Panorama 06

panorama

pernambuco n.º 06 - Ano III - Junho de 2017

Produção pernambucana a caminho do México

Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernamabuco - AD Diper Avenida Conselheiro Rosa e Silva, n.º 347 - Graças, Recife - PE, 52050-225 Informações: (081) 3181-7300

E XPEDIENTE —

INFORMATIVO PANORAMA PERNAMBUCO Publicação Trimestral da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco - AD Diper

GOVERNADOR DE PERNAMBUCO Paulo Henrique Saraiva Câmara VICE - GOVERNADOR DE PERNAMBUCO Raul Jean Louis Henry Júnior SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Raul Jean Louis Henry Júnior DIRETOR - PRESIDENTE DA AD DIPER Leonardo Cerquinho CHEFE DE GABINETE Marina Lima Nogueira DIRETOR DE SUPORTE ESTRATÉGICO José André de Lima Freitas da Silva GERÊNCIA DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO Camila Pedrosa Lopes ASSESSOR DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO Hugo Borba Mello 2

EDIÇÃO Ariane Cruz Flávio Adriano REPORTAGEM Marcela Coutinho Camilla Alves COLABORADORES Karina Bernardes Irina Terezo Yasmim Freitas Hugo Borba Grace Souza Jéssica Lima

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO Av. Conselheiro Rosa e Silva, n. 347 - Recife/PE CEP.: 52.050-225 Fone: (81) 3181-7386 imprensa@addiper.pe.gov.br

LEONARDO CERQUINHO — DIRE TOR- PRESIDENTE DA AD DIPER

BÚSSOL A

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NOVOS CAMINHOS Assumir a presidência da AD Diper tem sido, para mim, um grande e grato desafio. Isso porque a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco traz para o crescimento da economia do nosso Estado inúmeras possibilidades e, agora, cabe a mim, junto a uma competente equipe técnica, considerá-las e fazer um mapeamento das reais necessidades e quais abordagens serão feitas ao longo da minha gestão.

Temos pela frente um cenário desafiador, com perspectivas de retomada do crescimento econômico, mas com possibilidades reais de alterações importantes na legislação nacional que rege os benefícios fiscais. Precisaremos encarar este desafio com criatividade e com a certeza de que os nossos atrativos vão além das questões fiscais: temos a melhor infraestrutura do Nordeste, mão de obra qualificada, localização privilegiada e, principalmente, uma equipe competente, preparada, ética e experiente.

As oportunidades de investimentos industriais tendem a aumentar nos próximos meses, e devemos estar atentos a isto. No entanto, temos ainda grandes oportunidades nos setores de comércio exterior e serviços de alto valor agregado, que deverão ser também explorados de forma proativa pela AD Diper. Não podemos esquecer ainda o efeito transformador que as ações realizadas nos arranjos produtivos locais e no artesanato possuem na vida das famílias mais humildes do nosso Estado. Temos o dever de aprofundar e melhorar os resultados destes setores.

Costumo dizer que a interdependência é um valor mais forte que a independência. Só conseguiremos superar os desafios colocados se compreendermos que os sucessos individuais de nada valem se o objetivo comum não for atingido. Cada profissional, cada departamento, cada instituição do governo do Estado possui o mesmo objetivo primordial. Todos, sob a sua ótica e missão específica, trabalham para o desenvolvimento do Estado e para bem-estar do povo pernambucano. No entanto, só conseguirão atender aos anseios da sociedade se trabalharem em conjunto.

Procuraremos, portanto, estreitar a nossa parceria com o Porto de Suape, SEFAZ, SECTI, Porto Digital, Agefepe, dentre outras instituições essenciais para o desenvolvimento econômico de Pernambuco. Internamente, focaremos na gestão dos fluxos internos entre departamentos, com a criação de procedimentos e o acompanhamento dos processos. Faremos, de perto, a medição e o acompanhamento de todos os resultados obtidos. Espero com isso fortalecer na AD Diper a cultura da cooperação e da melhoria contínua.

Este é apenas um panorama inicial do grande desafio que temos pela frente. Agradeço pela confiança em mim depositada e conto com todos em busca, sempre, de bons e novos caminhos.

Boa leitura!

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CURTA S

2 ANOS DO POLO AUTOMOTIVO JEEP Com dois anos de operação, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) retomou as negociações com os fornecedores que devem se instalar no segundo parque de fornecedores do estado, próximo ao município de Goiana. Durante seu funcionamento, o Polo Automotivo Jeep, que emprega 8 mil pessoas, produziu mais de 220 mil carros, numa média de mais de 600 unidades por dia.

PONTE BRASIL-FRANÇA A AD Diper e o Consulado da França deram início a uma parceria a fim de estreitar as relações. O encontro contou com a presença do Ministro Jean-Claude Bernard, do Cônsul Geral Romain Louvet, e do diretor da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Laurent Duriez.

Na ocasião, foi apresentada a economia do Estado de Pernambuco e uma explanação geral dos números dos setores de agroindústria, farmacoquímico, têxtil e bebidas.

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AGENDA AMBIENTAL Foi dado o primeiro passo para a implantação do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente, na AD Diper. O programa visa promover uma reflexão sobre os problemas ambientais em todas as esferas da administração pública, estimulando a adoção de atitudes e procedimentos que levem ao uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos. Assim, haverá uma redução de custos e gastos, as compras e o consumo serão sustentáveis e serão adotadas medidas saudáveis e de maior qualidade de vida no ambiente de trabalho.

PERNAMBUCO E ESLOVÊNIA Projeto desenvolvido entre o Porto de Suape e a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) pretende transformar e conectar as duas regiões, que possuem grande potencial de exportação e importação e, atualmente, não se comunicam. A intenção é que o Porto de Suape se torne o hub de distribuição para o Nordeste dos produtos que chegam da Eslovênia, via Porto de Koper (o mais importante do país), que passará a receber os produtos brasileiros exportados diretamente de Suape.

NEGÓCIOS E CIA .

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InBETTA

um novo complexo industrial para

Pernambuco

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Na contramão dos entraves econômicos que o País enfrenta, Pernambuco tem se mostrado cada vez mais empenhado na atração de novos investimentos para a geração de emprego e renda no Estado. Mais uma mostra desse esforço foi concretizada com o lançamento da pedra fundamental do complexo industrial do Grupo InBetta. Considerado o maior projeto já aprovado pela empresa gaúcha, o empreendimento irá gerar mais de 300 empregos diretos e outros 1,2 mil indiretos, dando prioridade à mão de obra local.

O governador Paulo Câmara destacou que a parceria com a InBetta é resultado de muito trabalho, frisando que o Estado tem potencial para chegar ainda mais longe nos ramos de negócios do Grupo. “Eu tive a oportunidade de visitar a empresa, lá no Rio Grande do Sul, e pude conhecer o profissionalismo e a qualidade do trabalho que eles realizam. O grupo já conhece e confia na nossa forma de trabalhar e, por isso, vai fazer de Pernambuco o seu grande polo de distribuição para todo Norte e Nordeste. E nós podemos garantir que, daqui a alguns anos, Pernambuco será a grande âncora do Grupo InBetta no Brasil”, disse.

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Com investimentos de R$ 100 milhões, financiados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a nova indústria dará início ao recrutamento dos funcionários em julho próximo e a expectativa é de que as atividades se iniciem ainda em dezembro deste ano. Quando concluída, a unidade irá produzir bens de consumo, higiene, material de limpeza doméstica e industrial, ferramentas e utensílios, produtos que serão distribuídos para todo o Nordeste. A primeira etapa da unidade vai ocupar uma área de 33 mil m², localizada às margens da PE-22, em Maranguape 2.

“Sabemos que não há outro caminho para enfrentar os desafios que não seja pelo trabalho, pelas boas parcerias e pela busca incansável de buscar e saber aproveitar as oportunidades. E Pernambuco tem feito isso, tem mostrado aos investidores que investir aqui vale a pena, que estamos preparados e contamos com excelentes atrativos fiscais, infraestrutura adequada e, principalmente, com uma mão de obra qualificada. É só conversar com quem já investiu aqui, nos últimos dez anos, para saber que a mão de obra pernambucana faz a diferença. E esse conjunto faz com que a confiança nas parcerias

Crédito: Divulgação

Inauguração da pedra fundamental da Inbetta, em Paulista

ganhe um grau de qualidade e de gestão que nós queremos aperfeiçoar cada vez mais”, pontuou Paulo Câmara.

O presidente do Grupo InBetta, Eduardo Bettanin, garantiu que Pernambuco foi, sem dúvidas, a melhor escolha entre todos os Estados avaliados para a instalação da fábrica. “Fico muito feliz em dizer que, entre as nossas opções, Pernambuco se mostrou ser a mais adequada. E foi esse sentimento positivo de confiança que tornou possível acreditar que investir agora não seria arriscado demais. Essa será uma fábrica potente e inovadora, que produzirá, em um único ambiente, os produtos que atualmente produzimos em três plantas no Rio Grande do Sul. Vamos contar também com os mais modernos equipamentos e sistemas de produção, que serão operados por pernambucanos competentes como os que hoje operam a nossa central em Jaboatão”, afirmou.

Essa será a primeira planta industrial da InBetta fora do Rio Grande do Sul. O prefeito do município de Paulista, Junior Matuto, confessou sua satisfação e orgulho diante do que, para ele, simboliza a esperança de mais desenvolvimento social e econômico para o município. “Em um acordo feito com a empresa, nós garantimos que o quadro de funcionários

desse prioridade ao nosso povo, e isso já é motivo de comemoração para todos nós. Em um momento que a crise vem se instalando no Brasil, o nosso município mostra que está no caminho contrário, gerando mais emprego e renda para a população”, registrou.

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Entre as nossas opções,

PERNAMBUCO

se mostrou ser a mais adequada.

EDUARDO BET TANIN PRESIDENTE DO GRUPO INBE T TA 7

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PERNAMBUCO

é o melhor destino do Nordeste para novos investimentos

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POR HUGO BORBA

Raul Henry nasceu no Recife, em 06 de junho de 1964, é casado e pai de três filhos. Formou-se em Economia e tem mestrado em Gestão Pública pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil. Foi vice-prefeito e secretário de Turismo, Cultura e Esportes da Cidade do Recife. Ocupou também os cargos de secretário de Educação e Cultura e secretário de Planejamento do Estado de Pernambuco. Entre 1998 e 2002, foi membro do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Quais os principais desafios nessa missão à frente da SDEC e como ganhar a preferência dos investidores?

O desafio maior é o de atrair investimentos, de retomar o crescimento econômico. Pernambuco não é diferente do Brasil, não é uma ilha. Viveu dramaticamente as consequências da crise e agora o que nós temos que buscar são parcerias com o setor privado, novos empreendedores, gerar novos empregos, expandir a renda.

Temos argumentos de sobra para vender Pernambuco como um excelente destino de investimentos. Nosso Estado tem uma posição geográfica privilegiada, fica no centro do Nordeste. A região é um mercado de quase 60 milhões de consumidores. Se fosse um País, seria a 35ª economia do mundo. Além da posição geográfica privilegiada, Pernambuco tem a melhor infraestrutura da região. Tem o melhor porto, o melhor aeroporto, uma rede de estradas duplicadas, disponibilidade hídrica na Região Metropolitana, o que hoje é uma grande vantagem em relação ao restante do Nordeste, que vive a maior seca da história. Pernambuco possui uma economia competitiva, uma base industrial bastante diversificada e uma rede de prestação de serviços modernos de alto nível. Tem também um processo consistente de formação de capital humano, de mão de obra qualificada,

porque tem hoje a melhor escola pública de ensino médio do Brasil.

Além disso, conta com um programa de benefícios fiscais que é muito atrativo para quem queira investir aqui. Então, por esse conjunto de razões, Pernambuco é o melhor destino do Nordeste para novos investimentos.

Em sua gestão, quais são as áreas prioritárias?

Qual a expectativa em relação a elas?

Duas áreas são prioritárias: a retomada dos grandes projetos de infraestrutura e a atração de novos negócios. Uma melhor infraestrutura possibilita melhores condições logísticas e uma maior produtividade da economia como um todo.

Mas essa pauta depende, em grande parte, de iniciativas do Governo Federal, como por exemplo: a devolução de Suape para a licitação de novos terminais do Porto; o leilão de uma nova térmica a gás; a concessão das rodovias BR-232, 101 e 408; a retomada do projeto do Arco Metropolitano e o destravamento da Transnordestina. Esses projetos têm grande efeito multiplicador nas regiões onde são executados: geram emprego, elevam a renda, o consumo, e todo esse processo produz uma cadeia virtuosa de novos investimentos privados. Por tudo isso, é preciso uma permanente articulação com Brasília.

Depois de um ciclo de crescimento nos anos 2000, Pernambuco sentiu fortemente os efeitos da crise de 2015. O Estado está preparado para retomar o rumo do crescimento econômico, impulsionando o desenvolvimento e diminuindo as desigualdades socIais?

Está preparado sim. Quando o Brasil estava crescendo, o Estado crescia em um ritmo acelerado, superior ao País. Em dez anos, entre 2005 e 2014, Pernambuco teve um crescimento acumulado de 56%, enquanto o Brasil teve 37%.

Ou seja, somos um Estado com grande potencial econômico. Temos plena confiança que vamos sair dessa crise em uma velocidade superior ao restante do País pelas vantagens competitivas que

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possuímos. Em relação ao enfrentamento das desigualdades, é necessário um conjunto de políticas compensatórias, afirmativas. E o Governo tem demonstrado grande preocupação com isso, investindo em programas sociais como Chapéu de Palha, Mãe Coruja e Ganhe o Mundo. Mas, o mais importante para reduzir desigualdade de forma consistente e contínua é oferecer educação pública de qualidade. Nenhum país do mundo venceu o drama da exclusão, da desigualdade e da pobreza, sem uma efetiva política educacional.

Só quando todas as crianças, ricas ou pobres, tiverem oportunidades iguais na escola, é que elas poderão, na vida adulta, lutar de forma justa pelos melhores postos no mercado de trabalho.

Qual sua opinião sobre os investimentos em ciência e tecnologia, que geram inovação e produtos de alto valor agregado? É um caminho interessante para Pernambuco?

Sem dúvida que é. No século 21, só serão competitivas as economias que apostarem no conhecimento, no desenvolvimento tecnológico e na inovação. Para isso, é necessário um permanente intercâmbio entre as universidades e os setores produtivos. Pernambuco conta com boas universidades e tem, como melhor exemplo dessa integração, o polo de informática, também conhecido como Porto Digital. Esse polo é hoje competitivo em termos internacionais. Emprega mais de 8.500 pessoas, e tem um faturamento atual de 435 milhões de dólares.

Há ainda outros setores que também estão investindo em tecnologia de ponta, como o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Fiat e a fábrica de Baterias Moura.

Como atrair novos empreendimentos para o Estado e, paralelamente, promover a modernização, expansão e ajudar no aumento de produtividade das empresas já instaladas?

Aumento de produtividade pressupõe alguns elementos, como: melhorias na infraestrutura, modernização tecnológica do capital físico, formação de capital humano e instituições que 10

ajudem ao funcionamento da economia. O papel do Estado deve se concentrar nos projetos de infraestrutura, na qualificação da mão de obra e em políticas governamentais que facilitem a vida das empresas. O Governo de Pernambuco tem procurado cumprir seu papel nessas áreas.

Tem chamado a atenção os depoimentos dos executivos sobre a qualidade da mão de obra local.

A interiorização dos investimentos é uma das metas do Governo desde 2007. Como otimizar as ações e distribuir o desenvolvimento econômico em todas as regiões?

Em primeiro lugar, o próprio sistema de incentivos fiscais já cria atrativos maiores para quem localiza seus empreendimentos no interior. Inclusive, quanto mais longe da capital, que é o principal polo econômico do Estado, maior o incentivo para que essas novas empresas se instalem.

Outra iniciativa é melhorar a infraestrutura das cidades do interior. O Governo tem agido para resolver questões fundamentais como a escassez hídrica. Nesse caso, há um conjunto de obras importantes em andamento, com destaque para a Adutora do Agreste. Há, também, uma ação permanente para melhorar a malha rodoviária.

Por fim, no quesito da formação de mão de obra, o programa de implantação de escolas técnicas procura contemplar, de forma equânime, todas as microrregiões do interior de Pernambuco.

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Somos um Estado com

GRANDE

potencial econômico.

R AUL HENRY SECRE TÁRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Exportações crescem mais de 200% no mês de março, em Suape POR GR ACE SOUZ A

A exportação de granéis líquidos, que concentra as cargas de combustíveis, químicos e derivados de petróleo, cresceu 690% no último mês de março, em comparação com o mesmo período do ano passado. O total dessas cargas enviado para o exterior foi de 104,1 mil toneladas, contra 13,1 mil toneladas em março de 2016. Considerando todas as cargas exportadas, que incluem contêineres e veículos além dos líquidos e gases, o Porto de Suape registrou um aumento de 206% no período analisado (151,5 mil t), comparando-se com 2016 (49,4 mil t). Os dados refletem no aumento da movimentação geral de cargas em março, que somou 2,02 milhões de toneladas, subindo 21% em relação ao mês de 2016, e maior do que janeiro e fevereiro deste ano, cujos números divulgados foram 1,81 mi e 1,54 mi, respectivamente.

As importações também registraram crescimento de 17%, passando de 497,8 mil toneladas em março de 2016, para 582,9 mil toneladas em março deste ano. Os embarques e desembarques de cabotagem subiram 15% e ainda são as principais operações de carga em Suape, com 1,28 milhão de tonelada.

Os contêineres mostraram desempenho positivo tanto na quantidade de TEUs, quanto na tonelagem,

somando 37,3 mil TEUs (+30%) e 446,5 mil toneladas (+17%), em relação a março de 2016. Já para os granéis líquidos, o principal tipo de carga movimentada no Porto de Suape, o crescimento foi de 20%, sendo o total movimentado no mês de 1,47 milhão de tonelada. Os granéis sólidos, que apresentaram um crescimento moderado ao longo dos últimos meses, registraram 134% de aumento na movimentação de março, com destaque para escória (matéria-prima para fabricação de cimento).

Apenas a carga geral solta apresentou queda no período analisado. Em março, a movimentação foi 54% menor em relação a 2016.

TRIMESTRE – No acumulado do ano, a movimentação geral de cargas somou 5,38 milhões de toneladas e subiu 12% em comparação com o primeiro trimestre de 2016. Os granéis líquidos foram responsáveis por 72% de toda a movimentação do Porto de Suape, com 3,85 milhões de toneladas e incremento de 6% ante 2016. As cargas conteinerizadas, o segundo tipo mais movimentado, também cresceram de janeiro a março, fechando o período com percentuais de +26% para a tonelagem (1,30 milhões de t) e +29% para TEUs (107,9 mil). Os granéis sólidos, apesar de ser a terceira carga em volume no porto,

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Os embarques e desembarques de cabotagem subiram 15%, registrando 1,28 milhão de tonelada e se firmando entre as principais operações do Porto de Suape

apresentaram o maior percentual de crescimento (116%), com 141,4 mil toneladas. As exportações no trimestre evoluíram 64%, totalizando 394,5 mil toneladas, e as importações 1,46 milhão de tonelada, com avanço de 29%.

VEÍCULOS – O primeiro trimestre também foi positivo para a movimentação de veículos. As importações e exportações de carros aumentaram 31% no período, contabilizando 10.698 veículos. De janeiro a março de 2016, foram movimentadas 8.175 unidades. As montadoras GM e Toyota importaram

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2.360 veículos e o Grupo FCA realizou a exportação de 8.338 carros.

“Registramos crescimento no volume movimentado em todos os tipos de cargas e navegação. O mês de março foi muito positivo, o melhor do trimestre, que mostra uma tendência de evolução nos próximos meses para as principais cargas em tonelagem, que são os granéis líquidos e contêineres. Também esperamos superar a movimentação de veículos de 2016 em pelo menos 50%”, pontuou Marcos Baptista, presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape.

PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA PERNAMBUCANA

PONTO DE VIS TA

FERNANDO DE AQUINO FONSEC A NE TO DOUTOR EM ECONOMIA PEL A UNB E PRESIDENTE DO CORECON - PE —

Liderança econômica não é nenhuma novidade na história de Pernambuco. No Brasil Colônia, Império e República Velha, a economia pernambucana sempre esteve entre a primeira e segunda economia estadual do país, ao lado da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro ou São Paulo.

Contudo, em grande medida pela nossa exclusão das políticas nacionais de industrialização, como as dos Governos Vargas, Governo JK, PNDs, entramos em um longo processo de desindustrialização e declínio econômico, que só recentemente começou a ser revertido.

A partir de decisões políticas do governo federal, sobretudo a localização de uma grande refinaria da Petrobrás, a restrição a encomendas de embarcações no exterior e a viabilização da localização de uma montadora da FIAT no estado, começou a ser forjada uma nova matriz industrial. Não obstante, deve-se reconhecer que as repercussões de tais decisões teriam sido pífias, não fossem as potencialidades de Pernambuco, em termos de recursos humanos, de localização geográfica, da excepcional logística que desenvolvemos no Complexo Industrial Portuário de Suape e da engenhosa política de desenvolvimento do governo do estado, orientada pelo Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (PRODEPE).

Esse Programa concede incentivos maiores para projetos em regiões menos desenvolvidas do estado, assim como para os segmentos mais estratégicos do setor industrial. Ainda concede incentivos ao comércio atacadista importador e às centrais de distribuição, como uma forma de aumentar a disponibilidade de insumos no estado, facilitando e agilizando o acesso e reduzindo os custos, favorecendo a manutenção e a expansão da produção de bens e serviços no estado. Assim, representa um diferencial decisivo na atração de projetos de investimento e ainda promove a redução das desigualdades espaciais internas e a geração de empregos, não apenas os de remuneração mais baixa.

Os dados do IBGE, após a imputação, pelo Banco Central, do refino de petróleo e da fabricação de automóveis nos resultados para Pernambuco[1], evidenciam desempenho animador da produção da indústria de transformação estadual. Em meio à profunda crise econômica nacional, apresentou crescimento de 1,2%, de 2014 a 2016, apesar da queda de 15,4% dessa produção no país.

Mesmo abalando intensamente a economia pernambucana, essa crise nacional não desconstruiu a transformação de nossa estrutura econômica, que apenas passou a caminhar mais lentamente. A aceleração desse processo de transformação está condicionada ao ritmo de atividade econômica do país, mas apenas ações políticas adequadas, tanto do governo estadual quanto federal, levarão o nosso estado ao efetivo desenvolvimento, traduzido em ocupações suficientes e bem remuneradas para os diversos níveis de qualificação.

Para assegurar investimentos produtivos mais abundantes, o estado deve estar atento à manutenção de incentivos capazes de compensar as vantagens propiciadas pelo mercado nas regiões mais desenvolvidas.

O alongamento de cadeias produtivas dentro do estado também é um critério fundamental, para que a renda circule mais internamente, mobilizando mais os recursos, inclusive humanos. Projetos específicos, de grande importância para a economia local, precisam ser adequadamente negociados pelos governos. Seriam o caso, o retorno ao dimensionamento original do Centro de Pesquisa da FIAT, programado para absorver 500 engenheiros, e da refinaria da Petrobrás; a aceleração e conclusão da transposição do Rio São Francisco e da Ferrovia Transnordestina, ambos projetos regionais cuja maior parcela situa-se em Pernambuco; e a atração do HUB da Latam.

[1] Ver Banco Central do Brasil. Boletim Regional, 11(1), jan/ 2017, p. 27-30.

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2,8 milhões investidos em arranjos produtivos locais

Arranjos Produtivos Locais (APLs) de vários setores - tais como os responsáveis pela produção têxtil e de confecções, de gesso, de leite, de mel e de vinho - tiveram 20 projetos beneficiados com R$ 2,8 milhões de reais ao longo de 2016. Desde 2007, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) investiu R$ 33 milhões no desenvolvimento dessas áreas, com foco nas produções familiares e de associações de moradores.

Para 2017, uma das metas é finalizar a estruturação da cadeia do mel, que tem recebido muitos investimentos nos últimos anos e está a alguns passos de se consolidar; continuar fomentando os arranjos da piscicultura e da banana, iniciados no ano passado; e, dar início a projetos pilotos de diálogo com o ambiente como a convivência com a seca por meio de técnicas de irrigação e plantio e alguns trabalhos de sustentabilidade energética.

Mais de 50 visitas técnicas, ao longo de 2016, foram realizadas pelo Governo de Pernambuco, com profissionais de diversos órgãos e entidades, que percorreram 12,7 mil km, desde a Região Metropolitana até a Região do São Francisco, passando por municípios como Macaparana, Sertânia, Floresta

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BAL ANÇO

e Petrolina. “Cerca de 1,5 mil famílias receberam apoio para o desenvolvimento de seu negócio, recebendo investimentos e capacitação para gerar novas oportunidades”, disse o diretor de Suporte Estratégico da AD Diper, André Freitas.

O Programa Balde Cheio, realizou o aporte de recursos para a promoção da pecuária leiteira, e beneficiou 20 famílias nos municípios de Manari e Inajá. Foi empregada consultoria técnica para adequação tecnológica nos sistemas de produção local.

“Com o programa, houve melhorias significativas na produção de leite do rebanho, com a produtividade se elevando em cinco vezes, alcançando média entre 80 e 90 litros por dia em cada produtor. Além disso, os produtores usuários da tecnologia do Programa Balde Cheio conseguiram produzir leite por dez meses ininterruptamente”, disse Carlos Marco Alves, gerente de Arranjos Produtivos Locais da AD Diper.

Na cidade de Arcoverde, o Governo do Estado investiu R$ 2 milhões na construção de um pátio coberto para a feira de São Cristóvão, onde 400 famílias tiram o sustento local. Na Zona da Mata, os produtores de mel, própolis, cera e até mesmo enxames de abelha receberam apoio com investimentos para aquisição de máquinas e consultoria técnica e a construção de uma nova sede na cidade do Cabo de Santo Agostinho.

PEIXE - Sertânia, Petrolina, Petrolândia e Araripina, cidades

localizadas no Alto Sertão de Pernambuco, passam a receber novos investimentos de apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de piscicultura e de criação de aves caipiras. A partir da visita de profissionais da AD Diper, foram alocados recursos para aquisição de um transfish - veículo responsável pelo transporte de alevinos - e a construção de dois abatedouros de galinha capira.

Na área de criação de aves caipiras, a expectativa é a construção de abatedouros para animais deste tipo. “Investimos cerca de R$ 300 mil na construção de dois abatedouros, um em Serra Talhada e outro em Petrolina. Este será o primeiro equipamento deste segmento no Estado. Ajudando o microprodutor no tratamento e no escoamento do seu produto”, disse Alves. Os abatedouros nas cidades de Petrolina e também em Serra Talhada já estão na fase de construção do projeto. Haverá, ainda, capacitação para que os pequenos produtores possam manejar as máquinas e para que possam aprimorar métodos de gestão. Nesta primeira etapa, serão beneficiadas 400 famílias.

METODOLOGIA - A metodologia de trabalho do Governo

de Pernambuco junto aos APLs é feita a partir da identificação de potenciais produtivos nas diversas regiões do Estado, com a identificação de mercados em ascensão e o impacto na economia local. “Estudos dos investimentos feitos desde 2007 mostraram que os projetos com maior êxito são aqueles com capacitação especializada e compra de máquinas adequadas, pois ensinar as pessoas a trabalharem corretamente traz mais resultados que a infraestrutura”, disse André Freitas.

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Destino: México

POR JÉSSIC A LIMA

O Porto de Suape tem se consolidado como hub port para operações com veículos, cargas consideradas de alto valor agregado no mercado.

Em abril, a montadora Jeep iniciou uma nova estratégia de mercado com as exportações para o México do Jeep Renegade fabricado em Goiana (PE). No mês passado, já foram enviados 2.041 carros da marca para o país. Os veículos estão saindo diretamente do atracadouro pernambucano que já vem realizando operações de exportação dos carros da Fiat e da Jeep, do grupo Fiat Chrysler Automobiles, para países como a Argentina, Costa Rica, Panamá, Peru, Uruguai e Chile desde 2015. Em 2016, a montadora enviou 348 veículos para o México com o objetivo de apresentar o carro em feiras de automóveis e também ser avaliado em testes.

Abril também foi marcado pela realização do maior embarque de veículos num único navio recebido no Porto de Suape. A embarcação Nocc Oceanic, de bandeira das Ilhas Marshall, recebeu o embarque recorde de 2.886 veículos para exportação, das fábricas da Jeep (PE) e Fiat (MG), com destino ao México e Costa Rica. No mesmo navio, foram importados veículos da GM provenientes do México. A operação durou 23 horas e envolveu 200 pessoas em três turnos.

As operações de veículos cresceram 31% no 1º trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016 no Porto de Suape.

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No total, já passaram pelo porto 10.698 veículos das montadoras General Motors, Toyota, Fiat e Jeep nos três primeiros meses do ano. Desse total, 8.338 foram exportados, superando os números de importação que registraram 2.360 veículos.

O sucesso das operações portuárias está atrelado diretamente à capacidade que o Porto possui para receber esses carros e abrigá-los em uma área segura. Em 2014, Suape ampliou o Pátio Público de Veículos de 3,7 para 18,7 hectares e capacidade para movimentar 250 mil veículos por ano. Mais de 70 pessoas estão envolvidas em todo o processo de logística na movimentação deste tipo de carga, incluindo profissionais da administração do Complexo de Suape, órgãos anuentes, trabalhadores portuários do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) Suape e empresas de logística.

De janeiro a março de 2017, 16 navios cargueiros do tipo Roll on/Roll off popularmente conhecido como “ro-ro”, que transportam especificamente automóveis, atracaram em Suape. Em 2016 foram 63 atracações em comparação a 28 navios recebidos durante todo o ano de 2015, registrando o crescimento de 125% na movimentação de navios com este perfil.

Operam em Suape navios dos armadores K Line, Wallenenius e NYK.

Centro de Artesanato de Pernambuco alavanca vendas nos meses de março e abril

POR YA SMIM DIC A STRO

O Centro de Artesanato de Pernambuco, localizado no Marco Zero, comemora o crescimento de vendas nos meses de março e abril, nos quais obteve as melhores marcas em relação aos mesmos meses dos anos anteriores, desde a inauguração da loja, em 2012. Isso deve-se, principalmente, à temporada de cruzeiros que chegaram pelo Porto do Recife nessa época. Só em março, mês que registrou um aumento de 6,13% nas vendas, faturamento de cerca de R$225 mil e 12 mil peças vendidas, seis navios atracaram na capital pernambucana e o Centro, próximo ao Porto, tornou-se uma parada obrigatória dos turistas.

Em abril, com uma alta de 10% em relação ao mesmo mês dos anos passados, a loja faturou mais de R$190 mil com a comercialização de quase 10 mil obras artesanais. Atualmente, o espaço conta com quase 25 mil peças à venda, todas confeccionadas por 1,3 mil artesãos pernambucanos. Para o diretor de Promoção do Artesanato, Thiago Angelus, “o Centro, devido à sua localização estratégica, é a porta de chegada e as nossas boas vindas para os turistas tornando-se, assim, um excelente equipamento para o desenvolvimento econômico de

Pernambuco e, também, no fomento à cultura do nosso Estado”.

O Centro é uma ação integrada do Governo do Estado, através da Diretoria de Promoção do Artesanato da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), e funciona como ponto de convergência entre todas as iniciativas do Programa do Artesanato de Pernambuco (PAPE), a exemplo da Fenearte, a Unidade Móvel do Artesanato e o apoio aos artesãos pernambucanos nas diversas feiras realizadas no Brasil.

SERVIÇO: Centro de Artesanato de Pernambuco Onde: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Armazém 11, Bairro do Recife Telefone: (81) 3181-3451. www.artesanatodepernambuco.pe.gov.br HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Segunda a sábado: 8h às 18h Domingo: 8h às 16h 17

TERMÔMETRO ECONÔMICO POR HUGO BORBA

O ano de 2017 pode ser o marco para a retomada do crescimento da economia e da confiança dos investidores em Pernambuco e no país. Ao menos é o que indicam as expectativas de mercado medidas neste início de semestre por algumas das principais instituições no assunto. Um dos indicadores é o Índice de Confiança da Indústria – auferido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) -, que cresceu 4,3 pontos em janeiro e chegou a 89 pontos, maior nível desde os 92,2 pontos em maio de 2014. Do universo de 19 segmentos industriais que fazem parte da pesquisa da FGV, a melhora da confiança foi registrada em 15.

Crescimento foi igualmente o resultado de outro indicador de expectativas: o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nos dois primeiros meses deste ano, o Icei aumentou para além da casa dos 53 pontos, três acima do limite entre a confiança e a falta dela, de acordo com a metodologia da pesquisa. Vale destacar que, em comparação com o mesmo período de 2016, o indicador obteve um acréscimo de 16 pontos. Do outro lado da equação, ou seja, o lado dos consumidores, mais boas notícias, apesar da perspectiva para o mercado de trabalho ainda se encontrar aquém da ideal. Também da FGV, o Índice de Confiança do Consumidor obteve um acréscimo de 6,2 pontos em janeiro e alcançou a marca dos 79,3 pontos, anulando, assim, quase 100% das perdas de 6,7 pontos dos últimos dois meses.

Outro sinal positivo para o ambiente de negócios tem sido o comportamento da inflação. Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,4%, equiparando a menor taxa medida deste mês desde o início do Plano Real nos idos de 1994, quando começou a atual série histórica inflacionária, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos de comparação, a elevação do IPCA foi de 1,3% em janeiro de 2016. Não à toa, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, em sua primeira reunião anual, decidiu pelo terceiro corte consecutivo na taxa Selic, que caiu dos 13,75% para 13%. Na reunião de fevereiro, reduziu ainda mais, chegando aos 12,25%, e segue animando o mercado com possibilidades reais de mais reduções ao longo do ano.

Igualmente com bons olhos pode ser visto o resultado da produção industrial no país em janeiro de 2017 (com relação a janeiro do ano anterior) medido pelo IBGE, especialmente em Pernambuco, que obteve um crescimento de pouco mais de 14%. O setor de alimentos foi o grande responsável pelo desempenho da indústria pernambucana, com 31,2% de crescimento. Dos 15 locais que fazem parte da pesquisa, 12 conquistaram resultados positivos, com destaque ainda para o Espírito Santo e o Mato Grosso, ambos com aumento da produção industrial acima dos 13%.

Em dezembro, o resultado dessa mesma pesquisa já havia sido de alta, ratificando que a indústria parece estar deixando para trás a crise: avanço de 2,3%, melhor desempenho do mês desde 2007, quando houve aumento de 2,7%. Das 14 unidades federativas pesquisadas, 10 delas puxaram a taxa para cima, entre elas o Ceará (12,4%), Bahia (1,4%) e Pernambuco (0,6%), deixando a Região do Nordeste com uma taxa média de 4,9%, bem acima dos 2,3% do Brasil. Do lado das entraves, pode-se citar que as incertezas, principalmente externas, ainda estão elevadas, bem como a carga tributária, considerada alta; dessa forma, ações no sentido de aliviar os tributos devem ser interpretadas de maneira positiva pelos investidores.

BALANÇO PRODEPE 2016 Com desempenho superior aos dois últimos anos, 2016 terminou de maneira positiva sob a ótica das atrações de investimentos no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). Ao todo, foram 80 projetos com previsões de investimentos de R$ 1,83 bilhão e geração de 4,1 mil oportunidades de trabalho para os pernambucanos. Das 12 Regiões de Desenvolvimento (RDs) do Estado, 9 foram contempladas, sendo 41 projetos para o interior e 39 para a Região Metropolitana do Recife, mantendo a distribuição balanceada e de acordo com a meta prioritária do Governo de interiorização do desenvolvimento.

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BALANÇO PRODEPE 2016

Total investimentos previstos 1.825.240.314,32 (R$) 4.139 Total empregos previstos A maior parte – quase 90% - foi de implantação ou ampliação com introdução a novas linhas de produtos, respectivamente 41 e 29 projetos. São investimentos em pelo menos 15 diferentes setores, com destaque para os de Agroindústria, Plástico e Metalmecânica, conforme ilustrado no gráfico 3 abaixo.

Investimentos por setor* Setores Industriais BEBIDA

Valor projeto (1.000 R$) 800.163,6

FARMACOQUÍMICA

673.957,8

ELETROELETRÔNICA

222.457,2

PLÁSTICO

147.277,8

METALMECÂNICA

144.323,7

MINERAIS NÃO METÁLICOS

134.511,4

TÊXTIL

117.078,7

AGROINDÚSTRIA

33.763,4

COLCHÕES

13.396,5

PAPEL ARTEFATOS (PAPEL/MADEIRA)

9.678,7 8.1000,0

MÓVEIS

3.715,0

TINTAS E VERNIZES

3.287,3

PRODUTOS QUÍMICOS

2.305,0

COSMÉTICOS

2.000,0

Distribuição dos Projetos Interior x RMR 39 RMR Interior

41

Empregos Previstos Interior x RMR 2.014 RMR Interior

2.125

Total

4.139

*Alguns projetos contemplam dois ou mais setores e, para facilitar a visualização, foram somados mais de uma vez em setores diferentes. Por isso o valor agregado nessa tabela é maior.

Investimentos x Setor: No cruzamento dos valores dos projetos com os setores industriais aos quais pertencem, observa-se que o segmento de Bebidas continua recebendo robustos investimentos em Pernambuco. São pouco mais de R$ 800 milhões, fortalecendo o segmento e abrindo oportunidades para empresas ligadas à cadeia. Em oito anos, a indústria de Bebidas cresceu no Estado a uma taxa média de quase 7%, saindo de 94 plantas em 2007 para 154 em 2015, ou seja, 65% a mais. Outras áreas de destaque no balanço do Prodepe 2016 foram as de Fármacos, com R$ 674 milhões; Eletroeletrônica, com R$ 222,5 milhões; Plástico e Metalmecânica, respectivamente com os valores milionários de R$ 147 e R$ 144.

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BALANÇO PRODEPE 2016

Estabelecimentos Fabricação de Bebidas - PE Ano Qtd Taxa (%) de crescimento com relação ao ano anterior 94 2007 2008

104

10,6

2009

112

7,7

2010

137

22,3

2011

131

-4,4

2012

145

10,7

2013

138

-4,8

2014

145

5,1

2015

154

6,2

Crescimento médio (2007-2015)

6,7

Qtd

METALMECÂNICA

769

FARMACOQUÍMICA

733

PLÁSTICO

635

AGROINDÚSTRIA

631

PAPEL

420

ELETROELETRÔNICA

420

BEBIDA

353

TÊXTIL

282

MINERAIS NÃO METÁLICOS

257

COLCHÕES

210

ARTEFATOS (PAPEL/MADEIRA)

193

MÓVEIS

120

PRODUTOS QUÍMICOS

84

TINTAS E VERNIZES

35

COSMÉTICOS

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*Alguns projetos contemplam dois ou mais setores e, para facilitar a visualização, foram somados mais de uma vez em setores diferentes. Por isso o valor agregado nessa tabela é maior.

RD METROPOLITANA AGRESTE CENTRAL

Empregos por RDs Qtd 2.014 646 454 370 240 175 136 86 18

Emprego x Região: A distribuição esperada no quantitativo de empregos previstos, assim como no número de projetos, mostra-se equilibrada: 51% para o interior e 49% para a Região Metropolitana do Recife.

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Setores Industriais

Investimentos por RDs

Fonte: Base de Dados do MTE

RD METROPOLITANA AGRESTE CENTRAL MATA NORTE MATA SUL AGRESTE SETENTRIONAL AGRESTE MERIDIONAL SERTÃO DO SÃO FRANCISCO SERTÃO DO PAJEÚ SERTÃO DO MOXOTÓ

Empregos por setor*

Valor (R$) 1.518.960.805,6 230.382.997,2

MATA SUL

19.108.104,3

MATA NORTE

16.998.050,0

AGRESTE MERIDIONAL

14.453.149,3

AGRESTE SETENTRIONAL

11.127.283,0

SERTÃO DO SÃO FRANCISCO SERTÃO DO PAJEÚ

8.910.000,0

SERTÃO DO MOXOTÓ

4.460.000,0 839.925,0

Investimento x Região: Já o cruzamento dos valores dos investimentos pelas 9 RDs alcançadas - diferentemente do quantitativo de projetos em si, que foi bem balanceado - mostrou certo desequilíbrio. A RMR abarcou a grande parte dos investimentos, quase 83%, algo em torno de R$ 1,52 bilhão, os outros R$ 306,3 milhões foram para o interior, o equivalente a 17%.

Primeira reunião do Condic de 2017 aprova 42 projetos

A 97ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) anunciou a aprovação de 42 novos projetos no Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), que concede incentivos fiscais para atrair investimentos para o Estado de Pernambuco. Os municípios contemplados para os investimentos são: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru, Ipojuca, Escada, Cabo de Santo Agostinho, São José do Egito, Araripina, Lagoa do Itaenga, Arcoverde, Abreu e Lima, Pombos, Carpina, Tabira, João Alfredo, São Lourenço da Mata, Goiana, Orobó e Petrolina.

Na área industrial, há uma previsão de investimentos de R$ 201.215.649,77 para projetos de natureza de implantação, ampliação com nova linha de produtos e isonomia, com geração direta de 1030 empregos. Os incentivos anuais somam R$ 59.246.432,50 para a produção de insumos como arroz, descartáveis, papel higiênico, compostos de PVC, sacos e tecidos de ráfia, refrigerantes, picolés e sorvetes, blocos de concreto, entre outros.

No setor de importação, onze empresas receberão o aporte de R$ 463.556.692,55 para ampliação e implantação de novas linhas de produtos, com faturamento previsto de R$ 557.199.063,59. As companhias que receberão os investimentos são: Akross Representação de Comércio LTDA., Antares Comercial Importadora e Exportadora de Mercadorias LTDA., Exxonmobil LTDA., Jorney Comércio de Eletrônicos LTDA., Lyns Comércio de Peças e Equipamentos S/A, Mixfoods Indústria e Comércio LTDA., Plury Química LTDA., Sain Marie Importação e Exportação LTDA.,

Spectrum Brands Brasil Indústria e Comércio de Bens de Consumo LTDA., Thork Trading LTDA. e Valeriano Valente de Oliveira e Cia LTDA. Já na área de logística, serão implantados dois novos Centros de Distribuição: o da Ibrap Indústria Brasileira de Alumínio e Plásticos S/A, em Goiana, e o da Tangará Importadora e Exportadora S/A, em Arcoverde. O Centro de Distribuição da Dampeças LTDA., em Petrolina, será ampliado. O faturamento anual previsto é de R$ 47.406.566,16 e a estimativa de compras e transferências anuais é de R$ 34.430.266,18.

PRODEPE - O Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe) compreende um conjunto de incentivos fiscais direcionados para diversos setores da atividade econômica, entre os quais destacam-se: industrial, central de distribuição e importador atacadista. O pacote destina-se a atrair novos investimentos para Pernambuco e manter em seu território aqueles já existentes. O programa foi instituído pela Lei nº 11.675, de 11 de outubro de 1999, e regulamentado por meio do Decreto nº 21.959, de 27 de dezembro de 1999, e respectivas alterações. O Prodepe é um dos programas mais robustos do gênero, pela abrangência e escalonamento de percentuais de incentivo em função da localização dos empreendimentos, e transparentes, por dar publicidade aos atos através de decretos específicos no Diário Oficial.

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Mais de

R$ 200

MILHÕES Investidos em projetos industriais

42 Projetos Aprovados

1030 Postos de trabalho

28 indústrias 11 projetos de importação 3 Centros de Distribuição

505 na Região Metropolitana do Recife 525 no interior do Estado

3 MAIORES EMPREGADORES FL Premoldados de Concreto LTDA (150) Gerdau Aços Longos S.A (102) 101 Brasil Indústria de Bebidas LTDA (100)

3 MAIORES INVESTIDORES

Gerdau Aços Longos S.A (R$77.811.279,07) Central PET Indústria Comércio Importadora e Exportadora LTDA (R$31.314.896,52) Vidfarma Indústria de Medicamentos LTDA (R$14.846.684,00) Municípios contemplados

13 Fora da RMR

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Araripina, Arcoverde, Carpina, Caruaru, Escada, Goiana, João Alfredo, Lagoa do Itaenga, Orobó, Petrolina, Pombos, São José do Egito e Tabira.

AGร NCIA DE DESENVOLVIMENTO DO ES TADO DE PERNAMBUCO Av. Conselheiro Rosa e Silva, n.ยบ 347 Graรงas, Recife - PE CEP.: 52050-225 (081) 3181-7300 addiper@addiper.pe.gov.br 23