Prêmio Exportação RS 2014

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revista

prêmio exportação rs publicação do conselho do prêmio exportação rs 2014

ADVB/RS| Agenda2020| APEX-Brasil |Badesul |BancodoBrasil|Banrisul| FARSUL | Fecomércio-RS |Federasul | FEE |FIERGS | PGQP | Porto doRioGrande| PwC | SDPI |UFRGS

Competência

exportadora

As 49 empresas vencedoras dizem “sim” à visão estratégica, à tecnologia, à ousadia e à inovação. e pedem um ”não” ao histórico Custo Brasil. “o acordo de bali e o destravamento da rodada doha vão reduzir a burocracia no mundo.” 1

roberto azevêdo, diretor-geral da organização mundial do comércio – Omc 42º Prêmio Exportação RS

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Land of Creativity Excellence Technology Design Competitiveness Innovation

Tudo que o mundo procura, encontra aqui. Da matéria-prima ao produto de ponta. O Brasil que inova e surpreende é o Brasil que ajudamos a promover. Everything the world is searching, can be found here. From raw materials to high-end products. An innovative and surprising Brazil is the country that we help promote. 2

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índice

14 FESTA DA EXPORTAÇÃO | Export Celebration As 49 empresas, do agronegócio a manufaturados, seguem altivas na proa do mercado externo. Forty-nine companies, ranging from agribusiness to manufacturing, continue to forge ahead in the foreign market.

TABLE OF CONTENTS

05 EDITORIAL Editorial 06 COMÉRCIO EXTERIOR | Foreign Trade É do campo que vem os indicadores positivos para a balança comercial gaúcha. The positive indicators of the state’s trade balance are linked to agriculture. 10 MERCADO EM DEBATE | Market Discussion O Almoço da Exportação 2014 debateu o setor sob o olhar do CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, e do presidente da AEB, José Augusto de Castro. Discussions about the sector, from the perspectives of Bunge Brasil CEO Pedro Parente and AEB president José Augusto de Castro, took place at the Export Luncheon 2014.

37 Destaque Exportador Featured Exporter • Braskem 38 TRAJETÓRIA EXPORTADORA MASTER Superlative Export Track Record • Souza Cruz • STIHL Ferramentas Motorizadas • Taurus 41 Diversificação de Mercados Market Diversification • Borrachas Vipal • EPCOS do Brasil Ltda. • Fras-le • JBS Aves • NOVUS Automação • Peccin S.A. • Piccadilly • Tanac S.A. 49 Dinamismo Exportador Export Dynamism • GSI • IAT – Pandrol Brasil • Oleoplan S.A. OLEOS VEGETAIS PLANALTO • Olfar S/A – Alimentos e Energia • 3 Tentos Agroindustrial

22 HOMENAGEM ESPECIAL | Special Tribute O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, anunciou que a Rodada Doha vai ser concluída e que as regras do jogo do comércio mundial vão mudar. Roberto Azevêdo, Director General of the WTO, announced that the Doha Round will be completed and that the rules of the game for world trade will change. 30 APEX-Brasil | Apex-Brasil Leia entrevista com o presidente Maurício Borges Read interview with Apex-Brasil President, Maurício Borges 36 PERSONALIDADE COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL 2014 | International Personality 2014 Heitor Klein

54 Dinamismo Exportador Trading Export Dynamism Trading • Prisma Brazil • South Service Trading 56 Destaque Mercadológico Marketing Feature • Agrale S.A. • Cooperativa Languiru 58 Destaque Inovação Tecnológica Feature: Technological Innovation • Artecola Química • Comfort Lux 60 Destaque Setorial Featured Sector • Agropecuário | Agriculture and Livestock Farming: Naturovos • Alimentos | Food: Conservas Oderich S/A and Germani Alimentos • Autopeças | Auto Parts: Dana and Keko • Calçados/Couros/Artefatos | Footwear/ Leather/Leather Articles: Paquetá Calçados and Werner Calçados Ltda • Eletroeletrônicos | Electronics: Datacom • Madeira/Derivados | Wood/ Byproducts: CMPC Celulose Riograndense and Flosul Madeiras

• Máquinas/Equipamentos | Machinery/ Equipment: AEL Sistemas and Ciber Equipamentos Rodoviários • Máquinas/Implementos Agrícolas | Agricultural Machinery/Implements: Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo, JAN, Kuhn do Brasil and Semeato • Metalúrgico | Metallurgical: Medabil and Randon S/A • Móveis | Furniture: Multimóveis – Industria de Móveis LTDA • Têxtil | Textiles: BIA Brazil Activewear and ITM • Bebidas Vinho | Wine Beverages: Miolo 82 destaque Pequeno Desbravador Internacional Feature: Small International Pathfinder • Brasilbev 83 Destaque Serviços de Suporte à Exportação Feature: Export Support Services • Grupo Exim • Interlink Cargo • Kuehne + Nagel 86 DIRETORIA ADVB/RS ADVB/RS Board

RS Export Award Magazine - Publication from the RS Export Award Council 2014 Export Competence - The 49 winning companies say “yes” to strategic vision, technology, boldness and innovation and “no” to the historic Brazil Cost.

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Não é só o nome que é diferente.

Porto Alegre Salvador Recife São Paulo Manaus Maceió Natal Fortaleza Goiânia Joinville 4

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Você conhece alguma outra agência que está em 10 estados e em todas as regiões do Brasil? Que é, ao mesmo tempo, a mais antiga agência de capital nacional e uma das mais novas no Rio Grande do Sul? Que tem uma ferramenta estratégica chamada Panorama, com mais de 7 mil dados sobre os mercados regionais que mais crescem no país? Que tem dois sócios cuidando diretamente da entrega em áreas tão fundamentais como criação e planejamento? Esta é a agência do “Rio Grande do Sim” para a ADVB/RS. A agência do “A vida é melhor quando é cooperativa” para o Sicredi. A agência do “Salferiza” para as Lojas Salfer, em Santa Catarina. A agência do “Shopping por fora, Moinhos por dentro” para o Moinhos Shopping. A agência do “Mais, Mais, Mais” para a Mais Econômica, que “Fica perto pra você ficar bem”. A agência do Presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e das suas campanhas. A agência voluntária da Parceiros Voluntários. A agência do comercial em 3D nos cinemas para o Detran/RS. A agência que divide com outras quatro boas agências a conta do Governo do Estado/RS. A agência que ajuda a vender os terrenos da Terrena. A agência que tem muito orgulho de ter conquistado a confiança da Maiojama. A agência que acaba de ganhar a conta da Mahogany Cosméticos. A agência que criou a campanha da Copa do Mundo da RBS. E que acredita que a alma é o negócio da propaganda. Que tal conhecer a nossa? Aí, a gente pode contar ao vivo como é mesmo que se fala o nosso nome.

fabio@morya.com.br | lara@morya.com.br 17/08/14 13:24


Editorial | eDITORIAL

Pensar

Coletivo Veículos, máquinas, calçados, aeronaves, soja, trigo, carne, minérios. A verdade é que o Brasil possui uma ampla pauta exportadora, de produtos primários a bens industrializados. Mesmo com toda essa multiplicidade, nossa participação no comércio mundial é tímida e, ao invés de crescimento, estamos retroagindo, devendo ficar em 1,22% em 2014, a mesma posição de 2008. Ou seja, não conseguiremos nem mesmo o patamar de 2013, quando chegamos a 1,32%. Tal posicionamento nos remete a muitas reflexões, pois não é de hoje que são dados “alertas” sobre a perda do poder de competição no mercado externo. Queremos continuar exportando grãos, sim, até porque, estes produtos demandam novas tecnologias, consequentemente também levam ao embarque de máquinas e equipamentos para o mundo. Mas também queremos vender manufaturados. Com a esteira global cada vez mais rápida, a palavra competitividade não pode sair do radar, assim como o Rio Grande do Sul, com um importante parque fabril, não deve ficar inerte frente a essa realidade. Temos potencial para dobrar nossas exportações, exemplo dado pelas 49 companhias que receberam o Prêmio Exportação RS, realizado há 42 anos e que distingue o desempenho mercadológico e as estratégias inovadoras. Sem se intimidar com cenários econômicos, estas empresas fazem cada vez mais escalas nos portos mundiais, levando a marca gaúcha para os cinco continentes. E é essa determinação que inspira a ADVB/RS em reconhecer casos de sucesso, mas principalmente disseminar estas práticas de mercado, porque fomentar o comércio exterior é estimular o desenvolvimento da economia local, regional e nacional. Em 2013, as empresas gaúchas trouxeram mais de US$ 25 bilhões em divisas para o Brasil e torcida não falta para que estas cifras sejam superadas este ano. Por isso, o movimento Rio Grande do Sim segue com sua determinação. Acreditamos que a construção de um Estado competitivo não depende somente de decisões governamentais, mas de uma união coletiva, com o engajamento de empresas, entidades e sociedade civil. É preciso mudar individualmente para um pensar conjunto em prol do desenvolvimento.

O movimento Rio Grande do Sim segue com a sua determinação. Acreditamos que a construção de um Estado competitivo não depende somente de decisões governamentais, mas de uma união coletiva. Carlos Biedermann, Presidente da ADVB/RS

“The movement ‘Rio Grande do Sim’ continues marching forward with determination. We believe that the building of a competitive State depends not only on governmental decisions, but on a collective uniting of forces.” Carlos Biedermann, President of ADVB/RS

Thinking collectively Vehicles, machinery, footwear, aircraft, soybeans, wheat, meat, minerals. Brazil truly has a broad export portfolio, ranging from primary products to industrialized goods. Despite all this variety, our share in international trade is weak and, instead of growing, we are contracting, with this share only expected to be 1.22% in 2014, exactly where we were in 2008. In other words, we will not even achieve the level of 2013, when we reached 1.32%. This situation provokes much thought, since these “warnings” about loss of competitive power in the foreign market are not at all new. We do want to continue exporting grains, since these products require new technologies and consequently lead to exporting machinery and equipment around the world. However, we also want to sell manufactured products. As the pace continues to quicken internationally, the word “competitiveness” must continually be on our radar, and Rio Grande do Sul, with its important industrial base, cannot be lethargic in the face of this reality. We have the potential to double our exports, as seen by the 49 companies that won the RS Export Award, which has been held for 42 years and honors market performance and innovative strategies. Undaunted by the economic situation, these companies are increasingly shipping to ports worldwide, taking the Rio Grande do Sul brand to the five continents. And it is this determination that inspires ADVB/RS to recognize examples of success, but most of all to disseminate these market practices, because fomenting foreign trade stimulates the development of the local, regional and national economy. In 2013, companies from Rio Grande do Sul brought USD 25 billion in foreign currency to Brazil, with great hope that that these figures will be surpassed this year. For this reason, the movement “Rio Grande do Sim” continues marching forward with determination. We believe that the building of a competitive State depends not only on governmental decisions, but on a collective uniting of forces, with the engagement of companies, organizations and civil society. It is necessary to change individually in order to think unitedly about development.

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COMÉRCIO EXTERIOR | Foreign trade

comercializar

bens industriais é o maior desafio A sinalização de que a economia global está no limiar de um novo ciclo de expansão abre a possibilidade de o Rio Grande do Sul ampliar as vendas externas. Mas é do campo que vêm os indicadores positivos para a balança comercial gaúcha, principalmente da soja, que respondeu por US$ 2,23 bilhões, 86% dos US$ 2,61 bilhões das exportações agropecuárias no primeiro semestre de 2014. Os embarques da oleaginosa foram tão importantes que puxaram o Estado para o 4º lugar no ranking nacional dos exportadores, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – até então, ocupava a 6ª posição. Ao contrário das previsões de crescimento do faturamento “dentro da porteira”, as expectativas da indústria gaúcha não são nada boas. De janeiro a junho, as divisas externas somaram US$ 6,13 bilhões, recuo de 25,8%. Com projeções pessimistas até o fim do ano, a tendência é de que a fatia dos manufaturados na pauta gaúcha, de 78,7% em 2013, caia ainda mais, até porque nesta conta havia entrado os US$ 7,73 bilhões das plataformas de petróleo (são computadas como exportações, porém não saem fisicamente do Brasil). Sem essas operações extraordinárias e com poucas chances de reversão do cenário da noite para o dia, exportar valor agregado se tornou não apenas um desafio para os gaúchos, mas nacional. “As consecutivas reduções de embarques dos bens industrializados demonstram que os nossos produtos têm sido substituídos pela falta de competitividade. Há um movimento de aquecimento na economia mundial, no entanto, sentimos arrefecimento também no consumo interno. A indústria precisa

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No primeiro semestre de 2014, o RS volta ao 4º lugar no ranking nacional de exportadores, porém as vendas de manufaturados seguem em queda

de condições para voltar a investir”, afirma Renato Malcon, presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS, colegiado formado pela Apex-Brasil, Agenda 2020, ADVB/RS, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, Farsul, Federasul, FIERGS, Fecomércio-RS, FEE, Porto do Rio Grande, PGQP, PWC, Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul – SDPI e UFRGS. As 16 instituições públicas e privadas avaliam a performance no exterior das empresas candidatas à premiação dividida em 10 categorias, mais o título de Personalidade Competitividade Internacional.

DESEQUILÍBRIO Lembrando que, em 2013, o déficit na balança brasileira de manufaturados foi de US$ 105 bilhões, o diretor e coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS, Cezar Luiz Müller, frisa que o sucesso para a retomada das exportações da indústria está condicionado à adoção de medidas para aumentar a produtividade e de uma agenda que priorize o segmento exportador. Ainda segundo ele, estas ações vão evitar o desequilíbrio das operações no Estado, hoje com 4.567 importadoras, 77% mais do que as 2.582 exportadoras. Já o presidente da ADVB/RS, Carlos Biedermann, chama a atenção para a urgência da eliminação dos gargalos, principalmente dos custos de produção, ameaça que pode levar à desindustrialização e que faz o Estado ficar balançando posições nos últimos anos. Situação perceptível nos números do comércio internacional, que de janeiro a junho acumula US$ 8,87 bilhões, retração de 20,5%, percentual que leva a

um distanciamento em relação à conta das exportações gaúchas do ano passado, que alcançaram a cifra de US$ 25,1 bilhões, alta de 44,3% sobre 2012.

VISÃO FUTURA Para o diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, Hélio Henkin, apesar do esforço das empresas, de medidas seletivas de apoio e de programas de promoção comercial, isto não é suficiente para evitar a estagnação da participação da indústria brasileira de manufaturados no mercado internacional. “Um enfoque de médio e longo prazo, que articule as estratégias empresariais e as medidas de política de exportação, é condição necessária para reverter este quadro.”

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Selling industrial products is the big challenge During the first half of 2014, Rio Grande do Sul returned to 4th place in the national ranking of exporters, but manufacturing sales continue to drop dramatically Signs that the world economy is on the verge of a new cycle of expansion opens up possibilities for Rio Grande do Sul to boost its sales abroad. However, the positive indicators of the state’s trade balance are tied to agriculture, primarily soybeans, which accounted for USD 2.23 billion, 86% of the USD 2.61 billion in agricultural exports for the first half of 2014. Soybean shipments were so important that they catapulted the state to 4th place in the domestic ranking of exporters, behind São Paulo, Minas Gerais and Rio de Janeiro – until then, it held 6th place. Unlike the forecast for growing agricultural sales revenue, the prospects for industry in Rio Grande do Sul are not at all promising. From January to June, foreign currency totaled USD 6.13 billion, a drop of 25.8%. With pessimistic projections for the rest of the year, the trend is that the share of manufactured goods in the state’s export portfolio, which was 78.7% in 2013, will drop even further, mainly because USD 7.73 billion for oil rigs were included in the account (they are counted as exports, even though they do not physically leave Brazil). Without these exceptional operations and with little chance of reversing this scenario from one day to the next, exporting added value is becoming a challenge not only for Rio Grande do Sul, but for the country. “The consecutive drops in exports of industrialized goods prove that our

products have been replaced due to lack of competitiveness. The international economy has been picking up, but domestic consumption is cooling down. Industry needs proper conditions to start investing again,” said Renato Malcon, Chairman of the RS Export Award Council, comprised of Apex-Brasil, Agenda 2020, ADVB/RS, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, Farsul, Federasul, FIERGS, Fecomércio-RS, FEE, Port of Rio Grande, PGQP, PWC, Department of Development and Investment Promotion of Rio Grande do Sul (SDPI) and UFRGS. These 16 public and private institutions evaluate the international performance of the companies nominated for the award - divided into ten categories, as well as the title of International Personality.

IMBALANCE Recalling that, in 2013, the Brazilian trade deficit for manufactured goods was USD 105 billion, the director and coordinator of the International Relations and Foreign Trade Council of FIERGS, Cezar Luiz Müller, emphasized that success in resuming exports depends on the adoption of measures that will increase productivity and an agenda that prioritizes the export segment. In his view, such measures would also avoid the imbalance existing in the state, where there are currently 4,567 importers, 77% more than the 2,582 exporters. In turn, ADVB/RS President Carlos Biedermann emphasizes the urgent need to eliminate bottlenecks, primarily production costs, a threat which could lead to deindustrialization and causes the state to oscillate in export rankings. This can be noted in international trade figures, where the accumulated total from January to June was USD 8.87 billion, a drop of 20.5%, which leaves the state trailing behind last year’s export results of USD 25.1 billion, a 44.3% increase over 2012.

FUTURE VISION

Há um movimento de aquecimento na economia mundial, no entanto, sentimos arrefecimento também no consumo interno. A indústria precisa de condições para voltar a investir. Renato Malcon, Presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS

”The international economy has been picking up, but domestic consumption is cooling down. Industry needs proper conditions to start investing again.” Renato Malcon, Chairman of the RS Export Award Council

According to the Director of the Department of Economic Sciences at UFRGS, Hélio Henkin, despite the efforts of companies, of selective support measures and commercial promotion programs, this is not enough to prevent the stagnation of Brazil’s share of manufactured goods in the international market. “A medium and long-term focus, which combines corporate strategies and export policy measures, is a necessary condition for turning this situation around.” Another factor is added to the list by economist Régis Luiz Conte, vice-president and coordinator of the International Trade Division of Federasul: the main problem with competitiveness is the lack of investments in technology, which ultimately undermines the productivity of companies. “It’s time to assess the evolution of Brazilian productivity over recent years, comparing it with what’s happening in our other countries and identifying the factors that affect the efficiency of different sectors. Only then will Brazil be able to grow in a sustainable manner,” added Emerson

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COMÉRCIO EXTERIOR | Foreign trade

Macedo, partner at PwC Brasil. In turn, the Operations Director of Badesul Luís Felipe Maldaner, argues that expanding the export of manufactured goods is related to the issue of Mercosur, which excludes Brazil from most bilateral or free trade agreements. According to the World Trade Organization (WTO), there are over 400 agreements registered. “Accordingly, partners will do business among themselves and, consequently, bypass countries which are not part of these agreements. Therefore, it is urgent that we rethink our foreign trade strategy. Otherwise, manufactured goods will continue losing more markets.”

Os conselheiros do Prêmio Exportação RS têm uma rotina de reuniões para debater a evolução e temas do comércio exterior | The members of the RS Export Award Council routinely meet to discuss subjects related to the export situation and its evolution

Outro componente é acrescentando à lista pelo economista Régis Luiz Conte, vice-presidente e coordenador da Divisão de Comércio Exterior da Federasul: o maior problema da competitividade é a falta de investimentos em tecnologia, o que acaba minando a produtividade das empresas. “É hora de avaliar a evolução da produtividade brasileira nos últimos anos, comparando-a com o que está ocorrendo em outros países e identificando os fatores que afetam a eficiência dos diferentes setores. Somente assim o Brasil poderá crescer de maneira sustentável”, complementa Emerson Macedo, sócio da PwC Brasil. Já o diretor de Operações do Badesul, Luís Felipe Maldaner, afirma que a dificuldade na ampliação da exportação de manufaturados reside na vinculação com o Mercosul, o que deixa o País fora da maioria dos acordos bilaterais e de livre comércio. Segundo a própria Organização Mundial do Comércio (OMC), existem mais de 400 acordos registrados. “Dentro desta lógica, parceiros farão comércio entre si, por consequência preterindo países não inseridos nesses acordos. Assim, é urgente a tarefa de pensar a estratégia de atuação no comércio exterior, sob pena de os manufaturados perderem mais mercados”.

FATOR CÂMBIO Por outro lado, o fator câmbio, que contribuiu, em boa parte, para as atuais distorções no comércio exterior, não é mais tão visto como vilão da história. Pelo

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EXCHANGE RATE FACTOR

On the other hand, the exchange rate factor, which contributes in large part to the current distortions in foreign trade, is no longer so considered the villain of the story. To the contrary, it should contribute contrário, deve contribuir para a expansão da to increasing the commercial trade balance. The dollar, hovering around R$ 2.25 to R$ 2.30, will balança comercial. O dólar, gravitando em continue at this rate until the end of the year, torno de R$ 2,25 e R$ 2,30, vai predominar maintains Nara Cabral, Executive Superintendent até o final do ano, argumenta Nara Cabral, of the Currency Exchange Unit of Banrisul. “Companies must improve processes and catalyze superintendente executiva da Unidade relationships with partners who are able to provide de Câmbio do Banrisul. “As empresas agility in relation to demands. This difference will precisam aprimorar os processos e catalisar make a company competitive, regardless of the exchange rate, says Renato Henrique da Silva, relacionamentos com parceiros capazes de General Manager of the Regional Foreign Trade proporcionar agilidade às demandas. Esse Support Unit of Banco do Brasil. diferencial fará a empresa ser competitiva, Likewise, PGQP Executive Coordinator Luiz independentemente de câmbio”, relata Renato Ildebrando Pierry advocates that the future requires a new way of thinking, where Henrique da Silva, gerente geral da Unidade improvements in production will achieve new Regional de Apoio ao Comércio Exterior do heights of excellence and be able to spur exports. In other words, just technology is not enough. It Banco do Brasil. is essential to seek after excellence and quality. Também o coordenador executivo do PGQP, Although the path to international trade is laden Luiz Ildebrando Pierry, prega que o futuro exige with obstacles, the Coordinator of the Business and Competitive Intelligence Unit of Apex-Brasil, um novo pensamento, no qual as melhorias Marcos Lélis, argues that market diversification na produção atinjam níveis de excelência e is crucial for companies. This is an approach consigam alavancar as exportações. Ou seja, that SDPI also closely adheres to. “In addition to industrial policy, the government promotes só tecnologia não é o suficiente. É preciso access to the international market by sponsoring buscar a excelência e a qualidade. Embora the exhibition of products in trade fairs. During the as dificuldades tornem pedregosa a estrada first half of the year, 174 companies participated in 13 international events. Another tool is internacional, o coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex- government and technical missions, such as those involving China, South Korea, Cuba and Israel,” Brasil, Marcos Lélis, destaca a diversificação de explains Sandra Ferreira, Director of the Business Promotion Department. mercados como essencial para as empresas.

Ponto seguido à risca pela SDPI. “Além da política industrial, o governo fomenta o acesso ao mercado internacional subsidiando a exposição de produtos em feiras. No primeiro semestre, 174 empresas participaram de 13 eventos internacionais. Outro dispositivo são as missões governamentais e técnicas, a exemplo das realizadas para a China, Coreia do Sul, Cuba e Israel”, explica Sandra Ferreira, diretora do Departamento de Promoção de Negócios.

SAFETY BUFFER Agricultural sales, a strong indicator of the state’s economy, also dropped by 4.9% from January to June, during which time USD 2.61 billion was sold abroad. This however does not change the outlook for agriculture. “In relation to the super harvest of 13.2 million tons of soybean, most of it is stored, which signals a positive trend for indicators in the next few months,” says Foundation of Economics and Statistics economist, Guilherme Risco. For Antonio da Luz, economist from the Farsul

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COLCHÃO DE AMORTECIMENTO Balizador da economia gaúcha, a agropecuária também retraiu as vendas em 4,9% de janeiro a junho, período em que foram vendidos para o exterior US$ 2,61 bilhões. Mas isso não muda a paisagem do campo. “Da supersafra de 13,2 milhões de toneladas de soja, a maior parte está armazenada, o que aponta para tendência positiva nos indicadores para os próximos meses”, diz o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Guilherme Risco. Para o economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz, os produtos agrícolas continuarão sendo o colchão de amortecimento da balança comercial do Brasil e do Rio Grande do Sul. Mais do que isso, falar de soja é falar em alto valor agregado. “Hoje, o conceito de cultivo mudou. Basta olhar a tecnologia embarcada dentro de uma fazenda. Ao vender soja, estamos exportando outros setores juntos, desde máquinas e insumos a serviços”, explica Luz. Aliás, há também muito território a ser Renato Malcon Presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS | Chairman of the RS Export Award Council

Carlos Biedermann Presidente | President

Marcos Lélis Coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva | Coordinator of the Business and Competitive Intelligence Unit

Humberto Busnello Presidente do Conselho de Administração da Polo RS Chairman of the Board of Directors of Polo RS

Luis Felipe Maldaner Diretor de Operações Operations Director

explorado pelas empresas de serviços, segundo o vice-presidente e coordenador do Conselho de Comércio Exterior da Fecomércio-RS, Arno Gleisner. “Nossas exportações são incipientes, mas estamos trabalhando, junto a outras entidades, para reforçar a importância do setor.” Trabalho também não falta no Porto do Rio Grande. “Temos capacidade de carregamento operacional de 170 mil toneladas/dia e de armazenamento de 1.770.000 toneladas estáticas. Em 2013, 14 milhões de toneladas de grãos foram exportadas pelo porto. Estamos em constante melhoria, de infraestrutura e gestão, sempre visando à expansão dos negócios”, diz o diretor de Infraestrutura, César Wojciechowski. Em outra ponta, o presidente do Conselho de Administração da Polo RS – Agenda 2020, Humberto Busnello, lembra que a atração de investimento depende de condições ofertadas pelo Estado, infraestrutura e legalidade. “Poderíamos atrair investimentos, especialmente de saneamento e eletricidade, porém geralmente emperram na burocracia.”

Renato Henrique da Silva Gerente Geral da Unidade Regional de Apoio ao Comércio Exterior | General Manager of the Regional Unit for Foreign Trade Support

Nara Regina Pires Cabral Superintendente Executiva da Unidade de Câmbio | Executive Superintendent of the Currency Exchange Unit

Antônio da Luz Economista | Economist

Arno Gleisner Vice-Presidente e Coordenador do Conselho de Comércio Exterior Vice-President and Coordinator of the Foreign Trade Council

System, agricultural products will continue to serve as a safety buffer for the trade balance of Brazil and Rio Grande do Sul. Furthermore, soy represents high added value. “Nowadays, the concept of farming has changed. Simply take a look at the onboard technology on a farm. When we sell soybeans, we are exporting other sectors together with it, ranging from machines and inputs to services,” explains Luz. There is also plenty of ground to be explored by services companies, according to Fecomércio-RS Vice-President and Coordinator of the Foreign Trade Council Arno Gleisner. “Our exports are incipient, but we’re working, together with other organizations, to strengthen the importance of the sector. There is also no lack of work at the Port of Rio Grande. “We have an operating load capacity of 170,000 tons/day and storage capacity for 1,770,000 static tons. In 2013, 14 million tons of grain was exported through the port. We are constantly improving infrastructure and management in order to expand business,” says Infrastructure Director Cesar Wojciechowski. On another point, the Chairman of the Board of Directors of Polo RS – Agenda 2020, Humberto Busnello, notes that attracting investment depends on conditions provided by the state, infrastructure and legality. “We could be attracting investments, especially in sanitation and electricity, but they generally get bogged down with bureaucracy.”

Régis Luiz Conte Vice-Presidente e Coordenador da Divisão de Comércio Exterior Vice-President and Coordinator of the Foreign Trade Division

Cezar Müller Diretor e Coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior Director and Coordinator of the International Relations and Foreign Trade Council

Guilherme Rosa de Martinez Risco Economista | Economist

Luiz Ildebrando Pierry Coordenador Executivo Executive Coordinator

César Wojciechowski Diretor de Infraestrutura Infrastructure Director

Emerson Macedo Sócio | Partner

Sandra Ferreira Diretora do Departamento de Promoção de Negócios | Director of the Business Promotion Department

Hélio Henkin Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas | Director of the School of Economic Sciences at UFRGS

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Mercado em debate| MARKET DISCUSSION

Palco de debate sobre o comércio exterior e do lançamento do 42º Prêmio Exportação RS, o Almoço da Exportação 2014 reuniu o CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, e o presidente da AEB, José Augusto de Castro

O Brasil é um País continental, é um player no agronegócio e conta com uma indústria diversificada, setores que geraram uma riqueza de R$ 4,84 trilhões em 2013, um crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) sobre o ano anterior. Mesmo assim vive um dilema: ao mesmo tempo em que acena com oportunidades, tem desafios a vencer. Um deles é garantir uma posição competitiva, que depende, sobretudo, da redução do Custo Brasil. Este é o único caminho para aumentar as vendas externas e no mercado doméstico, segundo o CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, e o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, que palestraram no Almoço da Exportação 2014, palco do lançamento do 42º Prêmio Exportação RS. No talk show, mediado pela jornalista Carolina Bahia, em abril, no Hotel Sheraton Porto Alegre, eles deixaram claro que, enquanto não forem resolvidas as deficiências no ambiente de negócios (alta carga tributária, logística, encargos trabalhistas e burocracias), o Custo Brasil continuará a onerar o produto final, tirando a competitividade, rebaixando os investimentos internos e eliminando o País da agenda dos investidores estrangeiros. No ano passado, o conjunto de entraves estruturais encareceu 33,7% as mercadorias do setor manufatureiro brasileiro em comparação aos produtos importados. Mais do que um raio-x da situação para uma plateia de lideranças, entre elas o governador do Estado, Tarso Genro, o prefeito de Porto Alegre, José

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Custo Brasil

amarra a competitividade Fortunati, secretários estaduais, líderes de entidades e empresários, os dois executivos concordaram que a retomada do desempenho da indústria, depende, sim, da esfera governamental. Porém as conversas não têm sido eficientes. “A falta de diálogo entre o governo e o setor privado provoca redução no apetite do empresário em investir. É preciso posicionamento sobre as regras do jogo, adicionando valor para os dois lados”, avaliou Parente. Para Castro, o governo pensa no curto prazo, com medidas paliativas que não combatem a causa do problema, e os empresários exigem ações a longo prazo.

PERSISTÊNCIA Observando que os 14 maiores exportadores mundiais são vendedores de manufaturados, lista na qual o Brasil não se faz presente, o presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS, Renato Malcon, disse que o tema Desafios e Alternativas para as Exportações Gaúchas de Manufaturados foi escolhido como norteador do Prêmio Exportação RS para mostrar que, apesar das dificuldades, as empresas nacionais seguem embarcando produtos para os cinco continentes. Já o presidente da ADVB/RS, Carlos Biedermann, reforçou que “o encontro é uma forma de gerar reflexão em prol do desenvolvimento para um Rio Grande competitivo e de destaque no mundo globalizado”. Potencial reconhecido pelo governador Tarso Genro. “O Estado se sente recompensado pelo esforço do setor”, relatou.

Direcionamento de ações para países compradores O Brasil está na 22ª posição no ranking dos exportadores mundiais de manufaturados. O setor registra déficits desde 2007 (US$ 9,24 bilhões), chegando a US$ 105 bilhões em 2013. “Precisamos fazer o dever de casa, investir em infraestrutura e ter uma política de comércio exterior agressiva”, disse José Augusto de Castro, presidente da AEB, defendendo um direcionamento de ações para países grandes compradores. Caso dos Estados Unidos, que respondia por 32% das exportações em 2003, e agora absorve 14%.

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As duas lideranças reforçam que para garantir posição competitiva é preciso reduzir o Custo Brasil | The two leaders stress that to ensure competiveness, the Brazil Cost must be reduced

Há muito a ganhar se houver mudanças Também mirando um ambiente sustentável de negócios, que proporcione a ampliação da capacidade produtiva, o CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, afirmou que o País está deixando de ser um mercado atraente e interessante devido aos entraves e frequentes alterações regulatórias. Nos últimos 20 anos, mais de 240 mil atos regulatórios foram liberados. “O Brasil tem cerca de 60 milhões de hectares cultivados e pode chegar a 400 milhões de hectares, portanto, tem muito a ganhar se revisar as mudanças necessárias.”

Brazil Cost hinders competitiveness Setting for discussions about foreign trade and launch of the 42nd RS Export Award, the Export Luncheon 2014 featured Bunge Brasil CEO, Pedro Parente, and AEB President, José Augusto de Castro. Brazil, a country of continental dimensions, is a major player in agribusiness and has a diversified industrial base – sectors which generated wealth of BRL 4.84 trillion in 2013 and 2.3% growth in the Gross Domestic Product (GDP) in relation to the previous year. Even so, it is facing a dilemma: at the same time that opportunities abound, there are challenges to be overcome. One of these is ensuring competitiveness, which depends, essentially, on reducing the Brazil Cost. This is the only way foreign and domestic sales can be increased, according to the CEO of Bunge Brasil, Pedro Parente, and President of the Brazil Foreign Trade Association (AEB), José Augusto de Castro, who gave talks at the 2nd Export Luncheon, setting for the launch of the 42nd RS Export Award. During the talk show, mediated by journalist Carolina Bahia, in April, at the Hotel Sheraton Porto Alegre, they emphasized that if the deficiencies in the business sphere are not resolved (high tax burden, logistics, payroll charges and bureaucracy), the Brazil Cost will continue making final products more expensive, stripping away competitiveness, reducing domestic investments and taking the country off the agenda of foreign investors. Last year, structural hindrances made Brazilian manufactured goods 33.7% more expensive in comparison to imported products. More than providing an X-ray of the situation for an audience of leaders, including State Governor Tarso Genro, the mayor of Porto Alegre, José Fortunati, state secretaries, leaders of organizations and businessmen, the two executives agreed that restoring the performance of industry depends on the government. However, the discussions have not been effective. “The lack of dialogue between the government and the private sector

makes entrepreneurs less eager to invest. The rules of the game need to be clearly defined, adding value to both sides, deemed Parente. In Castro’s opinion, the government thinks short-term, employing stopgap measures that do not attack the root of the problem, while entrepreneurs demand long-term actions.

PERSISTENCE Noting that the world’s 14 largest exporters are sellers of manufactured goods, a list which does not include Brazil, the Chairman of the RS Export Award Council, Renato Malcon, said that the theme Challenges and Alternatives for Rio Grande do Sul Manufacturing Exports was chosen as a beacon for the RS Export Award to illustrate that domestic companies, despite difficulties, continue shipping their products to the five continents. Carlos Biedermann, President of ADVB/RS, underlined that “the meeting is a forum for promoting reflection on the development of a Rio Grande that is competitive and prominent in the globalized world.” Potential recognized by Governor Tarso Genro. “The state greatly benefits from the efforts of the sector,” he shared.

Actions targeting buyer countries Brazil is 22nd in the international ranking of exporters of manufactured goods. The sector has been posting deficits since 2007 (USD 9.24 billion), climbing to USD 105 billion in 2013. “We need to roll up our sleeves, invest in infrastructure and have an aggressive foreign trade policy,” said José Augusto de Castro, President of AEB, advocating actions that target buyer countries, such as the United States, which accounted for 32% of exports in 2003, and now only absorbs 14%.

There’s much to be gained if changes are made Also looking at a sustainable business environment that would enable production capacity to be expanded, Bunge Brasil CEO Pedro Parente said that Brazil is starting to be a less attractive and interesting market due to hindrances and frequent regulatory changes. In the last 20 years, more than 240,000 regulatory acts have been enacted. “Brazil has around 60 million hectares of cultivated land and it could reach 400 million. Thus, there is much to be gained from making the necessary changes.”

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Mercado em debate| MARKET DISCUSSION

almoço da

exportação 201 Export Luncheon 2014

Carlos Biedermann, Pedro Parente e Nelson Sirotsky

José Augusto de Castro

José Fortunati e Pedro Parente

Carlos Sperotto, Carolina Bahia, Marcelo Lopes, Cláudio Guenther e Alfredo Tellechea

Renato Kunst, Clovis Tramontina e Joselito Gusso

Daniel Randon, Walter Cruz e Ricardo Portolan

Adalberto Leist, Elvin Delmonego e Heitor Klein

encontro foi momento de debater os entraves e as perspectivas do comércio exterior | Meeting was a time to

Pedro Parente, Carlos Biedermann, Renato Malcon, José Augusto de Castro e Paulo Marcelo Tigre

discussobstaclesandperspectivesinrelationtoforeigntrade

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014 Tarso Genro, Nelson Sirotsky e Pedro Parente

Pedro Parente

Lideres empresariais e políticos no lançamento do 42º PRÊMIO EXPORTAÇÃO RS | Business leaders and politicians at the launch of the 42nd RS EXPORT AWARD

Almoço no Sheraton mobilizou o setor Luncheon at the Sheraton mobilized the sector

Cláudio Goldsztein e Daniel Randon

Renato Malcon, Tarso Genro e Carlos Biedermann

Conselho do Prêmio Exportação RS

Negócios e cenários econômicos pautaram o encontro promovido peloConselhodoPrêmioExportaçãoRS| Business and economic

Antonio Tigre, Paulo Tigre e Paulo Marcelo Tigre

scenariosmarkedthemeetingsponsoredbytheRSExportAwardCouncil

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festa da exportação | Export Celebration

Ao distinguir a competência exportadora, o 42º Prêmio Exportação RS mostrou, mais uma vez, proximidade com o mercado. Foi palco do anúncio da OMC de que a liberalização do comércio mundial vai avançar

Valorização às empresas

COM força EXP

Mesmo com os sinais de reaquecimento da economia dos Estados Unidos e da Europa, mais as previsões da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que o comércio mundial deve crescer 4,07% em 2014, as vendas externas brasileiras continuam patinando. No primeiro semestre deste ano, as exportações somaram US$ 110,53 bilhões, queda de 2,6% sobre igual período de 2013. Independentemente de projeções e indicadores, a mercê de marés econômicas, 49 companhias, do agronegócio a manufaturados, seguem altivas na proa do mercado externo. Determinação de segurar firme o leme de suas empresas, sem titubear aos solavancos provocados pela poucas condições de competição, que foi consagrada no 42º Prêmio Exportação RS, título rubricado por 16 instituições públicas e privadas que formam o Conselho do Prêmio Exportação RS. A cerimônia, em 9 de junho, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, carimbou sua dimensão internacional ao homenagear o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, que trouxe boas notícias. Segundo Azevêdo, até dezembro será concluído um plano de trabalho para destravar a Rodada Doha, que se arrasta desde 2008. “A eliminação de subsídios à exportação agrícola, defesa comercial, acordos, enfim, várias negociações estão sobre a mesa e devem mudar as regras do jogo. A meta é diminuir as fontes de distorção entre o comércio dos países”, anunciou o chefe do órgão máximo do comércio internacional,

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mpresas

EXPORTADORA

Valuing COMPANIES WITH EXPORT COURAGE By honoring the export competence of 49 companies, the 42nd RS Export Award demonstrated once again its unique importance: it was the stage for the announcement by the WTO that international trade liberalization will move forward. Despite indications that the economies of the United States and Europe are gaining strength, in addition to the forecasts of the World Trade Organization (WTO) that international trade will grow 4.07% in 2014, Brazilian sales abroad have continued to make little headway. In the first six months of this year, accumulated exports totaled USD 110.53 billion, a 2.6% drop in relation to the same period in 2013. Regardless of projections and indicators, at the mercy of economic tides, 49 companies, ranging from agribusiness to manufacturing, continue to forge ahead in the foreign market. Determination to firmly steer their companies, without being intimidated by the poor conditions for competing, was honored at the 42nd RS Export Award, a distinction endorsed by 16 public and private institutions that form the RS Export Award Council. The ceremony, held on June 9, at the Bourbon Country Theater, in Porto Alegre, displayed its international dimension by paying tribute to the Director-General of the WTO, Brazilian Roberto Azevêdo, who brought good news. According to Azevêdo, a new working plan will be completed by December to get the Doha Round moving, which has been dragging on since 2008. “The elimination of agricultural export subsidies, trade protection, agreements – ultimately, various negotiations are on the table which should change the rules of the game. The goal is to reduce sources of discrepancy in trade between countries,” announced the head of the highest international trade body, in a video shown at the event (see more on page 22), who was not able to attend the ceremony due to meetings in Geneva. The theme of this edition of the award – Challenges and Alternatives for Exporting Manufactured Products from Rio Grande do Sul – could not have been timelier. In recent years, the contraction of exports in the sector has been recurrent. In 1994, manufactured products represented 57.3% of foreign sales, and now only 34.4% - during the first six months of 2014, exports totaled USD 38.07 million, a 10.2% decrease. “We’re not going to let go of any market. Even with internal and external hardships, Brazilian footwear is in more than 150 countries,” said Heitor Klein, Executive President of the Brazilian Shoe Manufacturers Association (Abicalçados), elected International Personality 2014.

INNOVATIVE AND ENTERPRISING

As 49 empresas que subiram ao palco receberam homenagem à altura da suas performances no competitivo mercado exportador | The 49 companies that went on stage were honored for their excellent performance in the competitive export market

Imbued with the spirit of entrepreneurship and persistence – this was the general sentiment underlying the recognition of the talent of the RS Export Award winners. “The award is a tool that enhances management efficiency. The companies that won outdo themselves daily in developing

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festa da exportação | Export Celebration

Carlos Biedermann deu ênfase ao Rio Grande do Sim e valorizou a eficiência de gestão como motor do desenvolvimento | Carlos Biedermann placed emphasis on Rio Grande do Sim and the importance of management efficiency to drive development

em vídeo exibido no evento (veja mais na página 22), que não compareceu à cerimônia devido a reuniões em Genebra. O tema desta edição do prêmio - Desafios e Alternativas para as Exportações Gaúchas de Manufaturados - não poderia ser mais oportuno. Nos últimos anos, a retração dos embarques do setor tem sido recorrente. Em 1994, os manufaturados representavam 57,3% das vendas para o mundo, e agora 34,4%, nos primeiros seis meses de 2014, as exportações somaram US$ 38,07 milhões, decréscimo de 10,2%. “Não vamos abandonar nenhum mercado. Mesmo diante de adversidades internas e externas, o calçado brasileiro está em mais de 150 países”, disse Heitor Klein, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), eleito Personalidade Competitividade Internacional 2014.

internacional”, frisou o presidente da ADVB/RS, Carlos Biedermann, ao anunciar ações do Rio Grande do Sim, movimento que há dois anos propõe a união coletiva pelo desenvolvimento do Estado. Foco em inovação é o que não falta para a Randon S.A Implementos e Participações. “A Randon é a única no segmento de semirreboques no mundo que tem um campo de provas para testar os produtos. Isso é garantia de segurança para o comprador”, afirmou o diretor de Marketing, Cesar Pissetti. A empresa de

innovative strategies to make products more competitive in the international market,” stressed ADVB/RS President Carlos Biedermann, when announcing the initiatives of “Rio Grande do Sim”, a movement that for two years has been promoting the uniting of forces to develop the state. Focus on innovation is not lacking when it comes to Randon S.A Implementos e Participações. “Randon is the only company in the semi-trailer segment in the world that has a proving ground for testing products. This gives buyers guaranteed safety,” said Marketing Director Cesar Pissetti. The company from Caxias do Sul earned USD 113.9 million through exports in 2013. The goal of the Randon holding company is to double the size of the companies over the next five years. Almost 70 years in the business and exporting for over 20, Languiru, from Teutônia, is model of entrepreneurship. With chicken shipments to over 40 countries, the cooperative is forecasting BRL 1 billion in revenue in 2014. Part of this will come from pork sales – which started this year – due to its new pork processing plant in Poço das Antas. “We have made significant investments in infrastructure and technology. The cooperative is now prepared to serve the world’s most demanding markets, said CEO Dirceu Bayer. According to Marcos Oderich, Chief Commercial Officer of Conservas Oderich, located in São Sebastião do Caí, markets exist, but the problem is financial costs in Brazil. “Funding is still very expensive. In our line of work, since it is a seasonal product, we have to stock up for long months, which requires financing comparable to the international market. Japan, for example, has practically zero financial costs, and in Europe it’s in the neighborhood of 2-3% per year,” he said, arguing that Brazil needs to be efficient from start to finish.

INOVAR E EMPREENDER Imbuído do espírito de empreendedorismo e persistência. Assim foi o tom de reconhecimento ao talento das vencedoras do Prêmio Exportação RS. “A premiação é uma iniciativa que valoriza a eficiência da gestão. As empresas agraciadas se superam dia a dia no desenvolvimento de estratégias inovadoras para tornar mais competitivos os produtos no mercado

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Emocionado com o título Personalidade Competitividade Internacional 2014, Heitor Klein dedicou seu espaço para agradecer e dividir o reconhecimento com as suas equipes | Moved by the title bestowed upon him as International Personality 2014, Heitor Klein took advantage to give thanks and share the honor with his teams

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A eliminação de subsídios à exportação agrícola, defesa comercial e acordos são negociações que estão sobre a mesa e devem mudar as regras do jogo. A meta é diminuir as fontes de distorção entre o comércio dos países. Roberto Azevêdo, Diretor-geral da OMC A cerimônia ganhou dimensão internacional com a presença, em vídeo, do diretor-geral do órgão máximo da área, Roberto Azevêdo | The ceremony took on an international dimension with the video participation of the Director General of the organization, Roberto Azevêdo

Caxias do Sul faturou US$ 113,9 milhões com exportações em 2013. A holding Randon tem a meta de dobrar o tamanho das empresas nos próximos cinco anos. Quase sexagenária e exportando há mais de 20 anos, a Languiru, de Teutônia, é um modelo de empreendedorismo. Com embarques de cortes de aves para mais de 40 países, a cooperativa prevê um faturamento de R$ 1 bilhão em 2014. Parte do resultado virá das vendas de suínos industrializados no novo frigorífico em Poço das Antas. “Fizemos altos investimentos em infraestrutura e tecnologia. Hoje, a cooperativa está preparada para atender os mercados mais exigentes do mundo”, disse o presidente Dirceu Bayer. Para Marcos Oderich, diretor comercial da Conservas Oderich, de São Sebastião do Caí, mercados existem, o problema é o custo financeiro no País. “O dinheiro ainda é muito caro. Na nossa atividade, por se tratar de produto sazonal, temos que estocar por longos meses, o que exige linhas de financiamento comparáveis ao mercado internacional. O Japão, por exemplo, tem praticamente custo zero financeiro, e na Europa é algo entre 2% e 3% ao ano”, disse, argumentando que o Brasil precisa ser eficiente de ponta a ponta.

“The elimination of agricultural export subsidies, trade protection, agreements – ultimately, various negotiations are on the table which should change the rules of the game. The goal is to reduce sources of discrepancy in trade between countries.” Roberto Azevêdo, Director-General of the WTO

NA VANGUARDA A expansão econômica do Rio Grande do Sul, com reflexos na economia brasileira, é objetivo do Conselho do Prêmio Exportação RS, presidido por Renato Malcon. Segundo ele, a interligação dos mercados mundiais, se, por um lado estimula o processo de crescimento das riquezas, por outro contém o risco da contaminação imediata de crises específicas e desacertos. “Neste contexto, o reconhecimento vem cumprindo fielmente seu papel, distinguindo as empresas que souberam destacarse na conquista do mercado exterior, abrindo portas e janelas para um mundo de acirrada competição e complexos interesses”, frisou, explicando que o colegiado do Prêmio Exportação RS adota critérios objetivos, dentro de uma ordem qualitativa e quantitativa, baseada em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para a escolha dos agraciados.

PREÇO ANULA VOLUMES Os produtos básicos sempre tracionaram as cifras das exportações, principalmente do Rio Grande do Sul. No entanto, as estatísticas começam a apresentar um

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festa da exportação | Export Celebration

Não existe mágica. As empresas premiadas conhecem os gargalos de infraestrutura, de câmbio e Custo Brasil, e, mesmo com todas as dificuldades, mantêm o perfil de investir em competitividade Paulo Marcelo Tigre, CEO do Prêmio Exportação RS

“There’s no magic. The companies that won are aware of the infrastructure, exchange rate and Brazil Cost bottlenecks, and, despite all the difficulties, continue to invest in competitiveness.” Paulo Marcelo Tigre, CEO of the RS Export Award

desempenho mais moderado deste segmento, que registrou crescimento de apenas 2,9% no acumulado do ano. Mesmo com as vendas externas recordes de soja, café e carne bovina, o crescimento do volume foi praticamente anulado pela queda de 7,2% dos preços internacionais das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional). Para o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, a oscilação de mercado é natural. “Vamos ter um assentamento de preços. Teremos que nos adequar e trazer os custos de produção a esse patamar”, disse. O presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, observa que a capacidade de exportação do País é limitada. “Os números na balança comercial só disparam quando há demanda de outras nações por commodities e produtos agrícolas. Sem este componente, eles caem, porque não conseguimos exportar serviços, bens de capital ou produtos industrializados com valor agregado.”

Com exportações para mais de 60 países, a empresa nem pensa em aumentar os destinos, somente melhorar os canais de distribuição em cada país. Ainda conforme Pezzin, há possibilidade de formação de joint venture. “Estamos estudando dois locais, mas não posso adiantar. A parceria será um negócio independente.” Investimento em tecnologia também é o mantra da Stihl, líder no mercado de ferramentas motorizadas portáteis. “Embarcamos 50% da produção para mais de 78 países. Continuamos competitivos na exportação”, comemorou o CEO da companhia brasileira, Cláudio Guenther.

O jantar de premiação foi momento de convergência de lideranças de diferentes setores da economia | The awards dinner was a time to congregate leaders from different sectors of the economy

EXEMPLOS DE VISÃO ESTRATÉgICA Deixando de lado as incertezas do quadro exportador do País, as empresas apostam em produtos inovadores para chegar nas gôndolas e vitrines estrangeiras. Caso da Peccin S.A, produtora de guloseimas e chocolates em Erechim. “Conseguimos agregar valor e o faturamento deve crescer 50% nos próximos dois anos, 25% já alcançado nos primeiros cinco meses de 2014”, contou o presidente Dirceu Pezzin.

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O CEO do Prêmio Exportação RS, Paulo Marcelo Tigre, responde pelas etapas executivas do reconhecimento | The CEO of the RS Export Award, Paulo Marcelo Tigre, is responsible for the executive stages of the Award

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PRICE ANNULS VOLUME Primary products have always boosted export figures, especially in Rio Grande do Sul. However, stats have started to indicate a slower performance in this segment, which recorded an accumulated growth of only 2.9% for the year. Despite record sales worldwide of soy, coffee and beef, the growth in volume was virtually offset by the 7.2% drop in international commodity prices (agricultural products and minerals with international prices). According to the President of the Farsul System, Carlos Sperotto, fluctuations in the market are natural. “Prices are going to settle. We will have to adapt and get our production costs down to that level,” he said. Federasul President Ricardo Russowsky notes that Brazil’s export capacity is limited. “Trade balance figures only shoot up when there is demand from other countries for commodities and agricultural products. Without this dimension, they drop, because we haven’t been able to export services, capital goods or industrial products with added value.”

EXAMPLES OF STRATEGIC VISION Despite the uncertainties of Brazil’s export situation, companies are investing in innovative products to gain access to shelves and store windows abroad. Such is the case of Peccin S.A., a candy and chocolate producer in Erechim. “We have been able to add value, and revenue is expected to grow by 50% in the next two years, 25% of which has already been achieved in 2014,” shared CEO Dirceu Pezzin. With exports to over 60 countries, the company is not even considering new destinations,

Status que levou a empresa a desejar um grande projeto: pegar para si a fabricação de cilindros (usados nos motores de equipamentos) de três fornecedores Alemanha, Itália e um de São Paulo. Com a migração desta produção, a planta fabril de São Leopoldo passará a fornecer 80% das peças às unidades do Grupo Stihl na Alemanha, EUA, Áustria, Suíça e China. “Se a matriz (na cidade alemã de Waiblingen) der sinal positivo, vamos investir cerca de R$ 220 milhões de 2015 a 2017, que resultarão em mais de 200 empregos.” A Werner Calçados, de Três Coroas, é outra a olhar novos horizontes. Com produtos cheios de design e qualidade, a calçadista está dando um passo de cada vez para entrar na China, o maior concorrente do Brasil no que se refere a fornecimento em escala e preços. “Estamos estudando o mercado. Queremos vender marca própria, a exemplo do Japão, onde comercializamos há 10 anos”, contou o diretor Werner Júnior. Produtos com valor agregado

também são o foco da Ciber Equipamentos Rodoviário, de Porto Alegre. “Exportamos usinas de asfalto para o Hemisfério Sul, África, México, Ásia e Austrália. Temos um produto competitivo e nosso know how está aqui”, afirmou Daniel Siebrecht, presidente industrial da empresa, subsidiária do grupo alemão Wirtgen. Estes e outros tantos exemplos que subiram no palco do Teatro do Bourbon Country são a prova de que as empresas fazem a sua parte para que o prato da balança comercial penda a favor das exportações. Quiçá, consigam contribuir para que as projeções do Banco Central se concretizem em 2014: superávit de US$ 5 bilhões (exportações de US$ 245 bilhões e importações de US$ 240 bilhões). “Não existe mágica. As empresas premiadas conhecem os gargalos de infraestrutura, de câmbio e Custo Brasil, e, mesmo com todas as dificuldades, mantêm o perfil de investir para ganhar competitividade”, concluiu o CEO do Prêmio Exportação RS, Paulo Marcelo Tigre.

but is focusing on improving the distribution channels in each country. According to Pezzin, there is also a possible joint venture. “We are studying two locations, but I can’t say more than that for now. The partnership will be an independent business.” Investment in technology is the mantra of Stihl, market leader in portable power tools. “We ship 50% of our production to over 78 countries. We continue to be competitive export-wise”, celebrated Cláudio Guenther, CEO of the company’s Brazilian branch. This led the company to embark upon a major project: take over the manufacture of cylinders (in the engines of the equipment) from three suppliers – in Germany, Italy and one from São Paulo. With the migration of this production, the plant in São Leopoldo will start supplying 80% of the parts to units from the Stihl Group in Germany, United States, Austria, Switzerland and China. “If the head office (in the German city of Waiblingen) gives the okay, we’ll be investing BRL 220 million from 2015 to 2017, which will generate over 200 jobs.” Werner Calçados, from Três Coroas, is another company exploring new horizons. With products exuding design and quality, the shoe manufacturer is taking steps to enter China, Brazil’s biggest competitor in terms of scale and prices. “We are studying the market. We want to sell own brand, like in Japan, where we have been marketing our products for 10 years,” shared Director Werner Júnior. Products with added value are also the focus of Ciber Equipamentos Rodoviário, from Porto Alegre. “We export to the Southern Hemisphere, Africa, Mexico, Asia and Australia. We have a competitive product and our know-how is here”, said Daniel Siebrecht, Industrial President of the company, a subsidiary of the German Wirtgen group. These and many other examples that took the stage at the Bourbon Country Theater are proof that companies are doing their part to tilt the trade balance in favor of exports. Perhaps, they will manage to help fulfill the Brazilian Central Bank’s projection for 2014: a surplus of USD 5 billion (exports of USD 245 billion and imports of USD 240 billion).“There’s no magic. The companies that won are aware of the infrastructure, exchange rate and Brazil Cost bottlenecks, and, despite all the difficulties, continue to invest in competitiveness,” concluded RS Export Award CEO, Paulo Marcelo Tigre.

IN THE FOREFRONT The economic expansion of Rio Grande do Sul, with positive repercussions on the Brazilian economy, is the goal of the RS Export Award Council, chaired by Renato Malcoln. According to him, although the interconnection of world markets stimulates the wealth growth process, there is also the risk of immediate contamination from specific crises and blunders. “In this regard, the Export Award has been faithfully fulfilling its role, by honoring companies that have managed to excel in the conquest of foreign markets, opening themselves up to a world marked by fierce competition and complex interests,” he said, explaining that the Export Award Council uses objective criteria, of a qualitative and quantitative nature, based on data from the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC), for selecting the winners.

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festa da exportação | Export Celebration

Luiz Pierry e Guilherme Martinez Risco

Cezar Müller, Micheline Grings Twigger, Ângela Baldino e Heitor Klein

Francisco Cardoso e Vanderlei Cardoso

Heitor Klein e Carlos Biedermann

Evandro Henrique Fulber, Claudiomiro dos Santos e Piero Abbondi

Cesar Alencar Pissetti e Rogério Luiz Ragazzon

noite de

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prêmios

Marcos Luis Lauxen e Otávio Guimarães Decusati

João Paulo Sattamini, Sônia Unikowsky Teruchkin e Emerson Macedo

Moisés Rocha e Marcos merlin Boff

Carlos Biedermann, Heitor Klein e Paulo Marcelo Tigre

Domenica Ellwanger e Alexander Ellwanger

José Luiz Viscardi, Carla de Andrade, Ricardo Col de Bella e Ivo Oltramari Júnior

42º Prêmio Exportação RS

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Paulo Calheiros e Dirceu Bayer

Luiz Osório Dumoncel, Guilherme Weschenfelder e Jose Carlos Trujillo

Carolina Rossato, Danielle Souto e Carolina Chevarria

João Ruy Freire, Frederico Behrens e Francisco Cardoso

Régis Luiz Conte e rogério Luiz Ragazzon

carlos Biedermann e Sebastião Melo

Lisiane Kunst Bohnen e José Antônio Freitas

Antônio Carlos Pôrto e Miguel Fachin

Marcelo Lopes, Heitor Klein e Paulo Marcelo Tigre

Luiz Borges, Marcelo Lopes e Vitor Koch

Carlos Biedermann e Roberto Pandolfo

Marcos Merlin Boff, José Vitor Basso e João Paulo Sattamini

Juliana Antoniolli e Diego Casagrande

Valdir Loeff e Cátilo Cândido

Fábio Bossle e josé Alberto Matos

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Homenagem Especial | special tribute

Os 160 países-membros da OMC têm uma batalha até dezembro para definir um plano de trabalho que permita concluir as negociações, em estado de paralisia há seis anos, porém essenciais para reforçar o sistema multilateral

À espera da

recalibragem da Rodada Doha

Desde que assumiu o comando da Organização Mundial do Comércio (OMC), o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo soube que teria uma pilha de grandes desafios sobre sua mesa em Genebra. Um deles é a reativação da Rodada Doha para a liberalização do comércio mundial (agrícola, bens industriais e serviços), em ponto morto há seis anos. Meses após sua posse, o diretor-geral do órgão máximo internacional da área vem desfazendo o ceticismo que rondava a negociação global, vista como essencial para reforçar o sistema multilateral. A mensagem é que a Rodada Doha em jogo agora é outra: é preciso fazer uma recalibragem importante, sem repetir os erros do passado que travaram os debates. “Nosso objetivo é de, até o final deste ano, adotar um plano de trabalho que permita concluir a Rodada Doha”, disse, em vídeo exibido durante o 42º Prêmio Exportação RS. Homenageado na cerimônia, o chefe da OMC – que devido a compromissos em Genebra não pôde comparecer – respondeu a perguntas, de maneira interativa, com o governador Tarso Genro e com os presidentes de entidades empresariais gaúchas. Azevêdo informou, ainda, que na agenda de negociações dos 160 países-membros da OMC estão os subsídios às exportações agrícolas, tema que deve ter avanços concretos por caminhos ligeiramente abertos com o Acordo de Bali. Aprovado em dezembro de 2013, o texto contém medidas de facilitação de comércio e é visto como crucial diante dos crescentes pactos regionais e bilaterais de liberalização.

Awaiting the readjustment of the Doha Round The 160 member countries of the WTO face the challenge of coming up with a working plan that will make it make it possible to complete the negotiations which have been bogged down for six years, but are essential for strengthening the multilateral system Since taking over as head of the World Trade Organization (WTO), Brazilian diplomat Roberto Azevêdo knew he would have a big stack of challenges on his plate in Geneva. One of them was reactivating the Doha Round for liberalizing world trade (agriculture, industrial goods and services), bogged down for six years. Even after taking office, the Director General of the highest international trade organization has been working to dispel the skepticism surrounding the international negotiations, seen as essential for strengthening the multilateral system. The message is that the Doha Round currently at stake is different: a major readjustment is needed, without repeating the errors of the past that stymied the discussions. “Our goal is to adopt a working plan by the end of this year that will enable the Doha Round to be completed,” he said, in a video shown during the 42nd RS Export Award. Being honored at the ceremony, the head of the WTO – who was unable to attend due to commitments – interactively answered questions from Governor Tarso Genro and presidents of different business organizations from Rio Grande do Sul. Azevêdo also mentioned that agricultural export subsidies were also on the negotiation agenda of the 160 WTO member countries, an issue where solid progress should be made due to the slight ground gained with the Bali Agreement. Approved in December 2013, the text contains measures to facilitate trade and is viewed as crucial in light of growing regional and bilateral liberalization agreements. Vídeo exibido na noite de entrega dos troféus mostra Roberto Azevêdo respondendo questionamentos do governador do Estado e de cinco lideranças de entidades-chaves do RS | Video shown during the awards ceremony with Roberto Azevêdo answering questions from the State Governor and five other leaders from key organizations in Rio Grande do Sul

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Renato Malcon, presidente do Conselho Prêmio Exportação RS Caro embaixador Roberto Azevêdo, em nome das 16 instituições públicas e privadas que integram o Conselho do Prêmio Exportação, é uma satisfação prestar homenagem a sua brilhante e exitosa carreira à frente das relações internacionais do nosso País e, agora, à frente da OMC. Azevêdo - É uma honra receber essa homenagem do Prêmio Exportação RS, uma iniciativa que coloca o comércio internacional no radar das empresas brasileiras. Infelizmente, não consegui estar em Porto Alegre para receber essa homenagem pessoalmente devido a uma série de compromissos em diferentes países, especialmente em Genebra, onde preciso acompanhar as negociações na OMC. Tarso Genso, governador do Rio Grande do Sul - Nós temos uma política de atração de investimentos combinada, obviamente, com incentivos fiscais. Mas sempre colocamos uma cláusula para a concessão dos benefícios que obriga as empresas a fazerem encomendas de serviços, de insumos, de instrumentos produtivos na base produtiva local. À regra das luzes da Organização Mundial de Comércio, esta exigência pode ser considerada uma política protecionista? Ou é uma política com uma visão de desenvolvimento regional para disseminar a riqueza para todo o território? Azevêdo – Há dois princípios centrais nas regras da OMC no que diz respeito a bens e mercadorias. O primeiro exige que as vantagens que um país conceda a outro sejam estendidas, automaticamente, a todos os membros da organização. Em outras palavras, a ideia é de não discriminar um produto em função da origem dele, se do país A ou B. O segundo diz respeito à não-discriminação entre o produto importado e o nacional. Na prática, significa que uma vez que o produto importado tenha cruzado a fronteira - portanto, tenha pago imposto de importação, passado por todos os trâmites de alfândega – tenha tratamento idêntico ao produto nacional. No caso de serviços (telecomunicações, financeiros, TI, engenharia, contabilidade, por exemplo), as regras são outras, pois cada país define junto à OMC uma tabela de compromissos específicos, o que gera obrigações diferenciadas em cada país, e em um mesmo país de setor a setor. Se o país firma compromissos em determinada área, deve evidentemente garantir o acesso ao mercado e assegurar a não-discriminação. É importante deixar claro que as regras da OMC garantem uma margem de manobra para que os governos adotem medidas de promoção do desenvolvimento e do produto nacional. Nas regras há desde espaço para incentivos ao desenvolvimento produtivo, tecnológico, preservação do meio ambiente e segurança do consumidor até a concessão de subsídios. Em resumo, são permitidas políticas de incentivo, mas o desenho desses programas tem que ter compatibilidade com as regras multilaterais.

Renato Malcon, Chairman of the RS Export Award - Dear Ambassador Roberto Azevêdo, on behalf of the 16 public and private institutions that make up the Export Award Council, it gives us great pleasure to honor your spectacular and successful career heading up the international relations of our country and, now, the WTO. Azevêdo - It is an honor to receive this tribute from the RS Export Award, an event that puts international trade on the radar of Brazilian companies. Unfortunately, I will not be able to go to Porto Alegre to receive this tribute personally due to a variety of commitments in different countries, and especially Geneva, where I need to monitor negotiations at the WTO. Tarso Genro, Governor of Rio Grande do Sul - We have a policy to attract investments, combined, of course, with tax incentives. However, we always include a clause for concession of benefits that requires companies to contract or purchase services, inputs and production instruments from the local production base. According to World Trade Organization guidelines, would this requirement be considered a protectionist policy? Or is it a policy with a vision for regional development to spread wealth throughout the land? Azevêdo – There are two central principles in the rules from the WTO regarding goods and merchandise. The first requires that the advantages that a country grants to another country be automatically extended to all members of the organization. In other words, the idea is not to distinguish products on the basis of their origin, whether from country A or B. The second is in relation to non-discrimination between imported and domestic products. In practice, this means that once an imported product has crossed the border – i.e., has paid import duties and completed all the customs procedures – it should be treated exactly the same as a domestic product. In the case of services (telecommunications, financial, IT, engineering or accounting, for example), the rules are different, since each country establishes with the WTO a table of specific commitments, which generates different obligations in each country, and within the same country from sector to sector. If a country signs commitments in a certain area, it must clearly ensure market access and non-discrimination. It is important to clarify that WTO rules ensure a margin of flexibility so that governments can adopt measures to promote the development of domestic products. There is room in the rules for incentives related to production and technology development, preservation of the environment and consumer safety, and even the granting of subsidies. In short, incentive policies are permitted, but the development of these programs must be compatible with multilateral rules.

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Homenagem Especial | special tribute

Carlos Sperotto, presidente da Farsul – Temos duas preocupações: a falta de compromissos firmes com a eliminação de subsídios às exportações e ampliação de políticas de formação de estoques públicos com o objetivo de promover a segurança alimentar. Como o senhor avalia esses cenários pós-Bali? Azevêdo - Na verdade, estamos falando de dois pontos muito importantes para o agronegócio. O primeiro, evidentemente, diz respeito à eliminação de subsídios agrícolas. Na reunião de Bali, em dezembro do ano passado, os países adotaram um compromisso político de avançar na direção de diminuir ou até eliminar no futuro os subsídios à exportação na área agrícola. Agora, a definição de regras obrigatórias nessa área está no centro das negociações que estão acontecendo em Genebra. Nosso objetivo é de, até o final do ano, adotar um plano de trabalho que permita concluir a Rodada Doha. O tema de subsídios às exportações está na agenda. Portanto, podemos vislumbrar a possibilidade de avanços concretos nessa área. Sobre a formação de estoques públicos para a segurança alimentar, houve efetivamente uma decisão em Bali: os países concordaram, temporariamente, em evitar questionamentos jurídicos a esse tipo de programa, desde que condições rígidas sejam observadas. Uma delas, por exemplo, é que o programa de formação de estoque não pode gerar distorção ao comércio de outros países, evitando problemas para países exportadores de produtos agrícolas. Quando as conversas substantivas nessa área começarem, o Brasil vai dar a sua contribuição nas discussões e fazer o seu interesse ser levado em consideração. Carlos Biedermann, presidente da ADVB/RS - O Brasil tem presença pequena nos negócios internacionais e o Mercosul ainda não está consolidado. Somos um país importador de impostos e os custos de logística são muito maiores do que os nossos principais competidores. Então, as empresas brasileiras que têm condições de competitividade optam por produzir fora do Brasil para suprir os mercados globais. O que é preciso ser feito para que o Brasil ingresse de fato como ator importante no comércio internacional? As resoluções de Bali podem ajudar a mudar o que vivemos? Azevêdo - É difícil responder a primeira parte da pergunta de uma maneira objetiva e sucinta. Poderia destacar vários pontos relacionados à competitividade de uma maneira geral, como infraestrutura, qualificação de mão de obra, ambiente e regulamentação dos negócios, desenvolvimento tecnológico, custos fiscais e cambiais. Mas vou ressaltar um elemento que não costuma receber destaque quando se fala de competitividade brasileira: a inserção externa do País, que precisa fazer parte dessa equação. Mesmo sendo o mercado doméstico grande e tentador, exportar, importar, investir no exterior, atrair investimentos estrangeiros são fundamentais para o Brasil ser mais competitivo. Isso leva à pergunta sobre Bali, cujo acordo de facilitação de comércio prevê uma série de medidas para reduzir a burocracia no mundo inteiro. Heitor José Müller, presidente da FIERGS – A indústria brasileira registrou déficit superior a US$ 100 bilhões na balança comercial no setor de manufatura em 2013, quando tínhamos um superávit de US$ 9 bilhões em 2003. Como a OMC vai enfrentar essas questões - que não se referem somente a problemas no Brasil, mas de questões externas, tendo em

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Carlos Sperotto, President of Farsul – We have two concerns: the lack of firm commitments for the elimination of export subsidies and the expansion of policies to build public stocks in order to promote food security. How do you view these situations post-Bali? Azevêdo - We are talking about two points that are, in fact, very important for agribusiness. The first is about the need to eliminate agricultural subsidies. In the Bali meeting, held last December, the countries adopted a political commitment to move in the direction of reducing or even eliminating agricultural subsidies in the future. The definition of the mandatory rules in this area is currently at the forefront of the discussions taking place in Geneva. Our goal is to adopt, by the end of this year, a working plan that will enable us to complete the Doha Round. The subject of export subsidies is on the agenda. However, we already foresee the possibility of making solid headway in this area. Regarding stockholding for food security, there was actually a decision made in Bali: the countries agreed, temporarily, to avoid legal questions concerning this type of program, provided strict conditions are observed. One of these is that the stockholding program for food security cannot generate distortions in the trade of other countries, which avoids problems for countries that export agricultural products. When the substantive talks in this area begin, Brazil will make its contribution in the discussions so that its interests can be taken into consideration. Carlos Biedermann, President of ADVB/ RS - Brazil has a small presence in international business and Mercosur is still not consolidated. We are an importer country with taxes and logistics costs that are much higher than those of our main competitors. Therefore, Brazilian companies with the means to compete choose to manufacture outside Brazil in order to supply global markets. What needs to be done so that Brazil can become an important actor in international trade? Can the Bali resolutions help change our reality? Azevêdo - It’s difficult to answer the first part of your question objectively and succinctly. I could refer to various points related to competitiveness in general, such as infrastructure, training of manpower, the environment and business regulations, technological development and tax and exchange rate costs. However, I’m going to emphasize one aspect that is not usually highlighted when talking about Brazilian competitiveness: the external insertion of the country, which must be part of the equation. Even though it has a large and enticing domestic market, it is essential for Brazil to export, import, invest abroad and attract foreign investment to be more competitive. This takes us to the second question about Bali, whose agreement to facilitate trade provides a series of measures to reduce bureaucracy worldwide. Heitor José Müller, President of FIERGS – Brazilian industry posted a trade balance deficit of more than USD 100 billion in the manufacturing sector in 2013, whereas in 2003, we had a surplus of USD 9 billion. How will the WTO address these issues - which are not only related to problems in Brazil, but to external issues, in light of exchange rate imbalances generated by some countries?

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vista os desequilíbrios cambiais que alguns países implantam. Mais ainda: o montante de subsídios, pagos por uma série de países, faz com que a concorrência internacional se torne absolutamente desleal, alijando deste comércio vários países, entre eles, o Brasil. Azevêdo - Atuei na defesa do Brasil ao longo de toda a minha carreira diplomática. Agora, meu papel é facilitar as negociações sobre novas regras para o comércio e isso é muito importante para lidar com todos esses sistemas. As negociações que estão acontecendo agora em Genebra criam uma oportunidade para atualizar as regras existentes. Estão sobre a mesa, por exemplo, regras sobre defesa comercial. Se houver entendimento entre os países, o mundo vai passar a operar sob novas regras, que ajudarão não apenas a diminuir as fontes de distorção, mas também a lidar com elas. Há outros temas que podem alterar significativamente as regras do jogo. Por isso as negociações, sobretudo as que estamos encaminhando para tentar concluir a Rodada Doha, são importantes. Ricardo Russowsky, presidente da Federasul - O regionalismo tem convivido com o multilateralismo desde a criação da OMC, no final dos anos 40. Muitos economistas vêem a formação de blocos econômicos como algo prejudicial ao processo de liberalização promovido pela OMC, pois provoca desvio de comércio de países mais eficientes para os menos eficientes. O senhor vislumbra a possibilidade de alterar as condições impostas aos países membros da OMC para a formação de blocos econômicos, reduzindo o espaço para estas situações? Zildo De Marchi, presidente da Fecomércio-RS - Acordos no sentido de nos aproximarmos com os Estados Unidos e a Comunidade Europeia não seriam importantes de serem consolidados antes que percamos oportunidades como está acontecendo com a América Latina? Azevêdo - Vou tratar dos dois questionamentos em conjunto. Na verdade acordos regionais, bilaterais e áreas de livre comércio não são novos; existem desde a criação do sistema multilateral, em 1947. Não se cria um acordo dessa natureza da noite para o dia. As negociações na área regional ou bilateral não são o problema; o problema é que a OMC não vinha avançando em paralelo. Por quê? Porque é justamente na OMC que todos os países estão presentes. Esses acordos negociados fora da OMC deixam de fora das conversas, por exemplo, os países emergentes, pequenos, mais pobres e menos favorecidos. Na OMC, pelo sistema multilateral, podemos definir regras que valem para todos. Da mesma forma é somente aqui que temas centrais para a economia mundial podem ser tratados. Vou dar dois exemplos pouco óbvios, mas importantes para a indústria e o agronegócio gaúcho. O primeiro deles são as regras para os subsídios agrícolas. Não se negocia subsídio agrícola em nenhum outro lugar que não seja no sistema multilateral. E outras regras, sobre medidas de antidumping, de salvaguardas, são coisas que só podem ser negociadas na OMC. Outro exemplo: a facilitação de comércio, que fechamos em Bali, em dezembro, também é o tipo de disciplina que só se negocia multilateralmente. Uma vez que se coloca em vigor regulamentação para facilitar o comércio na fronteira não se faz isso para um país apenas, mas para todos. Então, é importante que o sistema multilateral continue operando.

Furthermore: the amount of subsidies, granted by a number of countries, makes international competition totally unfair, thereby excluding many countries, among them, Brazil. Azevêdo - I have worked to defend Brazil throughout my diplomatic career. Now, my role is to facilitate negotiations concerning new trade rules and this is very important for coping with all these systems. The negotiations that are presently taking place in Geneva are creating an opportunity to update the current rules. On the table, for example, are rules about trade defense. If an agreement is reached between the countries, the world will start operating according to new rules that will not only help reduce sources of distortion, but also deal with them. There are also other topics that could significantly alter the rules of the game. For this reason, the negotiations, especially those we are conducting to try and conclude the Doha Round, are important. Ricardo Russowsky, President of Federasul Regionalism has coexisted with multilateralism since the creation of the WTO at the end of the 1940s. Many economists see the formation of economic blocs as detrimental to the process of liberalization promoted by the WTO, since it diverts trade from more efficient to less efficient countries. Do you foresee any possibility that the conditions imposed upon WTO member countries regarding the formation of economic blocs will be changed, thus limiting the room for these situations? Zildo De Marchi, President of Fecomércio-RS - Would it be important to consolidate agreements related to drawing closer to the United States and Europe in order not to miss out on opportunities, as has been happening with Latin America? Azevêdo - I’ll try and address both questions at the same time. In reality, regional and bilateral agreements and free trade zones are not new; they have existed since the creation of the multilateral system, in 1947. Agreements of this nature do not come about from one day to the next. Negotiations in the regional or bilateral realm are not the problem: the problem is that the WTO has not been able to advance at the same pace. Why? Precisely because every country is present in the WTO. Agreements negotiated outside the WTO exclude from the discussions, for example, emerging, small, very poor and less privileged countries. In the WTO, through the multilateral system, we can establish rules that apply to everyone. Likewise, it is only here where core issues for the world economy can be treated. I’ll give two obvious examples, but that are important for industry and agribusiness in Rio Grande do Sul. The first one is about rules for agricultural subsidies. Agricultural subsidies are not negotiated in any place other than the multilateral system. And other rules, related to anti-dumping measures and other safeguards, are things that can only be negotiated at the WTO. Another example: trade facilitation, which we closed in Bali, in December, is also a type of discipline that is only negotiated multilaterally. Once you enact regulations to facilitate trade at borders you don’t do this just for one country, but for all. Therefore, it’s important that the multilateral system continue to operate.

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Novo projeto da Apex-Brasil Design Export espera lançar no mercado 70 novos itens para exportação até o final deste ano. a agência se tornou uma sólida parceira de empresas nacionais em mais de 200 mercados. Leia, abaixo, entrevista com o presidente Maurício Borges

O que a Apex-Brasil está planejando para 2015? A Apex-Brasil desenvolve diversas ações para auxiliar os empreendedores brasileiros. Uma série de programas que dão suporte às empresas, inclusive as de menor porte. Alguns são novos e outros já em pleno funcionamento. Mas todos serão fortemente trabalhados em 2015. O Programa de Extensão Industrial Exportadora – PEIEX é um exemplo de sucesso entre as ações da Apex-Brasil que terão continuidade em 2015. O PEIEX auxilia a empresa que está se preparando para exportar. Por meio deste programa, oferecemos uma análise geral das condições atuais da empresa e do mercado externo que se quer conquistar. São verificadas as condições financeiras, contábeis, de recursos humanos e a necessidade de produção em escala, dentre outros pontos. As análises técnicas são realizadas pelos 32 núcleos operacionais da Agência, distribuídos em 11 estados do Brasil, além de mais três unidades que estão em fase de reativação. Um dos mais novos projetos da ApexBrasil é o Design Export, realizado em parceria com o Centro Brasil de Design. O objetivo é oferecer suporte para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores e mais atraentes. O programa espera lançar no mercado 70 novos itens para exportação até o fim deste ano nos setores de equipamentos médicos e hospitalares, confecções e calçados, móveis, softwares, máquinas e equipamentos e iluminação. Para 2015, o objetivo é elevar ainda mais esse número, pois entendemos

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“Investir em design e inovação é

aprimorar a competitiv das empresas brasileiras que investir em design e inovação é aprimorar a competitividade das empresas brasileiras. Nosso objetivo é promover a criação de produtos com maior valor agregado e, consequentemente, maior aceitabilidade em mercados internacionais. No médio e longo prazo, esta iniciativa vai contribuir diretamente para o aumento das exportações brasileiras. Outro bom exemplo é o Brasil Trade Guide (BTG). A proposta é aproximar compradores e investidores estrangeiros das empresas industriais exportadoras do País, através de rodadas de negócios realizadas no Brasil. O Brasil Trade Guide alcançou o número de 560 comerciais exportadoras, com as quais os empresários brasileiros podem ter contato para facilitar suas vendas externas. O BTG auxilia as micro, pequenas e médias empresas. O objetivo é fazer com que elas mantenham contato com os executivos estrangeiros e possam se integrar às operações de multinacionais. Acredito que o mais importante a destacar é que a Apex-Brasil continuará executando ações já consolidadas e buscando alternativas que atendam os empresários em suas demandas. No segmento, há uma margem de tempo para os resultados aparecerem? A análise sobre os resultados não pode ser feita pelo ângulo dos negócios, baseada somente em embarques internacionais. Se olharmos tão somente os embarques, ou o valor exportado, não conseguiremos medir com precisão e amplitude os efeitos do trabalho de promoção comercial que é desenvolvido

pela Apex-Brasil. De modo geral, podemos definir dois tipos de finalidades das ações no mercado internacional: uma delas seria o efeito negócios, caracterizado no valor exportado; a outra seria o efeito de alteração do comportamento das empresas, caracterizado na busca pela melhoria da competitividade internacional. Necessariamente este último resultado não aparecerá, de imediato, nas exportações. Quando uma empresa participa de uma ação no exterior, ela avalia seu posicionamento no mercado internacional. E com isso, planeja mudanças comportamentais internas que irão refletir, futuramente, nos resultados das exportações brasileiras. E destaco, ainda, que não podemos olhar simplesmente se o valor das exportações está caindo ou subindo. É necessário compararmos o desempenho das empresas que receberam o apoio da Apex-Brasil com aquelas que não receberam este apoio. Somente assim será possível verificar os resultados dos projetos da Apex-Brasil, que é uma agência de fomento. Nesse sentido, já trabalhamos com estes dois tipos de medição, onde se busca verificar os resultados de mudança de comportamento e os resultados de exportações das empresas apoiadas. E posso dizer que são plenamente satisfatórios. A Apex-Brasil está sempre inovando para agregar valor ao setor. Poderias comentar esse incremento nos negócios? Em mais de 15 anos de atuação, a ApexBrasil se tornou parceira das empresas

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petitividade leiras” nacionais que desejam entrar no mercado internacional, ou ampliar suas atividades e consolidar suas vendas. A Agência fechou o ano de 2013 com 12.880 empresas no seu guarda-chuva de projetos e ações, mais de 65% das exportadoras brasileiras. Elas alcançaram US$ 39,3 bilhões, ou 25% de tudo o que o País vende para o exterior. Isso não é pouco, principalmente se considerarmos que não trabalhamos com exportadoras de commodities. Essas empresas representam mais de 80 setores da economia brasileira, entre alimentos, bebidas e agronegócios, casa e construção, máquinas e equipamentos, saúde, tecnologia, entretenimento e serviços e moda. Alcançamos praticamente 200 mercados. Mas é, e continuará sendo, meta da Agência aumentar o número de empresas exportadoras e agregar valor à pauta de produtos exportados. Para isso, temos inovado constantemente, a forma de promover produtos e serviços brasileiros, bem como a imagem do País. Exemplo disso são as ações de marketing de relacionamento que estão apresentado ótimos resultados. Consiste na utilização de grandes eventos culturais e esportivo, como o Carnaval, a Formula Indy, a Copa do Mundo, para fazer negócios. Na Copa do Mundo colocamos, no Brasil, representantes de mais de 700 empresas e entidades setoriais brasileiras reunidos com 2.300 empresários, investidores e formadores de opinião de 104 países. Isso resultou em negócios para quase 80 setores da economia brasileira – muitos contratos de exportação e investimentos estrangeiros que deverão ser aplicados no Brasil. Um

“O Programa de Extensão Industrial Exportadora – PEIEX é um exemplo de sucesso entre as ações da Apex-Brasil e que terão continuidade em 2015” | “The industrial export extension program (PEIEX) is a success case among Apex-Brasil’s initiatives and will be continued in 2015”

“Investing in design and innovation improves the competitiveness of Brazilian companies” New Design Export project from ApexBrasil seeks to launch 70 new export items on the market by the end of this year. In its 15 years of operation, the agency has become a solid partner of domestic companies in over 200 markets. Read, below, the interview with President Maurício Borges. What is Apex-Brasil planning for 2015? Apex-Brasil is working on a variety of initiatives to help Brazilian entrepreneurs – a series of programs that will provide support to companies, including small-scale ones. Some are new and others are already fully operating. But all of them will be actively worked on in 2015. The industrial export extension program (PEIEX) is a success case among Apex-Brasil’s initiatives and will be continued in 2015. PEIEX assists companies that are getting ready to export. Through this program, we do an overall analysis of the current conditions of the company and the foreign market that it wishes to enter. Financial and accounting conditions, human resources and the need for large-scale production are examined, among other aspects. The technical analyses are performed by 32 operational units of the Agency, distributed in 11 states of Brazil, in addition to three units that are currently be reactivated. One of Apex-Brasil’s newest projects is Design Export, carried out in partnership with Brazil Design Center. Its goal is to provide support for developing innovative and more attractive products and services. The program seeks to launch 70 new export items on the market by the end of the year in the areas of medical and hospital equipment, clothing and footwear, furniture, software, machinery and equipment and lighting. The goal for 2015 is to boost this number, since we believe that investing in design and innovation improves the competitiveness of Brazilian companies. Our aim is to promote the creation of products with greater added value and, therefore,

higher acceptance in international markets. In the medium and long-term, this initiative will directly help increase Brazilian exports. Another good example is the Brazil Trade Guide (BTG). The underlying idea is to bring foreign buyers and investors into contact with Brazil’s industrial export companies, through business meetings held in the country. The Brazil Trade Guide includes 560 exporters whom Brazilian entrepreneurs can contact to facilitate sales abroad. The BTG assists micro, small and medium-sized companies, with the goal that they can remain in contact with foreign executives and participate in multinational transactions. I think it’s important to emphasize that Apex-Brasil will continue executing already consolidated initiatives and seek alternatives that meet the demands of entrepreneurs. In the segment, does it take time before results materialize? You can’t analyze the results from a business angle, based solely on international exports. If we only look at shipments, or amount exported, we will not be able to accurately or fully measure the effects of the trade promotion work carried out by Apex-Brasil. In general, there are two types of goals for activities in the international market: one would be the business goal, characterized by the amount exported; the other would be the goal to change the behavior of companies, characterized by efforts to enhance international competitiveness. This last result will not necessarily be manifested right away in exports. When a company participates in an initiative abroad, it evaluates its position in the international market. And based on this, it plans internal behavioral changes that will, in the future, be reflected in Brazilian export results. And it should also be noted that we cannot simply look at whether the amount of exports is falling or rising. We need to compare the performance of companies that received support from Apex-Brasil with those that did not receive such support. Only then will it be possible to confirm the results of the projects of Apex-Brasil, which is a development agency. In this regard, we already work with these two types of measurements, where we seek to verify the results of changes in behavior and export results of companies that received support. And I can say that they are totally satisfactory.

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dos principais ganhos foi o reforço e a consolidação do relacionamento entre essas empresas e seus parceiros de negócios nos mais diversos mercados. Os Estados Unidos seguem sendo um mercado prioritário? Os Estados Unidos está entre os países prioritários este ano e será novamente em 2015. São 616 ações realizadas pela Apex-Brasil e entidades parceiras nos Estados Unidos no período de 2012 a 2014, distribuídas entre participação de empresas brasileiras em feiras, missões, seminários de investimentos, encontros de negócios, atividades que trabalharam a imagem do País com exposição de produtos, entre outras. E, importante citar, dos 78 projetos setoriais que a Agência realiza com entidades representativas da indústria, 51 deles tem os Estados Unidos como mercado prioritário. E para auxiliar nessas iniciativas, a Apex-Brasil tem dois escritórios de negócios dos Estados Unidos: um em Miami e um em São Francisco. Este último voltado especialmente para o setor de tecnologia em geral. Especialistas dizem que o erro do Brasil é buscar pequenos mercados, sem potencial de compras. A estratégia seria avançar para os países grandes compradores. O senhor concorda? Não existem mercados pequenos, sem potencial de compras. O que avaliamos é a melhor forma de trabalhar cada mercado, levando em consideração o tipo de produto, os preços praticados, o nível de demanda, a sofisticação, a legislação tributária, os canais de distribuição, entre outras variáveis. Trata-se de posicionar da forma mais adequada possível os produtos e serviços brasileiros. Quando se tem a intenção de entrar num grande mercado, o grau de competitividade é enorme e a exigência de qualidade também. Então, mercados de menor porte tem um ritmo maior de crescimento e a competitividade é menor. Trabalhamos essas opções com produtos de menor

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competitividade que, em médio prazo, poderão se tornar altamente demandados, passando para o rol dos fortes concorrentes. Além disso, esses mercados têm mais portas se abrindo, o que facilita o posicionamento de produtos. O que quero enfatizar é que a Apex-Brasil dispõe de uma equipe técnica bem preparada, apta a avaliar índices e situações e chegar a estratégias que atendam diferentes mercados, considerando a complexidade de cada um. Cito três mercados que a Agência começou a trabalhar há sete anos e hoje se consolidaram e são reconhecidos pelo setor privado como de grande potencial para produtos brasileiros, que são Angola, Colômbia e Peru. Além disso, a crise internacional mostrou que a estratégia de diversificar os mercados, buscando países com menor renda, estava na direção correta, pois estes foram os menos afetados. Quais os mercados abertos pelo Brasil este ano, e quais serão os alvos em 2015? Os mercados identificados pela Apex-Brasil como os mercados prioritários são os tradicionais, como China e Estados Unidos. Além desses, temos o México que irá melhorar, com a recuperação dos Estados Unidos. Vamos continuar apostando em mercados como Colômbia e Peru nos próximos anos. A estratégia, nesses dois mercados, também contribuirá para diminuir a concentração das exportações na Argentina, aqui na América do Sul. Em relação à África, vamos trabalhar com Angola e Moçambique, tentando posicionar melhor este último, pois as empresas brasileiras já assumem uma presença forte na Angola. Em relação à Ásia, podemos citar a Coréia do Sul, onde queremos melhorar a capacidade de atuação do Brasil, que ainda é pequena. Queremos realizar missões prospectivas de conhecimento de mercados, ações de inteligência comercial, ou seja, entender melhor o mercado coreano para melhor se posicionar.

O que falta para as empresas e para o governo fazerem a lição de casa para ampliar competitividade? Recentemente, citei que existem três frentes que afiançam o desempenho das exportações. A primeira depende apenas das empresas e consiste em ações que garantam a capacitação da mão de obra e, assim, a qualidade de produtos e serviços. A segunda relaciona-se ao acesso a linhas de financiamento adequadas e melhoria de infraestrutura. A terceira depende da melhoria da economia mundial. Portanto, é importante que os empresários estejam preparados para enfrentar a concorrência internacional, adequar cada vez mais o que produzem e oferecem. A Apex-Brasil trabalha para aprimorar o trabalho das empresas, capacitando-as em todos os aspectos. Oferecemos seminários com especialistas, cursos de capacitação em mercados específicos, escritórios de apoio no exterior, pesquisas e levantamentos de inteligência comercial, eventos de promoção, espaços organizados para encontros de negócios, e inúmeras outras opções. Pelos nossos resultados, temos sido bem sucedidos. O senhor define o Brasil como um País exportador? O Brasil no cenário internacional das exportações tem uma diversificação de produto elevada, por causa da capacidade produtiva do País, e se posiciona de maneiras diferentes, dependendo da demanda da região. Por ter essa pauta de exportação diversificada, o País consegue se posicionar de forma diferente em cada mercado que atua. Por exemplo, para a Ásia vendemos muito bem alimentos. Para a América do Sul, trabalhamos muito com máquinas e equipamentos. Já nos mercados mais exigentes, que são os Estados Unidos e a Europa, o Brasil busca um posicionamento para produtos de maior valor agregado. Aí entra, por exemplo, toda a cadeia de moda, que nos últimos anos vem melhorando e aperfeiçoando o padrão de seus produtos.

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As análises técnicas são realizadas pelos 32 núcleos operacionais da Agência, distribuídos em 11 estados do Brasil, além de mais três unidades que estão em fase de reativação. Maurício Borges, presidente da apex-brasil

The technical analyses are performed by 32 operational units of the Agency, distributed in 11 states of Brazil, in addition to three units that are currently be reactivated. Maurício Borges, president of apex-brasil Apex-Brasil is constantly innovating to add value to the sector. Could you comment on this increase in business? In over 15 years of operation, Apex-Brasil has become a partner of domestic companies wanting to enter the international market or expand their activities and consolidate their sales. At the end of 2013, there were 12,880 companies under its umbrella of projects and initiatives, more than 65% of Brazilian exporters. They accounted for USD 39.3 billion, or 25% of all that Brazil sells abroad. That’s not little, especially considering we don’t work with commodity exports. These companies represent over 80 sectors of the Brazilian economy, including food, beverages, agribusiness, household and construction, machinery and equipment, health, technology, entertainment and services and fashion. We span practically 200 markets. However, it is and will continue to be the Agency’s goal to increase the number of exporter companies and add value to the portfolio of exported products. Therefore, we are constantly innovating, in order to promote Brazilian products and services, as well as the country’s image. An example of this is the relationship marketing actions which are bearing excellent results, and involve taking advantage of major cultural and sports events, such as Carnival, Formula Indy or the World Cup, to do business. At the World Cup, we connected representatives in Brazil from over 700 Brazilian companies and sector-based organizations with 2,300 entrepreneurs, investors and opinion makers from 104 countries. This resulted in business for almost 80 sectors of the Brazilian economy – many export contracts and foreign investments that will occur in Brazil. One of the main benefits was strengthening and consolidating the relationship between these companies and their business partners in a wide range of markets. Does the United States continue to be a priority market? The United States is among the priority nations this year and will continue to be in 2015. From 2012 to 2014, there have been 616 initiatives conducted by Apex-Brasil and partnering organizations in the U.S., such as the participation of Brazilian companies in trade fairs, missions, investment seminars,

business meetings and activities that promote Brazil’s image through exhibitions of products, among others. It’s important to note that of the 78 sectoral projects that the Agency engages in with organizations representing industry, the United States is a priority market for 51 of them. And to assist initiatives, Apex-Brasil has two business offices in the United States: one in Miami and the other in San Francisco. The latter particularly focuses on the technology sector in general. Experts say that Brazil is wrong to seek out small markets that lack purchasing potential. The strategy should be to move toward major buyer countries. Do you agree? There is no such thing as small markets that do not have purchasing potential. What we examine is the best way to operate in each market, taking into consideration, the type of product, prices charged, level of demand, sophistication, tax laws and distribution channels, among other aspects. We try to position Brazilian products and services as appropriately as possible. When a company intends to enter a large market, the degree of competition is enormous as well as quality requirements. So, small markets have a higher pace of growth and competition is less. We explore these options for less competitive products that, in the medium term, may become high in demanded, turning us into strong competitors. In addition, more doors are opening in these markets and this facilitates the positioning of products. What I want to emphasize is that Apex-Brasil has a well-prepared technical team, equipped to evaluate indexes and situations and come up with strategies that meet different markets, taking into account the complexity of each one. I can cite three markets that the Agency started working on seven years ago, that are now consolidated and recognized by the private sector as having great potential for Brazilian products, which are Angola, Colombia and Peru. The international crisis has also shown that the strategy of diversifying markets and targeting countries with lower income was the right way to go, because these countries were the least affected.

What markets did Brazil open this year and what will the targets be for the 2015? The markets pinpointed by Apex-Brasil as priority markets are the traditional ones, such as China and the United States. In addition to these, there is also Mexico which will improve due to the recovery in the United States. We will continue investing in markets such as Colombia and Peru in the next few years. The strategy, in these two markets, will also help reduce the concentration of exports to Argentina, here in South America. In relation to Africa, we will work with Angola and Mozambique, in an effort to position ourselves better, since Brazilian companies have already achieved a strong presence in Angola. As far as Asia, there is South Korea, where we want to improve Brazil’s operating capacity, which is still small. We want to engage in prospecting missions to gain knowledge of markets, as well as commercial intelligence actions, in other words, better understand the Korean market to better position ourselves. What do companies and the government still need to do to boost competitiveness? I recently mentioned that there are three areas that bolster export performance. The first one is totally up to companies and entails training its workforce to ensure the quality of its products and services. The second involves access to appropriate lines of funding and infrastructure improvement. The third depends on the improvement of the world economy. Therefore, it is important that business owners be prepared to face international competition and increasingly tailor what they produce and offer. Apex-Brasil strives to improve the work of companies, equipping them in all aspects. We offer seminars with experts, training courses on specific markets, support offices abroad, business intelligence research and surveys, promotion events, organized venues for business meetings and numerous other options. Based on our results, we have been very successful. Would you describe Brazil as an exporting nation? In the international export arena, Brazil has highly diversified products, due to the country’s production capacity, and positions itself in different ways, depending on the demand of the region. Its diversity of exports enables the country to position itself differently in each market it serves. For example, our food sales to Asia are very good. In South America, we work a lot with machinery and equipment. In the most demanding markets, which are the United States and Europe, Brazil seeks to insert products with higher added value. This includes, for example, the entire fashion chain, which in recent years has been improving and perfecting the standard of its products.

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Vencedores 42º prêmio Exportação RS Personalidade Competitividade Internacional 2014

destaque mercadológico

Máquinas/Equipamentos

Marketing Feature

Machinery/Equipment

• Heitor Klein | Novo Hamburgo

• Agrale S.A. | Caxias do Sul • Cooperativa Languiru | Teutônia

• AEL Sistemas | Porto Alegre • Ciber Equipamentos Rodoviários | Porto Alegre

Destaque Exportador

destaque inovação tecnológica

International Personality 2014

Featured Exporter

Feature: Technological Innovation

• Braskem | Porto Alegre

• Artecola Química | Campo Bom • Comfort Lux | Porto Alegre

Trajetória Exportadora Master Superlative Export Track Record • Souza Cruz | Rio de Janeiro • Stihl Ferramentas Motorizadas | São Leopoldo • Taurus | Porto Alegre

Diversificação de mercados Market Diversification • Borrachas Vipal | Porto Alegre • Epcos do Brasil Ltda. | Gravataí • Fras-le | Caxias do Sul • Jbs Aves | Montenegro • Novus Automação | Porto Alegre • Peccin S.A. | Erechim • Piccadilly | Igrejinha • Tanac S.A. | Montenegro

Dinamismo Exportador Export Dynamism • Gsi | Maruá • Iat-Pandrol Brasil | Porto Alegre • Oleoplan S.A. Oleos Vegetais Planalto | Porto Alegre • Olfar S/A – Alimento e Energia | Erechim • 3 Tentos Agroindustrial | Santa Bárbara do Sul

Dinamismo Exportador trading Export Trading Dynamism • Prisma Brazil | Caxias do Sul • South Service Trading | Porto Alegre

destaque setorial Featured Sector

Agropecuário Agriculture and Livestock Farming

Agricultural Machinery/Implements • Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo | Ibirubá • Jan | Não-Me-Toque • Kuhn do Brasil | Passo Fundo • Semeato | Passo Fundo

metalúrgico Metallurgical

• Naturovos | Salvador do Sul

• Medabil | Porto Alegre • Randon S/A | Caxias do Sul

alimentos

móveis

Food

Furniture

• Conservas Oderich S/A | São Sebastião do Caí • Germani Alimentos | Santa Cruz do Sul

• Multimóveis – Industria de Móveis Ltda | Bento Gonçalves

autopeças Auto Parts • Dana | Gravataí • Keko | Flores da Cunha

Calçados/Couros/Artefatos Footwear/Leather/Leather Articles • Paquetá Calçados | Sapiranga • Werner Calçados LTDA | Três Coroas

Eletroeletrônicos Electronics

têxtil Textiles • Bia Brazil Activewear | Porto Alegre • ITM | Farroupilha

bebidas vinho Wine Beverages • Miolo | Bento Gonçalves

destaque pequeno desbravador internacional Feature: Small International Pathfinder

• Datacom | Eldorado do Sul

• Brasilbev | Porto Alegre

Madeira/Derivados

Destaque Serviços de Suporte à Exportação

Wood/Byproducts • CMPC Celulose Riograndense | Guaíba • Flosul Madeiras | Capivari do Sul

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Máquinas/Implementos Agrícolas

Feature: Export Support Services • Grupo Exim | Porto Alegre • Interlink Cargo | Cachoeirinha • Kuehne + Nagel | Porto Alegre

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PERSONALIDADE COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL 2014 | International Personality 2014

indústria nacional

pede RESPOSTAS Heitor Klein, Personalidade Competitividade Internacional 2014, tem sua história ligada ao calçado. Presidente-executivo da Abicalçados desde abril de 2013, conhece de cor os desafios das mais de 8 mil indústrias do setor. Qual é a condição essencial para a competitividade? Heitor Klein - A mensagem para a retomada da competitividade é clara: redução da carga e simplificação tributária, investimentos em infraestrutura, defesa comercial eficiente e revisão das leis trabalhistas. Recentemente, comemoramos a notícia da perenização da desoneração da folha de pagamento, mas é preciso avançar neste campo e no estímulo à produção nacional. Precisamos de respostas efetivas e mais rápidas. E a defesa comercial tem respostas rápidas? Klein - Não. Infelizmente, os mecanismos não são efetivamente acionados. Produtos chineses seguem entrando no Brasil, através de outros países ou mesmo desmontados para mera montagem aqui, escapando de impostos de importação e até mesmo de tarifas antidumping. Além disso, muitos produtos chineses chegam via Paraguai, neste caso sem pagar qualquer espécie de tributo pelo fato de ser signatário do Mercosul. É urgente a adoção de práticas de proteção comercial que ponham fim à elisão fiscal. O Mercosul, então, é um limitador? Klein - Não diria isso, até porque está em andamento um acordo entre o Mercosul e a União Europeia que, embora ainda inconcluso, deve ser celebrado e, oxalá, sinalizar um redirecionamento na política brasileira de comércio exterior. Mas, certamente, a baixa agressividade na celebração de acordos comerciais tem

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freado a ampliação de mercados e o fluxo de comércio em países onde operamos. As próprias negociações do Acordo de Bali, um passo para a flexibilização do comércio mundial, não asseguram efetividade. Qual o cenário exportador de calçados? Klein - Levando em consideração que 2013 foi um ano ruim, a situação se torna ainda mais grave. Nos seis primeiros meses do ano, foram exportados 63,7 milhões de pares por US$ 522,36 milhões, ou seja, 6,2% a mais em volume e 2,6% a menos em dólares, refletindo queda de 8,2% no preço médio (US$ 8,20). Por sua vez, as importações aumentaram 9,3% (US$ 313 milhões), sendo 50% de aumento nos calçados esportivos, que representavam 35% no ano passado. As vendas para a Argentina se mantêm em queda: comprou 2,23 milhões de pares por US$ 33 milhões, 39% menos do que no primeiro semestre do ano passado. Apesar do cenário desolador, é preciso lembrar que a indústria brasileira está presente em mais de 150 países. O que significa ser Personalidade Competitividade Internacional? Klein - Representa, sobretudo, um estímulo para a continuidade das ações. Agora, com maior responsabilidade e empenho dos programas que a Abicalçados vêm desenvolvendo na inserção internacional do calçado brasileiro com alto valor agregado. E, no mercado nacional, na defesa de condições equilibradas de competitividade com os importados.

Domestic industry demands IMMEDIATE REPSONSES The history of Heitor Klein, International Personality 2014, is linked to footwear. Executive President of Abicalçados since April 2013, he fully understands the challenges facing over 8,000 companies in the sector. What the necessary conditions for competitiveness? Heitor Klein - The message for regaining competitiveness is clear: reduce the tax burden and simplify the tax system, invest in infrastructure, ensure effective trade defense and revise labor laws. We recently rejoiced over the news of the continued payroll tax reductions, but we must move forward in this field and in stimulating domestic production. We need effective and faster responses. Are trade defense responses fast? Klein - No. Unfortunately, the mechanisms are not effectively set in motion. Chinese products continue to enter Brazil, through other countries or they arrive unassembled and are merely assembled here, thereby evading import taxes and even anti-dumping duties. Furthermore, many Chinese products arrive via Paraguay, in this case without paying any kind of tax since the country is part of Mercosur. Trade protection measures must be adopted urgently to put an end to tax evasion. Is Mercosur, then, something that limits trade? Klein - I wouldn’t say that’s the case because there is even an agreement in the works between Mercosur and the European Union, which even though not finalized, will, let’s hope, signal a new direction in Brazilian foreign trade policy. However, the low priority given to signing trade agreements has slowed market expansion and the flow of trade in countries where we operate. Even the Bali Agreement negotiations, a step toward facilitating world trade, do not ensure effectiveness. What are the prospects for footwear exports? Klein - Taking into account that 2013 was a bad year, the situation is becoming even more critical. During the first six months of the year, 63.7 million pairs of shoes were exported, at a value of USD 522.36 million, that is, 6.2% more in volume and 2.6% less in dollars, representing an 8.2% drop in the average price (USD 8.20). In turn, exports have risen 9.3% (USD 313 million), with a 50% increase in sports shoes, which accounted for 35% last year. Sales to Argentina continue to drop: it bought 2.23 million pairs of shoes, corresponding to USD 33 million, 39% less than during the first half of last year. Despite the bleak outlook, it’s important to remember that Brazilian footwear can be found in over 150 countries.

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destaque exportador | Featured Exporter

Em 2013, a Braskem destinou R$ 2,7 bilhões para investimentos, e mais operações estão a caminho

Investir tem sido uma das palavras de ordem na Braskem, líder das Américas em produção de resinas termoplásticas e maior fabricante de biopolímeros do planeta. Em 2013 foram destinados R$ 2,7 bilhões, 58% sobre 2012, para investimentos – 50% usado na manutenção de ativos, e 40% para a construção do maior complexo petroquímico integrado do México, desenvolvido em joint venture com a Idesa. Empreendimento que já está 58% concluído e tem o início da operação prevista para 2015. E mais negócios estão a caminho. Atenta às oportunidades proporcionadas pela competitividade do gás de xisto (shale gas) e alinhada ao seu programa de crescimento, a Braskem, em conjunto com investidores, vem analisando a viabilidade de um projeto integrado, denominado “Ascent” (Appalachian Shale Cracker Enterprise), para a produção de eteno no estado da West Virginia, nos EUA, país onde a empresa já é líder no mercado de polipropileno. Também assinou memorando com a alemã Styrolution para a criação de joint venture em Camaçari (BA), na qual terá 30% do capital. A produção será de especialidades estirênicas e copolímeros de acrilonitrila butadieno estireno (ABS) e estirenoacrilonitrila (SAN) para os setores de eletrodoméstico e automotivo. Com 29 plantas industriais no Brasil, as exportações da Braskem em 2013 totalizaram R$ 15,6 bilhões. A receita com as vendas no mercado externo no 1º trimestre de 2014 já somam US$ 2,2 bilhões, uma alta de 3% na comparação com o trimestre anterior, devido o maior volume de revenda e os maiores preços praticados no mercado internacional.

Novos negócios

vão reforçar a produção New business to boost production In 2013, Braskem allocated BRL 2.7 billion to investments, and more business is on the way “Invest” has been one of the buzzwords at Braskem, leading producer in the Americas of thermoplastic resins and the biggest manufacturer of biopolymers in the world. In 2013, it allocated BRL 2.7 billion, 58% more than 2012, to investments – 50% in asset maintenance and 40% to build the largest petrochemical complex in Mexico, in a joint venture with Idesa. Already 58% completed, the enterprise is scheduled to go into operation in 2015. And more business is on the way. Attuned to the opportunities provided by the competitiveness of shale gas and aligned with its growth program, Braskem, along with investors, has been studying the feasibility of an integrated project, called “Ascent” (Appalachian Shale Cracker Enterprise), to produce ethylene in the state of West Virginia, in the USA, a country where the company is the market leader in polypropylene. It also signed a Memorandum of Understanding with the German company Styrolution to create a joint venture in Camaçari (BA), in which it will have a 30% stake. Production will focus on styrenic specialties, acrylonitrile butadiene styrene (ABS) copolymers and styrene acrylonitrile (SAN) for the appliance and automotive sectors. With its 29 industrial plants in Brazil, Braskem’s exports totaled BRL 15.6 billion in 2013. Sales revenue from the foreign market for the first quarter of 2014 are already at USD 2.2 billion, a 3% increase over the previous quarter, due to the large resale volume and higher prices charged on the international market.

João Ruy Freire, diretor de Relações Institucionais da Braskem, e Carlos Biedermann, presidente da ADVB/RS João Ruy Freire, chief institutional relations officer at Braskem, and Carlos Biedermann, president of ADVB/RS

www.braskem.com.br

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TRAJETÓRIA EXPORTADORA MASTER | Superlative Export Track Record

Acordos e programas de qualificação projetam a Souza Cruz na liderança das exportações de tabaco Líder do mercado brasileiro de cigarros, com participação equivalente a 77% do mercado formal, a Souza Cruz assume em 2013 também o primeiro lugar nos embarques de diversas marcas do produto, um ano depois do início do processo de exportações, especialmente para países da América Latina. Também foram enviadas para o exterior 118,2 mil toneladas de tabaco. Grande parte deste volume está ligada a um acordo de suprimento com o Grupo British American Tobacco (BAT), que atua em 180 países e do qual a Souza Cruz é subsidiária. Graças a esta parceria, a empresa brasileira vai fortalecer a posição de liderança na produção e vendas externas, reforçando o posicionamento do Brasil como o maior exportador de tabaco do mundo. Com o objetivo de gerar riquezas de maneira responsável, a empresa produz valor para todos os envolvidos na cadeia produtiva, trabalhada de forma verticalizada. Ou seja, desde a produção e o processamento de tabaco até a fabricação e a distribuição de cigarros. Assim, soma-se aos 6,7 mil postos de trabalhos na companhia, a integração de 30 mil produtores, que resultam em empregos no campo para 167 mil famílias, além de 300 mil varejistas localizados em 5 mil municípios brasileiros. Esta forma de atuação integrada foi desenvolvida pioneiramente pela Souza Cruz e está vigente há quase um século. A Souza Cruz, fundada em 1903 no Rio de Janeiro, administra usinas de processamento, fábricas de cigarros e um centro de referência em inteligência e pesquisa de tabaco para as Américas. A estrutura de distribuição da Souza Cruz conta com seis Centrais Integradas de Distribuição (CID) — localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem, Curitiba, Porto Alegre e Recife —, 31 Centros de Distribuição e 75 postos de abastecimento, próprios ou terceirizados.

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Gerando riquezas e

valor à cadeia produtiva Generating wealth and value for the production chain Agreements and qualification programs make Souza Cruz the tobacco export leader The leader in the Brazilian cigarette market, with a 77% share of the formal market, Souza Cruz also ranked first in 2013 in exports of different brands of the product, one year after starting the export process, especially to countries in Latin America. 118,200 tons were shipped abroad. A large part of this volume is linked to a supply agreement with the British American Tobacco Group (BAT), which operates in 180 countries and of which Souza Cruz is a subsidiary. Thanks to this partnership, the Brazilian company has been strengthening its leadership position in foreign sales, reinforcing the Brazil’s positioning as the world’s largest tobacco exporter.

With a goal to generate wealth responsibly, the company produces value for everyone in the production chain, which works in a vertical manner, i.e., from tobacco growing and processing to cigarette manufacturing and distribution. The results of this are the creation of 6,700 jobs by the company and the integration of 30,000 growers, who generate employment for 167,000 families, in addition to 300,000 retailers located in 5,000 Brazilian cities. This integrated form of operation was pioneered by Souza Cruz and has been in effect for almost a century. Souza Cruz, founded in 1903, in Rio de Janeiro, manages processing plants, cigarette factories and a reference center in tobacco intelligence and research for the Americas. Souza Cruz’s distribution structure is comprised of six Integrated Distribution Centers — located in Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem, Curitiba, Porto Alegre and Recife — 31 Distribution Centers and 75 own or outsourced supply stations.

Dimar Frozzan, diretor de tabaco da Souza Cruz, e Sônia Teruchkin, diretora do Prêmio Exportação RS Dimar Frozzan, chief tobacco officer at Souza Cruz, and Sônia Teruchkin, RS Export Award director www.souzacruz.com.br

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TRAJETÓRIA EXPORTADORA MASTER | Superlative Export Track Record

Com foco na competitividade global, STIHL investe em equipamentos, automatização, pessoas e processos A STIHL Ferramentas Motorizadas atua com foco na competitividade global e tem como desafios constantes investir em novos equipamentos, na automatização e em pessoas e processos, para preparar a fábrica para o futuro. Em 2013, pouco mais de 40% da produção da fábrica, em São Leopoldo/RS, foi dedicada à exportação. No mesmo ano, a empresa registrou receita líquida de R$ 923 milhões, cifras que devem atingir recorde em 2014: R$ 1,05 bilhão, ou seja, 12% de crescimento em relação ao exercício anterior. Entre os principais produtos exportados pela fábrica no Brasil, 54% são componentes para produção, 24% são motosserras, 17% roçadeiras e 12% pulverizadores e sopradores. As exportações da STIHL Brasil seguem para mais de 70 países, com destaque para América Latina, Estados Unidos e Europa fornecendo componentes estratégicos para as demais unidades produtivas do grupo. Para ampliar as vendas no mercado externo, a STIHL conta também com a experiência e tecnologia da matriz, que fica na cidade de Waiblingen, na Alemanha. Lá, o centro de desenvolvimento de produtos tem mais de 500 engenheiros que se dedicam à criação de novas soluções e colocam a marca STIHL em mais de 160 países por meio de mais de 40 mil pontos de vendas no mundo. Além da planta industrial no Rio Grande do Sul, onde mais de 2 mil colaboradores fabricam equipamentos destinados aos mercados florestal, agropecuário, de jardinagem, doméstico e construção civil, a companhia conta com unidades produtivas também nos EUA, Áustria, Suíça e China.

Hora de preparar

a fábrica para o futuro Preparing the factory for the future With a focus on global competitiveness, STIHL invests in equipment, automation, people and processes The focus of STIHL Ferramentas Motorizadas is on global competitiveness and it is constantly striving to invest in new equipment, automation and people and processes to prepare the factory for the future. In 2013, a little less than 40% of the factory’s production in São Leopoldo/RS was dedicated to exports. In the same year, the company posted net income of BRL 923 million, with an all-time high projected for 2014: BRL 1.05 billion, i.e., 12% growth in relation to the year before. Among the main products exported by the Brazilian factory, 54% are components for production, 24% are chain saws, 17% brushcutters and 12% sprayers. Exports from STIHL Brasil go to over 70 countries, especially in Latin America, United States and Europe, where it supplies strategic components for the group’s other production units. To expand its sales in the foreign market, STIHL also relies on the experience and technology of the headquarters, which is located in the city of Waiblingen, in Germany. There, the product development center has over 500 engineers who work to create new solutions and place the STIHL brand in over 160 countries through more than 40,000 points of sale in the world. In addition to the industrial plant in Rio Grande do Sul, where over 2,000 employees produce equipment for the forestry, agriculture, gardening, household and construction markets, the company also has production units in the USA, Austria, Switzerland and China.

Claudio Guenther, presidente da STIHL Ferramentas Motorizadas, e Paulo Marcelo Tigre, CEO do Prêmio Exportação RS Claudio Guenther, president of STIHL Ferramentas Motorizadas, and Paulo Marcelo Tigre, CEO of the RS Export Award

www.stihl.com.br

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TRAJETÓRIA EXPORTADORA MASTER | Superlative Export Track Record

Com exportações para 70 países, Taurus elege três pilares para seguir avançando no mercado global Ao longo de sua história, a Taurus, que atua nos segmentos de Defesa e Segurança e Metalurgia e Plásticos, solidificou sua marca no mercado externo. Com exportações para 70 países, os Estados Unidos tornou-se o alvo principal. A companhia gaúcha detém mais de 20% de market share no segmento de revólveres e exporta mais de 60% de sua produção anual para o território americano. O potencial exportador é comprovado em números. No primeiro trimestre de 2014, a receita líquida do mercado externo atingiu R$ 105,8 milhões, crescendo 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia, que neste ano completa 75 anos, tem se empenhado em novos projetos para atender às demandas em novos mercados e se tornar, cada vez mais, uma marca sinônimo de qualidade e confiança. Para continuar avançando no mercado global, ao mesmo tempo garantir um caminho de crescimento sustentável, a empresa, com sede em Porto Alegre/RS, elencou três pilares. O primeiro é a racionalização dos processos, seguido pela diminuição dos custos e pelo foco na rentabilidade. A trajetória da companhia gaúcha demonstra a sua força de transformação. Fundada em 1939, a então forjaria, com dificuldade em conseguir exportar os equipamentos necessários para a produção de revólveres, dedica-se à fabricação de máquinas. Com o final da Segunda Guerra, começou a produzir revólveres e ferramentas manuais. Em 1981, iniciou o processo de internacionalização ao abrir a Taurus Internacional, em Miami. Cinco anos depois, inaugurou a Taurus Capacetes, produtos fornecidos no mercado brasileiro.

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Recarregando

o potencial para ações futuras Reloading potential for future initiatives With exports to 70 countries, Taurus selects three pillars to continue advancing in the global market Throughout its history, Taurus, which operates in the segments of Defense and Security and Metallurgy and Plastics, has been strengthening its brand in the foreign market. With exports to 70 countries, the United States has become its main target. The company from Rio Grande do Sul holds a market share of over 20% in the revolver segment and exports more than 60% of its annual production to the U.S. The export potential can be seen by the results. In the first quarter of 2014, net income from the foreign market totaled BRL 105.8 million, growing by 8.9% in relation to the same period last year.

The company, which this year is celebrating its 75th anniversary, has been working hard on new projects to meet the demands of new markets and increasingly become a brand that stands for quality and reliability. To continue advancing in the international market, while also maintaining a path of sustainable growth, the company, headquartered in Porto Alegre/ RS, has selected three pillars. The first is rationalization of processes, followed by cost reduction and a focus on profitability. The company’s trajectory is proof to the power of transformation. Founded in 1939, the forge, which had difficulties importing the equipment needed to manufacture guns, dedicated itself to making machines. At the end of World War II, it started producing guns and hand tools. In 1981, it launched its internationalization process, by opening Taurus International, in Miami. Five years later, it inaugurated Taurus Capacetes to supply the Brazilian market with helmets.

Luis Fernando Estima, presidente do Conselho de Administração da Taurus, e Renato Malcon, presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS Luis Fernando Estima, chairman of the Board of Directors of Taurus, and Renato Malcon, chairman of the RS Export Award Council www.taurus.com.br

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | MARKET DIVERSIFICATION

Com exportações em alta, Borrachas Vipal abriu 3º Centro de Distribuição nos EUA e planeja outro na Inglaterra Uma das maiores fabricantes mundiais de produtos para a reforma de pneus, a Borrachas Vipal abastece cerca de 90 países ao redor do mundo, tendo como principais mercados Estados Unidos, Europa e América Latina. Para atender o crescimento das exportações, que registraram uma receita de US$ 120 milhões em 2013, a empresa abriu, recentemente, seu terceiro Centro de Distribuição (CD) nos Estados Unidos. Localizada em Los Angeles, a unidade possui capacidade de armazenamento de 1,5 mil posições para pallets e sua missão é cobrir toda a Costa Oeste norte-americana, incluindo alguns estados do Centro do país e as regiões Oeste e central do Canadá. Outro CD deve abrir as portas ainda este ano na Inglaterra. Com estratégias bem definidas para o mercado externo, a Vipal destinou uma de suas três fábricas no Brasil somente para a fabricação de produtos destinados à exportação de forma a oferecer a estrutura necessária a todos os países que atende. Além disso, para ficar sincronizada às características de cada região - desde requisitos técnicos até diferenças culturais, geográficas e de legislação –, investiu no desenvolvimento de produtos específicos e mantém equipes permanentes em localidades estratégicas, de modo a dar todo suporte aos clientes internacionais. O resultado é um só: atendimento global de excelência. A empresa tem duas fábricas em Nova Prata, no Rio Grande do Sul, e uma em Feira de Santana, na Bahia, totalizando cerca de 160 mil metros quadrados de parque fabril, e três CD’s no Brasil. No exterior, possui filiais e CD’s nos Estados Unidos, México, Espanha, Alemanha, Eslovênia, Austrália, Colômbia, Argentina e Chile. Igualmente, mantém a Rede Autorizada Vipal, pela qual conta com 310 reformadores parceiros na América Latina.

Investimentos para

atendimento com excelência Investments for serving with excellence With exports on the rise, Borrachas Vipal opened its third Distribution Center in the USA and is planning another in England One of the world’s largest manufacturers of tire retreading products, Borrachas Vipal supplies around 90 countries in the world, with its main markets being the United States, Europe and Latin America. To keep up with its growth in exports, which posted revenues of USD 120 million in 2013, the company recently opened its third Distribution Center (DC) in the United States. Located in Los Angeles, the unit has a storage capacity of 1,500 pallet positions and its mission is to reach the entire American West Coast and some states in the central U.S., as well as the western and central regions of Canada. Another DC is also expected to open this year in England. Based on its well-defined foreign market strategies, Vipal has designated one of its three factories in Brazil to manufacture products exclusively for export, so as to provide the necessary structure for all the countries it supplies. Furthermore, in order to be aligned with the characteristics of each region – ranging from technical requirements to cultural, geographic and legal differences – it has invested in developing specific products and maintains permanent teams in strategic locations for the purpose of providing full support to international customers. The result is undeniable: global service of excellence. The company has two factories in Nova Prata (Rio Grande do Sul) and one in Feira de Santana (Bahia), totaling 160,000 square meters of industrial area, as well as three DCs in Brazil. Abroad, it has branches and DCs in the United States, Mexico, Spain, Germany, Slovenia, Australia, Colombia, Argentina and Chile. It also has a Vipal Authorized Network, comprised of 310 retreader partners in Latin America.

Plínio de Luca, diretor comercial e de marketing da Borrachas Vipal, e José Américo Fagundes, conselheiro superior da ADVB/RS Plínio de Luca, chief commercial and marketing officer at Borrachas Vipal, and José Américo Fagundes, ADVB/RS superior council member

www.vipal.com

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | Market Diversification

EPCOS do Brasil vai investir R$ 20 milhões na expansão das linhas de capacitores para aplicações automotivas A conquista de consumidores potenciais no Japão e Coreia do Sul marcou o ano de 2013 para a EPCOS do Brasil, assim como o desempenho positivo das exportações. O faturamento da empresa foi de US$ 145 milhões, dos quais aproximadamente 70% foram provenientes da atividade exportadora. As vendas obtidas com os embarques tiveram um acréscimo de US$ 13 milhões, 14% a mais em comparação com 2012. Em 2014, a empresa pretende investir R$ 20 milhões na expansão de linhas de produção de capacitores para aplicações automotivas, 100% destinados à exportação. Outro mercado de grande crescimento foi a China, com especial ênfase em aplicações automotivas. Estes três países fazem parte de uma ampla rede de clientes localizados na Ásia, região responsável por 28% do total exportado em 2013, ficando em segundo lugar no ranking das exportações. A Europa ficou com a maior fatia (53%), enquanto os países da NAFTA foram responsáveis por 17% e a América do Sul e Central, por 2%. A expectativa para os próximos anos é ampliar os negócios na indústria automobilística. A escalada do conteúdo eletrônico dos veículos abre espaço para os capacitores em aplicações como transmissão e direção eletrônica. Localizada em Gravataí/RS, a Epcos do Brasil é uma subsidiária da TDK-EPC, divisão de componentes da matriz japonesa TDK Corporation. Emprega cerca de 1,8 mil funcionários e produz anualmente mais de 1,7 bilhão de unidades de capacitores eletrolíticos e capacitores de filme plástico, que são aplicados em segmentos como a eletrônica automotiva, industrial, telecomunicações, eletrodomésticos e iluminação.

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Desempenho

positivo alavanca novos desafios Positive performance spurs new challenges EPCOS do Brasil will be investing BRL 20 million to expand its line of capacitors for automobile applications The winning of potential consumers in Japan and South Korea was the highlight of 2013, in addition to its positive export performance. The company’s sales revenues were USD 145 million, of which approximately 70% stemmed from export activities. Export sales grew by USD 13 million, 14% higher than 2012. In 2014, the company plans to invest BRL 20 million in expanding its capacitor production lines for automobile applications, destined entirely for export. Another market that grew tremendously was China, with a special focus on automotive applications.

These three countries are part of a broad network of customers located in Asia, a region responsible for 28% of total shipments abroad in 2013, ranking in second place export-wise. Europe represented the largest share (53%), while countries from NAFTA accounted for 17% and South and Central America, for 2%. The goal for the next few years is to expand its business in the auto industry. The higher electronic content in vehicles provides opportunities for capacitors in applications, such as transmission and electronic steering. Located in Gravataí/RS, Epcos do Brasil is a subsidiary of TDK-EPC, the components division of the TDK Corporation in Japan. It employs around 1,800 employees and produces over 1.7 billion electrolytic and plastic film capacitors, which are used in the automotive electronics, industrial, telecommunications, home appliances and lighting sectors.

José Adão Haas, diretor superintendente da EPCOS do Brasil Ltda., e Antonio Tigre, vice-presidente da ADVB/RS José Adão Haas, CEO of EPCOS do Brasil Ltda., and Antonio Tigre, vicepresident of ADVB/RS. www.epcos.com

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | MARKET DIVERSIFICATION

Fras-le acelera processo de internacionalização e ultrapassa US$ 150 milhões no mercado externo

Em 2013, a Fras-le encerrou um ciclo de planejamento com o fortalecimento de sua posição global. As operações fabris na China, nos Estados Unidos e na matriz em Caxias do Sul, mais os centros de distribuição na Argentina, Alemanha e Estados Unidos, aceleraram o processo de internacionalização da companhia, que garantiu vendas em mais de 100 países. Os volumes exportados pela planta brasileira foram na ordem dos US$ 100 milhões que, somados ao faturamento de suas coligadas no exterior, ultrapassaram a barreira dos US$ 150 milhões em receita no exterior. Maior fabricante de lonas de freio para veículos comerciais no mundo, a Fras-le, uma das integrantes das Empresas Randon, atende as principais montadoras de veículos e mercados de reposição automotiva, oferecendo aos clientes mais de 10 mil referências em materiais de fricção. O segredo para garantir a boa performance em âmbito internacional também se ancora em aquisições estratégicas. Em 2008, por exemplo, além de iniciar a implantação da unidade industrial em Pinghu, a 90 quilômetros de Shanghai (China), também adquiriu os negócios de pastilhas de freios da Haldex, em Prattville (Alabama), o que possibilitou a expansão no mercado externo de materiais de fricção para veículos comerciais. Da mesma forma, formalizou, em 2011, a aquisição da Freios Controil, fabricante de polímeros automotivos e outros componentes do sistema de freio, localizada em São Leopoldo/RS. A Fras-le também possui operações comerciais no Chile, México, Emirados Árabes e África do Sul, o que significa assistência comercial e técnica em todos os continentes.

Posição global

fortalecida em mais de 100 países Global position strengthened in over 100 countries Fras-le accelerates internationalization process and earns over USD 150 million in the foreign market In 2013, Fras-le ended a planning cycle with the strengthening of its global position. The manufacturing operations in China, United States and the headquarters in Caxias do Sul, in addition to the distribution centers in Argentina, Germany and the United States, accelerated the company’s internationalization process, which ensured sales in over 100 countries. Exports from the Brazilian plant totaled USD 100 million which, combined with the sales revenues of its affiliated companies abroad, broke the barrier of USD 150 million in revenue in the foreign market. The world’s largest manufacturer of brake linings for commercial vehicles, Fras-le, a company from Empresas Randon, serves the main automakers and automotive aftermarket, offering customers more than 10,000 part numbers in friction materials. Its secret to ensuring good performance in the international market also lies in strategic acquisitions. In 2008, for example, besides starting to set up a production unit in Pinghu, 90 kilometers from Shanghai (China), it also took over the brake pad business of Haldex, in Prattville (Alabama), making it possible to internationally expand its friction materials market for commercial vehicles. It also finalized, in 2011, its acquisition of Freios Controil, a manufacturer of automotive polymers and other brake system components, located in São Leopoldo/RS. Fras-le also has commercial operations in Chile, Mexico, United Arab Emirates and South Africa, which translates into commercial and technical assistance on every continent.

Rogério Luiz Ragazzon, diretor comercial da Fras-le, e Emerson Macedo, sócio da PwC Rogério Luiz Ragazzon, chief commercial officer at Fras-le, and Emerson Macedo, partner at PwC

www.fras-le.com.br

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | Market Diversification

Mais negócios com

a criação da JBS Foods Unidade de negócios, resultado da fusão da JBS Aves e Seara Brasil, deve faturar R$ 12 bilhões Em 2013, as exportações da JBS Aves foram de cerca de US$ 670 milhões, tendo Frangosul como principal marca. A exportação representou em torno de 65% da receita da empresa, que embarca seus produtos para mais de 80 países, sendo os principais clientes no Oriente Médio. Ainda no ano passado, foram integradas à JBS Aves a Tramonto Alimentos e Agrovêneto, em Santa Catarina, e o frigorífico de suínos de Ana Rech, no Rio Grande do Sul. Com a aquisição da Seara Alimentos, criou-se uma nova unidade de negócios chamada JBS Foods, que engloba o segmento de aves, suínos e processados no Brasil. Com um faturamento estimado em R$ 12 bilhões em 2014, seu portfólio é formado pelas marcas Seara, Fiesta, Doriana, Pena Branca, Lebon, Frangosul, Massa Leve, entre outras. Dentro do plano de expansão no segmento de aves e suínos, a empresa adquiriu unidades no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, onde, há poucos meses, arrendou uma fábrica no município de Santo Inácio. O grupo JBS, que congrega 300 mil clientes em mais de 150 países, também é controlador da Pilgrim’s Pride, segunda maior empresa americana no abate de aves.

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Fábio Haubrich, diretor comercial mercado externo da JBS Aves, e Antônio da Luz, economista do Sistema Farsul Fábio Haubrich, chief foreign market commercial officer at JBS Aves, and Antônio da Luz, economist from the Farsul System www.jbs.com.br

More business on the horizon with the creation of JBS Foods Business unit, resulting from merger between JBS Aves and Seara Brasil, expected to earn BRL 12 billion In 2013, exports from JBS Aves were around USD$ 670 million, with Frangosul as the leading brand. Exports accounted for 65% of the revenue of the company, which ships its products to over 89 countries and whose main clients are in the Middle East. Last year, Tramonto Alimentos and Agrovêneto, in Santa Catarina, and the pork processing plant of Ana Rech, in Rio Grande do Sul, were incorporated into JBS Aves.

With the purchase of Seara Alimentos, a new business unit was created, called JBS Foods, which encompasses the Brazilian chicken, pork and processed products sector. With a turnover estimated at BRL 12 billion in 2014, its product portfolio is comprised of the brands Seara, Fiesta, Doriana, Pena Branca, Lebon, Frangosul and Massa Leve, among others. As part of its expansion plan in the chicken and pork segment, the company acquired units in Rio Grande do Sul, Santa Catarina and Paraná, where it rented a factories several months ago in the city of Santo Inácio. The JBS group, which has 300,000 customers in over 150 countries, also controls Pilgrim’s Pride, the second largest chicken slaughterhouse in the United States.

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | MARKET DIVERSIFICATION

Com previsão de exportar 50% da produção, a NOVUS Automação quer abrir filiais no México, França e Índia Com previsão de crescer 100% nos Estados Unidos neste ano, 10% no Brasil e 30% no resto do mundo, a NOVUS Automação mostra que é possível ser reconhecida e crescer de forma sustentável no exterior. A empresa, que produz equipamentos voltados principalmente para automação industrial e predial, pretende não apenas exportar 50% de sua produção, mas abrir filiais no México, França e Índia. A intenção é atrair clientes de diversos ramos com um portfólio diferenciado, principalmente a disponibilização de dados em dispositivos móveis, como tablets e smartphones, assim como a configuração de produtos via USB. Entre as apostas para a expansão da marca em terras estrangeiras está a linha de soluções wireless. Além dos 60 países já conquistados, em 2013 abriu mercados no Equador, Malásia, Malta, Sri Lanka, países para quais vendeu transmissores de temperatura, transmissores de pressão e sistemas de aquisição de dados, resultando em um aumento de 11,84% nas exportações. O transmissor de temperatura TxBlock foi o principal produto exportado, principalmente para Argentina, França e Índia. Mais do que inovação, a empresa, se necessário, vai até as instalações do cliente, condição criada com os investimentos em prestação de serviços de metrologia, com Laboratório certificado pelo INMETRO e acreditado RBC/CGCRE, que permite a opção de calibração em campo. Com sede em Porto Alegre e filiais em São Paulo, Campinas e Curitiba, Estados Unidos, Colômbia e Argentina, a NOVUS fabrica controladores de processos, condicionadores e isoladores de sinais, registradores de dados, transmissores de pressão, entre outros produtos.

Levando soluções

wireless a terras estrangeiras Taking wireless solutions to foreign lands With a forecast to export 50% of production, NOVUS Automação wants to open branches in Mexico, France and India. Expected to grow 100% in the United States this year, 10% in Brazil and 30% in the rest of the world, NOVUS Automação shows that it is possible to achieve recognition and grow in a sustainable way abroad. The company, which produces equipment primarily for industrial and building automation, plans not only to export 50% of its production, but to open branches in Mexico, France and India. The intention is to attract customers from different fields with a unique portfolio, especially provision of data in mobile devices, such as tablets and smartphones, as well as configuration of products via USB. Among the strategies for expanding the brand in foreign lands is the wireless solutions line. In addition to the 60 countries already conquered, in 2013 it opened markets in exotic places like Ecuador, Malaysia, Malta and Sri Lanka, countries where it sold temperature transmitters, pressure transmitters and data acquisition systems, resulting in an 11.84% increase in exports. The TxBlock temperature transmitter was the main product exported, mainly to Argentina, France and India. Besides offering innovation, the company, if necessary, goes to the customer’s facilities, a service made possible through its investments to provide metrology services, with a laboratory certified by INMETRO and accredited by RBC/CGCRE, which enables the field calibration option. Headquartered in Porto Alegre, with branches in São Paulo, Campinas and Curitiba, United States, Colombia and Argentina, NOVUS manufactures process controllers, signal conditioners and isolators, data loggers, pressure transmitters and other products.

Miguel Fachin Júnior, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da NOVUS Automação, e Gil Kurtz, conselheiro superior da ADVB/RS Miguel Fachin Júnior, chief research and development officer at NOVUS Automação, and Gil Kurtz, ADVB/RS superior council member

www.novus.com.br

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | Market Diversification

Flexibilidade e customização de candies e chocolates atraem compradores para a indústria Peccin O desafiador cenário internacional não tem impedido os planos da Peccin S.A. em ampliar sua fatia no mercado global. Uma das principais exportadoras de guloseimas do Brasil, a empresa, localizada em Erechim/RS, manteve o foco nos investimentos em pesquisa de novos produtos, na conquista de mercados, nas parcerias com fornecedores, e na valorização das marcas. Após três anos de pesquisas, entrou no segmento de chocolates, ampliando o portfólio de candies (balas, pirulitos e chicles). Esta expansão tornou-se um diferencial estratégico nos países-alvo, onde a marca Peccin iniciou um estágio de percepção e resultados. A flexibilidade e a capacidade de customizar os produtos têm surtido excelentes resultados. Como o objetivo é a busca constante de novos mercados, bem como adaptar-se aos diferentes segmentos atendidos, a Peccin consegue atender demandas de private label e também ofertar produtos kosher (que obedecem à lei judaica). Estratégia que fez a empresa exportar um terço da sua produção para mais de 70 países em 2013. Neste ano, 4 mil toneladas, ou 20% do volume do mercado interno, devem ser direcionadas ao exterior. Parte deste desempenho também está relacionada à presença constante em eventos internacionais. Com 58 anos de excelência na produção e figurando entre as maiores empresas do setor, a empresa, que emprega 800 funcionários, participa, anualmente, das feiras ISM e Anuga, ambas na cidade de Colônia/ Alemanha, Sial, em Paris, Gulfood, em Dubai, e Sweet Brasil, que acontece em diferentes cidades brasileiras e atrai compradores estrangeiros.

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Doces gaúchos

nas mesas de 70 países Sweets from Rio Grande do Sul served in 70 countries Flexibility and customization of candies and chocolates attract buyers to Peccin The challenging international scenario has not hindered the plans of Peccin S.A. to increase its slice of the global market. One of Brazil’s leading candy exporters, the company, located in Erechim/RS, focused its efforts on investing in research for new products, winning markets, building partnerships and enhancing the brands. After three years of research, it went into the chocolate segment, expanding its candy portfolio (candies, lollipops and chewing gum). This expansion provided a strategic advantage in the target countries, where the Peccin brand worked on perception and results.

Flexibility and the ability to customize its products have yielded excellent results. Since its goal is the constant pursuit of new markets, as well as adapt to the different segments it serves, Peccin caters to private label demand, in addition to offering kosher products (which comply with Jewish dietary laws). This strategy has resulted in the company exporting one third of its production to over 70 countries in 2013. This year, 4,000 tons, or 20% of the volume of the domestic market, is expected to be shipped abroad. This high performance is also tied to its continual participation in international events. With 58 years of excellence in production and ranked among the largest companies in the sector, the company, which employs 800 employees, annually attends the ISM and Anuga trade fairs, both in the city of Cologne (Germany), Sial (Paris), Gulfood, (Dubai) and Sweet Brasil, which is held in different Brazilian cities and attracts foreign buyers.

Dirceu Gilmar Pezzin, diretor-presidente da Peccin S.A., e Mauro Henrique Renner, procurador-geral do Ministério Público do Rio Grande do Sul Dirceu Gilmar Pezzin, CEO of Peccin S.A., and Mauro Henrique Renner, public prosecutor from the Public Prosecutor’s Office of Rio Grande do Sul www.peccin.com.br

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | MARKET DIVERSIFICATION

Com 31 unidades da marca em endereços privilegiados, a Calçados Piccadilly prevê abertura de mais portas em 2014 Mais do que ter produtos com a marca própria em 10 mil pontos de venda em mais de 90 países, a Calçados Piccadilly, construiu, em parceria com distribuidores, uma poderosa malha de vendas com 31 lojas exclusivas Piccadilly em endereços privilegiados, como em um dos mais prestigiados shoppings de Bahrein, no Oriente Médio, e em Miami, nos Estados Unidos – unidades inauguradas no ano passado. A cidade americana possui outras quatro lojas Piccadilly. Além disso, são oito unidades na Venezuela, nove no Kuwait, duas no Peru, duas na Rússia, uma na República Dominicana, uma na Guatemala, uma no Equador e outra na Nova Zelândia. Neste ano, mais três vão abrir as portas para vender os calçados feitos em Igrejinha/RS: a primeira em Ilhas Reunião e a segunda da marca na Guatemala e no Bahrein. Não é à toa que a Piccadilly é líder de vendas entre as marcas brasileiras em 17 países – a maioria fica na América Latina, mas há lugares mais longínquos, como nações do Oriente Médio, da Europa e da Oceania. Por exemplo, representou 40% das exportações brasileiras de calçados para o Catar e 42% para Trinidad Tobago, em 2013. Outra prova da força da marca vem de companhias aéreas, as comissárias de empresas como a El Al de Israel, Etihad Airways e a Abu Dhabi Aviation, ambas dos Emirados Árabes, escolheram a Piccadilly como a marca para usar. Com uma manufatura diária de 60 mil calçados femininos, o mercado externo respondeu por uma receita de R$ 70 milhões, representando 25% da produção. No ano passado, a calçadista começou a exportar para Noruega, Líbia, Sudão, Granada e já está prospectando Hong Kong, Suécia e Alemanha para ingressarem na lista de compradores. São oito unidades fabris, sendo seis de produção, todas localizadas no Rio Grande do Sul.

Malha de vendas

formada por lojas exclusivas Sales network recalibragem da Rodada Doha With 31 outlets of the brand in prime locations, Calçados Piccadilly intends to open new shops in 2014 In addition to having own brand products in 10,000 points of sale in over 90 countries, Calçados Piccadilly has built, in partnership with distributors, a powerful sales network, with 31 exclusive Piccadilly shops in prime locations, such as in one of the most prestigious malls in Bahrain, in the Middle East, and in Miami, in the United States – outlets inaugurated last year. The American city has four Piccadilly stores. There are also eight outlets in Venezuela, nine in Kuwait, two in Peru, two in Russia, one in the Dominican Republic, one in Guatemala, one in Ecuador and another in New Zealand. This year three more will open, to sell footwear made in Igrejinha/RS: one in Reunion Island (its first), a second one in Guatemala and another in Bahrain. It’s no surprise that Piccadilly is a sales leader among Brazilian brands in 17 countries – most are in Latin America, but there are more distant places, such as nations in the Middle East, Europe and Oceania. For example, it accounted for a 40% share of Brazilian shoe exports to Qatar and 42% to Trinidad and Tobago in 2013. Another proof of the brand’s strength can be seen in different airlines, where flight attendants from companies such as El Al, from Israel, and Etihad Airways and Abu Dhabi Aviation, both from the United Arab Emirates, wear Piccadilly shoes. With a daily production of 60,000 pairs of women’s shoes, the foreign market generates BRL 70 million in revenue, representing 25% of production. Last year, the shoe manufacturer started exporting to Norway, Libya, Sudan and Granada, and is already scouting out Hong Kong, Sweden and Germany to join its list of buyers. There are eight plants – six of them for production – all located in Rio Grande do Sul.

Micheline Grings Twigger, diretora de exportação da Piccadilly, e Mauro Henrique Renner, procurador-geral do Ministério Público do Rio Grande do Sul Micheline Grings Twigger, chief export officer at Piccadilly, and Mauro Henrique Renner, public prosecutor from the Public Prosecutor’s Office of Rio Grande do Sul

www.piccadilly.com.br

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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS | Market Diversification

Serviços técnicos e novas aplicações impulsionam a Tanac S.A. a manter posições e abrir mercados O acompanhamento do desenvolvimento de países em transição e da crescente preocupação ambiental de mercados potenciais despertou um algo a mais na Tanac S.A., líder na produção de extratos vegetais. Além de abrir a geografia comercial, era preciso oferecer outras aplicações para seus produtos. E foi o que fez: ampliou sua presença na Índia, Rússia e China, e investiu mais recursos na oferta de serviços técnicos, mantendo a posição em regiões já consolidadas, que hoje somam cerca de 75 países. Um dos exemplos desta estratégia é a linha de coagulantes/floculantes para tratamento de águas de abastecimento e de efluentes industriais, que tem a certificação Halal, para atender às exigências dos mercados de população muçulmana, e a Kosher, certificação que cumpre exigências judaicas. O produto também é certificado pelo NSF (National Sanitation Foundation) e pelo FSC® (Forest Stewardship Council®). Com um faturamento de US$ 81,79 milhões em 2013, a empresa agora está revitalizando seu planejamento estratégico para os próximos 14 anos, com foco em crescimento forte nos próximos três a cinco anos. Com sua origem em 1948, a Unidade de Taninos da Tanac iniciou sua produção de extratos vegetais de acácia negra na cidade de Montenegro. Seus produtos são voltados à indústria coureira (calçados, artefatos, estofamento automotivo), ao tratamento de águas e efluentes industriais, e especialidades químicas. Em 1995, diversificou sua atividade com a criação da Unidade de Cavacos de Madeira, na cidade de Rio Grande, com o objetivo de exportar mais de 700 mil toneladas anuais de cavacos para a Ásia.

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Visão de macrotendências

revitaliza as vendas Vision for macro trends revitalizes sales Technical services and new applications enable Tanac S.A. to maintain its position and open markets Monitoring the development of emerging countries and noting the growing environmental concern in potential markets sparked new ideas at Tanac S.A., leader in vegetable extracts production. In addition to expanding its sales boundaries, it also needed to offer other applications for its products, which it did: it expanded its presence in India, Russia and China, and invested more resources into supplying technical services, thereby maintaining its position in already consolidated regions, which currently total 75 countries. An example of this strategy is the line of coagulants and flocculants for water supply and industrial wastewater treatment,

which has Halal certification, in order to comply with Muslim market requirements, as well as kosher certification that meets Jewish requirements. The product is also certified by the NSF (National Sanitation Foundation) and FSC ® (Forest Stewardship Council). With a turnover of USD 81.79 million in 2013, the company is currently revitalizing its strategic plan for the next 14 years, with an emphasis on vigorous growth over the next three to five years. Founded in 1948, Tanac’s Tannins Unit started producing black wattle vegetable extracts in the city of Montenegro. Its products target the leather industry (footwear, leather articles and automotive upholstery), water and industrial wastewater treatment, and chemical specialties. In 1995, it diversified its activities through the creation of the Woodchip Unit in the city of Rio Grande, in order to export over 700,000 tons of woodchips to Asia every year.

Otávio Guimarães Decusati, diretorsuperintendente da Tanac S.A., e José Américo Fagundes, conselheiro superior da ADVB/RS Otávio Guimarães Decusati, CEO of Tanac S.A., and José Américo Fagundes, ADVB/RS superior council member www.tanac.com.br

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Dinamismo Exportador | Export Dynamism

Segmento de armazenagem da GSI Brasil, de Marau, puxa em 120% o crescimento das exportações

A GSI Brasil, de Marau/RS, vem garantindo mais e mais espaços no mercado externo. Integrante do portfólio de marcas do Grupo AGCO, a empresa tem atuação mundial, disponibilizando soluções tecnológicas para a produção de alimentos, nas áreas de armazenagem de grãos e de proteína animal. Em 2013, a GSI Brasil registrou crescimento de cerca de 120% com relação ao período anterior, atingindo uma receita superior a US$ 17 milhões com suas exportações, 30% deste total foi resultado de prospecções consolidadas no ano passado: Venezuela, Equador, África do Sul e Colômbia, países que se somaram a mercados tradicionais trabalhados pela empresa, como Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru, México e Malásia. Vários fatores foram determinantes para o crescimento dos embarques, entre eles os investimentos no parque industrial, que permitiram aumentar a capacidade de produção e a qualidade, os sistemas de armazenagem, capacitação do quadro funcional, de cerca de 450 colaboradores, e a ampliação da rede de representações na América do Sul. Mesmo atuando em um mercado definido e comprador, não foram poucos os obstáculos. A questão climática, influenciando nas safras das diferentes regiões atendidas, as barreiras políticas e comerciais, e a resistência na aceitação de novos produtos e conceitos por parte dos clientes foram alguns dos desafios enfrentados pela empresa. Para chegar ao resultado obtido em 2013, a GSI apostou na estruturação de ferramentas de comunicação, intensificando sua presença de marca. A empresa também proporcionou o intercâmbio de conhecimento entre técnicos, clientes e a unidade fabril, por meio de um programa de visitas.

Participação

garantida no mercado externo Guaranteed share in the foreign market Storage segment of GSI Brasil, from Marau, spurs 120% growth in exports GSI Brasil, from Marau/RS, has been steadily gaining ground in the foreign market. Part of the portfolio of brands of the AGCO Group, the group operates internationally, providing technology solutions for food production, in the areas of grain storage and animal protein. In 2013, GSI Brasil posted an approximate growth of 120% in relation to the same period from the year before, earning more than USD 17 million through exports, of which 30% was the result of successful prospecting of markets last year. Venezuela, Ecuador, South Africa and Colombia joined other longstanding markets of the company, such as Bolivia, Argentina, Paraguay, Uruguay, Chile, Peru, Mexico and Malaysia. There were several key factors responsible for export growth, such as investment in the industrial park, in order to increase production capacity and quality, its storage systems, training for its 438 employees and expansion of the network of representatives in South America. Even though operating in a well-defined buyer’s market, there were still many obstacles. The climate issue, which impacted the harvests in different regions, political and commercial barriers and resistance to accepting new products and concepts on the part of customers, were some of the obstacles encountered by the company. To achieve the results obtained in 2013, GSI poured into the structuring of communication tools, thereby magnifying its brand presence. The company also provided exchange of knowledge between technicians, customers and the factory unit, through a visitor program.

Piero Abbondi, diretor geral da GSI América do Sul, e José Pablo Alzina de Aguilar, cônsul-geral da Espanha no RS Piero Abbondi, CEO of GSI América do Sul, and José Pablo Alzina de Aguilar, consul-general of Spain in RS

www.gsibrasil.ind.br

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DINAMISMO EXPORTADOR | Export Dynamism

IAT-Pandrol Brasil® leva soluções para o setor ferroviário e participa de projetos em diversos países Na primeira metade da década de 1980, a produção de fixações elásticas ferroviárias da Industrial Arte Técnica chamou a atenção da Elevadores SUR, atual Thyssen Krupp, que comprou a empresa de Porto Alegre/RS. Sob novo comando e o market share ampliado no segmento ferroviário, volta à mira dos principais players internacionais. Entre eles, a britânica Pandrol, líder global do setor e pertencente ao Groupe Delachaux®, que assumiu o controle acionário da IAT. A nova associação gerou resultados no cenário internacional, onde a IAT-Pandrol Brasil® passou a ter participação em projetos na Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Malawi, México, Moçambique, Panamá e Peru. O desempenho é atribuído ao intercâmbio técnico com as empresas do Groupe Delachaux® (demais subsidiárias Pandrol®, Vortok®, Rosenqvist®, Railtech®, Matweld®, CDM®) e à ampliação do seu portfólio, que passou a contar com revendas de componentes e equipamentos de via fabricados pelas coligadas. Esta estratégia oportunizou a consolidação da liderança no mercado nacional de fixações, com a oferta de soluções ferroviárias em soldas (líder no mercado heavy haul), equipamentos, máquinas e assistência técnica. No transporte de passageiros, a IAT está engajada na evolução das principais iniciativas de mobilidade urbana, com destaque para os metrôs, veículos leves sobre trilhos e aeromóvel

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Competitividade

anda sobre os trilhos Competitiveness riding on train tracks IAT-Pandrol Brasil® takes solutions to the railway sector and participates in projects in different countries During the first half of the 1980s, the specialization of former Industrial Arte Técnica in producing flexible railway fastenings drew the attention of Elevadores SUR, currently Thyssen Krupp, which due to the synergy with its guide rail manufacturing line for elevators took over the company from Porto Alegre/RS, which has not stopping growing ever since. Along with expanded demand in the railway sector, its market share also increased, which drew the attention of major international players. One of these was the British company Pandrol, world leader in the segment and owned by Groupe Delachaux®, which

acquired a controlling stake in IAT. This association has generated results at the international level. IAT-Pandrol Brasil® has interests in projects in Argentina, Bolivia, Canada, Chile, Colombia, Malawi, Mexico, Mozambique, Panama and Peru. This performance is due to technical exchanges between the companies of Groupe Delachaux® (the other subsidiaries include Pandrol®, Vortok®, Rosenqvist®, Railtech®, Matweld®, CDM®) and the broadening of its portfolio, with the resale of track components and equipment by affiliated companies. The strategy has led to the consolidation of its leadership in the domestic fastenings market, through the supply of railway solutions in welds (leader in the heavy haul market), equipment, machines and technical assistance. In passenger transport, IAT is engaged in the development of key initiatives in urban mobility, especially subways, light rail vehicles and atmospheric railways.

Alexander Ellwanger, diretor presidente da IAT-Pandrol Brasil, e Marcelo Lopes, presidente do Badesul Alexander Ellwanger, CEO of IATPandrol Brasil, and Marcelo Lopes, president of Badesul www.iat-pandrolbrasil.com.br

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DINAMISMO EXPORTADOR | EXPORT DYNAMISM

Oleoplan exportou mais de 200 mil toneladas de produtos, uma receita superior a R$ 218 milhões Com história construída na indústria de processamento de soja no Rio Grande do Sul, a Oleoplan se tornou um grupo empresarial de energias renováveis. Pioneira na produção de biodiesel, hoje é a maior fabricante de biocombustíveis no Rio Grande do Sul e está entre as três maiores do Brasil, posição reforçada com a diversificação de matérias-primas, como palma, mamona e canola. Além disso, através de sua controlada Enerplan, o grupo vem investindo na geração de energia eólica. Tradicionalmente exportadora, a Oleoplan comercializa soja em grão, farelo de soja, glicerina e lecitina de soja para a China e outros países asiáticos. Em 2013, foram mais de 200 mil toneladas de produtos exportados, em uma soma superior a R$ 218 milhões, divisas estas incorporadas no faturamento de R$ 1,3 bilhão. Com sede corporativa em Porto Alegre e unidade industrial em Veranópolis, a empresa possui 22 unidades próprias de recebimento de grãos, com capacidade superior a 500 mil toneladas. Conta também com um terminal hidro-rodo-ferroviário, em Canoas, para embarque e desembarque de produtos, que se destinam à exportação e importação. A empresa conta com capacidade instalada para produzir 378 milhões de litros/ano de biodiesel em Veranópolis e 129 milhões de litros na Bahia, onde desde 2012 possui esmagadora e usina de biodiesel. Só em soja deverá movimentar 1 milhão de toneladas em 2014.

Do processamento

de soja à energia renovável From soybean processing to renewable energy Oleoplan exported over 200,000 tons of products, with revenues exceeding BRL 218 million Thirty-five years after it was founded, Oleoplan, whose history was built on the soybean processing industry in Rio Grande do Sul, is now also a corporate group that produces renewable energy. A pioneer in biodiesel, which it started producing in 2007, the company has become the biggest biofuel producer in Rio Grande do Sul and among the three largest in Brazil. Through its subsidiary Enerplan, the group has been investing in wind energy, and through Palmaplan, in palm oil production in northern Brazil in order to diversify its raw materials. A longstanding exporter, it sells soybeans, soybean meal, glycerin and soy lecithin to China and other Asian countries. In 2013, more than 200,000 tons of products were exported, corresponding to over BRL 218 million – foreign currency incorporated in the company’s overall sales revenue of BRL 1.3 billion. The company, which is headquartered in Porto Alegre, with an industrial unit in Veranópolis, owns 22 grain reception units, with a total capacity exceeding 500,000 tons. It also has a water-roadrail terminal for loading and unloading products destined for export and import, in Canoas. The need for a larger volume of raw materials has boosted soybean production and the development of other oil crops, such as palm, castor bean and canola. The company has installed capacity to produce 378 million liters/year of biodiesel in Veranópolis and 129 million in Bahia, where it has had a crusher and biodiesel plant since 2012. In 2014, it is expected to move a total of 1 million tons of soy.

Marcos Merlin Boff, diretor comercial da Oleoplan S.A. Oleos Vegetais Planalto, e Renato Malcon, presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS Marcos Merlin Boff, chief commercial officer at Oleoplan S.A., Oleos Vegetais Planalto and Renato Malcon, chairman of RS Export Award Council

www.oleoplan.com.br

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DINAMISMO EXPORTADOR | Export Dynamism

Gestão corporativa alinhada e observação constante do mercado são pressupostos para o crescimento da empresa, que prevê um faturamento de R$ 1,4 bilhão A Olfar S/A – Alimento e Energia entrou 2014 com o pé direito: realizou a primeira operação de exportação para o continente africano e recebeu certificações do International Sustainability and Carbon Certification - ISCC e do Biomass Biofuels Sustainability Voluntary Scheme 2BSvs, um atestado que a produção de biodiesel obedece os critérios de sustentabilidade da Diretiva Europeia de Energia Renovável – RED, o que abre mais o caminho de negócios para a União Europeia. Com a ampliação de mercados, a empresa fortalece seu mapa comercial, contemplado por países da Europa, Ásia e América Latina, assim como as chances de consolidar o faturamento de R$ 1,4 bilhão. Atuando há 26 anos no mercado da industrialização de grãos, a Olfar oferece produtos em alimentação e energia. Sua matriz está sediada em Erechim/RS, onde está localizado seu complexo fabril e suas três plantas industriais: indústria de óleos vegetais, usina de biodiesel e refinaria de glicerina. A diversificação de produtos e a busca por novos mercados impulsionam o desenvolvimento da empresa, que entre 2012/2013 registrou um crescimento de 19%, e tem como meta o incremento de 10% neste ano. Em 2013, a receita com exportações representou 106% a mais em relação ao ano anterior. Com um quadro de 450 colaboradores distribuídos entre a matriz e 21 filiais, espalhadas pelo Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, a Olfar investe na capacitação de seu capital humano, parte integrante de suas estratégias.

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Produtos com

sustentabilidade embarcada Products with built-in sustainability Corporate management aligned with constant monitoring of the market is the growth strategy of the company, which forecasts sales revenues of BRL 1.4 billion Olfar S.A. – Alimento e Energia started 2014 off on the right foot: it completed its first export operation with the African continent and received International Sustainability and Carbon Certification (ISCC) and Biomass Biofuels Sustainability Voluntary Scheme (2BSvs) certification, attesting that its biodiesel production meets the criteria of the Renewable Energy Directive (RED) which, in turn, opens more business doors in the European Union. By expanding its markets, the company has strengthened its sales map, which includes countries from Europe and Latin America, as well

as opportunities to achieve BRL 1.4 billion in sales revenue. Operating in the grain processing market for 26 years, Olfar offers food and energy products. Its headquarters are in Erechim/ RS, where its factory complex is located, as well as its three industrial plants: a vegetable oil industry, biodiesel plant and glycerin refinery. Product diversification and the search for new markets drove the company’s growth, whose marketing chain includes countries from Europe, Asia, Latin America and, recently, Africa. Between 2012/2013, the company grew by 19%, with the goal this year being 10%. In 2013, export revenue grew by 106% in relation to the previous year. With a staff of 450 employees, distributed between the head office and 21 branches, which are located in the North and Northeast of Rio Grande do Sul, Olfar promotes initiatives focusing on the development and training of its human capital, an integral part of its strategies and essential for its growth.

Guilherme Weschenfelder, vice- presidente da Olfar S/A – Alimento e Energia, e Fábio Bernardi, presidente da ARP Guilherme Weschenfelder, vice-president of Olfar S/A – Alimento e Energia, and Fábio Bernardi, president of ARP www.olfar.ind.br

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DINAMISMO EXPORTADOR | EXPORT DYNAMISM

Três Tentos Agroindustrial encerrou 2013 com importantes fatias de mercado do agronegócio no exterior Produzindo grãos em parceria com o produtor rural, a Três Tentos Agroindustrial S.A. cresceu e conquistou seu espaço no agronegócio. A empresa, com matriz em Santa Bárbara do Sul/RS, está mais do que preparada para atender a crescente demanda mundial por alimentos. A Três Tentos exporta para a América Latina, Europa e Ásia. Com a entrada em operação da indústria de extração de óleo, produção de farelo e biodiesel em 2013, abriu uma nova rota comercial, destinando produtos para Indonésia, Reino Unido, Vietnã e Venezuela. A empresa projeta um cenário otimista para as exportações e já antecipa previsões de um aumento nos embarques de 20% ao ano, conforme a demanda por alimentos, que varia de acordo com cada país. Com esta premissa, investe constantemente em melhorias no seu complexo fabril, buscando aumentar a capacidade de armazenagem e desenvolvendo estratégias logísticas, e na qualificação da parte técnica e humana, o que garante sustentação ao crescimento de toda a cadeia do agronegócio. Em quase 20 anos de atividades, a Três Tentos recebe, comercializa e industrializa grãos, revende defensivos e fertilizantes, e oferece assessoria técnica e comercial, prestada por profissionais qualificados que integram um grupo de 500 funcionários, distribuídos entre a matriz e outras 20 unidades espalhadas pela região Noroeste do Estado. Aliás, uma das atividades pioneiras da companhia é a produção de sementes, por meio de unidades de beneficiamento altamente modernizadas, que conta com rigoroso controle de qualidade e oferece padronização e segurança ao mercado.

Qualificação

para manter a competitividade Enhanced training to boost competitiveness Três Tentos Agroindustrial closed 2013 with important market shares in agribusiness abroad Producing grain in partnership with farmers, Três Tentos Agroindustrial S.A. has grown and consolidated itself in agribusiness. The company, headquartered in Santa Bárbara do Sul/RS, is more than prepared to meet the rising international demand for food. Três Tentos exports to Latin America, Europe and Asia. With the startup of its oil extraction, bran production and biodiesel industry in 2013, it opened up a new trade route to Indonesia, United Kingdom, Vietnam and Venezuela. The company’s export forecast is optimistic and it already anticipates that shipments will increase 20% per year, according to food demand, which varies depending on the country. Based on this assumption, it is constantly investing in improvements in its industrial complex, seeking to increase its storage capacity and develop logistics strategies, as well as continually provide training, on both the technical and human resources side, which ensures sustainable growth throughout the agribusiness chain. In operation for almost 20 years, Três Tentos receives, sells and processes grain, resells pesticides and fertilizers, and provides technical and commercial advice, imparted by qualified professionals who are part of a group of 500 employees distributed between the headquarters and another 20 units across the northeast region of the state. Another one of the company’s groundbreaking activities is seed production, through highly modernized processing units, with rigorous quality control, thereby providing standardization and safety to the market.

Luiz Osório Dumoncel, diretor administrativo financeiro da Três Tentos Agroindustrial, e Arno Gleisner, vicepresidente e coordenador do Conselho de Comércio Exterior da Fecomércio-RS Luiz Osório Dumoncel, chief financial administrative officer at Três Tentos Agroindustrial and Arno Gleisner, vicepresident, and coordinator of the Foreign Trade Council of Fecomércio-RS

www.3tentos.com.br

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Dinamismo Exportador Trading | Export Trading Dynamism

Market share

conquistado com conceito ambiental Diversificação e entrada em novos mercados tornaram a Prisma Brazil a maior trading do segmento A Prisma Brazil foi criada em 2007 para atender ao mercado de exportação de produtos relacionados ao então recémcriado Programa Nacional de Biodiesel. Tornou-se provedora de aditivos da indústria alimentícia, óleos vegetais e componentes diversos do segmento químico, bioenergético e farmacêutico. A diversificação e busca de novos mercados a tornaram a maior trading do segmento, com um market share de 54% em 2013 de todas as exportações nacionais de glicerina bruta e refinada, seus principais mercados. Localizada na cidade de Caxias do Sul/RS, a empresa atua em quatro continentes e exporta para mais de 20 países, operações que são realizadas em sete portos brasileiros, com uma movimentação de 500 contêineres mensais. O desenvolvimento do mercado da Prisma consiste, além de trading de sua gama de produtos, na pesquisa de novos mercados, clientes e aplicações. São dois escritórios que contam com equipes profissionais para atender as necessidades logísticas, documentais e comerciais dos parceiros. A empresa iniciou 2014 prospectando novos mercados com sinergia ao universo de exportações em granéis líquidos e espera atingir metas ousadas de faturamento e rentabilidade, quintuplicando os resultados obtidos em 2013 até o ano de 2018.

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Market share conquered through an environmental concept Diversification and entering into new markets made Prisma Brazil the largest trader in the segment Prisma Brazil was founded in 2007 to serve the export market for products related to the National Biodiesel Program, recently created at the time. It became a provider of additives for the food industry, vegetable oils and different components of the chemical, pharmaceutical and bioenergy segments. In 2013, diversification and the pursuit of new markets made it the largest trader in the segment, with a market share of 54% of all domestic exports of crude and refined

glycerin, its main markets. Located in Caxias do Sul/RS, the company works on four continents and exports to over 20 countries. Operations are carried out in seven Brazilian ports, with a monthly movement of 500 containers. To develop its market Prisma invests in research on new markets, customers and applications, in addition to trading its range of products. There are two offices with professional teams to attend to the logistics, document and commercial needs of its partners. In 2014, the company started prospecting new markets with synergy to the world of liquid bulk cargo exports. It expects to achieve its ambitious goals for sales revenue and profitability, and quintuple by 2018 the results obtained in 2013.

Moisés Rocha, diretor executivo da Prisma Brazil, e Michel Gralha, vicepresidente da ADVB/RS Moisés Rocha, CEO of Prisma Brazil, and Michel Gralha, vice-president of ADVB/RS www.prismabrazil.com.br

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DINAMISMO EXPORTADOR TRADING | Export Trading Dynamism

Operações de

comércio exterior desmistificadas Aloysio Pagnoncelli de Souza, presidente do Conselho Administrativo da South Service Trading, e Michel Gralha, vice-presidente da ADVB/RS Aloysio Pagnoncelli de Souza, chairman of the Board of Directors of South Service Trading, and Michel Gralha, vice-president of ADVB/RS www.exicon.com.br

Foreign trade operations demystified Specialization in foreign trade and credit risk coverage for exports are the trump cards of South Service

Especialização no comércio exterior e cobertura de risco de valores exportados são trunfos da South Service Com 25 anos de atuação, a South Service Trading, através do contrato de compra e venda mercantil equiparada à exportação, faz com que a atividade exportadora fique tão simples quanto o ato de emitir uma nota fiscal. A empresa cuida de todos os trâmites, da coleta na fábrica até a entrega das mercadorias no destino final. O volume de comércio internacional do Grupo Exicon, ao qual a South está vinculada, atingiu crescimento de 31,3% em 2013. No segmento de exportação a evolução registrada foi de 50,1%.

A empresa vem desempenhando papel fundamental para o desenvolvimento do setor exportador ao simplificar e agilizar os procedimentos do comércio internacional. Dentre os vários nichos de mercados que atende, a ênfase fica para os segmentos coureiro-calçadista do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, e nos negócios dos setores moveleiro e de madeiras (pinus serrado e em toras) na Região Sul do Brasil. A South Service Trading tem grande foco em oportunizar que o cliente se dedique em produzir as mercadorias encomendadas com qualidade e nos prazos especificados nos pedidos, ficando por sua conta a administração de todos os trâmites da exportação, incluindo o pagamento parcial das mercadorias, bem como a administração da cobrança e do risco de crédito dos compradores e financiamento pós-embarque.

In operation for 25 years, South Service Trading, through commercial purchase and sales contracts accepted as credit for exports, makes export activities as easy as issuing an invoice. The company handles all the procedures, ranging from factory pickup to delivery of the merchandise at the final destination. The volume of international trade of the Exicon Group, to which South is linked, achieved 31.3% growth in 2013. In the export sector, 50.1% growth was posted. The company has been playing an essential role in developing the export sector by simplifying and streamlining the procedures for international trade. Among the various market niches it serves, there is a particular emphasis on the leather and footwear sector in Vale do Sinos, in Rio Grande do Sul, and in the furniture and wood sectors (pine lumber and logs) from Brazil’s South Region. South Service Trading focuses on freeing customers to dedicate themselves to producing goods that have been ordered, with quality and delivered on time, while it takes care of all the export procedures, including partial payment for merchandise, as well as administration of the credit risk coverage of buyers and post-shipment financing.

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DESTAQUE MERCADOLÓGICO | Marketing Feature

Agrale trabalha continuamente no desenvolvimento de soluções diferenciadas

O recente acordo de venda de tratores assinado entre o Brasil e Zimbábue, realizado pelo programa “Mais Alimentos”, fez da Agrale, fabricante gaúcha de caminhões, ônibus, tratores e utilitários 4 x 4, a primeira empresa brasileira a fechar um acordo comercial para a edição internacional deste programa. Este é mais um indicativo do posicionamento de trabalhar continuamente na elevação da competitividade por intermédio do desenvolvimento de soluções diferenciadas a partir de necessidade específicas de determinados países. Além de atuar no mercado brasileiro, a Agrale, com matriz em Caxias do Sul/RS, mantém forte atuação internacional, com exportação para mais de 20 países. Na vizinha Argentina, produz localmente caminhões, chassis de ônibus, segmento onde mantém a liderança, e tratores. Destaca-se pelo fornecimento de veículos utilitários e viaturas militares para diversos países, bem como pela exportação de chassis de ônibus para a Colômbia, onde o sistema de transporte coletivo urbano é um dos mais evoluídos do mundo. Os embarques dos produtos ultrapassam a América Latina e Central, chegando também no Oriente Médio e no continente africano. Prova da constante busca pela elevação do nível de competitividade dos produtos é a fábrica que vai instalar em São Mateus, no Espírito Santo, conforme protocolo de intenções assinado em 1º de julho deste ano. A nova unidade, que prevê investimentos de cerca de R$ 40 milhões até a execução total do projeto, será destinada à fabricação de toda a sua linha de produtos, sendo inicialmente a produção de chassis para ônibus. A previsão é de estar operando ainda em 2015.

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Posicionamento assegura

consolidação da marca Positioning ensures brand consolidation Agrale is constantly working to develop unique solutions The recent tractor sales agreement signed between Brazil and Zimbabwe, through the “More Food” program, made Agrale – a manufacturer of trucks, buses, tractors and 4x4 utility vehicles – the first Brazilian company to close a commercial deal in the international edition of this program. This is yet another indicator of the position taken by Agrale to work continuously on enhancing competitiveness through the development of unique solutions based on the specific needs of different countries. In addition to operating in the Brazilian market, Agrale, headquartered in Caxias do Sul/RS, is very active in the international arena, with exports to more than 20 countries. In neighboring

Argentina, it produces trucks, bus chassis (where it is the market leader) and tractors. It is noted for its supply of domestic and military utility vehicles to different countries, as well as for bus chassis exports to Colombia, where the urban public transportation system is one of the most advanced in the world. Shipments of its products extend beyond Latin and Central America, reaching the Middle East and Africa. Its new factory, that will be set up in São Mateus, in the state of Espírito Santo, according to the letter of intent signed July 1, this year, is proof of the company’s ongoing quest to enhance the competitiveness of its products. The unit, with total planned investments of approximately BRL 40 million until final completion of the project, will be dedicated to manufacturing the entire line of products, starting off with bus chassis production. It is scheduled to start operating in 2015.

José Alberto Matos, gerente de marketing da Agrale S.A., e Carlos Sperotto, presidente da Farsul José Alberto Matos, marketing manager at Agrale S.A., and Carlos Sperotto, president of Farsul www.agrale.com.br

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DESTAQUE MERCADOLÓGICO | MARKETING FEATURE

Já embarcando aves, principalmente para o Oriente Médio, Languiru quer ampliar o portfólio das exportações Abates diários de 110 mil frangos, capacidade para abater 1,5 mil suínos por dia e uma produção diária de 400 mil litros de leite. Não há como falar em agronegócio sem citar a Languiru, de Teutônia/RS. A cooperativa investiu R$ 182 milhões nas plantas industriais e comerciais nos últimos seis anos e agora quer concentrar os recursos na automação de processos e aprimoramento dos produtos para alcançar a meta traçada para 2014: faturamento de R$ 1 bilhão. Com um crescimento médio superior a 20% ao ano, o mercado externo é responsável por uma boa fatia deste resultado. Da receita de R$ 845 milhões em 2013, US$ 35,2 milhões foram de vendas externas, o que representou US$ 3,3 milhões a mais em relação ao exercício anterior. O Oriente Médio é o maior comprador, tanto que a comercialização com a região do Golfo Pérsico rendeu US$ 7,1 milhões. Novos mercados começam a fazer parte do roteiro de embarques da cooperativa, a exemplo do Timor Leste, que desde o ano passado importa frango inteiro e salsicha de frango. Ainda entrante no mercado de suínos – o frigorífico foi inaugurado em 2012 no município de Poço das Antas/RS –, os próximos três anos serão dedicados ao fortalecimento das vendas além fronteiras do Brasil. Se depender da determinação do quadro social da cooperativa, de mais de 5,5 mil pequenos produtores rurais, e dos 2,6 mil colaboradores, a prospecção já é um sucesso. Além de suínos, do abate de frangos (realizado no município de Westfália/RS) e do leite beneficiado na Indústria de Laticínios em Teutônia, a Languiru também conta com fábrica de rações, na cidade gaúcha de Estrela, onde a produção anual é superior a 400 mil toneladas.

Cooperativa abre

fronteiras para seus produtos Cooperative opens up new countries for its products Already exporting chicken, mainly to the Middle East, Languiru wants to expand its export portfolio 110,000 chickens processed daily, capacity to slaughter 1,400 pigs per day and daily production of 400,000 liters of milk. It’s impossible to talk about agribusiness without referring to Languiru, from Teutônia/RS. The cooperative has invested BRL 182 million in its industrial and commercial plants over the last six years and is now concentrating its resources in process automation and product improvement to achieve the goal it set for 2014: turnover of BRL 1 billion. With average growth exceeding 20% per year, the foreign market accounts for a good share of these results. Of its 2013 revenue of BRL 845 million, USD 35.2 million were from sales abroad, USD 3.3 million more than last year. The Middle East is the largest buyer, so much so that sales to the Persian Gulf generated USD 7.1 million. And new markets have started being added to the cooperative’s export routes, such as East Timor, which since last year has been importing whole chicken and chicken sausage. Still relatively new in the pork market – its pork processing plant was opened in 2012 in the city of Poço das Antas/RS – the next three years will be devoted to strengthening its sales outside Brazil. And judging by the determination of the cooperative’s members, totaling over 5,500 small rural producers, and its 2,600 employees, its prospecting of new markets is already a success. In addition to processing pork, chicken (carried out in the city of Westfália/RS) and milk, at the Dairy Division in Teutônia, Languiru also has a feed plant in the city of Estrela (RS), where annual production exceeds 400,000 tons.

Dirceu Bayer, presidente da Cooperativa Languiru, e Carlos Sperotto, presidente da Farsul Dirceu Bayer, president of Cooperativa Languiru, and Carlos Sperotto, president of Farsul

www.languiru.com.br

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DESTAQUE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA | Feature: Technological Innovation

Estratégias voltadas à pesquisa e desenvolvimento resultam em crescimento para a Artecola Química A marca das Empresas Artecola é a inovação. A Artecola Química, negócio mais antigo da companhia, leva essa premissa à risca, trabalhando para gerar resultados sustentáveis para a empresa e para o mercado. Um exemplo de grande êxito é o Artepowder, o primeiro adesivo em pó do mercado mundial, desenvolvido para colagem de solados de calçados. Este produto inovador possibilitou a criação de uma joint venture com a Orisol, gerando a Artesol, primeira operação da Artecola Química fora da América Latina. A nova empresa, sediada na China, passou a atender o mercado asiático, que responde por mais de 85% da produção mundial: são 15 bilhões de pares/ano contra 1,5 bilhão produzidos nas Américas, área de atuação da Artecola Química até então. O investimento em pesquisa possibilitou uma ampliação do setor calçadista em 1.000%. Não apenas no calçado a Artecola Química vem somando inovações e resultados. Em 2013, superou em 26% suas metas de exportações diretas do Brasil e viu suas receitas engordarem 34,8% fora do país. A empresa produz adesivos e laminados para diferentes mercados, como calçadista, moveleiro, de transportes, papel e embalagem e construção civil. A Artecola Química representa cerca de 50% dos resultados das Empresas Artecola, que conta ainda com as fábricas MVC (plásticos de engenharia) e Arteflex (equipamentos de proteção individual). Em 2014, toda a companhia projeta dobrar de tamanho, saltando de R$ 640 milhões para R$ 1,2 bilhão de receita líquida. A Artecola Química busca contribuir com esta soma, projetando crescimento especialmente no mercado asiático, onde já abriu novos clientes na China, Indonésia e Vietnã.

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Inovação que produz

especialidades ao mercado Innovation that produces specialties for the market Strategies focusing on research and development result in growth for Artecola Química The trademark of Empresas Artecola is innovation. Artecola Química, the company’s oldest business, took this premise to heart, striving to generate sustainable results for the company and the market. A tremendously successful example is Artepowder, the first powder adhesive in the market worldwide, developed for pasting shoe soles. This innovative product gave rise to a joint venture with Orisol, resulting in Artesol, Artecola Química’s first operation outside Latin America. The new company, headquartered in China, started serving the Asian market, which represents over 85% of the world’s production: there are 15 billion pairs of shoes per year compared to 1.5 billion produced

in the Americas, which had been the area of operation of Artecola Química until then. Investment in research has led to a 1,000% expansion of the footwear sector. Not only in footwear has Artecola Química been excelling in innovations and results. In 2013, it surpassed its goal for direct Brazilian exports by 26% and saw its revenues swell 34.8% outside the country. The company manufactures adhesives and laminates for different markets, such as footwear, furniture, transport, paper and packaging and construction. Artecola Química accounts for 50% of the income of Empresas Artecola, which also has the factories MVC (engineering plastics) and Arteflex (personal protection equipment). In 2014, the entire company is expected to double in size, jumping from BRL 640 million to BRL 1.2 billion in net revenue. Artecola Química seeks to contribute to this figure, forecasting growth especially in the Asian market, where it has won new customers in China, Indonesia and Vietnam.

Lisiane Kunst Bohnen, diretora da Artecola Química, e Ângela Baldino, conselheira superior da ADVB/RS Lisiane Kunst Bohnen, director of Artecola Química, and Ângela Baldino, ADVB/RS superior council member www.artecolaquimica.com.br

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DESTAQUE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA | Feature: Technological Innovation

Tendência de soluções em construção sustentável fará a Comfort Lux avançar para o continente africano Os sucessivos esforços da Comfort Lux para tornar conhecidos nacional e internacionalmente os benefícios da tecnologia que possibilita o aproveitamento da luz natural em ambientes corporativos estão sendo recompensados. Seus sistemas de iluminação natural, que transferem a luz do dia por meio de lentes prismáticas de acrílico ou policarbonato, são exportados para a Argentina, Paraguai, Peru e Equador. A concretização dos embarques passou pelo enfrentamento de desafios como o desconhecimento da solução por parte dos clientes, seu custo mais elevado em comparação com as soluções convencionais, a estruturação da rede de representantes e o alto custo da formação de instaladores especializados. Convicta do crescimento do mercado internacional, no qual se observa a forte tendência para soluções em construção sustentável e o contínuo aumento do custo da utilização de luz artificial, a próxima etapa da empresa é iniciar, ainda em 2014, os primeiros avanços comerciais no continente africano, onde o maior desafio será a formação de mão de obra para a instalação dos projetos. A empresa desenvolve equipamentos com ou sem dutos. A primeira opção é indicada para locais com forro, como supermercados, escritórios ou lojas de conveniência. São duas lentes óticas, onde a primeira capta a luz solar e a segunda a distribui nos ambientes. A outra opção usa a luz natural de modo uniforme, tornando o processo eficiente em áreas sem forro, como atacados, centros de distribuição, depósitos, home centers, galpões e plantas industriais.

Iluminação natural

que reduz impacto ambiental Natural lighting that reduces environmental impact Trend in sustainable building solutions will lead Comfort Lux to prosper in Africa The successive efforts by Comfort Lux to publicize both nationally and internationally the benefits of technology that enables the use of natural light in corporate environments are being rewarded. Its natural lighting systems, which transfer daylight through acrylic or polycarbonate prismatic lenses, are exported to Argentina, Paraguay, Peru and Ecuador. To consolidate its exports entailed facing different challenges, such as lack of knowledge of the solution on the part of customers, its higher cost in comparison with conventional solutions, the restructuring of the network of representatives and the high cost of training specialized installers. Certain of the growth of the international market, where the strong trend for sustainable building solutions and the continually increasing cost of using artificial light can be noted, the company’s next step is to launch its first commercial endeavors on the African continent in 2014, where the biggest challenge will be training of manpower for project installations. The company develops equipment with or without ducts. The first option is recommended for sites with ceilings, such as supermarkets, offices or convenience stores. It is comprised of two optical lenses, where the first one captures the sunlight and the second one distributes it in the environments. The other option uses natural light in a uniform way, making the process efficient in areas without ceilings, such as wholesale outlets, distribution centers, depots, home centers, warehouses and industrial plants.

Vanderlei Cardoso, diretor da Comfort Lux, e Ângela Baldino, conselheira superior da ADVB/RS Vanderlei Cardoso, director of Comfort Lux, and Ângela Baldino, ADVB/RS superior council member

www.comfortlux.eco.br

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DESTAQUE SETORIAL AGROPECUÁRIO | Featured Sector Agriculture and Livestock Farming

Referência internacional em ovos processados, Naturovos abre mercados na África e Oriente Médio Sucessivos investimentos em novas tecnologias levaram a Naturovos a se firmar como uma das maiores distribuidoras de ovos do Sul do Brasil e uma grande força no mercado exterior. Com a queda das exportações no setor alimentício em alguns países, mercados carentes como a África e o Oriente Médio abriram espaço para negociar com fornecedores de outras regiões, oportunizando a entrada da empresa, que este ano tem uma previsão de crescimento de 15% no mercado internacional. Fundada em 1966 em Salvador do Sul/RS, a empresa sempre apostou no segmento de ovos. Com uma unidade produtiva na cidade gaúcha de Vacaria, possui uma linha completa de ovos brancos e vermelhos que são selecionados e higienizados por um sistema automático de última geração. A atenção ao desenvolvimento tecnológico impulsionou a Naturovos a investir em outros segmentos, como os ovos líquidos pasteurizados congelados ou resfriados, capazes de manter a qualidade física e nutricional durante o transporte internacional. Também passou a produzir ovos desidratados, mais conhecidos como ovos em pó. Eles são obtidos através da desidratação dos ovos líquidos pasteurizados pelo sistema Box Dryer, tecnologia exclusiva da Naturovos no Brasil, que consiste em uma série de processos automatizados que desidratam o ovo sem prejudicar suas propriedades, gerando um produto final da melhor qualidade. Neste segmento, são processadas a albumina, clara e gema e o ovo integral pasteurizado.

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Ovos líquidos e em pó

nas prateleiras mundiais Liquid and powdered eggs on international store shelves International benchmark in processed eggs, Naturovos opens markets in Africa and the Middle East Successive investments in new technologies have consolidated Naturovos as one of the largest egg distributors in southern Brazil and a powerful force in the foreign market. Due to lower food exports in some countries, needy markets in Africa and the Middle East opened up negotiations with suppliers from other regions, enabling the company to enter the market, which this year forecasts a 15% growth in exports. Founded in 1966, in Salvador do Sul/RS, the company has always worked in the egg segment. With one production unit

in the city of Vacaria, in Rio Grande do Sul, it has a complete line of white and brown eggs which are selected and disinfected using an automated state-of-the-art system. The focus on technological development prompted Naturovos to invest in other segments such as liquid, pasteurized, frozen or cooled eggs, which are able to maintain their physical and nutritional quality when shipped internationally. It also started producing dehydrated eggs, more commonly known as powdered eggs. They are obtained through the dehydration of pasteurized liquid eggs, using the Box Dryer system, an exclusive technology of Naturovos in Brazil, which consists of a series of automated processes that dehydrate the egg without altering its properties, resulting in a top quality final product. In this segment, albumin, egg whites and yolks and pasteurized whole eggs are processed.

João Carlos Müller, diretor da Naturovos, e Tarcísio Hubner, superintendente do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul João Carlos Müller, director of NATUROVOS, and Tarcísio Hubner, superintendent of Banco do Brasil in Rio Grande do Sul www.naturovos.com.br

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DESTAQUE SETORIAL Alimentos | FEATURED SECTOR Food

Conservas Oderich S.A. prevê aumento de 10% nas exportações em 2014, percentual que deverá ser mantido nos próximos anos A meta de crescer 10% nas exportações em 2014, com previsão de receita próxima a US$ 100 milhões, e a manutenção de 10% de forma contínua nos próximos anos são ancoradas em dois pontos pelas Conservas Oderich S/A.: potencial de embarques de produtos de maior valor agregado e prospecção de mercados com poder de compra, como o americano e a zona do euro. Para reforçar o alcance dessa projeção, a empresa de São Sebastião do Caí/RS busca o desenvolvimento permanente de produtos, assim como vem ocupando lacunas no exterior, caso de alguns países do Leste Europeu e no continente africano e Caribe. A confirmação do crescimento continuado dos embarques vem da conquista da certificação das linhas de carnes e fiambres, atestada pela British Retail Consortium (BRC), um pré-requisito para se habilitar a novos mercados que exigem esta implementação técnica de produção como condição básica de controles e processos produtivos. Em outra ponta, a empresa segue investindo na aquisição de linhas de produção de latas e de processamento de carnes para atender o aumento de pedidos de compradores internacionais, além de participar de feiras mundiais, como forma de investir na fidelização de parceiros e prospectar clientes. A empresa de gestão familiar atua na área de industrialização e conservação de alimentos, nos segmentos de carnes bovina, suína e de aves, legumes, atomatados, picles, molhos, frutas em calda, temperos, maionese e mostarda. Produtos feitos em quatro unidades industriais, sendo três no Rio Grande do Sul e uma em Goiás, com geração de 2,4 mil empregos. Sua previsão de faturamento global para este ano é de R$ 520 milhões.

Valor agregado

levado à mesa global Added value taken to the world’s tables Conservas Oderich S.A. forecasts 10% growth in exports in 2014, a rate expected to be maintained over the next few years The company’s goal to achieve 10% growth in exports in 2014 – expected to generate revenue close to USD 100 million – as well as continuously maintain this 10% growth rate over the next few years, are based on two pillars: potential to export products with higher added value and the prospecting of markets with purchasing power, such as the U.S. and the eurozone. To strengthen this projection, the company from São Sebastiao do Cai (RS) is constantly seeking to develop its products, as well as occupy any vacant spaces in the foreign market, such as certain countries in Eastern Europe, Africa and the Caribbean. This continued export growth comes from the certification of the meat and cold cuts lines, attested to by the British Rail Consortium (BRC), a prerequisite to qualify for new markets that require this technical implementation of production as a basic condition for production controls and processes. In another area, the company continues investing in the acquisition of can production and meat processing lines to meet the increased orders of international buyers, in addition to participating in world trade fairs, as a way of building the loyalty of partners and prospecting new customers. The family-owned company specializes in food processing and preserving, in the segments of beef, pork and poultry, vegetables, tomato products, pickles, sauces, fruit preserves, spices, mayonnaise and mustard. Production takes place in four industrial units – three in Rio Grande do Sul and one in Goiás – and generates 2,400 jobs. Its global sales revenue forecast for this year is BRL 520 million.

Marcos Odorico Oderich, diretor comercial da Conservas Oderich S/A, e Tarcísio Hubner, superintendente do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul Marcos Odorico Oderich, chief commercial officer at Conservas Oderich S/A, and Tarcísio Hubner, superintendent of Banco do Brasil in Rio Grande do Sul

www.oderich.com.br

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DESTAQUE SETORIAL Alimentos | FEATURED SECTOR Food

Em cinco anos, a Germani Alimentos ampliou o mapa comercial da América Latina à América Central e África Os imigrantes europeus que fundaram um pequeno moinho na Serra Gaúcha, em 1892, provavelmente não acreditavam que aquele empreendimento comemoraria mais de 120 anos de atuação e teria seus produtos em vários países. Hoje, o negócio que eles começaram está em Santa Cruz do Sul, num amplo parque fabril, onde 560 funcionários produzem massas, biscoitos e cereais para as tradicionais marcas Germani, Coroa, Filler e Corsetti. Além disso, a indústria está ligada ao conglomerado Francisco Stedile – conhecido por sua atuação na área metalmecânica pelas empresas Agrale, Agritech Lavrale, Fundituba e Fazenda Três Rios. Em cinco anos no mercado internacional, a Germani Alimentos ampliou o mapa comercial da América Latina à América Central e África, e está entrando na Ásia e na Península Arábica, resultado da participação em feiras de negócios, como a International Sweet and Biscuit Fair Cologne (ISM), em Colônia, na Alemanha, a Gulfood, em Dubai, e China World Brands Import Fair (Chimport), na China. Em 2013, as vendas externas somaram US$ 4,3 milhões, um aumento de 53% sobre 2012, sendo 98% de crescimento em marcas próprias. Frente à perspectiva de levar seus produtos às gôndolas de diversos países do mundo, a Germani Alimentos prevê um acréscimo constante de 5% ao ano. Para fidelizar clientes e abrir praças, a empresa mantém seus itens de acordo com as exigências legais dos países importadores e, recentemente, modernizou as embalagens, que receberam cinco idiomas no design: português, inglês, espanhol, francês e árabe. Outra ação é atualização do portfólio de produtos. Exemplo disso foi a aquisição estratégica da marca Corsetti e sua extensa linha de produtos (como cereais, derivados de milho, de mandioca), que ampliou seu mercado de atuação.

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Tradição e sabor

do sul nas gôndolas mundiais Southern tradition and flavor on shelves worldwide In five years, Germani Alimentos has expanded its sales map from Latin America to Central America and Africa The European immigrants who founded a small mill in the Gaucho Highlands, in 1892, would most likely not have believed that that enterprise would be celebrating its 120th anniversary and have its products in various countries. The business which they launched is currently in Santa Cruz do Sul, in a large industrial park, where over 560 employees make pasta, cookies and cereals for the traditional Germani, Coroa, Filler and Corsetti brands. The company is also linked to the Francisco Stedile conglomerate – known for its work in the metal-mechanic sector through the companies Agrale, Agritech Lavrale, Fundituba and Fazenda Três Rios. After five years in the international market, Germani Alimentos has expanded its sales map from Latin America to Central America

and Africa, and is penetrating Asia and the Arab Peninsula, as a result of its participation in trade fairs, such as International Sweet and Biscuit Fair Cologne (ISM), in Cologne, Germany, Gulfood, in Dubai, and China World Brands Import Fair (Chimport), in China. In 2013, international sales totaled USD 4.3 million, a 53% increase over 2012, with 98% growth in own brands. Given the prospect of taking its products to store shelves in different countries of the world, Germani Alimentos is forecasting 5% growth per year. To build customer loyalty and open up locations, the company complies with the legal requirements of importing countries in relation to its products, and recently modernized its packaging, incorporating five languages in the design: Portuguese, English, Spanish, French and Arabic. Another initiative entails upgrading its product portfolio. An example of this was the strategic acquisition of the Corsetti brand and its extensive line of products (such as cereals and corn and cassava byproducts), which expanded its market outreach.

Carlos Stedile, presidente da Germani e Régis Luiz Conte, vicepresidente e coordenador da Divisão de Comércio Exterior da Federasul Carlos Stedile, president of Germani and Régis Luiz Conte, vice-president, and coordinator of the Foreign Trade Division of Federasul www.germani.com.br

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DESTAQUE SETORIAL AUTOPEÇAS | Featured Sector Auto Parts

Com vendas de US$ 6,8 bilhões em 2013, Dana tem como clientes os grandes fabricantes de veículos Líder mundial no fornecimento de produtos de driveline (eixos, cardans e componentes de suspensão), tecnologias de energia (produtos de vedação e gerenciamento térmico) e peças originais de reposição para os fabricantes de veículos leves e pesados, a Dana mantém um rol de clientes, que incluem grandes fabricantes de veículos no mercado global, automóveis comerciais e fora de estrada. Com sede em Maumee, Ohio, a Dana emprega aproximadamente 25 mil pessoas em 26 países. Presente no Brasil há 67 anos, tem fábricas em Gravataí (RS) e em Diadema e Sorocoba (SP), que juntas, geram 2,5 mil empregos. Globalmente, a Dana obteve vendas em 2013 de aproximadamente US$ 6,8 bilhões. As exportações para a operação brasileira da Dana são consideradas um elemento importante no balanço comercial das suas atividades. Argentina, Estados Unidos, África do Sul, Itália e Reino Unido foram alguns dos países que importaram da empresa no ano passado. Apesar das condições adversas que causaram redução de 23% nas exportações em 2013, a Dana segue investindo no mercado internacional como forma de balancear os negócios e evitar a dependência de um único mercado. Os mercados globais altamente competitivos, com pressões crescentes por reduções de preço e cadeias de suprimentos cada vez mais integradas, somadas ao crescente incremento de requisitos de conteúdo local em vários países fazem com que a empresa procure compensar os recorrentes efeitos negativos dos aumentos de custos estruturais no País, uma vez que competitividade é palavra-chave e seu principal desafio.

Exportação é

componente-chave para crescer Exports are key component for growth With sales of USD 6.8 billion in 2013, Dana’s customers include major automakers World leader in driveline products (axles, driveshafts and suspension components), energy technologies (sealing and thermal management products) and original spare parts for manufacturers of light and heavy vehicles, Dana has a customer portfolio that includes major manufacturers of vehicles in the global market, commercial automobiles and off-road vehicles. Headquartered in Maumee, Ohio, Dana employs approximately 25,000 people in 26 countries. Operating in Brazil for 67 years, it has factories in Gravataí (RS) and Diadema and Sorocoba (SP), which together generate 2,500 jobs. Globally, Dana made around USD 6.8 billion in sales in 2013. Exports by Dana’s Brazilian operation are considered an important component in the trade balance of its activities. Argentina, United States, South Africa, Italy and the United Kingdom were some of the countries that imported from the company last year. Despite adverse conditions that caused a 23% reduction in exports during 2013, Dana continues investing in the international market in order to balance its business activities and avoid dependence on one single market. Due to highly competitive international markets, where there is growing pressure as a result of lower prices and increasingly integrated supply chains, combined with more and more requirements regarding local content in various countries, the company is seeking to offset the recurring negative effects of increased structural costs in Brazil, since competitiveness is the key and the main challenge it faces.

Raul Germani, country manager para o Brasil da Dana e Renato Henrique da Silva, gerente geral da Unidade Regional de Apoio ao Comércio Exterior no Banco do Brasil Raul Germani, country manager for Brazil at Dana, and Renato Henrique da Silva, general manager of the Regional Foreign Trade Support Unit of Banco do Brasil

www.dana.com.br

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DESTAQUE SETORIAL Autopeças | FEATURED SECTOR Auto Parts

Investimentos em uma fábrica modelo, tecnologias de ponta e inovação alavancaram exportações da Keko Líder brasileira em personalização automotiva, com atuação nos cinco continentes e presença em 33 países, a Keko Acessórios vem crescendo no seu segmento e desbravando novos mercados, muito por conta dos investimentos recentes em um moderno parque industrial. Modelo em eficiência e sustentabilidade, a estrutura, com 25 mil metros quadrados de área construída no município de Flores da Cunha/RS, foi planejada para atender os planos de crescimento da empresa e as demandas do setor automotivo. A nova fábrica, aliada à incorporação de tecnologias de ponta e à inovação constante, grande diferencial de valor da marca, permitiu o desenvolvimento de novos projetos e materiais para atender clientes no Brasil e no mundo. Com isso, a Keko ganhou competitividade no mercado global, ingressando no último ano em países como Suíça e Índia. Em alguns mercados, aproveitou a plataforma de fornecimento para as montadoras locais; em outros utilizou como estratégia a participação em feiras internacionais, como a Automechanika, onde busca novos parceiros comerciais. Essa visão mercadológica resultou em uma receita de mais de US$ 9 milhões. Os produtos com a marca Keko correspondem a 60% das vendas no mercado externo, os demais são fornecidos diretamente para as montadoras em linha de montagem ou como item original para instalação nos veículos. Com 28 anos de mercado, a empresa é homologada por grandes montadoras como Ford, General Motors, Mitsubishi, Toyota e Volkswagen, atendendo também o aftermarket (mercado de reposição doméstico). A Keko vem galgando índices de crescimento efetivo em uma taxa média de 20% ao ano. A receita para 2014 está estimada em R$ 157 milhões, 27% acima de 2013.

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Visão mercadológica

para ficar entre os players Marketing vision to rank among the players Investments in a top-notch factory, cutting edge technology and innovation leveraged exports Brazilian leader in automotive customization, operating on five continents and in 33 countries, Keko Acessórios has been steadily growing in its segment and tackling new markets, largely due to recent investments in a modern industrial park. A model of efficiency and sustainability, its structure, with 25,000 square meters of built area, located in the city of Flores da Cunha/ RS, was designed to meet the company’s growth objectives and the demands of the automotive sector. The new factory, together with cutting edge technology and constant innovation, which enhance brand value, made it possible to develop new projects and materials catering to customers in Brazil and abroad.

As a result, Keko has become more competitive in the international market, which it entered last year, in countries such as Switzerland and India. In some, it used a supply platform for local automakers; in others it adopted a strategy of participating in international trade fairs, such as Automechanika, where it looks for new commercial partners. This marketing vision generated over USD 9 million in revenue. Keko brand products account for 60% of sales in the foreign market; the others are supplied directly to automakers working with assembly lines or as an original item for installation in vehicles. With 28 years in the market, the company is recognized among major automakers such as Ford, General Motors, Mitsubishi, Toyota and Volkswagen, and it also serves the domestic aftermarket. It has been growing by leaps and bounds, at an average rate of 20% per year. Revenue for 2014 is estimated at BRL 157 million, 27% higher than 2013.

