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Autoconhecimento: Um caminho para o sucesso

@flaviarizkalla

AUTOCONHECIMENTO: UM CAMINHO PARA O SUCESSO

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Texto: Flávia Rizkalla

Muito se fala em autoconhecimento, mas a verdade é que essa jornada, que parece tão fácil, é na verdade longa e cheia de desafios. Mas a busca pela verdadeira essência pode ser a chave para virar o jogo quando o assunto é felicidade e satisfação. Conhecer a si mesmo é uma tarefa fundamental para alcançar essa alegria dentro de si e para ter uma vida que esteja em sintonia com os desejos pessoais.

Para conhecer a si mesmo é necessário fazer uma análise pessoal para identificar as características mais marcantes, gostos, padrões de comportamento e sentimentos vivenciados. Além disso, o autoconhecimento pode ajudar a desenvolver a autoconfiança necessária para tomar decisões, planejar o futuro e definir objetivos.

Seguir por essa estrada significa identificar a bagunça interna e passar tudo a limpo para de fato encontrar-se novamente. Parece estranho, mas muitas pessoas se desencontram do seu íntimo, se sentem perdidas de si mesmas e por isso não conseguem dar prosseguimento a nenhum dos seus planos, seja ele pessoal ou profissional. Por isso é tão importante trabalhar para que esse caos interior seja temporário, pois não é saudável passar muito tempo em desarmonia. Esse é um excelente momento para refletir e começar a mudar algumas das atitudes que a leva de volta para essa bagunça.

Quem conhece a si mesmo tem em suas mãos uma das maiores, se não a maior, ferramenta pessoal e profissional. Com ela o indivíduo domina as próprias emoções, se mostra na sua melhor versão para o mundo e consegue compreender melhor os seus problemas e os seus pontos fortes, além de conseguir entender melhor o outro. Saber o que é autoconhecimento e como praticá-lo é algo totalmente necessário e é um ótimo investimento para fazer com que sua vida e seus planos decolem.

Foto: Divanildo Silva

O LUXO QUE VEM DO LIXO:

CONHEÇA O UPCYCLING, TÉCNICA DE REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS TÊXTEIS

Se você é antenado no mundo da moda e gosta de estar por dentro das novas tendências que surgem no meio, provavelmente já deve ter ouvido falar no termo Upcycling. A palavra é originária do inglês, que significa em português reutilizar. É exatamente essa a proposta dessa técnica que se aproveita do grande acúmulo de resíduos de tecidos para prezar pela renovação.

Para entender melhor o que esse termo significa, primeiro é preciso saber como ele surgiu. A primeira vez que se falou em Upcycling foi em meados dos anos 90, através de um ambientalista alemão chamado Reine Pilz. Mas a palavra só se popularizou oito anos depois com o autor William McDonough. Hoje, grandes marcas como a Farm e a Renner já utilizam o upcycling para produzir peças exclusivas, com menos custo e

com a promoção de menos impacto na natureza. Grifes mais modestas também já se aproveitam da técnica, como a Farrapo e a COMAS, fazendo as sobras das suas próprias coleções ou de peças com defeito se tornarem novos e valiosos produtos. Uma dessas marcas é a Aobá Upcycling, criada por uma baiana que fez a sustentabilidade de suas roupas atravessar o oceano e desembarcar na Europa.

De acordo com a estilista e CEO da Aobá Upcycling, Karol Farias, a preocupação com o meio ambiente foi o acelerador para essa tomada de decisão: “Desde que comecei a trabalhar com moda, sempre tive a preocupação em buscar meios mais sustentáveis de produção, mas isso ficou mais evidente em 2014. A partir daí comecei a buscar alternativas de matérias primas que se adequassem às minhas necessidades produtivas e não encontrei quase nada sustentável que pudesse substituir o poliéster, que é basicamente plástico. Nos últimos anos comecei a adotar novos hábitos para não fazer mais moda com impacto negativo. Fui me aprofundando na investigação de alternativas sustentáveis e foi aí que descobri o upcycling”, explica Karol.

Em 2019, a estilista e empresária deixou o Brasil para realizar um mestrado na Espanha, e lá criou a Aobá, marca cujo nome significa “roupa” em tupi-guarani e carrega o desejo de mudança de sua criadora:

CRIAR UMA COLEÇÃO DO ZERO, DENTRO DO MODELO LINEAR, TEM SUAS VANTAGENS. VOCÊ ESCOLHE UM TEMA PARA TE GUIAR NA CRIAÇÃO, DESENHA, BUSCA AS OPÇÕES DE TECIDO QUE MELHOR DIALOGAM COM A COLEÇÃO E TÁ PRONTO. JÁ NO MODELO UPCYCLING, O PROCESSO CRIATIVO É UM VERDADEIRO QUEBRACABEÇA. É PRECISO QUE HAJA UM ENCAIXE ENTRE O DESENHO CRIADO E A MATÉRIA PRIMA DISPONÍVEL E VICE-VERSA. UM PROCESSO MUITO MAIS DESAFIADOR, DIVERTIDO E CRIATIVO.

A PRIMEIRA COLEÇÃO DA AOBÁ FOI APRESENTADA EM ABRIL DESTE ANO, EM MADRID, E FOI INSPIRADA NO MEU PROCESSO DE IMIGRAÇÃO E DE COMO A BAHIA E A GALÍCIA SE CONECTAM À ESPANHA, ONDE VIVO ATUALMENTE. JÁ NA PRÓXIMA COLEÇÃO PRETENDO FALAR NO ENTROIDO GALEGO, FESTA TRADICIONAL DO CARNAVAL DESSA REGIÃO ESPANHOLA QUE TANTO SE ASSEMELHA AOS FOLGUEDOS QUE TEMOS NO NORDESTE DO BRASIL. EU ENTENDI QUE SERIA COM O UPCYCLING QUE EU ME APROXIMARIA DESSA IDEIA DE FAZER MODA COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL, E A MINHA MARCA DESEJA SER ESSE GRÃOZINHO DE AREIA QUE AJUDA A MUDAR A CARA DA MODA, FINALIZA.

Foto: Kristen Wicce Foto: Kristen Wicce

De acordo com ela, existem duas linhas que norteiam o processo de criação. A primeira é olhar para aquela peça já desconstruída e tentar descobrir em que ela pode se tornar. Já a segunda, é partir do desenho de um protótipo de roupa: “Nesse caso, vejo o que quero produzir do zero e começo a experimentar, encaixar os pedaços de tecido que tenho disponíveis para esse modelo já desenhado. Em ambos processos, o resultado será sempre peças exclusivas. Embora na Aobá eu crie peças que possam ser reproduzidas em pequena escala, cada combinação será sempre única”, ressalta a estilista.

Assim, Karol vai criando com base nas escolhas sustentáveis para falar sobre suas raízes e influências:

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