anos em segmentos como comunicação, energia, ferrovias, portos, saneamento e transportes. Considerado um dos gargalos para a ampliação da produção, o setor de infra-estrutura, em pleno funcionamento, é condição sine qua non para o crescimento econômico. Com o ordenamento desse setor, o estímulo aos investimentos produtivos em outros segmentos, sejam eles privados ou estatais, é um caminho natural, fechando, assim, um círculo virtuoso. Dessa maneira, os aportes realizados em bens de capital para a expansão da produção desencadeiam uma série de efeitos sistêmicos, promovendo empregos de uma maneira sustentável e aumentando a renda e a arrecadação de impostos. Os benefícios se estendem para toda a sociedade. Na esteira dessas previsões otimistas, o arrendamento mercantil, estratégico para os investimentos em infra-estrutura, deve expandir ainda mais sua participação e contribuir para o dinamismo econômico. Economia estável é importante, mas não suficiente As válvulas propulsoras do leasing, no entanto, não se restringem à conjuntura macroeconômica. O aprimoramento da ferramenta em seus mais diversos aspectos – conceitual, jurídico, legal e tributário – e o entendimento em relação ao produto por parte de governo e opinião pública também são tópicos primordiais para a solidez e a conseqüente relevância do arrendamento mercantil. Um dos casos mais notáveis é o do Valor Residual Garantido (VRG). Em 2002, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por meio da súmula 263, que “a cobrança antecipada do VRG descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil, transformando-o em compra e venda a prestação”. Com esse documento em vigor, muitos arrendatários que não quiseram renegociar suas dívidas com empresas de leasing entraram na justiça. A ACREFI

O arrendamento mercantil deve expandir ainda mais sua participação e contribuir para o dinamismo econômico

reação natural foi que os investidores passaram a enxergar o arrendamento mercantil com desconfiança. Diante desse quadro, a Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel) iniciou intenso trabalho de esclarecimento acerca do produto, voltado às autoridades e, principalmente, à opinião pública. Em 2004, o STJ finalmente decidiu que a “cobrança antecipada do VRG não descaracterizava o arrendamento mercantil”. A decisão abriu um novo ciclo de prosperidade para o leasing: em 2004, o setor alcançou R$ 12,7 bilhões em novos negócios, mais do que o dobro do resultado obtido em 2003. O exemplo da vitória do setor na questão do VRG consubstancia o papel que a Abel assume: uma entidade representativa que, em sinergia com suas associadas, vem desenvolvendo, há 36 anos, um trabalho sério e profundo, cujas finalidades são contribuir para o aprimoramento da ferramenta; disseminar à opinião pública em geral os mecanismos do leasing que lhe garantam o posto de destaque que merece; discutir suas questões sobre suas mais diversas naturezas e elucidar pontos que suscitam dúvidas. É essa a vocação e a razão de existir da associação numa sociedade democrática. Futuro promissor Se os agentes do setor olham para trás com satisfação, eles enxergam um futuro de muito trabalho e empenho. Pugnar pela desobstrução do

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mercado e pelo aprimoramento do produto, por avanços na legislação do leasing e por maior utilização por alguns setores como construção civil, por exemplo, são metas constantes. Nesse contexto, são pertinentes, também, ações que objetivem melhorias para o desenvolvimento do leasing operacional que, apesar de regulamentado em 1996, começou a operar de fato há seis anos e desponta como a modalidade de maior potencial de crescimento para o mercado brasileiro. Nela, o arrendatário já prevê a devolução do bem, ou seja, afirma sua intenção de, ao término do contrato, não ficar com o objeto arrendado e, sim, substituir por outro de tecnologia mais avançada. O cliente também tem o benefício de terceirizar completamente serviços como manutenção, assistência técnica e atualização tecnológica, que vêm com o pacote do produto. Outra contribuição operacional é o desbravamento de mercados secundários que, com exceção dos de automóveis, não possuem dados sólidos de análise de comportamento futuro. Mas, em outras áreas, a recolocação já começa a representar importante fator de minimização de risco para o arrendador. Computadores de alta tecnologia arrendados por grandes empresas, por exemplo, são repassados a outras instituições que não demandam tamanha modernização, como escolas, pequenas e médias empresas e hospitais. O fator cultural de propriedade, muito arraigado por aqui, gradativamente dará lugar ao conceito de uso e permitirá uma nova fase dessa modalidade. O desenvolvimento contínuo do arrendamento mercantil no Brasil é uma realidade. Todavia, isso não nos exime da responsabilidade de agir cada vez mais ostensivamente nem nos concede o direito de esmorecer. Pelo contrário. Orientada pela filosofia que preconiza a fomentação do debate e a abertura de espaço para discussões que objetivem o aprimoramento do setor, a indústria do leasing continuará agindo incessantemente para assegurar melhorias não só ao arrendamento mercantil, mas à economia do País como um todo.


varejo

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Perspectivas para o comércio varejista CARLOS THADEU DE FREITAS GOMES, ECONOMISTA CHEFE DA CNC E EX-DIRETOR DO BANCO CENTRAL FABIO GOMES MORAND BENTES, ASSESSOR ECONÔMICO DA CNC

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De janeiro a novembro de 2006, o faturamento real do setor acusou expansões de 6,2%, segundo o IBGE

Um dos problemas mais freqüentemente apontados como inibidores do dinamismo da economia como um todo, e do comércio varejista em particular, é o baixo volume do financiamento à atividade privada. A partir de 2003, as operações creditícias voltaram a crescer, dando início a um novo ciclo de crédito na economia brasileira, que

se intensificou a partir de 2004 e segue com fôlego ainda este ano. Segundo o Banco Central, as operações de crédito, que representavam cerca de 26,2% do PIB no final de 2003, atingiram 34,5% em 2006. Apesar de haver uma tendência de alta em diversas modalidades, esse novo ciclo baseia-se especialmente na expansão das operações de crédito às pessoas físicas e, principalmente, no financiamento do consumo de bens duráveis. Além do crédito, as melhoras na renda real e na massa real de salários também influenciaram positivamente esse resultado. Os níveis de renda e de massa salarial vêm se recupe-

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rando desde meados de 2003, apoiados nas surpresas desinflacionárias, nos aumentos reais expressivos promovidos no salário-mínimo e na evolução positiva do mercado de trabalho. De janeiro a novembro de 2006, o faturamento real do comércio varejista acusou expansões de 6,2%, segundo o volume de vendas medido pela PMC (IBGE). No entanto, independentemente do indicador utilizado, observaram-se disparidades significativas no corte regional dos dados, notadamente, nos Estados das regiões Norte e Nordeste, onde a variação real da vendas foi bem mais favorável do que nas demais regiões. Na pesquisa do IBGE, que apura números em todas as unidades da federação, essas duas regiões cresceram 13,0% e 10,2%, respectivamente, enquanto as demais acusaram variações mais modestas (+ 7,0%

FINANCEIRO


no Sudeste, + 2,5% no Sul e + 3,0% no Centro-Oeste). A principal razão para essa dualidade no corte regional dos dados do varejo reside na injeção de recursos extras na renda do consumidor observada ao longo do ano passado. A começar pelo reajuste nominal de 16,7% no salário-mínimo em abril último (+ 13,8% descontada a inflação medida pelo INPC que considera os gastos das famílias com renda entre um e seis salários-mínimos). Adicionalmente, os R$ 8,3 bilhões do programa Bolsa Família ampliaram a renda disponível de 11,2 milhões de famílias, das quais 50% encontram-se no Nordeste do País. O preço dos alimentos, itens que cresceram abaixo da inflação (+ 0,9% contra + 2,8% do INPC) e apresentam maior peso no consumo das famílias dessas duas regiões do que a média nacional (28,3%), ajudou a sustentar o varejo também por meio da elevação das vendas de hiper e supermercados (+ 7,6%), acima da média das demais atividades. Finalmente, a variação da massa de rendimentos nos 12 meses encerrados em novembro (+ 5,7% ante o mesmo período de 2005), alcançada tanto pela expansão da ocupação (+ 2,1%) quanto pela renda real do trabalho (+ 3,2%) no ano passado, contribuiu para a materialização de um cenário mais positivo para o consumo de bens menos dependentes das condições de financiamento como, por exemplo, alimentos. Restando apenas a divulgação dos números de dezembro, o fechamento dos dados de 2006 deverá registrar

