Contato, abril 2023: Vitória

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TESTEMUNHA OCULAR

24 horas que mudaram tudo

O pescador de pérolas Você aceitaria um presente inestimável?

Meus novos sapatos brilhantes

Uma lição aprendida

MUNDO.
MUDE SUA VIDA. MUDE O

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Contato pessoal Três dias chocantes

Quando refletimos nos dias entre a Paixão e a Páscoa, na maioria das vezes pensamos nos discípulos de Jesus que, de repente, perderam seu mestre, melhor amigo e o homem que acreditavam ter sido enviado por Deus para redimir seu povo. Quão desanimados, assustados e confusos devem ter ficado! Nunca parei para pensar na reação de Satanás a esse acontecimento. E você?

Depois que Jesus morreu na cruz, tudo ficou escuro. Nuvens cobriram o sol, houve um forte terremoto, edifícios ruíram, o véu do templo foi rasgado e até fantasmas apareceram na cidade. Deve ter sido um dia cheio de pavor e desesperança, mesmo para quem não sabia da crucificação.

Enquanto isso, Satanás certamente comemorava! O Filho de Deus fora neutralizado. Chegava ao fim aquela conversa sobre salvação. Apagada estava a luz do mundo. Imagino a risada do Diabo, quando o corpo de Jesus foi sepultado no túmulo, uma pedra pesada foi rolada do lado de fora para fechar a entrada e guardas foram postados para impedir a violação da sepultura.

O aparente triunfo durou muito pouco.

A Bíblia nos diz que “Cristo padeceu uma única vez […] mas foi vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão”.1 Jesus desceu ao mundo dos mortos para levar salvação às almas que lá estavam cativas. Era o quintal de Satanás, que certamente ouviu a mensagem que Jesus pregava. Sua morte na cruz era parte do plano de Deus. Na realidade, foi a forma que Ele e Seu Pai escolheram para alcançar Seu triunfo. Pelo fato de Ele ter morrido e vencido a morte, agora podia oferecer salvação e vida eterna a todos os que nEle cressem.

“No mundo tereis aflições”, Jesus avisou os discípulos antes de morrer, “mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo”.2 Essa vitória — dEle e nossa — é o que celebramos na Páscoa.

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo.

www.activated.org/pt revistacontato.mail@gmail.com

Editor executivo: Ronan Keane

Editor: Mário Sant'Ana

Design: Gentian Suçi

© 2023 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon.

A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”–Tradução de João Ferreira de Almeida–Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

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Volume
Número
1. 1 Pedro 3:18–19
2. João 16:33
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SEM MEDO NO AMOR

Eu era muito invejosa! Não apenas de homens e mulheres muito capazes, mas até de crianças e idosos que pareciam gostar tanto e desfrutar sem preocupações aquilo que para mim era motivo de inquietação e temor. Todos temos nossos medos; alguns são óbvios; outros, discretos ou até secretos. Não tenho medo de falar em público nem de escalar montanhas. Mas, apesar de morar havia 20 anos em um belo balneário litorâneo, eu tinha medo do mar! Especificamente, temia ir aonde não desse pé.

Mas certo ano, as coisas mudaram.

Na primavera, orei para conseguir superar meu medo do mar. Eu havia “pregado” muitos sermões para outras pessoas sobre como vencer temores e nunca ser tarde demais para aprender, então chegara a hora de colocar minhas próprias palavras em prática.

No início do verão, pratiquei boiar na vertical na água em uma piscina. Com essa vitória, julguei-me pronta para enfrentar o mar, mas não foi tão simples assim. Fiquei parada na praia por muito tempo, observando aquela bela massa de água azul e, como antes, era como se o medo paralisasse minhas pernas.

Voltei alguns dias depois e aconteceu a mesma coisa. O mar não era como a piscina! Mas, aos poucos, aceitei o convite de meu marido para acompanhá-lo, cada dia um pouco mais para o fundo.

Foi emocionante quando cheguei a um ponto onde não dava mais pé! Eu chorava como uma criança que recebera um grande prêmio.

Obviamente, essa experiência me ensinou algumas lições inestimáveis:

“Não há medo no amor.” Tive de me esforçar para aprender a amar o mar. Pensei que já gostasse o suficiente para começar, mas foi preciso mais do que isso. Precisei aprender a desfrutar estar ali.

“Relaxe e deixe Deus assumir o controle.” Eu tinha ouvido essa citação tantas vezes, mas aprender a me sustentar na água ajudou a tornar a lição tangível. Quanto mais eu me soltava e relaxava, mais fácil ficava.

é tarde para

É

e admitir seus limites, mas também seguir em frente e progredir.

“Nunca
aprender.”
preciso encontrar
1. http://www.perunmondomigliore.org 3
Anna Perlini é cofundadora da Per un Mondo Migliore, 1 uma organização humanitária ativa nos Balcãs desde 1995. ■

A SINGULARIDADE DE JESUS

Para o historiador imparcial, os fatos históricos referentes a Jesus são tão exatos e evidentes como aqueles sobre Júlio César. Além da representação precisa de Jesus nos documentos do Novo Testamento, há registros históricos em dezenas de manuscritos não bíblicos antigos confirmando que Jesus foi um personagem histórico real que viveu na Palestina no início do primeiro século.

O melhor adjetivo para definir o fenômeno Jesus é “singular”. Sua mensagem foi singular. As afirmações que fez a respeito de Si mesmo foram singulares. Seus milagres foram singulares. E ninguém jamais superou Sua influência no mundo.

Um aspecto notável, incontestável e inigualável da vida de Jesus são as centenas de predições e profecias feitas por profetas da Antiguidade muitos séculos antes de Ele vir ao mundo, algumas das quais previam detalhes específicos sobre o nascimento, a vida e a morte do Cristo, que de forma alguma poderiam ser cumpridas por um mero mortal. No Antigo Testamento, encontram-se mais de 300 predições sobe o “Messias” ou “Salvador”, escritas séculos antes do nascimento de Jesus.

Em 750 a.C., por exemplo, o profeta Isaías vaticinou: “O mesmo Senhor vos dará um sinal: A virgem

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Por Alex Peterson

conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.”1 Sete séculos e meio depois, Maria, uma jovem donzela israelita, foi visitada pelo anjo Gabriel que anunciou que ela daria à luz um filho que seria chamado Emanuel — “Deus conosco”.

O Novo Testamento nos conta que “Maria disse ao anjo: ‘Como se fará isto, visto que não tenho relação com homem algum?’ E o anjo respondeu: ‘Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra. Por isso o ente santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.’”2

Apesar de ser, literalmente, o governante e rei do universo, Jesus escolheu não nascer em um belo palácio, cercado pela elite e membros poderosos dos governos do homem. Em vez disso, veio ao mundo nas mais simples e humildes circunstâncias, no chão sujo de um estábulo entre o gado e os burros, foi embrulhado em trapos e deitado para dormir no comedouro dos animais.

Quando começou a obra de Sua vida, Jesus foi por toda parte fazendo o bem, ajudando quem precisava, amando as crianças, curando corações partidos, revigorando corpos cansados e levando o amor de Deus a todos que podia. Não apenas pregou a Sua mensagem, mas a viveu entre nós e como um de nós. Não só ministrou às necessidades espirituais de quem encontrava, mas passou muito tempo atendendo às demandas físicas

e materiais das pessoas, operando curas milagrosas, dando visão a cegos, audição a surdos, curando leprosos, e realizando ressurreições. Alimentou as multidões quando estavam com fome e fez todo o possível por compartilhar com todos a Sua vida e o Seu amor

Pouco antes de ser preso e crucificado, sabendo que logo iria para junto de Seu Pai celestial, Jesus orou: “E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse... porque me amaste antes da criação do mundo.”3

O Criador de todas as coisas voluntariamente despojou-Se de Seu poder ilimitado e Se tornou uma criancinha indefesa. A fonte de toda a sabedoria e conhecimento teve de estudar, aprender a ler e escrever. Deixou Seu trono no céu, onde era adorado pelos anjos, comandante de todas as forças do universo, para assumir o lugar de um servo. Foi escarnecido, ridicularizado, perseguido e, por fim, morto justamente por aqueles a quem veio salvar.

A Bíblia nos diz que Jesus é “um sumo sacerdote que se compadece das nossas fraquezas, alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.”4

Imagine! O Filho de Deus literalmente Se tornou um cidadão deste mundo, um membro da humanidade, um homem de carne e osso, a fim de nos redimir com Seu amor, expressar de forma tangível a Sua compaixão e preocupação com o ser humano, e nos ajudar a entender a Sua verdade.

No fundo, a maioria das pessoas sabe que falta algo em suas vidas. Mesmo as que, exteriormente, parecem ter tudo — dinheiro, posição, amigos, todas as coisas que

1. Veja Isaías 7:14. 2. Lucas 1:26–35 3. João 17:5, 24
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4. Hebreus 4:15

deveriam fazê-las felizes — têm um vazio, uma fome que parece insaciável. Contudo, Jesus disse que Ele é o pão da vida que saciaria a “fome e a sede” do nosso coração.5 Quando nos aproximamos de Jesus, a solidão, o vazio e a insatisfação tão comuns à experiência humana são substituídos por paz e alegria duradouras.

