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especial
Ticket®
Leandro Vieira Thomaz, proprietário do Margherita
FIQUE POR DENTRO: Em comemoração aos 35 anos, a Ticket oferece vagas em cursos
abr | mai 2011
Carta ao Leitor
Seu Recado Mande sugestões, críticas ou elogios para a redação, sempre com nome completo e endereço do autor. E-mail: redacao-br@edenred.com ou ligue: (0/xx/11) 3674-4400. Por razões de espaço ou clareza, as mensagens poderão ser editadas para publicação.
35 anos
Expediente Reinaldo Borges
de parcerias
e evolução
Em maio de 1976, a Ticket iniciava a sua trajetória de liderança e pioneirismo no segmento de refeição e alimentação-convênio no Brasil. Por meio dos produtos Ticket Restaurante e Alimentação, oferecidos pelas empresas-clientes, milhões de trabalhadores tiveram assegurada sua necessidade mais básica, a alimentação. Com os vouchers nas mãos, os funcionários passaram a ter o poder de escolha de onde e o que consumir. Com isso, foram desenvolvidos milhares de restaurantes, mercados e padarias, principalmente, de pequeno e médio porte. Para comemorar esta data especial, escolhemos homenagear um estabelecimento credenciado que é o símbolo desta evolução e está com a Ticket desde os primeiros anos de atuação e presença no Brasil – o Margherita, no centro de Belo Horizonte. Na reportagem de Izabela Ventura, você confere a história de empreendedorismo de Leandro Vieira Thomaz. Há 25 anos, ele comprou o restaurante e, atento à demanda dos trabalhadores por uma refeição saborosa a um preço acessível, resolveu oferecer comida por quilo. Para atrair ainda mais clientes e expandir seus negócios, passou a aceitar o Ticket Restaurante. Foi a estratégia certeira para fidelizar seu público, formado por funcionários de empresas e repartições públicas da capital mineira. Assim como outros credenciados, Leandro não parou por aí. Investiu ainda mais no negócio e diversificou a oferta de produtos oferecidos, aumentando seu faturamento. E por falar em investimento, já é comum restaurantes estarem presentes na internet por meio de sites próprios. Porém, nem sempre fazem isso da maneira correta. Para ajudar a esclarecer o que é certo e errado no mundo virtual, o repórter Ricardo Zanirato foi atrás de especialistas para saber a melhor forma de fazer da rede mundial de computadores uma aliada. Adaptar-se aos hábitos dos consumidores é sempre importante. Não à toa, as grandes redes de supermercados, como você confere na matéria de Andressa Rovani, estão investindo em lojas com formatos menores e próximas dos consumidores, que privilegiam a comodidade. Agradecemos a você por estes 35 anos de parceria e desejamos continuar a oferecer ao seu negócio conteúdo, oportunidades e muito sucesso. Comemore com a gente e tenha uma excelente leitura!
Uma publicação da Ticket no Brasil dirigida aos estabelecimentos credenciados ao Ticket Restaurante e Ticket Alimentação. Avenida das Nações Unidas, 7.815 – São Paulo – SP – 05425-905 www.ticket.com.br – falecom-br@edenred.com Conselho Editorial Diretor-geral: Oswaldo Melantonio Filho Diretor-geral adjunto: Alaor Barra Aguirre Diretor-adjunto de Estratégia, Marketing e Novos Negócios: Gustavo Chicarino Gerente de Marketing e Comunicação Institucional: Rodrigo Cândido Coordenadora de Marketing e Comunicação Institucional: Shirley Reis Analista de Marketing e Comunicação Institucional: Rafael Pires Colaboradores Diretora de rede de estabelecimentos: Maria Fernanda Cordeiro Gerente de vendas de rede de estabelecimentos: Alessandra Maier Gerente de operações de rede de estabelecimentos: Eliana Pereira Central de Atendimento Ticket Seg. a sex., das 8h às 18h30, tel. (0/xx/11) 4004-2233 (capitais e regiões metropolitanas. Nas demais localidades, use o código da operadora + DDD da capital do seu Estado) Criação e produção Rái Editorial Rua Cotoxó, 608, 05021-000 – São Paulo – SP (0/xx/11) 3674-4400 Editora-responsável: Jéssika Torrezan (Mtb 41.394/SP) Editor-executivo: Pedro Marcondes de Moura Repórter: Renata Cavalcante Colaboradores: Andressa Rovani Izabela Ventura Nina Dionísio Ricardo Zanirato Reinaldo Borges (foto) Fotografia: Marinheiro Manso Direção de arte: Adriano Frachetta Assistente de arte: Danilo Minorello Atendimento: Karina Freitas Produção Gráfica: Jorge Gaglioni e Luana Trentin Revisão: Cícero Amarante e Livia Amarante Finalização: Rodrigo Santos Comercial: Antônio Lamana Camargo Pré-impressão: Grupo Rái Impressão: Vox Editora Tiragem: 15 mil exemplares Publicidade Para anunciar, ligue (0/xx/11) 3674-4400 Ticket, Ticket Restaurante, Ticket Alimentação, Ticket Car, Ticket Transporte, Accentiv’Mimética e Edenred são marcas registradas e/ou depositadas.
Maria Fernanda Cordeiro Diretora de rede de estabelecimentos da Ticket
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Sumário Estratégia
Ponto de Vista Estudioso alerta para a urgência de tornarmos nossas práticas sustentáveis
Receita de Sucesso Restaurante mineiro Margherita fideliza a clientela há décadas unindo qualidade a preços acessíveis
Divulgação
06 10 12
Marinheiro Manso
Supermercados investem na proximidade para conquistar consumidores
18 22 Na Ponta do Lápis Estabelecimentos usam os cinco sentidos para atrair os clientes
Menu Internacional Noodle, um prato que une sabor e espetáculo
Ideias de Valor Empreendedores adotam o Slow Food, filosofia que agrega sabor e consciência social ao ato de se alimentar
Chá das Cinco Saiba mais sobre o PAT, programa que fomentou o mercado de alimentação do país
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Dica do Chef Conheça o barreado, iguaria típica do litoral paranaense
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Fique por Dentro
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Saindo do Forno
Sites atualizados ajudam empresários a aumentar as vendas abr | mai 2011
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Divulgação
Tecnologia
Estratégia
O supermercado
mora ao lado
Adaptando-se ao consumidor – que faz compras a cada cinco dias –, mercados estão encolhendo e apostando em preço baixo para se aproximar do comprador Por Andressa Rovani
Novos hábitos dos consumidores começam a influenciar o segmento de supermercados. Lojas com formatos grandes, como os hipermercados, passaram a perder espaço para as pequenas, geralmente mais próximas dos clientes. Com a inflação sob controle, as pessoas não precisam mais fazer uma compra mensal e estocar alimentos. Passam a ir com mais frequência aos mercados. Daí o investimento das empresas no conceito de proximidade para conquistar o público. Sabendo quanto o produto custa – e quanto continuará a custar dali a alguns dias – o comprador se sente à vontade para dar um pulo no supermercado assim que algo faltar na despensa. Com o aumento da visita às lojas, a tendência é escolher o mercado mais próximo de casa – em geral, menor, mas com uma variedade de produtos que consegue atender quem precisa de um item para terminar o almoço ou decide reforçar a geladeira por uma semana. Não é raro o consumidor ir diariamente ao supermercado ou até mais de uma vez ao dia.
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Não são apenas as pequenas redes, porém, que identificaram o nicho. Com a filosofia de “supermercado de vizinhança”, onde o cliente encontra o necessário para compras do cotidiano, a rede Dia trabalha com estrutura enxuta, o que permite ter preços mais atrativos, e se localiza sempre dentro dos bairros. “É para facilitar o acesso, o que significa que ninguém precisa pegar um carro ou ônibus para comprar um quilo de arroz”, afirma a empresa em nota. A rede Extra Fácil, do grupo Pão de Açúcar, também é um exemplo. Com 70 lojas no Estado de São Paulo, a empresa se considera um mercado de bairro e quer tirar proveito da proximidade que o consumidor tem com a loja para se tornar uma unidade de conveniência. Cada loja conta com cerca de 3.000 produtos, entre mercearia e perecíveis.
Foco no frescor
Fotos divulgação
Unidade da rede Dia em São Paulo
Extra Fácil, do grupo Pão de Açúcar, conta com 70 lojas no Estado de São Paulo
O grande trunfo das lojas de proximidade, como são chamadas, é apostar naquilo que o consumidor procura todos os dias: os perecíveis. No carrinho, os grandes atrativos são produtos frescos, sobretudo frutas, hortaliças e legumes, além do setor de padaria. A aceitação desse formato por parte do consumidor pode ser visto no desempenho do varejo. As estrelas do setor de supermercados – que viu seu faturamento expandir 5,1% no ano passado – foram os formatos com até nove check-outs (caixas de supermercado). Para Flávio Constant Pires, diretor-geral da Pró Super Consultoria de Supermercados, a viagem para grandes lojas e supermercados só compensa quando se tem em vista um grande volume de compras. “Por isso, as lojas de bairro tendem a abastecer cada vez mais as compras de reposição e eventuais dos moradores”, afirma Pires. Segundo dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), as lojas com quatro a nove check-outs (supermercados de médio porte) foram responsáveis por 21,4% das vendas do setor, com expansão de 9,8% no volume vendido. Os estabelecimentos de pequeno porte não ficaram atrás. De acordo com o relatório, o incremento no volume vendido entre as lojas de um a quatro check-outs foi de 8,2%. Estes formatos respondem por grande parte das vendas no autosserviço: 34,7%. “A tendência é de se abrir menos lojas grandes e mais lojas de proximidade”, explica Nelson Beltrame, diretor da Felisoni Consultores Associados.
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Estratégia
Hipermercados O crescimento no número de supermercados de bairro não indica o fim dos hiper, pelo menos por enquanto. Dados referentes a 2010 apontam que lojas com 50 check-outs ou mais respondem por 5,6% do que é vendido no setor. Porém a queda de vendas verificada nessas lojas, segundo os números da Abras, foi de 5,2%. De acordo com o consultor Nelson Beltrame, as unidades grandes devem continuar a crescer – mas em ritmo menor. Os números são prova disso. Um estudo divulgado em fevereiro pela consultoria Nielsen mostra que as três maiores redes varejistas do país detêm 40% de participação no mercado. Como o comprador procura ao mesmo tempo conveniência e variedade de produtos, divide a atenção entre hiper e supermercados. De acordo com a pesquisa, o consumidor frequenta hipermercados a cada 23 dias, na ainda tradicional compra do mês, e visita supermercados a cada cinco dias. No primeiro, gasta em média R$ 27,90; no segundo, R$ 24,80. Os dados mostram que o mercado está aberto para pequenos e médios.
Como fazer do tamanho um aliado Além da localização, os mercados de bairro contam com outros atributos importantes. Por isso, é preciso checar se as vantagens relacionadas ao pequeno varejo também fazem parte do negócio:
1 2
Invista em perecíveis O pequeno varejo vende muito produto de reposição, sobretudo perecíveis como frutas, verduras e legumes, carnes, frios e laticínios, padaria e confeitaria. Estes itens são geradores de altas margens de lucro, o que garante a sustentabilidade do negócio e atrai quem quer itens frescos todo dia
Reduza o custo operacional O supermercado de bairro tem custo operacional baixo, principalmente por ter um número menor de colaboradores e investir menos em visual merchandising
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Facilite a reposição O negócio precisa contar com fácil processo de abastecimento e reposição de produtos para não quebrar a relação de confiança com o cliente
Mostre-se para o vizinho Em um supermercado de proximidade, o dono está sempre presente na loja, realizando um trabalho de relações públicas eficiente e que agrade aos clientes
Fontes: Flavio Pires e Nelson Beltrame
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Divulgação
Ponto de Vista
Novo olhar para a sustentabilidade Por Backer Ribeiro*
Sustentabilidade é garantir hoje a qualidade do meio ambiente, da vida e gastar apenas o que for necessário para as gerações presentes
*Backer Ribeiro é professor conferencista da ECA/USP. e diretor da Communità, consultoria especializada em comunicação para a sustentabilidade
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Nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito do aquecimento global, o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia, governos e empresas. Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável. Mas o que é ser sustentável? Que conceitos norteiam a gestão estratégica das organizações? Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos e tecnologias mais caras. O que todos precisam entender é que há urgência em equilibrar a balança do tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line), a economia não deve pesar mais que o social e o ambiental. Caso isso não ocorra, a natureza cobrará o seu preço.
Em 1987, foi publicado o Relatório “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que cunhou a célebre frase: “desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Ou seja, deveríamos garantir para os nossos filhos, pelo menos, a mesma qualidade de vida que temos hoje - e que já não é tão boa assim. Mais de 20 anos depois, os resultados mostram que falhamos. Sustentabilidade é garantir hoje a qualidade do meio ambiente, da vida e gastar apenas o que for necessário para as gerações presentes. Não há um limite mínimo para o bem-estar da sociedade, assim como não há um limite máximo para a utilização dos recursos naturais. Mas se continuarmos do jeito que estamos, em 2050, quando se estima que seremos 9 bilhões de habitantes, teremos uma dívida ecológica de 24 meses. Não temos certeza se o planeta aguentará uma pressão deste tamanho. A mensagem está dada.
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Receita de Sucesso
Prato feito,
casa lotada Restaurante Margherita conquista clientes oferecendo bons preços e qualidade aos trabalhadores de sua região Por Izabela Ventura/ Fotos Marinheiro Manso
Leandro Vieira Thomaz, proprietário do restaurante Margherita
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O frequente entra e sai de clientes, principalmente no horário do almoço, tornou-se marca do restaurante Margherita, no centro de Belo Horizonte. Há 25 anos, porém, a situação era bastante diferente. Por trás da mudança do estabelecimento, fundando nos anos 60, está o faro empreendedor de Leandro Vieira Thomaz. Com apenas 19 anos, o empresário resolveu abandonar a ideia de se tornar veterinário para ter o próprio negócio. Para acompanhá-lo na empreitada, convidou seu pai, José Alencar Thomaz, e o primo Hudson Teixeira. “Optamos pelo ramo de alimentação por vermos que estava em crescimento”, explica Leandro. A escolha do ponto comercial não foi nada fácil. O trio de sócios bateu muita perna pela capital mineira à procura de um estabelecimento com boa localização e ao alcance do limitado capital disponível. Foi quando descobriram que o pequeno Margherita estava à venda.
Horário do almoço responde pela maior parte do faturamento do estabelecimento
O proprietário na época, Luiz Mirón, queria reduzir o ritmo de trabalho e focar em outros negócios dos quais também era dono. O mútuo interesse entre as partes fez a transação ocorrer logo. Um Chevette e um Opala Comodoro foram dados como entrada e o restante do pagamento parcelado em 12 vezes. Em março de 1985, começava a empreitada de Leandro e seus parceiros. Entretanto, logo na primeira semana, o negócio passou pelo seu primeiro problema. O pai de Leandro resolveu deixar a sociedade. “Ele achou que aquela trabalheira toda não era para ele”, conta o filho, que
fez um acordo para comprar a participação em dois anos. Endividado, o empresário voltou ainda mais as suas atenções ao restaurante. Enxergou no grande movimento de trabalhadores da região – acostumados a consumir lanches rápidos ou trazer marmitas de casa, por serem opções mais baratas – um público a ser conquistado. Passou então a oferecer refeições por quilo com valores acessíveis e cardápio baseado na alimentação que os potenciais clientes consumiam normalmente em casa: arroz, feijão, macarrão, salada e carne. O resultado surtiu efeito rapidamente. Mas havia ainda um público a ser conquistado.
Décadas de parceria e história Anos
1960
É aberto o restaurante Margherita, no centro de Belo Horizonte
Maio de
1976
A Ticket desembarca no Brasil e lança o Ticket Restaurante, beneficio pioneiro no país
Junho de
1985 1985 Leandro Vieira Thomaz, o primo Hudson Teixeira e o pai José Alencar Thomaz, que uma semana depois deixaria a empreitada, oficializam a compra do restaurante Margherita
O Margherita passa a aceitar o Ticket Restaurante. A medida fideliza e amplia o número de clientes
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Receita de Sucesso “Muitas pessoas, antes de entrar e se servir, perguntavam se aceitávamos Ticket Restaurante”, lembra. O benefício pioneiro, que desembarcou no Brasil país em 1976, era, em muitos casos, a única fonte de recursos oferecida pelas empresas para os funcionários se alimentarem. De olho nesta demanda dos consumidores, o empreendedor resolveu, em junho de 1985, credenciar o estabelecimento junto à Ticket e aceitar esta modalidade de pagamento. A reposta foi instantânea. “O movimento cresceu muito. Passamos a receber quase o mesmo valor de vouchers e dinheiro”, diz. As 32 mesas do local passaram a estar frequentemente cheias das 12 às 14 horas. O Margherita se consolidava nas mãos do jovem Leandro.
Nosso desafio constante é primar pela qualidade dos produtos e pela forma com que atendemos nossos clientes Leandro Vieira Thomaz
1992 O Brasil conhece o Ticket Alimentação, e a revolução dos benefícios chega aos supermercados. Em 1998, a empresa lança o mesmo produto na versão cartão
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Início de
Segundo Alfredo Melo, professor de Finanças da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a percepção estratégica da necessidade de receber o Ticket Restaurante foi muito importante para o empreendedor. “Estabelecimentos que aceitam o benefício têm grande vantagem competitiva sobre os outros. Prova disso é que os restaurantes considerados ‘de grife’ estão cada vez mais adeptos desta prática”, ressalta o estudioso.
Estratégias para crescer Em 2002, o Margherita passaria por outro desafio. Hudson, primo de Leandro, resolveu deixar a sociedade para se dedicar a outras atividades. Sem opções, o empresário comprou a participação do sócio e ficou sozinho com a responsabilidade de gerir o estabelecimento. A primeira medida foi contratar mais funcionários para manter a qualidade do serviço e da comida do restaurante. Atualmente, são 12. Depois, surgiu a ideia de ampliar a gama de produtos oferecidos aos clientes, aumentado assim o faturamento e aproveitando os horários de pouco movimento. O segundo andar do estabelecimento foi reformado e deu lugar a um salão para happy hour, onde a clientela do horário do almoço costuma
2000
2002 2003
Ticket oferece aos estabelecimentos consulta ao extrato de valores a receber via internet em tempo real
Hudson Teixeira deixa a sociedade e Leandro passa a administrar o Margherita sozinho
O Ticket Restaurante também passa a ter a sua versão em cartão
voltar depois do expediente. À noite, o restaurante começou a trabalhar também como pizzaria. Com isto o empreendimento passou a funcionar das seis da manhã à meia-noite. As iniciativas, além de aumentarem o faturamento, ajudaram a atrair e fidelizar ainda mais os frequentadores do local.
Na linha de frente O empresário garante que a prosperidade do estabelecimento não está ligada apenas à tradição de ter um negócio com mais de meio século de existência em um local estratégico da cidade.“Nosso desafio constante é primar pela qualidade dos produtos e pela forma com que atendemos nossos clientes”, conclui. Afinal, eles garantem o sucesso do empreendimento. Quase em tempo integral, Leandro está presente no restaurante. Faz questão de servir e escutar os consumidores, além de participar da escala de trabalho junto com seus colaboradores, que, de acordo com ele, empenham-se como se fossem também donos do local. Funcionários como Maria Aparecida Gonçalves estão, por exemplo, há mais 20 anos trabalhando no Margherita. Do caixa às bandejas, passando pelo salão, ela auxilia no que for preciso. “Sinto que sou responsável por alimentar dezenas de pessoas por décadas. Já conheço os gostos e os nomes de muitos deles”, orgulha-se.
As funcionárias Maria Aparecida e Maria Elisabete com o proprietário do Margherita
2005 2007
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Começa a operar o programa Ticket Parceiro, que permite aos donos de estabelecimentos fazerem suas compras em uma ampla rede associada usando diretamente o reembolso
É lançando o primeiro clube de vantagens do Brasil. O Benefício Club oferece descontos e promoções exclusivas aos usuários dos produtos Ticket, gerando mais movimento aos estabelecimentos credenciados
É criado um aplicativo para iPhone ou iPod Touch em que o usuário pode obter informações sobre os estabelecimentos credenciados, identificando inclusive o mais próximo de onde ele está. Mais visibilidade para os parceiros
Ticket comemora 35 anos de presença no Brasil. Uma história de constante pioneirismo e inovação
O restaurante passa a oferecer também happy hour e trabalhar à noite como pizzaria
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Obrigado por fazer parte da nossa história Ticket®, 35 anos trabalhando pelo sucesso do seu negócio
Tem comemoração, tem Ticket® abr | mai 2011
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Ideias de Valor
Ecogastronomia
negócio
Fotos divulgação
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Restaurantes conquistam clientes pelo paladar e postura social Por Nina Dionísio
Restaurantes temáticos, com cardápios variados, cheios de cores e sabores: existem estabelecimentos para todos os gostos e apetites. Mas será que todos eles se importam com a sua saúde e, mais ainda, com o planeta? Segundo a pesquisa Vigitel Brasil 2010, divulgada pelo Ministério da Saúde em abril, os brasileiros têm a alimentação cada vez menos saudável – apesar da riqueza de produtos naturais em nossa agricultura. Pelo visto, o problema não está em poder ser orgânico, mas sim em saber adaptar menus e pensamentos. Os restaurantes que seguem a filosofia Slow Food são a prova de que isto é possível. Elaboram pratos sofisticados com produtos orgânicos e regionais. O objetivo desse movimento de ecogastronomia, criado em 1986 pelo italiano Carlo Petrini, é valorizar a alimentação natural, contribuindo para o bem-estar dos consumidores e o desenvolvimento sustentável da Terra. “O fato de restaurantes adotarem alimentos orgânicos e preparações típicas em seus cardápios valoriza a importância cultural e gastronômica dos produtos”, diz Ubiratan Farias, gastrônomo, chef e proprietário do restaurante Villa Açor, em São José, Santa Catarina. “Depois de provado, o alimento regional e às vezes desconhecido atrai a procura
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do consumidor. Isso possibilita uma maior rentabilidade aos donos dos estabelecimentos e, consequentemente, desperta o interesse de produtores e coletores locais, interessados no cultivo. É como se fosse agregado valor comercial ao produto, mas de uma forma sustentável”, conta. Para o chef catarinense, que é representante Slow Food do molusco berbigão – um animal típico do Estado que sofria risco de ser extinto –, a motivação vai muito além do restaurante como um negócio. “Posso dizer que meu estabelecimento incentiva a luta por uma alimentação mais limpa, justa e boa que, segundo o Slow Food, significa um produto sem agrotóxico, de qualidade e econômico.” E completa: “fazer pratos usando ingredientes da terra em que fui criado, cultivados por produtores locais que não terão que se render ao plantio em grande escala, é ter a certeza de que estou contribuindo para a sociedade”.
Responsabilidade e consciência Outro exemplo de estabelecimento bem-sucedido que segue a filosofia Slow Food é o Espaço Zym, das chefs e professoras de culinária Cláudia Mattos e Paulinha Junqueira. Localizado no bairro da Lapa, em São Paulo, o restaurante possui uma horta e um forno à lenha. “Valorizamos a questão do orgânico, como reutilizar as cascas dos alimentos e reciclar o lixo”, diz Cláudia. Segundo a chef, um restaurante nessa linha, assim como qualquer empresa, também visa o lucro financeiro. Entretanto, existe um diferencial. “Quando você faz um trabalho com base na filosofia Slow Food passa a enxergar ganhos maiores, como o fato de incentivar clientes a serem mais conscientes. É um projeto educativo que gera lucro para todos: para o dono, o consumidor, o funcionário e, claro, o planeta.” Uma grande vantagem do movimento é a possibilidade de fazer contatos, conhecer pequenos produtores e pessoas interessadas no mesmo tema, o que facilita o acesso a produtos sem agrotóxicos e plantados com o devido cuidado. “O Slow é uma grande rede que gera parcerias. Esse contato fortalece a busca pelo bom alimento, pela comida de verdade”, diz Cláudia.
Espaço Zym, em São Paulo
O Slow é uma grande rede que gera parcerias. Esse contato fortalece a busca pelo bom alimento, pela comida de verdade Chef Cláudia Mattos, adepta do Slow Food
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Ideias de Valor “Um restaurante que adota o Slow Food deve entender a essência do movimento: sustentabilidade e consumo consciente”, diz Martha Tatini, mestre em Educação Alimentar e Ambiental e Eco Chef de Gastronomia Orgânica. “Vivemos em uma época em que a economia sobrepõe-se à questão ambiental. Fomos de uma alimentação saudável – baseada nos ciclos de vida da natureza – para o modo da produção industrial e dos alimentos geneticamente modificados em laboratório, causando uma complexa rede de consequências catastróficas para a saúde e aniquilamento da biosfera”, diz. Segundo a especialista, está na hora de recuperar nossa cultura gastronômica. “Para cozinhar um alimento são necessários vários ingredientes, como a história, o sentimento, a beleza, a poesia e o amor – além do sal e da pimenta.” A cultura de um povo está intimamente ligada à sua forma de alimentação. Se perdermos isso, perderemos nossa história.
Martha Tatini, mestre em Educação Alimentar
Adote o Slow Food Os chefs Ubiratan Farias e Cláudia Mattos dão dicas para um estabelecimento abraçar a filosofia Slow Food, fazendo alterações no espaço e no cardápio. O mais importante, lembram eles, é ter consciência para dar o primeiro passo. O resto vem com o tempo
Trabalhe sempre com alimentos vindos diretamente dos produtores, de preferência os locais, que utilizam roças de forma tradicional Seja curioso e busque ingredientes não muito conhecidos. Você vai enriquecer o seu cardápio e valorizar o produto Na hora de preparar um prato, procure escolher os alimentos sazonais. É muito importante respeitar o tempo de produção natural Converse com seus fornecedores para descobrir a procedência de seus produtos. Se possível, vá fazer uma visita aos locais; Adote a reciclagem do lixo comum e a compostagem orgânica Coloque no estabelecimento uma hortinha ou vasinhos com plantas que utiliza nos pratos. É bom para o consumidor saber como alguns dos alimentos foram cultivados Descubra se os fornecedores estão em dia com suas obrigações trabalhistas. Infelizmente, existem muitas pessoas no serviço escravo de roças
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Chá das Cinco
Roberto Baungartner fala sobre o programa que trouxe bem-estar ao trabalhador, produtividade para empresas e mais negócios para os estabelecimentos Por Pedro Marcondes de Moura Foto Marinheiro Manso
Há 35 anos, uma iniciativa mudou a vida de milhões de brasileiros: a criação de um programa federal voltado a suprir as carências na alimentação do trabalhador, o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Visando beneficiar principalmente funcionários com renda de até cinco salários mínimos, ele ampliou a produtividade das empresas e melhorou a qualidade de vida dos empregados. O projeto veio atender uma necessidade imediata: em contraposição ao desenvolvimento do país na chamada era do “milagre econômico”, muitos colaboradores trabalhavam sem se alimentar, afetando diretamente o rendimento das empresas. Simultânea à criação do PAT foi a chegada da Ticket no Brasil. Líder e pioneira no segmento, a empresa começou a oferecer os benefícios no país, ajudou a consolidar o programa e a desenvolver o mercado de alimentação brasileiro. Em entrevista à Ticket e Negócios, Roberto Baungartner, diretor de relações institucionais da Ticket, fala sobre estas conquistas e aponta o que pode ser melhorado para que o programa possa se tornar cada vez mais efetivo:
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Ticket e Negócios - O PAT comemorou 35 anos de atividade em abril. Em qual contexto ele foi criado? Roberto Baungartner - O país vivia o período chamado de “milagre econômico”. Crescíamos a mais de dois dígitos por ano, e milhões de empregos eram gerados. Em contrapartida, a maioria dos trabalhadores recebia menos que o necessário para suprir sua necessidade mais básica, a alimentação. Isso refletia diretamente na qualidade de vida dos funcionários, na produtividade das empresas e, consequentemente, na capacidade de o Brasil competir internacionalmente com outros mercados. T.N. - Qual é a importância do PAT para a sociedade brasileira? R.B. - É uma exitosa política de Estado, bem operada pela iniciativa privada. Seu conceito é desburocratizado. Não à toa já passou por oito governos e inúmeros planos econômicos. Ao empregador, é facultado oferecer alimentação ao trabalhador, por meio próprio ou terceirizado, em diversas modalidades: refeitório ou restaurante interno, cesta de alimentos e cartões (ou vouchers) restaurante e alimentação. Atualmente, são aproximadamente 14 milhões de trabalhadores beneficiados por dia, sendo que 11 milhões deles ganham menos de cinco salários mínimos. Estas dimensões são notáveis. O PAT trouxe mais saúde ao trabalhador, reduziu acidentes de trabalho, aumentou a produtividade das empresas e diminuiu os custos da Previdência e Assistência Social com o afastamento de trabalhadores, aposentadorias por invalidez, entre outros.
O programa em números
É o programa de maior longevidade do país, já passou por oito governos Já foram servidas 44,5 bilhões de refeições nestes 35 anos O PAT atende aproximadamente 14 milhões de trabalhadores, o equivalente a 109 estádios do Maracanã completamente lotados Foram consumidos 148,6 milhões de sacos de arroz e 111,5 milhões de sacos de feijão de 60 kgs nestas três décadas
Roberto Baungartner, diretor de relações institucionais da Ticket Serviços
T.N. - Qual é a repercussão do programa internacionalmente? R.B. - Diversos países consideram o PAT brasileiro um modelo a ser seguido e o adotam como parâmetro. Recentemente, o programa foi implementado no México. T.N. – Em sua opinião, o PAT ainda precisa passar por aperfeiçoamento? R.B. - Ainda há muito para avançar. O mercado formal inclui mais de 40 milhões de trabalhadores, mas apenas 13,6 milhões deles estão inseridos no PAT. Logo, a ampliação é um desafio a ser superado pelo Brasil, sobretudo para a inclusão de micro e pequenas empresas. Temos de considerar que o programa não só evita o alargamento, como também é a porta de saída de outros programas sociais, como o Fome Zero. T.N - Entre as opções que os empresários podem oferecer aos seus colaboradores estão o benefício refeição e alimentaçãoconvênio. Qual é a importância da criação e consolidação destas modalidades para empresas, trabalhadores e, em especial, estabelecimentos, como restaurantes e supermercados? R.B. - Em primeiro lugar, ele dá independência ao usuário para escolher o que e onde irá comer. Depois, temos de considerar que este novo público consumidor induziu a abertura e a formalização de dezenas de milhares de estabelecimentos comerciais. Restaurantes, padarias, mercados e supermercados, principalmente de pequeno e médio porte, ganharam outra fonte de clientes e de faturamento, ampliando seus negócios e gerando mais oportunidades de emprego e sucesso empresarial. Formou-se um ciclo virtuoso de desenvolvimento.
146 mil empresas participam do programa atualmente
Saiba mais sobre o PAT Nome – Programa de Alimentação do Trabalhador (Lei nº 6.321)
Origem – criado em 14 de abril de 1976, na gestão do então ministro do Trabalho Arnaldo da Costa Prieto
No que consiste – é um programa de complementação alimentar no qual o governo, empresa e trabalhadores partilham responsabilidades e tem como princípio norteador o atendimento ao trabalhador de baixa renda, melhorando suas condições nutricionais e gerando, consequentemente, saúde, bem-estar e maior produtividade
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
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Na Ponta do Lápis
Sabor além do Marketing sensorial ensina a explorar os cinco sentidos do consumidor e oferecer uma experiência ainda mais completa Por Renata Cavalcante
Restaurante Obá investe também na apresentação de seus pratos
Quando se pensa em alimentação, o sentido que vem
afirma que ela não pode ser subestimada. “Não podemos
prontamente à cabeça é o paladar. No entanto, não é
nos esquecer que o ambiente tem de ser agradável e a
apenas o sabor que mexe com a mente do consumidor.
escolha de música – ou a ausência dela – é
Juntos, os cinco sentidos são capazes de proporcionar
importantíssima”, completa.
uma experiência mais rica e completa. O marketing sensorial não é um conceito difícil de des-
Acostumado a preparar pratos que misturam as culinárias mexicana e tai-
crever, mas pode não ser tão fácil de executar. É o que
landesa, Hugo Delgado acredita que
afirma Pedro Calabrez Furtado, professor do núcleo de
a primeira etapa de uma experiência
Ciências do Consumo da ESPM (Escola Superior de Pro-
sensorial completa acontece na co-
paganda e Marketing). “Os sentidos são a janela de comuni-
zinha. Proprietário e restauranteur
cação entre o homem e o mundo real. Quem quiser entrar na
do Obá, em São Paulo, ele reafirma
mente do consumidor, terá de entrar por essa janela.”
a importância de se cozinhar com os
Segundo Furtado, paladar e olfato são dois sentidos que
cinco sentidos. “É preciso sentir com
andam de mãos dadas. Mas uma experiência baseada so-
as mãos se uma manga está madura e
mente neles é incompleta. “A gente come com os olhos, por-
escutar o barulho da panela para saber
tanto é o primeiro contato com o prato. Uma refeição bonita,
como vai a fervura da água. Não é ape-
colorida e organizada é sempre mais chamativa.” Ele cita a
nas provando que você chega ao sabor
culinária japonesa como exemplo de cuidado com o visual
correto”, ensina. Delgado também res-
e também com o tato, já que há contato manual direto com
salta a importância do aspecto senso-
diversos alimentos, como os temakis.
rial no ato de comer. “Uma das gran-
Um dos sentidos que parecem menos importar na hora das refeições é a audição. Mesmo assim, o especialista
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des coisas da gastronomia é que ela estimula todos os sentidos.”
Fotos divulgação
paladar
Invista no
sensorial VISÃO
- Capriche na apresentação do prato, isso conta muito na hora de consumi-lo - A decoração do local não pode ser esquecida; quando as pessoas se sentem bem, retornam mais vezes - Nos supermercados, a disposição dos produtos é importante para estimular o desejo de comprá-los
AUDIÇÃO
- O som ambiente – ou a falta dele – em restaurantes, padarias e supermercados pode influenciar a permanência dos clientes
OLFATO
- É importante que cheiros sejam controlados. Um odor de fritura, por exemplo, pode tirar o apetite das pessoas, assim como perfumes (de pessoas ou ambientes) muito fortes - Nos supermercados, o cheiro de pão fresquinho, de flores na entrada do estabelecimento ou dos legumes da área de hortifruti podem incentivar a compra
TATO
Confira dicas simples para estimular os outros sentidos além do paladar
- Alguns alimentos não precisam de talheres para ser consumidos. Pegá-los com as mãos aumenta a experiência sensorial - É importante manter os produtos – principalmente os da feira – sempre frescos nos supermercados. As pessoas geralmente os apalpam antes de comprá-los
Fontes: Pedro Calabrez Furtado, João Edson Gravata e Hugo Delgado
Visual e cheiro dos produtos incentivam a compra
Os sentidos vão às compras A tática também já vem sendo utilizada por supermercados. Segundo Furtado, há um princípio que, se a empresa colocar os produtos de necessidades básicas no fundo da loja, o cliente anda pelas gôndolas e compra mais. “Porém, recentemente, esta ideia foi invertida. No Pão de Açúcar Verde, por exemplo, as primeiras coisas que se vê são a feira e a padaria. Você sente o cheiro do pão fresco, ele abre seu apetite e sua capacidade de consumir aumenta.” O aroma da comida ativa regiões do cérebro que proporcionam prazer. Por isso, explorar o olfato no ponto de venda estimula o potencial de compra. “Quando a feira é bonita, os produtos são frescos e perfumados, o cliente tem a sensação de confiança. Fazer supermercado é uma experiência muito sensorial”, completa. João Edson Gravata, diretor de operações do Grupo Pão de Açúcar, acredita que o estímulo aos cinco sentidos dos clientes da rede é uma consequência de todo o trabalho da empresa. “A experiência sensorial vem de forma natural quando você, por exemplo, valoriza o espaço da feira, com produtos fresquinhos, que atraem pelo visual, aroma e sabor. E isso é válido para a loja inteira.” O grupo trabalha com o conceito de “show da mercadoria”, que consiste na disposição inteligente de produtos em pontos estratégicos das lojas para atrair os clientes pelos sentidos. Gravata afirma que a ideia vai além da tradicional exposição. Fazem parte de um planejamento por tornar a experiência de ir ao supermercado mais completa e, com isso, aproximar o cliente. “Na maioria das lojas, você encontra flores logo na entrada. Nós queremos que o consumidor se sinta em casa e isso não depende só de como estão expostos os produtos.”
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Menu Internacional
Show
oriental à mesa Sabor e apresentação fazem o noodle, prato milenar chinês, conquistar paladares Por Pedro Marcondes de Moura
O espetáculo gastronômico ajuda a abrir o apetite. Com as mãos, o chef reparte e estica a massa rapidamente, até o macarrão tomar formato de tiras bem finas. Depois, coloca para cozinhar por pouco minutos. Está pronto o noodle. Febre nos Estados Unidos, o prato une as duas correntes culinárias da China Imperial. A primeira defendida pelo pensador Confúcio, de que deve haver um cerimonialismo no preparo dos alimentos. A segunda, dos monges taoístas, favoráveis à simplicidade. Apesar de todo o espetáculo do chef, o prato é simples e rápido. Segundo Sandro Dias, professor de história da gastronomia do Centro Universitário Senac, estudos indicam que o noodle foi criado na província de Gansu, norte da China, há milhares de anos. E, ao contrário de outros pratos asiáticos, como o Yakissoba, não foi levado para o Ocidente pelos imigrantes. “Ele foi descoberto e popularizado no mundo por viajantes. Há até uma procura para trazer estes habilidosos cozinheiros chineses para restaurantes, inclusive no Brasil”, explica. Carnes e vegetais podem acompanhar e dar sabor ao noodle. Sua massa fina absorve o gosto do que for cozido com ele. Os ingredientes, no entanto, são tradicionalmente cortados em formatos pequenos, seguindo a tradição. Afinal, em um país como a China, com bilhões de habitantes e poucas terras férteis, os alimentos precisam ser bem aproveitados.
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Tecnologia
Não basta ter, tem de Profissionais de internet dão recomendações para o site do estabelecimento se tornar solução, não problema Por Ricardo Zanirato
A comunicação de uma empresa é tão importante quanto a qualidade dos produtos utilizados no preparo dos pratos ou o serviço de atendimento. Mesmo que essa premissa pareça básica, alguns micro e pequenos empresários tendem a não dar a devida importância para esta área, principalmente quando o assunto é website. Eles até montam os sites, mas não se atentam para o potencial da internet. Por isso cometem erros, como abandono da página e uso de linguagem de programação inadequada. Considerando o número de usuários brasileiros de internet via computador – 61 milhões de pessoas – e celular – quase 23 milhões –, este é um público que não pode ser desprezado. Muitos estabelecimentos já aprenderam com os próprios erros. Há sete anos, a lanchonete paulistana Pibus investe no site. Segundo Milton Costa, responsável pela operação tecnológica da empresa, no princípio a página era “pobre e não refletia o ambiente do restaurante”. Por isso, não trazia o resultado esperado. Há poucos meses, eles decidiram reformular tudo e lançar promoções exclusivas para os clientes. “Nós contratamos uma empresa especializada e lançamos uma promoção do lanche vegetariano. Chamamos um fotógrafo profissional e uma empresa de marketing digital para dar vida à ideia, e deu certo. Depois de o site ir ao ar, a venda do lanche, que já existia no cardápio, triplicou.”
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Alguns proprietários preferem atualizar e cuidar eles mesmos da imagem no mundo virtual. “Pedi um site em que eu pudesse atualizar os preços. Acho bacana, porque os clientes já sabem quanto poderão gastar”, conta Elizabete Ribeiro, sócia da Choperia do Gordo, em Jacareí (84 km de SP). Manter o site sempre atualizado é uma das principais recomendações. “Grande parte dos estabelecimentos acham que é só fazê-lo e esquecer. Enxergam mais como um cartão de visita que como uma ferramenta para os negócios”, afirma Alessandro da Silva, webmaster da Editora Abril.
Invista no visual Ricardo Marsili, professor de marketing digital do Instituto Infnet, especializado no meio digital, recomenda que as páginas sejam bem descritas, com fotos bem tratadas, e condena o uso de textos em formato de imagem. “A página tem de ser bem taggeada (veja glossário), com uma boa descrição dos pratos e fotos bem feitas.” Mas, na maioria das vezes, não é o que acontece. “Vemos muitos sites desatualizados, com imagens
Errado • • • • • • • •
Site abandonado Texto como imagem Fotos pequenas Site desenvolvido inteiramente em Flash Janelas pop-up Informações desconexas com os produtos vendidos Música sem opção de desligar Design pobre em relação ao estabelecimento
de má qualidade. Muitos empresários contratam amadores ou buscam qualquer fonte que encontraram na internet”, diz o professor. A identidade visual é outro fator importante. “O site precisa ficar próximo do que o restaurante mostra no cardápio, combinar com o logo, ter uma escolha correta das cores”, afirma o editor de arte digital Isaac Haimovic. Para não cair em ciladas, os especialistas recomendam que, na hora de contratar, sejam analisadas referências e o portfólio do profissional ou empresa. De acordo com eles, um site custa a partir de R$ 2 mil para ser produzido.
Buscando visibilidade Página no ar, o próximo passo é ser encontrado em sites de pesquisa. Dados do Alexa, serviço de audiência de páginas na internet, mostra que quase 80% das pessoas chegam aos estabelecimentos por meio dos buscadores. “A página precisa ser atualizada constantemente para ganhar importância e relevância
Certo • • • • • • • •
Atualização constante Fotos grandes e bem nomeadas Itens do cardápio bem descritos Estrutura em HTML História do estabelecimento Localização Mapa de entrega Telefone destacado em todas as páginas
para o Google e outros sites de pesquisa”, conta Alessandro. Para isso, é necessário estar atento a alguns detalhes. “Sites em Flash são mais caros, pesados e não indexam nos mecanismos de pesquisa na rede. Isso acontece porque o texto fica em formato de imagem”, conta Alessandro. Ele explica que, para a página ser bem buscada, ela deve ser feita em HTML, para que os “robôs” dos buscadores a encontrem o mais rápido possível. “Além disso, precisa ter o máximo de conteúdo relacionado com os produtos vendidos”, completa.
Glossário Flash - aplicativo usado para animações, não permite que os mecanismos de busca identifiquem o conteúdo do site HTML - linguagem de programação que exibe o conteúdo da maneira que ele é escrito. Por isso é mais fácil ser encontrado por buscadores Taggear - vem de Tags, termo usado pelos desenvolvedores de página para definir aos buscadores as palavras que referenciam o conteúdo do site Pop up - são aquelas “janelinhas” que pulam na tela quando se abre um site
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Dica do Chef
Iguaria
festiva
A culinarista Norma Santos, da Casa do Barreado, em Paranaguá, Paraná
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Criado para os festejos carnavalescos, o barreado conquista paladares o ano inteiro Por Pedro Marcondes de Moura
A tradição começou há mais de dois séculos. Influenciados pela colonização açoriana, os caiçaras do então distrito de Paranaguá, no litoral paranaense, comemoravam o Carnaval dançando o fandango. Para se alimentarem durante os festejos, criaram um prato especial, o barreado. Espécie de cozido de carne, a iguaria substituía pelos quatro dias a alimentação típica da região – à base de pescados. Os ingredientes trazidos de outras localidades eram cozinhados no vapor de uma panela de barro, vedada com um pirão feito de farinha e água. O utensílio, considerado pelo antropólogo Gilberto Freyre no livro “Açúcar” como uma panela de pressão rudimentar, garantia que o barreado não fosse aquecido rapidamente, podendo ser degustado por toda a festividade. Relatos históricos apontam o quanto o prato fazia parte da vida dos moradores da localidade. Ao voltarem deprimidos da Guerra do Paraguai, os soldados da região, por exemplo, dispensavam o clima de festa, mas não o sabor do barreado. Não por acaso, a iguaria se tornou a receita mais importante da gastronomia paranaense, tendo a sua origem disputada por diversas cidades emancipadas do antigo distrito de Paranaguá, como Morrietes e Antonina. Para manter viva esta tradição gastronômica, a culinarista Norma Santos Freitas abriu a Casa do Barreado há 12 anos, em Paranaguá. “Faço questão de elaborar o prato como aprendi com os meus antepassados”, explica. A receita é servida na panela e cozinhada por mais de um dia, o que dá o toque especial. O estabelecimento recebe anualmente prêmios e indicações de guias gastronômicos. Veja a seguir a receita deste saboroso expoente da culinária do Paraná:
: es t n e i d Ingre
Fotos divulgação
rtado ra e co u d r o tros de g entíme limpo c , a 3 lh r u g po mbo a ente 3 bem adam s de lo o il im u x m tiras o q e r o p a d •5 a t e cor grande os d mado milho adrad fu u e e d q d o o m nos e grã inh peque e touc r a um m d a e il o b il im s u s o o •½q pedaç amanh as em s em t d a a n e ic u p es, peq grand ados bolas e c m pó 3 amass • o lh a inho e e m d o s c nte asa de • 3 de reino sopa r e d r nta do e e lh o im c p e •1 chá d lher de o l c de sal 1 • natura e sopa d s e r ndioca e a lh m o c e d •3 farinha uilo de q ½ • gua o de á • 1 litr
o dentro de um toucinho defumad o e bo lom o ue enta do reino, o Coloq scente o sal, a pim re ac is, po De . te recipien o e os dentes de alh cominho, a cebola m as mãos. Em e os temperos co es rn ca sto as m be e Mistur ras, para pegar go ansar por duas ho sc de ixe de a, id segu uma panela perada dentro de m te e rn ca a ue Coloq os de barro de 15 litr a carne e depois iente para cobrir fic su ua ág e on Adici tampe a panela de água fria e meio one duas xícaras ici ad , sa ha sil va tra Em ou exa até que a mas andioca natural. M m de ra ha du rin o fa uit m de quilo seja nem nsistência que não fique com uma co nem muito mole la de barro com da tampa da pane da ira be a da to Vede r no mínimo 3 envoltório deve te O a. im ac a ur ist am gura pessura e 7 de lar centímetros de es zinhar em fogo a panela para co e qu lo co o, tim úl Por s baixo por 12 hora
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Fique por Dentro
Ticket comemora 35 anos com vagas em cursos Em comemoração aos seus 35 anos no Brasil, a Ticket oferece, em junho e julho, vagas exclusivas em cursos promovidos pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Para saber a lista completa, datas das aulas e fazer sua inscrição, basta entrar em contato com as entidades: Apas Tel. (0/xx/11) 3647-5026 ou escola@apas.com.br
Não deixe de informar que o seu estabelecimento é credenciado Ticket. As vagas são limitadas!
Reprodução
Agas Tel. (0/xx/51) 2118-5204 ou capacitacao@agas.com.br
Das mesas para os livros
Divulgação
Dos amantes da literatura aos da gastronomia, o “Grande Dicionário de Culinária” vem encantando gerações ao longo de seus mais de cem anos de existência. O livro do escritor francês Alexandre Dumas, autor de “Os Três Mosqueteiros” e “O Conde de Monte Cristo”, reúne mais de 400 receitas, 600 verbetes e 275 ilustrações. Lançada no país pela Jorge Zahar Editor, a obra tem 340 páginas e está à venda nas principais livrarias.
Nos dias 11 e 12 de julho acontece em São Paulo a 1ª edição da ExpoPizzaria, no hotel Holiday Inn Parque Anhembi. O evento, voltado ao micro, pequeno e médio empresário da pizza e às indústrias fornecedoras de matérias-primas, apresentará tendências e lançamentos do setor. Durante a feira, haverá o 1º Congresso ExpoPizzaria Sebrae, com palestras gratuitas ministradas por profissionais da entidade. Para mais informações, acesse o site www.expopizzaria.com.br.
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Divulgação
Congresso da pizza
Saindo do Forno
Praticidade gourmet
Imagens divulgação
A marca de produtos premium LeBon lança sua linha de cortes suínos temperados. As cinco novidades são compostas de carnes nobres selecionadas, temperadas na medida certa, e facilitam o dia a dia do consumidor. Entre as opções estão o Filezinho, o Lombo, o Pernil, a Costela e a Picanha.
Refeição educativa
Novidade recheada
O biscoito Club Social está disponível em uma nova versão. Além das opções recheadas Queijo com Cebola, Queijo com Tomate & Manjericão, Provolone e Integral recheado no sabor Queijo, os consumidores podem encontrar agora a versão Nacho.
Para proporcionar às crianças uma experiência divertida, educativa e saborosa na hora da refeição, a Perdigão lança a primeira batata em formato de letras do mercado brasileiro. O produto, da linha Turma da Mônica, é feito de massa de purê de batatas pré-fritas, proporcionando uma textura crocante por fora e macia por dentro. Voltado ao público infantojuvenil, as batatas podem ser preparadas de três maneiras: na frigideira, na fritadeira ou no forno convencional. A novidade está à venda em embalagens de 400 gramas.
Seleção de café A Pilão acaba de ampliar a sua família. Elaborado por meio de uma exclusiva seleção de grãos, o café Pilão Sabor e Leveza foi feito para agradar ao paladar dos que buscam uma bebida naturalmente mais leve, sem abrir mão de sabor e qualidade. O produto, disponível em embalagens de 500 gramas, é ideal para ser consumido nos dias mais quentes.
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Onde encontrar LeBon 0800-722 0730 www.lebon.com.br Perdigão 0800-701 7782 www.perdigao.com.br Café Pilão 0800-707 7442 www.pilao.com.br Club Social 0800-704 1940 www.clubsocial.com.br
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