ACREFI

Nos próximos meses, o varejo deverá apresentar taxas de crescimento das vendas menos expressivas um crescimento ao redor de 6,0% na pesquisa do IBGE. Apesar da grande probabilidade de a inflação convergir para a mediana das expectativas nos próximos 12 meses (+ 4,1% pelo INPC), o reajuste menor do salário-mínimo (+ 8,7%) deverá provocar impactos menos significativos no mercado de consumo neste ano. Da mesma forma, o próprio governo não prevê ampliações expressivas tantos dos recursos quanto do número de famílias atendidas pelos programas de assistência social como o Bolsa Família. Apesar do alongamento dos prazos de quitação dos recursos obtidos via crédito (entre dezembro de 2005 e novembro último, o prazo médio de empréstimos e financiamentos às pessoas físicas aumentou 11,4%), os novos recursos têm crescido a taxas mais modestas do que no passado, reflexo da elevada e crescente inadimplência das carteiras. Caberá, portanto, à evolução conjuntural do mercado de trabalho possíveis impactos positivos sobre a renda disponível. Desse modo, o comércio varejista deverá, nos próximos meses, apresentar taxas de crescimento das vendas menos expressivas, sobretudo naquelas regiões que se destacaram em 2006. Em um cenário de neutralidade, o volume de vendas neste ano deverá crescer algo próximo de 4,5% em relação a 2006.

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Apesar de o crédito seguir ajudando o varejo para os resultados deste ano, espera-se uma continuidade da desaceleração, iniciada no segundo semestre, das vendas dos bens duráveis para 2007, em função de seu esgotamento vegetativo e do endividamento das famílias. Entretanto, as vendas reais totais do varejo devem continuar crescendo com ritmo menor, em decorrência do cenário mais provável para 2007, favorável tanto para o crescimento econômico como para inflação. Hoje, o fator que mais preocupa na evolução do crédito à pessoa física e seus desdobramentos sobre o comércio varejista é o atual descasamento entre crédito e massa real de salários. O que, juntamente com inflação baixa e novas modalidades de crédito, favoreceu o aumento do financiamento, sobretudo do consumo. Contudo, o crescimento do crédito tem sido maior do que o da renda real, como têm evidenciado os níveis endividamento do consumidor. Devido a esse descasamento e ao dinamismo da economia, espera-se para 2007 um movimento de renegociação e alongamentos crescentes do crédito. Em determinados momentos, a inadimplência poderá crescer de maneira a causar impacto negativo sobre os empréstimos. Contudo, o cenário mais provável é que o crédito continue sua trajetória de expansão, já que a inflação baixa e a melhora das contas externas e de acesso ao financiamento internacional favorecem um ciclo mais duradouro.


artigo

Divulgação

O Sistema Nacional de Gravames (SNG) conclui a interligação de todos os Detrans HORACIO L. N. CATA PRETA, DIRETOR DE PROJETOS E SERVIÇOS DA FENASEG

Em dezembro de 2006, o último Detran, o do Estado do Amapá, foi integrado à rede do Sistema Nacional de Gravames (SNG), concluindo a integração nacional dos órgãos executivos de trânsito ao SNG. A partir de janeiro de 2007, toda e qualquer solicitação de gravame poderá ser verificada previamente não só junto ao Registro Nacional de Veículos (Renavam) do Denatran, mas também em toda a base nacional de veículos com gravames, e a possibilidade de financiamento de um veículo com as mesmas características, registrado em mais de um Detran, será praticamente nula. Iniciado em junho de 1997, no Estado do Paraná, o SNG precisou conquistar a confiança e o apoio de todos os Detrans, com os quais foi necessário realizar convênios de apoio operacional para implantar o sistema, que foi concluído em dezembro de 2006, após nove anos de investimentos e intensas negociações. Na base de dados do SNG em 31/12/2006, estavam registrados 14,3 milhões de veículos que representam as garantias fiduciárias das instituições que realizaram financiamentos com cláusula de alienação fiduciária, reserva de domínio, penhor de veículo ou arrendamento mercantil, num montante estimado de R$ 215 bilhões. Desde o início das operações do SNG e com 27,6 milhões de operações de inserções de gravames e baixas realizadas, até a presente data,

O crescimento dos financiamentos de veículos no Brasil certamente teve a ajuda do SNG nenhum caso de fraude com a utilização do sistema foi detectado, o que o torna um sistema não só eficiente operacionalmente, mas também seguro e altamente confiável sob todos os aspectos. O SNG, além de ser um sistema confiável e seguro, proporciona uma enorme economia de tempo e de papel, contribuindo para reduzir o impacto ecológico, pois, somente em 2006, possibilitou a economia de cerca de 60 milhões de folhas de papel, o que representa os processos em papel que teriam de ser levados aos Detrans para registro dos gravames dos veículos e as respectivas baixas. A contribuição do SNG para a modernização do processo de inserção e baixa dos gravames impactou de forma significativa a vida das pessoas que contratam financiamentos de veículos e as instituições financeiras, mas teve um impacto maior nos Detrans, em que anteriormente ocorriam casos de baixas irregulares e problemas administrativos, que praticamente foram eliminados. Os casos residuais, em sua maioria resultante do acervo de gra-

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vames anteriores à implantação do SNG no Detran, hoje têm sido resolvidos com a ajuda da Central de Apoio ao Cliente (CAC) do SNG, que tem solucionado as questões dentro de um prazo médio de 48 horas. O SNG adotou um modelo de remuneração inovador, pois cobra um valor único para todos os tipos de operações relacionadas ao sistema. Assim, a operação principal, que é a inserção do gravame no Detran, inclui automaticamente: (i) a baixa futura; (ii) a verificação prévia das características do veículo no Renavam – Fabril e Roubo e Furto; (iii) a verificação da existência de gravame sobre o mesmo veículo em outro Detran; (iv) o apoio operacional da Central de Apoio ao Cliente para a solução de problemas e equacionamento de casos mais complexos; (v) a emissão de relatórios de acompanhamento das inserções e baixas; (vi) o registro do contrato de alienação fiduciária no Detran, por meio do Sistema de Registro de Contratos de Alienação Fiduciária (Sircaf); (vii) as consultas, sem limite, à base do SNG; e (viii) o controle das transferências de propriedade e de licenciamento de veículos gravados nos Detrans. O crescimento dos financiamentos de veículos no Brasil certamente teve a ajuda do SNG, sem o qual todo o registro das garantias fiduciárias seria muito mais moroso e precário. catapreta@fenaseg.org.br FINANCEIRO


qualidade de vida

Divulgação

Em campo, os “peladeiros” de fim de semana JOSÉ ALBERTO AGUILAR CORTEZ, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTE DA EEFE-USP E DIRETOR DA FITCOR APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE

No seu site, o dr. Kenneth Cooper denomina os esportistas ocasionais de “guerreiros de finais de semana”. Entre eles se incluem os peladeiros, milhares de “atletas” de todas as idades que não perdem, por nenhum motivo, o encontro semanal para jogar futebol. Aqui no Brasil, os “guerreiros” se encontram nas praias, sítios, clubes, quadras alugadas e terrenos baldios. Os diferentes tipos de pisos aceitam pés descalços e pés calçando todos os modelos de chuteiras. Em comum, apenas o prazer de praticar o esporte mais popular e também o maior responsável por lesões em músculos, ossos e articulações. A confirmação do risco que a prática de esportes competitivos, principalmente o futebol, nos finais de semana, representa para os praticantes foi divulgada recentemente na Folha de S. Paulo. Segundo os pesquisadores que investigaram 450 pessoas, com mais de 18 anos, que sofreram lesões, 42% dos machucados estavam jogando futebol. O maior número de praticantes contribui para engrossar as estatísticas que relacionam a modalidade com o problema, mas as principais causas de contusões poderiam ser evitadas. Para os pesquisadores, o que torna o jogo mais perigoso é a falta de condição física dos jogadores que responderam que só jogavam nos finais de semana. As contusões ACREFI

mais comuns – entorses, distensões, contraturas, ruptura de ligamentos e mesmo as fraturas – poderiam ser evitadas se os peladeiros cuidassem mais da preparação física. Os médicos especializados em medicina esportiva atribuem à falta de condicionamento físico, ao excesso de peso e aos músculos fracos a incidência de lesões no futebol. Entre os “guerreiros de finais de semana”, pouquíssimos seguem as recomendações dos especialistas em relação à preparação física, e número inexpressivo adota medidas preventivas, como o aquecimento, antes de começar a jogar. Se todos procurassem chegar mais cedo, reservando alguns minutos para os exercícios de alongamento, corridas moderadas e exercícios específicos para pernas e abdômen, o risco de lesões diminuiria. Se todos tivessem bom senso e, aos primeiros sinais de cansaço, interrompessem a prática, músculos e ligamentos ficariam agradecidos e protegidos. A fadiga é um fator determinante para as lesões mais graves, como fraturas e rupturas de ligamentos, que acontecem quando o cansaço inibe os mecanismos de defesa representados pelos músculos. Vale a pena lembrar o conselho de Chico Buarque, famoso peladeiro, “não busco a boa forma física jogando bola, procuro manter a forma para poder jogar”. Bebidas alcoólicas antes da pelada

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Poucos seguem as recomendações de especialistas em relação à preparação física e um número inexpressivo acata medidas preventivas, como o aquecimento, antes de começar a jogar

nem pensar, além de afetar a coordenação motora e aumentar o risco de quedas e choques, pode potencializar as reações agressivas e comprometer o caráter alegre e amistoso das peladas. Não podemos esquecer que, apesar de tudo, os benefícios do rachinha de final de semana superam as desvantagens. É a terapia mais acessível para atenuar os efeitos de todas as pressões que sofremos diariamente.


EDF

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FINANCEIRO


ACREFI

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análise setorial

Arquivo Acrefi

O comércio varejista e o alongamento do prazo PROF. DR. ALBERTO BORGES MATIAS, DIRETOR DA ABM CONSULTING

O

contínua elevação, tanto nas operações efetuadas por pessoas físicas quanto naquelas efetuadas por pessoas jurídicas. Assim, o prazo médio total desse tipo de operação passou de 258 dias em novembro de 2005 para 286 em novembro de 2006. Ou seja, tem-se uma variação de 22% ao longo do ano para o prazo médio total; 36% para os prazos de operações realizadas por pessoas físicas e 5% pelas jurídicas. O crédito mostrou-se relevante na determinação das elevadas taxas de crescimento no período janeiro /outubro de 2006 para segmentos como móveis e eletrodomésticos (10,5%); equipamentos e materiais para escritório; informáti-

índice de volume de vendas no comércio varejista mostrou-se crescente na maior parte do ano de 2006. Comparando-se os índices de volume de vendas no comércio varejista e o índice ampliado (inclui atividades de veículos e material de construção) nos anos de 2005 e 2006, pode-se afirmar que houve elevação em ambos. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, referentes ao mês de outubro de 2006, comparando-se esse mês com o mesmo período de 2005, observa-se uma variação de 6,9% e 10,4%, para o índice ampliado. Em relação ao prazo médio nas operações de crédito, observa-se uma

Índice de Volume de Vendas no Comércio Varejista (Base 2003 = 100) 170

162 151

150

123 121 120 117 126 115 116 115 127 112 122 121 120 118 113 113 102 111

130

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112 110

115 115

115 113 110

112 111 113

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115 118

set/06

out/06

jul/06

Índice ampliado

ago/06

jun/06

abr/06

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dez/05

nov/05

set/05

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jul/05

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jun/05

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mai/05

fev/05

jan/05

Índice do volume de vendas

mai/06

100

96

fev/06

108

90

109

96

112 110

mar/06

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mar/05

110

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A idéia é o consumidor adquirir bens financiados a uma parcela mensal menor

ca e comunicação (33,7%); veículos, motos, partes e peças (6,5%). Atribui-se grande destaque para outro segmento no qual as facilidades de crédito também foram importantes: o segmento de material de construção apresentou evolução de 4,9% e superou os declínios dos períodos anteriores. Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, o volume total das operações de crédito referentes ao mês de novembro de 2006 atingiu cerca de R$ 715 bilhões. Assim, tem-se uma expansão no mercado de crédito de 21,3% em 12 meses, da qual a maior parte foi em crédito para o varejo. Pode-se, adicionalmente, relacionar a trajetória ascendente do prazo médio de vendas com o crescimento acelerado do crédito no varejo. A idéia é o consumidor adquirir bens financiados a uma parcela mensal menor. Ou seja, é preferível um número maior de parcelas com um valor menor. É preciso salientar, no entanto, que se observa crescimento no percentual da insolvência de pessoas físicas (atraso no pagamento superior a

Fonte: IBGE/Inepad

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FINANCEIRO


Prazo Médio – Dias Corridos nas Operações de Crédito com Recursos Livres 380 330

310

280

258

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PF

PJ

nov/06

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Total

Um novo programa a cada semana.

Fonte: BC/Inepad

90 dias). Em novembro de 2005, a insolvência era de 6,8%, enquanto, em novembro de 2006, alcançou 7,7%. Esse crescimento, se não for controlado, poderá ameaçar a expansão do crédito. Como os insolventes trazem maiores custos aos financiadores, as tarifas podem vir a se elevar. Com a elevação das tarifas, se reduz o número de pessoas dispostas a tomar o crédito e, por sua vez, a tendência de crescimento. Porém, se os financiadores utilizarem métodos mais restritivos de concessão (rating e outros mecanismos de gestão de risco), será possível expandir o crédito controlando a expansão da insolvência. Para concluir, podemos perceber que o crédito à pessoa física se benefi cia da estabilidade econômica. A

ACREFI

A economia estável gera condições para o alongamento do prazo, fator importante para o incentivo do consumo

economia estável gera condições para o alongamento do prazo, fator importante para o incentivo do consumo. Porém, é preciso conceder crédito de forma seletiva, evitando que maus pagadores entrem na carteira dos financiadores. Assim, será possível reduzir o spread, o que reduz a taxa final e cria um círculo virtuoso no mercado de crédito.

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Em breve no ar!

www.acrefi.org.br


acelerando

Meu clássico predileto RENATO OLIVA, DIRETOR DO BANCO CACIQUE

No apagar das luzes de 2006, fui surpreendido por um insólito pedido do Érico Sodré. Acostumado a participar de acaloradas discussões sobre os caminhos do sistema financeiro, não imaginava o desafio que meu amigo Érico, em sua respeitável posição de presidente da Acrefi, estava prestes a me fazer. “– Renato, precisamos que você escreva algumas linhas sobre carros ou motos antigas, para publicá-las em nossa revista!” Ufa!... Não saberia dizer o que é mais preocupante: se o peso da responsabilidade ou se a amplitude do assunto. Mas, lançado o desafio, o que me resta é “ir à luta”. Debrucei-me, então, sobre o assunto que achei que mais agradaria ao público da revista, e escolhi escrever sobre meu “Clássico Predileto”, que é, simplesmente, o ícone do carro esportivo americano, o Corvette. E, mais especialmente, sobre o mais espetacular de todos os modelos já fabricados: o Corvette Sting Ray, coupê, Split Window, 1963. Um pouco das origens: com o final da Segunda Grande Guerra, os soldados americanos que voltavam das paragens européias criaram uma importante demanda por aqueles carrinhos pequenos (para os padrões dos EUA), ágeis, esportivos, de dois lugares e com um design singular. Lutar contra modelos como Jaguar XK, Mercedes 300SL, MGs, Triumphs e Ferraris não era uma tarefa simples. Em 1952, a GM deu carta branca para o engenheiro-chefe de motores, Ed Cole, que, junto com o es-

pecialista em chassis Maurice Olley, trabalhou no protótipo EX-122. Harley Earl, que coordenava os trabalhos e era chefe de estilo da corporação, tinha em mente a construção de um modelo inspirado nos carros de corrida europeus. E, em apenas 15 meses, conseguiu a proeza de passar do estágio de modelagem para a série-piloto. O primeiro Corvette foi apresentado ao público em 17 de janeiro de 1953, no Motorama, que era um evento automobilístico da GM para mostrar os novos modelos dos carros de suas fábricas. Como havia a demanda a ser atendida e a verba de desenvolvimento não era muito grande, os primeiros modelos do Corvette aproveitavam uma série de soluções, de chassis e mecânica, oriundas de outros carros da Chevrolet. Tanto que somente em 1955 a Chevrolet produziu seu primeiro motor em oito cilindros em “V”. Essa primeira geração do Corvette (1953 a 1962) merece um artigo especial, seja por suas particularidades, seja por suas personagens. A proposta é de escrever sobre a Split-Window 1963. Zora Arkus-Duntov, engenheiro belga, filho de russos, com um nome que poderia ter sido tirado de uma das histórias do Flash Gordon, foi quem desenvolveu o motor “V8” da Chevrolet e quem assumiu a chefia da unidade Corvette. Por meio de seus memorandos à diretoria da GM, de sua persistência e de seu foco na esportividade, Duntov conseguiu mudar o conceito de carro esportivo dentro da GM e, junto com Bill Mitchell, baseando-se

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em protótipos e carros de pistas, lançou em 1963 o modelo Sting Ray, comemorando os dez anos de produção do Corvette. As mudanças no chassi, na motorização e na mecância foram radicais, transformando o Corvette num carro realmente esportivo (“É a primeira vez que tenho um Corvette que posso dirigir com orgulho na Europa”, dizia Duntov). Com a experiência na construção dos modelos de competição, desenvolveu-se um chassi completamente novo, com travessas mais abertas, proporcionando uma posição mais confortável para os assentos e reduzindo a distância entre eixos, o que deixou o carro mais ágil nas curvas. O motor “V8”, com 327 polegadas cúbicas, em versões que variavam de 250 a 360 cavalos, tinha o espantoso torque de 50 kgfm e chegava a 6.000 rpm. Vários opcionais foram apresentados nessa nova geração do Corvette: câmbio manual com quatro marchas (antes, além do automático powerglide , dispunha de apenas três marchas), o diferencial positraction , que permitia alterar as relações, novos terminais roletados no sistema de direção, que poderia ser hidráulica. Além disso, havia uma nova geometria da suspensão. A traseira, independente, era derivada de um protótipo monoposto chamado CERV-1, com feixe transversal, e a dianteira apresentava molas helicoidais. Realmente, o “bólido” gostava (e ainda gosta) de fazer curvas. Um pacote de opcionais chamado heavy duty incluía molas reforçadas, barra estabilizadora, rodas de liga FINANCEIRO


leve com “cubo rápido”, freios de duplo circuito com panelas de alumínio aletadas. A transformação era total. Mas o grande choque para o americano era o design externo e interno do carro. Em um ano no qual os carros caracterizavam-se por linhas retas, exagero de cromados e pelo tamanho, a GM resolveu dar uma “tacada” arriscada. Colocou à disposição do público um “dream-car ”. Um carro-conceito que tinha acabado de sair das pranchetas dos artistas e dos estilistas mais conceituados. O homem comum poderia comprar um sonho. A idéia da corrida espacial, das viagens a outros planetas, da velocidade dos mísseis (como aqueles que estavam sendo colocados em Cuba) passava a ser possível. Cada um poderia ter sua nave espacial particular. Bastava adquirir um Corvette Sting Ray 1963 (http://www.vintagecorvettes.com/ 63red.html). O design externo torna-o um dos carros mais bonitos já fabricados. E raro! Porque a janela repartida no meio (daí o nome Split Window) foi uma exclusividade do ano 1963. A mesma beleza existe no painel de instrumentos, que dava a sensação do “piloto” estar dirigindo um “jet-plane”. Leve (1.300 kg) e com uma distribuição de pesos muito boa (48%

ACREFI

na dianteira e 52% na traseira), o Corvette 1963 é um dos poucos carros de rua do mundo que consegue gerar mais de 1 g de aceleração lateral. (Acreditem! Isso é muito…). O “Vette” tem uma primeira marcha bem longa e, se pisarmos fundo até o limite dos 6.000 giros, em menos de seis segundos ultrapassamos 100 km /h. Pisando leve em quarta marcha, a 120 km /h, o carro dará 2.800 giros. Ao “tucharmos” o acelerador, abrindo as quatro borboletas do carburador quadrijet Carter, os 50 kgmf de torque levanta a frente do carro, que dispara, faltando espaço para o ponteiro do velocímetro. Uma experiência interessante é arrancar a partir da situação parada… Só que em terceira marcha! Isso mesmo. Pise na embreagem, suba o giro, engate a terceira e segure firme no volante… e solte bruscamente a embreagem. O carro “cantará” seus pneus e logo estará a 200 km/h. Imagine, então, o estrago saindo em primeira marcha… Logo se chega a 90 km/h, a segunda nos leva a 130, a terceira 180 e, finalmente, a 230 km/h com a quarta. Como diz um amigo jornalista, “Coragem, homem! Se quiser moleza, a Chevrolet tem o Corsa”. A Sting Ray 1963 coupê, conhecida como Split Window, foi a pri-

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O “Vette” tem uma primeira marcha bem longa e se pisamos fundo, até o limite dos 6 mil giros, em menos de seis segundos ultrapassamos 100 km/h

meira coupê do Corvette, que antes só fabricava conversíveis. Foi fabricado um total de 10.594 carros desse modelo a preços que variavam de US$ 4.252 (básico) até US$ 6.272 (completo). A escolha do clássico predileto é pessoal. E, pessoalmente, justifico: o prazer da velocidade e das sensações tácteis que só um “Voitão” oferece, vestidos num “veículo sideral”, estupidamente lindo, é impagável. Thanks so much , Mr. Earl and Mr. Duntov.


banco de dados por INEPAD TAXAS MÉDIAS GERAL DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Captações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

45,9 46,1 46,2 45,7 45,0 43,8 43,2 42,2 41,9 41,5 41,2 40,7 39,8

-1,2 0,2 0,1 -0,5 -0,7 -1,2 -0,6 -1,0 -0,3 -0,4 -0,3 -0,5 -0,9

17,1 16,4 16,0 15,5 15,3 15,3 15,2 14,7 14,4 13,7 13,4 13,1 12,6

-0,6 -0,7 -0,4 -0,5 -0,2 0,0 -0,1 -0,5 -0,3 -0,7 -0,3 -0,3 -0,5

28,8 29,7 30,2 30,2 29,7 28,5 28,0 27,5 27,5 27,8 27,8 27,6 27,2

-0,6 0,9 0,5 0,0 -0,5 -1,2 -0,5 -0,5 0,0 0,3 0,0 -0,2 -0,4

Variação dez-dez

-6,1

-4,5

-1,6

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

PESSOA FÍSICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Captações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

59,3 59,7 59,2 59,0 57,8 56,1 55,8 54,3 53,9 53,8 53,1 53,0 52,1

-1,1 0,4 -0,5 -0,2 -1,2 -1,7 -0,3 -1,5 -0,4 -0,1 -0,7 -0,1 -0,9

16,5 16,0 15,5 15,0 14,9 15,0 15,2 14,6 14,3 13,7 13,2 12,9 12,5

-0,7 -0,5 -0,5 -0,5 -0,1 0,1 0,2 -0,6 -0,3 -0,6 -0,5 -0,3 -0,4

42,8 43,7 43,7 44,0 42,9 41,1 40,6 39,7 39,6 40,1 39,9 40,1 39,6

-0,4 0,9 0,0 0,3 -1,1 -1,8 -0,5 -0,9 -0,1 0,5 -0,2 0,2 -0,5

Variação dez-dez

-7,2

-4,0

-3,2

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

PESSOA JURÍDICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Captações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

31,7 31,3 31,6 30,7 30,6 29,7 28,8 28,3 27,9 27,3 27,4 26,6 26,2

-0,7 -0,4 0,3 -0,9 -0,1 -0,9 -0,9 -0,5 -0,4 -0,6 0,1 -0,8 -0,4

17,7 16,8 16,5 16,0 15,8 15,7 15,3 14,9 14,5 13,8 13,6 13,2 12,7

-0,5 -0,9 -0,3 -0,5 -0,2 -0,1 -0,4 -0,4 -0,4 -0,7 -0,2 -0,4 -0,5

14,0 14,5 15,1 14,7 14,8 14,0 13,5 13,4 13,4 13,5 13,8 13,4 13,5

-0,2 0,5 0,6 -0,4 0,1 -0,8 -0,5 -0,1 0,0 0,1 0,3 -0,4 0,1

Variação dez-dez

-5,5

-5,0

-0,5

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

22

FINANCEIRO


SPREAD FINANCEIRO

CRÉDITO PESSOA FÍSICA CRÉDITO PESSOAL

48,0

Volum e R$ Milhões

Taxa de Juros

90.000

71,00

43,0

69,00

80.000 38,0

67,00 70.000

33,0

SPREAD FINANCEIRO

28,0

65,00 63,00

60.000

23,0

61,00

50.000

59,00

18,0

40.000

57,00

Aplicação

55,00

30.000

dez/06

nov/06

out/06

set/06

ago/06

jul/06

jun/06

mai/06

abr/06

mar/06

fev/06

jan/06

dez/05

13,0

nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 05 05 06 06 06 06 06 06 06 06 06 06 06 06

Captação

Volume

Taxa de Juros

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS

(R$ milhões)

MÊS / ANO

CHEQUE ESPECIAL

VARIAÇÃO EM %

CRÉDITO PESSOAL

VARIAÇÃO EM %

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

VARIAÇÃO EM %

CARTÃO DE CRÉDITO

VARIAÇÃO EM %

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

10.974 12.232 11.790 12.825 12.905 13.302 13.223 12.934 13.107 12.787 13.368 13.217 11.760

-12,4% 11,5% -3,6% 8,8% 0,6% 3,1% -0,6% -2,2% 1,3% -2,4% 4,5% -1,1% -11,0%

63.444 65.010 66.658 68.391 70.675 71.794 72.973 74.571 75.972 77.036 78.151 79.708 79.898

0,3% 2,5% 2,5% 2,6% 3,3% 1,6% 1,6% 2,2% 1,9% 1,4% 1,4% 2,0% 0,2%

956 900 842 869 886 919 954 994 1.033 1.064 1.116 1.157 1.212

1,0% -5,9% -6,4% 3,2% 2,0% 3,7% 3,8% 4,2% 3,9% 2,9% 4,9% 3,7% 4,8%

11.260 11.882 12.657 12.492 12.916 13.117 13.082 12.839 13.274 13.293 13.511 13.761 13.459

-4,4% 5,5% 6,5% -1,3% 3,4% 1,6% -0,3% -1,9% 3,4% 0,1% 1,6% 1,9% -2,2%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - Prefixados/continuação (R$ milhões) AQUISIÇÃO MÊS / ANO dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

VEÍCULOS

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

50.685 51.938 53.154 54.306 55.248 56.441 57.141 58.978 60.244 61.387 61.522 62.727 63.474

3,6% 2,5% 2,3% 2,2% 1,7% 2,2% 1,2% 3,2% 2,1% 1,9% 0,2% 2,0% 1,2%

10.229 10.241 10.161 10.115 9.965 10.136 10.102 10.139 10.114 9.981 10.201 10.297 10.769

2,0% 0,1% -0,8% -0,4% -1,5% 1,7% -0,3% 0,4% -0,2% -1,3% 2,2% 0,9% 4,6%

60.914 62.179 63.315 64.421 65.213 66.577 67.243 69.117 70.358 71.368 71.723 73.024 74.244

3,3% 2,1% 1,8% 1,7% 1,2% 2,1% 1,0% 2,8% 1,8% 1,4% 0,5% 1,8% 1,7%

7.643 8.386 8.545 9.102 9.380 9.791 9.707 10.005 10.396 11.108 11.200 11.162 11.301

-9,2% 9,7% 1,9% 6,5% 3,1% 4,4% -0,9% 3,1% 3,9% 6,8% 0,8% -0,3% 1,2%

155.190 160.589 163.806 168.100 171.976 175.501 177.182 180.461 184.140 186.655 189.068 192.029 191.874

-0,4% 3,5% 2,0% 2,6% 2,3% 2,0% 1,0% 1,9% 2,0% 1,4% 1,3% 1,6% -0,1%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

ACREFI

23


banco de dados por INEPAD VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO CRÉDITO PESSOAL*

MÊS / ANO dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 Var. dez-dez

30.844 32.002 33.191 34.481 35.740 36.715 37.677 38.712 39.888 41.353 42.439 43.423 44.781 45,18%

CONSIGNADO Públicos

Privados

Total

Amostra**

27.902 29.166 30.396 31.513 32.680 34.001 35.185 36.834 38.103 39.119 40.152 41.219 42.206

3.802 3.913 4.107 4.288 4.501 4.605 4.915 5.192 5.355 5.542 5.708 5.862 5.968

31.704 33.078 34.503 35.801 37.181 38.606 40.100 42.026 43.458 44.660 45.860 47.081 48.175 51,95%

22.428 23.247 23.747 24.525 25.688 26.797 27.570 28.501 29.671 30.442 31.171 31.727 32.353 44,25%

% Consignado***

(R$ milhões)

Concentração Taxa de Juros %aa do Consignado Estimativa INEPAD Consignado Pessoal Diferença

102,8% 103,4% 104,0% 103,8% 104,0% 105,1% 106,4% 108,6% 108,9% 108,0% 108,1% 108,4% 107,6%

70,7% 70,3% 68,8% 68,5% 69,1% 69,4% 68,8% 67,8% 68,3% 68,2% 68,0% 67,4% 67,2% -5,1%

36,4% 37,3% 36,6% 36,9% 36,1% 36,5% 35,7% 35,1% 34,9% 34,7% 34,4% 33,5% 33,4%

67,3% 68,9% 68,6% 67,8% 65,3% 62,3% 62,2% 59,8% 59,1% 58,9% 58,6% 58,6% 57,2%

30,9% 31,6% 32,0% 30,9% 29,2% 25,8% 26,5% 24,7% 24,2% 24,2% 24,2% 25,1% 23,8%

FONTE: INEPAD / BC * Inclui empréstimos realizados pelas cooperativas de crédito. ** Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. *** Total consignado sobre o total de crédito pessoal.

INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS CRÉDITO PESSOAL (R$ mil)

Mês/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

56.136.655 57.103.577 58.527.677 59.660.482 61.932.644 63.062.362 64.474.611 65.812.042 67.054.399 68.197.101 69.000.361 70.336.983 70.448.643

1.224.611 1.486.653 1.250.243 1.620.295 1.600.424 1.594.681 1.552.548 1.688.134 1.648.722 1.728.112 1.905.877 1.880.683 1.555.472

1,93% 2,29% 1,88% 2,37% 2,26% 2,22% 2,13% 2,26% 2,17% 2,24% 2,44% 2,36% 1,95%

1.642.233 1.748.341 1.800.971 1.895.815 1.956.325 1.856.410 1.888.060 1.902.490 2.036.725 1.854.593 2.074.095 2.105.536 1.997.449

2,59% 2,69% 2,70% 2,77% 2,77% 2,59% 2,59% 2,55% 2,68% 2,41% 2,65% 2,64% 2,50%

3.782.350 4.011.591 4.406.296 4.532.764 4.498.935 4.590.579 4.400.917 4.576.685 4.692.313 4.732.732 4.712.214 4.824.837 4.948.546

5,96% 6,17% 6,61% 6,63% 6,37% 6,39% 6,03% 6,14% 6,18% 6,14% 6,03% 6,05% 6,19%

63.443.780 65.010.067 66.657.810 68.390.518 70.675.076 71.794.140 72.973.265 74.571.386 75.971.591 77.035.902 78.151.000 79.708.000 79.897.840

0,30% 2,47% 2,53% 2,60% 3,34% 1,58% 1,64% 2,19% 1,88% 1,40% 1,45% 1,99% 0,24%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)

Mês/Ano

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

Saldo

Com atraso

sem atraso

de 15 a 30 dias

46.299.088 47.112.849 48.294.307 48.895.358 49.487.651 50.457.496 51.319.627 52.249.884 53.553.141 54.649.627 54.889.283 56.153.133 57.051.982

1.613.661 1.777.919 1.638.047 1.908.730 1.896.390 2.001.947 1.941.002 2.231.678 2.248.030 2.127.183 2.187.755 2.084.382 2.083.888

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

3,18% 3,42% 3,08% 3,51% 3,43% 3,55% 3,40% 3,78% 3,73% 3,47% 3,56% 3,32% 3,28%

1.653.627 1.829.639 1.911.682 2.077.261 2.265.550 2.249.168 2.226.487 2.440.866 2.387.357 2.468.754 2.413.166 2.436.630 2.257.921

3,26% 3,52% 3,60% 3,83% 4,10% 3,98% 3,90% 4,14% 3,96% 4,02% 3,92% 3,88% 3,56%

1.115.317 1.214.632 1.307.080 1.421.339 1.595.453 1.729.468 1.824.950 2.052.774 2.052.942 2.138.638 2.029.110 2.051.880 2.078.322

2,20% 2,34% 2,46% 2,62% 2,89% 3,06% 3,19% 3,48% 3,41% 3,48% 3,30% 3,27% 3,27%

50.684.709 51.938.053 53.154.236 54.305.631 55.247.939 56.440.924 57.141.184 58.977.847 60.244.206 61.386.834 61.522.000 62.727.000 63.474.420

3,57% 2,47% 2,34% 2,17% 1,74% 2,16% 1,24% 3,21% 2,15% 1,90% 0,22% 1,96% 1,19%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

24

FINANCEIRO


INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil)

Mê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

8.473.427 8.380.429 8.252.626 8.078.490 7.831.351 8.004.662 7.981.938 8.012.491 8.003.197 7.951.506 8.026.888 8.059.766 8.687.035

334.255 425.157 408.173 453.516 467.766 443.851 448.652 442.746 429.802 393.093 433.439 439.183 403.893

3,27% 4,15% 4,02% 4,48% 4,69% 4,38% 4,44% 4,37% 4,25% 3,94% 4,25% 4,27% 3,75%

398.093 407.308 477.311 553.878 562.063 518.331 505.674 481.681 460.141 435.990 465.070 485.090 447.832

3,89% 3,98% 4,70% 5,48% 5,64% 5,11% 5,01% 4,75% 4,55% 4,37% 4,56% 4,71% 4,16%

1.003.506 1.004.743 999.178 1.005.323 1.080.104 1.144.281 1.140.948 1.178.248 1.196.300 1.175.506 1.207.138 1.246.811 1.213.636

9,81% 9,81% 9,83% 9,94% 10,84% 11,29% 11,29% 11,62% 11,83% 11,78% 11,83% 12,11% 11,27%

10.229.173 10.241.441 10.160.748 10.115.085 9.965.038 10.135.589 10.101.677 10.139.316 10.114.085 9.981.036 10.200.898 10.297.000 10.769.379

1,98% 0,12% -0,79% -0,45% -1,48% 1,71% -0,33% 0,37% -0,25% -1,32% 2,20% 0,94% 4,59%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

INADIMPLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO Dezembro/2006 (em R$ mil) 18,3% Atraso de mais de 90 dias 4.948.546

58,2%

23,5%

INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO Dezembro/2006 (em R$ mil)

Atraso de 15 a 30 dias 1.555.472

Atraso de 31 a 90 dias 2.257.921

Atraso de 31 a 90 dias 1.997.449

20,9% 58,8%

21,7%

32,4%

32,5%

Atraso de 15 a 30 dias 2.257.921

INADIMPLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO Dezembro/2006 (em R$ mil) Atraso de

INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO Dezembro/2006 (em R$ mil)

Atraso de mais de 90 dias 1.213.636

35,2%

Atraso de mais de 90 dias 2.078.322

15 a 30 dias 343.725

Atraso de 15 a 30 dias 403.893

12,7% Atraso de mais de 90 dias 1.640.746

Atraso de 31 a 90 dias 447.832

60,7%

26,6%

Atraso de 31 a 90 dias 719.019

OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil)

Mê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

4.943.790 5.329.091 5.368.580 5.670.983 5.811.421 5.961.662 6.242.220 6.414.071 6.601.054 6.802.995 6.870.515 6.709.696 6.942.319

234.582 378.295 327.634 371.268 366.071 386.166 374.071 366.966 402.593 408.868 436.865 336.144 343.725

3,07% 4,51% 3,83% 4,08% 3,90% 3,94% 3,85% 3,67% 3,87% 3,68% 3,90% 3,01% 3,04%

470.671 528.368 602.266 654.249 662.153 636.771 670.479 689.085 674.757 761.583 737.893 727.844 719.019

6,16% 6,30% 7,05% 7,19% 7,06% 6,50% 6,91% 6,89% 6,49% 6,86% 6,59% 6,52% 6,36%

1.003.931 1.171.200 1.259.094 1.338.727 1.512.407 1.707.468 1.343.707 1.416.895 1.582.312 1.839.889 1.720.506 1.850.678 1.640.746

13,14% 13,97% 14,73% 14,71% 16,12% 17,44% 13,84% 14,16% 15,22% 16,56% 15,36% 16,58% 14,52%

7.642.768 8.386.089 8.545.025 9.102.409 9.380.074 9.791.110 9.706.886 10.005.297 10.396.389 11.108.457 11.199.606 11.162.000 11.300.949

-9,17% 9,73% 1,90% 6,52% 3,05% 4,38% -0,86% 3,07% 3,91% 6,85% 0,82% -0,34% 1,24%

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

ACREFI

25


banco de dados por INEPAD DESEMPREGO TAXA DE DESEMPREGO (%) DATA

Brasil

Var. p.p.