Ele também afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”.6 Esta é uma afirmação extraordinária e de fato o cerne dos escritos do Novo Testamento — somente Jesus é o caminho para a vida eterna, a salvação e a união com Deus. Jesus, Sua vida e Seus ensinamentos são universais. Deus enviou Seu Filho para mostrar a todos os homens e mulheres, a todas as nações e a cada pessoa como Ele é, para nos oferecer Seu grande amor e Sua verdade. Muitos perguntam: “Mas você não pode simplesmente falar do ‘amor de Deus’? Por que insiste em usar o nome de Jesus? Por que o cristianismo é tão exclusivo?”

Deus faz questão que seja assim, pois escolheu Se revelar ao mundo por meio de Seu Filho, Jesus. A Bíblia diz: “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.”7

Não há outra maneira de fazer as pazes com Deus. Ele não aceitará outros termos ou propostas. Jesus realizou o único ato necessário para a salvação e redenção da humanidade de tal forma que nunca precise se repetir. Por

isso, podemos afirmar com certeza que Jesus é o único remédio para o maior mal que assola a humanidade.

Os fatos históricos sobre Jesus de Nazaré não podem ser negados por quem os examina com seriedade e isenção. Não há razão para duvidar de que depois da Sua morte, algo extraordinário transformou o Seu pequeno grupo de seguidores abatidos em um movimento de testemunhas que nem toda a perseguição do Império Romano conseguiu deter. Desanimados e desconsolados após o seu Senhor ter sido cruelmente crucificado por Seus inimigos, aqueles discípulos perderam as esperanças. Achavam que seus sonhos haviam sido destruídos. Três dias após a morte de Jesus, porém, a fé daqueles homens e mulheres reacendeu de uma maneira tão dramática que nenhuma força na terra foi capaz de extingui-la.

O Novo Testamento nos diz que Jesus apareceu pessoalmente a mais de 500 testemunhas oculares após a Sua ressurreição.8 Esta foi a mensagem retumbante que Seus primeiros discípulos proclamaram corajosamente em todo o mundo: “Deus o ressuscitou dos mortos”.9

E aquele pequeno e modesto grupo de Seus primeiros seguidores continuou a disseminar pelo mundo as Boas Novas de que Deus não apenas enviou Seu Filho ao mundo para nos ensinar a Sua verdade e nos mostrar o Seu amor, mas também que Jesus morreu por nós, e em seguida, ressuscitou, para que nós, que O conhecemos e cremos nEle, jamais tenhamos de temer a morte, pois, graças a Jesus, somos salvos e o nosso destino é o Céu. ■

5. Ver João 6:35. 6. João 14:6
6
7.
João
5:23 8. Ver 1 Coríntios 15:6. 9. Atos 13:30

A RECOMPENSA DA ALEGRIA

As páginas da história e da ficção são repletas da labuta, dos sacrifícios e dos feitos heroicos de incontáveis homens e mulheres que foram recompensados de várias maneiras: prosperidade, amor correspondido, uma gloriosa vitória na batalha e até a imortalidade são exemplos dessas recompensas. A Bíblia também traz muitas referências a premiações. Deus disse a Abrão que este receberia um grande galardão.1 No Sermão da Montanha Jesus citou várias formas de retribuições reservadas para Seus seguidores.2

Na maioria dos casos, o termo “recompensa” se refere ao pagamento por serviços prestados ou a reparação feita por erros ou danos.3 A justiça de Deus é frequentemente afirmada nas Escrituras por Sua fidelidade para recompensar a todos de acordo com suas obras.4

Partindo da premissa de que os crentes são coerdeiros com Cristo5, tenho um interesse especial nas recompensas atribuídas a Ele. Referindo se a Jesus, o texto em Hebreus 12:26 diz que “pelo gozo que Lhe estava proposto

suportou a cruz”, uma afirmação cujo sentido remete ao que nos diz Isaías 53:117: “Depois de tanto sofrimento, ele será feliz; por causa da sua dedicação, ele ficará completamente satisfeito.”

Em João 16:21, Jesus usou como analogia o trabalho de parto, ao preparar Seus discípulos para a Sua morte iminente e Paulo elevou a metáfora a níveis cósmicos: “Sabemos que toda a criação geme como se estivesse com dores de parto até agora. Não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos, aguardando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”.8

Assim como as maravilhas da medicina moderna podem permitir que os futuros pais vejam uma imagem de ultrassom de seu feto e fiquem na expectativa da nova vida que está se desenvolvendo, assim podemos estudar a Palavra de Deus e contemplar, “como reflexos intrigantes em um espelho”9 a felicidade que sentiremos quando os esforços de todos os crentes se concretizarem.10 Então, participaremos da alegria do nosso Senhor11 e nos juntaremos à Sua celebração — como os pais são tomados de admiração, alívio e gratidão extática quando finalmente seguram em seus braços a nova vida que ajudaram a criar.

David Bolick é consultor de idiomas, tradutor e subdiácono na Igreja Ortodoxa. Vive em Guadalajara, México. ■ 1. Ver Gênesis 15:1 2. Ver Mateus 5–6. 3. Ver Jó 34:11. 4. Ver 1 Coríntios 3:8. 5. Ver Romanos 8:17. 6. NVI 7. NTLH 8. Romanos 8:22–23 9. 1 Coríntios 13:12 NTLH 10. Ver 1 Coríntios 3:14; Apocalipse 22:12. 11. Ver Mateus 25:21, 23 NVI
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TESTEMUNHA OCULAR

resistia àquelas novas ordens.

As últimas 24 horas foram perturbadoras, aterrorizantes, maravilhosas. Tudo começou com uma ordem de Caifás, o sumo-sacerdotefantoche de Roma e meu patrão. “Malco, faça isto! Malco, faça aquilo!” E eu, claro, tenho de obedecer. Fantoche de outro fantoche, estou aqui para fazer seu trabalho sujo. E aquele foi o mais sujo que já me mandaram fazer

Minhas ordens eram transmitir para o capitão do templo as instruções e acompanhá-lo e os seus homens para capturar Jesus e O levar para o tribunal. Já fizéramos isso antes com “mestres” picaretas, mas algo em mim

Fazia alguns meses, assistira a Jesus pregar. Nunca ouvi ninguém falar como Ele: “Ame seus inimigos. Faça o bem aos que o odeiam!” É uma mensagem que não se ouve todo dia! O discurso de todos era “olho por olho”. Os zelotes querem reaver o país; fanáticos religiosos, recuperar sua religião; mercadores trapaceiros que foram trapaceados, seu dinheiro de volta. Todo mundo quer vingança, mas não Jesus: Ele era diferente. Caifás queria que a prisão acontecesse na calada da noite porque temia uma revolta popular. Jesus fizera muitos milagres e a maioria das pessoas O amava. Na verdade, fazia dois dias que a multidão quisera coroá-lO rei em Sua chegada à cidade.

A ideia era surpreender Jesus no jardim onde fora orar, tomá-lO de surpresa e detê-lO antes que fugisse. Mas quando chegamos lá, parecia que Ele sabia que estávamos vindo para buscá-lO e nos aguardava. Judas Iscariotes fez aquilo pelo que fora pago e indicou quem era Jesus dentre os doze homens que ali estavam. Que maneira de trair o próprio líder: com um beijo!

—Um relato da prisão de Jesus, segundo Malco, servo do sumo sacerdote
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Por Curtis Peter van Gorder

O templo poderia ter economizado as 30 moedas de prata dadas ao traidor, pois antes que disséssemos algo, Jesus nos perguntou:

— Quem vocês estão procurando?

— Jesus de Nazaré — respondi.

— Sou Eu — afirmou.

Sua presença era tão poderosa que todos nós que viéramos prendê-lO caímos no chão

— Quem vocês estão procurando? — perguntou de novo.

— Jesus de Nazaré — repeti enquanto me levantava com dificuldade.

— Já lhe disse que sou Eu, então deixem estes irem — disse apontando para Seus discípulos.

Mas um deles —a quem chamavam Pedro— não quis deixar por isso. Desembainhou a espada e partiu para cima de mim. Tentei me esquivar e achei que havia conseguido, mas logo senti uma dor forte e o sangue a jorrar. Decepara-me a orelha! Caí de joelhos e levei a mão à ferida, tentando parar a hemorragia. Com a roupa encharcada de sangue, comecei a perder a consciência.

De repente, uma luz brilhante me envolveu e alguém me chamou pelo nome. Era Jesus que, ajoelhado à minha frente, cobria o ferimento com a mão. Então senti um calor no local do ferimento e a dor parou. Os olhos de Jesus estavam cheios de amor. Ele não disse uma palavra, mas vi que Ele era meu amigo e não um inimigo. Eu sabia que ia ficar bem... mas o que aconteceria a Ele? Eu participara da Sua captura e estava arrependido.

— Guarde a espada! — disse Ele para Pedro. O que viver pela espada, morrerá pela espada.

Acho que alguns dos guardas se surpreenderam que Jesus pudesse ter tanto amor a ponto de curar Seus inimigos. Como eu, alguns provavelmente se perguntaram se Ele não seria, de fato, o Filho de Deus. Mas não foi o caso do capitão do templo, que jamais questionava as ordens que recebia. Colocou Jesus de pé e, alguns momentos depois, todos haviam partido.

Sozinho no jardim, constatei o milagre que havia acabado de acontecer. Minha orelha perfeitamente restaurada e minha roupa ensanguentada eram as provas de que algo extraordinário acontecera. Como os outros puderam ignorar aquele milagre tão rapidamente? Como podiam estar tão embrutecidos?

De volta em casa, lavei o sangue seco do meu rosto e dos meus braços e troquei de roupa. Não conseguia parar de pensar que havia sido cúmplice de um crime horrendo.

Corri para o palácio do sumo sacerdote para ver o que aconteceria a Jesus. O lugar estava lotado. A notícia sobre Sua prisão se espalhara rapidamente.

— Onde Ele está? — perguntei a um dos guardas.

— O julgamento começou. Caifás já está convencido de que esse tal Jesus é culpado de blasfêmia. Vai ser rápido. Ele não tem a mínima chance. — comentou com naturalidade.

Eu apalpava minha orelha restaurada. Não sentia dor nem havia nenhum ferimento. Passei os dedos no local, mas não encontrei ao menos uma cicatriz. Como era possível?

Tomado por intensa angústia, caí em mim: Sou responsável por isso! Era como se fosse eu que estivesse sendo julgado. Ele me curou. Mostrou-me amor e

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misericórdia. Agora está cercado de lobos sedentos pelo Seu sangue. O que fiz?

O prognóstico do guarda provou-se correto. Caifás e os principais sacerdotes foram rápidos para definir a sentença. Entretanto, por estarmos sob o domínio romano, não tinham autoridade para condenar Jesus à morte.

Acompanhei aqueles que O levaram para ser julgado por Pôncio Pilatos, o governador romano. Quando Jesus falou ao romano, Seus acusadores reagiram da mesma maneira como nos comportamos, quando O prendemos no jardim: ficaram praticamente imóveis. Sabiam que Jesus não era qualquer um.

“Não considero que Ele tenha cometido crime algum”, declarou Pilatos após interrogá-lO. Mas ao ver que a multidão havia sido incitada pelos sacerdotes a exigir a execução de Jesus e que Jerusalém estava na iminência de uma revolta, pediu uma bacia de água e lavou as mãos dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo. Se querem crucificá-lO, façam-no vocês mesmos!”

Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado e toda uma guarnição de soldados romanos O cercou. CobriramLhe com um manto vermelho, puseram-Lhe uma coroa de espinhos, cuspiram em Seu rosto e zombaram: “Salve, rei dos judeus!” Em seguida, vestiram-nO de novo com Suas roupas e O levaram para ser executado.

Fui empurrado pela multidão pelas ruas estreitas de Jerusalém, até chegar ao monte chamado Gólgota —“o lugar da caveira”— já fora da cidade. Com muito esforço, cheguei à frente da multidão. Os soldados já O haviam

pregado em uma cruz e a ergueram para que Ele morresse como um criminoso comum. Seu rosto e seu corpo estavam cheios de sangue, como, havia pouco os meus estavam no jardim.

Meus pensamentos me levaram no tempo, para muitos meses antes, quando O ouvi dizer para uma multidão: “Vim para buscar e salvar os perdidos”.

Mesmo tendo certeza de que Ele não poderia me ouvir em meio de todo o barulho da multidão que se reunira para vê-lO morrer, eu Lhe disse: “Estou perdido, Jesus. Perdoe-me pelo que fiz!”

Então, olhou diretamente para mim, com o mesmo olhar que vi no jardim. Eu sabia que estava perdoado. A cura da minha orelha havia sido um milagre, mas nesse momento, Ele fez outro, ainda maior, ao curar o meu coração.

Logo em seguida, chegou Caifás para insultar Jesus e desfrutar o sabor da sua vitória. Ele era tão diferente de Jesus, tão cheio de ódio e crueldade. “Se é o rei de Israel, como diz ser, desça da cruz! Se descer, nós acreditaremos em Você. Você confiou em Deus... quero vê-lO salvá-lO agora!”

O céu escureceu, o vento soprou, um trovão sacudiu o monte e Jesus bradou: “Pai, perdoe-os, pois não sabem o que fazem!”. Mesmo pendurado ali, morrendo, perdoou Seus executores.

Agora sei o que devo fazer. Devo encontrar uma maneira de servir meu novo Mestre por amor e gratidão.

Curtis Peter van Gorder é roteirista e mímico 1 .

Ao longo de 47 anos realizou trabalhos missionários em dez países. Vive na Alemanha com Pauline, sua esposa. ■

1. http://elixirmime.com 10

CONHECENDO O FIM DA HISTÓRIA

Gosto de me antecipar e ler a última página do livro. Quero saber o final antes de me comprometer a ler toda a história. Gosto de procurar spoilers enquanto assisto a um filme. Odeio suspense. Quero saber se vou gostar do final ou não. Não me importo em passar por todas as reviravoltas da trama, desde que eu saiba que o resultado será bom. A experiência é totalmente diferente quando se sabe qual será o desfecho.

Pense na noite em que Jesus foi crucificado. Hoje sabemos o que aconteceu na sequência: Ele ressuscitou três dias depois. Todavia, enquanto tudo se desenrolava, os discípulos não sabiam em que tudo aquilo ia dar. Pedro estava tão assustado que negou Jesus três vezes nas horas que antecederam a Sua morte. Todos os outros discípulos fugiram, afastando-se de Jesus em Sua hora de maior necessidade. Desorientados e sem saber como a história terminaria, sucumbiram ao medo!

Não entendiam que três dias depois daquela morte horrível e grotesca, aconteceria o mais determinante e glorioso evento da História Mundial: a ressurreição de Jesus! Seus seguidores ficaram de tal forma chocados que

nunca pararam de falar disso. Essa verdade passou a fazer parte deles e por ela viveram e morreram!

Nesta época da Páscoa, tente imaginá-la como os discípulos a vivenciaram. Deixe seu coração ser abalado pela horrível notícia de que Jesus foi capturado e levado a julgamento. Sinta o medo e o horror quando Ele é condenado à morte e passa pelas ruas, ensanguentado e angustiado. Chore e permita-se em alguma medida compartilhar da Sua dor e agonia na cruz. Sinta seu mundo e esperança desmoronarem enquanto Ele morre em aflição. Apenas por um momento, vivencie tudo isso como se não soubesse o fim da história.

Tudo isso para que você possa viver o fim da história com uma dose da reverência, da alegria e da admiração que tiveram os discípulos quando descobriram que Ele havia ressuscitado! Releia a tão conhecida história por outros olhos, porque nenhuma outra é mais importante. Mudou a trajetória da humanidade. Não é apenas esperança, é esperança cumprida!

Marie Alvero foi missionária na África e no México. Vive atualmente com sua família na Região Central do Texas. ■

Por Marie Alvero
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O DOM DA FÉ

Recentemente, na sala de espera de uma empresa, uma tela grande exibia em sequência os produtos da empresa. Cada anúncio seguia o padrão “antes e depois”, em que o primeiro estado é de uma situação bastante ruim e o segundo, após o uso do produto, muito melhor. É um recurso básico da publicidade que provou funcionar muito bem.

Quando eu era menino, meu coração geralmente vibrava de expectativa. Minha família morava na zona rural e meu passatempo favorito era passear pelos morros explorando a natureza em todas as estações, apaixonado pela vida e alegremente despreocupado com todo o mal que poderia estar à espreita no mundo.

Na adolescência, essas sensações foram desvanecendo. A natureza não havia mudado nem meu amor por ela. Mas esses primeiros sentimentos de alegria e encanto haviam sido deixados de lado por uma mente ansiosa.

Quando completei vinte anos, estava na fazenda do meu tio, na região central da província canadense Colúmbia Britânica. Ele foi passar o inverno em outro lugar e me deixou responsável pela casa e alguns animais. Isso pode despertar a imaginação de aventura no acidentado sertão do oeste canadense e houve um pouco disso. Na verdade, porém, aquele era um momento ruim na minha vida, e eu tinha ido lá na esperança de encontrar propósito e paz de espírito duradoura.

Estar lá me proporcionou tempo e oportunidade para refletir sobre a vida e escrevi meus pensamentos em um diário. Esses registros já não existem há muito tempo, mas lembro-me do título e de algumas linhas de um poema: “Minha superação”. Expressava minha crescente

consciência da espiral negativa que existe neste mundo e minha necessidade de me elevar e me afastar dela. Mas nunca terminei o poema, pois eu não tinha nenhuma resposta sobre como fazer o que entendia ser necessário. Ainda não descobrira o caminho.

Esta é a imagem da minha experiência “antes”. Felizmente, quando aceitei a mão que o Pastor me ofereceu, recebi a graça de crer e fui levado para cima e para um lugar seguro.

A experiência marca meu recomeço, quando as sementes da crença foram plantadas bem no fundo de minha alma. Pelos 35 anos seguintes, desfrutei de grandes aventuras em um frutífero ministério de evangelização, em seis países, com minha esposa e filhos. Nossas bênçãos grandes e pequenas são incontáveis.

A fé é e sempre será a chave para a vitória. Acreditar que não estamos sozinhos e temos ajuda é o primeiro passo. Estudar e absorver as promessas da Palavra de Deus é uma maneira prática para cultivar a fé. Quando fazemos o que podemos, Deus faz o que não podemos.

J.M. Stirling e sua esposa, Anna, criaram dez filhos enquanto se dedicavam ao ministério de evangelização. Atualmente, moram nas imediações de Toronto, Canadá. ■

O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 João 5:4 NVI

Por J.M. Stirling
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Como ocorrem asinteriores?mudanças

Respostas às suas perguntas

P: Vocês dizem que Deus pode e quer transformar minhas fraquezas em pontos fortes. Já orei por isso, mas, até agora, nada aconteceu. Por que Ele não atende à minha oração?

R: Parece que você espera que Deus faça um milagre imediato, no qual sua única participação seria querer melhorar e orar para que isso aconteça. Não é assim que funciona. Deus fará o que somente Ele pode fazer e espera que você faça o que lhe cabe. Ambas as participações são necessárias. O crescimento pessoal resulta de uma parceria. Deus ouviu sua oração e trouxe o que você pediu para a esfera de possibilidades no momento em que seu pedido foi feito, mas compete a você, a partir daí, tornar a resposta de Deus efetiva e uma realidade. É preciso agir como uma pessoa mudada, mesmo que não se sinta assim. Se pediu a Deus para se tornar menos negativo e menos crítico dos outros, por exemplo, deve fazer um esforço para ser positivo e para ver as coisas boas nas pessoas. Deus lhe trará pensamentos positivos e o ajudará a estar atento quando o problema começar a se manifestar. É a hora de você seguir a Sua orientação e, deliberadamente, rejeitar essa tendência ruim. Desejar mudar e orar por uma mudança é a escolha certa. O passo seguinte é reeditar essa escolha mais e mais até se tornar parte de você.

A mudança interior é um processo que exige dedicação, tempo, esforço e paciência, mas é uma das experiências mais gratificantes na vida.

Acrescentai à vossa fé a bondade, e à bondade o conhecimento. — 2 Pedro 1:5 NVI

Não é possível existir uma transformação física sem uma mudança espiritual. — Cory Booker (n. 1969)

Nem sempre é fácil mudar. Contentar-se com uma situação estabelecida não demanda esforço adicional. O piloto automático nos mantém presos a padrões passados. Mudar de vida é algo totalmente diferente. Requer coragem, compromisso e esforço. É tentador ficar estacionado na zona do “As coisas são assim mesmo”, mas para ascender às coisas realmente boas da vida, é preciso estar disposto a se tornar um explorador e aventureiro. —

Independentemente do que tenha acontecido ou esteja acontecendo em sua vida, isso não tem poder para impedi-lo de ter um futuro maravilhoso se você andar pela fé em Deus. Deus ama você! Quer que você viva com vitória sobre o pecado para assim usufruir das Suas promessas para sua vida hoje! — Joyce Meyer (n. 1943) ■

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O PESCADOR DE PÉROLAS

Certa vez, li uma história sobre um indiano que mergulhava em busca de pérolas. Não se deixava convencer por seu amigo, um missionário estrangeiro, de que a salvação poderia ser tão simples quanto aceitar Jesus como salvador, sem nenhum sacrifício e grande custo pessoal.

O que mudou seu entendimento foi quando quis dar de presente ao missionário uma pérola que havia custado a vida de seu filho, mas, em vez de gratidão, recebeu uma oferta de compra. O homem ficou ofendido que algo que ele considerava inestimável pudesse ser degradado a uma transação comercial. O missionário pôde então usar a situação para mostrar que, assim como aquele pescador nunca poderia vender a pérola por dinheiro algum, Deus só pode oferecer a salvação por meio de Seu Filho, Jesus, como um presente, uma vez que Lhe custara tudo trazê-la para nós.1

Essa história me lembrou da que Jesus contou sobre um caçador de tesouros que encontrara uma pérola à venda que era tão preciosa que vendeu tudo o que tinha para comprá-la.2 O Cristo usou essa ilustração para mostrar a importância do Reino de Deus para aqueles que querem fazer parte dele. Ele não estava dizendo que temos de pagar para entrar no reino de Deus, mas valorizá-lo de tal forma que nada poderia se comparar a ele.

A Páscoa é uma boa ocasião para refletir sobre o alto preço que Jesus pagou por nossos pecados, permitindoSe ser espancado, chicoteado, torturado e humilhado antes de ser pendurado na cruz e assim morrer, para que pudéssemos ser perdoados por nossos pecados e entrar em Seu reino celestial.

1. Leia a história na íntegra em https://www.godvine.com/read/ the-matchless-pearl-718.html

2. Ver Mateus 13:45–46.

3. Ver Mateus 22:37–40.

Embora nunca possamos retribuir o sacrifício que Jesus fez por nós, devemos pensar em maneiras de demonstrar gratidão a Ele, de amar a Deus e aos outros com todo o nosso coração, toda a nossa alma, todo o nosso pensamento e toda a nossa força.3 Isso significa estar abertos e prontos quando as oportunidades se apresentarem, e dispostos a criar oportunidades para praticar nossas crenças. Sejamos todos instrumentos do amor e da paz de Deus para quem precisar.

Simon Bishop se dedica em tempo integral ao trabalho missionário e humanitário nas Filipinas. ■

Se você ainda não recebeu Jesus como Salvador, pode fazê-lo agora, pedindo-Lhe que entre em seu coração e vida. Basta orar:

Jesus, por favor, perdoe-me por todos os meus pecados. Creio que Você morreu por mim e ressuscitou. Abro a porta do meu coração e O convido a fazer parte da minha vida. Por favor, encha-me com o Seu amor e com o Espírito Santo. Ajude-me a conhecer Você e guie-me no caminho da verdade. Amém.

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Quando Deus nos envia por caminhos pedregosos, Ele nos fornece sapatos resistentes. — Corrie ten Boom (1892–1983)

MEUS NOVOS SAPATOS BRILHANTES

“Eu não quero esses sapatos!” —resmunguei. “Quero aqueles!” — afirmei apontando para outro par, que para meu juízo de seis anos de idade parecia muito melhor do que o vendedor com seu sorriso insincero e minha mãe estavam interessados.

“Mas, Koos”, minha mãe argumentou, “você tem pés chatos. Você precisa de sapatos que lhe deem sustentação”.

Não me deixei persuadir. Para mim, todo o mundo tinha pés chatos. Ela queria comprar uns sapatos que pareciam botas usadas por montanhistas que iam escalar o Monte Everest, sendo que eu queria os sapatos com cadarços vermelhos e uma fivela prateada.

Minha mãe suspirou e o sorriso do vendedor deu lugar a um olhar decepcionado, visto que os calçados de minha preferência eram significativamente mais baratos.

“Esses sapatos não servirão para longas caminhadas”, ela tentou novamente. “Eles vão machucar seus pés e você vai se arrepender.”

Eu era uma criança muito voluntariosa, egocêntrica, e minha mãe estava criando sozinha a mim e ao meu irmão. No final, ela quase sempre cedia e daquela vez não foi diferente. Saí da loja todo orgulhoso com meus sapatos novinhos e um grupo de mulheres idosas na rua parou para admirar: “Que fofo!”.

Mas, na noite seguinte, nosso carro enguiçou. Naquela época, na Holanda, não havia muitos carros rodando nas es-

tradas nem serviços de reboque 24 horas. A única coisa que podíamos fazer era caminhar os sete quilômetros que faltavam até nossa casa e lidar com a situação no dia seguinte.

Detestei aquela caminhada! Estava com ódio dos meus sapatos novinhos em folha com os cadarços vermelhos! Odiei as bolhas que se formaram em todos os meus dedos dos pés e reclamei todo o caminho para casa!

No fim, fiz as pazes com os robustos sapatos de couro que eu precisava. Apesar de não serem tão bonitos, eu sabia que eram o melhor para mim e estava agradecido.

Lembrar da história sobre meus sapatos me fez pensar em uma lição. Quantas vezes tentamos nos apresentar como algo belo. Queremos andar com sapatos que achamos que nos farão parecer bonitos, enquanto Deus sabe que talvez precisemos de algo diferente, algo que realmente seja bom para nós.

Às vezes, meu cristianismo se limita às condições favoráveis. Usei os sapatos brilhantes de religiosidade por um tempo, proclamando corajosamente as virtudes da graça e condenando o pecado. Quando os testes chegavam, porém, nem sempre era capaz de praticar o que pregava. Ainda estou aprendendo a confiar e aceitar o tipo de sapatos que Deus me dá e a usá-los com graça e um sorriso. Afinal, o Pai sabe o que é melhor.

Koos Stenger é um escritor freelance nos Países Baixos. ■ Por Koos Stenger
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Com amor, Jesus

AMOR ETERNO

Quando digo que amo você de um jeito muito pessoal, falo com cada um dos Meus filhos, independentemente de suas circunstâncias. Falo com os que se sentem isolados e distanciados do Meu amor; com os que sentem que falharam e se julgam indignos de perdão, ou que pensam que não há esperança

Amo você do jeito que é e lhe estendo o Meu amor neste momento. O Meu amor, Meu perdão e a Minha misericórdia estão sempre disponíveis. Basta aceitá-los. Eu anseio aninhálo junto ao Meu amoroso coração.

Se você se sente fraco e cansado, desgastado pela batalha, esta mensagem é para você. Se sente que está esmorecendo em sua mente, em seu coração e em sua alma, esta mensagem é para você. Se perdeu o entusiasmo e se sente esgotado, estou aqui para ajudá-lo. Nunca o deixarei nem desampararei!

Se você está no limiar de novos horizontes, sentindo-se impotente diante dos desafios ou com medo do futuro e acha que não dá conta das necessidades à sua frente, quero que saiba que Eu o ajudarei.

Eu estou sempre ao seu lado; nunca o deixei e nunca, jamais, abandonarei você.

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