41 minute read
Benefícios fiscais ao investimento semelhanças, diferenças e especificidades
por carlos Silvério*
Benefícios fiscais ao investimento:
Advertisement
semelhanças, diferenças e especificidades
Quando se pensa em benefícios fiscais, há um conjunto de dúvidas que preocupam os responsáveis pela área financeira das empresas. Qual a taxa máxima? Qual é o valor máximo a deduzir? Quais as condições de elegibilidade para usufruir dos benefícios fiscais? Que obrigações têm de ser cumpridas? É suficiente registar o valor no Modelo 22? Que documentos são necessários anexar ao “dossier Fiscal”? Quais as despesas elegíveis? É necessária a submissão de uma candidatura específica?
As respostas a estas e outras perguntas são determinantes para o planeamento e a otimização de um projeto de investimento, quer em termos financeiros, quer em termos fiscais. Existindo benefícios fiscais que incidem sobre o investimento já realizado e outros sobre o investimento futuro, torna-se importante perceber quais as semelhanças e diferenças entre estes. Neste artigo, focamo-nos em três benefícios: o RFAi – Regime Fiscal de Apoio ao investimento, a dlRR – dedução por lucros Retidos e Reinvestidos e o cFEi – crédito Fiscal ao investimento.
RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento
O RFAi é um instrumento de política fiscal que, por via da promoção do investimento empresarial e da criação e manutenção de postos de trabalho, pretende contribuir para o crescimento sustentável da economia nacional.
Permite deduções à coleta do iRc de 10% ou 25% do montante global do investimento, consoante a região. destina-se às PME e não PME (NPME) inseridas em atividades económicas identificadas como estratégicas, como são a indústria extrativa e indústria transformadora, o turismo e atividades de investigação e desenvolvimento e de alta intensidade tecnológica.
Em 2020, foram atribuídos 142 milhões de euros em benefícios fiscais no âmbito do RFAi.
O RFAi tem um caráter de exclusividade, ou seja, à partida, ao beneficiar dele não poderá usufruir de outros apoios para os mesmos investimentos. No entanto, prevê, a título de exceção, a possibilidade de ser cumulável com a dlRR, desde que não sejam ultrapassados os limites máximos resultantes da aplicação do mapa nacional dos auxílios estatais com finalidade regional.
No mesmo sentido, não obstante a regra geral de não cumulatividade do RFAi e da dlRR com outros benefícios fiscais da mesma natureza, ambos podem ser cumuláveis com os incentivos financeiros, como os dos programas do Portugal 2020. Em todos os casos de uso de vários benefícios ou incentivos, é determinante calcular o ESB – Equivalente de Subvenção Bruta, tendo em consideração a taxa de atualização, para determinar o benefício máximo aplicável a cada item de investimento.
DLRR – Dedução por lucros retidos e reinvestidos
A dlRR é um benefício fiscal ao investimento aplicável a micro, pequenas e médias empresas que permite a dedução à coleta do iRc de 10% de lucros retidos que sejam reinvestidos, no prazo de quatro anos, em aplicações relevantes.
Em 2020, foram deduzidos 68 milhões de euros em benefícios fiscais via dedução de lucros retidos e reinvestidos. consideram-se aplicações relevantes, os ativos fixos tangíveis adquiridos em estado novo, com exceção de: • Terrenos, salvo os que se destinem à exploração de concessões mineiras, águas minerais naturais e de nascente, pedreiras, barreiros e areeiros em projetos de indústria extrativa; • Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, salvo quando afetos a atividades produtivas ou administrativas; • Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, barcos de recreio e aeronaves de turismo; • Artigos de conforto ou decoração, salvo equipamentos hoteleiros afetos à exploração turística;
• Ativos afetos a atividades no âmbito de acordos de concessão ou de parceria público-privada celebrados com entidades do setor público.
Quando estão em causa investimentos realizados em territórios do interior, a taxa aplicável é de 12%.
CFEI – Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento
Por último, o cFEi é um benefício fiscal por dedução à coleta do iRc que, como o próprio nome indica, é extraordinário e, por isso, de aplicação temporária. Encontra-se circunscrito aos investimentos afetos à exploração realizados entre 1 de julho de 2020 e 30 de junho de 2021 e permite uma dedução de 20% do montante global elegível.
Em 2020, foram deduzidos 144,5 milhões de euros através do crédito Fiscal Extraordinário ao investimento.
O cFEi destaca-se pela sua aplicação generalizada, tanto ao nível dos setores de atividade, como no que diz respeito à dimensão e localização das empresas. O cFEi não permite o benefício cumulativo com outros benefícios fiscais da mesma natureza para as mesmas despesas de investimento, como é o caso do RFAi e da dlRR.
Condições essenciais para ter acesso a benefícios fiscais
A atribuição de benefícios fiscais depende do cumprimento de requisitos específicos definidos para cada um dos benefícios. No entanto, algumas condições são transversais, nomeadamente: • Dispor de contabilidade organizada; • Não ser considerada “empresa em dificuldade”; • Ter a situação regularizada perante a Autoridade tributária e a
Segurança Social; • O lucro tributável ser determinado por métodos diretos. como já mencionado, cada benefício fiscal é caracterizado por condições de elegibilidade específicas distintas, sendo, por isso, essencial realizar um diagnóstico, não esquecendo, no final, a elaboração da documentação fiscal exigida legalmente.
Em conclusão, compreender os benefícios fiscais constitui uma ferramenta fundamental no quadro de uma gestão financeira eficiente.
