33 minute read

Trabalhar a felicidade para aumentar a produtividade

gran tema

Trabalhar a felicidade

Advertisement

para aumentar a produtividade

As empresas dependem do talento. O talento fica ou vai para onde se sente feliz. Logo, a felicidade integra a equação do sucesso económico e empresarial. Este silogismo está na base de projetos como o Lionesa Business Hub, que há 20 anos procura impulsionar a felicidade dos profissionais das empresas que aloja e atrair os melhores. Como? Espaços verdes, desporto gratuito para os profissionais do centro, eventos culturais e de network, sessões de show cooking, jogos em realidade virtual, cacifos inteligentes, a primeira app comunitária de um centro de empresas, benefícios para os profissionais numa rede de parceiros, alojamento temporário para profissionais nómadas, entre outras medidas. Em curso está o projeto de expansão do complexo, com um investimento superior a 100 milhões de euros, que duplicará a capacidade de alojamento de empresas e promete melhorar a felicidade dos que lá trabalham, bem como a sustentabilidade, em todas as suas vertentes. Será “o lugar mais feliz para estar no Norte de Portugal”, prometem os responsáveis pelo Lionesa Business Hub e anunciam que vão medir a felicidade dos profissionais, de modo a afinar a estratégia para alcançar esse objetivo.

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Música, dança, acrobacias, bebidas e muitos petiscos garantiram a festa no corredor central do lionesa Business Hub (lBH), durante várias horas a partir do final da tarde do passado dia 26 de maio. Muitos dos 7.800 profissionais das 120 empresas que atualmente ocupam a totalidade deste centro empresarial, localizado em leça do Balio (Matosinhos), corresponderam à chamada e celebraram os 20 anos do projeto, que agora anuncia uma nova imagem e novos investimentos focados num objetivo: transformar um centro de empresas num centro de felicidade.

“O talento vai para onde se sente feliz”, começa por dizer Eduarda Pinto, a diretora executiva do lBH, acrescentando que, “por isso, o foco tem que estar na felicidade das pessoas” e é essa consciência que deve ser celebrada.

O relatório State of the Global Workplace, divulgado em junho pela Gallup, que se define como “uma empresa global de análise e consultoria que ajuda líderes e organizações a resolver os seus problemas mais urgentes”, indica que empresas com colaboradores motivados e envolvidos têm lucros 23% mais elevados do que empresas com trabalhadores descontentes. A consultora revela que apenas 21% dos trabalhadores inquiridos se sentem envolvidos e que só 33% considera que o seu bem-estar melhorou.

Antes da pandemia, o nível de envolvimento estava a subir, em termos globais, mas desceu em 2020 e apenas subiu um ponto percentual em 2021, ficando ainda abaixo do valor de 2019. A Gallup estima que o baixo envolvimento dos profissionais representa para a economia global um custo que equivale a 11% do PiB mundial. A felicidade gera lucro e não se mede apenas em sorrisos.

O lBH, que aloja empresas como Farftech, Oracle, Vestas, cofco, Klockner Pentaplast, Generix, Porto Application center by Volkswagen, Hilti ou unilabs (uma das mais recentes inquilinas, que optou por sediar no lBH o seu centro de biologia molecular, que é o maior centro de testagem da covid-19 da Península ibérica), procurou desde o ínício contribuir para a felicidade das pessoas que trabalham nestas empresas e para a construção de uma comunidade, argumenta Eduarda Pinto, reconhecendo que a pandemia veio intensificar essa preocupação: “desde sempre, o bem-estar e a felicidade dos membros da nossa comunidade foram uma prioridade no modelo de negócio e no posicionamento do lBH. com a pandemia, deparamo-nos com uma preocupação crescente por parte das empresas com o bem-estar e felicidade dos seus colaboradores, o que veio reforçar o papel do lBH como uma extensão dos seus próprios recursos humanos. Além disso, a pandemia despoletou a necessidade do sentimento de pertença por parte dos colaboradores. Por isso, acreditamos que o talento permanece onde se sente feliz e em todo o percurso que temos vindo a construir ao longo destes 20 anos, para que o lionesa Business Hub seja um verdadeiro Happiness Hub da indústria 5.0 (uma evolução da indústria 4.0: mais centrada nas pessoas, na sustentabilidade e na resiliência), focado nos aspetos qualitativos e de lifestyle, ligados à cultura, ao ambiente e a tudo o que tem por base uma aposta no desenvolvimento sustentável. Faz parte do nosso AdN trabalhar para que, diariamente, a comunidade se sinta feliz, proporcionando um ambiente flexível e promotor de criatividade, inovação e produtividade, mas também em todo o território envolvente. O feedback sobre as ações que temos desenvolvido é muito positivo e cada vez mais a comunidade adere e se identifica com este conceito partilhando de interesses comuns.”

A direção do lBH procura investigar o que o resto do mundo anda a fazer, quais os melhores caminhos a seguir e os caminhos a evitar, conta Eduarda Pinto: “um dos estudos que lemos referia-se à depressão identificada em muitos profissionais do Silicon Valley, alegadamente causada pela pressão laboral, pela especulação imobiliária local, que torna, para muitos, impraticável pagar casa na zona. O nosso projeto quer crescer de forma pensada, de modo a beneficiar a comunidade local e evitar este tipo de desequilíbrios.”

A julgar pelo relatório da Gallup, a infelicidade não mora apenas no Silicon Valley (EuA), já que a Europa também não fica muito bem na fotografia, com o valor regional mais baixo do mundo em envolvimento dos trabalhadores: 14%. Num ranking de 38 países europeus considerados no estudo, Portugal aparece na 18ª posição, com 19% de trabalhadores envolvidos, e Espanha, na 25ª, com 9%. Os dois países aparecem nos lugares cimeiros relativamente à percentagem de trabalhadores que admitiu sentir preocupação no dia anterior (60% dos portugueses e 47% dos espanhóis), ou stress (46% dos portugueses e 44% dos espanhóis) e tristeza, tabela na qual Portugal e Espanha ocupam a terceira e quarta posição, depois do chipre e da itália. “O envolvimento e o bem-estar interagem um com outro de forma poderosa”, lê-se no relatório da Gallup, tendo a consultora apurado que 57% dos trabalhadores não estão envolvidos, nem se sentem bem e que apenas 9% diz sentir-se bem e envolvido no trabalho. A consultora conclui ainda que o baixo envolvimento e mal-estar é proporcional aos níveis de stress, problemas de saúde e sentimento de raiva dos trabalhadores inquiridos. Entre as questões formuladas pela consultora, destacamos a pergunta “sentiu stress ontem?”, à qual 44% dos entrevistados pela Gallup responderam que sim, mais 1% do que em 2020, o ano em que a pandemia “rebentou”.

Eduarda Pinto quer resultados diferentes no lBH, mas desconfia que “não existe mais nenhum centro empresarial com estas características em Portugal” e diz que, mesmo a nível mundial, “é difícil aliar esta localização, perto do mar, no meio da natureza (vale do rio leça), com as condições que proporcionamos às empresas e aos seus profissionais”. A gestora não tem dúvidas de que “pessoas felizes, trabalham melhor, estão mais motivadas, são mais criativas e mais produtivas”, pelo que gerir um centro de empresas como o lionesa Business Hub implica trabalhar com este objetivo em mente. "O talento escasseia e hoje não são as empresas que escolhem os colaboradores, são os colaboradores que escolhem as empresas", frisa Eduarda Pinto, consciente de que criar condições para alojar empresas é também garantir que os seus funcionários vão querer trabalhar nessa morada. “Se fizermos com que a comunidade queira vir para o lionesa, em vez de sentirem que têm que vir, já ganhamos”, corrobora António Pedro Pinto, diretor de Marketing do lBH, sublinhando que para tal é preciso fazerem mais do que alojar empresas: “Afirmamo-nos como uma casa no verdadeiro sentido da palavra, pois o conforto, o bem-estar e a felicidade dos nossos habitantes são a prioridade e principal fator de distinção face a qualquer outro centro empresarial que se destina apenas, na sua grande maioria, a alojar empresas. Somos uma verdadeira incubadora de ideias. incitamos ao network e à criação de sinergias. construímos pontes entre as diferentes empresas, potenciando negócios dentro de portas. Somos arrojados e por isso investimos em projetos que não têm como base o lucro, mas sim a sua sustentabilidade económica. isto porque queremos intervir na envolvente local, de modo a garantir que transformamos a Via Norte num marco histórico e numa verdadeira cidade inteligente, onde facilitamos a vida da nossa comunidade, fazendo com que as pessoas se apaixonem pelo local onde trabalham.” localizado ao lado do rio leça (que foi despoluído e está a ser alvo de um projeto de dinamização ambiental e de mobilidade “corredor Verde do leça”) e de um mosteiro medieval (que integra um dos caminhos de Santiago), em leça do Balio (Matosinhos), perto da Via Norte (o primeiro troço, junto ao Porto, da estrada N 14, que liga o Porto a Braga), o centro empresarial ocupa a área da antiga fábrica de tecidos lionesa, cuja dissolução culminou com a venda do espaço a um grupo de investidores e criação do lBH, em 2002. O empresário Pedro Pinto, sócio maioritário da livraria portuense lello (a que inspirou a biblioteca de Harry Potter e é apontada como uma das mais bonitas do mundo) e detentor de vários investimentos imobiliários e turísticos (alguns já anunciados e outros a anunciar este ano), é o atual

Eduarda Pinto: "O talento escasseia e hoje não são as empresas que escolhem os colaboradores, são os colaboradores que escolhem as empresas"

dono do lionesa Business Hub e quer posicionar o complexo empresarial como eixo em torno do qual a comunidade local gravita, aliando ao mundo laboral, a inovação, a cultura, a sustentabilidade, o desporto, o turismo, etc. Pedro Pinto quer fazer do lBH “o lugar mais feliz para estar no Norte de Portugal”.

O primeiro business club do mundo

A festa dos 20 anos não é a primeira a juntar os profissionais do centro empresaria (na sua maioria, millennials – nascidos nas décadas de 80 ou 90), habituados a eventos que procuram reforçar o sentido de pertença e de comunidade, como sugere António Pedro Pinto: “Ser um lionês significa mais do que apenas trabalhar no lBH. Significa fazer parte do primeiro Business club do mundo, entre uma comunidade de mais de sete mil membros, com mais de 40 nacionalidades diferentes. O conceito “the Business club” é um lugar onde os nossos membros se podem conectar, crescer, divertir e criar um impacto.” Além das festas de Natal, a agenda do lBH inclui concertos, palestras, conferências e outros eventos empresariais, exposições no corredor central, sessões de show cooking, que dão a provar sobremesas ou cocktails de diferentes partes do mundo, em sintonia com as diferentes culturas dos profissionais que trabalham no lBH, etc. “desenvolvemos uma agenda anual de eventos, 100% gratuita para a nossa comunidade, para fomentar sinergias e a ligação entre os 7.800 membros”, indica Eduarda Pinto, acrescentando quem em breve chegarão aos dez mil profissionais, tendo em conta os contratos em carteira com novos inquilinos.

Os profissionais que trabalham no complexo podem estar a par das novidades através da aplicação Hello App, recentemente lançada e a primeira aplicação de gestão de uma comunidade empresarial em Portugal, que além das informações de agenda, dá acesso a descontos e benefícios negociados com a rede de parceiros do lBH: através desta app exclusiva, os membros podem inscrever-se em atividades, receber bilhetes para novos eventos, conhecer outros membros da comunidade e desfrutar do the Business club.

Quem trabalha nas empresas sedeadas no lionesa Business Hub dispõe ainda de um fitness studio, patrocinado pela Prozis, que conta com uma equipa de personal trainers altamente qualificados e uma nutricionista. também há aulas de surf nas praias próximas para os membros do lBH, aulas de ioga e pilates ao ar livre, bem como corridas junto ao rio, promovidas pela lionesa Running Society, formada espontaneamente por profissionais da comunidade lBH entusiastas da modalidade.

Profissionais que são embaixadores do LBH

Para promover o networking e as relações entre as empresas, bem como entre as empresas e a equipa do LBH foi criada a figura do Embaixador Lionesa nas empresas e o The Ambassadors Club, enquanto espaço de ligações. Este embaixador “tem ligação direta ao Community Happiness manager, tem acesso a eventos exclusivos para promoção de network, atividades extras como aulas de surf, golfe ou ioga exclusivas, vouchers para experimentar restaurantes e serviços, para que tenham uma experiência em primeira mão de novos parceiros. Mas, acima de tudo, terão a oportunidade de conhecer os restantes Embaixadores Lionesa e criar sinergias com eles”.

Sinergias com universidades

Além de recriar o ambiente universitário no LBH, o complexo também realiza ações de "charme" nas universidades, com as quais estabelecem parcerias, de modo a captar o talento dos estudantes para as empresas. Mensalmente, fazem um levantamento das necessidades de estágios nas empresas sediadas no LBH, comunicando-as às universidades parceiras. Promovem eventos de speed dating dos universitários com as empresas, para apresentarem projetos, áreas de operação, oportunidades de carreira e, no fim, sempre com momentos de network informal entre alunos e empresas; estas ações “já geraram soluções por parte das universidades para problemas apresentados pelas empresas”. O LBH convida frequentemente os estudantes para as conferências e que organiza o em que participa, bem como para os seus eventos de network.

Duplicar o espaço para empresas

A diretora executiva do complexo empresarial diz que a estratégia do grupo tem sido bem-sucedida: “O balanço de 2021 foi bastante positivo. com uma taxa de ocupação de 100% e com dois novos edifícios que fazem já parte do nosso masterplan de expansão. colocámos mais de 14 mil metros quadrados para empresas, perfazendo um total de 56 mil metros quadrados de área ocupada no lBH. Entraram cinco novas empresas, que permitiram a criação de mais 800 novos postos de trabalho, que se juntaram à comunidade de sete mil colaboradores, com mais de 46 nacionalidades e 20 empresas.”

A maioria das empresas já instaladas (56%) é do setor das tecnologias de informação, mas a ideia é diversificar para fomentar sinergias. As receitas anuais dos inquilinos atingem os 1,4 mil milhões de euros. O lBH quer duplicar até 2025 a capacidade de alojamento, dos atuais 56 mil metros quadrados para 110 mil, prevendo que as receitas dos inquilinos cheguem nessa altura aos dois biliões de euros. O plano de expansão em curso, orçado em 100 milhões de euros, prevê também a construção de uma estrutura de co-living, para profissionais nómadas e de apartamentos, bem como uma escola internacional (a Brave Generation Academy, que já está a funcionar).

