Contato, novembro 2022: Luz na escuridão

Contato pessoal

A luz contra a escuridão

De acordo com uma história publicada em vários lugares na Internet, era uma vez uma caverna nas profundezas da terra que, como jamais vira a luz, não conseguia imaginar como esta seria. Um dia, o sol enviou à caverna um convite para subir para uma visita. Ao conhecer a superfície, a caverna ficou tão maravilhada e encantada. Para retribuir a gentileza, convidou o Sol a descer para visitá-la, já que este nunca tinha visto a escuridão. Entretanto, quando entrou na caverna, curioso de como seria a “escuridão”, disse intrigado: “Não vejo diferença!”.

O mundo pode parecer um lugar bem sombrio às vezes, onde pessoas que queremos bem ficam terrivelmente doentes, crianças lutam contra o bullying e os noticiários estão cheios de histórias tragédias ou desastres naturais. A escuridão também pode penetrar nossos relacionamentos pelo rancor, ressen timento, porque não somos compreendidos ou nos recusamos a compreender. Às vezes, fazemos más escolhas ou cedemos às nossas fraquezas, deixando a escuridão criar feridas que podem durar muito tempo.

O que a história da caverna mostra, contudo, é que a escuridão simples mente não pode existir na presença da luz. A opressiva escuridão é impotente na presença da luz. “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela.”1

Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo. Quem ME segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”2 Ele também ensina: “Vós sois a luz do mundo… Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”3

Nessas passagens, Jesus afirma ser e denomina Seus seguidores a luz do mundo. Para nós, essa tremenda honra é também um grande desafio. Por mais escuro que o mundo possa parecer, é nossa responsabilidade e privilégio fazer brilhar Sua luz onde as trevas forem mais densas, para que todos, em todos os lugares, possam ter a oportunidade de vê-lO e conhecê-lO.

Mário Sant’Ana

Editor

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5:14–16, ênfase adicionada

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

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Editor executivo: Ronan Keane

Editor: Mário Sant'Ana

Design: Gentian Suçi

© 2022 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon.

A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”–Tradução de João Ferreira de Almeida–Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

Não se sabe quem escreveu, provavelmente no final do século II, a Epístola a Diogneto, um pagão membro da alta sociedade. O texto talvez seja o mais antigo exemplo da defesa da fé cristã a um não cristão e nos permite conhecer um pouco de como os convertidos da época viam o mundo e sua participação nele. Os atributos que o autor relaciona no Capítulo V, “Os Modos dos Cristãos” nos levam à reflexão. Estes são trechos da tradução da versão em inglês feita por J.B. Lightfoot:

O perfil cristão

Os cristãos não se distinguem dos outros homens, pelo lugar de origem, pelo idioma ou pelos costumes. Afinal, não moram em cidades próprias, não falam um dialeto específico nem têm algum modo especial de viver. [...] Vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, adaptam-se aos costumes do lugar quanto à vestimenta, ao alimento e aos outros aspectos da vida. Ao mesmo tempo, demonstram sua admirável e, sem dúvida, nada usual cidadania espiritual.

Vivem em seus países natais, como forasteiros. Participam em tudo como cidadãos e tudo suportam como se fossem de outra pátria. Todo país é, ao mesmo tempo, sua terra natal e estrangeiro. [...] Estão “na carne”, mas não vivem “segundo a carne”. Moram na Terra, mas são cidadãos do Céu. Obedecem às leis estabelecidas, as quais, na privacidade, transcendem.

Amam todos [...] e, quando morrem, recebem a vida. [...] Carecem de tudo e têm abundância de todas as coisas. São desprezados e, no desprezo, reconhecidos. São vilificados, mas também justificados. Quando amaldiçoados, abençoam. Quando insultados, respeitam. Quando punidos, alegram-se como se recebessem a vida [...] os que os odeiam não sabem explicar o motivo do ódio.

Em suma, como a alma está para o corpo, estão os cristãos para o mundo. A alma se dispersa pelo corpo; os cristãos, pelas cidades do mundo. A alma não é o corpo em que habita, assim como os cristãos habitam o mundo ao qual não pertencem. Como a alma, invisível, está confinada ao corpo visível, os cristãos, são reconhecidos neste mundo, mas, sua crença permanece invisível. ■

JESUS —SUA VIDA E MENSAGEM : LUZ

Por Peter Amsterdam

Pouco depois de Jesus ensinar aos Seus discípulos a orar, 1 falou sobre a luz em três frases curtas. Começou com uma referência à luz enquanto fenômeno físico propriamente dito e depois passou a falar da que está dentro de nós.

Ninguém, acendendo uma candeia, a põe em lugar oculto, nem debaixo de uma vasilha, mas no velador, para que os que entram vejam a luz.2

A lâmpada à qual se refere pode ser um lampião no qual queima uma vela ou, mais provavelmente, uma lamparina a óleo. Não faria sentido acender uma

1. Ver Lucas 11:1–4.

2. Lucas 11:33

3. João 1:4 NTLH

4. Efésios 5:8

lamparina ou uma vela e a colocar em um lugar onde a luz não teria utilidade para ninguém.

Jesus e Sua mensagem estão associados à luz em todos os Evangelhos.

A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas.3

Em outras partes do Novo Testamento, lemos sobre a luz em referência àqueles que creem em Jesus.

Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz.4

Jesus e Sua mensagem – a Luz – não devem ser escondidos, mas amplamente proclamados por meio de Seu ministério, de Seus discípulos e dos crentes. A rejeição da mensagem por alguns não se deve a um ensinamento oculto ou secreto, mas à rejeição da mensagem que lhes foi dada conhecer.

Jesus então disse:

Os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de você são bons, todo o seu corpo fica cheio de luz. Porém, se os seus olhos forem maus, o seu corpo ficará cheio de escuridão.5

Nos tempos antigos, entendia-se que a luz não entrava pelos olhos, mas que emanava do interior das pessoas para fora pelos olhos e, por isso, enxergavam. As palavras de Jesus refletem esse conceito antigo. Os ouvintes teriam entendido que Jesus estava Se referindo aos olhos como a fonte de luz que emana do corpo, que poderiam ser saudáveis ou doentes. Olhos saudáveis indicavam que a pessoa estava interiormente cheia de luz, a qual era emitida pelos olhos. No entanto, se não estivessem bem, os olhos não emitiriam luz, indicando que a pessoa vivia em trevas.

Jesus estava falando sobre o eu interior de alguém, de sua condição espiritual. Se os olhos de não fossem saudáveis, então o ser interior da pessoa estaria escuro, carente de luz espiritual, indicando que o indivíduo não era saudável moralmente. Em outras palavras, as pessoas que buscam a bondade, que foram preenchidas de luz por Deus, têm bons olhos.

Tu, ó Senhor, manténs acesa a minha lâmpada; o Senhor meu Deus transforma as minhas trevas em luz.6

Aqueles que rejeitaram a mensagem de Jesus eram os mesmos cujos olhos – seu eu interior – estavam cheios de escuridão. Por isso, Jesus advertiu:

Portanto, tenha cuidado para que a luz que está em você não seja escuridão. Pois, se o seu corpo estiver completamente luminoso, e nenhuma parte estiver escura, então ele ficará todo cheio de luz como acontece quando você é iluminado pelo brilho de uma lamparina.7

Dessa forma, ensinou como os pensamentos e as decisões precisam ser orientadas pela luz, devemos nos certificar de que a luz que temos em nós seja a verdadeira e que estejamos espiritualmente saudáveis.

A luz dentro dos crentes brilhará como um lampião aceso. Aqueles que creem nEle e em Seus ensinamentos, sem qualquer dureza de coração, são espiritualmente saudáveis, cheios de luz. Brilharão com a luz de Jesus da mesma forma como alguém sob um holofote em um ambiente predominantemente escuro.

Esses versículos parecem estabelecer uma progressão. Jesus é a luz, posicionado para que todos O vejam. A saúde espiritual de cada um é determinada pela sua resposta à luz. Os que aceitam a luz de Jesus se tornam espiritualmente saudáveis, brilham e iluminam os outros. Refletem a luz de Jesus para os demais, pela maneira como vivem e pelo amor que mostram. Em contraste, existem os que rejeitam Jesus, que têm olhos ruins e, por isso, estão cheios de trevas. A mensagem é que devemos aceitar a luz, crer em Jesus. Os que têm a luz podem ser guiados por Deus, fazer as escolhas certas e ser a Sua luz para os outros.

Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original.

UM RAIO DE LUZ NAS TREVAS

Sempre que possível, evito dirigir quando o trânsito é mais intenso, mas meu compromisso naquela manhã havia sido agendado justamente para um horário em que o tráfego de veículos é enorme e lá estava eu, presa em um engarrafamento terrível. Para piorar, um caminhão de coleta de lixo caindo aos pedaços estava bem na minha frente, com a carroceria aberta.