*Consultor da Yunit Consulting E-mail:carlos.silverio@yunit.pt
Edp renováveis assegura direitos para novo projeto eólico offshore na Escócia
A Ocean Winds, a joint-venture detida pela EDPR (50%) e Engie (50%), foi atribuída com o bloco NE4 por parte da Crown Estate Scotland, no leilão offshore ScotWind. Esta joint-venture assegurou os “direitos exclusivos para o desenvolvimento de um projeto bottom-fixed offshore com cerca de um GW no bloco NE4, o projeto Caledonia Offshore Wind, estando a ser ponderado o uso de parte da sua geração para produção de hidrogénio verde”, adianta a EDPR, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Os 440 quilómetros quadrados de área marítima do projeto Caledonia está adjacente aos 950 MW do projeto offshore Moray East [na foto] e aos 900 MW do projeto offshore Moray West, permitindo à Ocean Winds alavancar na experiência e sinergias operacionais de desenvolvimento, construção e operação do projeto Caledonia em conjunto com Moray East e Moray West”. O Reino Unido está entre os maiores mercados de eólico offshore no mundo, tendo recentemente aumento o seu objetivo de capacidade instalada offshore para 40 GW até 2030. “A Ocean Winds continua a expandir a sua presença e está totalmente comprometida a investir na Escócia, com os 950 MW de Moray East a liderar o caminho como o maior projeto offshore da Escócia, os 900 MW da Moray West, que estão prontos para iniciar construção, e agora os cerca de um GW da Caledonia, que entrarão em operação até ao final da década, posicionando a Ocean Winds como líder do mercado offshore escocês e ativamente contribuindo com 2,9 GW para o objetivo do Reino Unido de 40 GW até 2030, acrescenta a EDPR. Com este novo anúncio, “a EDPR aumenta as suas opções de crescimento no eólico offshore num mercado atrativo, aumentando e diversificando assim as opções de crescimento rentável a longo prazo da companhia, mantendo um perfil risco balanceado”, conclui a mesma fonte.
Efacec lidera consórcio que visa desenvolver soluções inovadoras para o mercado ferroviário
A Efacec é líder do projeto Ferrovia 4.0, cofinanciado pelo Compete 2020, Lisboa 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia (Fundos Europeus Estruturais e de Investimento), que tem como objetivo global desenvolver diferentes componentes, ferramentas e sistemas a serem testados em veículos e infraestruturas reais, que aumentem a competitividade, a qualidade e a segurança do serviço de transporte ferroviário. O projeto Ferrovia 4.0 envolve um investimento na ordem dos oito milhões de euros, teve início no final de 2020 e tem data de conclusão agendada para junho de 2023. Pretende endereçar, de forma integrada, os desafios tecnológicos e de mercado que se têm colocado ao setor ferroviário global, dinamizando uma ação coletiva mobilizadora em torno de empresas e entidades do Sistema de I&I que integram o Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa, na realização de atividades de inovação e de investigação industriais. O Ferrovia 4.0 é liderado pela Efacec e está a ser desenvolvido no seio da Plataforma Ferroviária Portuguesa e em parceria com várias empresas e entidades de Investigação, tais como AlmadaDesign, Evoleo, FEUP, INEGI, ISEL, ISEP, ISQ, Instituto Politécnico do Porto, IST, IT, ITECONS, IP, LNEC, Mota-Engil, MCG, Nomad Tech, Solvit, Universidade de Coimbra, Universidade do Minho, e em colaboração com a INOVA+. Para Paulo Paixão, coordenador global do Ferrovia 4.0, “Com este projeto ambiciona-se o desenvolvimento de soluções que potenciem a sustentabilidade económica e ecológica do sistema ferroviário, destacando-se, na colaboração específica da Efacec, a redução de custos operacionais e de manutenção, assentes no desenvolvimento e disponibilização de sistemas de informação fiáveis de apoio à decisão e capazes de monitorizar a infraestrutura e o material circulante, desencadeando alertas e medidas na presença de eventos críticos de segurança.” Estratégico para o setor ferroviário, o consórcio estará representado na feira “Hannover Messe2022”, que decorre em abril, e, também, na Feira mundial de “Transportes Innotrans2022”, que será realizada em Berlim, em setembro. Com uma presença abrangente na cadeia de valor de energia, mobilidade e ambiente, a Efacec atua como fornecedor de soluções e de sistemas integrados EPC (engineering, procurement and construction) e parceiro de serviços O&M (operations and maintenance). Está presente em mercados estratégicos, como os EUA e em regiões como a Europa, a América Latina, a Ásia, o Médio Oriente, o Magrebe e a África Subsariana.
mercadona amplia capacidade logística com a criação de um novo armazém na póvoa de Varzim
A Mercadona ampliou a capacidade de armazenamento do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim com a criação de uma nave de 12 mil metros quadrados. Este novo armazém, construído num terreno de 50 mil metros quadrados, adjacente ao que já tem a funcionar desde 2019, vem dar resposta à evolução do projeto de expansão da empresa em Portugal e representou um investimento de 24,5 milhões de euros. Com a criação desta nave, que se junta às outras duas que a empresa já tinha em funcionamento, procedeu-se a uma reconfiguração total do espaço. Assim, a nova nave passará a armazenar as frutas e legumes que diariamente saem para os supermercados da cadeia em Portugal. Além disso, fruto do seu modelo de logística sustentável e em colaboração com a Logifruit, haverá uma área dedicada à gestão de embalagens. Adicionalmente, a superfície onde está
inserido o novo armazém conta com uma área de 17 mil metros quadrados de zonas verdes e 100 lugares de estacionamento, dois dos quais destinados ao carregamento de veículos elétricos, ligados à rede Mobi.E, indo, deste modo, ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica. Em 2019, a Mercadona arrancou com a operação do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim com duas naves, tendo investido 60 milhões de euros. No total, a empresa já investiu 84,5 milhões de euros no desenvolvimento do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim, que conta com três naves construídas numa área total de cem mil metros quadrados, contabilizando 350 postos de trabalho, dos quais 20 foram criados para dar resposta a este novo projeto de ampliação. Segundo Carlos Lopes, diretor deste bloco logístico, este irá proporcionar mais emprego local e ainda melhor serviço às lojas do grupo, na sua expansão em Portugal”. Em 2021, a empresa anunciou o desenvolvimento de um futuro bloco logístico localizado em Almeirim, distrito de Santarém, cujo início das obras está previsto para este ano.
O grupo Brasmar, líder nacional no setor alimentar de produtos do mar, adquiriu a maioria do capital da francesa Sedisal, especializada na distribuição de produtos do mar refrigerados. Com um volume de negócios de cerca de 13 milhões de euros, a Sedisal tornou-se, nos últimos anos, “um parceiro de referência na distribuição moderna em França, desenvolvendo uma gama de produtos de elevada qualidade e reconhecimento”, refere um comunicado da Brasmar. A aquisição da maioria do capital da empresa francesa (assegurando um call option sobre os restantes 49%), fundada em 1999 e localizada em SaintJean-de-Luz, permitirá à Brasmar a consolidação das operações no mercado francófono, potenciando as vendas tanto no negócio de produtos refrigerados, como nos produtos congelados. A Brasmar, empresa participada do VigentGroup e do fundo de private equity MCH, tem vindo a intensificar o seu processo de internacionalização, através de um conjunto de aquisições e da abertura de filiais.
Breves
Exportações no agroalimentar crescem face a período pré-pandemia
As exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram 13,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2021, face ao mesmo período de 2019, de acordo a análise feita pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Nesta comparação com a fase pré-pandemia, o maior contributo foi dado pelas transações para os mercados extra-União Europeia, que cresceram mais de 26%, registando-se também um aumento próximo dos 7% nas exportações para a UE. No que diz respeito às importações, foi registado um decréscimo de 0,8%, impulsionado por uma diminuição de 9% nas importações oriundas dos mercados extra-União Europeia, tendo sido verificado um ligeiro aumento de 0,63% nas trocas originárias de mercados da UE. Na análise global, foi registada uma diminuição próxima dos 533 milhões de euros no défice da balança comercial. “A expectativa é continuarmos este caminho até ao final do ano, no entanto importa estarmos muito atentos à atual conjuntura de disrupções na cadeia de abastecimento, cenário
que impacta não só a disponibilidade e custo das diversas matérias-primas, mas que pode ter impacto também nesta trajetória de exportação”, afirma Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA.
Medway investe €93 milhões de euros na aquisição de locomotivas elétricas e vagões
A Medway assinou, com as empresas Stadler e Tatravagonka, um contrato para a aquisição de 16 locomotivas elétricas interoperáveis e 113 novos vagões, respetivamente. Esta compra de material rolante mais eficiente e menos poluente, para reforçar a frota da Medway, representa um investimento de €93 milhões e constitui um contributo significativo para o setor ferroviário nacional e ibérico, inserindo-se na ambição europeia de promover este meio de transporte. Bruno Silva, diretor-geral da Medway, salientou que “este investimento traduz o compromisso da Medway no esforço de melhorar a sua atividade e eficiência, de modo a corresponder aos desafios que hoje se colocam para fazer face ao programa de expansão em que estamos envolvidos, às exigências da descarbonização e da economia sustentável e, sobretudo, para corresponder às necessidades dos clientes e das suas cadeias logísticas”. As novas locomotivas, que deverão ser entregues entre o
Breves
final de 2023 e o primeiro semestre de 2024, serão elétricas bi-tensão, de última geração a nível de eficiência e com a maior capacidade de tração existente no mercado. Serão locomotivas interoperáveis, capazes de circular em toda a rede ferroviária eletrificada portuguesa e espanhola e preparadas para poderem circular em bitola UIC no futuro.
Carga movimentada nos portos do Norte equivale a 71% do total galego até novembro
A carga movimentada nos portos do Norte equivaleu, de janeiro a novembro de 2021, a cerca de 71% do volume total movimentado pelos cinco maiores portos da Galiza no mesmo período, de acordo com dados oficiais consultados pela Lusa. De acordo com dados da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e do Porto de Aveiro, o Porto de Leixões e o terminal aveirense movimentaram, em conjunto, 19.154.273 de toneladas de mercadorias nos primeiros 11 meses de 2021. Comparativamente, este número representa 70,7% da carga movimentada pelos cinco maiores portos da Galiza, sob administração do Governo de Madrid, ao invés do que acontece com as 122 estruturas portuárias mais pequenas, que são geridas pelo Governo da Comunidade Autónoma, a Junta da Galiza. Assim, em conjunto, até ao final de novembro do ano passado, os portos da Corunha, Ferrol – São Cibrão, Vigo, Marín e Ria de Pontevedra, e Vilagarcía de Arousa movimentaram 27.074.299 toneladas de mercadorias. No Norte de Portugal, Leixões lidera destacadamente, com 13.990.252 toneladas movimentadas até novembro, seguido do porto de Aveiro, com 5.164.021 toneladas, segundo dados das respetivas administrações.
“Salão imobiliário Imobinvest” regressa ao Porto, entre 25 e 27 de março
A 3ª edição do Imobinvest -Salão do Imobiliário vai ter lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto entre 25 e 27 de março de 2022, junto com a 2ª edição do Smart Home Show - Salão de Domótica, que vai trazer novidades tecnológicas que tornam as casas mais inteligentes. Além da área de exposição, os dois salões contarão com um ciclo de seminários temáticos, onde se vai explorar as tendências de mercado no imobiliário e domótica. “A procura crescente e incessante de sistemas relacionados com a gestão de edifícios permite ao salão posicionar-se como um espaço inovador não só na divulgação das novas tecnologias de automação de lares, como também realçar a importância que setores como a arquitetura, o design, construção e a engenharia possuem na escolha de uma habitação”, explica em comunicado José Oliveira, diretor do evento. O evento arranca na Alfândega do Porto na sexta-feira, dia 25 de março de 2022, e prolonga-se pelo fim de semana. A entrada é gratuita, mas é necessário registo.
Santander é o “melhor Banco para pmE” em portugal
corticeira Amorim faz nova emissão verde, de 11,6 milhões de euros
O Santander foi premiado pela revista “Global Finance” como o “Melhor Banco para PME” em Portugal, no âmbito dos “SME Bank Awards 2022”. Este prémio, que tem a sua primeira edição, distingue as instituições financeiras que melhor respondem às necessidades das PME nos seus mercados, reconhecendo o apoio prestado e a qualidade dos serviços oferecidos. A “Global Finance” avaliou o desempenho dos bancos no período entre 1 de abril de 2020 e 31 de março de 2021, tendo por base critérios como o conhecimento dos mercados e as necessidades das PME, a variedade de produtos e serviços, o posicionamento de mercado e a inovação. Recebeu ainda os inputs de especialistas do setor, executivos e experts em tecnologia. O estudo foi efetuado em 66 países. Segundo frisa o diretor da publicação, Joseph Giarraputo, “as PME foram das mais atingidas pela pandemia da covid-19 e irão desempenhar um papel crítico na recuperação de qualquer país”, explicando que “este novo prémio pretende reconhecer este mesmo facto”. “O Santander tem mantido um forte compromisso com o tecido empresarial português, através de um posicionamento de proximidade e de qualidade do serviço prestado. Para isso, tem vindo a melhorar procedimentos e processos internos, de forma a garantir a disponibilização de liquidez às empresas de modo rápido e em tempo oportuno. Este esforço tem permitido um crescimento sustentado do negócio neste segmento, com a quota de mercado de produção de novo crédito a empresas a atingir os 22,5% (valores acumulados a setembro)”, de acordo com um comunicado do banco.
