2012 ANO 3 set|out EDIÇÃO 16
Espelho meu A aparência física é resultado daquilo que cativamos no nosso interior
ALINNE MORAES Fala sobre talento, beleza e conquistas
É tempo de flores! Entre em sintonia com o melhor da Primavera
EDITORIAL
Espelho meu
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eleza é fundamental, isso ninguém discute. E, para que ela seja conquistada e mantida, há muitos caminhos disponíveis. Não podemos nos esquecer de que, nesse processo, é preciso levar em conta aspectos importantíssimos, como o cuidado com o nosso universo interior, com aquilo que pensamos e sentimos, com a nossa forma de ver o mundo. Essas e outras reflexões, que certamente auxiliarão no reconhecimento de todas as faces da beleza em nós mesmos, estão na Matéria de Capa. E, por falar no tema, ninguém melhor do que o exemplo dado por Alinne Moraes. Em entrevista exclusiva à Estar Bem, a atriz revelou detalhes sobre sua carreira e comprovou, por a+b, que a aparência pode até ser uma aliada, mas que o que vem de dentro é mais importante. A leveza e o colorido da estação mais florida do ano estão presentes nas páginas de Beleza – Flores, que apresenta uma ampla variedade de produtos criados em sintonia com o melhor da temporada, sempre com muito romantismo, frescor e harmonia. E, para que a pele possa ser exibida sem restrições no período mais quente do ano, separamos algumas dicas imperdíveis em Beleza – Celulite. Escolha o tratamento ideal e curta a estação! Aproveite também para saber mais sobre o Do in, técnica milenar de automassagem que pode ser praticada em qualquer tempo e lugar e ganha adeptos em todo o mundo, tema principal de Espaço Zen. Em Comportamento, descubra por que as modificações corporais – como tatuagens, piercings e perfurações –, têm sido cada vez mais aceitas em ambientes conservadores e, em Turismo, conheça um roteiro incrível e original pelas cidades que sediam alguns dos mais importantes Festivais de Cinema do mundo. Ótima leitura a todos! Equipe Angeloni Confira a versão para iPad da Revista Estar Bem. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na App Store.
EXPEDIENTE Revista Estar Bem – Farmácia Angeloni Uma publicação do Grupo Angeloni (Av. do Centenário, 7.521, Nossa Senhora da Salete, Criciúma, Santa Catarina) www.angeloni.com.br Presidente José Augusto Fretta Diretora de marketing Sabrina Angeloni Gerente de marketing Marcelo Leão Supervisora de marketing Denise Schmidt Criação e produção Dezoito Editora-responsável Cristina Judar (MTB 42.819/SP) Reportagem Beatriz Salles Caio Andrade Danielle Motta Maira Reis Ricardo Ampudia Tariana Hackradt Thayna Santos Direção de arte Adriano Frachetta Carla Rodrigues Alves Fagner Simplício Fotografia Marinheiro Manso Revisão Carina de Luca Vinicius Zucon Willian Matos Finalização Roberto Zigaib Atendimento Bruna Pinheiro Produção Gráfica Luana Trentin Comercial Daniela Gouveia Dezoito Rua Cotoxó, 608, Perdizes – São Paulo – SP CEP 05021-000 – Tel. (0/xx/11) 3674-4400 Impressão – Gráfica e Editora Posigraf S.A. Tiragem – 20.000 exemplares Fale com a gente! revista.estarbem@angeloni.com.br Distribuição gratuita A revista Farmácia Angeloni - Estar Bem é uma publicação bimestral. O conteúdo assinado é de responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo e foto sem autorização prévia.
ANUNCIO
08 10 O que vem por aí Saiba quais serão os hits da nova estação
Beleza – Flores
Entrevista Alinne Moraes conta por que talento e trabalho são os verdadeiros ingredientes para o sucesso
Comportamento
A forte influência que elas exercem no mundo da moda e da beleza
As modificações corporais têm sido cada vez mais aceitas em ambientes tipicamente conservadores
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ÍNDICE
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Beleza - Celulite
Capa
Fique longe das estratégias para cobrir o corpo e liquide o problema
A beleza física, o vigor e o brilho externo estão sempre conectados ao nosso universo interior
Espaço Zen Do in: automassagem que traz equilíbrio e saúde para a mente, o corpo e o espírito.
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Turismo As cidades que ganharam fama por sediar os principais Festivais de Cinema do mundo
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NOTAS
Gordura abdominal com os dias contados
o que vem por aí OS LANÇAMENTOS QUE EM BREVE ESTARÃO EM NOSSAS PRATELEIRAS Por Thayna Santos
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Proteção e controle da oleosidade
Ideal para peles sensibilizadas Após ser submetida a tratamentos estéticos com lasers, ácidos ou peelings, a pele fica muito sensível. Para esses casos, a SkinCeuticals traz para o Brasil um poderoso fi ltro solar, o Physical Fusion UV Defense SPF 50, que alia alto nível de proteção contra os raios UVB e UVA. Além de apresentar resistência à água e ao suor, o produto apresenta esferas translúcidas que se adaptam aos diferentes tons de pele, disfarçam eritemas e proporcionam um acabamento natural. O Physical Fusion também é ideal para peles mistas e oleosas, pois absorve a oleosidade e tem efeito matificante de longa duração.
O protetor solar é considerado pelos dermatologistas como um produto de uso diário obrigatório, algo que, para as pessoas de pele oleosa, nem sempre é possível. Especialmente para esses casos, a ROC ® desenvolveu o Minesol OilControl FPS 70, que proporciona hidratação, alta proteção contra a ação nociva dos raios UVA/UVB e, ao mesmo tempo, controle da oleosidade. O produto é de fácil aplicação e pode ser usado sob a maquiagem.
Bronzeamento instantâneo Chega ao Brasil o Instant Bronzer Self Tanning Lotion. Desenvolvido pela Australian Gold, o produto promove um efeito bronzeado e um brilho dourado à pele imediatamente após a aplicação, sem a necessidade de exposição ao sol. Em forma de gel, a loção – que possui a tecnologia Elimiscent, que alia uma fragrância refrescante a um neutralizador de odores – oferece uma cobertura uniforme. Sua composição também contém camomila e vitamina E, um ativo antioxidante que suaviza e hidrata a pele. 9
ENTREVISTA
beleza que não se põe
à mesa Alinne Moraes comprova que, muito além da aparência física, o verdadeiro sucesso é conquistado às custas de muito trabalho, empenho e talento Por Beatriz Salles
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la entrou para o meio artístico ao trabalhar como modelo, quando tinha apenas 12 anos, e iniciou sua carreira televisiva ao interpretar uma mãe solteira em “Coração de Estudante” (Globo, 2002). Hoje, aos 29 anos, Alinne Moraes, conhecida como uma das mais belas de sua geração, enxerga que a beleza pode ser, sim, uma aliada, mas acredita que o que vem de dentro para fora é o mais importante. “A beleza pode ser um fardo ou não”, afirma a atriz. Sua trajetória inclui personagens emblemáticos, como a tetraplégica Luciana, de “Viver a Vida” (2009) e a homossexual Clara, de “Mulheres Apaixonadas” (2003). No cinema, seus trabalhos mais lembrados são os recentes filmes “O Homem do Futuro” (2011) e “Heleno” (2012). Longe de ficar presa ao estereótipo da mulher bonita, Alinne foi além e se empenhou para demonstrar seus verdadeiros potenciais, optando muitas vezes por trabalhar com temas fortes, profundos e transformadores. Confira, a seguir, a entrevista exclusiva que a atriz cedeu à Estar Bem. 10
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Estar Bem: Você acredita que a beleza é sempre uma aliada? Alinne Moraes: Na adolescência, tudo o que eu queria era passar despercebida. Tanto que usava um boné para não mexerem comigo no ônibus (risos). Ao mesmo tempo, aprendi que a beleza podia ser uma aliada, pois, ao atuar como modelo, tive a oportunidade de morar fora do Brasil, de comprar a casa da família. No entanto, não podemos ficar ligados só à beleza [externa], pois ela tem prazo de validade. Assim como a feiura, ela vem de dentro e tem relação direta com as nossas atitudes.
Laura Cardoso: é uma atriz maravilhosa, impecável em seu ofício. E.B.: Atualmente você está em cartaz com a peça “Dorotéia”, de Nelson Rodrigues. É verdade que há uma identificação sua com a personagem? A.M.: Sim, me identifiquei com a personagem, pois também já tentei me disfarçar. Além disso, o texto é conflituoso, assim como o de outros personagens que já fiz. Há dois anos fui apresentada à peça pelo meu empresário e me apaixonei.
A beleza tem a ver com a maneira como você encara as coisas, não só com aquilo que alguém determinou em algum momento como bonito
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E.B.: Na sua opinião, a beleza pode estar relacionada a traços além da estética? A.M.: A beleza tem a ver com a maneira como você encara as coisas, não só com aquilo que alguém determinou como bonito. Ela pode ser um fardo ou não. Eu poderia ter ficado presa ao estereótipo da mulher bonita, mas não quis. Fui atrás e conquistei diferentes oportunidades. Nunca pensei que fosse trabalhar com temas tão fortes: já fiz uma mãe solteira, uma lésbica, uma tetraplégica. Isso é um privilégio.
E.B.: Você já sofreu algum tipo de preconceito? Precisou provar que não era só mais um rostinho bonito? A.M.: Não posso dizer que as pessoas foram preconceituosas. Nunca tive que provar nada, mas já vi muita gente passar por isso em algum momento, ou então já ouvi alguém comentar que determinada pessoa é bonita e questionar se de fato ela também seria talentosa.
E.B.: Você reconhece que a beleza abriu portas? A.M.: Sim, no começo ela tem esse poder, como na minha primeira novela, em que a minha personagem era uma “mãe solteira bonita” – essa era a definição na sinopse. Como disse, sei que ela é passageira. Quando eu for mais velha, farei papel de mãe, de avó, e vou precisar das minhas rugas para isso. Veja só a
E.B.: É verdade que você quis dar um tempo da TV e recusou o convite para atuar no remake de “Guerra dos Sexos”? A.M.: Eu precisava fazer teatro. Recusei os convites para duas novelas e uma minissérie, na verdade. Quando assumimos um novo papel na televi-
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são, ficamos muito presos ao personagem, às vezes temos apenas um dia de folga na semana. Achei importante esse descanso, pois precisava de coisas novas, até porque, com novas experiências, eu posso acrescentar mais aos meus futuros trabalhos na TV. Eu e a Rede Globo temos um casamento bom, são mais de dez anos. Chegamos à conclusão que esse período fora das novelas poderia ser satisfatório. E.B.: O seu retorno para a televisão acontece ainda este ano? A.M.: Vou começar a gravar um seriado com o Danton Mello, escrito por Fernanda Young e Alexandre Machado, com direção de José Alvarenga Jr. Já li a sinopse e parte dos textos. Não posso adiantar muito sobre esse trabalho, mas posso dizer que vai ser engraçado. As gravações devem começar em outubro. 13
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om a chegada do período mais quente do ano, os corpos entram em evidência, a sensualidade está em alta e a moda passa a oferecer um boom de modelitos que, de forma geral, favorecem uma maior exposição da nossa pele em todos os ambientes pelos quais circulamos – em especial, nas praias e nas piscinas. Nesta época, as mulheres fazem uso de diversos artifícios, como a popular canga amarrada na cintura, para camuflar a celulite, uma alteração no tecido gorduroso localizado sob a pele, caracterizada por ondulações, saliências ou depressões que conferem o aspecto de “casca de laranja”, que tanto atemoriza as mulheres. Para ficar longe das estratégias para cobrir o corpo e finalmente conseguir liquidar o problema – ou, pelo menos, amenizar seu efeito mais aparente –, é fundamental compreender como e por que a celulite aparece, para, então, poder escolher o tratamento ideal, sempre de acordo com o seu tipo físico e o estágio em que a alteração se encontra. Confira, a seguir, algumas dicas importantes.
Identificar o problema: o primeiro passo O professor Paschoal Rossetti Filho, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Mezzo de Cosmetologia e Estética, de São Paulo (SP), explica: “A celulite é um distúrbio do metabolismo das gorduras, uma alteração das células adiposas
que acometem o tecido conectivo. Esse conjunto de alterações leva o organismo a reter água e gordura em determinados locais, o que resulta na celulite”. Tradicionalmente, o problema é classificado em quatro graus, diretamente relacionados à gravidade da apresentação clínica. GRAU 1: fase em que a celulite é identificada apenas quando a pele é comprimida. GRAU 2: nesse estágio, a pele torna-se irregular, com pequenas saliências e reentrâncias. GRAU 3: a superfície da pele ganha o aspecto de gomos visíveis e os nódulos podem ser sentidos ao toque. GRAU 4: surgem furos profundos ou áreas com depressões, que ficam evidentes até mesmo sob a roupa.
Com o objetivo de desenvolver um diagnóstico capaz de avaliar a celulite de forma ainda mais precisa, a doutora Doris Hexsel, preceptora do Serviço de Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (RS), foi além e criou a seguinte escala: A) número e profundidade das depressões; B) aspecto das áreas elevadas da celulite; C) presença de lesões elevadas; D) presença de flacidez; E) graus da antiga classificação. Cada item acima recebe uma pontuação de zero a três e a soma total dos pontos vai mostrar se a celulite é leve de (1 a 5 pontos), moderada (de 6 a 10 pontos) ou grave (11 ou mais pontos). Na classificação geral, a celulite pode variar de 1 a 15. Dessa forma, médicos, esteticistas e pacientes podem avaliar a gravidade do quadro e concluir qual é o melhor tratamento a ser adotado em cada caso. 15
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A doutora Ana Lúcia Recio, membro fundadora da Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia, lembra que “95% das mulheres possuem celulite, e, por essa razão, são necessárias algumas medidas preventivas: adotar uma alimentação saudável (evitar açúcares, gorduras, bebidas alcoólicas e refrigerantes), praticar atividades físicas e fazer uso da drenagem linfática”. Cremes também são coadjuvantes no tratamento, tanto os utilizados em casa, como os associados à drenagem linfática. “No entanto, é importante lembrar que nenhum tratamento aplicado de forma isolada irá curar a celulite”, diz Vanessa Sebastiani, dermatologista, de Florianópolis (SC). Embora ainda não haja uma cura definitiva, as alternativas terapêuticas crescem a cada dia, algumas com resultados bastante satisfatórios. As clínicas e o mercado cosmético oferecem diversas opções para quem deseja melhorar o aspecto da celulite, como a massagem, a mesoterapia, a aplicação de cremes, a ingestão de cápsulas de colágeno, entre outras. Mas é preciso estar ciente de que cada organismo reagirá de uma forma e o importante é cuidar da pele no dia a dia, o que sempre resultará em um aspecto mais saudável e bonito.
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BELEZA
Verdades e mitos sobre a celulite A celulite é uma doença multifatorial. VERDADE Diversos fatores contribuem para o surgimento e agravamento da celulite - hormonais, genéticos, raciais, vasculares e externos (como sedentarismo, dieta desequilibrada).
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Apenas pessoas acima do peso ideal apresentam celulite. MITO Todas as pessoas, incluindo as muito magras, podem apresentar celulite.
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Lipoaspiração é um dos tratamentos para celulite. MITO Essa é uma técnica para o tratamento da gordura localizada, que pode estar associada ao quadro, mas não à sua causa.
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Quem tem tendência a apresentar vasinhos e varizes pode ter mais celulite. VERDADE Esse é mais um dos sinais de comprometimento circulatório associado à celulite.
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Não existe tratamento eficiente para a celulite. MITO Há diversos tratamentos que podem melhorar o aspecto da desordem, embora não exista um definitivo.
(Fonte: Vanessa Sebastini, dermatologista).
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Bebidas com gás podem piorar a celulite. VERDADE
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Os refrigerantes normais contêm alto teor calórico e de açúcar, que agravam o problema. Por outro lado, os refrigerantes dietéticos possuem altas taxas de sódio, o que favorece a retenção de líquidos e também piora a celulite. Opte sempre pela ingestão de água, que na versão gaseificada não piora os indesejáveis furinhos.
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CAPA
espelho
As aparências enganam? Nem sempre. A beleza física, o vigor, o brilho externo de alguém estão ligados ao seu estado de bem-estar interior. Neste caso, as aparências não enganam, e o resultado desta equação dá para ver no espelho. Por Caio Andrade
da alma
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CAPA
minha humanidade cresce
O que importa é a beleza interior. Você certamente já ouviu esta frase, mas já refletiu sobre o seu real significado? É comum ligar a beleza ao que é externo, ao que está à vista, ao que tem forma. Mas é na contramão deste hábito, no sentido oposto ao caminho dos estetas, onde mora a possibilidade de olhar a vida por um outro ângulo, mais elaborado. Na clássica música “Lindeza”, de Caetano Veloso, há um trecho que diz, “... coisa linda, minha humanidade cresce...”. Essa frase traduz o sentido da beleza original, que ao tocar quem é capaz de enxergá-la, tem a capacidade de gerar um ser humano melhor. Não se trata de apologia à beleza interior ou da negação do poder que a aparência exerce. Mas de uma reflexão sobre o valor que o cenário externo, mais superficial, e o interno, mais profundo, trazem às nossas vidas. No verão europeu passado, acompanhamos dois episó22
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dios que, aparentemente, demonstraram o embate, ou a conciliação, entre a beleza que pode ser vista, e o que não está sob olhos nus. A ex-nadadora Sul-Africana Charlene Wittstock surpreendeu o mundo ao demonstrar aparente tristeza e melancolia no dia do seu casamento com o príncipe Albert II de Mônaco. Foi impossível esconder, apesar de sua beleza estonteante, que algo não estava bem no “lado de dentro” da princesa, e neste episódio observamos que a aparência não é capaz de sobreviver sem vestígios quando o interior não vai bem. No movimento contrário, assistimos à
radiante inglesa Kate Midletton tornar-se a nova princesa de Gales em um casamento que, apesar da pompa, não foi capaz de intimidar uma noiva que só tinha olhos para o seu príncipe encantado. Kate vivia visivelmente a tal felicidade de dentro para fora. Os sentimentos influenciam na aparência. Por mais bela que uma pessoa seja, a desordem interna pode gerar desde uma tristeza aparente até sintomas físicos que mudam a textura da pele, o brilho dos olhos, a postura da coluna, a vivacidade dos cabelos. Assim como o contrário também é possível. “À medida em que começam a trabalhar o autoconhecimento, a autoestima, as pessoas passam a refletir no corpo este bem-estar. Assim como o contrário também é verdadeiro”, aponta a psicóloga Giselle Maestri, de Florianópolis (SC).
À medida em que começam a trabalhar o auto conhecimento, a autoestima, as pessoas passam a refletir no corpo este bem-estar. Giselle Maestri, psicóloga
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CAPA
mente sã
Se o universo interior que cada um carrega exerce influência na aparência, temos uma tarefa a cumprir: zelar pela ordem daquilo que sentimos, exercendo na vida o papel que cabe nos nossos desejos e não aquele que nos coube. No início de sua carreira, em 1991, a atriz Bárbara Paz sofreu um acidente automobilístico que dilacerou seus músculos faciais. Foram anos difíceis, marcados por curativos e cirurgias. A atriz lembra que na época maquiava os esparadrapos e não aceitava as profundas cicatrizes. Quando o pior já havia passado, Bárbara passou por um processo de reconstrução interna e começou a trabalhar com o que tinha de mais valioso: o sentimento. Sabia que, para perseverar em uma carreira em que a estética é tão importante, era preciso renascer, e a saída foi se reorganizar por dentro. A partir daí, tomou consciência de que as cicatrizes tornaram-se frágeis diante da transformação pela qual passou e voltou a se sentir novamente bela. É comum pensarmos que doenças como depressão, enxaqueca, síndrome do pânico, são sintomas ligados aos nossos períodos emocionalmente instáveis, e são. Mas é raro aceitarmos que doenças e traços físicos mais graves também podem ser gerados pelo descaso com que muitas vezes tratamos o que sentimos. Acontece que nossa mente não se desconecta do corpo nem por um segundo e corremos o risco de desenvolver males físicos, como se fossem um pesado tributo diante do abandono de nós mesmos. “A doença funciona como uma espécie de ‘sirene’ de que algo não está bem com o indivíduo, seja no seu corpo ou em suas relações, e precisa ser revisto. A fragilidade que ela trás possibilita que cada um reflita sobre sua relação consigo e com o outro, assim como repense seus hábitos de vida e de autocuidado”, ressalta Giselle. Mas, independentemente do nível do sintoma, é de ordem geral que o corpo reage, e nem mesmo a mulher ou o homem mais sexy do planeta conseguem manter o vigor cuidando apenas do aparente. A beleza do lado de fora
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depende, a médio, longo prazo, do que ocorre no nosso interior, e não há saída, em algum momento estaremos extravasando o que sentimos, seja brilho ou sombra. O mito grego de Perséfone trata, simbolicamente, desta questão. Reza a lenda que ela era uma jovem de rara beleza, objeto de desejo de Hades, o Deus dos infernos, que veio à superfície e raptou a bela para viver no subterrâneo. Zeus, o Deus dos Deuses, interferiu e pediu a Hades que devolvesse a jovem. Como o raptor não estava inclinado a fazer isso, fez um acordo. Perséfone passaria seis meses com ele, no subterrâneo, e seis meses na terra. De forma que, até hoje, quando Perséfone desce aos infernos, perde o brilho, e o mundo entra no outono e inverno. Ao retornar, radiante, traz consigo as estações primavera e verão. Interpretações mitológicas, médicos, terapeutas, todos são unânimes em apontar que a beleza externa e o brilho de cada um estão ligados ao seu estado interior.
A doença funciona como uma espécie de ‘sirene’ de que algo não está bem com o indivíduo, seja no seu corpo ou em suas relações, e precisa ser revisto. Giselle Maestri, psicóloga
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CAPA
espelho, espelho meu
Cuide do seu jardim que as borboletas virão Mario Quintana
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Tendemos a cuidar da aparência tratando apenas do que está do lado de fora, como se todos os atributos ligados à beleza fossem externos. Mas e o contrário? Quando pessoas entram em sintonia consigo mesmas e tornam-se, por fora, mais plenas, vigorosas e mais bonitas? O que muda em Perséfone quando sobe à terra e apresenta-se literalmente mais iluminada? Ao mesmo tempo em que o desconforto psicológico é relacionado a muitas respostas biológicas, o conforto interno age no corpo também. Quem já se apaixonou ou viveu momentos de profunda resolução notou que, mesmo sem tratamento estético, make ou intervenção cirúrgica, a pele, o sorriso, os olhos, ganham um novo brilho. Não é à toa. A explicação é química. Segundo a dermatologista Jozian Quental, autora do livro “Sua pele em boa forma: você bonita por dentro e por fora”, quando entramos em um estado de bem-estar interior, de
felicidade, uma avalanche de substâncias químicas são liberadas pelo cérebro e vão para a pele, avisando que está tudo em ordem. Especialistas comprovam que sorrir estimula o cérebro a liberar endorfina e serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de prazer e felicidade, além da ativação do sistema imunológico. Estudos também demonstram que, quando sentimos raiva, nosso corpo responde liberando dois hormônios que enfraquecem o sistema imunológico: estradiol e adrenalina. Não restam dúvidas, o corpo é o reflexo do nosso estado interior, e o efeito dá pra ver no espelho. Sendo assim, mãos a obra, exercite admirar a beleza interior do próximo e a zelar pela sua própria. A beleza real está ligada a um estado de bem-estar, de resolução interna, que nem mesmo cremes, massagens, plásticas, e outras intervenções externas são capazes de suprir. Na dúvida, lembre do imortal Mario Quintana, que sabiamente já dizia, “Cuide do seu jardim que as borboletas virão”.
Belo é quem se sente bem na própria pele A dermatologista Jozian Quental propaga de forma fundamentada o poder das emoções positivas para a preservação da beleza. A doutora defende que a verdadeira beleza nasce do equilíbrio. Ela ultrapassa os atributos físicos para incluir características da personalidade, uma luz interior, que se reflete no sorriso, no olhar, nos gestos, no andar. Belo é quem se sente bem na própria pele. Foi a partir desta constatação que ela resolveu escrever “Sua Pele em Boa Forma...”, para mostrar que é importante, sim, cuidar da pele, mas sem cometer aqueles exageros que descaracterizam homens e mulheres, nem virar escravo dos procedimentos. Ao destacar os hábitos que realmente fazem a diferença, a doutora explica o poder do amor contra o envelhecimento e revela que as emoções positivas preservam a beleza e a saúde. Ela também nos ensina
a treinar o cérebro para fortalecer os circuitos nervosos geradores de pensamentos positivos e lembra que as células trocam informações com os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Tudo isso com o aval de profissionais das áreas de psicologia, psiquiatria, endocrinologia, neurologia, nutrição, medicina preventiva e fisioterapia. Como um dia afirmou uma das divas do cinema francês, a atriz Jeanne Moreau: “A idade não protege você do amor. Mas o amor, de certa forma, protege você da idade”.
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florescer
Símbolo de romantismo, frescor, beleza e harmonia, as flores e suas propriedades continuam exercendo forte influência no mundo da moda e da beleza Por Tariana Hackradt
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ma das estações mais românticas e poéticas do ano está se aproximando. No dia 21 de setembro tem início a Primavera, época em que saem de cena os dias mais frios e cinzentos para que o sol, o frescor e, especialmente, o nascimento das flores ganhem espaço. Sinônimos de alegria e de beleza, seus aromas, texturas e cores são versáteis ao inspirar a sedução e o romantismo, como as rosas ou os lírios, ou a elegância, como as azaleias e orquídeas. Onde quer que as flores sejam utilizadas – no cabelo de uma noiva ou na decoração de uma casa – incitam a sensibilidade e ajudam a liberar a leveza. “Elas têm a função de filtrar e melhorar o ar que respiramos,
portanto, onde há flores, há mais harmonia”, explica a florista Fátima Feliz, da Giuliana Flores, de São Paulo (SP). Como não podia deixar de ser, desde tempos antigos suas cores exercem forte influência no mundo da moda e da beleza e aparecem em detalhes importantes do nosso dia a dia. Um dos mais fortes exemplos é a maquiagem. “Durante a primavera e o verão, é possível brincar de forma mais livre com as cores”, explica Eliza Dias de Menezes, docente do curso de maquiagem do Senac de São Paulo (SP). A especialista cita como uma das tendências da estação “uma maquiagem mais natural, com a pele bem preparada, cobertura suave, iluminadores, pós bronzeadores e blushes rosados, em tons de pêssego ou coral”. Apostando nos tons citados pela profissional, o resultado é um visual vivo como um campo de tulipas laranja, delicadas e femininas. 29
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Variedade e leveza ditam tendências A delicadeza da estação reflete na aparência dos cabelos que, segundo o cabeleireiro Maurício Pina, da rede Jacques Janine, terão aspecto mais suave, assim como a Primavera. “Os fios serão mais curtos e desfiados. Na próxima temporada, eles ganharão leveza”, explica. A estação traz ainda atenção especial para o brilho dos cabelos, que devem chamar a atenção como um vistoso e estruturado arranjo de narcisos. “Existem sprays específicos, que podem ser usados em qualquer tipo de cabelo”, diz o cabeleireiro Bressan, do Bressan Cabeleireiro, de Florianópolis (SC). Os aromas do campo também devem ser explorados nos produtos capilares — do xampu aos finalizadores. “Há uma vasta linha, com odores diversos. Os cabelos absorvem com muita intensidade os cheiros à nossa volta, por isso precisam ser lavados com frequência. Com o uso de itens de boa qualidade, o resultado será uma sensação de bem-estar e satisfação”, afirma Bressan. Para ganhar um visual mais iluminado, aposte em tons claros. “Ao contrário do outono-inverno, que pede fios mais escuros, nessa época é legal fazer luzes em tons de mel, que dão brilho ao cabelo”, afirma o cabeleireiro Cleiton Guedes, do salão Marcos Proença Cabeleireiros, de São Paulo (SP). Já os penteados serão mais informais, explica Denise Batista, cabeleireira da rede Fuzz Cabeleireiros e Estética, de Florianópolis (SC). “Também estarão em alta os coques altos, baixos, desestruturados; as tranças presas ou semissoltas, os torcidinhos e os rabos de cavalo”. Lenços, tiaras e presilhas floridas conversam de forma apropriada com a tendência leve e descontraída. 32
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Fernando Torquatto, make up artist e apresentador do programa “Superbonita”, do canal GNT, aposta nas cores das rosas, principalmente para a boca. “Tons de rosa, vermelho e laranja são boas pedidas para os lábios”, diz. Embalado no frescor da estação e das flores que precisam de água para florescerem belas, “o gloss representa o aspecto refrescante e o brilho indispensável à produção”. A dica é de Viktor I, diretor artístico do salão Vimax Art Beauty, de Curitiba (PR). “O efeito molhado fica bem com a pele leve e iluminada e dá o ar de frescor que a primavera pede”. Nos olhos, a variedade de tonalidades a serem aplicadas também é outro ponto forte. “O olhar bem marcado faz toda a diferença. Nessa época, delineadores coloridos podem e devem ser usados. Lápis nas cores azul e bronze serão as vedetes da temporada”, ressalta Torquatto. Vale misturá-las para criar um look colorido e esfuziante como o de um jardim, em que a variedade de flores predomina. O azul delicado de uma hortênsia pode ser combinado ao alaranjado de uma bromélia para criar um olhar alegre e feminino. Obviamente, as unhas não ficam de fora. As mulheres mais românticas,
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adoradoras de rosas vermelhas, podem investir na cor da paixão, que continua em alta. Para as delicadas, vale apostar no ainda clássico cor-de-rosa vibrante dos jasmins. Nas unhas, a exuberância nem sempre se deve à coloração forte. Assim, a forma e a sutileza das orquídeas de tons pastel, amarelo e violeta, aparecem em esmaltes bem clarinhos. É possível ainda fazer uma combinação supercolorida, como um belo buquê do qual não conseguimos desviar o olhar. Seguindo a tendência da aplicação de desenhos, vale ainda pintar uma margarida, por exemplo, em uma das unhas. O importante é inovar, misturando os tons de suas flores preferidas e criando o seu próprio jardim pintado à mão.
Os benefícios dos aromas e texturas Marcantes – mais intensos ou suaves –, os aromas das flores dão o ar de sua graça também em perfumes e cremes para o corpo, o que torna o momento de preparação e cuidado da pele ainda mais prazeroso. A dermatologista Carla Vidal destaca que, além do aroma agradável, as flores oferecem vários benefícios à pele. “Algumas possuem princípios ativos que ajudam a deixar a pele aveludada como uma pétala de rosa, normalmente encontrados em fórmulas de produtos à base de flor de cerejeira, de laranjeira, de ameixeira”. 36
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Cores altamente desejáveis. Cada frasco será uma disputa.
COMPORTAMENTO
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estigma! Nova geração enfrenta os tabus e passa a assumir tatuagens e piercings em ambientes profissionais conservadores Por Ricardo Ampudia
E
las se proliferam em números ímpares – os tatuadores têm como tradição afirmar que ter um número par de tatuagens traz má sorte, mas não se preocupe, isso é só para fazer o cliente retornar mais do que um par de vezes. A adoção das modificações corporais é um dos comportamentos mais comuns do século XXI. Uma nova geração de jornalistas, advogados, médicos, programadores e um sem fim de profissionais conciliam peles pigmentadas e um visual “radical” com um dia a dia por vezes bastante formal, enfrentando de frente o preconceito levado a cabo por gerações anteriores – de que a tatuagem e o piercing fazem parte de uma “cultura marginal”.
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O que era raro se tornou comum (e vice-versa)
De tatuagem, as pessoas até gostam. Como hoje virou moda, o pessoal perdeu o medo de ser taxado apenas por isso. Fábio Mazzetto, consultor
Se há vinte anos tatuagens eram mal vistas e os piercings desconhecidos, hoje são comuns entre os jovens. Já virou raridade achar alguém com menos de 30 anos que não tenha sequer uma estrelinha escondida em algum ponto do corpo. A juventude mudou, o mercado de trabalho é outro e, com a geração Y, vieram os Millennials, empreendedores que estão revolucionando o mercado de trabalho. Conforme os dados de uma pesquisa feita no ano passado pelo banco de vagas Catho Online, que conta com mais de 46 mil empregadores, as mudanças já podem ser percebidas. Entre os executivos entrevistados, 72,3% afirmaram não ter nenhum tipo de restrição à contratação de profissionais que fazem uso de piercings e tatuagens, número maior do que o relacionado a pessoas sem experiência, 66,8%. Ou seja, para os empregadores, competência vale mais do que aparência. A consultora Sheila Nowicki, da Nowicki Consultoria em RH, afirma que algumas empresas ainda têm preocupação com a aparência de seus empregados, atentando a certos pré-requisitos na hora da contratação. “Isso não é falado, mas sabemos que certos ambientes não permitem muitos modismos e uma postura diferente daquilo que chamamos de convencional”. No entanto, o mercado de trabalho caminha para a conquista de um cenário cada vez mais tolerante em relação ao assunto. “As empresas da nova economia, incluindo as de internet, não estão preocupadas com o ‘layout’ de seus funcionários, e sim com o conhecimento técnico que estes podem agregar”, diz Sheila. Resumindo, alguns ambientes exigem maior formalidade do que outros e o profissional deve ficar de olho nas orientações da empresa.
Render-se aos tabus ou enfrentá-los? Hugo Andrade estuda para ser advogado. Ele é carioca e trabalha em um escritório onde vestir terno e gravata é normal. Pouca gente sabe, mas, debaixo da camisa, ele guarda três quartos dos dois braços fechados com tatuagens coloridas, além de mais algumas no peito e costas. Para quem atua no meio jurídico, em que a simples falta de uma gravata pode resultar em um tratamento diferente por parte dos colegas, Hugo sente a necessidade de manter as tatuagens “blindadas” 40
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pelo terno e conta que as possui apenas para os mais próximos. “Apesar disso, conheço magistrados, delegados, empresários, médicos e advogados que possuem tatuagens em grandes partes do corpo – algumas delas expostas. Isso mostra que, aos poucos, a tatuagem vem perdendo seu ar de rebeldia e ganhando espaço, aceitação e reconhecimento como obra de arte”, afirma. Para o consultor Fábio Mazzetto, a formalidade é um gelo que pode ser quebrado com competência. Ele trabalha com a implantação de softwares nas áreas fiscais de empresas de grande porte e está sempre circulando em ambientes com variados níveis de formalidade. Ao vestir camisa social curta ou dobrada, a sua tatuagem tribal maori, que cobre todo o braço até perto do cotovelo, aparece. Quanto aos alargadores de seis milímetros nos lóbulos, não há muito o que fazer. Ele diz não enfrentar grandes problemas além das piadinhas. “De tatuagem, as pessoas até gostam. Como hoje virou moda, o pessoal perdeu o medo de ser taxado apenas por isso. Já com os alargadores sempre há piadinhas, aquele pessoal que diz que estou velho demais pra isso ou que eles não são coisa ‘de macho’”, conta.
Formalidade não é sinônimo de caretice Segundo ele, uma primeira conversa profissional já é o bastante para quebrar qualquer resquício de informalidade que os acessórios possam representar para o cliente. “Formalidade não precisa ser sinônimo de caretice ou de mau humor. Podemos imprimi-la em uma reunião de fechamento de contrato, por exemplo, sem a necessidade de estarmos todos de terno e gravata”. Kareen Sayuri – que começou a se tatuar há oito anos e possui os dois braços “fechados” com desenhos orientais – trabalha, desde 2008, na área de comunicação corporativa de uma grande editora. “Quando fiz a entrevista de emprego, era inverno. Devido às mangas compridas, ninguém viu que eu era tatuada. Passei pelo processo seletivo e comecei a trabalhar até que, um dia, fui de mangas curtas. Talvez não esperassem que eu fosse tão tatuada, então houve um olhar de espanto por parte dos colegas, mas não negativo”, relata Sayuri. Ela conta que as pessoas se interessaram em saber mais sobre os desenhos e a forma como foram feitos. “Todos sempre gosta41
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ram, nunca senti preconceito. A dificuldade de aceitação está menor do que antes, são mais pessoas tatuadas em diversos ambientes de trabalho, tudo está diferente”. Para a futura engenheira de alimentos, Paula Hitomi, a percepção sobre as mudanças no mercado de trabalho começaram já na entrevista. Durante a seleção para uma vaga de estágio em uma indústria de refrigerantes, ela percebeu que a profissional de RH que a entrevistava era tão tatuada como ela. “Nenhuma de nós falou sobre o assunto. Pelo menos ali, o preconceito já estava vencido. Aos poucos, as pessoas estão se livrando do prejulgamento”, comenta.
A dificuldade de aceitação está menor do que antes, são mais pessoas tatuadas em diversos ambientes de trabalho Kareen Sayuri, designer
E viva a identidade Essa concepção mostra também um novo entendimento sobre a questão. De que vale um profissional com “boa aparência”, sem experiência? E quando é que o tamanho do buraco da orelha ou a quantidade de tinta sob a pele altera o caráter e a competência de alguém? Um novo grupo de pessoas está inundando o mercado de trabalho: são tatuados, pessoas com alargadores na orelha, com toda uma carga cultural de quem viveu a chegada do novo milênio, quando a tecnologia mesclou a cultura indígena com a modernidade de uma maquininha barulhenta em estúdios especializados. O que será dessa juventude tatuada, cheia de piercings, quando envelhecer? Talvez um bando de velhos felizes por terem vivido com o prazer de serem excelentes profissionais, sem deixar de lado sua identidade.
Primitividades modernas Em seu livro “O Corpo como Suporte da Arte” (Ed. Senac), a artista plástica Beatriz Ferreira Pires diz que a aparência é mais do que o nosso cartão de visitas, ela é o modo como nos relacionamos com o externo. Segundo ela, a pele é o ponto de contato entre o mundo de fora e o mundo interior e, mesmo sem saber, “dizemos” através do corpo o que pensamos e acreditamos. Beatriz baseia-se nas ideias de Fakir Musafar, um grande místico e experimentador, que desenvolveu seus estudos e apresentações
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principalmente nos anos 1970. Ele é conhecido como o “pai” das modern primitivities (ou primitividades modernas, em tradução livre), que consistem no uso de adornos e na prática de rituais antes característicos apenas dos povos primitivos. Para ele, quando as pessoas passam por esses ritos na atualidade (uso de alargadores, de perfurações e realização de marcas na pele), tomam consciência de seu próprio corpo e, assim, estabelecem um contato entre o real e o imaginário, com o cosmos, com a própria verdade.
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Por meio do estímulo de pontos de pressão específicos, a técnica milenar de automassagem proporciona alívio para mente, corpo e espírito Por Maira Reis
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or acaso você já se pegou pressionando um determinado ponto do seu corpo com o objetivo de aliviar a dor? Você pode não saber disso, mas, intuitivamente, pôs em prática o princípio básico do Do in, técnica milenar de automassagem, de origem chinesa, reconhecida e praticada em todo o mundo como um método capaz de proporcionar alívio e cura para diversas condições de saúde. O Do in, que em livre tradução é interpretado como “caminho de casa” – a casa é uma referência ao nosso corpo, como a morada da nossa própria energia –, baseia-se, assim como a acupuntura, no estímulo de pontos de pressão específicos, situados em diferentes regiões do nosso físico. A seguir, saiba mais sobre esse método que, em qualquer tempo e lugar, tem o poder de nos conectar ao nosso potencial de cura interior e trazer equilíbrio e saúde para a mente, o corpo e o espírito.
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A energia Ki De acordo com a teoria Do in, o universo é um organismo em constante mutação e oriundo de uma energia cósmica – chamada Ki. Os seres humanos seriam uma reprodução deste universo, portanto, subordinados às mesmas leis da natureza. Neste contexto, o corpo humano é energia em matéria viva. Ele a emana constantemente pelos canais vivos através das células, os quais colocam o organismo em harmonia com o mundo. O Do in consiste na pressão de pontos de energia espalhados na pele, justamente para que haja a manutenção da energia Ki. O método aplica dois tipos diferentes de toque: o primeiro é uma pressão contínua, chamada de sedação; o segundo, uma pressão intermitente sobre um ponto do corpo, denominada estimulação. Para entender qual tipo de toque deve ser aplicado (vide box “Sedação ou estimulação”), o fisioterapeuta Cícero Alencar Branco, de Florianópolis (SC), explica: “O praticante deve saber se o problema em questão é causado por uma deficiência ou por excesso de energia, para que então possa tonificar ou sedar o ponto escolhido. Por exemplo, dores de cabeça são causadas por excesso de energia. Por isto, deve-se sedar o ponto IG4 – localizado entre o polegar e o dedo indicador, próximo ao início do metacarpo [grupo de ossos que forma a palma da mão]”.
Cuidados necessários ao aplicar Embora o Do in seja um método simples, que pode ser aplicado em casa, é necessário tomar alguns cuidados. Segundo o terapeuta Rodheber Gonçalves Lopes, de Florianópolis (SC), qualquer pessoa pode aproveitar seus benefícios, pois não há restrição de idade. No entanto, como a técnica mexe com pontos dos meridianos de
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O Do in ganhou evidência na China, por volta de cinco mil anos atrás, durante o reinado de Huang Ti, o Imperador Amarelo, a quem se atribui a autoria do livro Neijing – que contém os fundamentos da Medicina Chinesa. A técnica veio ao Brasil na década de 1970 e se tornou popular por ser uma automassagem eficiente e segura. 47
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energia, alguns cuidados devem ser respeitados. “Primeiramente, para quem não conhece a teoria com profundidade, é melhor não aplicar o Do in em grávidas, já que o parto pode ser antecipado. Além disso, o método toca em pontos do corpo que muitas vezes são doloridos, o que pode incomodar pessoas muito sensíveis”. O fisioterapeuta Cícero complementa: “também deve-se evitar a técnica após refeições pesadas ou em casos de problemas cardíacos sérios”.
Como a técnica veio parar no Brasil O Do in ganhou evidência na China, por volta de cinco mil anos atrás, durante o reinado de Huang Ti, o Imperador Amarelo, a quem se atribui a autoria do livro Neijing – que contém os fundamentos da Medicina Chinesa. A técnica veio ao Brasil na década de 1970 e se tornou popular por ser uma automassagem eficiente e segura. O caminho do Do in rumo ao Ocidente foi o mesmo de todas as outras manifestações da cultura oriental, trazida nos diferentes períodos de migração asiática para o Brasil. “Conforme descobrimos o seu valor e comprovamos sua eficácia no nosso corpo, acabamos por aceitá-la e passamos a sugeri-la aos nossos conhecidos”, conclui Rodheber sobre uma das técnicas de cura e autocura atualmente mais praticadas em todo o mundo.
Passo a passo: como aplicar o Do in Aprenda uma das técnicas básicas do Do in, indicada para ansiedade, angústia, insônia, nervosismo e taquicardia. Siga as instruções: 1. Lave bem as mãos antes de começar a aplicação; 2. Escolha um espaço agradável, tranquilo e ventilado para dar início à prática; 3. O Do in pode ser aplicado tanto na mão direita quanto na esquerda. É recomendável realizar nas duas, então, aqueça-as friccionando uma na outra; 4. Antes de começar, tenha em mente que o Do in deve ser aplicado com uma força moderada; 5. Com a unha do seu polegar, aperte, ininterruptamente, a linha onde o pulso flexiona (vide a foto) por um período de um a cinco minutos; 6. Perceba se há uma diminuição em um dos sintomas acima descritos.
Pontos relacionados às partes do corpo olho boca
Sedação ou estimulação O princípio de sedar e de estimular, também utilizado pela acupuntura, pode ser compreendido a partir de uma classificação em que as enfermidades são divididas em dois grupos. São eles: 1. Problemas originários do excesso de energia: se manifestam no corpo na forma de dor, inflamação, contração e aquecimento. 2. Problemas originários de deficiências energéticas: hipotensão, flacidez, suor frio e inchaços.
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estômago fígado rins útero intestino
bexiga próstata linha onde o pulso flexiona
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Luzes, câmera e... boa viagem! Conheça as cidades que ganharam fama mundo afora por sediarem os festivais mais badalados do cinema Por Danielle Motta
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sétima arte tem o dom de eternizar cenários. Paris, Nova York, Roma e Londres são exemplos de lugares que, mesmo sem tê-los visitado, você certamente é capaz de reconhecê-los nos cartões-postais. Mas há outros destinos interessantes, que também fizeram sua fama, principalmente, no cinema. São cidades vibrantes na cena cultural mundial e que passaram a sediar os maiores Festivais de Cinema do mundo. Confira bons motivos para ir a Los Angeles, Cannes, Berlim, Veneza e Gramado na época do tapete vermelho estendido.
A preferida das celebridades Los Angeles, EUA Holofotes acesos, paparazzi por todos os lados e celebridades desfilando os seus melhores vestidos. É assim que Los Angeles fica durante o Oscar, a cerimônia de premiação mais antiga do cinema, que, em 2013, chega à sua 85ª edição. Não à
toa, tudo na cidade remete à sétima arte. A começar por Hollywood, reduto de estúdios de gravação desde os anos em que o cinema dava seus primeiros passos. A cidade oferece inúmeras possibilidades de passeio: dos famosos tours pelos quarteirões onde vivem as estrelas aos mais inusitados. O “Secret & Celebrity Hot Spots Tour” é uma opção curiosa, pois faz um trajeto pelos lugares favoritos dos artistas – e por aqueles dos quais eles nem querem ouvir falar. Que tal passar pelo tribunal onde a atriz Lindsay Lohan compareceu algumas vezes? Ou conhecer a loja em que Winona Ryder pegou algumas roupas sem pagar? Vale lembrar que Los Angeles também é uma das “casas” do Mickey. A unidade hollywoodiana da Disney tem uma vantagem em relação aos outros parques da rede: seus brinquedos são os mais emocionantes. Como chegar: o trajeto parte de Florianópolis e Curitiba com destino a São Paulo, de onde saem voos para Los Angeles. 51
TURISMO
A capital descolada Berlim, Alemanha Quem gosta de cinema certamente já ouviu falar no prêmio Urso de Ouro. Pois bem, ele é entregue, todos os meses de fevereiro, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, desde 1951. Atualmente, há exibições de filmes em telões espalhados em diversas partes da capital (como no parque Tiergarten) e todos são bem-vindos para assisti-los. Uma dica de passeio original é a possibilidade de avistar os principais monumentos da cidade por um ângulo privilegiado: do alto do balão do jornal The Welt, a 150 metros do chão, que sobe a cada 15 minutos, ou do topo da moderna Torre de TV. Você também pode fugir do roteiro padrão e mergulhar no passado de Berlim. O Filmhaus, por exemplo, é um
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museu inteiramente dedicado aos mais de 100 anos de história do cinema alemão. Em seu interior, há uma exposição permanente sobre produções realizadas desde a época dos filmes mudos. Já o DDR Museum mostra, de forma interativa, como era o dia a dia daqueles que viviam na Berlim Oriental. Inclusive, dá para entrar em um carro da época, abrir os armários e sentar na sala em frente à TV para assistir à programação dos canais da época. E fica a dica: em Berlim, para dar conta de tudo, andar de bike é a melhor pedida! Como chegar: o trajeto parte de Florianópolis e Curitiba com destino a São Paulo, de onde saem voos para Berlim.
A queridinha da Riviera Francesa Cannes, França Praias com gente bonita e elegante, bares tomados por espreguiçadeiras à beira-mar, cassinos e as grifes mais caras do mundo. Se esta é a ideia que você tem da Riviera Francesa, bem-vindo a Cannes. A cidade inspira glamour em cada esquina, especialmente no verão, quando sedia o Festival de Cannes. Seja como for, não há apenas um motivo para visitá-la. Como alternativa, vale conhecer seus dois maiores cinemas: o Cinefil Cinema Arces, dedicado a filmes artísticos e independentes, e o Cinema Olympia, que exibe megaproduções hollywoodianas. No Boulevard de la Croisette – avenida que corta Cannes de ponta a ponta – além do Palais des Festivals (onde são realizadas as famosas premia-
ções), fica a Allee des Stars, a calçada onde estão estampadas as mãos de cerca de 200 estrelas, como Isabela Rosselini, Bruce Willis e Jackie Chan. Outra atração é o Port Vieux, de onde saem os barcos em direção à Île Sainte-Marguerite, a ilha-prisão que, devido a um de seus notórios prisioneiros, conhecido como “Homem da Máscara de Ferro”, serviu de inspiração para o filme homônimo que seria realizado anos depois, quando Cannes se tornou uma Meca da Sétima Arte. Como chegar: algumas companhias aéreas fazem o trajeto de Florianópolis e Curitiba com destino a Paris. Da capital francesa, há voos e trens de alta velocidade até Cannes. 53
TURISMO
Romantismo e arte em um só lugar Veneza, Itália Quando se fala em Veneza, não há como fugir do clichê: a cidade é romântica, sim. Mas também é reduto de muita arte e cultura. Razões para isso não faltam. Ela tem filhos ilustres na música, no cinema e na literatura. E ainda inspira produções artísticas desde os tempos de “Otelo”, de Shakespeare. Depois vieram as produções cinematográficas “Mercador de Veneza” e, mais recentemente, “O Turista”, filme com Angelina Jolie e Johnny Depp - só para citar alguns. Não por acaso, ela foi eleita, em 1932, para sediar o mais famoso Festival Internacional de Cinema italiano. O evento faz parte da La Biennale di Veneza, que também inclui programações sobre arte, teatro, dança e música. Um endereço badalado por exibir apresentações culturais durante o festival é o Arsenale, uma construção que já abrigou o maior centro de produção industrial do mundo, no século 13. Já a fama do Giardini é mais recente - vem do século 19. Este era o local onde aconteciam as exposições de arte naqueles anos. Na semana da Biennale, o prédio oferece uma agenda bem variada: vale a pena andar por seus pavilhões gigantescos para ver quadros e esculturas de artistas consagrados e daqueles nem tão famosos assim. Quando o sol se põe, a pedida é o aclamado Harry’s Bar: Orson Welles e Ernest Hemingway batiam ponto ali para saborear o coquetel Bellini, ainda presente no cardápio. Como chegar: de Florianópolis e Curitiba há voos com destino a Roma e Milão, onde é preciso fazer conexão até Veneza. 54
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Jeitinho de Europa Gramado, Brasil Fora do circuito internacional dos festivais, é Gramado quem ganha os holofotes. Em agosto, a cidade recebe o Festival de Cinema de Gramado, uma espécie de Oscar latino-americano, com tapete vermelho, celebridades e Kikitos – as estatuetas de premiação. O festival chegou à 40ª edição consolidado como Patrimônio Histórico e Cultural Gaúcho e uma vitrine para a divulgação de produções nacionais. Mesmo que você visite o destino fora desta data, dá para sentir a influência do cinema. Durante o ano, o Palácio dos Festivais, endereço da entrega dos prêmios, exibe filmes. Em frente, na Rua Coberta, a agenda de eventos culturais é preenchida de janeiro a janeiro. Mas há 56
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muito mais para ver e fazer: o Mini Mundo, o Mundo Encantado e o Parque Knorr (que abriga a Aldeia do Papai Noel) são atrações para as crianças. Para os adultos, o Lago Joaquina Rita Bier e o Lago Negro inspiram passeios românticos. A cidade também lembra charmosos cenários europeus, devido às casas em estilo enxaimel, típicas da colonização alemã. A outra parte fica por conta do clima: nas noites geladas, torça para cair um pouco de neve. Como chegar: diversas companhias aéreas oferecem voos que saem de Florianópolis e Curitiba com destino a Porto Alegre ou Caxias do Sul, cidades próximas a Gramado.
SERVIÇO
Lojas e
endereços Balneário Camboriú/SC Av. do Estado, 2.440, centro tel.: (0/xx/47) 3263-4300 4a Avenida, 880, centro tel.: (0/xx/47) 3263-5600
Farmácia Angeloni Atiradores - Joinville
Biguaçú/SC Rua Coronel Teixeira Oliveira, 128, centro tel.: (0/xx/48) 3279-8500 Blumenau/SC Rua Sete de Setembro, 100, Garcia tel.: (0/xx/47) 3331-7400 Rua Humberto de Campos, 77, Da Velha tel.: (0/xx/47) 3221-9200 Criciúma/SC Av. Centenário, 2.699, centro tel.: (0/xx/48) 3444-3500 Curitiba/PR Av. República Argentina, 900, Água Verde tel.: (0/xx/41) 3312-2300 Al. Dr. Carlos de Carvalho, 2.050, Bigorrilho tel.: (0/xx/41) 3270-8224 Florianópolis/SC Rua Esteves Júnior, 307, centro tel.: (0/xx/48) 3216-6250 Av. Irineu Bornhausen, 5.288, Agronômica tel.: (0/xx/48) 3215-6100 Av. Gov. Ivo Silveira, 2.445, Capoeiras tel.: (0/xx/48) 3271-7500 Rua Nirberto Haase, 75, Santa Mônica tel.: (0/xx/48) 3215-6200 Av. Rio Branco, 565, centro tel.: (0/xx/48) 3222-1112 Av. Marinheiro Max Schramm, 3.450, sala 01, Estreito tel.: (0/xx/48) 3271-6700
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Itajaí/SC Rua Brusque, 358, centro tel.: (0/xx/47) 3398-5200 Jaraguá do Sul/SC Rua Barão do Rio Branco, 732, centro tel.: (0/xx/47) 3274-3700 Rua Coronel Bernardo Grubba, 247, centro tel.: (0/xx/47) 3275-7900 Joinville/SC Rua Dr. João Colin, 2.500, América tel.: (0/xx/47) 3451-2400 Rua Ministro Calógeras, 1.639, Anita Garibaldi tel.: (0/xx/47) 3451-4400 Lages/SC Rua Frei Rogério, 587, centro tel.: (0/xx/49) 3251-9400 Tubarão/SC Av. Expedicionário José Pedro Coelho, 1.120, centro tel.: (0/xx/48) 3631-1800
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