Fevereiro de 2012: Superar o Temor

MUDE SUA VIDA.

RISCO ELEVADO, RECOMPENSA ELEVADA Assumindo riscos calculados

Ti-MIM-dez Supere a insegurança

Decompondo o Medo Chegou o alívio

MUDE O MUNDO.

Volume 13, Número 2

CONTATO PESSOAL Tal qual a própria vida, a Bíblia é repleta de triunfos que tinham tudo para ser desastres. Quem condenaria os heróis dessas histórias se tivessem fugido da raia?

Moisés desafiou a potência mundial da época para conduzir seu povo para a Terra Prometida. Gideão liderou 300 homens em combate contra um exército enorme.1 Sansão com nada mais que uma queixada de burro, enfrentou sozinho todo um exército.2 Davi era adolescente quando, com apenas uma funda, desafiou e derrotou o gigante Golias que vinha atemorizando todo o exército de Israel.3 A maioria de nós pode dar graças por não ter de enfrentar exércitos ou gigantes armados, mas todos temos temores de algum tipo, dúvidas que podem nos cercar como legiões ou se agigantar diante de nós como Golias.

Os temores são como sapatos: os da infância são pequenos mas vão aumentando de tamanho conforme crescemos. E se eu cair da bicicleta? E se minha professora não gostar de mim? E se eu não for escalado para o time? E se eu tentasse beijá-la? E se ninguém for com a minha cara na escola? E se eu perder o emprego? E se tiver câncer? E seu eu perder o amor da minha vida?

As primeiras lições sobre enfrentar temores aprendemos quando corremos para nossos pais em busca de segurança e proteção, escondemo-nos debaixo da cama durante um temporal, pedimos para ir no colo quanto temos de atravessar um lugar escuro e procuramos agarrar uma mão forte quando um cachorro estranho se aproxima. Pouco a pouco, os pais ajudam os filhos a aprender a discernir os perigos reais dos imaginários, e a enfrentar os verdadeiros. É o que Deus quer fazer conosco com respeito aos nossos temores de adultos. “Você não está só” — Ele nos assegura. “Tome a Minha mão. Vamos superar isso juntos.”

Mário Sant’Ana Pela Contato

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

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Editor Mário Sant'Ana Design Gentian Suçi Diagramação Angela Hernandez Produção Samuel Keating © 2011 Aurora Production AG. www.auroraproduction.com Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.

Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea,

1. Juízes 7 2. Juízes 15:9–15 3. 1 Samuel 17:2–11,32–51 2

Copyright © 1990, por Editora Vida.

Aprender a Confiar Josie Clark

Sempre gostei muito de gatos e sentia que tinha jeito com eles, mas Jay-Jay e Felix me coloca-

ram à prova. Ganhei-os de presente de minha nora, Toni. A gata mãe era feroz. Provavelmente nunca tivera um dono e morreu pouco depois de minha nora começar a alimentá-la, vítima de um dos muitos perigos da vida na rua.

Quando os dois chegaram à minha casa, rapidamente se esconderam sob as camas. Nosso relacionamento começou comigo deitada no chão esticando o braço para os alcançar.

No início, minhas propostas foram recebidas com temor, mas depois de alguns dias de comidinhas, água fresca na tigela, caixa limpinha e muito carinho quando eram chamados, os gatinhos aprenderam a confiar. Por fim, passaram a me procurar quando a noite caía e a casa ficava silenciosa, e me deixavam acariciá-los. Eu me sentia recompensada quando eles me procuravam e, ronronando, ficavam se esfregando em mim. Eu sempre procurava lhes transmitir que estavam seguros e que eu cuidaria deles. E parece que entendiam a mensagem.

De certa forma, eles me lembravam de mim mesma.

Parte de mim se recolhe e se esconde, sempre um pouco tímida e desconfiada de estranhos, com um pouco de medo de confiar mais, até mesmo em Deus.

Recentemente, fiz um estudo do Livro dos Salmos sobre confiança. Repetidamente, o Rei Davi falava de seus muitos problemas, mas, cedo ou tarde, também encontrava a solução: confiança em Deus. Não temos com que nos preocupar, porque Ele sempre resolverá as coisas.

Josie Clark é leitora e contribuinte da Revista Contato nos EUA. ■

CONFIANÇA—TRECHOS DOS SALMOS •

Confiar em Deus significa Lhe entregar nossos fardos e preocupações.

Lança o teu fardo sobre o Senhor, e Ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado. —Salmo 55:22 • Confiar no Senhor nos livra do temor.

No dia em que eu temer, hei de confiar em Ti. —Salmo 56:3 Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor. —Salmo 112:7 • Confiar em Deus é nossa maior garantia.

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: “Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.” —Salmo 91:1–2 •

Confiar nos deixa em situação favorável para receber as bênçãos de Deus.

Felizes são aqueles que buscam a proteção de Deus. —Salmo 2:12 (NTLH) Oh! quão grande é a Tua bondade […] que mostraste àqueles que em Ti confiam. —Salmo 31:19 ■ 3

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0 M C 0 S RI REC Quando se tem uma ideia inovadora ou surge uma oportunidade que exige uma mudança na maneira costumeira de fazer as coisas, a reação imediata é, às vezes,

permanecer na zona de segurança, ou seja, afastar-se da ideia ou hesitar pular de cabeça na oportunidade por ser algo novo, inédito ou parecer arriscado.

Mas os que esperam demais para se decidirem podem ver a oportunidade escapar. Às vezes, é preciso calcular o risco.

Mais do que a disposição a arriscar, que pode levar à imprudência, assumir riscos calculados é o resultado de decisões sensatas tomadas depois que se avaliam os ganhos e as perdas potenciais. É inevitável, às vezes, se expor ao risco de perdas por causa de ganhos possíveis, mas, em geral, as chances de se obter resultados positivos devem superar a probabilidades de 1. Jeremias 29:11 2. Salmo 84:11; 1 João 5:14–15 3. Salmo 33:3; Tiago 1:5 4

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consequências negativas. É essencial entender os dois lados da balança e fazer todo o possível para melhorar as suas vantagens.

A estratégia militar empresta uma boa analogia. Quando defensiva, a condução das ações das forças armadas procura a situação mais segura. Todavia, a cautela e a autopreservação não podem ser os únicos objetivos de um exército, pois isso o impediria de conquistar territórios.

As estratégias bem sucedidas incluem riscos, ações atípicas, inesperadas e que se aproveitem as oportunidades. É difícil optar por algo que envolva alto grau de risco, mesmo quando a recompensa potencial for grande, mas a vida está cheia de situações dessa natureza. Estes são alguns pontos que você deve considerar na próxima vez que se vir em uma situação assim.

Avalie o fator tempo.

Poucas janelas de oportunidade ficam permanentemente abertas. Às vezes, a decisão quanto a lançar mão ou

não de uma oportunidade deve ser feita em um curto espaço de tempo, mas não se permita ser pressionado a escolhas apressadas ou mal avaliadas.

Estude a situação.

Considere em detalhes e com objetividade os prós, os contras e, tanto quanto possível, calcule suas chances de êxito e identifique o que pode ser feito para melhorar suas vantagens.

Aprenda com os demais.

Tente encontrar relatos de situações em que outros assumiram riscos similares e examine o que causou seu êxito ou fracasso.

Inclua Deus no processo de tomada de decisões.

Deus pode e quer ajudar para as coisas darem certo para você1, e é o que fará se você se mantiver sintonizado com Ele e seguir Suas orientações.2 Ele vê o quadro geral e o ajudará a entender a situação mais claramente se você Lhe pedir.3 Não abandone o bom senso.

Assumir riscos não é sinônimo de abandonar o bom senso; tentar

PARA PENSAR

A S S U M I R R I S CO S E SUPERAR TEMORES

Não é possível descobrir oceanos sem a coragem de perder a terra de vista. —André Gide (escritor, humanista e moralista francês; 1869–1951) Grandes feitos são comumente alcançados com grandes riscos.

— Heródoto (historiador grego; 490–430 a.C.) descobrir o que Deus pensa a respeito de algo, tampouco. Ele quer que exercitemos nossa fé nEle e, às vezes, opera de maneiras que não entendemos, mas também nos deu o poder de raciocinar com um propósito e espera que usemos essa capacidade.

Esteja disposto a agir.

Não ceda à impulsividade nem espere que tudo seja perfeito ou livre de riscos. É preciso estar pronto para agir quando a hora certa chegar, e não desperdiçar a oportunidade.

Se surgir o que parece ser uma oportunidade dourada para você que Deus planejou e orquestrou, o risco calculado pode ser o portão para o sucesso.

Arriscar é perder momentaneamente o controle. Não arriscar é perder-se. —Søren Kierkegaard (filósofo, teólogo e escritor dinamarquês; 1813–1855) Não há como progredir sem se arriscar. Não é possível chegar à segunda base sem tirar o pé da primeira. —Frederick Wilcox A segurança é, na maioria das vezes, uma superstição. Não existe na natureza nem é comum na experiência dos homens.