A Corticeira Amorim colocou, em dezembro, 11,6 milhões de euros em obrigações verdes, numa emissão que foi montada pelo BBVA. A emissão tem uma maturidade até 2026 e soma-se a outras duas operações semelhantes: uma de 40 milhões de euros realizada em 3 de dezembro de 2020 e outra de 20 milhões de euro a 5 de agosto último. “Num espaço de cerca de um ano, este é o terceiro financiamento sustentável da Corticeira Amorim, reafirmando o compromisso com a aplicação dos princípios e melhores práticas ESG (environmental, social and governance) e alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. A empresa liderada por António Rios Amorim indica ainda que “está determinada em aumentar a proporção do consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas pelo grupo que, em 2020, ascendia a 66%. Assim, as emissões ao abrigo deste Programa destinar-se-ão a financiar “a aquisição de painéis fotovoltaicos para diversas empresas do perímetro da Corticeira Amorim no período de 2021 a 2024, que permitirão gerar mais 30 GWh (cerca de 20% do consumo de eletricidade reportado em 2020), evitando a emissão de cerca de 14.600 toneladas de CO2”. O Programa de Emissões de Papel Comercial Verde permitirá ainda “alongar a estrutura de maturidades do financiamento da Corticeira Amorim, reforçando os seus capitais permanentes e a componente de financiamento sustentével”, adianta a empresa.
novo Fundo de investimento da Sonae Sierra adquire cinco supermercados na Alemanha
A Sonae Sierra anunciou o lançamento de um novo fundo de investimento alternativo (FIA) na Alemanha, com a criação do Sierra German Food Retail Income Fund I. Este fundo investe principalmente no setor do retalho alimentar na Alemanha e é dirigido a investidores institucionais. Com foco em supermercados, hipermercados e discounters por toda a Alemanha, de preferência propriedades stand-alone estáveis, com arrendamentos de longo prazo a operadores líderes de mercado, o fundo tem um volume de investimento alvo de, pelo menos, 200 milhões de euros. “A criação deste veículo financeiro reforça o foco da Sonae Sierra na expansão do negócio de gestão de fundos de investimento, uma parte fundamental da ambição estratégica da empresa, na qual combina o seu vasto know-how em criação de valor patrimonial, com parcerias de longa data com investidores institucionais de referência”, refere a companhia. O novo Sierra German Food Retail Income Fund I arranca com cinco ativos de retalho alimentar, cobrindo uma área total de aproximadamente 6.500 metros quadrados de área bruta locável, operados por marcas-chave no mercado alemão, como a Aldi, Rewe e Netto. Christoph Billwiller, líder da equipa de Investment Management da Sonae Sierra na Alemanha, afirma que “a criação deste novo FIA aberto representa um novo marco para a Sonae Sierra na Alemanha” e que “faz parte da estratégia da Sonae Sierra aumentar a exposição a novos veículos de investimento imobiliário, capitalizando a nossa experiência internacional e as relações de parceria que construímos ao longo dos últimos 30 anos com múltiplos investidores institucionais”.
Volume de negócios do retalho e restauração caiu 29% em 2021
O volume de negócios dos setores de retalho não-alimentar e restauração caiu 28,6% em 2021 face a 2019, e, nos últimos dois anos, marcados pela pandemia do covid-19, a perda rondou um terço da faturação, ou o equivalente a oito meses, calcula uma associação da área. As conclusões da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) decorrem de um inquérito feito junto dos associados, representantes de 3.500 espaços comerciais e de restauração. Face ao último ano pré-pandemia, os inquiridos reportam uma queda de 28,6% na faturação em 2021. E, acumulando com a quebra de 37,6% no volume de negócios registada em 2020, a perda equivale a um terço da faturação de 2019, equivalente a oito meses. “A AMRR recorda que em 2021 os espaços comerciais tiveram encerrados (cerca de três meses) ou limitados no desenvolvimento da sua atividade (na maior parte do ano), designadamente ao nível dos horários e do rácio de lotação. A associação recorda ainda as duas semanas seguintes ao Natal, fortemente penalizadoras, com a medida de proibição dos saldos”, pode ler-se no comunicado. A associação apresentou ao Governo onze medidas para aliviar a situação dos setores, como sejam a redução temporária do IVA na restauração; alargamento a todas as empresas com faturação até 50 milhões de euros do pagamento a prestações dos impostos; pagamento a prestações das contribuições para a segurança social; redução da taxa do IRC; fim do pagamento especial por conta; regresso da possibilidade de moratória de créditos para os setores; Introdução de linhas de crédito garantidas pelo Estado; e a reativação do Programa Apoiar nos próximos seis meses para empresas com faturação abaixo dos 50 milhões de euros.
Gestores
em Foco
Rui Miguel Nabeiro (na foto) assumiu a presidência executiva da Delta Cafés. O neto do fundador da empresa de torrefação de café de Campo Maior, Rui Nabeiro, irá liderar a nova comissão executiva do grupo dono da Delta Cafés, órgão que antes não exista, e que conta ainda com Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro. O fundador Rui Nabeiro continua a ser presidente do conselho de administração, órgão composto por João Manuel Nabeiro, Helena Nabeiro, Rui Miguel Nabeiro, Ivan Nabeiro, Rita Nabeiro e António Cachola.
A Epson Ibérica nomeou Jordi Yagües como novo diretor Comercial da divisão Commercial & Industrial Printing. Na sua nova posição, Jordi Yagües irá contribuir para consolidar o crescimento na impressão comercial e industrial, uma das áreas de negócio mais estratégicas da empresa. Tudo isto, alinhado com as principais tendências do setor, tais como o crescente interesse na personalização e a procura de soluções mais sustentáveis. O vasto conhecimento de Jordi Yagües sobre o setor está totalmente em linha com o objetivo da empresa de continuar a consolidar a sua posição líder em tecnologias de impressão inovadoras destinadas aos setores mais técnicos e exigentes. Licenciado em engenharia industrial com especialização em eletrónica pela Universidade Politécnica da Catalunha, Jordi Yagües tem mais de 19 anos de experiência na Epson, tendo ocupado diferentes cargos de responsabilidade no seio da multinacional.
O NAU Morgado Golf & Country Club anunciou que Bruno Gamito vai assumir a liderança da unidade hoteleira. O profissional ingressou no grupo NAU Hotels & Resorts em 2013 e assume agora o cargo de diretor da unidade do grupo em Portimão. Até ao final de 2021, Bruno Gamito desempenhava funções de assistente de Direção do grupo NAU Hotels & Resorts. O profissional tinha a seu cargo, com o apoio e supervisão do diretor, a gestão operacional de duas unidades hoteleiras, o NAU Salgados Palace e o NAU Salgados Palm Village, e ainda de um centro de congressos na Herdade dos Salgados, o Palácio de Congressos do Algarve.
Breves
Banco Sabadell invertirá 200 millones en renovables hasta 2026
Banco Sabadell ha ampliado su inversión en proyectos de energía renovable, segmento en el que fue pionero entre los bancos españoles al apostar por este negocio hace 25 años. Así, en el plan estratégico 2021-2026 de Sinia Renovables, pata de BS Capital, la división de private equity del banco, se ha incluido un fondo con capital del propio grupo de 200 millones de euros para invertir en proyectos renovables, que se suma a otros 150 millones incluidos en el anterior plan de esta unidad. El banco ha anunciado una alianza con EiDF para financiar 13,4 millones para la construcción a gran escala de instalaciones de autoconsumo industrial. El acuerdo contempla inicialmente la financiación de 18 instalaciones de autoconsumo por un volumen de 23,6 MW, de las que EiDF es propietaria a través de seis sociedades, en cuyo capital social entrará Sinia con un 24,9%.
Ibercaja anuncia su salida a bolsa en 2022
Ibercaja Banco ha comunicado de manera oficial su intención de salir a bolsa en 2022 mediante una oferta pública inicial de venta de acciones ordinarias a inversores cualificados. El banco aragonés inició los preparativos antes de la pandemia, pero en marzo de 2020 decidió retrasar los planes por la crisis sanitaria y porque el Gobierno amplió el plazo para que las antiguas cajas de ahorros empezaran a cotizar. La Fundación Bancaria Ibercaja, que posee un 88% del capital del banco, se quedará finalmente con un 46%. El 11,96% restante de las acciones se encuentra en manos de la Fundación Círculo de Burgos, la Fundación Inmaculada de Aragón y la Fundación Caja Badajoz. La Fundación Ibercaja reducirá su participación en el banco por debajo del 50% como exige la Ley de Fundaciones Bancarias. Además, seguirá manteniendo el control del banco. También se ha conocido que la Fundación destinará parte de los ingresos obtenidos en la oferta a la constitución de un fondo de reserva para potenciales necesidades de recapitalización del banco.
La 8ª Feria Internacional de la Recuperación y el Reciclado, SRR, organizada por Ifema Madrid del 14 al 16 de junio de 2022, acogerá como novedad el congreso internacional “European Recycling Conference (ERC)”. Este importante evento mundial, que organiza la European Recycling Industries Confederation, EuRIC, junto con la Federación Española de
iberdrola invertirá 22.500 millones tras ganar una mega subasta eólica en reino Unido
Iberdrola se ha adjudicado los derechos para construir 7.000 megavatios (MW) de energía eólica marina en Escocia, en el mayor contrato de la historia lanzado por Edimburgo. El desarrollo supondrá una inversión de 22.500 millones de euros, de los cuales casi 12.000 millones se han comprometido con empresas e instituciones escocesas, incluyendo un Fondo de Estímulo de la Cadena de Suministro de casi 90 millones. El grupo desarrollará tres proyectos a gran escala que forman parte del programa ScotWind y cuya puesta en marcha está prevista para el 2030. De ellos, dos se construirán con tecnología flotante a través de una alianza con Shell y el tercero sobre estructura fija. En conjunto podrían suministrar energía limpia a casi 8,5 millones de hogares, tres veces el número de hogares de Escocia. “La tendencia a la neutralidad climática es imparable, pero hacerla realidad conlleva descarbonizar el sector energético y en ese proceso la tecnología eólica marina es esencial por su inmenso potencial energético, su competitividad y las grandes oportunidades de desarrollo industrial y creación de empleo”, ha señalado el presidente de Iberdrola, Ignacio Galán, en un comunicado.
AcS cierra la venta de su negocio industrial a Vinci, por 4.902 millones
La constructora española ACS ha llevado a cabo la ejecución de la venta de su división industrial (Cobra) al grupo francés Vinci por 4.902 millones de euros. Una operación anunciada en abril de 2021 para la cual recibió las autorizaciones pertinentes en noviembre. Con la venta de Cobra a Vinci, ACS obtiene “una plusvalía neta no inferior a 2.900 millones de euros”, según ha comunicado a la CNMV. La contraprestación pactada por ambas compañías también contempla un pago variable máximo de 600 millones de euros en metálico por la división industrial (hasta el estado ready to built) entre el 31 de marzo de 2021 y hasta los siete años siguientes, prorrogable por 18 meses adicionales si Cobra no llegara a desarrollar seis gigavatios (GW) en los primeros 42 meses. El grupo galo tendrá un 51% de derechos políticos y económicos, mientras que ACS se quedará con el 49%.
Adif invertirá 12,4 millones de euros en la renovación de la vía de Guillarei a Valença do minho
El consejo de administración de Adif ha autorizado en su última reunión la licitación, por importe de 12,379 millones de euros, del proyecto de renovación de infraestructura y vía del tramo Estación de Guillarei-Frontera portuguesa, perteneciente a la línea Guillarei-Valença do Minho (España-Portugal). El contrato, que tiene como objetivo mejorar el estado de la infraestructura y la fiabilidad de la línea férrea, incluye, entre otras actuaciones; explanaciones, limpieza y regularización de cunetas; ejecución de muros de escollera. Las obras también afectarán a la configuración actual de la estación de Tui, con la rebaja de la plataforma y la construcción de una nueva con tres pasos superiores. A su vez se prolongará el andén existente para dejarlo a una cota que mejore la accesibilidad de los viajeros y la creación de un nuevo andén lateral al otro lado de las vías.
nextil compra la firma portuguesa Keupe para crecer en el textil de lujo
La compañía textil catalana Nextil ha firmado la adquisición de la firma portuguesa Keupe, especializada en prendas de lujo, para elevar su capacidad de producción, según ha informado en un comunicado. En concreto, la firma ha señalado que esta compra supone un paso más en la incorporación de compañías que aporten valor en cada una de las fases del negocio, y en la consolidación de su posicionamiento en segmentos de referencia en la industria textil, como es el lujo. La operación, valorada en unos 225.000 euros, permitirá al grupo incrementar la capacidad productiva de su unidad de prendas de lujo en un 20%, con un modelo de fabricación propia donde el grupo controla la producción de las prendas bajo estándares comunes de calidad. La empresa lusa, situada en Ponte de Lima, se convierte en la tercera adquisición de Nextil en Portugal, que en 2018 compró SICI93 y Playvest, afincadas en Braga, y con centros de trabajo en VilaVerde, Vizela y Braga.
Breves
Recuperación y Reciclado, FER, ha escogido como sede de su próxima convocatoria al salón SRR, la Feria de referencia del sur de Europa para la industria de reciclado, que verá con esta iniciativa reforzado su perfil internacional. Además, el evento coincidirá también con el 19º Congreso Nacional de la Recuperación y el Reciclado de FER, que se celebra cada dos años dentro de la Feria Internacional de la Recuperación y el Reciclado. SRR forma parte del Foro de Medio Ambiente y Sostenibilidad – FSMS- junto con la 21ª Feria Internacional del Urbanismo y Medio Ambiente, TECMA y el 5º Foro de las Ciudades de Madrid.
Santander lanza una plataforma de empresas para impulsar a pymes y emprendedores
Banco Santander ha puesto en marcha Santander Impulsa Empresa, una plataforma cuyo objetivo es apoyar el negocio de empresas, pymes y emprendedores a través de contenidos dirigidos a ayudar, impulsar y acompañar a autónomos, medianas y grandes empresas en sus actuales retos. Santander Impulsa Empresa cuenta con una oferta de contenidos multiformato y enriquecido, que profundiza en los pilares de los grandes desafíos de las empresas españolas y sus objetivos: digitalización, sostenibilidad, internacionalización, financiación, y ayudas y subvenciones, como los Fondos Europeos Next Gen. Según la entidad financiera, se trata de un proyecto con vocación de servicio que, desde la innovación, explica y acerca diferentes realidades a través de artículos, reportajes, informes, test, vídeos y contenido interactivo. Además de contar con voces expertas para presentar las claves de los hitos informativos, también ofrece el testimonio de emprendedores y de profesionales del mundo de la empresa y las finanzas.
Gympass crece en España con la compra de Andjoy a Sodexo
Gympass, la startup brasileña que intermedia entre empresas, clientes particulares y gimnasios y que está valorada en cerca de dos mil millones de euros, continúa apostando por el crecimiento inorgánico en España. Ha cerrado la compra de la catalana Andjoy, hasta ahora propiedad de la francesa Sodexo, y que es una de las principales plataformas españolas en la intermediación entre clientes corporativos y gimnasios, con el objetivo de ofrecer el deporte como incentivo laboral. Fundada en 2013, cuenta con 2.200 centros deportivos asociados y una base de más de 400 clientes corporativos, entre los que se encuentran Glovo o Iberdrola. Con esta adquisición, de la que no se han dado a conocer cifras, Gympass dobla su presencia en España y se refuerza en Cataluña, donde se encontraba el grueso de los gimnasios asociados a Andjoy, que hasta 2019 se denominaba GymForLess y que fue adquirida un año antes por Sodexo.
A solução do Hub Aeroportuário Alverca-Portela “é a que mais interessa a Espanha”
A candidatura do Hub Aeroportuário Alverca-Portela apresenta-se como a solução para o novo aeroporto da capital portuguesa mais económica, de mais rápida implementação, com melhor acesso à cidade e melhor para o ambiente. Os defensores desta proposta autónoma e independente promovem o desenvolvimento de Lisboa como hub intercontinental de tráfego aéreo. Além de ampliar a capacidade do aeroporto, viabiliza uma ligação de alta velocidade Lisboa – Madrid, com uma ponte em Alverca. José Furtado, principal rosto deste projeto, explica à “Actualidad€” o que representa esta opção para o futuro da Península Ibérica.
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
Há mais de 30 anos que se fala do novo aeroporto de lisboa, sem ainda existir consenso sobre qual é a melhor solução. um grupo de oito técnicos portugueses decidiram, há cinco anos, desenvolver uma nova proposta que além de ser mais viável desde o ponto de vista económico e meio ambiental, viabiliza a conexão de alta velocidade [AV] lisboa-Madrid.
Lisboa precisa de uma solução para dar resposta ao crescimento do tráfego aéreo. Qual é a situação do aeroporto de Portela? Antes da pandemia, estava a operar para 31 milhões de passageiros, quando foi desenhado para 22 milhões. Mas a Portela tem um problema básico que impede a sua continuidade como grande aeroporto. Em 2016, afetava – com ruído acima de 60 decibéis–, cerca de 143 mil pessoas. Para entender a gravidade destes números, temos que saber, por exemplo, que em Madrid o problema do ruído afeta sete mil pessoas, e entre os dois aeroportos de Paris, afeta metade das pessoas que em lisboa.
Como aparece a vossa proposta de Alverca-Portela? Há muitos anos que se discute o problema da localização e a última solução foi optar pela margem Sul. como cerca do 90% do tráfego aéreo está na margem Norte, era preciso uma nova ponte, aproveitada para fazer a alta velocidade lisboa–Madrid, que passava a ser a maior ponte da Europa. Mas estamos a falar que só o tramo Oriente e Poceirão seria um investimento de perto de 2.500 milhões de euros. lisboa tem o mais largo estuário da Europa e contemplamos que uma das suas ilhotas, o mouchão da Póvoa de Sta. iria (encostado à margem Norte), pudesse ser aproveitado para fazer a ampliação do aeroporto, porque está junto a uma base aérea. Se juntamos a ilha fluvial e a base aérea, temos 1.600 hectares. Por outro lado, em Alverca o rio se estreita e pode ser construída uma ponte baixa, com um preço totalmente diferente. A nossa solução é nova porque sempre se pensou que a pista de Alverca conflituava com a de Portela. uma impedia a outra porque as pistas se cruzavam, mas nós optamos por uma pista paralela, formando assim um par de pistas paralelas independentes.
E permite também viabilizar a alta velocidade entre as duas capitais ibéricas? Sim, com esta solução passamos não só a viabilizar o aeroporto, com um valor muito baixo do previsto. também permite ter uma nova ponte para a ligação ferroviária de alta velocidade de lisboa – Madrid. Esta é a proposta que mais interessa a Espanha. A ligação junta dois polos económicos, une duas capitais europeias que somam dez milhões de habitantes e que são os mais importantes polos económicos dos respetivos países, ao mesmo tempo que resolve histórica carência ferroviária do interior transfronteiriço e abre um novo cenário de desenvolvimento para regiões economicamente deprimidas. com o comboio a passar no aeroporto, o transporte entre as duas cidades passa a ser direto. A maioria dos turistas são europeus e podem entrar por um lado e sair por outro, e visitar pelo meio um interessante roteiro de cidades património: Elvas e Évora, no lado português, e cáceres, Mérida e toledo, no espanhol. A nova visão substitui a dispendiosa solução com a megaponte rodoferroviária chelas-Barreiro, baixando o custo do troço lisboa-Évora do patamar de 3.000 milhões para 650 milhões de euros. A ligação transfronteiriça mista (passageiros e carga) tem uma extensão total de 660 quilómetros, com um terço em Portugal e dois terços em Espanha, e terá, destacadamente, o mais baixo custo por quilómetro de todas as ligações europeias. Para completar a ligação, falta hoje lançar do lado espanhol o troço Oropesa-toledo (+/- 125 quilómetros; 1.000 milhões de euros) e do lado português o troço Alverca-Évora (+/- 110 quilómetros; 650 milhões de euros).
A proposta contempla igualmente um comboio entre o aeroporto de Lisboa e Alverca? Sim, com esta proposta há espaço para fazer a conexão ferroviária entre Alverca e a Portela, como estão a fazer em Madrid, com chamartín e Atocha. todas as ligações de alta velocidade de Madrid vão passar pelo aeroporto (que terá uma estação AV), mediante uma derivação na estação principal de chamartín. Em lisboa, a estação Alverca-aeroporto acumula as funções das duas estações espanholas, por estar encostada à linha do Norte . A alta velocidade lisboa-Madrid, com hubs de interface direta avião-comboio nas extremidades (Alverca e Barajas), potencia o corredor transfronteiriço, que passa a ter a massa crítica de sete integrados pólos turísticos.
Qual vai ser o investimento total? O custo do aeroporto, até 50 milhões de passageiros, é de 1.200 milhões de euros. E até 70 milhões, o total acumulado será de 1.900 milhões de euros. Estamos a falar de três pistas paralelas e uma cruzada, e aproveitamos muito do que já está feito. Em Barcelona, por exemplo, a ampliação de 55 a 70 milhões de passageiros vai custar cerca de 1.600 milhões de euros.
O projeto já foi apresentado oficialmente. Quais são os passos a seguir? Quando vai ser tomada a decisão? O projeto começou a ser desenvolvido há cinco anos, está em fase avançada e a implementação é rapidíssima. Alcochete surgiu antes da crise financeira de 2008, foi um sono nacional, inspirado nos aeroportos asiáticos, mas precisávamos de ter mais de 12.000 milhões de euros. E Montijo foi uma solução um pouco desesperada. Só cabe uma pista de 2.400 metros, nunca é viável. A empresa francesa Vinci ganhou a conceção dos aeroportos nacionais e ela tinha o direito de apresentar uma variante à inicial que era Alcochete,
Pilares da solução Hub Alverca – Portela
• Apenas um só aeroporto HUB-dual (Alverca 2 Pistas / Portela 2 Pistas); • A separação entre o uso civil e o uso militar; • A manutenção da pista windshear na Portela, em sintonia com posição da APPLA (Associação dos Pilotos Portugueses das Linhas Aéreas); • Extensão total de pistas: 15.050 m; • Solução definitiva – até 160/170 stands-aviões (com pista windshear); • O desvio das aeronaves de grande envergadura da atual plataforma citadina (Portela) para a plataforma exterior (Alverca), concentrando longo-
-curso/transferência; • Focar a plataforma citadina nas aeronaves de médio-curso, já que estas apenas operam em horário reduzido, o que supõe uma melhoria de bem-estar para a população da cidade; • O acesso ao resto do país e à área metropolitana de Lisboa por via ferroviária, aproveitando a infraestrutura existente (linha do Norte); • O acesso a Lisboa por via rodoviária sem portagem; • Entrosamento no coração da logística nacional (núcleo Bobadela-Alverca-Carregado).
Área útil total: 950 ha (Alverca 620 + Portela 330)
Indicativo balanceamento de tráfego: Alverca 2/3: Portela 1/3 Capacidade: Até 55-60 MPAX (milhões de passageiros) com sistema 4 pistas → 400.00450.000 mov/ano com ponta de 1.000 dia: Terminais Passageiros: Portela T1 e Alverca T2 interligados por comboio automático em 10 minutos Manutenção de aeronaves: Portela: TAP Engineering + Alverca: OGMA. Acessibilidade ferroviária: Metro + Suburbano + Nacional + Ligação direta ao centro da cidade. Acessibilidade rodoviária: Sem portagem: A1/ IC2 /CRIL + Com portagem: CREL
e apresentou Montijo, mas sem “Avaliação Ambiental Estratégica”. Em janeiro de 2019, foi formalizada a candidatura do hub Alverca-Portela, a “Alternativa do concedente”, com entrega do processo da solução técnica e o processo da “Avaliação Ambiental Estratégica”. É a figura prevista no contrato de concessão para o caso da concessionária apresentar uma solução que não preenche os termos do contratos e/ ou não satisfaz os interesses de Portugal (o caso da solução reforço Portela + aeroporto Montijo da concessionária Vinci). A Assembleia da República, em 2020, tomou a decisão de mandar fazer dita avaliação, que vai começar em breve. Julgamos que a nossa vai ser uma solução que muita gente vai apoiar, também do lado espanhol. depois das eleições [eleições legislativas, de 30 de janeiro de 2022], vai ser adjudicado o trabalho, e, dentro de um ano, aproximadamente, vão tomar a decisão.
Principais responsáveis pela proposta
José Proença Furtado é engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transporte. De 1982 a 2000, foi responsável pela construção de portos, pontes, mini-hídricas “chave na mão” e unidades industriais e logísticas. A partir de 2001, foi responsável por estudos/ desenvolvimento de propostas em Portugal e no Brasil para alta velocidade ferroviária, gasodutos, acessibilidade ferroviária a aeroportos, plataformas logísticas, terceira travessia do Tejo e implantação/ ampliação de aeroportos. Junto com ele, a apoiar nesta candidatura, estão António Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Lisboa e ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação; António Gonçalves Henriques, que foi diretor-geral da antiga Agência Portuguesa do Ambiente; Ricardo Ferreira Reis, da Católica Lisbon Business & School; António Segadães Tavares, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo’98, entre outros; Rui Vallejo de Carvalho e Luís Póvoa Janeiro, ambos professores da Universidade Católica de Lisboa, e Fernando Nunes da Silva, docente do IST.
PUB
Grupo Eulen apuesta por potenciar su servicio de seguridad integrada en el mercado portugués
El grupo español Eulen lleva más de dos décadas presente en Portugal donde desarrolla diferentes actividades como limpiezas industriales e agroalimentaria, seguridad y trabajo temporal. Su apuesta en este mercado para los próximos años pasa por potenciar la seguridad integrada, un servicio de consultoría especializado en la identificación de la mejor solución de seguridad para el cliente. Marco Pinto, director general de Eulen Portugal, analiza el desempeño de la compañía y sus próximos desafíos.
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
En 1962, david Álvarez díez fundó central de limpieza El Sol, en Bilbao (España), empresa que representó una nueva forma de entender la actividad de la limpieza, contando con una escuela de formación y un laboratorio en el que se experimentaba con productos y materiales. El negocio fue creciendo y extendiendo actividades y hoy es un grupo en el que trabajan cerca de 76 mil trabajadores en once países, con unas ventas que el año pasado alcanzaron los 1.440 millones de euros.
El grupo Eulen inició su actividad en el mercado portugués en 1998, mediante la adquisición de una empresa en el área de servicios de higiene y limpieza, implementando una nueva dinámica operativa en esta área. “Además, se realizó una reestructuración a nivel financiero y directivo, con nuevos medios que permitieron competir en un mercado cada vez más exigente. Ya en 1999, abrimos una sucursal, ubicada en Oporto, con el objetivo de ampliar la cobertura de la prestación de servicios prácticamente en todo el territorio nacional”, explica Marco Pinto (en la foto arriba), director general de Eulen Portugal. con toda su experiencia y porfolio de actividades, el grupo se instaló en Portugal para “ofrecer un modelo de servicio diferenciado por la capacidad y conocimiento en el sector, modelo de gestión, profesionalismo y seriedad y desde el inicio se posicionó como un partner de sus clientes”. Marco Pinto
considera que este es un punto diferencial de la compañía, “la longevidad de sus relaciones con sus clientes que se sustenta por el compromiso en darles una respuesta a la medida de sus expectativas”. la empresa comenzó su actividad con los servicios de limpieza y fue muy importante para dignificar una profesión hasta entonces marginada e inmersa en la economía sumergida. Poco a poco, fue ampliando y diversificando sus actividades con nuevos servicios como el mantenimiento de instalaciones, medio ambiente, seguridad, servicios auxiliares, socios sanitarios… hasta alcanzar en la actualidad más de 80 servicios en el mercado. A lo largo de los años el grupo ha decidido invertir en el mercado portugués para dar respuesta a las demandas de sus clientes. “Fueron lanzadas nuevas áreas de negocio para complementar la oferta de servicios a sus clientes desde Facility Services, Seguridad y trabajo temporal”, indica el director general. En el caso concreto de Portugal, las líneas de trabajo que destacan son las de limpiezas industriales e agroalimentaria, seguridad y trabajo temporal. “Seguridad integrada es la apuesta del grupo para los próximos años, un servicio de consultoría especializado en la identificación de la mejor solución de seguridad para el cliente, donde se combina la seguridad humana con sistemas buscando las sinergias de las dos áreas”, avanza Pinto. “El mercado está cambiando y busca una solución de valor añadido. El grupo está centrado en dar soluciones diseñadas a las necesidades del cliente”, añade.
Su base de clientes está muy diversificada: industria, centros comerciales, retail, gran distribución, salud, educación, oficinas, agroalimentario, etc.
Grupo Eulen está presente en Estados unidos, Jamaica, México, chile, Perú, colombia, costa Rica, Panamá y República dominicana, además de España y Portugal. “Actualmente, el porcentaje de negocio de la compañía fuera de la matriz española se encuentra en torno al 20%, pero el objetivo es que esa representatividad sea mayor”, revela el director general de Eulen Portugal. con 14,2 millones de euros de ventas en Portugal, para el 2022 “se espera en este mercado un crecimiento de 11% en facturación y una rentabilidad por encima de los dos dígitos”.
Nuevos desafíos teniendo en cuenta que el mundo fue sorprendido por una nueva realidad que nadie conocía “el mayor desafío que el grupo tiene es la capacidad de tener la flexibilidad para ajustarse, visionar y diseñar soluciones de valor añadido a la medida de la necesidad del cliente y de los distintos cambios”, reconoce Marco Pinto. Por otro lado, debe “motivar y retener el capital humano, porque las personas son el activo más valioso de la compañía”
Recuerda que la pandemia ha tenido un fuerte impacto a varios niveles, como salud, económico y social, que se van a reflejar en los próximos años de una forma directa y/o indirecta en la economía. “Podemos extraer varios enseñamientos del efecto de la pandemia, pero el más relevante fue la capacidad que tuvo el grupo de adaptarse de una forma muy rápida y eficiente para dar respuesta a los cambios legales y a las necesidades de sus clientes, garantizando siempre una solución para las situaciones que se imponían.