SP

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

8,30 9,20 10,10 10,40 10,40 10,20 10,40 10,70 10,60 10,00 9,80 9,50 8,40

-130,0% 90,0% 90,0% 30,0% 0,0% -20,0% 20,0% 30,0% -10,0% -60,0% -20,0% -30,0% -110,0%

7,80 9,20 10,50 10,60 10,70 10,50 10,90 11,30 11,60 11,10 10,50 10,30 9,00

TAXA DE DESEMPREGO Taxa (%)

Var. p.p. -190,0% 140,0% 130,0% 10,0% 10,0% -20,0% 40,0% 40,0% 30,0% -50,0% -60,0% -20,0% -130,0%

Fonte: IBGE/INEPAD

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

1,00

11,5 0,50

11,0 10,5

0,00

10,0 9,5

-0,50

9,0 8,5

-1,00

8,0 -1,50

7,5

dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

Brasil

abr 06

mai 06

jun 06

SP

jul 06

ago 06

set 06

out 06

nov 06

dez 06

Var. p.p. mensal Brasil

Fonte: IBGE/INEPAD

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$)

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$) DATA

Variação (p.p.)

12,0

Brasil

Var. %

1.026,15 1.013,45 1.024,46 1.029,96 1.034,12 1.047,95 1.054,59 1.047,38 1.054,49 1.046,21 1.058,76 1.065,38 1.072,30

0,4% 1,8% -1,2% 1,1% 0,5% 0,4% 1,3% 0,6% -0,7% 0,7% -0,8% 1,2% 0,6%

SP 1.167,94 1.148,30 1.185,78 1.184,44 1.201,98 1.221,06 1.225,13 1.200,39 1.205,48 1.177,82 1.194,04 1.220,70 1.229,00

Var. %

1.250

2,2% 2,4% -1,7% 3,3% -0,1% 1,5% 1,6% 0,3% -2,0% 0,4% -2,3% 1,4% 2,2%

Fonte: IBGE/INEPAD

0,02

1.300

0,015

1.200 1.150

0,01

1.100 1.050

0,005

1.000 0

950 900

-0,005

850 800

-0,01

750 -0,015

700

dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

Brasil

abr 06

SP

mai 06

jun 06

jul 06

ago 06

set 06

out 06

nov 06

dez 06

Var. % mensal Brasil

Fonte: IBGE/INEPAD

COMÉRCIO VAREJISTA VOLUME DE VENDAS

VOLUME DE VENDAS Data

Hipermercados e Veículos,Motos, Índice Var. % Var. % Var. % Geral Supermercados Partes e Peças 170

nov/05 dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 Variação nov-nov

114,98 162,59 112,02 102,68 114,67 115,79 120,59 114,49 117,19 120,91 120,20 123,49 125,58 7,0%

5,6% -0,4% 41,4% -31,1% -8,3% 11,7% 1,0% 4,1% -5,1% 2,4% 3,2% -0,6% 2,7%

109,12 144,00 110,23 103,61 114,24 119,93 112,63 112,33 116,42 117,07 118,79 120,22 119,68 6,7%

5,7% -3,2% 32,0% -23,5% -6,0% 10,3% 5,0% -6,1% -0,3% 3,6% 0,9% 1,4% 1,0%

129,54 138,57 119,14 100,16 130,11 107,65 130,31 112,83 130,53 141,61 130,76 141,17 145,38

0,6% 8,3% 7,0% -14,0% -15,9% 29,9% -17,3% 21,0% -13,4% 15,7% 8,5% -7,7% 7,7%

160 150 140 130 120 110 100 90 80

jan 06

fev mar abr mai jun 06 06 06 06 06

Índice Geral

Hipermercados e Supermercados

nov dez 05 05

17,7%

jul 06

ago 06

set 06

out nov 06 06

Veículos, Motos, Partes e Peças

Fonte: IBGE/INEPAD

26

FINANCEIRO


PREVISÕES ECONÔMICAS Ano de 2006

PIB Total % a.a.

PIB Agropecuário % a.a.

PIB Indústria % a.a.

PIB Serviço % a.a.

Produção Industrial % a.a.

3,44 3,44 3,43 3,45

3,52 3,52 3,73 3,74

4,09 4,09 4,01 4,01

3,09 3,09 3,04 3,04

4,18 4,18 4,12 4,12

Selic Taxa anual

IGP-DI % a.a.

IPCA % a.a.

Taxa de Câmbio R$/US$

Saldo Comercial US$ bilhões

11,72 11,72 11,67 11,67

4,18 4,18 4,15 4,16

4,02 4,02 4,04 4,06

2,23 2,23 2,22 2,21

38,16 38,16 38,95 39,04

Previsão 02/01/2007 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 26/01

Ano de 2006 Previsão 13/01/2006 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 17/11 Fonte: BC-Focus/INEPAD

ATIVIDADE ECONÔMICA DATA

Taxa da Utilização da Capacidade Instalada

Var. p.p.

DATA

Índice de Produção Física Média Móvel Trimestral

Var. %

nov/05

82,14

0,17

nov/05

111,46

-0,17%

dez/05

80,28

-1,86

dez/05

112,58

1,00%

jan/06

80,15

-0,13

jan/06

113,17

0,52%

fev/06

80,56

0,41

fev/06

113,89

0,64% -0,20%

mar/06

82,11

1,55

mar/06

113,66

abr/06

80,31

-1,80

abr/06

113,97

0,27%

mai/06

82,78

2,47

mai/06

114,48

0,45%

jun/06

82,41

-0,37

jun/06

114,61

0,11%

jul/06

81,85

-0,56

jul/06

115,06

0,39%

ago/06

82,88

1,03

ago/06

115,17

0,10%

set/06

82,59

-0,29

set/06

115,36

0,16%

out/06

82,77

0,18

out/06

115,61

0,22%

nov/06

82,51

-0,26

nov/06

115,88

0,23%

Variação nov-nov

0,45%

Variação nov-nov

Fonte: CNI/INEPAD

3,97%

Fonte: IBGE/INEPAD

PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (%) Capacidade (%)

Produção - Índice

83,5

117

83,0

116

82,5 115

82,0 81,5

114

81,0

113

80,5

112

80,0

Fonte: INEPAD

ACREFI

Taxa da Utilização da Capacidade Instalada

nov/06

out/06

set/06

ago/06

jul/06

jun/06

mai/06

abr/06

mar/06

fev/06

110 jan/06

79,0 dez/05

111

nov/05

79,5

Índice de Produção Física Média Móvel Trim estral

27


banco de dados por INEPAD INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA - AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS, MISTOS, VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES E PESADOS PRODUÇÃO

PRODUÇÃO

(em unidades) (em unidades)

Data

Produção

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

200.332 195.439 205.586 229.457 204.069 241.565 224.873 222.925 243.737 204.104 227.351 222.001 185.330

Média Trim. Var. Mensal Var. Mensal (%)

200.332 197.886 200.452 210.161 213.037 225.030 223.502 229.788 230.512 223.589 225.064 217.819 211.561

-12.787 -4.893 10.147 23.871 -25.388 37.496 -16.692 -1.948 20.812 -39.633 23.247 -5.350 -36.671

Variação dez-05/dez-06

-6,0% -2,4% 5,2% 11,6% -11,1% 18,4% -6,9% -0,9% 9,3% -16,3% 11,4% -2,4% -16,5%

250.000 240.000 230.000 220.000 210.000 200.000 190.000 180.000

dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

abr 06

mai 06

Produção

-7,5%

jun 06

jul 06

ago 06

set 06

out 06

nov 06

dez 06

nov 06

dez 06

Média trimestral

Fonte: Anfavea/INEPAD

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

(em unidades)

Data

Vendas

Média Trim.

Variação

Variação(%)

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

152.111 129.215 134.822 166.141 145.706 167.042 155.294 161.206 175.060 163.449 170.911 180.800 176.202

152.111 140.663 138.716 143.393 148.890 159.630 156.014 161.181 163.853 166.572 169.807 171.720 175.971

6.211 -22.896 5.607 31.319 -20.435 21.336 -11.748 5.912 13.854 -11.611 7.462 9.889 -4.598

4,3% -15,1% 4,3% 23,2% -12,3% 14,6% -7,0% 3,8% 8,6% -6,6% 4,6% 5,8% -2,5%

Variação dez-05/dez-06

(em unidades)

185.000 175.000 165.000 155.000 145.000 135.000 125.000

dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

abr 06

mai 06

Vendas

15,8%

jun 06

jul 06

ago 06

set 06

out 06

Média trimestral

Fonte: Anfavea/INEPAD

EXPORTAÇÃO TOTAL

EXPORTAÇÃO TOTAL

(em unidades) (em unidades)

Data

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

Exportações Média Trim.

68.704 57.844 70.996 72.397 71.446 77.376 71.424 78.184 73.134 71.929 72.497 61.294 66.159

68.704 63.274 65.848 67.079 71.613 73.740 73.415 75.661 74.247 74.416 72.520 68.573 66.650

Variação dez-05/dez-06

Variação

Variação(%)

2.626 -10.860 13.152 1.401 -951 5.930 -5.952 6.760 -5.050 -1.205 568 -11.203 4.865

4,0% -15,8% 22,7% 2,0% -1,3% 8,3% -7,7% 9,5% -6,5% -1,6% 0,8% -15,5% 7,9%

80.000 75.000 70.000 65.000 60.000 55.000

dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

Exportações

-3,7%

abr 06

mai 06

jun 06

jul 06

ago 06

set 06

out 06

nov 06

dez 06

Média trimestral

Fonte: Anfavea/INEPAD

28

FINANCEIRO


INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA LICENCIAMENTO DE AUTOMÓVEIS NACIONAIS E IMPORTADOS (em unidades) Data

Vendas

1000cc

% no Total

1000cc a 2000cc

% no total

>2000cc

% no total

dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

149.113 107.085 103.485 125.092 104.340 131.326 118.815 134.732 144.167 128.637 141.497 148.613 168.431

83.361 60.215 57.587 70.405 56.043 72.534 68.001 79.212 81.785 74.003 79.788 82.096 92.838

55,9% 56,2% 55,6% 56,3% 53,7% 55,2% 57,2% 58,8% 56,7% 57,5% 56,4% 55,2% 55,1%

63.866 45.262 44.424 53.108 46.844 57.281 49.163 53.136 60.018 53.061 59.849 64.341 73.335

42,8% 42,3% 42,9% 42,5% 44,9% 43,6% 41,4% 39,4% 41,6% 41,2% 42,3% 43,3% 43,5%

1.886 1.608 1.474 1.579 1.453 1.511 1.651 2.384 2.364 1.573 1.860 2.176 2.258

1,3% 1,5% 1,4% 1,3% 1,4% 1,2% 1,4% 1,8% 1,6% 1,2% 1,3% 1,5% 1,3%

Fonte: Anfavea/INEPAD

LICENCIAMENTO POR CATEGORIA - AUTOMÓVEIS

80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 dez 05

jan 06

fev 06

mar 06

abr 06

mai 06

jun 06

1000 cc

jul 06

SALDO TOTAL

TAXAS DE JUROS

SALDO TOTAL

63.444 65.010 66.658 68.391 70.675 71.794 72.973 74.571 75.972 77.036 78.151 79.708 79.898

4,38 4,46 4,45 4,41 4,28 4,12 4,11 3,98 3,95 3,93 3,92 3,92 3,84

-0,07 0,08 -0,02 -0,04 -0,13 -0,16 -0,01 -0,13 -0,04 -0,01 -0,02 0,00 -0,08

67,30 68,90 68,60 67,80 65,30 62,30 62,20 59,80 59,10 58,90 58,60 58,60 57,20

-1,40 1,60 -0,30 -0,80 -2,50 -3,00 -0,10 -2,40 -0,70 -0,20 -0,30 0,00 -1,40

R$ milhões 50.685 51.938 53.154 54.306 55.248 56.441 57.141 58.978 60.244 61.387 61.535 62.727 63.474

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 2,52 2,55 2,55 2,49 2,48 2,42 2,42 2,38 2,40 2,40 2,40 2,41 2,36

-0,01 0,03 -0,01 -0,05 -0,02 -0,05 0,00 -0,04 0,02 0,01 0,00 0,01 -0,05

Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD

ACREFI

out 06

nov 06

dez 06

(R$ milhões)

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS

% Variação % Variação MÊS/ANO R$ milhões a.m. p.p a.a. p.p dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

set 06

1000 cc a 2000 cc

TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA CRÉDITO PESSOAL

ago 06

29

SALDO TOTAL

% Variação a.a. p.p 34,80 35,30 35,20 34,40 34,10 33,30 33,30 32,60 32,90 33,00 33,00 33,10 32,30

AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS

-0,10 0,50 -0,10 -0,80 -0,30 -0,80 0,00 -0,70 0,30 0,10 0,00 0,10 -0,80

R$ milhões 10.229 10.241 10.161 10.115 9.965 10.136 10.102 10.139 10.114 9.981 10.152 10.248 10.769

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 4,27 3,92 3,69 3,82 3,96 3,89 3,86 3,97 3,96 4,05 3,94 3,94 4,05

0,47 -0,35 -0,23 0,14 0,14 -0,07 -0,03 0,11 -0,01 0,09 -0,11 0,00 0,11

% a.a.

Variação p.p

65,20 58,60 54,40 56,90 59,40 58,10 57,50 59,60 59,40 61,00 59,00 59,00 61,00

8,80 -6,60 -4,20 2,50 2,50 -1,30 -0,60 2,10 -0,20 1,60 -2,00 0,00 2,00


espaรงo do artista

No shopping: fadinha e sorvete silvio dworecki


Realização

O Mundo do Crédito 27 de fevereiro de 2007, no auditório da Acrefi: Rua Líbero Badaró, 425 - 28º andar Temas e palestrantes

Aspectos Legais do Crédito Afonso Mariá Bueno - ANEPS

EVENTOS PROGRAMADOS A Arbitragem em Debate 08/03/07 - 08h30 - No auditório da ACREFI

Inteligência Artificial e o Sistema Financeiro

Aspectos Macroeconômicos e Mercados Nacionais de Crédito Alberto Borges Matias - INEPAD

22/03/07 - 08h30 - No auditório da ACREFI

Gestão da Inadimplência 15/03/20 - 08h30 - No auditório da SERASA

e.

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