No Quênia, onde moro, o lixo é uma mercadoria cobiçada. A maior parte do que é descartado ainda tem valor para alguém, pelo que a reciclagem acontece em enormes lixões da cidade por pessoas que moram em casebres e barracos de papelão.

Tipicamente, os veículos usados para a coleta de lixo são velhos e têm uma aparência tão horrível quanto o conteúdo que transportam. Aquele que estava na minha frente era tão velho que fazia uma barulheira infernal e jogava fumaça de diesel nos pedestres envolvendo todos ao seu redor em uma nuvem fedorenta. Talvez com a intenção de melhorar aquela aparência irremediável, os trabalhadores penduraram nas laterais brinquedos descartados, sapatos velhos e pedaços de decorações natalinas. Franzi o nariz e tive vontade de

xingar pela minha má sorte, pois estava parada em um engarrafamento atrás do pior veículo possível, sem ter para onde escapar.

Então notei os três coletores de lixo vestidos em trapos que estavam sentados no meio do monte de lixo no caminhão aberto. Um dos homens estava lendo para os outros de um grande exemplar da Bíblia. Todos ali demonstravam serenidade, como se estivessem alheios ao horror que os cercava.

Aquela contradição me fez pensar em Deus e, apesar do engarrafamento, louvores começaram a se formar em meus lábios e meu humor melhorou. Logo, o congestionamento se dissolveu e o caminhão virou para uma transversal, mas o testemunho silencioso da presença de Deus em meio à sujeira e ao lixo, e a maneira como aqueles humildes trabalhadores haviam participado de algo divino, me impactaram. Segui feliz por ter superado o engarrafamento e por tudo que havia testemunhado.

Iris Richard é conselheira no Quênia, onde atua na comunidade e no trabalho voluntário desde 1995. ■

Por Iris Richard

Esta minha luzinha

Faz alguns dias, minha esposa e eu assistíamos de nossa varanda ao pôr do Sol, e ali permanecemos até as estrelas surgirem. Como de costume, a estrela-d’alva foi a primeira a se mostrar. Cerca de uma hora mais tarde, ainda era a que mais brilhava naquela noite sem lua. Seu brilho contínuo superava facilmente o das outras.

O astro tem uma vantagem nada justa sobre os demais, já que, na verdade, é Vênus. Como a Lua, o planeta que se disfarça de estrela não tem luz própria, mas reflete a que recebe do Sol.

Fiquei pensando que se esses dois corpos celestes podem brilhar com tanta intensidade, apesar de suas superfícies foscas e de não contarem com luminosidade própria, não devo me preocupar sobre a qualidade da minha refletividade espiritual, ou seja, meu grau de bondade ou pureza, segundo minha percepção e dos demais. Basta eu refletir a luz de Deus quando esta incidir

sobre mim. Essa compreensão não me autoriza a relaxar e me descuidar espiritualmente, mas é liberador saber que não tenho de tentar parecer algo que não sou.

CONTINUE BRILHANDO

A luz só pode ser vista conforme é refletida pelos objetos, mas até mesmo um grão de poeira, minúsculo como é, pode brilhar como um diamante, quando exposto ao sol. Se não fosse pela poeira, não se poderia ver a luz. Sem a luz, a poeira não seria vista. Ambas são necessárias. O Criador é visto no Seu reflexo em Suas criações.2 Assim “resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”3

Aquele anoitecer com minha esposa deu para mim novo sentido a uma frase de um conhecido versículo bíblico: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro.”1 Eu já havia aplicado o conceito à minha compreensão de Deus e das realidades espirituais, mas agora vejo que também se relaciona a como os outros veem Deus refletido em mim. Por mais que eu tente, não posso mudar minha própria natureza, assim como a Lua ou um planeta não pode se transformar em estrelas. Mas algo acontece quando Deus faz Sua luz brilhar em mim. Mesmo que eu seja fosco, Seu poder em mim me torna um de Seus astros.

David Bolick é consultor de idiomas, tradutor e leitor na Igreja Ortodoxa. Ele mora em Guadalajara, México.

Por David Bolick

Por Koos Stenger

Ouvi um belo testemunho relatado pela evangelista holandesa Corrie ten Boom, no qual relata sua visita a uma prisão, muito escura, situada em algum lugar na África. A atmosfera era pesada. A maioria dos detentos não tinha sequer um teto acima de suas cabeças. Aqueles homens passavam a maior parte do tempo ao relento, amontoados como uma massa de humanidade em sofrimento, cercados por arame farpado e guardas nervosos, armados, com muita vontade de disparar e que não pensariam duas vezes antes de apertar o gatilho.

