Panorama - Outubro

panorama +pernambuco OUTUBRO

2017

|

EDIÇÃO

NO.

ANO

7

III

AD DIPER AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE PERNAMBUCO AVENIDA CONSELHEIRO ROSA E SILVA, 347 - AFLITOS/ RECIFE (081 3181-7300

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Expediente PUBLICAÇÃO

TRIMESTRAL

ECONÔMICO

DE

DA

AGÊNCIA

PERNAMBUCO

-

AD

DE

DESENVOLVIMENTO

DIPER

Governador de Pernambuco

Edição

Paulo Henrique Saraiva Câmara

Flávio Adriano

Vice-governador de Pernambuco

Reportagem

Raul Jean Louis Henry Júnior

Camilla Alves

Secretário de desenvolvimento econômico Débora Oliveira Raul Jean Louis Henry Júnior

Yasmim DiCastro

Diretor-Presidente da AD Diper

Colaborador

Leonardo Cerquinho

Ítalo Nogueira

Chefe de Gabinete Marina Lima Nogueira Diretor de Suporte Estratégico José André de Lima Freitas da Silva Gerência de Inteligência do Mercado Camila Pedrosa Lopes Assessor de Inteligência de Mercado Hugo Borba Mello

ENDEREÇO AVENIDA AFLITOS

CONSELHEIRO -

RECIFE

TELEFONE: (081)

3181

-

7500

ROSA

E

SILVA,

347

Bússola Por Raul Henry

Pernambuco segue firme O Brasil passa por um momento desafiador, em que enfrenta uma crise política sem antecedentes, a maior recessão de sua história econômica e um ambiente social marcado pelo sofrimento de 13,5 milhões de brasileiros, que se expressam em uma taxa de desemprego 13% da população. Pernambuco, que chegou a crescer quase 20 pontos percentuais acima do país entre 2005 e 2014, não ficou imune a este cenário e também sofreu seus efeitos.

Apesar do momento de dificuldades, podemos ser confiantes, pois temos um Governo que vem realizando seu dever de casa. Aqui foi feito o maior ajuste fiscal do Brasil, resultado do esforço decisivo do governador Paulo Câmara para manter em dia os serviços básicos à população.

Raul Henry é economista, atual vice-governador do estado de Pernambuco e secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Cerca de 90% do PIB do mercado nordestino está dentro de um raio de 800 quilômetros da Região Metropolitana do Recife. Temos uma economia diversificada, com um Polo Automotivo consolidado, um Polo Naval competitivo e um Polo Petroquímico que aguarda novos investimentos. O Estado possui, ainda, a melhor infraestrutura da região, onde se sobressai o Porto de Suape, o maior ativo da nossa economia.

Além da reação nos indicadores econômicos nacionais e da comprovada competitividade de Pernambuco, o Estado conta com uma atrativa carteira de novos projetos. Entre eles destacamse as concessões de novos terminais portuários em Suape, o Aeroporto dos Guararapes, o Mini Arco Metropolitano, a BR-232 e a implantação de uma nova térmica com capacidade para gerar 1,5 GW. Por todas essas razões, temos a plena convicção de que Pernambuco vai superar essa crise com uma velocidade maior que o restante do país

INDÚSTRIA

Curtas

CRESCE

NO

SEMESTRE

Com relação ao trimestre anterior, o setor de Serviços cresceu 3,7%, puxado por uma

Por Hugo Borba

alta no comércio de 5,2% e 3% nas atividades imobiliárias e aluguéis. A Indústria caiu 5%, com - 5,5% no segmento de construção civil.

Com relação ao semestre, no entanto, a indústria de transformação obteve alta de 2,1%, principalmente pelo resultado dos setores de equipamentos de transporte (48,8%), de produtos de metal (18,3%). No relatório apresentado, o presidente da Agência Condepe Fidem, Bruno Lisboa,

PIB

DE

PERNAMBUCO

CRESCER

NO

2

º

VOLTOU

TRIMESTRE

A

DE

2017

O Produto Interno Bruto (PIB) de

ressaltou ainda que Pernambuco vive um período de recuperação e deve terminar 2017 com um crescimento em torno dos 2%.

Pernambuco cresceu 2,7% de abril a junho, em relação ao mesmo período do ano anterior, e 1,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2017. O resultado traz novo fôlego e ânimo para a economia

PEQUENAS CRESCEM

E

MÉDIAS

21%

NOS

EMPRESAS

ÚLTIMOS

DOIS

ANOS

na região, que não vê a hora de olhar a

Segundo estudo da Deloitte, as 100

crise apenas pelo retrovisor. Os dados são

pequenas e médias empresas que compõem

da Agência Condepe/Fidem.

a pesquisa “As PMEs que Mais Crescem no Brasil”, cresceram em média 21% ao ano, de

A retomada da economia pernambucana

2014 a 2016. De acordo com a pesquisa, foi

foi ainda superior a do Brasil, que obteve

fundamental para esse desempenho positivo

0,3% de crescimento no II trimestre deste

a opção por medidas inovadoras e de

ano com relação ao mesmo período de

melhorias no processo de gestão, com

2016, e de 0,2% com relação ao primeiro

investimentos em áreas como softwares,

trimestre de 2017. Foi acima também de

máquinas e equipamentos. Das empresas

outros Estados, como São Paulo, que

que compõem o ranking, 80% focaram os

decresceu 0,7%, e Bahia e Ceará, que

investimentos em tecnologia, 89%

cresceram, respectivamente, 2,4% e 2,2%.

adquiriram máquinas e equipamentos e 88% lançaram novos produtos ou serviços, com o objetivo de garantir a manutenção dos negócios e estimular o crescimento.

Termômetro Econômico Por Hugo Borba

Termômetro em alta: crescimento à vista Três primeiros meses positivos para a economia de Pernambuco em 2017: crescimento de 1,4% com relação ao primeiro trimestre de 2016, com a Indústria na casa dos 6%, a Agropecuária 12,3% e Serviços 0,6%. Embora cedo para um otimismo exacerbado, o resultado aponta para uma recuperação consistente da economia no Estado, que deve se confirmar no próximo balanço trimestral. Entre as áreas da indústria atuantes em solo pernambucano, a de alimentos* cresceu 8,8%, e o setor de outros equipamentos de transporte, 57%. No mesmo período, o desempenho nacional ficou em -0,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, o Brasil obteve aumento de 1% ao se comparar o desempenho do primeiro trimestre de 2017 com o do último trimestre de 2016.

Em sintonia com o cenário de recuperação e com a estimativa da inflação em torno de 4% para 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) seguiu reduzindo os juros básicos da economia na última reunião – a sétima queda consecutiva, iniciando o segundo semestre de 2017 com exatos 9,25%, voltando ao patamar de dezembro de 2013. Esse quadro deve estimular os investimentos no país após período de incertezas em alta, renovando o ânimo e a confiança do investidor.

Desde 2007, o setor de alimentos teve um ganho de

Por outro lado, o semestre fechou com um leve recuo na confiança do investidor e do consumidor, possivelmente fruto da crise política ainda com um desfecho nebuloso.

Do lado da oferta, o Índice de Confiança do Empresário Industrial, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria, marcou 51,9 pontos em junho, 1,8 ponto a menos que o anterior. No entanto, quando se analisa a série histórica desde abril de 2016, verifica-se uma tendência de crescimento no período. Pelo lado da demanda, o Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), andou para trás em 1,9 ponto em junho.

estabelecimentos no Nordeste como um todo: Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas apresentaram um crescimento do número de indústria em alimentos. No caso pernambucano houve um acréscimo de 33% no total; Alagoas 34%, Ceará 37%, e, a Bahia, 47%.

Números do Condic / Primeiro semestre de 2017 O Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) aprovou 45 projetos nos seis primeiros meses de 2017. No total, a perspectiva é de geração de quase 2 mil empregos diretos e investimentos da ordem dos R$ 270 milhões. Das 12 Regiões de Desenvolvimento (RDs) do Estado, 10 estão contempladas, 67% dos empregos estimados previstos para o interior, e 33% para a Região Metropolitana do Recife. Com relação aos investimentos, o Recife e seu entorno engloba a maior parte do total, com 61%, e o interior fica com 39%.

Um olhar setorial revela que a área de Metalmecânica continua a atrair fortes investimentos no Estado, R$ 95 milhões do previsto nos projetos aprovados pelo Condic.

Na rede Em sua visita a São Paulo o Presidente da AD Diper, Leonardo Cerquinho, conversou com a American Chamber Of Commerce For Brazil (Amcham) sobre os benefícios do investimento em Pernambuco.

Condic aprova projetos e bate recorde no setor de importação Valor previsto de importação anual para esta 99ª reunião supera os valores dos dez últimos encontros

O Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) reuniu-se pela terceira vez este ano para analisar projetos de concessão de incentivos fiscais de empreendimentos interessados em se implantar ou ampliar suas atividades em Pernambuco. A 99ª reunião aconteceu na manhã da terçafeira (03/10) no auditório da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Mais outro encontro está programado para ocorrer ainda este ano, no mês de dezembro.

No encontro, foram aprovados 37 projetos, sendo 22 de indústrias (dez no interior), 11 de importadoras e quatro de centrais de distribuição. Apesar do momento de crise econômica que ainda assola o país, o Governo do Estado conseguiu ampliar consideravelmente o número de empreendimentos no setor de importação. Só para se ter uma ideia, o valor previsto de importação anual para esta 99ª reunião chega R$ 489,1 milhões, superando todos os valores dos dez últimos encontros do Condic, que ficaram entre R$ 68,2 milhões e R$ 463,5 milhões.

Já para a indústria, os investimentos ficaram na ordem de R$ 48,7 milhões, sendo R$ 36 milhões destinados à RMR e R$ 12,7 milhões para o interior. Esse montante projeta a geração de 819 postos de trabalho, dos quais 410 estarão sediados no interior do Estado e 409 na Região Metropolitana do Recife.

Ao todo, 13 municípios foram contemplados, sendo cinco na RMR e oito no interior. São eles: Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Recife, Timbaúba, Caruaru, Lagoa do Itaenga, Tabira, Abreu e Lima, Barreiros, Garanhuns, Cabo de Santo Agostinho, Gravatá e Tacaimbó. Das 12 Regiões de Desenvolvimento (RD) de Pernambuco, seis foram contempladas: RMR, Mata Norte, Mata Sul, Sertão do Pajeú, Agreste Central e Agreste Meridional.

O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Raul Henry, comemora os números apresentados. “Apesar da crise, mais uma reunião do Condic em 2017 com resultados importantes, sobretudo no que diz respeito ao setor de importação, que promoverá ganhos imediatos de arrecadação, sem prejuízo à produção local, além de ser uma porta de entrada para investimentos mais robustos. Estamos empenhados para atrair mais empreendimentos para o nosso Estado”, afirmou.

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Balanço

Por Yasmim Dicastro

Fenearte supera expectativas em sua 18ª edição e terá um dia a mais em 2018 Maior feira de artesanato da América Latina dinamizou economia do Estado com a movimentação de R$ 43 milhões e recebeu público de mais de 310 mil pessoas em onze dias.

A 18ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) encerrou-se no domingo (16/07) no Centro de Convenções de Olinda. Um grande público de mais de 310 mil pessoas passou pela Feira em seus onze dias de realização. Apenas neste domingo, cerca de 29 mil pessoas passaram pela feira que este ano exaltou Pernambuco, um dos mais importantes celeiros criativos do País, com o tema “A Arte é a Nossa Bandeira”. Mais um ano, a Fenearte foi palco para a demonstração mais genuína das nossas riquezas culturais. Arte, cultura, decoração, gastronomia, moda e música apresentaram a diversidade de estilos e tradições de todos os estados brasileiros e de 33 países.

O governador do Estado, Paulo Câmara, que chegou logo no início da manhã de hoje ao Pavilhão do Centro de Convenções, entregou o certificado de participação da Feira aos artesãos que integraram a Alameda dos Mestres. "Este ano já tivemos mudanças estruturais com a ampliação dos corredores e a setorização da feira. Mas a Fenearte, em 2018, irá crescer, e ganhará mais um dia, totalizando 12 dias de feira", anunciou o governador.

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Manoel Eudócio, Patrimônio Vivo de Pernambuco falecido em 2016, foi o homenageado. A Fenearte reverenciou um dos mais importantes mestres da arte popular brasileira, um cronista do seu tempo, reconhecido por moldar no barro as cenas da vida nordestina. Na tradicional Alameda dos Mestres, a família do artesão recebeu um espaço diferenciado com exposição e comercialização de obras assinadas pelo último discípulo de Vitalino e pelos seus herdeiros.

A maior Feira de artesanato da América Latina recebeu mais de 5 mil expositores que ocuparam cerca de 800 espaços, numa área de 30 mil m². Uma oportunidade única para o público conferir a diversidade artística que a pluralidade cultural pode proporcionar.

Com investimento de R$ 4,5 milhões e geração de cerca de 2,5 mil vagas de empregos temporários, a feira movimentou R$ 43 milhões ao longo de onze dias.

Rodada de Negócios Responsável por realizar encontros de negócios entre artesãos e atacadistas, o Sebrae Pernambuco divulgou neste domingo o fechamento dos negócios gerados durante a Fenearte. Ao todo, 39 lojistas participaram de 722 encontros que geraram R$ 5.611 milhões em vendas. O número representa um incremento de 5% em relação a 2016.

"A Fenearte deste ano superou nossas expectativas e como Governo do Estado estamos felizes em ter realizado com êxito mais esta edição. Os visitantes ganharam em ter a oportunidade de visitar uma feira tão rica culturalmente, e os artesãos tiveram espaço para comercializar seus produtos e fechar negócios que gerarão renda depois do evento", comentou o coordenador geral da Feira, Thiago Angelus.

Juntamente com o Centro de Artesanato de Pernambuco, entre outras iniciativas do Governo de Pernambuco, a Fenearte tem como objetivo valorizar e difundir os saberes tradicionais, estimular o potencial de crescimento dos artesãos e artesãs, funcionando como importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato local.

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Prêmio Aclamação Durante os 11 dias de realização da Fenearte, o público pôde votar nas obras que integram o Salão de Arte Popular Religiosa, o Salão de Arte Popular Ana Holanda e a Galeria de Reciclados. Na noite do dia 16 foram anunciados os respectivos vencedores: Obra São Jorge e o Dragão - Nildvan dos Santos Moraes (417 votos); Obra Cozinha Sertaneja Completa de Adriana Dourado Carneiro (695 votos) e Escultura Vaqueiro de Vicente Silva (783 votos). Os ganhadores receberam o prêmio de R$ 2 mil.

Extra As inscrições para a 19ª Fenearte, que acontecerá em 2018, estarão abertas do dia 02 até o dia 31 de outubro. Os interessados devem realizar as inscrições pelo link www.fenearte.pe.gov.br ou www.artesanatodepernambuco.pe.gov.br acessando a aba "Fenearte".

"A AD Diper se manteve ativa" Ping-Pong com Leonardo Cerquinho

Há cinco meses no cargo de presidente da AD Diper, Leonardo Cerquinho está a cada dia mais confiante no desafio de trabalhar pelo desenvolvimento econômico de Pernambuco. Apesar das adversidades na economia do País, o gestor cita como fatores determinantes nesta retomada de crescimento o ajuste fiscal do Governo Paulo Câmara, a localização estratégica do Estado, os benefícios em relação ao ICMS, os investimentos no artesanato e nos arranjos produtivos locais, e a necessidade de se adequar à economia 4.0. Confira na íntegra a entrevista concedida a Flávio Adriano.

1) Qual o papel da AD Diper para o desenvolvimento econômico do estado?

Executamos as políticas de atração e benefícios fiscais, não apenas objetivando novos negócios em Pernambuco, mas também buscando manter a competitividade das empresas já instaladas. Cuidamos ainda dos arranjos produtivos locais, que possuem efeito transformador na vida de pequenos produtores do interior. Somos ainda responsáveis pelo projeto de artesanato do Estado, incluindo a realização da Fenearte, que tanto nos orgulha como a maior feira do setor na América Latina.

2) Como Pernambuco conseguiu sobreviver à crise econômica?

A ação principal foi o ajuste fiscal promovido pelo governador Paulo Câmara, que permitiu ao Estado manter os seus compromissos em dia e ainda sustentar um volume de investimentos importante para este momento de retomada. A AD Diper se manteve ativa, fazendo o seu papel, e contribuiu para a atração de negócios importantes no período, mais notadamente a Aché e a Inbetta.

3) Na questão da atração de investimentos, o que Pernambuco tem de melhor em relação aos demais estados do Nordeste?

Localização privilegiada, infraestrutura de distribuição diferenciada e ambiente de negócios favorável, com equilíbrio fiscal e governo profissional.

4) Qual o projeto da AD Diper para o artesanato de Pernambuco?

O objetivo principal é tornar o projeto do artesanato financeiramente sustentável, para garantir a continuidade e a expansão das políticas públicas para o setor. Para atingir tal objetivo, estamos implementando uma série de ações como a inclusão da Fenearte na lei Rouanet, que permitirá aumentar a captação de patrocínios, a capacitação de guias de turismo para a realização de visitas guiadas ao CAPE (Centro de Artesanato de Pernambuco) e o lançamento de uma campanha de incentivo ao consumo de artesanato pelo recifense, com potencial para dobrar as vendas do CAPE Recife até o final do ano. Há várias outras ações em estudo que devem ser implementadas ao longo dos próximos meses. Temos, portanto, a segurança de que alcançaremos o nosso objetivo de sustentabilidade ainda em 2018.

5) E para os Arranjos Produtivos Locais?

Temos buscado identificar os gargalos de cada arranjo e trabalhado para resolvê-lo de forma rápida e eficaz. Um bom exemplo é o setor têxtil, no qual estamos buscando capacitar empresas para vender para as grandes redes de varejo, que representam 48% do mercado de confecções do Brasil. Temos ainda ações nos setores do mel, caprinovinocultura, piscicultura, laticínios, avicultura, dentre outros.

6) Com base no desenvolvimento tecnológico e na inovação, como o senhor enxerga o futuro da economia em Pernambuco?

Com o advento do big data, cloud computing, inteligência artificial e internet das coisas, o mundo caminha para processos cada vez mais automatizados, com menos interferência humana e com grande intensidade de inovação em processos e modelos de negócios. Pernambuco não é uma ilha e portanto precisa estar atento às profundas alterações que ocorrerão nos próximos anos na matriz econômica mundial, que ocorrerão em uma velocidade sem parâmetros na história. Neste novo mundo, a formação de empresas inovadoras que criem soluções competitivas para os setores tradicionais da economia é crucial para não ficarmos de fora, novamente, da onda tecnológica que já está em curso. Neste âmbito, a AD Diper precisa encontrar maneiras eficientes de incentivar o surgimento de startups e também de aproximar estas empresas dos setores tradicionais da economia, que muitas vezes não enxergam valor na inovação. Pernambuco criou, através do Porto Digital e o Parqtel, a massa crítica necessária para nos inserirmos neste novo mundo. Precisamos agora explorar de forma competente as nossas potencialidades.

7) E qual o impacto desse novo cenário na gestão pública?

O setor público também não é uma ilha e precisará, necessariamente, se adaptar para não se tornar um empecilho ao desenvolvimento. Neste âmbito, a AD Diper possui duas ações importantes e disruptivas quanto ao modelo tradicional de gestão. A primeira é a adequação do sistema target, permitindo o controle virtual de todas as ações da casa, garantindo a execução das ações em tempo adequado e permitindo a gestão identificar os pontos de melhoria, através da mensuração de resultados. A segunda ação diz respeito a uma ferramenta em desenvolvimento que agrega inteligência comercial ao processo de atrações de investimento, buscando uma melhor compreensão dos determinantes do investimento das empresas e a identificação de oportunidades com base em indícios reais. Para isto, estamos apostando em inteligência artificial e big data, que nos permitirá comparar as características consideradas pela empresa com outros Estados do país, além de cruzar uma grande quantidade de dados, cujo resultado esperado são indicativos de empresas e setores com disposição de investimento em curto prazo no Estado.

8) Teremos novidades importantes nos próximos meses?

Sem dúvida. O trabalho competente que a equipe tem realizado nos últimos anos criou uma massa crítica de prospecções de negócios que estão maduras agora. Logo, esperamos anunciar em breve conquistas relevantes na área de atração de empresas e artesanato.

Arranjos Produtivos Locais Foto: Kleyton Lima

Fenearte Foto: Arthur Mota

Centro de Artesanato de Pernambuco Foto: Daniela Nader

Porto de Suape Foto: Simone Medeiros

Ponto de Vista Por Italo Nogueira

Polo de TIC pernambucano é celeiro de empresas inovadoras

Italo Nogueira, 41 anos, é sócio-fundador e diretor-

Um dos principais polos de desenvolvimento de tecnologia do Brasil, Pernambuco vem se consolidando, cada vez mais, como celeiro de inovação para o país e o mundo. Nossas empresas geram renda e empregos. Só nas 287 que estão ligadas ao Porto Digital são 8.500 vagas e o faturamento anual delas é de R$ 1,5 bi por ano.

A integração da academia, órgãos públicos e empresas propicia o desenvolvimento do cluster. Decidimos então, há três anos, começar a investir em novos talentos alimentando o ecossistema local de TIC.

presidente da empresa de tecnologia CMTech, com sede no Recife/PE. Em dezembro de 2016, foi reeleito presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Pernambuco e Paraíba (Assespro PE/PB) para o segundo biênio de gestão 2017/2018.

Presidente do Comitê de TI da Amcham. Conselheiro do Porto Digitial e Softex Recife. Co-investidor em mais de 10 diferentes startups do Cesar Labs e 20 com a Bossa Nova Investimentos. É formado em administração de empresas e tem MBA em gestão em Marketing e

Nossa empresa, a CMTech, genuinamente pernambucana e fundada no Recife há 17 anos, conta com quase cem colaboradores diretos, atuação em vários estados e vem figurando nos últimos quatro anos no ranking das empresas que mais crescem no País realizado pela Exame/Deloitte.

vendas.

Consolidada em nosso nicho de mercado, criamos nosso núcleo de aceleração corporativa com um departamento de inovação e partimos agora para incentivar novas empresas que estão surgindo com ideias inovadoras. Nesse período, já conseguimos ajudar a alavancar várias novas empresas que se mostram rentáveis e extremamente promissoras. Começamos com uma parceria junto ao C.E.S.A.R. Labs e fechamos, recentemente, uma parceria com a Bossa Nova, um dos fundos de investimentos mais ativos nacionalmente, capitaneado pelos investidores, João Kepler e Pierre Schurmann.

Fazemos parte agora desse pool maior de investidores. Estamos envolvidos nacionalmente nessas iniciativas, inicialmente, no apoio a 20 startups e a tendência é que esse portfólio de empresas cresça.

Vejo isso tudo não só como uma iniciativa individual nossa. Considero uma tendência que a cada dia vem atraindo mais empresas do nosso setor, o que é muito positivo para a nossa região, já que colabora com o desenvolvimento do nosso ecossistema. Apenas através da união de talentos, recursos financeiros, ambiência e inovação das indústrias tradicionais, nós conseguiremos avançar rumo à indústria 4.0 e solidificar o nosso Polo de TIC.