Evitar o perigo não é mais seguro, no longo prazo, do que se expor ao perigo. Se a vida não for uma

aventura, não é nada. —Helen Keller (escritora, ativista política e palestrante americana, surda e cega de nascença; 1880–1968) Parece que adquirimos sabedoria mais facilmente com nossos fracassos do que com nossos sucessos. Sempre pensamos que um é a antítese do outro, mas não é verdade. O sucesso está muitas vezes um passo depois do fracasso. —Leo F. Buscaglia, (escritor e palestrante motivador norte-americano; 1924–1998) Em um conflito armado, a hora de dar ouvidos aos seus temores é antes de tomar uma importante decisão. É o momento de parar para escutar todos os temores imagináveis! Depois de considerar todos os fatos, inseguranças e tomar sua decisão, fique surdo aos seus medos e avance!

—General George S. Patton (oficial do exército americano; 1885–1945) Somente os que arriscam ir longe demais têm chance de ir tão longe quanto querem. —T.S. Eliot (poeta, dramaturgo e crítico literário americano; 1888–1965) ■

Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são os diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. ■ 5

Tomoko Matsuoka

Muitos acreditam que nascemos com apenas três temores: de ruídos, de quedas e

DECOMPONDO O MEDO

de abandono. Segundo os psicólogos, são sentimentos inerentes aos seres humanos, enquanto os demais são adquiridos. Ter medo de aranhas, do escuro, de ir ao dentista passam a integrar nossa psique por experiências próprias ou informações adquiridas.

O medo é uma resposta da vida ao perigo. Se, quando você andar por uma rua escura desconhecida, sua pulsação acelerar, a respiração ficar curta e der aquele arrepio na nuca, é o cérebro enviando sinais para o corpo de que é possível que você esteja a caminho do perigo. Então, você decide virar em uma rua iluminada ou entrar em uma loja e ligar para alguém vir buscá-lo.

Os temores em geral se distribuem em duas categorias: os legítimos —oriundos de ameaças genuínas de natureza física ou emocional— e os infundados —frutos da imaginação com pouca ou nenhuma base na realidade. O problema é que o cérebro tem muita dificuldade de distinguir um tipo do outro e, muitas vezes, reage a ambos da mesma maneira: aumento da atividade cerebral na área da amígdala cerebelosa,1 ativa nossa resposta de lutar ou fugir.

Um método que os terapeutas usam para ajudar as pessoas a superar os temores é a exposição controlada a seja o que for que produza a reação de medo, como 1. A amígdala cerebelosa é às vezes chamada de centro das emoções 2. Ver Jeremias 29:11; Romanos 8:28.

3. www.mywonderstudio.com 6

alturas ou aranhas. Quando o objeto do temor não se materializa, ou seja, quando as consequências antevistas não acontecem, a mente é ensinada a não reagir com medo diante da suposta ameaça.

Outros temores são mais difíceis de ser superados, por não se vincularem a uma situação ou agente físico.

Sua origem é interna e resultam de preocupações e inseguranças. Analisá-las para separar a realidade de percepções errôneas costuma ajudar. Para isso, a melhor fonte de entendimento, consolo e alívio desses temores é o próprio Deus. Quando nos sentimos seguros de que Ele quer o que é melhor para nós, que está ao nosso lado, que planejou nosso futuro e promete que todas as coisas contribuirão para o nosso bem,2 as coisas ganham outra perspectiva e os temores se afastam.

A conexão pessoal com Deus é o alívio que Ele oferece das duas formas de temor. Essa união estabelecemos pela oração e a fortalecemos pela leitura e estudo da Palavra de Deus, pela fé nas Suas promessas e pela habilidade de aplicá-las em nosso cotidiano. Quanto mais aprendermos a recorrer a Deus e dependermos dEle, mais Ele pode nos ajudar a superar nossos temores.

Tomoko Matsuoka vive em Chiba, no Japão, e é conteudista do site para o público infantil My Wonder Studio 3 , voltado para a formação de caráter. ■

Leitura que Alimenta

VIDA sem temor Samuel Keating

▶ Deus é nossa melhor defesa contra o medo e contra as coisas que nos causam medo.

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. —Salmo 46:1–2 Porque ele Me ama, diz o Senhor, Eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, pois conhece o Meu nome. Ele Me invocará, e Eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei e o glorificarei. —Salmo 91:14–15 Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo e está seguro. —Provérbios 18:10 Eu sou o Senhor teu Deus, que te toma pela tua mão direita, e te diz: “Não temas; Eu te ajudarei” —Isaías 41:13 Não temas. […] Quando passares pelas águas, estarei contigo, e quando passares pelos rios, eles não te submergirão. Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. —Isaías 43:1–2

▶ Deus lhe dará paz em lugar do temor.

Apega-te a Deus, e tem paz com Ele. —Jó 22:21 Quando te deitares, não temerás; quando te deitares, o teu sono será suave. —Provérbios 3:24 Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus. E a paz

de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.

—Filipenses 4:6–7 Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. —2 Timóteo 1:7 (NVI)

▶ Com Deus ao nosso lado, nada temos a

temer.

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? —Salmo 27:1 No dia em que eu temer, hei de confiar em Ti. Em Deus pus a minha confiança; não temerei. Que me pode fazer o homem mortal? —Salmo 56:3–4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo.

—Salmo 23:4 NIV Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei.

—Isaías 12:2 Samuel Keating é coordenador de produção da Activated (versão em inglês da Contato) e vive em Milão, Itália. ■ 7

MIM-dez

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John Weaver, adaptado

Era uma vez uma menina que passava os dias sentada à beira de um lago, observando um sapo que estava sobre uma folha de lótus. Ela sabia que ele era, provavelmente, um príncipe, enquanto o sapo —que de fato era um príncipe— sabia que se a jovem o beijasse, desfaria o feitiço que uma bruxa malvada havia lançado sobre ele. Mas a garota era tímida demais para puxar conversa com o sapo que, por sua vez, não conseguia reunir a coragem necessária para lhe dizer quanto queria que ela o beijasse. Por isso, a moça permaneceu ali, olhando para o sapo. E esse é o fim da história.

Infelizmente, esse tipo de coisa acontece com muita frequência na vida real. Pense em todas as lindas relações que poderiam ter desabrochado, mas que ficaram na vontade porque os Romeus nunca tomaram as Julietas nos braços, porque a timidez em ambos os impediram de dar o primeiro passo nessa direção. O mesmo pode-se dizer de todos os Carusos, Mozarts e Rembrandts que o mundo jamais conhecerá porque a timidez os

“Eu era muito tímido. Foi só quando fui exposto ao público que aprendi a lidar com a timidez.”—Al Pacino (ator de teatro e cinema americano; nascido em 1940)

impede de manifestarem seus dons.

São gênios que jamais saem da garrafa por não se atreverem a se expressar.

Enquanto tem gente de natureza extrovertida que não consegue parar de falar, há aqueles que são mais introvertidos, comedidos e reticentes.

Mas, de um modo geral, os que sofrem da “síndrome da inibição para iniciar o primeiro contato”— como alguns chamam a velha conhecida timidez— não querem ser assim.

Gostariam de poder interagir com os demais mais livremente, mas é muito difícil saírem de trás dos muros que os cercam e os mantêm prisioneiros.

A timidez é, em geral, uma combinação de medo e insegurança. Muitas vezes, a pessoa é tímida por se preocupar com o que os outros podem pensar o dizer a seu respeito, especialmente quando há antecedentes ou quando é a opinião que tem de si própria. É o caso de muitos que se acham excessivamente altos, baixos, gordos, magros, feios ou qualquer outra coisa.

Era o problema com Cass Daley.

Queria ser cantora, mas vivia preocupada com sua boca grande e com os dentes protuberantes. Quando começou a cantar em clubes noturnos,

ainda na adolescência, tentava ocultar os dentes salientes cobrindo-os com o lábio superior, o que a deixava com uma aparência ridícula.

Uma noite, um homem que a ouviu cantar, reconheceu seu talento excepcional e não foi tímido para lhe dizer a verdade. “Preste atenção —disse sem rodeios: assisti à sua apresentação e sei o que está tentando esconder. Você tem vergonha de ser dentuça.” Cass ficou obviamente envergonhada, mas isso não o deteve.

“Qual é o problema? É crime ter dentes salientes? Não os esconda. Pelo contrário, deixe todo mundo ver! A audiência vai adorá-la quando vir que não se deixa acanhar. Além disso, os dentes que você está tentando esconder podem deixá-la rica.”

Cass Daley aceitou o conselho e, daquele momento em diante, passou a escancarar a boca para cantar e o fazia com tanto gosto e prazer que, além de cantora famosa, tornou-se também atriz e comediante.

Como podemos superar a vergonha e a timidez? Uma alternativa é nos esquecermos de nós mesmos, a exemplo do que fez Cass Daley.

Quando paramos de nos preocupar

com tudo que pensamos que os outros gostariam que fôssemos em vez de nos contentarmos com a maneira que Deus nos fez, deixaremos de ser afetados tanto com as opiniões alheias.

Ninguém quer ser rejeitado, mas passar a vida evitando rejeição não deixará que você realize muito.

Arrisque-se. Não há outra forma de ganhar.

O escritor e dramaturgo George Bernard Shaw é outro exemplo de alguém que venceu a timidez e se tornou um dos homens mais perspicazes e um dos melhores oradores de sua época. Quando lhe perguntavam como havia mudado, respondia: “Da mesma forma que aprendi a patinar: persistentemente fazendo papel de bobo, até me acostumar.”

Na juventude, Shaw era tão tímido que podia ficar até 20 minutos andando de um lado para o outro na frente da casa de alguém que não conhecia muito bem, até juntar coragem para bater à porta.

“Poucos homens —dizia— já foram tão tímidos ou simplesmente tão covardes quanto eu era. E poucos já se envergonharam tanto disso!”

9

“Fui o ser humano mais tímido já inventado, mas tinha um leão dentro de mim que não queria se calar!” —Ingrid Bergman (atriz sueca; 1915–1982)

Até que encontrou uma maneira de superar sua insegurança e temor.

Determinou-se a transformar aquele ponto fraco em seu principal recurso e passou a integrar uma sociedade de debate. Também começou a frequentar toda reunião em Londres em que havia discussão pública e se obrigava a participar dos debates.

Sua habilidade de falar em público se aperfeiçoou com o tempo, até que George Bernard Shaw se tornou um dos oradores mais confiantes e brilhantes do início do século 20.

Cass Daley e George Bernard Shaw tinham pelo menos duas coisas em comum: determinação e um plano. São dois elementos-chave na autoajuda, mas há outro catalisador capaz de facilitar e acelerar o processo exponencialmente. O Espírito de Deus operando em nós “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos.”1 A ajuda de Deus é imensamente superior à autoajuda.

Isso se aplica a praticamente tudo na vida. Deus pode ajudá-lo a efetuar qualquer mudança para melhor que

você deseje.2 Algumas mudanças são instantâneas, mas a maioria acontece aos poucos. Somos Suas obras, mas somos obras em andamento.

Quanto mais seguro você for da amorosa presença de Deus na sua vida, mais à vontade se sentirá com os outros. É como o que acontece quando você põe um balde de água lamacenta sob um fluxo de água limpa: com o tempo, a água nova substituirá quase que toda a anterior, de forma que logo o conteúdo do balde será renovado. Nesse caso, a fonte de água limpa é o tempo de qualidade com Deus, dedicado à oração meditativa, à leitura da Bíblia ou de outras obras que o aproximam dEle. “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós,”3 a Bíblia promete. Toda vez que você O buscar, Seu espírito o tocará e o mudará um pouco mais. ■

1. Efésios 3:20 NVI

O D E VER D E CON TRIBUIR

Erin Falconer Superar a timidez não é apenas algo que você deve fazer para o seu próprio bem, mas também como uma contribuição para a sociedade. Quando lhe ocorrer um pensamento ou tiver uma ideia que deve ser divulgado, seu silêncio não prejudicará somente você, mas aqueles à sua volta.

As outras pessoas precisam de você. Precisam da sua inteligência e da sua percepção. Precisam da sua ajuda para resolver problemas. Ao esconder-se em acanhamento limita a contribuição que pode dar aos seus amigos, familiares e colegas.4 ■

Você gostaria de vivenciar a presença amorosa e transformadora de Deus como nunca antes? Comece convidando Seu Filho, Jesus, para entrar na Sua vida. Para isso, apenas ore:

2. Ver 1 João 5:14–15.

3. Tiago 4:8 4. Fonte: www.pickthebrain.com/blog/overcoming-shyness 10

Jesus, acredito em Você. Por favor, entre na minha vida. Amém.

GLOSSOFOBIA Yushi Jai

Você terá de oferecer o brinde no casamento do seu melhor amigo, ou fazer um

discurso por haver recebido um prêmio, ou convencer um grupo de colegas de um novo projeto —e você não sabe o que fazer porque é uma daquelas situações em que você não pode dizer não.

Você não é o único a se sentir assim.

A glossofobia, ou o medo de falar em público é um dos temores mais comuns. Como qualquer outro medo, a melhor maneira de superar a glossofobia é combater as causas do problema.

Temor 1: Não sei o que dizer.

Você tem dificuldade de falar sobre o seu time favorito, ou de um livro ou de um filme do qual você tenha gostado muito? Provavelmente, não. Você domina o assunto. Aprofunde-se no tópico sobre o qual precisa discorrer até conseguir falar com paixão sobre ele.

“

Normalmente preciso de mais de três semanas para preparar um bom discurso de improviso.”

—Mark Twain, escritor e humorista americano (1835–1910)

Temor 2: O que as pessoas pensarão de mim?

O egocentrismo é uma tendência do ser humano. Apesar de não ser algo tão positivo, quem fica nervoso na hora de falar em público tem duas razões de achar que isso é uma boa notícia. A primeira é que a maioria das pessoas se preocupa mais com as próprias dificuldades e deficiências, do que com as dos outros. A segunda é que a sua audiência espera se beneficiar com algo que você disser. As pessoas querem que você tenha êxito. Portanto, seja autêntico.

Medo 3: Vou ficar tão nervoso que todos vão notar.

Uma excelente maneira de deixar tanto você quanto a audiência à vontade é começar sua palestra com uma história que seja relevante ao tópico da sua apresentação e que você se sinta confortável contando. Um pouco de humor, se apropriado, também ajuda.

Temor 4: Vai me dar um branco na hora.

Ensaiar e estudar suas anotações reduzirá a probabilidade de você esquecer o que havia planejado dizer.

Destaque os pontos principais nas suas anotações para ajudá-lo a rapidamente encontrar o fio da meada caso se perca na apresentação.

Temor 5: Não conseguirei manter a atenção da audiência.

Como nesta era de operações multitarefa e sobrecarga de informações o tempo de atenção está cada vez mais curto, seja breve. As histórias curtas e o bom humor oferecem intervalos.

Use fatos claros ou números que deem sustentação à sua mensagem, mas o exagero podem causar confusão e cansaço.

Recursos visuais ajudam a apresentar o material com rapidez e clareza.

Programas como o PowerPoint foram criados para ajudar palestrantes. “Uma imagem vale mais que mil palavras.”

“

É importante que você pare de falar antes de a audiência parar de escutar.”

—Dorothy Sarnoff, cantora de ópera e consultora de imagem norte-americana (1914–2008) Yushi Jai é professora e membro da AFI no Japão. ■ 11

Ame Quem Está com Você Anna Perlini

Algumas canções causaram um impacto em mim.

Um exemplo é “Love the One You’re With” (Ame quem está com você), de Stephen Stills. O estribilho diz: “Se você não pode estar com quem você ama, ame quem está com você.”

Era 1974, meu namorado e eu havíamos terminado e meu coração estava partido. Fazia algumas semanas, ora eu o evitava, ora procurava atrair sua atenção. Ir à mesma escola que ele era uma tortura! Essa canção me ajudou a não me fixar tanto nos meus problemas, mas a procurar fazer contato com os outros. Meia vida depois, o fenômeno se repetiu.

Em frente ao assento que eu estava ocupando no ônibus, sentaram uma jovem com sua filha de dois para três anos de idade. A primeira coisa que notei é que ambas estavam bem vestidas e arrumadas. Achei que fossem estrangeiras e passei a observá-las para decifrar de onde seriam. A criança divertia-se 1. Mateus 22:39 12

com um brinquedo, mas o rosto da mãe transparecia cansaço e angústia.

Inevitavelmente lembrei de minhas quatro netas que vivem no outro lado do mundo. Conversamos via Internet e vejo suas fotos mais recentes regularmente, mas sinto falta de as abraçar.

“Que bonitos!” —disse apontando para os brincos de ouro da criança.

Os olhos da mulher brilharam e, sentimos uma conexão instantânea se estabelecer entre nós.

Elas vieram da Itália havia poucos meses, a convite de familiares. O marido ainda estava em seu país natal, esperando ser chamado para o emprego que haviam conseguido para ele. No meio tempo, ela também procurava trabalho, mas nada havia se concretizado. Era difícil encontrar uma oportunidade de trabalho estável com uma criança tão jovem sem ninguém que cuidasse dela durante o dia. A mãe tinha apenas 20 anos, a mesma idade que eu tinha quando me tornei mãe.

Quando o ônibus parou no meu ponto, descobri que era também onde

as duas desceriam. Eu precisava ir para a estação ferroviária, mas não conhecia muito bem aquela parte da cidade. Minha nova amiga se ofereceu para me guiar, o que aceitei com gratidão. Nossa conversa continuou enquanto caminhávamos e lhe contei sobre minha vida, meus filhos e minhas netas.

Demonstrou ares de solidariedade quando eu disse que não as via fazia muito tempo. Então a menina me deu um sorriso, como se dissesse: “Eu estou aqui.”

Lembrei das minhas lutas de jovem mãe inexperiente e tentei animar aquela moça a perseverar.

Seus sacrifícios para proporcionar uma boa situação para sua família seriam recompensados —assegurei-lhe. Também lhe falei de minhas recentes vivências em trabalhos voluntários, e como dedicar meu tempo e minhas energias aos outros que precisam torna mais tolerável “a falta de algumas coisas”.

Foi quando a antiga canção voltou a tocar na minha cabeça. Dessa vez não dizia respeito à perda de um namorado, mas ao meu desejo de estar com minhas filhas e netas. “Se você não pode estar com quem você ama, ame quem está com você.”

Quando nos despedimos, coloquei um pouco de dinheiro na mão da moça. Eu não podia lhe dar muito, mas eu sabia que até aquele pouquinho ajudaria, considerando as dificuldades em que se encontravam.

Ela não havia pedido, mas eu sentia que precisava mostrar àquela jovem e à sua filhinha o mesmo amor e interesse que manifestaria pelas minhas filhas e netas, se as encontrasse no ônibus naquele dia.

Jesus nos ensinou a amar os outros como a nós mesmos.1 E acho que se Ele tivesse avançado mais no ensinamento, diria: “E ame os outros tanto quanto ama os seus próprios filhos.”

Anna Perlini é membro da AFI na Croácia. ■

O Maior de Todos é o AMOR 1 Coríntios 13, parafraseado por uma mãe

Se eu viver em uma casa limpíssima e com tudo no lugar, mas não tiver amor, serei uma dona de casa, mas não terei um lar.

Se eu viver para encerar, polir e decorar, mas não tiver amor, meus filhos aprenderão sobre limpeza, mas não sobre bem-estar espiritual.

O amor esquece a poeira para buscar o riso das crianças.

O amor sorri quando vê pequenas impressões digitais na vidraça recém-limpa.

O amor seca as lágrimas antes de limpar o leite derramado.

O amor pega a criança antes de juntar os brinquedos.

O amor está presente nas dificuldades.

O amor corrige, dá broncas e reage quando necessário.

O amor engatinha com o bebê, caminha à velocidade de quem dá os primeiros passos, corre com a criança e chega para o lado para deixar a criança se tornar adulto.

O amor é a senha que abre a mensagem de salvação para o coração da criança.

Antes de me tornar mãe, eu me gloriava da perfeição da minha casa.

Hoje, glorio-me na perfeição de Deus em meus filhos.

Na condição de mãe, há muito que devo ensinar aos meus filhos, mas o mais importante é o amor.

—Autora anônima ■ 13

Respostas Às Suas Perguntas

R eduzindo

as

P reocupações

P: Às vezes sinto como se estivesse me afogando em preocupações.

O que posso fazer para deixar de me preocupar tanto?

R: Quem, às vezes, não se preocupa?

Preocupamo-nos com o que vai acontecer no mundo, com nosso desempenho nos estudos ou no trabalho, com as contas que temos para pagar, com erros que queremos corrigir, com o futuro, com a perda de pessoas que amamos. São tantas preocupações!

A maioria das preocupações tem duas origens: as inquietações com nossos insucessos e erros passados, e o medo do futuro.

Como evitar que tais angústias nos afetem? Podemos encontrar uma boa resposta em um lugar nada comum: nos modernos transatlânticos. Esses navios de grande porte são construídos de tal modo que, no caso de incêndio ou de um vazamento 1. Romanos 8:28 2. Salmo 56:3 3. Isaías 12:2, itálico adicionado 14

sério, portas de aço à prova de água e fogo são fechadas para isolar o compartimento comprometido dos demais. Com isso, o problema é contido e o navio continua flutuando.

Assim deve ser o “navio” das nossas vidas. Para aproveitarmos ao máximo o dia de hoje e nos prepararmos para o futuro, devemos aprender a nos isolar tanto das preocupações com problemas e erros do passado quanto das preocupações exageradas com o futuro. Do contrário, nossas inquietações podem nos inundar e nos fazer afundar.

Você já notou que as coisas que nunca acontecem são as que mais costumam nos preocupar. Um empresário fez o que chamou de “planilha de preocupações”, onde registrou seus temores. Depois de um tempo, descobriu que 40% das suas inquietações eram sobre coisas que provavelmente nunca aconteceriam, 30% diziam respeito a decisões passadas que não

podia mudar, 12% estavam ligadas às críticas que outros faziam a seu respeito e 10% eram preocupações infundadas com a sua saúde. A conclusão foi que apenas 8% das suas preocupações se justificavam.

As preocupações são como as cadeiras de balanço; mantém a pessoa ocupada, mas sem realizar coisa alguma.

Nós, cristãos, não temos de temer ou de nos preocupar com seja o que for, porque sabemos que “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus”.1 O famoso evangelista Dwight L. Moody (1837-1899) disse: “Você pode ir para o Céu de primeira ou de segunda classe. A segunda classe é: ‘No dia em que temer, hei de confiar em Ti’ .2 A primeira: ‘Confiarei e não temerei’.3 Então, por que não adquirir um bilhete de primeira classe?” ■

VENÇA AS TREVAS Um exercício espiritual Abi F. May

Ter medo é como estar trancado em um quarto

pequeno e escuro. A escuridão pode ser tão densa que parece sufocar.

Você tateia, mas não consegue encontrar a saída. Mas quando descobre o interruptor, acende a luz e tudo muda. Mesmo um pouco de luz ajuda a se situar e mostra a saída.

Uma coisa que não ajuda a dissipar o medo e a preocupação é fingir que o sentimento vai se dissipar se for ignorado. O medo deve ser afastado. Você precisa descobrir onde está a saída.

Tente este exercício na próxima vez que se sentir preso por temores ou preocupações. Você precisará de quatro elementos: um cômodo que possa ser escurecido, uma vela ou um abajur, algo para acender a vela ou ligar o abajur, e uma Bíblia.

Vá para o cômodo em uma hora em que você não será incomodado.

Acenda a luz e feche as cortinas ou as venezianas. Passe alguns minutos lendo e pensando sobre o que a Bíblia tem 1. Salmo 91:1–2 NTLH 2. Salmo 23:4 NTLH 3. Salmo 27:1 NTLH

a dizer sobre temores e preocupações.

Por exemplo: “A pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo e se abriga na sombra protetora do TodoPoderoso pode dizer a Ele: ‘Ó Senhor Deus, Tu és o meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio em Ti.’”1 “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada.”2 “O Senhor Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor me livra de todo perigo, não ficarei com medo.”3 Agora apague a luz e diga a Deus o que está lhe incomodando. Seja tão detalhado quanto quiser. Sua paciência não tem fim. E não se preocupe, porque Ele vai entender. Mesmo se

seus temores forem infundados, são muito reais para você e Ele sabe disso.

Agora, acenda a vela ou o abajur.

Essa luz representa a presença e o poder de Deus. Você não está mais no escuro, a sós com os seus temores. Ele está com você e Sua luz venceu as trevas.

Agradeça-Lhe pela Sua presença e por Ele sempre estar com você, em todas as circunstâncias. Ao sair do quarto, desligue o abajur ou apague a vela, pois essa luz não será necessária.

Você está indo para a luz do dia ou para uma casa iluminada. Mas leve a experiência com você e, quando o próximo temor surgir, lembre-se deste exercício. Mentalmente, acenda o abajur ou a vela, lembre-se da Sua presença infalível e fique em paz.

Abi F. May é educadora e escritora na Grã Bretanha, e membro da equipe da Contato. ■ 15

Com Amor, Jesus

Observe os pardais…

Meus olhos estão sobre o passarinho que voa de lá para cá em busca de alimento e de um lugar onde fazer seu ninho. Eu o guio a um lugar de repouso, e ele confia em Mim. Não se preocupa com o que não tem, apenas vive o seu dia na certeza de que suprirei suas necessidades. Vejam como são pequenos e numerosos os pardais, mas conheço e cuido de cada um deles.

Você, meu filho, é muito mais precioso aos Meus olhos que todos os pardais e, se Me preocupo com esses pequenos e aparentemente insignificantes pássaros, por acaso não cuidaria também de você?

Conheço seus problemas e entendo seus temores.

Estou aqui para lhe dar fé e atender às suas orações, mas preciso que você confie em Mim, tal como os pardais confiam. Você não os vê esvoaçando em pânico, preocupados e agitados. Eles se mantêm calmos e em paz, sabendo que os observo e que cuidarei deles como de um dos Meus.

Também observo você, e estou aqui, pronto para ajudar. Por que não confiar em Mim? Deixe que Eu Me preocupe!