A gestora informa que os espaços empresariais são pensados em total parceria com os inquilinos, de modo a responder às suas necessidades: “As empresas e o mundo empresarial já perceberam que têm que seguir este caminho e que atualmente têm colaboradores muito mais exigentes sobre estas dimensões. como disse, são as pessoas que escolhem as empresas e esta é a indústria 5.0, acima de tudo ditada por uma revolução cultural assente no poder do indivíduo e por tudo aquilo que este está disponível ou não para fazer. As empresas sediadas na lionesa ou que nos procuram para se instalar estão muito alinhadas com este posicionamento e partilham já destes valores, pelo que não temos sentido resistência, muito pelo contrário, temos desenvolvido cada vez mais projetos em comum, relacionados com o ambiente e o bem-estar.”

A felicidade está na base do planeamento, desde as infraestruturas até às dinâmicas de relações humanas. “Os millennials procuram locais de trabalho que os façam lembrar uma faculdade”, lembra António Pedro Pinto, citando o especialista em design de escritórios Jonathan Webb, e salientando que “os espaços mais colegiais diminuem o stress, fomentam a comunicação e o espirito de equipa”. O corredor central do complexo empresarial (que é um espaço comum) terá nichos para trabalhar, isoladamente ou em equipa, ler, comer, jogar, socializar, tal como numa universidade.

Na lionesa, procura-se replicar no centro empresarial o ambiente universitário, explica Eduarda Pinto: “Apostamos no nosso conceito de community thought Office Spaces e na recriação de ecossistemas universitários para facilitar a transição do talento para o mundo empresarial. Estamos a dar um novo look aos nossos espaços comuns, a trabalhar para sermos uma cidade 5G, e em oferecer experiências imersivas como, por exemplo, jogos em realidade virtual e exibições de arte digital. Reinventámos os nossos espaços verdes, numa abordagem não só de sustentabilidade, mas também de felicidade. Apostámos também no digital. implementamos cacifos inteligentes em parceria com os ctt. demos uma nova cara ao nosso website, em parceria com a agência britânica digital BiAS (o que mereceu um international Business Award pela Stevie Awards, como melhor website para real estate no mundo). transformámos o nosso cartão de benefícios, anteriormente físico, num cartão 100% digital, através da Hello App. E criámos também uma visita virtual, que permite a todos visitar o lionesa BH, ainda que a milhares de quilómetros de distância de leça do Balio. trabalhamos ainda em prol de desenvolver uma verdadeira cidade futurista, tendo estabelecido parcerias com empresas como a cBRE, Nano designs, Prozis, unilabs, entre outras dentro da área das telecomunicações.”

Valorizar ambiente e território durante a apresentação do projeto de expansão e rebranding do lBH, António Pedro Pinto frisou o reforço nas ações e atividades internas para promoção do bem-estar mental e social de todos os que fazem deste centro empresarial o seu local de trabalho: “O novo jardim com cinco hectares, da autoria do arquiteto Siza Vieira e

do arquiteto paisagista Sidónio Pardal, vai ligar o lionesa BH ao Mosteiro de leça do Balio, seguindo o rio leça, que atravessa o parque empresarial, até ao oceano Atlântico, através da nova ciclovia. A reabilitação do Mosteiro de leça e a construção do seu novo templo, acrescenta um novo sentido de património e uma nova missão cultural ao lBH, atingindo 110 mil metros quadrados de escritórios, co-living, academia e retalho.” O diretor de Marketing citou estudos de Harvard sobre a importância dos espaços verdes no contexto de trabalho: contribuem para aumentar em 26% os estímulos cognitivos.

No que concerne à sustentabilidade, a direção está a trabalhar com a AdE Porto, para melhorar o desempenho energético e ambiental, nomeadamente estão a avaliar potenciais intervenções de eficiência energética, nomeadamente o aproveitamento de fontes renováveis com vista à melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios, bem como identificar ações que possam conduzir à neutralidade carbónica do lionesa. A ideia é difundir as boas práticas ambientais e comportamentais com toda a comunidade (interna e externa) do lionesa Business lBH, fazendo ações de formação com profissionais de limpeza, por exemplo; promover iniciativas de circularidade, promovendo padrões de consumo e produção sustentáveis, através da criação de hortas comunitárias, entre outras ações; reduzir o desperdício alimentar; definir um conjunto de práticas facilitadoras e orientadoras de uma visão estratégica para a correta gestão de resíduos; promover o alinhamento do lBH com os Objetivos de desenvolvimento Sustentáveis; Reconhecer as boas práticas adotadas através da entrega do certificado “coração Verde” da liPOR.

Democratizar o acesso à arte tal como o contacto com zonas verdes, também o contacto com a cultura favorece a criatividade e a felicidade. um estudo de Harvard, citado pelo lBH, indica que depois da saúde, a arte e a cultura constituem o segundo fator que mais impacta na felicidade, ainda antes do emprego que surge em terceiro lugar. “democratizar o acesso à arte também tem sido uma das nossas preocupações”, destaca Eduarda Pinto, lembrando que foram o primeiro Business Hub em Portugal a implementar o conceito de Open Air Gallery, que coloca a arte à vista de todos. Foi assim que em 2019, acolheram a exposição sobre Amadeo de Souza-cardozo: “com dez núcleos expositivos dispostos ao longo do corredor principal da

O bem-estar dos colaboradores começa na consciencialização dos líderes

“Sem dúvida que a felicidade no trabalho e o bem-estar psicológico estão na ordem do dia, mas não tenho a certeza de que esse debate tenha chegado ao nível das lideranças de topo da maioria das organizações, em Portugal”, questiona Sara Midões, especialista e formadora em Liderança Positiva e Comunicação Empática, defendendo que é precisamente pelos líderes que a questão da felicidade no trabalho deve começar a equacionar-se: “É muito difícil implementar qualquer programa de felicidade sistémico nas organizações, já que nem sempre os líderes possuem as necessárias competências relacionais. Tradicionalmente, as lideranças são escolhidas com base em critérios técnicos. Quando as pessoas são muito boas tecnicamente, a forma de subirem na carreira é passarem a liderar equipas. No entanto, muito desses líderes não têm competências sociais e interpessoais, ou porque não as possuem naturalmente ou porque não tiveram formação nesse sentido para desenvolver a dimensão relacional que é fundamental no florescimento no trabalho.” A boa notícia é que essas competências podem ser adquiridas e há cada vez mais formação nessa área. “É evidente a correlação entre o bem-estar do colaborador e os benefícios financeiros para a própria empresa”, sustenta Sara Midões, observando que “o tema tem ocupado o espaço de congressos, seminários, webinares e tem sido objeto de muita investigação por parte da academia”. A especialista é docente convidada do ISCSP e coordenadora do Curso de Formação Especializada “Liderança Positiva e Empática”, organizado pelo Instituto de Formação e Consultoria (ISCSP-iFOR), através da Escola de Liderança e Inovação (ELINOV), e desenvolveu um estudo no ano passado sobre os desafios das lideranças no regresso ao então “novo normal”. “Na altura, 77% dos líderes inquiridos reconheciam como uma necessidade dos colaboradores o work life balance (o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional), mas apenas 16% percecionaram como necessidade a gestão do stresse dos seus funcionários. Há um alheamento face ao bem-estar psicológico das pessoas. Os próprios líderes também podem ter problemas de saúde mental.” No entanto, a consciencialização para o tema tende a aumentar. A docente considera que “este bem-estar psicológico dos profissionais começa a ser encarado como uma estratégia das empresas para melhorarem a vida das pessoas, mas também a produtividade, a satisfação do cliente e vários outros componentes de negócios amplamente investigados”. A pandemia ajudou a perspetivar o tema, nota: “Com a pandemia, mais pessoas sentiram necessidade de repensar a forma como se trabalha e estão a refletir mais sobre a importância da carreira e do trabalho nas suas vidas e sobre os benefícios e de se manterem em situações em que ficam desgastadas e até doentes.” Importa reter que a felicidade no trabalho tem muitas dimensões, salienta a especialista: “Associa-se normalmente às condições de trabalho, à flexibilidade, ao work life balance, às aplicações que ajudam à auto regulação, aos espaços físicos projetados para proporcionarem bem-estar aos funcionários, à remuneração, que é um fator muito importante… No entanto, há uma camada subjetiva, que tem a ver, por exemplo, com o propósito que as pessoas atribuem ao seu próprio trabalho, a perspetiva de crescimento pessoal e de aprendizagem, a possibilidade de terem novas experiências, contactarem com outras culturas e outros mundos e também as questões relacionais. ”Esta dimensão relacional é fundamental, sobretudo com os líderes", argumenta Sara Midões: “As pessoas têm que sentir que fazem parte de um grupo, que a sua opinião conta, que se preocupam com elas, que agradecem o seu trabalho, que são reconhecidas pelo seu trabalho. É fundamental ao nível das relações interpessoais nas equipas, mas também ao nível da qualidade da relação de cada elemento com as suas lideranças. A Gallup diz que a relação com as nossas lideranças diretas vale 70% do envolvimento dos colaboradores com a sua empresa. É ótimo ter as mesas de pingue pongue e uma app inteligente que nos diz que temos que descansar e desligar do trabalho, mas as relações interpessoais e principalmente as relações com os nossos líderes são um elemento crítico no bem-estar das pessoas nas organizações.” Por isso, a questão das competências relacionais das lideranças é fundamental para implementar qualquer programa de felicidade sistémico nas organizações, a par da necessidade de ajustar os recursos para os objetivos. “É muito difícil trabalhar a felicidade no trabalho quando

temos prazos impossíveis, objetivos pouco realistas para cumprir. Isso sucede nomeadamente nas empresas em que as equipas são curtas, sobretudo nos setores em que o talento escasseia e que os recursos estão sobrecarregados”, aponta a formadora. Sendo cada vez mais um ativo de promoção das organizações, a felicidade no trabalho, integra os relatórios de sustentabilidade. Sara Midões considera que a divulgação das métricas neste domínio é positiva, na medida em que “evidencia uma preocupação”, mas diz que devemos estar alerta: “Será que a organização tem mesmo como grande propósito trabalhar o ser humano, está mesmo orientada para trabalhar a felicidade ou apenas orientada para o objetivo de divulgar uma métrica e ficar bem no relatório? Estas métricas devem ser um ponto de partida para debater e trabalhar estas questões nas organizações, importa saber a forma como estamos a medir e qual o propósito.” Por exemplo, “as empresas mais orientadas para a sustentabilidade (ESG - environmental social and governance), adotam métricas relacionadas com a compensação financeira, condições de trabalho, ou questões demográficas relacionadas com a inclusão, que são indicadores objetivos, mas não refletem necessariamente o estado de saúde dos colaboradores”. Na opinião da especialista, em muitas empresas falta introduzir os indicadores pessoais: “Se perguntamos só se a pessoa está satisfeita com o seu trabalho, também é pouco profundo. Posso pensar que se tenho um emprego estável e bem remunerado, isso é satisfatório. A satisfação com o trabalho também não diz se os colaboradores estão bem ou não em termos psicológicos. Se perguntarmos se sentiu stresse, ansiedade, reconhecimento, que se preocupam com ela enquanto pessoa, já obtemos outro tipo de respostas.” É isso que a Gallup faz, “investiga o envolvimento das pessoas”, indica a especialista que nos citou o estudo da consultora referido no texto. “A métrica não é um resultado apenas para se pôr num relatório, mas um ponto de partida para melhorar as condições das pessoas e melhorar o negócio”, advoga Sara Midões, insistindo que os indicadores devem funcionar como alerta para eventuais problemas: “Não sei se as empresas estão a endereçar com a profundidade necessária estas questões porque há coisas subjetivas que têm que ser trabalhadas a par das objetivas. As lideranças podem adquirir essas competências, mas tem que haver investimento nisso por parte das empresas. Se tenho um chefe que divide para reinar, que promove a competição em vez da colaboração, que não cuida das relações, não trabalha a empatia, a compaixão, a gratidão, as práticas que promovem um clima social positivo e a segurança psicológica, de pouco servirão benefícios como a flexibilidade ou a passagem para os quatro dias de trabalho.”

"As pessoas têm que sentir que fazem parte de um grupo, que a sua opinião conta, que se preocupam com elas, que agradecem o seu trabalho e que são reconhecidas por ele"

lionesa, permitiu aos profissionais que aqui trabalham, de repente, estarem em contacto com obras de arte. Está provado que o contacto com a arte estimula a criatividade”.

Em 2014, era inaugurado o Mural da lionesa, o maior mural de arte urbana da zona norte (1400 metros quadrados), juntando 10 artistas para homenagear a ligação de Matosinhos ao mar. O projeto, feito em parceria com a vizinha unicer, ocupa a parede traseira da cervejeira e estende-se ao longo da rua que dá acesso à entrada do lionesa. O mural e o mosteiro de leça do Balio (séc. XiV) integram o percurso de um dos caminhos de Santiago e enriquecem culturalmente esta rota.

O mural inspirou ainda o OPO Street Art Evolution, que conta a história do graffiti e da arte de rua a norte, num dos corredores do centro empresarial, com reproduções de algumas das suas mais emblemáticas obras.

Medir a felicidade

Se o objetivo é fazer os profissionais mais felizes, importa saber se isso está efetivamente a acontecer, por isso o lBH vai começar ainda este verão a medir a felicidade através de uma aplicação tecnológica, que fará questionários semanais: “Os profissionais terão que responder a três perguntas, desenvolvidas por uma equipa psicólogos. A ideia é segmentar as respostas, por empresa, ou grupos de idade, para perceber o que está a gerar mais ou menos felicidade e a quem. As nossas ações serão orientadas também em função desses resultados.”

Rebranding: da fábrica de sedas ao casulo LBH

O processo de expansão do lBH abrange também a restruturação da identidade da marca lBH, como explica o diretor de marketing: “Não existe crescimento sem mudança. E por isso, abraçamos um projeto de re-stylling em parceria com a cBRE e a NANO designs. Projeto esse que visa dar um novo look ao nosso campus. Estamos ainda a trabalhar com uma das maiores empresas de telecomunicações em Portugal, para tornar o nosso campus mais tecnológico e user friendly. Experiências de realidade virtual, realidade imersiva, arte digital, tecnologia 5G, equipa de Humanoids para receber os nossos visitantes. E se vamos fazer tantas mudanças, havia aqui uma necessidade de sofrermos um rebranding. criámos uma nova identidade. A escolha de um parceiro pareceu-nos óbvia. Queríamos trabalhar com alguém arrojado, irreverente, tal como nós, e com uma ligação forte ao talento jovem. Por isso, escolhemos o Studio Eduardo Aires" (que assina a marca Porto.).

A nova identidade visual alicerça-se numa nova tipografia e na utilização de um casulo no lugar do “O”. “Parte do processo de criação da nossa nova identidade, passou pela criação de uma nova tipografia, a lionesa Sans, criada pelo conceituado type designer dino dos Santos. A maneira como esta mesma tipografia foi trabalhada para o lionesa Business Hub, permite transmitir parte do nosso AdN. A sua simplicidade, falta de serifas, letras mais gordas, a bold, todas estas componentes transmitem a nossa forma de estar mais jovem, irreverente e inovadora. Por outro lado, o casulo transmite a nossa componente mais histórica. O casulo representa a herança presente do passado do lionesa Business Hub, enquanto uma fábrica de sedas. O casulo representa ainda a nossa casa, a casa da nossa comunidade, das nossas empresas, enquanto casulo gerador de ideias, pensamentos e conceitos. O facto de o “O” ir mudando de forma, de forma orgânica e metamórfica, transmite também a mensagem de que o casulo, tal como nos, esta em constante evolução e crescimento.”

Este processo de rebranding visa também integrar as restantes áreas de negócio do grupo detentor do lBH, cuja apresentação está agendada para o final do verão. Sabe-se que o empresário Pedro Pinto, que detém a livraria lello e o teatro Sá da Bandeira (ambos no Porto), é o impulsionador de projetos como o "Porto dada", que quer transformar um quarteirão na Rua do loureiro num novo foco de atração turística. O empresário quer também desenvolver uma cidade logística na Via Norte e é um dos dinamizadores do projeto caminho da Arte, que vai ligar Porto a Santiago de compostela. As respostas sobre estes projetos estão prometidas para o fim do verão, mas todos eles contribuirão para reforçar a marca lBH, assinala António Pedro Pinto: “temos pontos convergentes na nossa maneira de estar, na nossa missão, na nossa visão, e nos nossos valores. isto permite reforçar o nosso posicionamento, facilita a comunicação dos nossos pontos-chave, e facilita a criação de sinergias. A livraria lello partilha a paixão pela arte e a cultura. O Balio gere interesse, o que ajuda a atrair e reter talento. 

Macedo Vitorino forma parceria com escritório brasileiro denise Fincato

AMacedo Vitorino estabeleceu uma parceria internacional, na área de laboral e de compliance, com o escritório de advogados brasileiro Denise Fincato. Esta parceria surge na sequência de um percurso em que procuramos cada vez mais solidificar as duas referidas áreas. Trata-se da materialização de uma relação próxima que já existia com o escritório de advogados brasileiro Denise Fincato, que, nas suas áreas de trabalho, privilegia a área laboral e o compliance. A presente parceria irá potenciar a partilha de conhecimentos, diferentes perspetivas e experiências, sendo enriquecedora, não apenas para ambos os escritórios, mas também para os nossos clientes. Para nós, faz, por isso, todo o sentido termos como parceiros um escritório de advogados que partilha a nossa visão multidisciplinar e dinâmica do compliance e que tem forte presença na área de laboral, o que nos permitirá uma abordagem mais global, e não apenas centrada a nível nacional e europeu. A troca de sinergias entre os dois escritórios, incluindo a conceção de projetos e participação em iniciativas em comum que unam Portugal e Brasil, serão a peça-chave desta parceria, que se quer duradoura. Para o início do segundo ano do programa MVCompliance, sob o mote “Fazer o que está certo. Uma nova forma de fazer negócios”, não poderíamos estar mais bem acompanhados. A Macedo Vitorino é uma das mais prestigiadas sociedades de advogados portuguesas. Desde a sua constituição, em 1996, a Macedo Vitorino tem estado envolvidos em várias transações de elevada complexidade em todas as nossas áreas de prática, nomeadamente em operações de financiamento, operações de mercado de capitais, fusões e aquisições, reestruturações de empresas e contencioso. A prática da sociedade é multifacetada, tendo assessorado algumas das maiores empresas nacionais e internacionais em diversos setores de atividade comercial e industrial, assumindo especial relevância, a banca, a indústria, as telecomunicações, capital de risco, energia e TMT”, adianta o comunicado do escritório português. 

dLA piper ABBc incorpora a sM&sB

Asociedade de advogados DLA Piper ABBC anunciou a incorporação da equipa da SM&SB, liderada pelos sócios Paulo Saragoça da Matta (na foto) e Mário Silveiro de Barros. Cinco anos após a sua integração na DLA Piper, a sociedade liderada em Portugal por Nuno Azevedo Neves reforça o seu posicionamento no mercado nacional, com a criação de uma nova área de Penal Económico & Compliance e o reforço transversal das áreas de prática de contencioso, público, laboral e fiscal. Paulo Saragoça da Matta, um dos mais reconhecidos advogados da área de penal económico e compliance, passará a ser sócio da DLA Piper ABBC e a liderar o Departamento de Contencioso. Mário Silveiro de Barros, doutorado na área de segurança social e com uma vasta experiência na gestão de clientes multinacionais, integrará a DLA Piper ABBC na qualidade de of counsel do Departamento de Laboral. “A SM&SB é uma boutique de contencioso com uma fantástica capability e track record e um enorme reconhecimento no mercado, transversal nas diversas áreas de contencioso, em especial no penal económico e compliance”. Sublinhando a grande reutação de Paulo Saragoça da Matta e Mário Silveiro de Barros “a nível nacional e internacional”, a DLA Piper ABBC adianta que esta nova equipa trará “mais valências e mais força à nossa já excelente equipa. É, por isso, com grande entusiasmo que anunciamos a fusão e integração da SM&SB e reforçamos, desta forma, o posicionamento da DLA Piper ABBC como um escritório global, com uma presença full-service em Portugal”, refere Nuno Azevedo Neves, country managing partner da DLA Piper ABBC. “Clientes top tier procuram uma sociedade de advogados one-stop-shop, que permita uma oferta integrada de serviços a nível geográfico e beneficiar de experiências noutras jurisdições onde estamos presentes, gerando assim mais valor. Temos, hoje, uma excelente equipa de contencioso e arbitragem, com duas sócias em quem muito acreditamos, mas necessitávamos de crescer transversalmente na área de contencioso e poder incluir na nossa capability competências ao nível da excelência na área do penal económico e compliance. Este reforço irá permitir alargar a oferta e capacidade de resposta em Portugal, a clientes portugueses noutras jurisdições, e noutras regiões de expressão oficial Portuguesa”, sublinha ainda o managing partner da DLA Piper ABBC. Para Paulo Saragoça da Matta, “numa altura em que as grandes sociedades tendem a expulsar o direito penal económico das suas estruturas, a DLA Piper ABBC tem a visão de fazer justamente o inverso, integrando esta e a área de compliance, área vital nas empresas modernas, na sua panóplia de serviços”, acrescenta Paulo Saragoça da Matta. 

Volume de negócios da garrigues atinge os 414,2 milhões de euros em 2021

A Garrigues obteve um volume de negócios de 414,2 milhões de euros em 2021, depois de ter registado um crescimento de 7,1%. Em Espanha o volume de negócios foi de 361,4 milhões, representando um crescimento de 7,4%. No resto do mundo, o aumento foi de 5%, impulsionado principalmente pelos escritórios na América Latina e em Portugal, explicou a firma em comunicado. O volume de negócios internacional representa 13% do total das receitas da Garrigues. Por área de prática, a de Direito Comercial continua a ser a que tem maior peso no escritório, com 32,5% do total, seguida pela de Fiscal (30%), Laboral (11,3%) e Contencioso e Arbitragem (11,1%). “2021 foi um ano complexo, marcado pela pandemia de covid-19. No entanto, graças à confiança dos nossos clientes, ao talento e esforço da equipa e ao nosso compromisso com um crescimento sólido e rentável, atingimos receitas recordes”, afirma Fernando Vives, presidente executivo da Garrigues. Em fevereiro, Fernando Vives iniciou um novo mandato de quatro anos como presidente executivo da Garrigues – até fevereiro de 2026–, após ser reeleito pela assembleia geral. O presidente executivo está à frente da Garrigues há doze anos, tendo em 2009 sido nomeado sócio-gerente e, em 2014, presidente executivo, cargo que renovou pela primeira vez em 2018. Nos próximos quatro anos, os desafios da internacionalização, digitalização e sustentabilidade continuarão no centro da estratégia do escritório, adianta a Garrigues. Nos últimos cinco anos, o escritório investiu 55,9 milhões de euros em inovação, o que se traduziu em 2021 em 2,9% da receita, tendo aprovado “um novo plano de sistemas, que envolverá um novo investimento de 45 milhões a três anos”, conclui a sociedade de origem espanhola.

Em trânsito:

»Diogo Pe-

reira Duarte

(na foto), sócio contratado da Abreu Advogados e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi um dos nomes selecionados pelo Banco de Portugal para integrar o Grupo de Contacto com o Mercado sobre o Euro Digital, que irá ao longo dos próximos meses discutir as principais opções relativas à conceção e distribuição de um potencial euro digital e as oportunidades que a sua introdução poderá trazer para os vários setores de atividade em Portugal. O projeto do euro digital, que está a ser desenvolvido pelo Eurosistema – que integra o Banco Central Europeu e os bancos centrais da zona Euro– está em fase de investigação até ao final de 2023. Nesta altura estão a ser estudados os desenhos funcional e técnico para a sua implementação. Os trabalhos do Grupo de Contacto com o Mercado sobre o Euro Digital tiveram início no final de abril e deverão prolongar-se ao longo da fase de investigação do projeto até fins de 2023.

»A assembleia-geral de sócios da sociedade Gómez-Acebo & Pombo aprovou recentemente a nomeação de Íñigo Erláiz, para sócio diretor da firma. O advogado substitui Carlos Rueda, que atingiu o limite estatutário de mandatos, desempenhando, a partir de agora, funções de presidente do conselho de administração da sociedade. Segundo Mafalda Barreto, managing partner da GA_P em Portugal: “É com grande entusiasmo que vemos o Íñigo Erláiz abraçar este desafio. Estou certa de que, pela sua experiência e profundo conhecimento da firma, irá dar continuidade ao projeto que, ao longo dos anos, transformou a GA_P num escritório de referência a nível ibérico”. Íñigo Erláiz ingressou na Gómez-Acebo & Pombo em 1999, onde desenvolveu toda a sua carreira profissional e onde é sócio desde 2010. Fez parte do conselho de administração da sociedade nos últimos oito anos.

This article is from: