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O investimento na agricultura portuguesa tem impacto positivo para o país
por célia Esteves*
O investimento na agricultura portuguesa tem
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impacto positivo para o país
No final do primeiro trimestre de 2021, estavam aprovadas cerca de 316 mil candidaturas ao Programa de desenvolvimento Rural, a que correspondem 7.800 milhões de euros de investimento e quatro mil milhões de incentivos.
Será que estes investimentos, e os do Programa Quadro anterior, contribuíram para uma melhor agricultura em Portugal?
O Recenseamento Agrícola - 2019 é uma operação estatística realizada pelo instituto Nacional de Estatística (iNE). Este inquérito permite caracterizar as evoluções ocorridas nas explorações agrícolas na última década, bem como dar a conhecer algumas particularidades e especificidades da agricultura nacional.
Analisarei alguns dos temas deste retrato da agricultura portuguesa, à luz dos investimentos realizados.
No que diz respeito às explorações agrícolas, verificou-se um aumento da sua dimensão média. Houve uma intensificação da empresarialização da agricultura, contribuindo para que as grandes unidades produtivas, embora representando apenas 4,0% das explorações, tenham gerado 64,8% do VPPt (Valor de Produção Padrão total). A especialização foi reforçada, principalmente em culturas permanentes de frutos de casca rija e frutos tropicais, que aumentaram 96,7% e 100,2%, respetivamente.
A Superfície Agrícola utilizada cresceu e a sua composição foi significativamente alterada. Houve um decréscimo relevante nas terras aráveis, compensado por expressivos aumentos das áreas das culturas e pastagens permanentes.
Os prados temporários e culturas forrageiras aumentaram 12%, passando a ocupar praticamente dois terços da superfície de terras aráveis. Verificou-se um aumento significativo da superfície de leguminosas para grão, em parte devido à diversificação das culturas, prática cultural elegível no âmbito da componente greening. O aumento da superfície de hortícolas em 8,3% traduz a dinâmica do setor nesta década, com o crescimento da área de estufas a refletir precisamente esse esforço de investimento na produção hortícola. também o setor das flores e plantas ornamentais registou uma expansão das áreas instaladas. constatou-se a expansão e modernização dos olivais e pomares, em particular de frutos pequenos de baga, subtropicais e amendoais, ocupando a maior área dos últimos 30 anos. Verificou-se uma importância crescente da produção de frutos frescos e da produção de abacate e kiwi; assim como um crescimento exponencial do amendoal e dos frutos pequenos de baga.
Mas o investimento na fruticultura não ficou circunscrito a estas culturas emergentes, tendo-se estendido aos citrinos e aos frutos frescos de climas temperados, cujas áreas aumentaram 14,1%, destacando-se os pomares de macieiras, pereiras e cerejeiras.
A produção de frutos de casca rija foi outra forte aposta na última década, que levou praticamente à duplicação das áreas. Para além da instalação de modernos e intensivos amendoais, que muito contribuíram para a duplicação de área, face a 2009, verificaram-se também aumentos das superfícies de castanheiros e de nogueiras. Ainda assim, a área de olival e vinha
representa 64,0% da superfície total com culturas permanentes.
A superfície potencialmente regada aumentou, passando a beneficiar 69,7% dos pomares de frutos frescos, 11,5% dos pomares de casca rija, 31,7% dos olivais e 27,8% das vinhas. A utilização de informação de apoio à gestão da rega, obtida a partir de sondas de medição de humidade no solo e/ou dados meteorológicos, de deteção remota, como imagens de satélite, drones, ou fotografias aéreas, é uma prática presente em apenas 2,9% das explorações que regam, mas que, potencialmente, permite gerir quase um terço da área regada.
No que diz respeito à pecuária, houve um aumento no efetivo dos bovinos e suínos, com aumento da utilização de opções de produção extensiva.
A utilização de máquinas automotrizes de colheita de azeitona, uva e amêndoa, mais do que quadruplicou.
Surgiram referências ao uso de tecnologias avançadas de agricultura de precisão. trata-se de obtenção de dados georreferenciados, de satélite, de drones, de sensores e outros, que permitem intervenções dirigidas e zonalmente diferenciadas. isto tem aplicabilidade na aplicação de fertilizantes e fitofármacos, regas, sementeiras/ plantações, etc.
As explorações certificadas para a produção em modo biológico triplicaram, a acompanhar as tendências do mercado.Nas culturas temporárias em agricultura biológica, predominam os prados temporários e culturas forrageiras, devido à pecuária produzida em modo biológico, seguindo-se os cereais para grão, as culturas hortícolas e as leguminosas secas para grão.
Relativamente às culturas permanentes em modo de produção biológico, o olival é a cultura mais importante, seguindo-se os frutos de casca rija, a vinha e os frutos frescos. No entanto, a representatividade dos frutos pequenos de baga em modo de produção biológico é de 12,4%, a mais alta de todas as culturas.
Olhando para este retrato, é de concluir que o investimento em agricultura cria valor para os empresários agrícolas.
* Diretora de Sistemas e Processos da Yunit Consulting
E-mail: célia.esteves@yunit.pt
repsol vai investir 657 milhões de euros em Sines
A Repsol vai construir duas fábricas de materiais poliméricos de alto valor acrescentado no seu complexo industrial de Sines. Trata-se de um novo “investimento de 657 milhões de euros, que permitirá expandir a sua gama de produtos diferenciados e tornar o complexo de Sines um dos mais avançados da Europa, devido à sua flexibilidade, elevado grau de integração e competitividade”, assegura o grupo petroquímico. Com este investimento, que foi acompanhado desde o início pela AICEP, o grupo Repsol torna-se um dos maiores investidores nacionais. “A ampliação do complexo industrial de Sines é o maior investimento industrial dos últimos 10 anos em Portugal. Permitirá, após o seu término, melhorar diretamente a balança comercial de Portugal”, frisa ainda o grupo, em comunicado. O projeto contempla a construção de uma fábrica de polietileno linear (PEL) e uma fábrica de polipropileno (PP), cada uma com uma capacidade de 300 mil toneladas por ano. As tecnologias de ambas as fábricas, que garantem a máxima eficiência energética, são líderes de mercado e as primeiras do seu género a serem instaladas na Península Ibérica. Os novos produtos são 100% recicláveis e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar. Ao impacto direto deste investimento na balança comercial, acrescerá o decorrente do efeito multiplicador da disponibilização, em volume e proximidade, de matérias indispensáveis à competitividade e ao crescimento da indústria transformadora destes importantes setores exportadores. Durante a fase de construção, projeta-se a criação de uma média de 550 empregos diretos, com momentos que poderão chegar a mais de 1.000 pessoas. Uma vez em funcionamento, o aumento de pessoal será de cerca de 75 empregos diretos e 300 empregos indiretos. Todos os postos de trabalho mantidos e criados serão qualificados, o que demonstra, mais uma vez, o empenho da Repsol para atrair e reter talentos, ao mesmo tempo que gera emprego de qualidade. Este investimento, em conjugação com a localização estratégica da ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines (gerida pela aicep Global Parques – Gestão de Áreas Empresariais e Serviços, subsidiária da AICEP), a proximidade ao porto de Sines, e a criação de novas instalações logísticas, permitirá desenvolver mais sinergias na área industrial, melhorar a conexão ao mercado europeu, e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos. O novo projeto de investimento foi concebido para acompanhar os objetivos da Repsol de ser uma empresa de emissões líquidas zero até 2050 e está alinhado com a estratégia do Acordo de Paris. O Governo português considerou este projeto como sendo de potencial interesse nacional (PIN) e contratou incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros.
millennium bcp e nos contratam programa de papel comercial ligado ao desempenho de sustentabilidade
O Millennium bcp e a Nos acabam de contratar um programa de papel comercial no valor de 90 milhões de euros e prazo de cinco anos, com condições financeiras que ponderam a notação de rating ESG atribuída pela Carbon Disclosure Project (CDP) à Nos. “No Millennium bcp, a preocupação com a sustentabilidade é um aspeto estrutural da sua estratégia, estando o banco convicto que pode desempenhar um papel relevante nesta transformação, por via da relação com os seus clientes e através da capacidade em promover e apoiar as iniciativas que vão no sentido de tornar a atividade empresarial mais sustentável”, refere o banco. Neste contexto, a operação agora contratada com a Nos, que é a primeira no segmento de sustainability-linked concretizada pelo Millennium bcp, surge de modo natural e simbiótico entre duas entidades fortemente comprometidas com as finanças sustentáveis e o processo de transição climática. Atualmente, a Nos enquadra-se no “Leadership band”, patamar máximo de avaliação na escala utilizada pela CDP, com a notação de rating de A-,, acima da média das empresas europeias bem como da média do setor. Durante a vigência deste programa de papel comercial, a Nos beneficiará de condições de preço mais favoráveis, caso consiga melhorar a sua notação de rating, adianta a mesma nota do Millennium bcp.
Edp lidera consórcio de investigação sobre produção offshore de hidrogénio verde
A EDP, a TechnipFMC e outros parceiros de investigação estão a desenvolver um projeto que pretende estudar “a viabilidade técnica e económica de uma nova plataforma offshore para produção de hidrogénio verde com recurso a energia eólica”. O projeto, apoiado pelo Programa Crescimento Azul do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), consiste na “integração inovadora de equipamentos para a produção e condicionamento do hidrogénio verde e uma infraestrutura que permita o seu transporte até à costa”, explica a energética. Além da EDP e da TechnipFMC, fazem parte do consórcio os centros de investigação CEiiA e WavEC-Offshore Renewables e a University of SouthEastern Norway. O projeto chama-se Beyond e está à responsabilidade da EDP, através da EDP NEW e da EDP Inovação. A empresa portuguesa é a responsável pela avaliação estratégica do mercado offshore eólico-hidrogénio, a definição de casos de negócio e a avaliação da inovação tecnológica que será necessária para possibilitar a entrada destas soluções no mercado. A ideia do projeto é verificar a viabilidade financeira de uma estrutura do género, que produz hidrogénio verde offshore através de energia eólica, para que o conceito possa ser “implementado em todo o mundo e padronizado para todos os usos finais”. Segundo Ana Paula Marques, administradora executiva da EDP, “o projeto Beyond vai permitir à EDP adquirir conhecimento para entrar em novos mercados, com claras sinergias com o negócio atual. O hidrogénio verde, produzido a partir de fontes de energia renováveis e sem qualquer emissão de CO2, é um potencial impulsionador no esforço mundial de descarbonização, ao mesmo tempo que atenua a variabilidade das energias renováveis offshore e aumenta a flexibilidade do sistema energético”, conclui.
Explorer investments adquire empresa de reciclagem de plástico
A Explorer Investments celebrou, através do Fundo Explorer IV, um acordo de aquisição de uma participação maioritária na Micronipol–Micronização e Reciclagem de Polímeros. Esta operação, que foi a primeira realizada pelo Fundo IV da Explorer Investments, visa aumentar a capacidade produtiva da Micronipol, expandir os mercados em que opera e otimizar os seus processos e produtos, reforçando ao mesmo tempo a sua estrutura operacional. Fundada em 2000, com unidade industrial localizada em Ourém, a Micronipol é uma das empresas líderes de reciclagem de plásticos em Portugal, em particular, na reciclagem de resíduos de polietileno e polipropileno. O volume de negócios foi de cerca de nove milhões de euros em 2019, valor que sofreu uma ligeira quebra em 2020, fruto da pandemia. “Para 2021, o volume de negócios está em linha para ser o melhor ano de faturação da empresa”, refere a Explorer Investments, empresa liderada por Elizabeth Rothfield. Com capacidade produtiva para cerca de 15 mil toneladas por ano e com 44 trabalhadores, a Micronipol produz granulado de plástico reciclado para diversas aplicações, como sejam a extrusão de tubo ou filme ou ainda para injeção de plástico. Atualmente, a empresa exporta cerca de 30% das vendas, maioritariamente para a Europa.
Breves
Portugal sobe para o 36º lugar do ranking global de competitividade
Portugal volta a subir no ranking dos países mais competitivos a nível mundial, segundo a tabela de competitividade elaborada pelo IMD World Competitiveness Center. Portugal
fica, assim, na 36ª posição do ranking das economias mais competitivas a nível mundial, subindo uma posição face a 2020, sendo o pódio agora ocupado pela Suíça, Suécia e Dinamarca. Recorde-se que a Porto Business School (na foto) é, pelo sexto ano consecutivo, parceira exclusiva nacional do IMD para Portugal na elaboração deste ranking, que avalia fatores como o desempenho económico, a eficiência das empresas, das infraestruturas e do Governo, Portugal consolidou a sua presença a meio da tabela, com a terceira subida nos últimos cinco anos. No último ano, a economia nacional ganhou em competitividade sobretudo devido a ligeiras melhorias nas Infraestruturas científicas (34º para 31º), no enquadramento social (22º para 20º) e na mão de obra qualificada (44º para 42º). Entre as maiores forças competitivas do país, destacam-se as leis para imigração, a força de trabalho feminina, a qualificação de profissionais de engenharia e a capacidade de exportação. No sentido inverso, Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar mais competitivo em questões como a formação de colaboradores ou a resiliência da sua economia.
Takargo e Medway criam Associação para a defesa dos interesses das empresas ferroviárias
As empresas Takargo e Medway oficializaram a criação da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), entidade de direito privado sem fins lucrativos, que terá como principal objetivo a defesa dos interesses dos operadores e empresas ferroviárias. Na persecução desse objetivo, a APEF pretende promover a cooperação e o intercâmbio de experiências entre associados e defender o fortalecimento das condições estruturais favoráveis à utilização do transporte ferroviário de mercadorias. Miguel Lisboa, presidente da APEF e que lidera também a Takargo, afirma que “era urgente a criação de uma entidade como a APEF, que promovesse a cooperação
Breves
e a colaboração entre entidades ferroviárias, assim como a divulgação e defesa de todos os seus direitos. Acreditamos no valor que a APEF irá acrescentar a todas as empresas ferroviárias, à cadeia logística e à economia nacionais”, conclui. O foco de atuação da APEF abrangerá temas como a melhoria da posição competitiva do transporte ferroviário de mercadorias, a criação de melhores condições de funcionamento para o transporte ferroviário de mercadorias na rede ferroviária nacional, ibérica e europeia e a aposta na interoperabilidade na ferrovia. A associação irá ainda prestar serviços de consultoria e de formação.
E-coordina tem nova sede em Portugal
A consultora e-coordina mudou a sua sede em Portugal para novas instalações em Bragança, revelou a empresa. “O novo local representa um investimento significativo na criação de um espaço moderno e amplo e assume o objetivo de criar um ambiente que espelhe a missão, o espírito e os valores da empresa, que permitam otimizar os fluxos de trabalho e potenciar o espírito colaborativo de toda a equipa”, frisou ainda a companhia ibérica. “O investimento responde, mais uma vez, ao plano de crescimento da empresa para os próximos anos”, adianta a mesma fonte.
Nova SBE debate desafios de recuperação e requalificação na liderança em turismo
A Nova SBE, através do Westmont Institute of Tourism and Hospitality (WiTH), organizou há cerca de três semanas uma sessão de debate interativo entre a universidade, vários dos principais empresários do setor do turismo e hotelaria e entidades oficiais do turismo, sobre os atuais desafios da gestão do turismo num contexto de recuperação do setor e sobre as áreas na formação em gestão que precisam de ser desenvolvidas para fazer face a esses desafios. O grupo Pestana, Altis, Ritz, Onyria, VIP Hotels, Nau Hotels, Intercontinental, Ana Aeroportos, ECS Capital, Norfin, Hoti Hotéis, FeelsLikeHome, ALEP, AHP, Turismo de Cascais, Turismo de Portugal e o Gabinete da secretária de Estado do Turismo fizeram parte desta primeira iniciativa de reflexão conjunta, promovida pelo WiTH. “O atual contexto de incerteza provocado pela pandemia, e a consequente e desgastante volatilidade das medidas sanitárias que ditam as restrições das viagens, exigem aos líderes uma capacidade de transformar as suas organizações, preparando-as para os desafios imediatos e futuros, e adaptando as formas de relacionamento com os seus clientes, cujo padrão se alterou com a pandemia”, de acordo com os promotores do evento digital.
mapFrE é a sexta maior seguradora europeia
A última edição do ranking anual elaborado pela MAPFRE Economics, divulgado no início de julho, confirma o posicionamento do grupo MAPFRE como uma das 15 seguradoras líderes na Europa no ano de 2020, assumindo o sexto lugar entre os maiores grupos de seguradoras (não vida) e repetindo a sua 11.ª posição no ranking do total de negócios. Apesar do forte impacto no negócio provocado pela covid-19, que também levou a uma queda de 19,8% no rendimento líquido, para 27.864 milhões de euros, destaca-se a resiliência do setor em termos de solvência. De facto, 10 dos 15 grupos que fecharam 2020 com melhorias significativas, assim como a MAPFRE, conseguiram um rácio que aumentou de 186,8% para 192,9% (a 31 de março de 2021 já era de aproximadamente 200%). O relatório reflete também a resposta das seguradoras europeias à pandemia, salientando-se o empenho em garantir a saúde e segurança dos colaboradores, o trabalho desenvolvido para a continuidade do negócio e o cumprimento das obrigações contratuais, prestando sempre aos seus clientes um serviço e aconselhamento adequados. Além disso, colocaram em prática a implementação de medidas excecionais, mobilizando recursos para impulsionar a economia através de apoios à sociedade e medidas para ajudar os Segurados, especialmente as pequenas e médias empresas e trabalhadores independentes. O prémio dos 15 maiores grupos seguradores europeus caiu 4,9% no ano passado, para 567,73 mil milhões de euros.
nrV fecha aquisição da Elsamex e da lcW e consolida posição no mercado nacional
A NRV-Norvia Consultores de Engenharia, uma consultora portuguesa de engenharia com presença no mercado nacional e ainda em Angola, Moçambique, Cabo Verde e África Ocidental, acaba de anunciar a aquisição de duas empresas em Portugal– a Elsamex Portugal e a LCW Consult–, consolidando a sua posição no setor da engenharia nacional e elevando o volume de negócios para cerca de 15 milhões de euros. “Estas aquisições são mais um passo para a consolidação do percurso daquela que se assume como uma das principais consultoras de engenharia em Portugal, atualmente com mais de 300 projetos de engenharia em curso em diferentes áreas. Por outro lado, as aquisições reforçam as áreas de atuação do grupo, nomeadamente nos departamentos de hidráulica, estruturas especiais (pontes e viadutos) e geotecnia”, enquadra a NRV. A LCW Consult é uma empresa de referência no mercado português na área das pontes, obras hidráulicas e barragens, contando no seu portefólio com, por exemplo, obras marcantes como o Viaduto do Corgo, o mais alto viaduto da Península Ibérica e um dos maiores da Europa. Já a Elsamex Portugal, participada da Elsamex Internacional– empresa que está entre as mais importantes na área da manutenção rodoviária em Espanha– , tem um longo passado de colaboração com a NRV nas áreas de geotecnia e de auscultação e monitorização de pavimentos. Agora será feita a integração total da Elsamex Portugal, que passará a operar sob a marca Geovia.
cosec e Super Bock group apoiam rede de distribuidores para o canal horeca
A Cosec assinou um protocolo com o Super Bock Group, que permite aos distribuidores das suas bebidas (cerca de 38 empresas nacionais), acederem ao Seguro de Créditos Cosec em condições favoráveis e ajustadas aos seus negócios. “Esta parceria enquadra-se na missão da Cosec de estar ao lado das empresas, permitindo-lhes retomar a sua atividade comercial em segurança. O seguro de créditos é uma ferramenta importante no atual cenário de recuperação e de dinamização dos negócios, permitindo às empresas o suporte e proteção necessários nas suas decisões de crédito, para que possam focar-se nos reais desafios da sua atividade.” afirma Maria Celeste Hagatong, presidente da Cosec. A diretora de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Super Bock Group, Graça Borges, explica que “a pandemia de covid-19 impôs grandes dificuldades ao setor das bebidas refrescantes, sobretudo devido às restrições impostas à atividade da hotelaria e da restauração, que são os principais canais de comercialização de produtos como cervejas, águas ou sidras. Embora o contexto seja ainda de grande incerteza e, consequentemente, de vulnerabilidade para o setor, também existe a expectativa de um retomar gradual da economia durante o verão.” O acordo foi desenhado à medida das necessidades de proteção destas empresas e permite a contratação do Seguro de Créditos Cosec com condições atrativas e majoradas, nomeadamente, na cobertura das transações comerciais e na análise de clientes.
mercadona inaugura super em guimarães e abre um terceiro no porto
A Mercadona abriu no início de junho o novo supermercado de Guimarães, na freguesia de Silvares, a primeira das nove lojas que a empresa prevê abrir ainda durante este ano, de acordo com o seu plano de expansão. Este é o 21º supermercado da empresa em território nacional e possibilitou a criação de “cerca de 65 postos de trabalho, estáveis e de qualidade”, como sublinha a empresa. “A loja vai fazer a diferença nos hábitos de compra dos vimaranenses, com bons acessos e numa zona da cidade em exponencial crescimento. Estamos certos de que é uma mais valia para a cidade”. Entretanto, a cadeia espanhola abriu em meados de julho uma terceira unidade no Porto (na foto). Esta nova loja possibilitou a criação também de cerca de 65 postos de trabalho, adianta o retalhista, que em 2020 contava já com 1.700 colaboradores portugueses. Este novo supermercado tem uma área de vendas de 1.900 metros quadrados. Refira-se ainda que este espaço foi concebido segundo o Modelo de Loja Eficiente da Mercadona com corredores amplos, lineares específicos de leite fresco e sumos refrigerados, mural de sushi, entre outros balcões dedicados. Ainda em julho, perto do final do mês, a companhia previa abrir a sua 23ª loja em território português, projetando ainda inaugurar mais seis até final do ano.
Gestores
em Foco
Cristóbal González-Allero (na foto) foi nomeado cônsul de Espanha no Porto. Licenciado em Direito e com uma formação em Estudos Internacionais, pela Escuela Diplomática, ingressou na carreira diplomática há 40 anos, mantendo ao longo deste tempo representações diplomáticas de Espanha no Zaire, Alemanha e Luxemburgo. Entre os diversos cargos diplomáticos que exerceu, pode salientar-se o de embaixador de Espanha na Turquia, entre 2011 e 2014, depois de antes ter sido nomeado embaixador Representante Permanente Adjunto de Espanha junto da União Europeia em Bruxelas, entre 2003 e 2010. Anteriormente, foi cônsul Adjunto no Consulado Geral de Espanha em Düsseldorf, em 1984, e conselheiro na Representação Permanente de Espanha junto da União Europeia (em Bruxelas), em 1992. Exerceu também funções dentro do Governo de Espanha, nomeadamente como subdiretor-Geral de Assuntos Interministeriais e de Coordenação da Informação Sectorial da Secretaria de Estado de Política Exterior e para a União Europeia, desde agosto de 1997, bem como, no ano seguinte, como diretor-geral de Coordenação do Mercado Interno e de outras Políticas Comunitárias da Secretaria de Estado de Assuntos Europeus. Tem diversos títulos honoríficos, como o de comendador e o de Oficial da Ordem do Mérito Civil, atribuídos pelo Rei de Espanha.
A Unomásdos, firma espanhola dedicada à consultoria, acaba de contratar Jesús Bescos e Fernando Velasco como sócios da filial em Portugal. O reforço da equipa da filial em Portugal com os dois novos profissionais irá dar um forte impulso a atividade da empresa, tendo em conta “o profundo conhecimento e experiência de ambos do mercado português”. A Unomásdos é especializada em dar suporte e ajudar os gestores que lideram as pequenas e médias empresas, “colocando à sua disposição ferramentas e pessoas adequadas a cada projeto, trazendo, deste modo, valor acrescentado ao cliente”, enquadra a empresa.
Breves
Indra, Google y la Universidad de Granada crean un centro de inteligencia artificial en España
La filial tecnológica de Indra, Minsait, y la Universidad de Granada han creado un centro de desarrollo de inteligencia artificial junto a Google Cloud, que participa en este proyecto como socio tecnológico. Según un comunicado divulgado por la compañía española, el centro, bautizado como Al Lab Granada, es uno de los más grandes y avanzados en toda Europa, y servirá para desarrollar soluciones de inteligencia artificial, con el objetivo de aumentar la eficiencia y la sostenibilidad de las empresas, las administraciones públicas y la sociedad. En este sentido, el centro de desarrollo tiene la vocación de generar un “impacto real” en aspectos como la salud y la calidad de vida, la economía circular, la democratización del comercio electrónico, la optimización de procesos industriales, el empleo inteligente o la educación. El centro contará con más de 100 doctores en inteligencia artificial; 165 consultores, desarrolladores e investigadores; y un ecosistema de startups y emprendedores.
IBM compra Bluetab, el gigante español de big data
IBM ha anuniado la compra de Bluetab, una compañía española de big data fundada en 2005. La operación servirá para que la estadounidense aumente su cartera de soluciones en consultoría de datos y nube híbrida, especialmente en varios mercados latinoamericanos, refleja la firma en un comunicado. Mark Foster, vicepresidente de IBM Services y Global Business Services, ha enfatizado que la transformación digital está permitiendo que se abracen nuevos modelos de uso de los datos de las empresas gracias al despliegue de tecnologías como la inteligencia artificial. “Esta adquisición impulsará la migración al cloud y ayudará a nuestros clientes a sacar aún más partido de sus datos clave”, ha indicado. El cofundador de Bluetab, José Luis López, ha remarcado que una de las claves con las que han podido resolver los múltiples desafíos que les han presentado sus clientes ha sido “el equipo de gran talento y experiencia” que han construido, “así como los aceleradores de valor agregado” que han desarrollado.
Deutsche Bank lanza el primer depósito sostenible del mercado español
Deutsche Bank España ha lanzado un depósito sostenible para inversiones a partir de 845 euros y con un plazo de hasta 12 meses sin posibilidad de cancelación anticipada. Según un co-
pfizer apuesta por España como centro de distribución de sus terapias génicas para toda Europa
Pfizer ha anunciado que España será el país desde el que se distribuirá toda su terapia génica hacia Europa, en concreto desde su planta biotecnológica situada en San Sebastián de los Reyes, Madrid. Este tipo de terapia abre un nuevo escenario para pacientes y profesionales sanitarios y podría mejorar la situación de las enfermedades raras, que muchas veces no cuentan con un tratamiento adecuado. La compañía ha dado a conocer, además, que invertirá en este centro 70,2 millones de euros con el objetivo de aumentar su actual capacidad de producción de medicamentos para la hemofilia, una enfermedad poco frecuente. “Pfizer refuerza, así, su apuesta por España, por el sector de la biotecnología y coloca a nuestro país en una posición estratégica tanto para la compañía, como para la ciencia, contribuyendo a mejorar nuestro desarrollo económico sostenible”, ha dicho el presidente y director general de Pfizer en España, Sergio Rodríguez, durante un encuentro virtual con periodistas, celebrado el 29 de junio.
dHl Express invertirá más de 130 millones de euros en España en los próximos tres años
La multinacional de paquetería DHL Express va a reforzar su presencia en España donde tiene previsto realizar inversiones de más de 130 millones de euros en los próximos 2-3 años. Según ha confirmado Miguel Borrás, director general de DHL Express, entre septiembre y finales de este año se van a abrir instalaciones con más capacidad en Zaragoza, Bilbao y Vigo, que permitirán seguir afrontando los crecimientos de sus servicios en estas zonas. Además, van a contar con nuevas infraestructuras operativas en Santiago de Compostela, Barcelona, Valencia, Alicante, Girona y Madrid. Perteneciente al grupo Deutsche Post DHL, tiene 55 instalaciones operativas en España, de las cuales tres son hub operativos (en Madrid, Barcelona y Vitoria), que además de centros operativos son también centros de conexión con su red internacional. Diariamente, 1.000 vehículos hacen entregas y recogidas y 13 vuelos propios conectan las diferentes provincias españolas, y España con el mundo.
iberdrola y Beeplanet instalan los primeros puntos de recarga con baterías recicladas
Iberdrola y BeePlanet han instalado el primer sistema de almacenamiento comercial a partir de baterías de segunda vida para alimentar puntos de recarga de vehículo eléctrico. Según informa la energética, se ha puesto en marcha en el kilómetro 175 de la A3 Madrid-Valencia (Área 175 del grupo Avanza) y permitirá la carga de hasta cuatro vehículos de forma simultánea. El sistema de baterías cuenta con una potencia de 100 kilovatios (kW) y una capacidad de 200 kilovatios hora (kWh) para dar servicio a una infraestructura que permite la recarga ininterrumpida durante dos horas a máxima potencia. En caso de que las baterías se agoten, el servicio se prestará a la potencia disponible en la red. Los puntos de recarga han sido suministrados por Ingeteam. Iberdrola subraya que el sistema de almacenamiento corresponde a un modelo energético basado en la reutilización de materias primas: desde el contenedor marítimo donde se instala hasta el contenido, las baterías de segunda vida provenientes de 14 vehículos eléctricos.
La iniciativa liderada por SEAT, del grupo Volkswagen, para impulsar la fabricación de vehículos eléctricos en España es la primera que se perfila como candidata a las ayudas públicas de casi 3.000 millones de euros incluidas en el proyecto sectorial aprobado por el Ejecutivo (Perte). El Consejo de Ministros ha dado luz verde al Perte del vehículo eléctrico y conectado (VEC) que inyectará en el sector 4.295 millones públicos hasta 2023. Tras su aprobación, el consejero delegado de Volkswagen, Herbert Dies, aseguró que España será uno de los pilares estratégicos de la ofensiva de vehículos eléctricos del grupo. El responsable recuerda también que la Península Ibérica es clave para conseguir una movilidad climáticamente neutra en Europa en 2050. “Estamos preparados para transformar la industria automovilística española y contribuir de forma significativa a la descarbonización del suroeste de Europa”, ha matizado.
Breves
municado de la entidad, el Depósito Sostenible DB es el primero de este tipo del mercado español y se destinará exclusivamente a la financiación de proyectos verdes que cumplan con los criterios del Marco de Financiación Verde (Green Financing Framework) del grupo Deutsche Bank. Así, según explican fuentes del banco, su rentabilidad será variable y fluctuará en función de las condiciones del mercado. “No tiene un tipo fijo, ni un mínimo ni un máximo, sino que se invierte en proyectos sostenibles y la remuneración fluctúa”, señalan. Entre esos proyectos se incluyen préstamos e inversiones en empresas o activos del sector de energías renovables, eficiencia energética y edificios sostenibles.
Iberia planea crear un polo aeronáutico industrial en su suelo junto a Madrid-Barajas
Iberia tiene un plan para convertir sus terrenos de La Muñoza, junto al aeropuerto de Madrid-Barajas, en un centro de referencia en Europa para el mantenimiento de aviones. La compañía del grupo IAG prevé convertir las instalaciones de Iberia Mantenimiento en un polo industrial a partir de una macro actuación urbanística que afectaría a una superficie de 1,7 millones de metros cuadrados conectada con el aeropuerto. De ese total, la compañía aérea tiene 220 mil metros cuadrados. El gestor aeroportuario Aena contempla dentro del plan de desarrollo urbanístico de Barajas que una parte importante del suelo por explotar sea dedicado a la industria aeronáutica. También habrá espacio para el desarrollo comercial, hotelero, para un polo tecnológico y logístico. La propia Iberia está en negociaciones con la empresa pública para lanzar su antiguo plan de potenciar el negocio de carga de IAG en la infraestructura madrileña.
GFT amplía su LAB en España
GFT, compañía de TI especialista en transformación digital, ha anunciado la remodelación y ampliación de su Laboratorio de Innovación Digital en España (LAB) ubicado en la sede que la compañía tiene en Sant Cugat del Vallès (Barcelona). El objetivo es ofrecer un nuevo espacio específico para la industria donde poder diseñar y desarrollar iniciativas basadas en tecnologías como Internet de las cosas, blockchain o inteligencia artificial para proyectar el futuro del sector. Tras su amplia experiencia en el sector financiero y emprendedor, GFT apuesta ahora por dedicar un nuevo espacio a la industria para diseñar conjuntamente el futuro digital de sus procesos de fabricación, comercialización y sus servicios relacionados. Su objetivo es acercar las últimas tendencias tecnológicas y sus posibles aplicaciones a los clientes industriales, tratando de identificar los puntos donde pueden ayudarles a transformarse y empezando a trabajar con pruebas de concepto exclusivas para ellos.
A transformação do conhecimento em riqueza económica demora muito tempo, alerta Joana Mendonça, consciente de que faz parte da sua missão viabilizar esse processo. À frente da Agência Nacional de Inovação (ANI) desde maio, a também professora do Instituto Superior Técnico de Lisboa quer dinamizar a colaboração entre os que investigam e os que produzem. Em linha com o já conhecido Plano de Recuperação e Resiliência, a ANI elege a transição digital e a sustentabilidade como fios condutores das suas ações.
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Quais são as prioridades da ANI? internamente, um dos maiores desafios é o da transição digital, fundamental pela sua capacidade de dinamizar a economia. tem havido progressos nesse domínio, mas lentos. todos nós temos que a fazer, incluindo os organismos de suporte à administração pública. tendo em conta que está prevista dotação nesse sentido no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), espera-se que o processo de transição digital acelere. É um processo muito difícil, mas temos que o fazer também aqui na agência. Relativamente às prioridades externas, importa lembrar que estamos num período de transição entre programas-quadro. A prioridade é acelerar o processo de transformação da ciência em economia, que é o core da ANi, com base nos nossos mecanismos de transferência de inovação e tecnologia e também melhorando a comunicação entre os interlocutores, de modo a catalisar esta ligação entre a ciência e a economia. isto é muito importante no contexto do PRR, uma vez que, como sabemos, a inovação é potencialmente geradora de maior crescimento económico. temos já muito trabalho feito em Portugal, a capitalizar neste contexto de recuperação. Essa é a maior prioridade da ANi.
O que falta fazer para que o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) chegue aos 3% do PIB? Atualmente, 52% do investimento em i&d é feito pelas empresas. O grande objetivo é que a fatia das empresas passe a representar pelo menos dois terços. tem havido um aumento de investimento muito expressivo da parte das empresas, sobretudo devido ao aparecimento de muitas PME a investirem cada vez mais em i&d. O nosso tecido empresarial é composto por um grande número de PME e estas têm vindo a apostar cada
vez mais em i&d, ainda que com valores baixos, dada a sua dimensão. O investimento feito pelas empresas está a aumentar; no entanto, há ainda uma larga margem de crescimento, sobretudo com o aparecimento de muitas empresas em setores de tecnologia intensiva.
Como podemos aumentar esse contributo das empresas para o investimento em I&D? O nosso trabalho no terreno é precisamente esse: promover a colaboração e a criação de redes e parcerias entre as instituições do sistema científico e tecnológico nacional e as empresas. Muitos dos nossos projetos são programas de parceria e colaboração. Quanto maior for o número destas parcerias, maior é a capacidade das empresas absorverem o conhecimento que é gerado nos centros de saber. Por outro lado, cada vez mais as próprias instituições do sistema científico e tecnológico nacional estão sensibilizadas para as necessidades do mercado. Esta reciprocidade e colaboração são críticas para haver a necessária transformação da ciência em economia. Na ANi atuamos com instrumentos próprios, por um lado, e através de contactos que viabilizam essa colaboração.
Quais são as áreas da economia em que a ANI vai atuar prioritariamente? São as áreas definidas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela união Europeia. Por um lado, a questão da transição digital, que é transversal a todas as áreas da economia. isto é, dar apoio a todas as empresas no seu processo de digitalização, um processo que já estava em curso antes da pandemia, mas que a pandemia veio acelerar. Outra transição igualmente importante é a transição sustentável, ou seja, atingir os objetivos de redução de carbono, que é também uma questão transversal. Estas duas áreas são prioridades nacionais e nós temos o papel de as promover e acelerar através da inovação. Nós atuamos em três grandes áreas distintas. A primeira consiste na gestão de um certo número de instrumentos financeiros dos chamados programas-quadro. Estamos a falar da gestão das candidaturas, do acompanhamento dos projetos, etc. Posso destacar aqui os programas mobilizadores, que servem para agregar um conjunto de atores com um determinado propósito… Por exemplo, na gestão tecnológica na área da manufatura aditiva (tecnologias de produção de objetos, a partir de um modelo digital). O segundo pilar de atuação é o da promoção da participação portuguesa no programa Horizonte 2020 (agora convertido no programa Horizonte Europa). Aí temos crescido muito signifi-
cativamente. O papel da ANi é ajudar as empresas, as instituições de ensino superior e os centros tecnológicos a efetivarem candidaturas a este programa europeu e ajudá-los a terem um maior sucesso nessas candidaturas. Este esforço tem trazido frutos, uma vez que neste momento já recebemos mais nas calls competitivas em que participámos do que investimos no Programa, ou seja, o retorno é positivo. Aqui também há espaço para continuar a crescer… A nossa taxa de sucesso tem subido de tal maneira que neste momento somos um recetor líquido. Por exemplo, na área do espaço, a nossa participação tem crescido bastante. Nas diversas áreas a que nos candidatámos, as candidaturas têm sido bem-sucedidas. No total, ao abrigo do programa Horizonte 2020 atraímos 1073 milhões de euros em calls competitivas. temos um retorno de 1,69%. Agora vamos iniciar um novo programa, o Horizonte Europa, e esperamos continuar a crescer. O terceiro pilar de atuação da ANi é o da capacitação e valorização para a inovação, que consiste em integrar, acompanhar e gerir o conjunto das chamadas instituições de interface, que compreendem dois grandes grupos: os centros tecnológicos (como o cEiiA, o citEVE, o cENtiFE, o cENti, etc.) e o grupo dos laboratórios colaborativos, que têm um papel de interface também, mas numa perspetiva mais transversal e temática, ou seja, abordam temas críticos. Estamos a falar em desbloquear soluções para problemas que estes organismos possam apontar, bem como em alavancar e catalisar oportunidades identificadas por estas entidades através de programas de maior dimensão. Neste pilar da valorização integra-se o programa de compras públicas para a inovação, que visa apoiar as entidades públicas a inovar, de modo a que a inovação não aconteça apenas nas empresas. Estes três pilares não são estanques, relacionam-se entre si e idealmente há, de facto, uma visão transversal que permite, por exemplo, termos uma tecnologia que começamos a desenvolver no âmbito dos apoios nacionais, mas que tem potencial para crescer, pelo que a candidatamos aos apoios internacionais. O papel da ANi é acompanhar todo o ciclo de vida da inovação, desde que sai do espetro da ciência fundamental (onde atua a Fundação para a ciência e tecnologia) até que passa aos domínios da chamada inovação mais incremental (acompanhada pelo iAPMEi). Nós estamos nesse intervalo da criação de conhecimento mais fundamental e da sua passagem para o mercado. É aí que nós atuamos, nas suas várias vertentes, desde os programas nacionais, aos internacionais e institutos de interface.
Que setores melhor têm sido capazes de fazer essa transformação? São vários os setores. um dos mais apontados é o do calçado, que nos últimos 20 anos sofreu uma valorização enorme graças à incorporação de design e de tecnologia na produção. O setor dos moldes é também um excelente exemplo de inovação ao serviço da indústria. O cEMtiFE (centro tecnológico da indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos) tem feito um ótimo trabalho, servindo precisamente como agregador dos vários atores. As empresas do setor colaboram na adoção de tecnologia e através da identificação de questões críticas. O setor do espaço tem sido igualmente transformador nos últimos anos, trabalhando em colaboração com o setor dos moldes. A biotecnologia ainda não tem uma forte expressão económica, mas tem uma comunidade em Portugal, que trabalha em conjunto em vários projetos. temos todas as condições para ser bem-sucedidos. Porém, os projetos nesta área demoram muito tempo a dar frutos. temos muitos exemplos de cooperação, mas nós somos um país pequeno. Somos poucos. Muitas instituições de ensino superior estão a trabalhar no sentido de fomentar o trabalho de equipa junto dos alunos, e a aproximação ao tecido empresarial e a outras instituições do sistema. Esta mudança é fundamental. Nos projetos acompanhados pela ANi, as entidades são levadas a trabalhar juntas e, na maior parte dos casos, conseguem fazê-lo com sucesso. Os apoios visam também potenciar essa colaboração, viabilizando a adoção do conhecimento e a sua integração na produção.
Se a inovação tem evoluído em Portugal, o que explica que Portugal não tenha crescido significativamente nos últimos 20 anos? temos que evidenciar os nossos casos de sucesso. Porém, os resultados da inovação não são imediatos. Se conseguirmos exportar produtos de maior valor, cresceremos mais. todas as ações que permitam reduzir a distância entre a ciência e a economia são prioritárias, num momento em que temos que executar um PRR num prazo curto e em que temos grandes ambições de gerar produtos e serviços a partir de Portugal para o mundo. tudo isto demora tempo e exige confiança. Só existe partilha quando há confiança. Estas relações de confiança demoram tempo a acontecer. A questão da absorção do conhecimento pelas empresas é crítica. Precisamos de mais recursos humanos qualificados nas empresas. tem que haver contratação de recursos com formação avançada de uma forma mais expressiva por parte das empresas, mas também na administração pública. um doutorado tem que ser visto como um especialista capaz de resolver problemas de forma mais eficaz. Houve uma altura em que se formaram doutorados e que eram totalmente absorvidos pelas instituições de ensino superior, mas estes devem ser absorvidos pelas empresas. isto já está a acontecer porque cada vez mais as empresas reconhecem essa vantagem. Nos últimos dez anos deu-se uma transformação muito grande. Os alunos também contribuíram para essa mudança, já que são veículos para a colaboração, mantendo-se, muitas vezes, nos projetos depois de terminarem a sua formação académica. No entanto, estes processos demoram tempo.
Defende uma maior componente prática nos cursos superiores? Precisamos de ter um bom equilíbrio, que é difícil, entre uma formação de base sólida e, ao mesmo tempo, dar aos alunos acesso à realidade e aos problemas reais.
O que a fez aceitar este cargo? Gosto de desafios e este é um grande desafio. Estamos numa fase em que a questão da resiliência é fundamental e eu ando há quase 20 anos a estudar esta matéria, pelo que é uma oportunidade para pôr em prática o que ando a dizer num contexto em que é crítico. Por outro lado, o facto de eu ser a primeira mulher à frente da ANi tem um certo simbolismo que importa sublinhar. É relevante mostrarmos às nossas filhas que é possível alcançar este tipo de cargos. tudo é possível. Quando olhamos para as pirâmides das organizações, vemos poucas mulheres no topo e por isso é de sublinhar quando tal acontece. E quem fala em mulheres,
Habituada a visitar empresas pelo país fora, enquanto investigadora do Instituto Superior Técnico (IST), Joana Mendonça foi escolhida para o cargo de presidente do Conselho de Administração da ANI – Agência Nacional de Inovação, para o triénio de 2021-2023. A equipa de novos administradores integra também Eduardo Bacelar, proveniente do Centro de Computação Gráfica da Universidade do Minho, e João Borga, anteriormente diretor executivo da Startup Portugal. Joana Mendonça é professora associada de Gestão da Inovação do IST, onde dá aulas de Gestão de Inovação e Design Thinking, Empreendedorismo, Engenharia Económica e disciplinas de Projeto, tendo desenvolvido investigação no Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, IN+, onde dirigiu o Laboratório de Gestão de Tecnológica e Políticas Públicas. Foi assessora para a área da Inovação no Ministério da Economia em 2016 e, entre 2010 e 2012, foi subdiretora da Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência. Em 2009 e 2010 foi assessora do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Doutorada em Engenharia e Gestão Industrial no IST, Universidade de Lisboa, Joana Mendonça possui um mestrado em Engenharia e Gestão de Tecnologia no IST e uma licenciatura em Química Tecnológica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
fala noutras minorias. Acho essencial a sociedade atentar a este processo. Fiz um estudo sobre as diferenças entre mulheres e homens empreendedores e observamos que não há grandes mudanças na liderança, mas há diferenças na forma de interação com os trabalhadores. de acordo com o que vimos, tipicamente, quando há uma mulher empreendedora, há uma equipa, mas não é claro qual é o impacto que isto tem na organização. curiosamente, os trabalhadores aceitam mais facilmente uma ordem de um homem.
Durante esses anos em que estudou as questões da resiliência e da recuperação, a que conclusões chegou? uma das evidências é que a questão da cooperação é essencial para a recuperação. Outra tem a ver com o nível de complexidade, isto é, a capacidade que as empresas têm de absorver conhecimento. Quanto mais expostas a conhecimento estão, maior é a sua capacidade de absorção. daí a necessidade de termos recursos humanos qualificados nas empresas e nos centros de interface. Precisamos de mais qualificação nas empresas.
Para atrair doutorados, as empresas portuguesas têm que ser capazes de remunerá-los de forma justa? Portugal tem grandes constrangimentos de capital, que se verificam nos salários a todos os níveis. Para remunerar melhor, a produtividade tem que crescer e tem que haver maior valorização dos produtos. tudo isto requer tempo. A educação que é o investimento maior e mais significativo que podemos fazer demora muito tempo a ter retorno, o que torna muito difícil sustentar até do ponto de vista estratégico esse investimento, mas é essencial fazê-lo. Nós temos neste momento o maior número de sempre de alunos no ensino superior. As empresas já têm licenciados e mestrados e há uns anos isso não acontecia. Para isso é crítico o papel que certas instituições têm nas regiões em que se encontram; esta penetração é fundamental para a contratação de trabalhadores com formação avançada. O grande desafio em certas regiões é, sobretudo, demográfico.
Qual será a sua assinatura à frente da ANI? Precisamente a dinamização da transição digital que já havia sido iniciada, mas que terá que ser agora mais expressiva. também a valorização do trabalho de equipa. Esse é um desafio em todas as instituições. Não podemos ficar fechados na execução das nossas obrigações. Quero também abrir mais a ANi, no sentido de uma maior atuação no terreno. É o que eu e os meus colegas da direção temos feito. Fiz 15 mil quilómetros em dois meses. Estes meses foram muito intensos porque era necessário conhecer o trabalho feito no país, pelas empresas e pelos diferentes centros de interface.
Surpreendeu-a o que testemunhou? digamos que a surpresa aconteceu há uns anos… Em 2013 fiz um projeto muito grande sobre o setor aeronáutico em Portugal. Queria estudar o impacto da vinda da Embraer para o país e visitei diversas fábricas. debrucei-me especialmente sobre o setor dos moldes porque havia um potencial de inovação nessa área com a chegada da Embraer. O que aprendi com essa experiência foi que as empresas estão muito mais abertas do que eu achava. Mesmo empresas muito tradicionais, sem alocação de conhecimento, recebiam-nos sempre muito bem. isso para mim foi transformador, do ponto de vista do que era e poderia ser a adoção de conhecimento pelas empresas. Havia muita abertura e continua a existir. As empresas estão muito mais abertas à inovação do que se julga. usei essa experiência que tinha como investigadora agora nas visitas que fiz junto de outros setores. ir ao terreno é muitíssimo importante.
Desde el pasado mes de mayo, António Calçada de Sá es el nuevo presidente del Conselho da Diáspora Portuguesa, creada en 2012, siendo él uno de sus fundadores. Desde su comienzo, ha contribuido de forma activa para su desarrollo como instrumento de apoyo e influencia al servicio de Portugal y de sus instituciones. Es además el presidente de la Cámara de Comercio Hispano Portuguesa (CHP), con sede en Madrid, y el vicepresidente y director general de la Fundación Repsol.
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
¿Cómo afronta esta nueva etapa en la Diáspora Portuguesa?
Ha sido un honor que se hayan acordado de mí para presidirla y que hubiese unarealizado y el legado que me trasmite y agradezco a nuestro presidente honorario de la diáspora, el Presidente de la República, el haberme dado su confianza para este nombramiento. A la nimidad en el nombramiento. Yo agradezco al presidente fundador, Filipe de Botton, el extraordinario trabajo vez, es una gran responsabilidad, hay bastantes cosas que hacer, pero estoy muy ilusionado.
¿Cuál es la actividad de la Diáspora? la diáspora es ya una marca con algunos atributos que son las cosas que llevamos años realizando, bien hechas, y que aportan un valor. Realizamos varios eventos al año y mantenemos conversaciones con los consejeros y algunos ministros. Y todo ello vincu-
lado con reflexiones y debate de esa gran red de más de 80 consejeros que tenemos en todo el mundo. cada verano, organizamos en lisboa un Summer Meeting, donde interactúan los consejeros, se revisa el trabajo realizado y se planifican las actividades para el resto del año. Preparamos también el EuroAfrican Forum, en el que durante unos días ponemos en contacto empresas africanas con portuguesas y europeas, logrando contactos bilaterales muy interesantes. Y no podemos olvidarnos de nuestra reunión anual, en diciembre, un acto en la cidadela de cascais, con mucho interés e impacto, que cuenta con la presencia del primer ministro, el ministro de Exteriores y el Presidente de la República. la diáspora aparte de hacer un gran trabajo actualmente tiene nuevas oportunidades que queremos desarrollar.
¿Asume el cargo con nuevas ideas? Yo quiero mantener y reforzar lo que estamos haciendo, con nuevos formatos, más digital, híbrido, pero también quiero hacer más diáspora fuera de Portugal. creo que es muy importante que en los distintos países donde están los consejeros, logremos vincular cuatro pilares: Embajada, Aicep, cámara de comercio y diáspora de cada pais. Si logramos articular estas cuatro arterias creo que todo irá mejor. Hay que lograr que este ecosistema se una en los distintos países y vamos a generar más impacto en el futuro. Vamos a trabajar sobre cinco ejes: empresarial, académico, salud, cultura y ciudadanía. Entre mis prioridades está la de mantener la solvencia financiera para poder desarrollar las actividades. creo que nos falta conexión al mundo joven, que está en continuo movimiento. Y luego nuestra misión no es otra que apoyar los intereses de Portugal en el mundo. Somos embajadores desde una perspectiva, social, cultural… debemos apoyar a Portugal desde el mundo.
¿Cómo definiría a la Diáspora Portuguesa? Si hay algo que nos define, es la extraordinaria capacidad de adaptación. Algo que puedo confirmar por mi propio viaje personal. Me enamoré de todos los países por los que he pasado, como Brasil, italia, Argentina, México y España. Hablamos de un perfil de portugués que está al mando de empresas internacionales por el mundo, un perfil extraordinariamente trabajador, con una gran adaptación al medio y con mucho talento.
La Fundación Repsol cuenta con “un fondo de 50 millones de euros” y trabaja en varias áreas, como la sustentabilidad y la rehabilitación urbana ecosostenible
Fundación renovada
En Repsol, ha pasado por distintas funciones y ocupa ahora el cargo de director general y vicepresidente de la Fundación Repsol. ¿Cuáles son los principales proyectos que están llevando a cabo? llevamos dos años y medio con una fundación completamente renovada. Hemos procurado revisar la estrategia para que complementase y ampliara la de Repsol. No somos una isla sino parte del motor corporativo de la casa. Además, teníamos que dar pasos hacia donde están las fundaciones internacionales y descubrimos que nos faltaba mucho por hacer. No se trataba del trabajo solo de filantropía, sino de filantropía empresarial. Es posible hacerlo bien y hacer el bien al mismo tiempo. En la nueva economía vemos la influencia del triple impacto: económico, social y medioambiental. No son conceptos etéreos, todas las empresas deben hacer ese viaje porque la actividad del futuro quiere economía inclusiva. contamos con un fondo de 50 millones de euros y trabajamos en cuatro áreas. Por un lado, estamos muy concienciados con la reducción de emisiones y junto con Sylvestris, una empresa participada, estamos llevando a cabo el mayor proyecto de reforestación en España (70 mil hectáreas). Es un proyecto transversal total, que atrae mucho a las comunidades autónomas. Nuestra segunda línea de actuación es la movilidad sostenible, donde trabajamos en la entrega de paquetería de la última milla, a través de nuestra participada Koiki, en donde también ha entrado Seur. Genera centenares de empleo para colectivos vulnerables. Estamos en 60 hubs de España y en tres años queremos ser 300 y estar en todas las ciudades de más de 50 mil habitantes. la tercera línea es en economía circular, con Saema, quien también emplea a personas discapacitas. Es un centro Especial de Empleo, cuya actividad principal es la recuperación y reciclaje de plásticos y envases. Y en este sector también estamos presentes junto con ilunium, con quien hemos creado una empresa industrial conjunta especializada en el reciclaje de la tecnología. Será el mayor proyecto industrial de España en esta materia. la cuarta línea de actuación es la rehabilitación urbana ecosostenible, donde tenemos varios acuerdos en marcha através de nuestra participada GNE Finance. con esta empresa, activamos mecanismos de actuación público-privada, cuyo objetivo es la rehabilitación urbana en zonas vulnerables. como ejemplo, tenemos el proyecto OpenGela con el gobierno Vasco, que pretende lanzar una actuación en 22 municipios con impacto en unas 17.500 viviendas en unos 5/ 7 años.
¿La pandemia ha dado mayor visibilidad al trabajo de la Fundación? Sin duda. lo único bueno de la pandemia es que nos ha obligado a reinventarnos, nos ha acelerado mucho. tenemos ahora una mirada muy profunda sobre el modelo económico que tenemos, el capitalismo. El modelo capitalista actual necesita ser transformado. Hacen falta más alianzas, entre público y privado, como se puede ver con los fondos Next Generation de la uE. Nueva inversión industrial de Repsol en Portugal
Fuera de la Fundación, el grupo Repsol ha anunciado recientemente la inversión de 657 millones de euros en la ampliación de su complejo industrial de Sines.¿Qué impacto va a tener este proyecto? Siempre he defendido el proyecto de Sines porque es una apuesta por la industria. Es un proyecto que va a tener un gran impacto en la petroquímica en Portugal, con una trascendencia muy positiva para España. Se trata de una de las grandes inversiones industriales que se hacen en Portugal que afianzan nuestra creencia en el país y nuestra relación con las autoridades portuguesas. Es un gran proyecto industrial, con enorme impacto en la economía, en el empleo y en la generación de riqueza. Felicito a la Alta dirección de Repsol por su empeño y perseverancia en la aprobación del proyecto Sines.
Repsol se ha unido a Telefónica y Microsoft para liderar el primer consorcio de IA de la industria en España. Somos una gran empresa con múltiple actividad, rama industrial, movilidad, nuevas energías… la digitalización, iA, robótica, iot, todo eso es muy necesario para cualquier empresa con mucho transaccional. Somos un sector esencial y tenemos herramientas que nos van a permitir hacer más cosas de manera más eficiente. Además, se puede hacer mejor con los mejores compañeros de viaje.
¿Cómo está resistiendo el empresario ibérico a la pandemia? El tejido empresarial, autónomo, está pasando momentos difíciles. Hay que reactivar rápidamente los mecanismos de aceleración de la economía, sea por ayudas o proyectos. Muchas empresas han podido resistir, tienen más oxígeno, pero las pequeñas y medianas lo han pasado muy mal. Portugal y España comparten objetivos. Son dos compañeros extraordinarios de viaje y pensar en un mapa económico ibérico tiene todo el sentido. Estamos en un lugar estratégico fundamental, con una plataforma excepcional de Portugal hacia África y desde España hacia América latina. debemos combinar nuestras mejores versiones, tenemos mucho que hacer juntos. El papel de las cámaras es apoyar a las instituciones, tal y como hacemos desde la cHP y la câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE).