Contato, julho 2023: Trabalhando com Deus

SUBA A BORDO

Esteja aberto às novidades

Os filhotinhos

Bons presentes de Deus

Termostato ou termômetro

Que influência você tem?

A coluna móvel Sombra e luz

CONTATO PESSOAL

Embaixadores

Há uma história, possivelmente apócrifa, sobre uma americana cujo filho foi nomeado Ministro na Corte de St. James, como são chamados os embaixadores para o Reino Unido. Seus amigos a parabenizaram e avaliaram como ela certamente estava orgulhosa de seu filho ocupar o que então era considerado o mais importante e prestigioso cargo no serviço diplomático. Mas ela lamentou: “E pensar que ele poderia ter sido um ministro do Evangelho e um embaixador do Reino de Deus!”

A maioria dos cristãos não integra as representações diplomáticas de seus países, mas somos Seus representantes. Aqueles que têm Jesus são Seus embaixadores e embaixadoras, independentemente de sua origem e posição. Ele depende de nós para mostrar ao mundo como Ele é. Jesus disse: “Assim como o Pai me enviou, Eu vos envio.”1 e o apóstolo Paulo escreveu: “Somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio.”2 O Todo-poderoso poderia aparecer de forma sobrenatural para apresentar o Evangelho, mas geralmente escolhe nos usar como intermediários.

O trabalho de um embaixador tem duas vertentes: comunicação e representação. Os primeiros cristãos atuaram em ambas. Conquistaram mentes por meio da mensagem da salvação e mudaram corações pela maneira como viviam: demonstrando o amor de Deus pelos indivíduos, sem distinção e em todos os lugares. Hoje, o mundo continua precisando de pessoas para desempenhar ambos os papéis. E é para isso que Deus nos chama.

Mário Sant’Ana Editor

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

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www.activated.org/pt revistacontato.mail@gmail.com

Editor executivo: Ronan Keane

Editor: Mário Sant'Ana

Design: Gentian Suçi

© 2023 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon.

A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”–Tradução de João Ferreira de Almeida–Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

UMA OPORTUNIDADE INESPERADA

Era sábado e o sol se aproximava do horizonte quando decidi fazer compras em um shopping próximo. Como tenho o hábito de caminhar todos os dias, decidi aproveitar e ir a pé. No entanto, peguei o caminho errado e, conforme escurecia comecei a ficar apreensiva por estar sozinha na rua.

Então, notei à minha frente o que me pareceu uma pilha de folhas ou lixo.

De repente, a pilha se mexeu!

Primeiro apareceu um joelho, depois um pé! Eu mal podia acreditar, mas era um ser humano. Seu corpo era de tal forma deformado, que mais parecia uma aranha humana. Sua coluna quase não tinha função e, para se mover, o homem usava os braços e as pernas contorcendose de forma descoordenada.

Depois de uns momentos sem saber como reagir, percebi uma lata ao lado dele. Provavelmente, sua família o colocara na rua para pedir dinheiro aos transeuntes. Meu coração foi tomado por compaixão.

Aproximei-me dele e lhe fiz uma generosa doação. Não esperava grande resposta, mas para minha surpresa, o jovem ergueu os olhos claros que comunicavam grande lucidez e fez contato visual direto comigo. Ali estava uma alma humana, tão viva e cheia de sentimentos quanto eu.

Mais tarde, pensando nessa experiência, fiquei grata por ter decidido caminhar até o shopping e até por ter me perdido. Se tivesse ido de carro, não teria visto aquele rapaz.

No tempo em que esteve na Terra, Jesus demonstrou como Se importa profundamente com os pobres e oprimidos. Várias vezes, desviou-se do Seu caminho para ministrar a alguém. Não sou capaz de fazer um milagre de cura como os de Jesus, mas pude mostrar àquele moço compaixão e amor. Nem pensei mais nas compras! Aquilo era algo muito mais importante!

G. L. Ellens foi missionária e professora no Sudeste da Ásia por mais de 25 anos. Embora aposentada, continua ativa no trabalho voluntário, além de perseguir seu interesse por escrever. ■

Por G. L. Ellens

SUBA A BORDO

Você deve ter ouvido a história do homem que teve uma visão da mão de Deus descendo do céu e o levando para a um lugar seguro, longe da enchente que avançava na localidade em que morava. Quando a água começou a invadir sua casa, um vizinho lhe ofereceu uma carona para longe do perigo. “Estou esperando que Deus me salve” — respondeu ao homem que, perplexo, partiu em sua caminhonete.

Perseverando em oração, o devoto manteve-se fiel à visão que tivera. Quando a água subiu e inundou completamente o interior da casa, escalou para o telhado. A caminho de terra firme, os ocupantes de um barco que passou nas proximidades da casa chamaram o homem para se juntar a eles. Em resposta, gritou que estava esperando que Deus o salvasse. Descrentes no que estavam ouvindo, os desalojados seguiram em frente.

Enquanto o homem orava, acreditando de todo o coração que Deus o salvaria, o nível das águas subia. Então, um helicóptero pairou sobre a casa que, exceto pelo telhado, estava totalmente submersa. Usando um megafone, um membro da tripulação ofereceu baixar uma escada e resgatá-lo.

Irredutível, o homem acenou para que a equipe de salvamento fosse embora e aos gritos garantiu que estava à espera que Deus o livrasse. O helicóptero partiu

Não demorou, a água cobriu o telhado e arrastou o homem que morreu afogado.

Ao chegar ao céu, perguntou indignado: “Senhor, por que não me salvaste? Acreditei em Ti de todo o meu coração. Por que permitiste que me afogasse?” Deus respondeu: “Tentei resgatá-lo com uma caminhonete, um barco e até um helicóptero. Tentei levá-lo para um lugar seguro, mas você não quis. O que mais Eu poderia fazer por você?”

Você pode estar se perguntando aonde quero chegar com essa história maluca. Explico.

Há alguns anos, durante uma viagem, estava com uma tosse forte, que só piorava, apesar dos vários remédios naturais que tomei. Depois que chegamos em casa, meu marido, Peter, continuou tentando me convencer e eu resistindo a ir ao médico, convencida de que meus remédios naturais surtiriam o efeito desejado. Quando cedi e procurei assistência médica, as radiografias e outros exames indicaram que eu tinha bronquite e estava muito próxima de uma pneumonia.

Por Maria Fontaine

Tomei a medicação prescrita pelo médico e em apenas alguns dias minha tosse parou completamente, depois de semanas tomando remédios naturais que deveriam ter sido eficazes contra a bronquite.

Deus queria me ensinar com essa experiência que não está limitado a uma abordagem exclusiva para alcançar Seu propósito de nos ajudar a crescer, ou mesmo a um método de nos curar. Só precisamos estar abertos e seguir a Sua orientação.

Outro incidente semelhante ocorreu vários anos depois, quando eu estava novamente em viagem.

Acordei com o pescoço muito rígido e, depois de vários dias, ainda não conseguia virar a cabeça. Eu passara a dormir quase sentada, por causa da dor.

Peter sugeriu que eu procurasse um quiropata, mas não aceitei a sugestão. A ideia de alguém mexer no meu pescoço dolorido me assustava.

Vários dias miseráveis depois, fui à clínica de quiropraxia. Ao ser atendida por um homem muito gentil e alegre, senti que estaria segura em suas mãos e que ele não prejudicaria meu pescoço.

Na verdade, quase não doeu. Bastaram poucos movimentos para as vértebras cervicais voltarem

às posições corretas e eu me sentir melhor. Então, finalmente, depois que minha resistência foi vencida, deitei sem dor pela primeira vez em uma semana.

Ainda estou aprendendo que, quando eu e outros oramos por minha cura, não devo ignorar os “barcos” que Deus envia para me atender. Não devo me basear nas minhas preferências nem no que me parece mais conveniente ou palatável.

O princípio que rege a tomada de decisões sábias e prudentes se aplica a todos os aspectos da vida. Estamos decidindo todo o tempo e não podemos nos apegar excessivamente a uma abordagem ou mentalidade, só porque a usamos no passado. Sempre há riscos e devemos avançar com oração e cuidado, mas não podemos nos fechar às novidades por temermos que a inovação não funcione. Precisamos estar abertos à orientação de Deus e nos colocar sob Seu cuidado.

Maria Fontaine e seu marido, Peter Amsterdam, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original. ■

ACOLUNA MOVEL

Por Sally García

Cada vez que meu marido fala em nos mudarmos, sinto o estômago apertar. Dizem que as mulheres são “construtoras de ninhos” e, para mim, mudar geralmente significa uma quantidade enorme de trabalho, especialmente quando sinto que acabamos de nos acomodar o suficiente para começar a desfrutar o lugar em que estamos morando. Estamos ajeitando o jardim e começando a aproveitar o bom tempo e alguns churrascos ao ar livre com os amigos.

Comecei a pensar nos hebreus a caminho da Terra Prometida após o êxodo do Egito. Depois de quarenta anos vagando no Deserto do Sinai, sabiam perfeitamente quando era a hora de juntar armas, bagagens e pegar a estrada de novo. “O Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.”1

Apesar de suas andanças pelo deserto se deverem às suas desobediências e descontentamentos, a coluna protetora foi uma constante em suas vidas. Seus pequeninos cresceram no deserto sem nunca conhecer uma vida sem a coluna de Deus. Dava-lhes sombra durante o dia e calor e luz à noite.2

Quando por fim cruzaram o Rio Jordão para a Terra Prometida, deixaram de contar com a presença visível de Deus como guia, mas Ele lhes deu uma promessa: “O Senhor é quem vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas; não te espantes.”3 Chegara a hora de andarem “por fé, e não por vista.”4

Então, o que aconteceu com a tal coluna?

Cerca de 500 anos depois, o profeta Isaías voltou a falar dela. Dessa vez, o fenômeno ocorre ao redor de todos aqueles unidos em Seu Nome: “O Senhor estenderá uma grande sombra sobre toda a cidade de Jerusalém – sobre as casas e as praças uma grande camada de nuvens durante o dia. E à noite haverá uma nuvem de fogo para iluminar a cidade gloriosa. Assim, Jerusalém ficará protegida contra o calor e as grandes tempestades.”5

Foi muito animador encontrar esse versículo! Posso reivindicar a proteção e a orientação de Sua presença. Embora eu não a veja, sei que é tão real quanto se a visse6. Creio que quando for a hora de me mudar, sentirei a orientação de Deus e estarei pronta.

Da próxima vez que meu marido disser algo sobre nos mudarmos, sei o que vou dizer: “Assim que a coluna de Deus estiver em movimento, vamos com ela”.

Sally García é educadora, missionária e membro da Família Internacional no Chile. ■

1. Êxodo 13:21

2. Ver Salmo 105:39.

3. Deuteronômio 31:8

4. 2 Coríntios 5:7

5. Isaías 4:5 Bíblia Viva

6. Hebreus 11:27

TERMOSTATO OU TERMÔMETRO

Por Simon Bishop

Fiquei intrigado quando uma pessoa disse que devemos se “cristãos termostatos”, não “cristãos termômetros”. Ela explicou que um cristão termômetro está sempre se adaptando à temperatura do ambiente. É capaz de avaliar as condições ao seu redor e ajustar sua abordagem para alcançar melhor as pessoas. Já o cristão termostato influencia seu entorno, fazendo a diferença para melhor.

A analogia me ocorreu recentemente enquanto fazia uma série de estudos bíblicos sobre o conhecido Sermão da Montanha. A certa altura, Jesus diz: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mas Ele também diz: “Guardai-vos de praticar vossos atos de justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles. Se o fizerdes, não tereis galardão junto de vosso Pai que está nos céus.”1

Essa aparente contradição é um bom exemplo de como podemos aplicar corretamente o princípio de ser um cristão que é uma influência para o bem. Somos inequivocadamente chamados para influenciar nosso entorno – compartilhando a luz e o amor de Deus com o

mundo. Ainda assim, é importante que façamos isso com a motivação de glorificar Jesus e exaltá-lO, não para mostrar que nossa fé ou religião nos torna melhores do que as outras pessoas. Não se esqueça de que todos os bons termostatos também usam um termômetro. Precisamos aprender a avaliar corretamente as situações para sabermos alcançar melhor as pessoas com as Boas Novas e glorificar a Deus. Acredito que Jesus quer que os cristãos sigam Seu exemplo. Humilde, ofereceu Seu amor e cura a todos que encontrou, sem discriminar. Liderou e ensinou com ternura, conduzindo as pessoas em um ritmo que pudessem suportar. Em Filipenses 2:5, lemos que Jesus não estava preocupado com a própria reputação, quando assumiu a identidade de um servo. Pode-se dizer que Jesus Se adaptou radicalmente ao ambiente humano para Se relacionar com aqueles com quem estava, mas também foi uma enorme força para o bem ao criar mudanças onde quer que Ele fosse. Peço a Deus que eu possa seguir Seu exemplo em minha vida.

Simon Bishop se dedica em tempo integral ao trabalho missionário e a obras humanitárias nas Filipinas. ■

Os filhotinhos

Por Mara Hodler

Às três da manhã, saí sob um céu estrelado, embrulhada em uma manta, carregando uma lanterna e duas sacolas plásticas. Atrás de mim, dois filhotes de pastor alemão de oito semanas que precisavam ir ao “banheiro” — às três da madrugada!

Seus gemidos me despertaram de um sono tranquilo e por mais que eu quisesse ficar na cama quentinha, sabia que, se não me levantasse, teria uma casinha de cachorro muito bagunçada e fedorenta esperando por mim pela manhã. Então me levantei, me agasalhei e os levei para fora.

Usei a luz da lanterna para encontrar os montes de você-sabe-o-quê e minhas sacolas plásticas para lhes dar o destino certo. Depois de 15 minutos ao ar livre, voltamos para dentro de casa, dei-lhes água e os coloquei de volta no cercadinho.

Não demorou, pegaram no sono e eu retornei ao aconchego da minha cama. Às 6 horas da manhã, meu marido se levantou com o choro dos filhotes e os levou para outra volta. Então, de volta à casa, deu-lhes de comer. Famintos, abanavam os rabinhos alegremente enquanto devoravam sua comida. Às 6h30, após o café da manhã, foi a vez do meu filho de levar os peludos para mais uma “ida ao banheiro”.

Nossa família queria muito cachorros. As crianças sempre pediram para ter um, mas como meu marido queria dois, é o que temos. As crianças ficaram muito animadas quando os trouxemos para casa. Tinham seis semanas e eram muito fofos. Os “homens” da família batizaram o machinho e as meninas deram o nome à cachorrinha (Hoss e Luna, respectivamente).

Mas eles tinham vermes e pulgas; faziam xixi, cocô e vomitaram na casa. Um deles fez cocô na minha filha quando ela tentava levá-los para fora. Ela surtou! Por algumas semanas, nossa casa ficou uma bagunça. Praticamente todo momento livre era gasto limpando a sujeira dos filhotes, dando banho neles, alimentando-os e levando-os para passear. Mudamos a posição dos móveis para dar espaço para o cercadinho que forramos com cobertores para os cachorros. Gastamos um bom dinheiro com consultas veterinárias, sem falar em coleiras, guias, comedouros, ração, guloseimas e brinquedos. Uma coisa é certa: esses cachorrinhos foram motivo de muita comoção! Depois de algumas semanas convulsionadas, tivemos uma reunião de família para falar sobre os caninos. Agora que as crianças sabiam o que significava ser donos de animais de estimação, meu marido e eu explicamos claramente que compramos Hoss e Luna para eles, não para que nós, pais, pudéssemos encontrar outra coisa para preencher nosso tempo. As crianças concordaram e discutimos ideias sobre como cuidar melhor de nossos cães.

Todos sabíamos que mesmo que isso significasse menos tempo livre, menos dinheiro para outras coisas, muito trabalho e, inclusive, levantar-se no meio da noite (obrigado, mãe!), fazer coisas nojentas como limpar cocô de cachorro e tivéssemos que gastar muito tempo para treiná-los, queríamos os filhotes.

Sabíamos que, se investíssemos neles, treinando-os e cuidando deles, em poucos meses nossos cães se tornariam

parceiros, protetores e companheiros de brincadeiras. O investimento valia a pena.

No capítulo 7 de Mateus, Jesus nos ensina sobre a oração e como pedir a Deus por nossas necessidades: “Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o filho, lhe dará uma pedra? Ou, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”1

Obviamente, nossos filhos não são pais, mas ao cuidar de Hoss e Luna, assumiram esse papel. Por mais trabalho e aborrecimento que essa função envolva, amam os bichinhos e estão sempre cuidando deles. Se as crianças acham que os filhotes precisam de algo, fazem o possível para atender a essa necessidade.

Hoss e Luna estão fazendo mais do que oferecer companhia à nossa família. Ilustram quanto Deus quer nos ajudar, cuidar de nós e suprir nossas necessidades. Ele quer o melhor para nós, assim como queremos que os filhotes tenham a melhor vida canina possível. Queremos que cresçam, sejam saudáveis, sintam-se seguros, aprendam e se divirtam. É o que Deus também deseja para nós!

“Quanto mais o vosso Pai celestial dará boas dádivas aos que lhe pedirem?”

Quando tiver uma necessidade, peça a Deus. Mesmo que seja um desejo, apresente-o a Ele. Lembre-se de que você Lhe é ainda mais precioso do que uma criança é para seus pais. Se for bom para você e em conformidade com o Seu plano para a sua vida, seu pedido será atendido. ■

OUTRO LADO DA MESA

Por Natalia Nazarova

Preparava a papelada para um processo burocrático, quando foram evidenciadas, para minha consternação, várias discrepâncias em meus documentos. Algo que, à primeira vista, parecia fácil corrigir demorou várias semanas e muitas visitas a órgãos públicos. Em uma delas, conheci Olga, que me pareceu muito eficiente, mas nada afável.

Começamos com o pé errado. O meu problema era, provavelmente, o centésimo com o qual ela teve de lidar naquele dia e tudo indicava que não estava predisposta a facilitar as coisas para mim. Como se não bastasse, o computador travou e ela teve de reinicializá-lo. Resmungou que ia tomar um remédio para dor de cabeça e que voltaria em um minuto.

Nesse meio-tempo, pedi a Deus sabedoria para aquela situação e, de repente, vi as coisas de outra perspectiva. Deixei de lado minha irritação com o andar das coisas até então e tentei imaginar como seria estar do outro lado da mesa.

Enquanto o computador realizava a rotina de reinicialização, perguntei à Olga se ela já havia visto um problema como o meu. Assim começou um diálogo entre duas mulheres cansadas e irritadas.

Explicou que fazia pouco tempo que estava naquela função. Havia se divorciado no ano anterior e estava sendo muito difícil se adaptar à nova vida de mãe solo. Demonstrei compreendê-la, expliquei-lhe que era missionária e estava ali para dividir o amor de Deus com as pessoas, as quais aprendi a amar.

Por fim, Olga conseguiu acessar o sistema e inserir as informações corretas.

Nos dias que se seguiram ao nosso encontro, liguei para ela para verificar sobre o andamento do meu processo. Cada vez que nos falávamos, ela se mostrava mais amigável e menos tensa. Quando voltei ao seu escritório para pegar os documentos finalizados, fez questão de verificar tudo com cuidado para ter certeza que tudo estava em ordem. Despedimo-nos como boas amigas.

Ao sair do prédio, percebi que estava sorrindo. O fato de eu ter me interessado pelos problemas de outra pessoa transformou uma situação desgastante para as duas partes em uma experiência positiva para ambas.

Natalia Nazarova é ucraniana e professora de inglês. Dedicou os últimos dez anos ao trabalho sem fins lucrativos em toda a Europa Oriental e América do Sul. ■

Você pode fazer a diferença na vida dos outros, mas Jesus em você pode fazer mais. Se ainda não tiver recebido Jesus, pode fazê-lo agora mesmo com uma breve oração como esta:

Querido Jesus, por favor, perdoe-me por todos os meus pecados. Creio que Você morreu por mim. Entre no meu coração e na minha vida. Encha-me com Seu amor e com o Espírito Santo. Ajude-me a conhecê-lO e a viver de acordo com as palavras do Seu livro, a Bíblia. Amém.

A Vitória Maior

Muito se fala sobre aprender com o fracasso e com a derrota. As adversidades nos fazem refletir sobre a vida, o que precisamos mudar, nos levam a Deus em busca de refúgio, sabedoria e força, e a perceber que sem Ele não somos nada. Com certeza, buscar a superação é da natureza humana.

A Bíblia ensina que a verdadeira vitória já nos foi dada por meio de Jesus. “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.”1 Vamos explorar essa maravilhosa conquista, que já nos está garantida desde o início dos tempos.

No Antigo Testamento, ser vitorioso era geralmente equiparado ao sucesso militar. Os hebreus viram que Deus lutava por eles e assim venciam as batalhas. Desde que Lhe obedecessem e se mantivessem próximos a Ele, tinham um aliado imbatível.

Os profetas deram ao povo vislumbres de uma batalha muito mais importante, travada não pela conquista de países e territórios, mas pelas almas dos homens. As profecias diziam que a vitória nesse conflito se daria pela vinda do Messias e superaria em muito todas as

1. 1 Coríntios 15:57

2. Efésios 6:12

3. Ver João 16:33.

4. Ver 1 Coríntios 15:55–57.

conquistas anteriores. Trata-se de uma vitória espiritual conquistada com armas de outro tipo: amor, oração e fé.

A vinda de Jesus trouxe ao conceito de vitória a plenitude do seu sentido espiritual. Não mais significava a derrota de exércitos inimigos ou vizinhos hostis, como o apóstolo ensinou: “Não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes.”2

A vitória que realmente conta é a de Deus, que vem de um reino totalmente diferente. Com Cristo, podemos nos erguer permanentemente acima das escaramuças temporais. Temos a certeza de que, apesar das tribulações, nEle sempre encontraremos paz, porque Ele já venceu.3 Sua vitória sobre o pecado e sobre a morte já foi alcançada.4

Pelo poder do Espírito de Deus, podemos vencer tudo o que enfrentamos, até mesmo as atitudes negativas contra as quais lutamos diariamente, como nosso orgulho, ansiedade, depressão etc. Já temos a vitória e podemos reivindicá-la. Por isso, vamos sorrir e lutar com alegria, com fé, sabendo que somos os vencedores, graças ao sacrifício de Jesus na cruz.

Por Gabriel García

Gabriel García V. é o editor da edição em espanhol da Contato e membro da Família Internacional no Chile. ■

CRISTALINO

Por Joyce Suttin

Há momentos em que a beleza da Terra se compara às glórias do Céu. Basta admirar as coisas ao meu redor para saber que existe um Deus que me ama e se preocupa comigo. Cresci em uma fazenda com vista de 360 graus para o céu e sempre estive muito em sintonia com a natureza. Quando olho para o céu claro do amanhecer após uma noite de chuva e observo o efeito óptico único criado pela mistura de névoa e poeira, lembro-me das últimas palavras do rei Davi: “É como a luz da manhã ao sair do sol de uma manhã sem nuvens, como o esplendor depois da chuva que faz brotar da terra a erva.”1

Também me fascinam os raios crepusculares que brilham com uma luz etérea. Passam pelos vãos e áreas sombreadas das nuvens e, embora sejam quase paralelos, parecem irradiar a partir de um único ponto. Fluem por trás de montanhas ou nuvens, espalhando a luz solar através de partículas de poeira. Às vezes, são chamados de “raios divinos”.

Sempre que os vejo, paro e dou graças a Deus por mostrar Sua glória em Sua criação e demonstrar princípios espirituais por meio de fenômenos visuais. Sem as partículas de poeira ou vapor de água no caminho da pura luz do sol, nunca poderíamos ver essa beleza tão claramente. Sem as nuvens tentando esconder o sol, perderíamos algumas das facetas de sua magnificência. Como a poeira, os aborrecimentos que encobrem nossa luz e tentam sobrecarregar nossos dias com pequenas distrações podem realmente trabalhar juntos para trazer uma beleza mais profunda. Se pararmos um momento para contemplar as belezas da criação nossas vidas serão preenchidas com uma beleza majestosa que orgulhosamente proclama o amor de Deus brilhando sobre nós: puro, infalível e eterno.

https://joy4dailydevotionals.blogspot.com/

Joyce Suttin é professora aposentada e escritora e mora em San Antonio, EUA. Confira o blog dela

VISÃO CELESTIÃL

Por Alfredo Carrasco

Tudo começou quando meu irmão me ligou de manhã cedo para me dizer que minha mãe havia sido levada às pressas para o hospital. Pouco depois, avisou que ela havia falecido. A notícia me deixou devastado!

Comecei a orar e recebi a visão mais maravilhosa. Vi minha mãe com o sorriso mais lindo e celestial, cheia de alegria! Era como se dissesse: “Não se preocupe. Estou no céu agora e feliz de encontrar meus filhos que estão aqui.” Depois de ter essa visão de minha mãe no céu, exalando felicidade, fiquei em paz e não chorei mais.

Seu culto fúnebre resultou em um testemunho extraordinário. Pudemos reencontrar vários familiares e amigos que não víamos havia muito. Pude falar e compartilhar alguns pensamentos sobre minha mãe. Falei aos presentes no culto sobre o céu e a vida eterna, enfatizando como Jesus ressurgira dos mortos três dias depois de morrer, como reuniremos a Ele quando em Sua volta e que os mortos em Cristo serão ressuscitados primeiro.

Ressaltei a realidade da vida após a morte conforme apresentada na Bíblia, em muitas experiências e livros sobre o assunto. No fim, convidei todos a orar para receberem Jesus. Cerca de 50 pessoas O aceitaram em seus corações. Mas a história não termina aí. Após o culto, uma senhora me perguntou se eu poderia orar também em outra capela, no funeral de sua irmã, pois não havia ninguém para fazer isso.

Concordei. Minha esposa Lorena e eu fomos para a outra capela, onde, mais uma vez, preguei sobre o céu, orei pela família do falecido e cerca de 40 pessoas aceitaram Jesus em seus corações. Os presentes ficaram muito agradecidos por termos orado por eles. No fim, todos se abraçaram. Choravam de emoção e me agradeceram profusamente.

Em suma, a partida de minha mãe para o céu resultou em um grande testemunho para meus parentes, amigos e essas outras pessoas queridas até então desconhecida para mim, mas não para o Senhor, que queria que as alcançássemos com Seu amor.

Alfredo Carrasco mora na Venezuela, onde faz trabalho missionário. ■

Ãs CHÃ VES DESÃPÃRECIDÃS

Por Chris Mizrany

Certa manhã, não faz muito tempo, tudo deu errado. Tínhamos um dia inteiro programado do amanhecer ao anoitecer. O primeiro item da lista era ajudar o vizinho a terminar um pergolado. Acordei cedo e um pouco estressado só de pensar no longo dia pela frente. Então aconteceu. Em um pequeno campo entre nossa casa e a do vizinho, as chaves do carro desapareceram. Simplesmente sumiram.

Tentando não entrar em pânico, refizemos nossos passos e vasculhamos a área por quadrantes imaginários que traçamos. Ficamos de joelhos e tateamos a grama. Até usamos o detector de metais do meu pai. Minha pressão arterial subia conforme procurávamos sem encontrar nada. Uma hora se passou e nada de chaves. Eu estava totalmente frustrado e chateado.

Por fim, paramos tudo, oramos e sentimos que deveríamos prosseguir com a montagem da cobertura do pergolado como planejáramos. Em vão, alguns amigos continuaram procurando as chaves, mas a busca foi dada por encerrada e seguimos com o dia, sobre o qual passou a pairar uma nuvem.

Naquela noite, deitei-me na cama, ainda incomodado com toda a situação. Eu não conseguia entender por que aquilo acontecera, especialmente quando já tínhamos tanto para fazer. Agora tínhamos de pagar caro por uma nova chave e, até ela chegar, não podíamos usar o carro. Não via nada positivo na situação.

Alguns dias depois, uma amiga muito próxima irrompeu pela porta. “As chaves! As chaves! Encontrei!” — gritava. Perplexo, observei-a colocá-las no móvel e perguntei desconexamente: “Mas... Onde? ...Como?” Com um sorriso enorme, explicou como estava atravessando o campo quando decidiu dar mais uma procurada. Orou, começou a olhar em volta e, de repente, bem ali na frente dela estavam as chaves perdidas!

Admito que ainda não sei como ou por que isso aconteceu. Mas sei que Deus usou isso para beneficiar minha vida, resultando em mais paciência para mim e um lembrete de que, mesmo quando meus planos dão errado, nossa vida está sempre nas Suas mãos.

Chris Mizrany é missionário, fotógrafo e web designer da Helping Hand na Cidade do Cabo, África do Sul. ■

DESCANSE

No livro de Hebreus, o apóstolo Paulo promete à igreja em Jerusalém que “resta um descanso sabático para o povo de Deus.”1 O que é um descanso sabático? Posso não saber tudo o que é, mas posso dizer o que não é. Não é uma coisa que a maioria das pessoas que conheço tem. Parece que a cada ano nosso ritmo acelera, a pressão aumenta, nos esforçamos mais e nos esgotamos mais rapidamente. Isso provavelmente soa familiar para muitos de vocês.

Deus devia saber que depois que o pecado nos separou dEle, nós nos esforçaríamos para controlar, merecer, criar, conquistar e acabaríamos perdendo a Sua paz. Então Ele ordenou a Seu povo a observar o Sábado, um dia em que o trabalho, o mérito, a produção, o serviço e os esforços para a conquista cessariam, para as pessoas descansarem e se lembrarem de que seu relacionamento com Deus era mais importante do que qualquer coisa que pudessem realizar. Enquanto o coração de Seu povo estivesse em harmonia com Deus, o Sábado parecia uma bênção, mas se suas prioridades estivessem erradas, o dia sagrado provavelmente pareceria algo que os impedia de serem tão produtivos quanto outras nações ou um fardo de regras e regulamentos. Hoje, não somos chamados a observar o Sabá de acordo com as tradições do Antigo Testamento, mas o chamado de Deus para descansar permanece

necessário. “Aquele que entrou no descanso de Deus, ele próprio descansou de suas obras, como Deus das Suas. Procuremos, portanto, entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”2

Talvez, como eu, você esteja no ponto em que sua alma precisa descansar. Para mim, tornou-se uma necessidade. Preciso deixar Jesus me conduzir a pastos verdejantes e restaurar minha alma, mas como isso pode acontecer quando estou sempre correndo, preocupada, realizando coisas e me estressando? Se eu fosse descrever a cultura moderna em uma palavra, seria “estresse”. As coisas que valorizamos são o oposto de calma, paz e quietude. E pagamos por isso com esgotamento, vício, solidão e sofrimento. Nós, que aprendemos essa cultura, passamos a ensiná-la aos nossos filhos.

Mas Deus nos diz que há outro caminho: resta um descanso sabático para o povo de Deus. Como você consegue esse descanso? Jesus nos diz: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.”3 Quando vamos a Ele e aprendemos com Ele, este descanso sabático é uma promessa para nós.

Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente, ela vive uma vida feliz e ocupada com o marido e os filhos no centro do Texas, EUA. ■

Por Marie Alvero

Com amor, Jesus

ALEGRIA COMPLETA

“Tenho-vos dito isto para que a Minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.”— João 15:11

Não tema quando os problemas e desafios que você enfrenta parecerem grandes demais. Embora sejam maiores que sua força e sabedoria, lembre-se de que Comigo todas as coisas são possíveis!

Eu lhe darei alegria no lugar da tristeza, se você pedir. Prometi dar sabedoria a todo aquele que pedir, liberalmente e sem restrições.1 Peça e confie que não deixarei de prover.

Sou o Bom Pastor que mostra bondade, paciência, compaixão e misericórdia. Eu o protegi e guardei por muitos anos, mesmo quando você tropeçou e caiu. Fiz vista grossa para suas falhas, erros, deficiências, tomeio pela mão e lhe mostrei o caminho a seguir.

Dê e lhe será dado! Dê de si mesmo e de seu tempo, confiando que retribuirei tudo o que você gastar em amor pelos outros.2 Mesmo quando se sentir incapaz e sem nada para dar, confie que receberá a Minha graça em boa medida, recalcada, sacudida e transbordante.3

1. Ver Tiago 1:5.

2. Ver Lucas 10:35.

3. Ver Lucas 6:38.