Os miseráveis naquele poço de desespero sofriam por seus crimes. Às vezes, sentavam-se desprotegidos sob o sol escaldante, outros eram açoitados pela chuva prolongada que fazia seus corpos magros e esqueléticos tremerem de frio.

No dia da visita da evangelista havia chovido torrencialmente e o lugar se transformado em um gigantesco poço de lama. Nele as pessoas estampavam nos rostos miséria e desânimo. Diante daquilo, a evan gelista entendeu que a palavra esperança nada signifi cava. Falar àquelas pessoas sobre a bondade de Deus pareceria uma zombaria. Como ela poderia lhes dizer que Deus era bom e que Ele era bom o tempo todo?

Os poderes das trevas são astutos, muito inteligentes em sua maldade e extremamente hábeis em cultivar o mal. Para convencer as almas perdidas de que Deus é uma mentira e só lhes resta o inferno na

terra e no além, as trevas procuram imergir os homens em tanta opressão e numa escuridão tão impenetrável que todo senso de certo e errado se perde. Tudo o que resta é uma luta incessante pela autopreservação, onde nenhum ato de egoísmo será evitado.

Este é o poder da impiedade na hora da escuridão.

A própria Corrie tinha sido presa na juventude, enviada ao campo de concentração de Ravensbrück por sua família ajudar a esconder os judeus. Ela se lembrava de seus dias de sofrimento e suas lutas contra a tentação de ceder à mentira de que Deus a havia esquecido.

Mas Ele não Se esquecera dela.

O próprio fato de ela ter se unido à luta para levar a este mundo a luz do glorioso Evangelho era testemunho suficiente. Mas como convencer aquelas pessoas enlameadas e sem esperança, que a fitavam com um olhar vazio, da grande fidelidade de Deus?

Essa gente precisa de alegria! — ocorreu em um flash de inspiração.

Aquele lugar precisava de alegria. Alegria verdadeira, do tipo que vem do âmago do seu ser. Alegria sobrenatural, não a deste mundo transitório, mas que construirá uma ponte para a eternidade.

E assim ela orou. Era uma oração simples, mas com convicção: “Senhor, encha-me de alegria de tal forma que transborde sobre estes prisioneiros. Esta escuridão é profunda demais para mim, mas o Senhor venceu o mundo”.

Ela começou a falar.

E a alegria simplesmente jorrava de seu coração, tal como ela havia pedido em oração e calou fundo no coração daqueles homens. Primeiro um, depois outro, até que finalmente a alegria se espalhou por toda a multidão. A esperança choveu sobre aqueles pobres coitados, que pela primeira vez entenderam por que Jesus veio a esta terra e, em pouco tempo, todo aquele lugar deplorável foi transformado. A mudança não se deu pela sabedoria do homem ou pelos ditos inteligentes de um hábil orador. Nada disso. O Espírito Santo tomou conta e expulsou as trevas.

Quando Corrie terminou e chegou a hora de ir, prisioneiros e guardas passaram pela cerca de arame farpado, foram além dos limites da prisão, seguindo o impulso de se despedirem dela em agradecimento. Nenhum tiro foi disparado nem nenhum prisioneiro escapou. “Volte, querida senhora”, todos gritaram. “Conte-nos mais sobre o Rei dos Céus.”

É assim que devemos combater as trevas. Não é com nossa própria força, não analisando-a ou encontrando maneiras de evitá-la ou ser mais espertos do que ela, mas deixando a luz entrar e deixando Deus fazer aquilo em que Ele é perito, que é atacar as trevas com a vara do Seu amor. Afinal, quando Ele disse: “Haja luz”, Ele falou sério e houve luz.

Koos Stenger é um escritor freelance na Holanda. ■

Você pode deixar a luz da alegria entrar convidando o Filho de Deus, Jesus, para sua vida: Querido Jesus, creio que Você morreu por mim e que me ama. Sei que preciso da Sua presença em minha vida. Abro o coração e O convido para entrar. Perdoe-me pelos meus pecados. Obrigado pela dádiva da vida eterna. Ajude-me a amá-lO e a compartilhar Seu amor, luz e verdade com os outros. Amém.

A luzdo amor

A Palavra de Deus nos diz que Deus é amor e quer que o mundo seja inundado com amor: “‘Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”1

Nos Evangelhos, o amor de Deus se manifesta na forma como Jesus viveu: curou cegos, ressuscitou mortos, cuidou das crianças, lavou pés sujos, alimentou multidões, ensinou Seus seguidores e, finalmente, morreu na cruz pelos nossos pecados para, depois, ressuscitar, dando-nos esperança de que um dia faremos o mesmo.

Quando eu celebrava casamentos no Japão, descobri que a melhor maneira de resumir como os recém-casados devem se amar está em 1 Coríntios 13, o capítulo do amor. O texto começa nos dizendo o que o amor não é: egoísta, orgulhoso ou rude. Na sequência, explica como o amor nunca desiste nem falha!

Muitas pessoas tendem a ser céticas em relação ao amor até verem algum tipo de evidência. Em 2009, George

1. Mateus 22:37–39

2. Stossel, Scott (maio de 2013). “O que nos faz felizes, revisitado: um novo olhar sobre o famoso estudo de Harvard sobre o que faz as pessoas prosperarem.” The Atlantic. Extraído em 25 de junho de 2017.

3. Jeffrey Long e Paul Perry

4. http://elixirmime.com

Vaillant, o pesquisador-chefe do Grant Study (pesquisa que acompanhou 268 estudantes de Harvard por um período de 80 anos com o objetivo de encontrar o que nos faz felizes), afirmou que suas descobertas podem ser resumidas da seguinte forma: “Felicidade é amor. Ponto final.”2

Em outra nota, um livro publicado em 2011 intitulado God and the Afterlife3 nos deu mais evidências obtidas de depoimentos de milhares de pessoas que tiveram expe riências de quase morte. Quando lhes foi perguntado: “Durante sua experiência, você encontrou alguma infor mação/consciência específica sobre o amor?” 58,1% desses voluntários disseram que sim. Aqui está uma amostra de suas citações:

“O amor estava em toda parte. Permeava a vida após a morte. Foi incrível.”

“Eu era amado incondicionalmente, apesar de minhas falhas e medos.”

“Nenhum humano pode amar com o amor que senti naquela luz. É algo que tudo envolve, tudo perdoa. É incomparável. É como o dia em que você olhou nos olhos de seu filho pela primeira vez ampliado um milhão de vezes. É indescritível.”

Esses relatos em primeira mão nos dizem muito sobre o grande amor de Deus por nós! Façamos nossa parte para compartilhar Sua verdade e amor com os outros, para que eles possam conhecê-lo e experimentá-lo por si mesmos.

Curtis Peter van Gorder é roteirista e mímico 4 na Alemanha. ■

Por Curtis Peter van Gorder

Da escuridao para a luz

Por G.L. Ellens

Nonon não conseguia conter as lágrimas ao me contar sobre a morte de sua irmã. Sua bicicleta atingiu um buraco na estrada, Rani foi arremeçada e caiu de cabeça. Ela não estava usando o capacete naquele dia. Apesar de ser desportista e estar em boa forma, um momento de descuido foi o suficiente.

Das duas irmãs, Rani era a mais alegre e tinha um coração carinhoso. Nonon era mais introvertida, reclusa e se considerava “a sombria”. Isso tudo mudou em um segundo. Enquanto Rani ficou em coma em um leito de UTI, No non permaneceu ao seu lado dia e noite, tentando encorajá-la e segurando sua mão. No entanto, Rani nunca recuperou a consciência e a família percebeu que devia de deixá-la ir…

Ao me contar sobre o acidente e a UTI, pude ver que Nonon estava revivendo a dor e a mágoa. A pergunta “Por quê?” enchia seu coração e mente, mas ela não tinha a quem recorrer para obter a resposta. Nonon havia sido criada como católica e se converteu ao budismo para se casar, mas desde o acidente não tinha certeza de qual era a verdade.

Sua tristeza e dor a forçavam a buscar uma reposta...

Eu podia sentir isso, mas hesitei. Eu nunca tivera uma conversa profunda com ela. Ela sabia que eu acreditava em Jesus, mas sempre dava uma cutucada sarcástica em qualquer coisa que eu dissesse sobre religião ou fé. Respirei fundo. “Nonon, há um versículo na Bíblia

que diz: ‘O justo perece, e ninguém pondera isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal... Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte.’”1

Essas palavras foram como se uma luz se acendesse em sua alma. “Onde fica isso?” ela perguntou.

Abri o aplicativo da Bíblia no meu telefone e lhe mostrei. Ela imediatamente chamou a mãe e lhe disse: “Mãe, veja isto!”

Um pequeno grupo de parentes logo se reuniu para me ouvir explicar o significado do texto. Todos amavam Rani. Ela era alegre, inteligente e sempre tinha algo gentil para dizer. Nonon a admirava como a irmã perfeita. Aquela passagem explica como Deus às vezes chama as pessoas para Si por compaixão, para protegê-las e afastá-las do mal ou da calamidade. Era como se a paz e o descanso tivessem se instalado em todos na sala. Finalmente, eles entenderam por que Rani havia morrido e puderam encontrar paz e conforto em um versículo da Palavra de Deus.

Desde então, Nonon continuou a manter contato. Todos os dias, eu lhe envio citações e passagens da Palavra de Deus e ela sempre responde com gratidão.

G.L. Ellens foi missionária e professora no Sudeste Asiático por mais de 25 anos. Embora aposentada, continua ativa no trabalho voluntário, além de perseguir seu interesse pela escrita. ■

CRIANÇAS CONFIANTES

Por Alex Peterson

Quase todos os pais e mães estão atentos ao progresso dos filhos em cada estágio de seu desenvolvimento. Por isso, devem entender a importância da autoimagem da criança na sua formação. As que cultivam sentimentos positivos em relação a si mesmas e que acredi tam que podem vencer têm maiores chances de sucesso.

As crianças formam suas primeiras opiniões sobre si próprias e suas habilidades no contexto de seus lares. Todos os dias, os pais podem encontrar oportunidades para desenvolver a autoconfiança dos filhos, o que contribuirá para que estes cresçam e se tornem adultos bem ajustados e equilibrados.

Solução de problemas

Os pais muitas vezes ficam admirados quando desco brem que os filhos são muito capazes e aptos para, com um pouco de ajuda, resolver seus próprios problemas. To das as crianças vão se deparar com desafios, pois é parte do crescimento. Quando os enfrentam, aprendem a superar dificuldades, o que é uma habilidade essencial ao sucesso na vida. Ajudar os filhos a se tornarem capazes de resolver seus próprios problemas requer tempo e paciência, mas é um investimento sábio que renderá grandes dividendos, quando as crianças crescerem e se depararem com situa ções mais complexas e com consequências mais graves.

Os pais tendem a querer dar um jeito nas coisas ou oferecer uma solução rápida. Isso talvez resolva uma necessida de imediata, mas prejudicará o processo de aprendizagem. Equivale ao provérbio que diz que quando damos um peixe a um homem, o alimentamos por um dia; quando lhe ensinamos a pescar, o alimentamos pelo resto da vida.

É assim que Deus trabalha conosco. Ele poderia muito bem resolver todos os nossos problemas com um estalar de dedos, mas, em vez disso, costuma esperar que raciocine mos, consideremos nossas opções e façamos o que estiver ao nosso alcance, antes de Ele intervir e fazer o que não pudermos fazer. Ele nos envolve na construção da solução e nos conduz, passo a passo, não para dificultar a vida ain da mais, mas para nos ajudar a crescer com a experiência.

Questões de insegurança

Por mais que os pais amem os filhos e tentem estar atentos às suas necessidades, surgirão situações que os deixarão inseguros. Nessas horas, muitas vezes, as crianças reagem comportando-se mal.

É necessário corrigir o mau comportamento, mas a menos que o pai ou a mãe entenda o que o causou, a correção pode atrapalhar mais do que ajudar. O

comportamento ruim não passa de um sintoma. Por isso, os pais devem identificar a raiz do problema, a causa oculta e atuar nela.

Conforme a idade e o nível de maturidade da criança, tente ajudá-la a chegar às suas próprias conclusões com uma abordagem que busque a solução do problema. Ao deixar clara para a criança a diferença entre o mau comportamento e o bom, poderá envolvê-la no processo de transformar a situação problemática de aprendizado, para assim fortalecer em vez de minar a autoestima da criança.

Nem todas as crianças se portam mal quando se sentem inseguras, algumas se tornam introvertidas ou perdem em desempenho. Mas, independentemente de como a insegurança se manifeste, o primeiro passo para corrigir o problema é reconhecê-lo. O segundo é atuar na causa da insegurança, por um ângulo positivo.

Cultive o respeito mútuo

O amor aumenta, fortalece os laços de união, torna as crianças mais obedientes e faz com que todos se sintam mais valorizados.

Numa família, o respeito é manifesto por consideração, compreensão, interesse, boa-vontade de ouvir e boa comunicação. A atitude é tanto causa quanto efeito: quem quiser ser respeitado pelos filhos, deve respeitá-los.

As crianças aprendem observando e imitam o que veem. Quando não respeitam os pais, é provável que a origem do problema seja os próprios pais, os colegas ou outras influências tais como programas de televisão, filmes ou jogos de computador. Reduzir essas ações negativas é meia batalha ganha. A outra metade da vitória é conquistada pela definição de diretrizes claras do que é esperado e pela contínua adesão a elas.

Maneiras de demonstrar respeito pelas crianças:

Trate cada criança como um indivíduo;

Seja sensível aos seus sentimentos, colocando-se no lugar delas;

Peça ou sugira, em vez de dar ordens;

Quando elas estiverem falando, dê-lhes atenção e ouça o que têm a dizer. Não se apresse para lhes dizer como você vê a situação;

Leve as ideias delas a sério, pensando em maneiras de ajudá-las a realizá-las

Evite mal-entendidos

Às vezes, parece que as crianças escolhem os piores momentos possíveis para se comportarem mal e,

em certas ocasiões, mesmo se o que fazem não seja necessariamente errado, irrita. Quando os pais estão sob pressão, preocupados com o trabalho ou outros assuntos, não estão se sentindo bem nem de bom humor, a sua interação com os filhos é prejudicada.

Evite esses mal-entendidos tão prejudiciais à autoconfiança vigiando-se para não chegar a esse ponto e contextualizando o comportamento em questão. “Eu adoraria ouvi-lo cantar essa canção de novo, mas estou dirigindo e preciso prestar atenção ao trânsito”. “Estou com dor de cabeça, então gostaria de lhe pedir para não fazer isso agora.” E se você não conseguir se deter a tempo, uma explicação depois do fato ocorrido e um pedido de desculpas corrigirá o dano causado. Ao dar à criança uma oportunidade de ser parte da solução do problema que ela está encontrando, transformará uma situação potencialmente prejudicial em uma experiência positiva.

Estímulo positivo

O elogio é um motivador extraordinário. Toda criança adora elogios. É mais importante e benéfico louvar a criança por seu bom comportamento que repreendê-la pelo mau.

O elogio deve ser constante, sincero e criativo, mas acreditável. Se a criança, por exemplo, tentar fazer algo novo, mas obtiver resultados ruins, louve-a pelo esforço, não pelo resultado. Ou se uma tentativa de lhe fazer uma surpresa causar problemas, elogie-a pela consideração. Acentue sempre o positivo e torne as boas ações memoráveis.

Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele. —Provérbios 22:6 ■

ENCORAJAMENTO

Por Marie Alvero

Recentemente, durante um processo de avaliação, fiquei surpresa ao receber o feedback de que meus colegas de trabalho não me consideram animadora. Como sempre julguei a capacidade de incentivar os demais um dos meus pontos fortes, aquilo me levou a pensar profundamente sobre o que realmente é o incentivo. Percebi que era boa para “encorajar” as pessoas a fazer algo do meu jeito, ou a ver as coisas do meu ponto de vista, mas não oferecia elogios que não estivessem ligados a um resultado que eu queria ver.

Aprendi com esse insight que é fácil confundir encorajamento com manipulação. Mesmo sem más intenções, às vezes dei a impressão de que as pessoas precisavam fazer algo para me agradar, em vez de serem apreciadas por quem são do jeito que são.

Reconhecer esse comportamento no meu ambiente profissional me alertou para seus efeitos nos meus outros relacionamentos, especialmente com meus filhos. Perguntei-me a frequência com que lhes dizia como “Você está melhorando!” ou “Sei que você consegue!”

Esses comentários, embora não sejam desmoralizantes, são muito diferentes de “Seu trabalho hoje foi incrível!” ou “Adoro o entusiasmo que você traz para o ambiente!”

Não há qualificador nessas declarações e não sugere que eu gostaria que elas “se saíssem ainda melhor”.

Hoje sou uma Dale Carnegie moderna, conhecida por todos ao meu redor por ser incrivelmente animadora, mas a verdade é que ainda tenho um longo caminho a percorrer. Não é fácil deixar de lado as expectativas, seja para minha família, meus colegas de trabalho ou qualquer outra pessoa. Às vezes, é difícil reconhecer que tenho expectativas e me preocupo que se não as manifestar os outros não se esforçarão tanto.

Mas na semana passada, antes de me desconectar do sistema de mensagens interno do meu trabalho, disse a uma colega: “Obrigado pelo seu entusiasmo, isso me inspira a fazer o meu melhor!” E ela respondeu com um monte de emojis felizes.

Então mandei uma mensagem para cada um dos meus filhos com algo que eles fizeram naquele dia e me agradou. E mandei uma mensagem para o meu marido também. Eles ficaram um pouco surpresos, mas espero que se acostumem!

Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente vive com o marido e filhos no centro do Texas, EUA. ■

FÓRMULA

Por Nina Kole

O tema de deixar Deus agir por nosso intermédio é muito precioso ao meu coração, pois acho animador quando Deus escolhe pessoas improváveis para fazer Sua obra e depois as ajuda não apenas a fazer o trabalho, mas a fazê-lo de forma brilhante!

Moisés lamentou que não era um orador muito bom, mas Deus o escolheu para liderar os hebreus para fora do Egito. Falar na frente de uma multidão é considerado o medo número um da pessoa comum, sendo o número dois a morte. Então Moisés teve de confiar muito em Deus para aceitar um trabalho tão público que também estava repleto de tantos perigos. E com certeza, Deus ficou ao seu lado!

Em determinadas ocasiões, o apóstolo Pedro pareceu ter um pavio curto. Logo antes de Jesus ser crucificado, Pedro O negou três vezes, mas, poucas semanas depois, pregou para a milhares de pessoas. Deus muitas vezes escolhe pessoas inesperadas para fazer coisas maravilhosas por intermédio delas, para que todos saibam que é obra dEle.

Alguns anos atrás, fiz uma viagem a Paidha, Uganda, para dar aulas bíblicas. Levei alguns livros e artigos cristãos que queria usar. Um texto que li para os alunos destacava que “às vezes nos esforçamos demais, trabalhamos demais e tentamos fazer tudo sozinhos. Devemos mergulhar em Jesus, como o pavio de uma lamparina a óleo, e deixá-lO queimar para iluminar o caminho, porque se tentarmos queimar sem óleo, logo nos esgotaremos”.

Quando me lembro de dedicar algum tempo para incluí-lO em minha vida diária, as coisas funcionam melhor, fluem mais suavemente e são menos estressantes. Nina Kole é missionária na África e escritora freelance. Este artigo foi adaptado de um podcast Just1Thing, um site cristão para jovens, voltado para a construção de caráter. ■

Ao caminhar com Jesus, descanse a cabeça em Seu coração, para aprender a conhecer Sua Palavra, Sua vontade e Seus caminhos. Você vai Lhe obedecer não por obrigação, mas por uma conexão sincera. Sua alegria será abundante enquanto você permanece em Seu amor. —Sue Detweiler 

Eu costumava pedir a Deus para me ajudar. Então perguntei se eu poderia ajudá-lO. Acabei pedindo a Deus para fazer Sua obra por meu intermédio. Hudson Taylor (1832–1905)

Com amor, Jesus

SUA ALMA ESTÁ CANSADA?

Quando você se sente sobrecarregado e esgotado, basta pensar em seu trabalho ou nos problemas com os quais está lidando para ficar nervoso. Seu cérebro precisa de um descanso.

É por isso que o tempo gasto na Minha Palavra é tão importante. A leitura passa pela sua mente, que afeta sua atitude e sua pers pectiva. Minha Palavra e outros escritos inspiradores iluminam seus pensamentos e, consequentemente, você se torna inspirado, positivo e percebe que Minha graça o ajudará a levar o fardo, o realizar o trabalho, a lidar com os problemas e com os desafios que Eu permitir surgirem em seu caminho.

Vejo seu coração e sei que seu maior desejo é fazer coisas boas. Mas o verdadeiro bem só será realizado por Meu intermédio, pela Minha intervenção em sua vida. Para que Meu Espírito operem em você e por você, passe tempo Comigo.

Ao olhar para Mim e receber respostas de Mim, descobrirá que pode desfrutar a vida, o trabalho e as responsabilidades que lhe dei. Ao depositar sua confiança em Mim, sabendo que o amo e quero abençoá-lo, você encontrará descanso e paz para sua alma. Ao Me buscar primeiro, todas as outras coisas lhe serão acrescentadas, e você descobrirá que sua alegria, amor e paz estão sendo restaurados em plena medida.