Juliano Scheer Mantovani, diretor de mercado e inovação da Keko, e Cézar Müller, diretor e coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS Juliano Scheer Mantovani, chief market and innovation officer at Keko, and Cézar Müller, director and coordinator of the International Relations and Foreign Trade Council of FIERGS www.keko.com.br

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DESTAQUE SETORIAL CALÇADOS/COUROS/ARTEFATOS | Featured Sector Footwear/Leather/Leather Articles

Com sete unidades produtivas, meta da Paquetá Calçados é exportar para mais de 100 países até 2017 Intensificar o trabalho de valorização das marcas Dumond, Capodarte, Lilly´s Closet, Ortopé e Atelier Mix, investindo em valor agregado e deixando de lado a competição somente pelo preço. Esta é a filosofia empregada pela Paquetá nas sete unidades produtivas de calçados. Linha de raciocínio que tem se mostrado acertada, já que, mesmo com as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos setores produtivos, 2013 foi um ano de abertura de mercados. Alemanha, China, Cingapura, Austrália, Estônia, Eslovênia, Sérvia, Panamá, República Dominicana, Equador, Guatemala, Peru foram alguns dos países que passaram a compor a carteira de clientes da empresa. Com a expectativa de crescer continuamente, aumentando a abrangência em mercados nos quais as marcas próprias já se fazem presente, a Paquetá quer, até 2017, estar embarcando calçados para mais de 100 países. Dois fatores vão contribuir para o atingimento desta meta: as 80 lojas franquiadas no exterior, o que permite um crescimento na ordem de 25% ao ano e tornar as coleções cada vez mais internacionais, adaptando-se as diferentes necessidades dos grandes mercados agredidos comercialmente. Já o mercado internacional do private label (marca de terceiros) deve ter crescimento na ordem de 5% ao ano. As estratégias de entrada em novos mercados ou com potencial de crescimento de vendas devem fazer a calçadista superar as receitas com exportações de 2013, de US$ 97,4 milhões e que tiveram como principais destinos a Europa, Oriente Médio, América do sul e América Central. Além de calçados, a Paquetá atua com varejo monomarca e multimarca, empreendimentos imobiliários e possui cartão de crédito próprio, com mais de 3,5 milhões de usuários.

Valorização das

marcas é o calce para competir Enhancement of brands is essential for competing With seven production units, Paquetá Calçados aims to export to over 100 countries by 2017 Strive even further to enhance the Dumond, Capodarte, Lilly´s Closet, Ortopé and Atelier Mix brands, positioning them properly, by investing in added value and putting aside competition based solely on prices. This is the philosophy adopted by Paquetá in its seven shoe production units. This line of thinking has proven to be correct, since 2013, despite the many hardships the production sectors faced, was a year for opening markets. Germany, China, Singapore, Australia, Estonia, Slovenia, Serbia, Dominican Republic, Ecuador, Guatemala and Peru were some of the countries that were added to company’s customer portfolio. Expecting continuous growth, by increasing its share in those markets where the brands are currently offered, Paquetá aims to be shipping shoes to over 100 countries by 2017. Two factors will help to achieve this goal: its 80 franchise stores abroad, which should generate growth of around 25% per year and make the collections increasingly international, while adapting to the different needs of big markets that have been hard hit commercially. In turn, the private label international market (third party brands) is expected to grow approximately 5% per year. The strategies for penetrating new markets, or those which have potential for further sales growth, should cause the shoe manufacturer to exceed its 2013 export revenues of USD 97.4 million, where the main destinations were Europe, Middle East, South America and Central America. Besides footwear, Paquetá works with single brand and multi-brand retail and real estate ventures, in addition to having its own credit card, with over 3.5 million members.

Tobias Leist, vice-presidente corporativo da Paquetá Calçados, e Vereador Professor Garcia, presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre Tobias Leist, corporate vice-president of Paquetá Calçados, and City Councilman Professor Garcia, chairman of the City Council of Porto Alegre

www.paqueta.com.br

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DESTAQUE SETORIAL CALÇADOS/COUROS/ARTEFATOS | Featured Sector Footwear/Leather/Leather Articles

Design e alta moda

em calçados para 40 países Werner Calçados amplia as vendas de sapatos com marca própria nos cinco continentes Os calçados conceituais e personalizados da Werner Calçados conquistam a cada ano uma fatia maior de consumidoras ao redor do planeta. Dos 550 mil pares produzidos em 2013, 35% foram destinados ao exterior, gerando um faturamento de US$ 6,5 milhões e entrega em 40 países nos cinco continentes. Do total de pares exportados, 60% foram etiquetados com a marca própria Werner, sinalizando a crescente confiança do varejo no design e pontualidade de entrega. O restante foi exportado como private label. O desempenho no exterior rendeu à empresa um crescimento de 5%. O embarque de pequenas quantidades, participação nas principais feiras nacionais e internacionais e o fortalecimento da marca fazem parte de algumas das estratégias da companhia - localizada há 45 anos na cidade de Três Coroas /RS - para alcançar suas metas. As ações comerciais de prospecção de novos mercados levam os calçados da Werner em exposições na Itália, Alemanha, Dinamarca, Rússia, Suécia e Estados Unidos. Por estação, a empresa lança cerca de 500 modelos de calçados femininos de alto valor agregado, cujas vendas são responsáveis por um faturamento anual de R$ 45 milhões. A produção é executada por mão de obra direta e indireta, que somam 850 funcionários.

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Werner Arthur Muller Junior, diretor da Werner Calçados LTDA, e desembargador Eduardo Delgado Werner Arthur Muller Junior, director of Werner Calçados LTDA, and appeals court judge Eduardo Delgado www.wernercalçados.com.br

Design and high fashion in footwear for 40 countries Werner Calçados expands own brand shoe sales around the world The conceptual and personalized footwear of Werner Calçados is yearly winning a larger share of consumers around the world. Of the 550,000 pairs produced in 2013, 35% were sent abroad to 40 countries on five continents, generating sales revenue of USD 6.5 million. Of the total pairs exported, 60% were Werner own brand, demonstrating the growing trust of retailers insofar as design and punctual deliveries. The rest were exported as private label. Its

international performance resulted in 5% growth for the company. Small quantity shipments, participation in national and international trade fairs and brand strengthening were some of the strategies adopted by the company – located in the city of Três Coroas / RS for 45 years – to achieve its goals. In its pursuit of new markets, Werner presented its footwear in exhibitions in Italy, Germany, Denmark, Russia, Sweden and the United States. Per season, the company launches around 500 high value-added models of women’s footwear, with sales generating an annual turnover of BRL 45 million. Production is carried out by direct and indirect labor, totaling 850 employees.

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DESTAQUE SETORIAL ELETROELETRÔNICOS | Featured Sector Electronics

Nos próximos quatro anos, Datacom prevê faturamento de R$ 500 milhões, 30% do mercado externo Líder no desenvolvimento e fabricação de equipamentos de telecomunicações na América Latina, a Datacom registrou faturamento de R$ 225 milhões em 2013. Nos próximos quatro anos, o objetivo é aumentar estas cifras para R$ 500 milhões, sendo 30% proveniente do mercado externo. As exportações nos últimos dois anos somaram mais de US$ 6,5 milhões e foram destinadas a mais de 30 países, com destaque para África do Sul, Argentina, Colômbia, Itália, Peru, Reino Unido, Suíça e Venezuela. A empresa, que oferece às operadoras e ao mercado corporativo uma ampla linha de produtos e soluções para a infraestrutura de suas redes de comunicação de dados, como Switches, Concentradores MSAN, Multiplexadores E1 e SDH, Modens e Sistema de Gerência de Redes, está sempre inovando. Para isso, realiza altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), para o qual destina mais de 20% de sua receita anual. São mais de 300 projetistas, de um total de 900 funcionários, integralmente dedicados ao desenvolvimento de tecnologia própria, em quatro Centros de Desenvolvimento: Eldorado do Sul, Santa Cruz do Sul, Florianópolis e Curitiba. Com o objetivo de atender a demanda por suas linhas de produtos, além de suportar o crescimento previsto para os próximos anos, a empresa concluiu, no ano passado, investimento de R$ 45 milhões na nova planta industrial em Eldorado do Sul, que totaliza 11.000 m2 de área construída. Trata-se de uma moderna fábrica, com quatro linhas de montagem e inspeção no estado da arte, que garante uma capacidade instalada de mais de 1,1 milhão de produtos/ano e permite a confecção de equipamentos de elevada complexidade, bem como produtos de grande volume.

Investimentos em

P&D para abrir mais mercados Logo Datacom - fundo branco - CDR.pdf

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Investments in R&D to open more markets In the next four years, Datacom forecasts sales revenues of BRL 500 million, with 30% from the foreign market

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Leader in the development and fabrication of telecommunications equipment in Latin America, Datacom posted a turnover of BRL 225 million in 2013. In the next four years, the goal is to increase these figures to BRL 500 million, with 30% coming from the foreign market. Exports during the last two years totaled over USD 6.5 million, shipped to more than 30 countries, particularly South Africa, Argentina, Colombia, Italy, Peru, United Kingdom, Switzerland and Venezuela. The company, which offers operators and the corporate market a broad line of products and solutions for the infrastructure of their data communication networks, such as Switches, MSAN, E1 and SDH Multiplexers, Modems and Network Management Systems, is always innovating. To do so, it highly invests in research and development (R&D), to which it allocates more than 20% of its annual revenue. The company has over 300 designers, out of a total of 900 employees, entirely dedicated to the development of its own technology, in four Development Centers: Eldorado do Sul, Santa Cruz do Sul, Florianópolis and Curitiba. In order to meet the demand for its product lines, as well as support the growth expected in the coming years, the company invested BRL 45 million last year in its new plant in Eldorado do Sul, which has 11,000 m2 of built area. It is a modern factory, with four state-ofthe-art assembly and inspection lines, resulting in an installed capacity for over 1.1 million products per year and enabling highly complex equipment to be fabricated, as well as high volume products.

Antonio Carlos Pôrto, presidente da Datacom, e Ricardo Russowsky, presidente da Federasul Antonio Carlos Pôrto, president of Datacom, and Ricardo Russowsky, president of Federasul

www.datacom.ind.br

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DESTAQUE SETORIAL MADEIRAS/DERIVADOS | Featured Sector Wood/Byproducts

CmpC Celulose Riograndense investe cerca de R$ 5 bilhões para aumentar produção a partir de 2015 Todas as atenções da Celulose Riograndense, parte do grupo chileno CMPC, estão voltadas para o seu projeto de expansão, considerado o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul. Com recursos na ordem de R$ 5 bilhões, a produção da fábrica em Guaíba aumentará em torno de 1,3 milhão de toneladas de celulose de eucaliptus por ano, a partir de maio de 2015. Atualmente, a planta produz 450 mil toneladas anuais, além de 60 mil toneladas/ano de papel para impressão e escrita. Desta produção, 50 mil toneladas de celulose alimentam a produção de papel da própria empresa e outras 120 mil toneladas são comercializadas no mercado brasileiro. O restante é exportado, com predominância para o continente asiático. Pela competitividade e qualidade da celulose brasileira de eucaliptus, praticamente todas as fábricas dos diversos tipos de papel e cartão no mundo utilizam parte da fibra brasileira. Essa participação, hoje em cerca de 25%, deverá aumentar nos próximos anos com a entrada em operação da chamada Linha 2, a nova unidade de Guaíba, juntamente com outros projetos que serão ativados nos próximos cinco anos. Atenta ao crescimento de demanda - algo em torno de 1,3% a 1,5% anuais - e como parte do processo de expansão, 2013 foi um ano em que a celulose de Guaíba prospectou novos clientes, principalmente do mercado europeu e norte-americano. A unidade industrial ocupa uma área de 106 hectares e investe no cultivo de florestas como fonte de suprimento de matériaprima sustentável. A CMPC tem outras três fábricas de celulose no Chile, onde cultiva florestas de pinus para produção de celulose de fibra longa e de eucaliptus para o mercado de celulose de fibra curta.

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Florestas

de eucaliptus geram riquezas Eucalyptus forests that generate wealth CmpC Celulose Riograndense invests close to BRL 5 billion to increase production starting in 2015 Celulose Riograndense, part of the Chilean CMPC group, is focusing all its efforts on its expansion project, considered the largest private investment in the history of Rio Grande do Sul. With total funding of BRL 5 billion, the mill in Guaíba will boost its production by around 1.3 million tons of eucalyptus pulp per year, starting May 2015. The mill currently produces 450,000 tons annually, in addition to 60,000 tons per year of printing and writing paper. Of this production, 50,000 tons of pulp are allocated to the company’s own paper production and another 120,000 tons are sold on the

Brazilian market. The rest is exported, largely to the Asian continent. Due to the competitiveness and quality of Brazilian eucalyptus pulp, virtually every plant in the world that produces different types of paper and cardboard uses part of the Brazilian fiber. This share, presently around 25%, is expected to increase in the next few years once Line 2, the new Guaíba unit, goes into operation, along with other projects that will start up in the next five years. Attentive to growth in demand – in the order of 1.3% to 1.5% annually – and as part of the expansion process, the Guaíba pulp company prospected new customers in 2013, mainly in the European and North American markets. The industrial unit occupies an area of 106 hectares and invests in planting forests as a sustainable means of supplying raw material. CMPC has another three pulp mills in Chile, where it plants pine forests to produce softwood pulp and eucalyptus for the hardwood pulp market.

Sérgio Nicolau Kilpp, gerente comercial da CMPC Celulose Riograndense, e Ricardo Russowsky, presidente da Federasul Sérgio Nicolau Kilpp, commercial manager at CMPC Celulose Riograndense, and Ricardo Russowsky, president of Federasul www.celuloseriograndense.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MADEIRAS/DERIVADOS | Featured Sector Wood/Byproducts

Entre 2012 e 2013, mais de 20 mil postes e 10 mil metros cúbicos de madeira serrada foram exportados Atuando no segmento florestal de plantio e beneficiamento de pinus e eucaliptus há mais de 40 anos, a Flosul Madeiras, unidade florestal do Grupo Renner Herrmann S.A., sabe que a sustentabilidade ambiental conta pontos a favor dos negócios e da imagem da empresa. Por isso, além das florestas serem manejadas dentro das mais modernas técnicas de plantio, mantém programas de otimização de produtividade, através da seleção e clonagem de árvores de altíssimo padrão e planejamento criterioso das colheitas baseado em inventários florestais contínuos. A reserva florestal da Flosul, distribuída ao longo de vários municípios do litoral norte foi pioneira no Rio Grande do Sul e uma das primeiras do Brasil a receber o selo internacional de certificação de manejo florestal responsável FSC (Forest Stewardship Council). Tantos investimentos e cuidados com a qualidade só poderiam ter um resultado: a empresa, especializada em madeira serrada para indústria moveleira, decks e postes de madeira tratados para redes de eletrificação e telecomunicação, atende aos mais diferentes países do Sudoeste Asiático, Oriente Médio, África e América Latina. Entre 2012 e 2013, por exemplo, mais de 20 mil postes e aproximadamente 10 mil metros cúbicos de madeira serrada foram exportados da unidade industrial, instalada no município de Capivari do Sul, para China, Vietnã, Malásia, Quênia, Iêmen e Peru entre outros mercados em prospecção e negociações na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina.

Madeira com marca

de sustentabilidade ambiental Wood with trademark of environmental sustainability From 2012 to 2013, over 20,000 logs and 10,000 cubic meters of lumber exported Operating for over 40 years in the segments of forestation and processing of pine and eucalyptus, Flosul Madeiras, a forestry unit of the Renner Herrmann S.A. Group, knows that environmental sustainability is good for business and the company’s image. Therefore, in addition to managing its forests in accordance with highly modern planting techniques, the company engages in productivity optimization programs, through the selection and cloning of highly superior trees and careful harvesting planning based on continuous forest inventories. Flosul’s forest reserve, distributed throughout various municipalities along the northern coast was a pioneer in Rio Grande do Sul and one of the first in Brazil to receive international forest management certification from the FSC (Forest Steward Council). So many investments and such concern for quality could yield only one possible result: a company specialized in lumber for the furniture industry, decks and treated wood logs for electricity and telecommunication networks, serving a wide range of markets in Southeast Asia, the Middle East, Africa and Latin America. From 2012 to 2013, for example, over 20,000 logs and approximately 10,000 cubic meters of lumber were exported from the industrial unit, located in the municipality of Capivari do Sul, to China, Vietnam, Kenya, Yemen and Peru, among other markets being scouted out and negotiated with in Asia, Africa, the Middle East and Latin America.

José Victor Basso, gerente geral da Flosul Madeiras, e Nara Regina Pires Cabral, superintendente executiva da Unidade de Câmbio do Banrisul José Victor Basso, general manager of Flosul Madeiras, and Nara Regina Pires Cabral, executive superintendent of the Currency Exchange Unit of Banrisul

www.flosul.com.br www.renner.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS | Featured Sector Machinery/Equipament

Projeto da AEL Sistemas é dobrar exportações, chegando a US$ 12 milhões nos próximos dois anos Dedicada ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais para aplicações em plataformas aéreas, marítimas e terrestres, a AEL Sistemas registrou vendas da ordem de US$ 70 milhões em 2013. Do montante, US$ 11 milhões foram receitas de exportação, principalmente suítes completas de sistemas aviônicos para os Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, a empresa de Porto Alegre/RS vem crescendo, em média, acima de 20% ao ano. Percentual que a faz projetar para 2014 um faturamento similar ao do ano anterior, porém com previsão de dobrar o valor nas exportações, cifras que devem ser mantidas nos próximos dois anos. Subsidiária da Elbit Systems, empresa que opera no setor de Defesa e Segurança Pública, a AEL fornece e desenvolve aviônicos, sistemas terrestres, tanquiônicos e sistemas para segurança pública, além de participar de diversos programas da indústria espacial. A empresa conta com um Centro Tecnológico de Sistemas de Defesa, também na capital gaúcha, referência no setor e alinhado à Estratégia Nacional de Defesa do Brasil, razão pela qual é considerada uma forte parceira do País em transferência de tecnologia. São estas soluções de última geração nos produtos e serviços - desenvolvidas por 260 funcionários -, que a tornaram reconhecida internacionalmente e uma das principais parceiras das Forças Armadas Brasileiras. Embraer, Helibras e o INPE. A empresa também mantém um forte programa de treinamento dos profissionais brasileiros no exterior.

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Referência em

tecnologia no segmento de defesa Benchmark in technology in the defense segment AEL Sistemas plans to double exports in the next two years, with a target of USD 12 million Dedicated to design, development, fabrication, maintenance and logistical support for military and space electronic systems for applications in air, sea and land platforms, AEL Sistemas posted sales of USD 70 million in 2013. Of this total, USD 11 million corresponded to revenue from exports, primarily complete avionic systems for the United States. In the last five years, the company from Porto Alegre/ RS has been growing an average of 20% per year. Based on this rate, it projects that sales revenues for 2014 will be similar to last year, but that exports will double in value. It expects that these figures will be

maintained over the next two years. A subsidiary of Elbit Systems, a company that operates in the Defense and Homeland Security sector, AEL supplies and develops avionics, land systems, electronics for tanks and homeland security systems, in addition to participating in different space industry programs. The company has a Defense System Technology Center, also in Porto Alegre, which is a benchmark in the sector and aligned with the Brazilian National Defense Strategy. For this reason, it is considered a strong partner of the country in terms of technology transfer. Its state-of-the-art solutions in products and services, developed by 260 employees, have made it internationally renowned and one of the main partners of the Brazilian Armed Forces, Embraer, Helibras and INPE. The company also has a strong training program for Brazilian professionals abroad.

Carolina Chevarria, vicepresidente financeira e de RH da AEL Sistemas, e Claudio Goldsztein, conselheiro superior da ADVB/RS Carolina Chevarria, financial and human resources vicepresident of AEL Sistemas, and Claudio Goldsztein, ADVB/ RS superior council member www.ael.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/eQUIPAMENTOS | Featured Sector Machinery/Equipament

Ciber Equipamentos Rodoviários investe em renovação e projeta uma alta de 48% nas exportações A maciça participação de seus maquinários em importantes obras no exterior levou a Ciber Equipamentos Rodoviários a fazer cálculos bem otimistas para 2014, ano em que deve encerrar com alta de 48% nas exportações e elevar o faturamento para R$ 470 milhões, 15% de crescimento. Referência em tecnologia para produção de misturas asfálticas, a empresa, com fábrica em Porto Alegre, já instalou cerca de 1,7 mil usinas em diversos países. E é esta experiência de 56 anos em pavimentação que deve ser levada ainda mais para fora do Brasil, razão pela qual este ano será dedicado ao desenvolvimento de produtos para o mercado externo. A Ciber mantém negócios constantes na América Latina, África, Oceania e Sudeste Asiático. Na lista de comercialização, além de usinas de asfalto, também estão pavimentadoras de asfalto e concreto, fresadoras, recicladoras a frio e a quente, mineradoras de superfície, rolos compactadores, britadores móveis e peneiras, entre outros produtos. Exportações que garantiram pelo terceiro ano consecutivo um crescimento de 44% no faturamento bruto, que chegou a R$ 408 milhões em 2013. Subsidiária no Brasil do Grupo Wirtgen conglomerado alemão de empresas do setor de equipamentos para construção rodoviária e mineração, e que abrange outras quatro renomadas marcas: Wirtgen, Vögele, Hamm e Kleemann –, a Ciber vem investindo em diversas frentes para expandir mercados. Entre elas, está a ampliação da estrutura de atendimento, com a inauguração da Wirtgen Nordeste e Wirtgen Sudeste, nova unidade no Rio de Janeiro. Também renovou e padronizou a infraestrutura de TI e soluções de sustentabilidade, com ambientes virtualizados voltados à redução do consumo de energia.

Pavimentando

negócios no mercado externo Paving new business in the foreign market Ciber Equipamentos Rodoviários invests in renovation and projects 48% increase in exports The massive participation of its machines in important construction works abroad has made Ciber Equipamentos Rodoviários optimistic about its results for 2014, where a 48% increase in exports and a sales turnover of BRL 470 million, representing a growth of 15%, are expected this year. A benchmark in technology for producing asphalt mixtures, the company, which has a plant in Porto Alegre, has already set up around 1,700 plants in different countries. The goal is to take its 56 years of experience in paving to even more places outside Brazil, and for this reason, this year will be dedicated to developing products for the international market. Ciber is constantly doing business in Latin America, Africa, Oceania and Southeast Asia. Besides asphalt plants, its product line includes asphalt and concrete pavers, milling machines, cold and hot recyclers, surface miners, compactors, mobile crushers and mobile screens, in addition to other products. Purchases of its products ensured gross sales growth for the third year in row, of 48%, totaling BRL 408 million in 2013. The Brazilian subsidiary of the Wirtgen Group – a German conglomerate of companies that manufacture road construction and mining equipment, and which is comprised of four more recognized brands: Wirtgen, Vögele, Hamm and Kleemann – Ciber has been investing on a variety of fronts to expand its markets. One of these is the expansion of its service structure, with the inauguration of Wirtgen Nordeste and Wirtgen Sudeste, a new unit in Rio de Janeiro. It has also renovated and standardized its IT infrastructure and sustainability solutions, with virtualized environments aimed at reducing energy consumption.

Daniel Siebrecht, presidente da Ciber Equipamentos Rodoviários, e Paulo Marcelo Tigre, CEO do Prêmio Exportação RS Daniel Siebrecht, president of Ciber Equipamentos Rodoviários, and Paulo MarceloTigre, CEO of the RS Export Award

www.ciber.com.br/pt/

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS | Featured Sector Agricultural Machinery/Implements

Com força até no nome e investimentos em inovação, Vence Tudo exporta para mais de 30 países A marca da “espiga de trigo Vence Tudo” conquista a cada dia o mercado globalizado, aliando-se aos produtores do Brasil e das principais regiões do mundo. Há 14 anos consecutivos ostentando o título de líder na produção e comercialização de plataformas para colheita de milho, a Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo exporta para mais de 30 países, operações que permitem a continuidade e a multiplicação de negócios. Com complexo industrial na cidade de Ibirubá/RS, a indústria está sempre em busca de inovação e desenvolvimento de mais de 20 produtos na linha de plantio, colheita, classificadores de sementes e agricultura de precisão. Para alcançar destaque fora do Brasil, a equipe de Mercado Externo da Vence Tudo investiu no aperfeiçoamento técnico e de idiomas, redistribui os profissionais por regiões e intensificou a participação em feiras internacionais, como na África do Sul, Colômbia, Rússia, Paraguai. Outros fatores que contribuíram para os bons resultados foram as visitas de clientes produtores e revendas distribuidoras na fábrica de Ibirubá, assim como a utilização de programas de apoio da Apex-Brasil e Proex para fomentar ainda mais as vendas. O resultado dos esforços e aprimoramento dos produtos não poderia ser outro: a empresa acumula vários prêmios em seus 50 anos de história. A companhia gaúcha e 100% familiar gera 800 empregos diretos e, ainda, fortalece outras empresas do setor metalmecânico, proporcionando que mais de 3 mil famílias sejam beneficiadas indiretamente com o crescimento da organização.

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Marca da

ESPIGA de trigo multiplica negócios Wheat stalk trademark multiplies business With strength even in its name and investments in innovation, Vence Tudo exports to over 30 countries The “Vence Tudo wheat stalk” trademark is daily conquering globalized markets, by joining forces with farmers from Brazil and the main producing regions in the world. Boasting the title of production and sales leader of corn harvesters for 14 consecutive years, Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo Importação e Exportação exports to over 30 countries – operations that permit business continuity and multiplication. With its industrial complex in the city of Ibirubá/RS, the company is constantly pursuing innovation and development of more than 20 products

in the planting, harvesting, seed classifier and precision farming lines. To become well-known outside Brazil, the Vence Tudo Foreign Market team invested in technical improvements and language skills, redistributed professionals by regions and increased its participation in international trade fairs, such as in South Africa, Colombia, Russia and Paraguay. Other factors that contributed to its excellent results were visits from farmers and resellers to the factory in Ibirubá, as well as the use of support programs from Apex-Brasil and Proex to further stimulate sales. The results of these efforts and product improvements are clearly reflected in the many prizes it has won over its 50-year history. The family-owned company from Rio Grande do Sul generates 800 direct jobs and strengthens other companies in the metal-mechanic sector, resulting in over 3,000 families benefiting indirectly from the organization’s growth.

Marcos Luís Lauxen, diretorpresidente da Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo, e Luis Felipe Maldaner, diretor do Badesul Marcos Luís Lauxen, CEO of Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo, and Luis Felipe Maldaner, director of Badesul www.vencetudo.ind.br

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS | Featured Sector Agricultural Machinery/Implements

Exportando para mais de 25 países, JAN registrou aumento expressivo de 50% nas vendas externas Não foi apenas o mercado interno que teve crescimento para a Implementos Agrícolas JAN S/A. As vendas externas, trabalhadas desde a década de 80, também respondem por uma boa fatia do faturamento global, percentual que deve ficar em 15% neste ano. Exportando para mais de 25 países, a empresa de Não-Me-Toque/RS registrou um aumento expressivo de 50% nas vendas externas em 2013 em relação ao exercício anterior. Resultado colhido da prospecção de mercados, participação em feiras e rodadas de negócios, e de concorrências internacionais. Atualmente, países da Europa, África e toda a América Latina comercializam os produtos da JAN, que está prospectando a ampliação de negócios no Leste Europeu. Mesmo sabendo que o futuro é de competição acirrada, a JAN não se intimida. A expertise no agronegócio e sua visão apurada são fundamentais para a consolidação das vendas no comércio internacional. Para isso, acompanha a evolução do maquinário agrícola, investe em tecnologias e na melhoria dos processos de fabricação em resposta aos exigentes agricultores mundiais. Assim, se habilita ainda mais a oferecer produtos, como na parte de distribuição de corretivos e fertilizantes, carretas graneleiras para transporte de grãos, pá agrícola frontal, plataformas colhedoras de milho e pulverizadores autopropelidos. Posicionamento que reforça ano a ano o reconhecimento internacional da marca de seus equipamentos, produzidos por 1,5 mil colaboradores em quatro unidades fabris, todas localizadas em Não-Me-Toque.

Expertise e tecnologia

levadas para o campo Expertise and technology taken to the field Exporting to over 25 countries, JAN posted an extraordinary 50% growth in foreign sales Implementos Agrícolas JAN S/A has grown not only in the domestic market. International sales, which it has been developing since the 1980s, also accounted for a large share of overall revenue, expected to total 15% this year. Exporting to over 25 countries, the company from Não-Me-Toque posted an extraordinary 50% growth in foreign sales in 2013, in relation to the year before. These results are the fruit of prospecting new markets, participating in trade fairs and business roundtables and foreign competition. Countries from Europe, Africa and all of Latin America sell JAN products and the company is currently exploring to expand its business in Eastern Europe. Although it knows competition will be fierce in the future, JAN is not intimidated. The company’s expertise in agribusiness and its fine-tuned vision are essential for consolidating sales in the international market. To this end, it monitors the evolution of agricultural machinery and invests in technology and manufacturing process improvements to satisfy demanding farmers worldwide. This makes it even more qualified to provide top-notch products, such as soil correctives and fertilizers, grain transport carts, front loader shovels, corn harvesters and self-propelled sprayers. Such endeavors strengthen year-by-year the international recognition of the brand of its equipment, produced by 1,500 employees in four factories, located in Não-Me-Toque.

Claudiomiro dos Santos, gerente comercial da JAN, e Paulo Marcelo Tigre, CEO do Prêmio Exportação RS Claudiomiro dos Santos, commercial manager at JAN, and Paulo Marcelo Tigre, CEO of the RS Export Award

www.jan.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS | Featured Sector Agricultural Machinery/Implements

Kuhn do Brasil adquiriu, em março, o controle acionário da paranaense Montana Agriculture

Com uma longa tradição de qualidade e um amplo conhecimento dos métodos de cultivo, o Grupo KUHN, fundado em Saverne, na França, viu no mercado brasileiro uma nova oportunidade de crescimento. Depois de adquirir uma empresa gaúcha especializada em plantio direto em 2005, que passou a se chamar Kuhn do Brasil, agora faz uma nova aquisição: em março deste ano, assumiu o controle acionário da paranaense Montana Agriculture, localizada em São José dos Pinhais. O portfólio de produtos da Montana - pulverizadores autopropelidos - é totalmente complementar aos implementos agrícolas da KUHN, fabricante de linhas de plantio, fertilização e também pulverização. O ano de 2013 foi marcado por bons resultados para a Kuhn do Brasil, com fábrica em Passo Fundo/RS. A empresa obteve um nível de faturamento que a colocou entre as principais empresas exportadoras do Rio Grande do Sul. Feito que se deve a um planejamento estratégico traçado até 2020, que visa fortalecer a presença dos produtos brasileiros no mercado mundial, aliada à qualidade dos produtos KUHN, mundialmente reconhecida. Os 186 anos de história proporcionaram ao Grupo atuação em mais de 80 países, sendo que em 20 destes conta com filiais próprias, e possui 12 unidades fabris no mundo. A companhia, especialista na concepção, fabricação e comercialização de máquinas agrícolas, incluindo produtos de fenação e forragem, preparação e alimentação animal, distribuidores de esterco, plantio, fertilização, sistemas de pulverização, trituração e manutenção de áreas, emprega 4,7 mil pessoas, sendo 530 no Brasil. Em 2013, faturou 1.047,5 milhão de euros, aproximadamente R$ 3.360 milhões.

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Linha de produtos

reforçada com aquisição Product line strengthened through acquisition Kuhn do Brasil acquired, in March, a controlling stake in Montana Agriculture from Paraná With a long tradition of quality and extensive knowledge of cultivation methods, the KUHN Group, founded in Saverne, France, detected a new opportunity for growth in the Brazilian market. After acquiring a company specialized in no-till from Rio Grande do Sul, in 2005, whose name was changed to Kuhn do Brasil, it is now making a new acquisition: in March this year, it purchased a controlling stake in Montana Agriculture, a company from Paraná, located in São José dos Pinhais. Montana’s product portfolio – selfpropelled sprayers – totally complements the agricultural implements of KUHN, a manufacturer of planting, fertilization and spraying lines.

2013 was a year of excellent results for Kuhn do Brasil, which has a factory in Passo Fundo/RS. The company’s turnover has placed it among the leading export companies of Rio Grande do Sul. This achievement is due to its strategic plan, mapped out until 2020, which seeks to strengthen the presence of Brazilian products in the world market, combined with the internationally renowned quality of KUHN products. Its 186 years of history have led the Group into over 80 countries, where in 20 it has its own branches, in addition to 12 factory units in the world. The company, which specializes in the design, fabrication and sale of agricultural machinery, including hay-making equipment, livestock bedding and feeding machines, manure spreaders, planting and fertilization equipment, spraying systems, shredders and landscape maintenance, employs 4,700 people, with 530 in Brazil. In 2013, its sales revenues were EUR 1,045 million (approximately BRL 3,360 million).

Evandro Henrique Fulber, diretor comercial e marketing da Kuhn do Brasil, e Luiz Ildebrando Pierry, coordenador executivo do PGQP Evandro Henrique Fulber, chief commercial and marketing director of Kuhn do Brasil, and Luiz Ildebrando Pierry, executive coordinator of PGQP www.kuhndobrasil.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MÁQUINAS/IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS | Featured Sector Agricultural Machinery/Implements

Reconhecido pela FAO, o Sistema de Plantio Direto adotado pelo Grupo Semeato conquistou a Europa

Não foi somente o crescimento de 4,6% na receita com as exportações – que somou US$ 15,8 milhões – que o Grupo Semeato comemorou em 2013. Conquistou também o concorrido e exigente mercado da Europa, reconhecido mundialmente pelo alto nível de tecnologia adotado no seu processo agrícola e preocupação com a preservação dos recursos naturais. A razão da vitória são os contínuos investimentos para a fabricação de semeadeiras, plantadeiras, máquinas para fenação (preparação do feno) e implementos agrícolas, de acordo com os conceitos do Sistema de Plantio Direto (SPD), reconhecido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) como um dos melhores para solos tropicais e chamado de agricultura conservacionista. Com a conquista da Europa, o mapa comercial da empresa passa a conter 25 países de todos os continentes, um reconhecimento a quatro décadas de investimentos na área de SPD, em que foi uma das precursoras. Em cada país, o Grupo mantém revendedores autorizados para prestar a assistência técnica qualificada que o segmento exige. Outra novidade é a comercialização das máquinas Semeato em parceria com a marca New Holland na França. Os equipamentos agregam a tecnologia de Plantio Direto com a comunicação de tratores New Holland de última geração. Com matriz em Passo Fundo, o Grupo Semeato é composto por oito unidades que geram 2,2 mil empregos. São quatro montadoras de máquinas agrícolas, uma fabricante de discos, duas fundições e uma unidade de pesquisa e desenvolvimento de produtos. Quatro delas estão na sua cidade de origem e as outras estão em Carazinho, Soledade, Butiá e em Vespasiano/Minas Gerais.

Plantando sem

descuidar dos recursos naturais Planting without abusing natural resources Recognized by the FAO, the No-Till System adopted by the Semeato Group wins over Europe It was not only the 4.6% growth in export revenue – totaling USD 15.8 million – which the Semeato Group celebrated in 2013. It also conquered the highly disputed and demanding European market, recognized worldwide for the high level of technology adopted in its agricultural processes and its concern to preserve natural resources. The reason behind the victory are the company’s continuous investments in the manufacture of grain drills, planters, hay equipment (for preparing hay) and agricultural implements, in accordance with No-Till concepts, recognized by the FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) as one of the best systems for tropical soils and referred to as conservation agriculture. With its conquest of Europe, the sales map of the company is now comprised of 25 countries from every continent, reflecting its four decades of investments in No-Till, where it was one of the precursors. In each country, the Group has authorized dealers to provide the qualified technical support which the segment requires. Another highlight is the sale of Semeato machines in partnership with the brand New Holland in France. The equipment adds No-Till technology to the state-of-the-art communication of New Holland tractors. Headquartered in Passo Fundo, the Semeato Group is made up of eight units that generate 2,200 jobs. These correspond to four agricultural machinery manufacturers, one disk manufacturer, two foundries and one product research and development unit. Four of them are located in the company’s city of origin and the others are in Carazinho, Soledade, Butiá and Vespasiano (Minas Gerais).

Carolina Rossato, diretora comercial da Semeato, e José Antônio Freitas, diretor do Prêmio Exportação RS Carolina Rossato, chief commercial officer at SEMEATO, and José Antônio Freitas, RS Export Award director

www.semeato.com.br

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DESTAQUE SETORIAL METALÚRGICO | FEATURED SECTOR METALLURGICAL

Atualmente, transações internacionais são responsáveis por 15% do faturamento total da Medabil Com exportações para a Venezuela, Uruguai, Cuba, Moçambique, Angola, Nigéria, Gana, República Dominicana, Caribe, entre outros países, a Medabil está levando para o exterior um novo conceito na edificação de hotéis, escritórios comerciais e residências. Trata-se da construção de prédios metálicos de múltiplos pavimentos, plataforma de vendas da unidade Multiandares que proporciona maior velocidade de execução dos projetos, consequentemente antecipação no retorno do investimento. Nos últimos anos, a Medabil atingiu o patamar de faturamento de R$ 1 bilhão, sendo as transações internacionais responsáveis por 15% deste valor. Além de Multiandares, a empresa possui outras unidades de negócio, como a Medabil Sistemas Construtivos, que oferece soluções construtivas completas para galpões industriais, centros de distribuição e supermercados; e a Açotec Sistemas Estruturais, que atua em obras de infraestrutura, como pontes e viadutos, além de estruturas para obras de grande porte como siderurgias, papel e celulose e mineradoras. No ano passado, mais uma unidade se somou ao grupo, a Fast Building, que fornece galpões pré-engenheirados de menor porte para pequenas instalações comerciais, de serviço, rurais e estocagem. Referência mundial em soluções construtivas, a Medabil atua há 47 anos na concepção de projetos, fabricação e montagem de estruturas metálicas no Brasil e no mundo. Com sede em Porto Alegre/RS, as quatro unidades fabris, localizadas em Nova Bassano/RS (duas), Chapecó/SC e Serra/ES, totalizando uma capacidade instalada de produção de 150.000 toneladas/ano e mais de 2.000 colaboradores diretos. Também conta com equipes comerciais em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife, Florianópolis, Curitiba, Salvador, Fortaleza e representações internacionais no Uruguai, Venezuela, Paraguai e Colômbia.

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Da concepção de

projetos a soluções construtivas From project design to construction solutions International transactions currently account for 15% of Medabil’s total sales revenue With shipments to Venezuela, Uruguay, Cuba, Mozambique, Angola, Nigeria, Ghana, Dominican Republic, the Caribbean and other countries, Medabil is exporting a new concept in the building of hotels, commercial offices and residences. This involves the construction of multi-story metal buildings – the sales platform of the Structural Systems unit which provides greater speed in the execution of projects and, consequently, earlier returns on investments. In the last few years, Medabil has been achieving sales revenues of BRL 1 billion, where international transactions account for 15% of this total. Besides the Structural Systems unit, the company has other business units, such as Medabil Building Systems, which provides complete construction solutions

for industrial warehouses, distribution centers and supermarkets, and Açotec Structural Systems, which works with infrastructure projects, such as bridges and viaducts, in addition to large-scale works, involving steel mills, pulp and paper and mining, for example. Last year, another unit was added to the group, Fast Building, which supplies small-scale, pre-engineered warehouses for small commercial, service, rural and storage installations. An international benchmark in construction solutions, Medabil has been working for 47 years in project design, fabrication and erection of metal structures in Brazil and around the world. The company, whose headquarters are in Porto Alegre, has four factories, located in Bassano/RS (2), Chapecó/SC and Serra/ES, with a total installed production capacity of 150,000 tons per year and over 2,000 direct employees. It also has sales teams in Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife, Florianópolis, Curitiba, Salvador and Fortaleza, as well as international offices in Uruguay, Venezuela, Paraguay and Colombia.

Flávio Rosa, diretor da Medabil, e José Antônio Freitas, diretor do Prêmio Exportação RS Flávio Rosa, director of Medabil, and José Antônio Freitas, RS Export Award director www.medabil.com.br

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DESTAQUE SETORIAL METALÚRGICO | FEATURED SECTOR METALLURGICAL

Estar próximo do cliente e entender seus ciclos de compra é a estratégia da Randon para ampliar o market share O ambiente cada vez mais competitivo levou a Randon S/A. a elaborar uma estratégia baseada no estreitamento das relações com sua rede de distribuição internacional. O reforço do contato “in loco” em cada um dos 70 países resultou em um faturamento de US$ 113,9 milhões e no aumento do market share em países como Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Equador, América Central & Caribe, Quênia e Angola. Foram utilizados recursos como visitas pontuais nos pontos de venda, participação em feiras internacionais, além de convidar clientes potenciais para conhecer o processo produtivo da Randon no Brasil. Maior fabricante de reboques e semirreboques na América Latina e entre os 10 maiores do mundo, a Randon acessa os clientes através de uma rede internacional em 45 pontos, além de escritórios de negócios e unidades de montagem de CKD (consiste em mandar o implemento desmontado para ser finalizado no país onde será vendido). Os principais produtos enviados ao exterior são semirreboques plataforma carga seca, graneleiro, basculante e tanques. Estar entre os líderes não reduz as ambições da empresa. Pelo contrário, a meta do planejamento estratégico para os próximos anos é elevar sua participação em países da América do Sul, América Central e Caribe, África e Oriente Médio. Em seis décadas e meia de existência, a Randon já fabricou mais de 370 mil unidades, sendo 60 mil delas exportadas, o que mostra a sua importância na história da expansão do transporte rodoviário de cargas no País e no exterior. Além da sede, em Caxias do Sul/RS, mantém unidades industriais em Guarulhos/SP, em Chapecó/SC e na cidade de Rosário, Província de Santa Fé, na Argentina.

Relacionamento

para fazer frente à competição Strengthening relationships to offset competition Being close to customers and understanding their purchasing cycles is Randon’s strategy for raising its market share The increasingly competitive environment led Randon S.A. to develop a strategy based on tightening its relationship with its international distribution network. The strengthening of “in situ” contact, in each of the 70 countries, resulted in sales revenue of USD 113.9 million and an increased market share in countries such as Chile, Paraguay, Bolivia, Ecuador, Central America and the Caribbean, Kenya and Angola. Different resources were used, such as specific visits to points of sale and participation in international trade fairs, in addition to inviting potential customers to get to know Randon’s production process in Brazil. The largest trailer and semi-trailer manufacturer in Latin America and among the ten largest in the world, Randon reaches customers through an international network comprised of 45 points, besides international business offices and CKD assembly (which entails sending the disassembled implement to be finalized in the country where it will be sold). The main products shipped abroad are dry cargo platform semi-trailers, bulk carriers, dump semi-trailers and tank semi-trailers. Being among the leaders does not diminish the company’s ambitions. To the contrary. The goal of the strategic plan for the next few years is to boost its share in countries from South America, Central America and the Middle East. In its six and a half decades of operation, Randon has already manufactured over 370,000 units, of which 60,000 were exported, which demonstrates its importance in the history of the expansion of road cargo transport in Brazil and abroad. In addition to the headquarters in Caxias do Sul (RS), it has industrial units in Guarulhos (SP), Chapecó (SC) and in the city of Rosário, Province of Santa Fé, in Argentina.

Cesar Alencar Pissetti, diretor de marketing e exportação da Randon S/A, e embaixador Jorge Ribeiro Cesar Alencar Pissetti, chief marketing and export officer at Randon S/A, and ambassador Jorge Ribeiro

www.randon.com.br

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DESTAQUE SETORIAL MÓVEIS | Featured Sector Furniture

Respeito a diferentes culturas leva os produtos da Multimóveis para mais de 30 países A Serra gaúcha tem no seu DNA o toque de arte trazido pelos imigrantes da Itália e da Alemanha há quase dois séculos e que a torna o maior polo moveleiro do Brasil. Muitas empresas mantêm, ainda hoje, este dom nato para produzir peças que encantam os admiradores de um bom design. É o que acontece com a Multimóveis. Localizada em Bento Gonçalves/RS, a fábrica leva para mais de 30 países um conceito de mobiliário que tem chamado a atenção dos consumidores globais. A demanda internacional é atendida por meio de uma estrutura de 22.500 metros quadrados que abriga cerca de 300 trabalhadores e equipamentos de última geração. Fundada em 1995, com o objetivo de fabricar móveis infantis, em um curto período se tornou uma das maiores neste segmento. Como estratégia de expansão e de olho no mercado externo, a empresa investiu em novos projetos para ampliar seu portfólio. Em 1998, adquiriu uma fábrica de racks, estantes, escrivaninhas e dormitórios e logo após já a incorporou a sua estrutura fabril. Em 2009, lançou a Eko Ambientes, visando o nicho de móveis planejados para consumidores exigentes e que buscam ambientes exclusivos. Já em 2011 surge a Multipla, marca de móveis modulados para atender a um segmento de consumo que busca design moderno aliado a preços acessíveis. Com as novas propostas de produtos que surgiram ao longo dos anos, em 2012 a Multimóveis modernizou sua identidade visual, tornando-a mais dinâmica e corporativa para que pudesse abranger as demais marcas que surgiram na empresa.

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Design que

“veste” a alma da casa Design that embodies the soul of the house Respect for different cultures takes Multimóveis products to over 30 countries The Gaucho Highlands bears in its DNA a touch of the art brought by the immigrants from Italy and Germany almost two centuries ago and which makes it the biggest furniture hub in Brazil. Many companies have continued to preserve this innate knack for producing pieces that enchant admirers of good design. Such is the case with Multimóveis. Located in Bento Gonçalves, the factory takes to over 30 countries a furniture concept that has caught the attention of global consumers. International demand is supplied through a 22,500 square meter structure that houses around 300 workers and state-of-the-art equipment.

Founded in 1995 for the purpose of producing children’s furniture, in a short time it became one of the largest in this segment. As an expansion strategy and with its eye on the foreign market, the company invested in new projects to expand its portfolio. In 1998, it acquired a factory that made racks, shelves, desks and bedroom furniture, and subsequently incorporated it into its factory structure. In 2009, it launched Eko Ambientes, targeting the customized furniture niche for demanding consumers seeking after unique environments. In 2011, Multipla arose, a modular furniture brand that caters to a consumer segment looking for modern design at affordable prices. With the new product proposals that have emerged over the years, Multimóveis modernized its visual identity in 2012, making it more dynamic and corporate so that it could encompass the other brands that have emerged in the company.

Euclides Longhi, diretor comercial da Multimóveis – Industria de Móveis LTDA, e Túlio Luiz Zamin, presidente do Banrisul Euclides Longhi, chief commercial officer at Multimóveis – Industria de Móveis LTDA, and Túlio Luiz Zamin, president of Banrisul www.multimoveis.com

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DESTAQUE SETORIAL TÊXTIL | Featured Sector Textiles

Coleções da Bia Brazil Activewear embarcadas para 56 países crescem em torno de 30% a 35% ao ano A Bia Brazil Activewear, roupas para práticas esportivas, conquistou status entre as grandes marcas internacionais neste segmento, principalmente nos EUA, Finlândia e México. Com exportações a partir de 1996, a empresa Bia Brazil, com sede em Porto Alegre/RS, embarca as coleções, de estampas coloridas e urbanas, para 56 países nos cinco continentes, o que vem garantindo um crescimento em torno de 30% a 35% ao ano, percentual que deve chegar a 40% com o projeto de franquias nacionais e internacionais iniciado neste ano. A partir de 2013, a empresa idealizada pela administradora e também campeã brasileira de ginástica artística na década de 80, a gaúcha Beatriz Willhelm Dockhorn, mais conhecida como Bia, passou a reforçar o apelo de moda fitness, que sai da academia e invade as ruas, levando para outros países o estilo de vida tipicamente brasileiro. Uma estratégia que ampliou o target para além dos esportistas e frequentadores de academia. Além do design das peças, a tecnologia dos tecidos contribui para a alta performance esportiva e das vendas. A coleção da linha anticelulite teve um aumento de 40% nas exportações para o México e de 20% para os Estados Unidos em 2013. Aliás, a Bia Brazil Activewear foi a primeira marca a fincar bandeira em território mexicano. Ao abrir um centro de distribuição no país, foram inauguradas 16 lojas. Hoje, tem registro de marca no México, Mercado Comum Europeu, Colômbia, Hong Kong, África do Sul, USA, República Dominicana, Chile, Austrália e está aguardando o término de processo semelhante no Brasil, Paraguai, Canadá e China. A empresa faz parte da Texbrasil (Programa de Exportação da Indústria de Moda Brasileira) e integra a Abrese - Associação Brasileira De Produto e Bens de Serviço do Esporte.

Novo apelo de

moda fitness tem alta performance New fitness fashion appeal translates into high performance Exports of Bia Brazil Activewear collections, shipped to 56 countries, grow by around 30% to 35% per year Bia Brazil Activewear, a line of sports clothing, has achieved recognition among the major international brands in this segment, especially in the USA, Finland and Mexico. Exporting since 1996, Bia Brazil, whose headquarters are located in Porto Alegre, ships collections, with colorful and urban prints, to 56 countries on five continents, resulting in around 30% to 35% growth per year, a percentage that is expected to reach 40% due to the domestic and international franchise project launched this year. In 2013, the company, founded by director and former Brazilian artistic gymnastics champion from the 1980s, Beatriz Willhelm Dockhorn, from Rio Grande do Sul, who is better known as Bia, started highlighting the appeal of fitness fashion, which overflows from fitness centers into the street, exporting this typically Brazilian lifestyle to other countries. This strategy expanded the company’s target beyond athletes and gym-goers. Besides the design of the pieces, the fabric technology contributes to high sports performance and sales. Exports of the anti-cellulite collection grew by 40% to Mexico and 20% to the United States in 2013. Bia Brazil Activewear was the company’s first brand to enter Mexico. After opening a distribution center in the country, 16 stores were opened. Its trademark is currently registered in Mexico, the European Common Market, Colombia, Hong Kong, South Africa, USA, Dominican Republic, Chile and Australia. Similar processes are nearly finalized in Brazil, Paraguay, Canada and China. The company is a member of TexBrasil (Brazilian Fashion Industry Export Program) and Abrese (Brazilian Association of Sports Goods and Services).

Beatriz Willhelm Dockhorn, diretora da Bia Brazil Activewear, e Túlio Luiz Zamin, presidente do Banrisul Beatriz Willhelm Dockhorn, director of BIA BRAZIL ACTIVEWEAR, and Túlio Luiz Zamin, president of Banrisul

www.biabrazil.com.br

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DESTAQUE SETORIAL TÊXTIL | Featured Sector Textiles

Referência em

tecidos de alta tecnologia ITM produzirá 7 milhões de metros de tecidos e projeta crescimento de 10% nas exportações em 2014 Produzir 7 milhões de metros de tecidos em 2014. Esta é a meta da ITM - Indústrias Têxteis H. Milagre S.A., é respaldada em grande parte pelo aumento das exportações, que deve crescer 10% ao ano. A empresa, com parque fabril em Farroupilha/RS, exporta para a América do Sul e para a Comunidade Europeia, homologando seus produtos em empresas líderes de países como a Colômbia, Argentina, Equador, Alemanha, Holanda e Suécia. O objetivo é continuar a consolidação nesses países e conquistar outros na América Central. Em 2013, as exportações representaram 9% do faturamento anual da empresa. Com 36 anos de atividade, a ITM é referência em tecidos de alta tecnologia. Uma equipe de 120 funcionários e um corpo técnico altamente capacitado, responsável pelo desenvolvimento de produtos inovadores, produz uma vasta linha de tecidos para cabedal, forros e palmilhas de calçados masculinos, femininos, infantis, esportivos e de segurança, mochilas e roupas para motociclistas. A empresa, entre as líderes no segmento em que atua, também foi a primeira indústria têxtil brasileira a contar com um laboratório próprio acreditado pela Satra Technology Center, do Reino Unido.

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José Carlos Trujillo, diretor industrial da ITM, e Guilherme Rosa de Martinez Risco, economista da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul José Carlos Trujillo, chief industrial officer at ITM, and Guilherme Rosa de Martinez Risco, economist from the Foundation of Economics and Statistics of Rio Grande do Sul http://www.itm.ind.br

Benchmark in high technology fabrics ITM will produce 7 million meters of fabric and forecasts 10% growth in exports in 2014 Production of 7 million meters of fabric in 2014. This goal of ITM (Indústrias Têxteis H. Milagre S.A.) is based for the most part on increased exports, which are expected to grow 10% per annum. The company, which has a factory complex in Farroupilha, exports to South America and the European Union, where its products are endorsed among leading companies in countries such as Colombia, Argentina, Ecuador, Germany, Holland and Sweden. The objective is to

consolidate these countries and win others in Central America. In 2013, exports accounted for 9% of the company’s annual sales revenue. In the business for 36 years, ITM is a benchmark in high technology fabrics. A team of 120 employees and a highly skilled technical staff, responsible for developing innovative products, produce a broad line of fabrics for uppers, linings and soles for men’s, women’s, children’s and sports footwear, as well as for safety shoes, backpacks and clothing for motorcyclists. The company, among the leaders in the segment, was also the first Brazilian textile industry to have its own laboratory, accredited by the Satra Technology Center, in the United Kingdom.

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DESTAQUE SETORIAL bebidas vinho | Featured Sector Wine Beverages

Em curto espaço de tempo, Miolo Wine Group evolui internacionalmente e vira referência em vinhos finos Do ano de 2006, quando a Miolo passou a ser chamada de Miolo Wine Group com o objetivo atuar no mercado mundial, aos dias atuais, a evolução internacional da empresa, com sede em Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos/RS, é notória: está em mais de 30 países, o que lhe confere a posição de líder brasileira na exportação de vinhos finos. O ano de 2013 foi excelente para a vinícola, que registrou crescimento de 96% no faturamento com as vendas externas em comparação com 2012. O fortalecimento no mercado internacional não é retratado apenas pelo crescimento das vendas, mas pelos pontos sofisticados em que a marca pode ser encontrada. Trata-se da primeira vinícola brasileira a listar um vinho no Buddha Bar, um dos mais charmosos pontos de badalação de Londres. Os rótulos da Miolo também estão na carta de restaurantes internacionais famosos, como o Benares, em Londres; CN Tower, no Canadá; no Hotel Le Meridien, em Dubai; na Casa Roosevelt, em Xangai, e no Musashi 463, que fica na Skytree, torre mais alta do mundo, no Japão. Seus vinhos e espumantes são encontrados ainda nas gôndolas de grandes redes de varejo, como as inglesas Waitrose e Mark Spencer, além de Delhaize (Bélgica), Netto (Alemanha), Khaufhof (Alemanha) e Groupe Casino (França), e grandes empresas de cruzeiros marítimos, como a Viking Line. Estas são algumas das estratégias para aumentar sua atuação no exterior e agregar valor à sua marca. A empresa elabora mais de 100 rótulos produzidos em seis projetos vitivinícolas no Brasil, em diferentes regiões, incluindo parcerias internacionais. O resultado é a produção de 12 milhões de litros de vinhos finos por ano numa área plantada de 1.200 hectares.

Vinho brasileiro

tem status de sofisticação Brazilian wine with status of sophistication In a short space of time, the Miolo Wine Group has evolved internationally and become a benchmark in fine wines From 2006, when Miolo started being called Miolo Wine Group with the goal to operate in the foreign market, until today, the international evolution of the company, headquartered in Bento Gonçalves, in Vale dos Vinhedos, is well known: it is in over 30 countries, ranking it as the Brazilian leader in the export of fine wines. 2013 was an excellent year for the winery, which posted a 96% growth in sales revenue compared to 2012. Its strengthened position in the international market is not only evidenced by its sales growth, but also by the sophisticated venues where it is found. It is the first Brazilian winery to have a wine listed in Buddha Bar, one of the most charming social spots in London. Its products are also on the wine lists of famous international restaurants, such as Benares, in London; CN Tower, in Canada; Hotel Le Meridien, in Dubai; House of Roosevelt, in Shanghai, and Musashi 463, in the Skytree, the world’s highest tower, in Japan. Its wines and sparkling wines are also featured on the shelves of major retail chains, such as Waitrose and Marks & Spencer (United Kingdom), Delhaize (Belgium), Netto (Germany), Khaufhof (Germany) and Groupe Casino (France), in addition to large cruise lines, such as Viking Line. These are a few of the strategies to increase its operation abroad and add value to the brand. The company has developed over 100 labels produced in six winemaking projects in Brazil, in different regions, including international partnerships. The result is 12 million liters of fine wine produced per year from 1,200 hectares of planted area.

Antônio Miolo, sócio proprietário da Miolo, e Cézar Müller, diretor e coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS Antônio Miolo, co-owner of Miolo, and Cézar Müller, director and coordinator of the International Relations and Foreign Trade Council of FIERGS

www.miolo.com.br

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destaque PEQUENO DESBRAVADOR INTERNACIONAL | feature: Small International Pathfinder

Sucesso do produto feito de erva-mate, açaí e guaraná leva BrasilBev a programar novos lançamentos Do lançamento ao mercado internacional, levou apenas um ano para a BrasilBev exportar o seu primeiro energético orgânico, o Organique, feito de erva-mate do Paraná e açaí e guaraná da Amazônia. Em 2013, a marca entrou no Canadá e nos Estados Unidos, mercados onde o consumo deste tipo de produto aumenta vertiginosamente. Nesta inserção internacional, o Japão foi adicionado no mapa comercial neste ano, o que representou um crescimento nos embarques de 200% em comparação a igual período do ano passado. A produção de 300 mil latas por mês do energético, industrializado em Santa Maria, é o primeiro passo de um projeto ambicioso da BrasilBev, que pretende lançar uma série de bebidas orgânicas e atingir até 2017 um volume de vendas de R$ 30 milhões – 15 vezes mais do que o Organique faturou ano passado. A meta é chegar a mais cinco países nos próximos três anos. Um dos alvos é transformar a Alemanha, maior consumidor per capita de orgânicos no mundo, no primeiro país europeu na lista de clientes internacionais. Com o objetivo de fazer com que as exportações correspondam a metade da receita – hoje, a fatia é de 20% - a empresa já se programou para desenvolver novos produtos dentro de dois anos. O primeiro deles será o chá-mate orgânico, que deve ser lançado ainda em 2014 e vai reforçar o caminho para que a meta dos R$ 30 milhões seja alcançada. Outro fator que conta a favor do incremento dos negócios é a cultura de consumo sadio - produtos livres de agrotóxicos e fertilizantes químicos - cada vez mais forte nos países fora da América Latina.

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Energético orgânico

puxa vendas internacionais Organic energy drink drives international sales Success of product made from yerba mate, acai and guarana incites BrasilBev to plan new launches From the time of its launch on the international market, it took BrasilBev only one year to export its first organic energy drink, “Organique”, made with yerba mate from the state of Paraná and acai and guarana from the Amazon rainforest. In 2013, the brand was introduced in Canada and the United States, markets where consumption of this type of product is dramatically increasing. Internationally, Japan was also added to the sales map this year, which represented a 200% increase in shipments compared to the same period from the year before. Production of 300,000 cans per month of the energy drink, in the city of Santa Maria,

is the first step of BrasilBev’s ambitious plan, aimed at launching a series of organic energy drinks and achieving a sales volume of BRL 30 million by 2017 – 15 times higher than Organique sales last year. Its goal is to break into five more countries over the next three years. One of the targets is to make Germany, the world’s largest per capita consumer of organic energy drinks, the first European country on the list of international customers. In its quest to render exports responsible for one half of its revenue – the slice is currently 20% – the company has already scheduled to develop new products within two years. The first one will be an organic mate tea, which is expected to be launched in 2014 and will help the company attain its goal of BRL 30 million. Another factor that favors higher sales is the health-oriented consumption culture – for products free from pesticides and chemical fertilizers – an increasingly stronger trend in countries outside Latin America.

João Paulo Soares Sattamini, sóciodiretor da Brasilbev, e Vitor Augusto Koch, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS João Paulo Soares Sattamini, partner-director of Brasilbev, and Vitor Augusto Koch, chairman of the Deliberative Council of Sebrae/RS www.organique.com.br/

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DESTAQUE SERVIÇOS DE SUPORTE À EXPORTAÇÃO | Feature: Export Support Services

Grupo Exim personaliza soluções para os clientes que buscam negócios no mercado internacional Tendo como principal marca a oferta de soluções ajustadas às necessidades do público-alvo, o Grupo Exim vem construindo uma sólida relação de confiança com os clientes. Formado por cinco empresas que atuam nas áreas de comércio exterior - consultoria, corretora de seguros, corretora de câmbio, trading e serviços aduaneiros - busca agregar valor aos negócios internacionais dos parceiros à medida que personaliza sua execução. O objetivo é contrapor o ambiente de grandes players de serviços, com predominância de impessoalidade nas relações com os clientes. Para responder às mudanças dos cenários econômico e político, o Grupo, fundado no ano de 1986 em Porto Alegre, ajustou suas atividades de forma a estar à frente nas soluções das situações emergentes que afetavam a condução dos negócios de seus clientes. Na área de desembraço aduaneiro de mercadorias, por exemplo, realiza o planejamento e gestão operacional de todas as etapas que envolvem os processos de exportação e importação desde a origem do produto até a entrega no destino final. Os profissionais do Grupo Exim fazem a análise de viabilidade, negociam com transportadoras nacionais e internacionais e com instituições financeiras, elaboram e analisam os documentos e atuam junto aos órgãos públicos. Outra ação personalizada está na área da consultoria, onde executa projetos para desonerar a carga tributária, reorganizando processos administrativos e executando as rotinas operacionais. Nas transações financeiras internacionais, colabora no estudo de sua viabilidade, à luz da legislação e práticas nacionais e na execução das rotinas operacionais e administrativas.

Customização

agrega valor aos parceiros Customization that adds value to partners Grupo Exim personalizes solutions for customers seeking to do business in the international market Providing solutions tailored to the needs of its target audience is the hallmark of Grupo Exim, which has been building a solid relationship of trust with customers. Comprised of five companies that operate in different areas of foreign trade – consultancy, insurance brokerage, foreign exchange brokerage, trading and customs services – it seeks to add value to the international business of its partners while personalizing its execution. The goal is to present an alternative to the modus operandi of large services players, characterized by impersonal relationships with customers. In response to economic and political changes, the Group, founded in 1986 in Porto Alegre, adjusted its activities to stay one step ahead with solutions for emerging situations that were affecting the business operations of its customers. In the area of customs clearance of goods, for example, it engages in operational planning and management of all the steps involved in the export and import process, ranging from the product’s origin to its delivery at the final destination. Professionals from Grupo Exim conduct feasibility analyses, negotiate with national and international carriers and financial institutions, prepare and analyze documents and work with public agencies. Another customized service is in the area of consultancy, where it implements projects to reduce the tax burden, by reorganizing administrative processes and executing operational routines. In international financial transactions, it helps with the study of their viability, in light of national legislation and practices, in addition to carrying out operational and administrative procedures.

Vanderlei Cardoso, diretor do Grupo Exim, e Frederico Behrends, diretor do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS Vanderlei Cardoso, director of Grupo Exim, and Frederico Behrends, director of the International Relations and Foreign Trade Council of FIERGS

www.exim.com.br

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DESTAQUE SERVIÇOS DE SUPORTE À EXPORTAÇÃO | Feature: Export Support Services

Logística que liga

o Brasil com o Mercosul Interlink Cargo abre filiais no Uruguai e Chile, o que ampliará crescimento em 20% nos próximos anos As frequentes crises comerciais entre o Brasil e Argentina – ainda seu principal cliente - levaram a Interlink Cargo a investir na diversificação de mercados, estendendo sua atuação no Uruguai e no Chile. A implantação de filiais em Montevidéu e Santiago do Chile também tem o objetivo contribuir para o crescimento da empresa em 20% nos próximos anos. Especializada em logística e comércio exterior, a Interlink Cargo possui uma carteira de clientes líderes em seus segmentos e em volumes de comércio exterior. A companhia opera com transportes de cargas nacionais e internacionais, cujo valor alcançou US$ 300 milhões em 2013, contra US$ 230 milhões registrados em 2012. Estes números devem crescer ainda mais em 2015, motivados pelo aumento do transporte doméstico, que irá se constituir em indutor do crescimento. Com a administração central em Cachoeirinha, que está no centro do Mercosul, a Interlink Cargo está capacitada para a oferta de serviços de valor agregado à logística, como transportes nacional, internacional e de contêineres, armazém geral, distribuição, gerenciamento de pedidos, gestão fiscal, milk-run, cross docking e outros, sob demanda.

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Francisco Cardoso, diretor da Interlink Cargo, e Frederico Behrends, diretor do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS Francisco Cardoso, director of Interlink Cargo, and Frederico Behrends, director of the International Relations and Foreign Trade Council of FIERGS www.interlinkcargo.com.br

Logistics that hook up Brazil to Mercosur Interlink Cargo opens branches in Uruguay and Chile which will boost growth by 20% over the next few years The frequent trade crises between Brazil and Argentina – still its main client led Interlink Cargo to invest in market diversification, extending its operations to Uruguay and Chile. Setting up branches in Montevideo and Santiago do Chile is also aimed at helping the company grow by 20% over the next few years. An expert in logistics and foreign trade, Interlink Cargo has a portfolio of clients

who are leaders in their segments and foreign trade volume. The company works with national and international cargo transport, with results totaling USD 300 million in 2013, compared to USD 230 million in 2012. These figures are expected to go even higher in 2015, due to increased domestic transport, which will serve to generate growth. With its administrative headquarters in Cachoeirinha, at the heart of Mercosur, Interlink Cargo is equipped to provide services that add value to logistics, such as national and international shipping, container transport, general storage, distribution, management of orders, fiscal management, milk run, cross docking and others, on demand.

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DESTAQUE SERVIÇOS DE SUPORTE À EXPORTAÇÃO | Feature: Export Support Services

Kuehne + Nagel investe em soluções de transporte rodoviário e em contratos logísticos de grande porte Para o segundo semestre de 2014, a Kuehne + Nagel irá focar no crescimento da empresa em novos segmentos e aposta em duas áreas para crescer: soluções em transporte rodoviário e contratos logísticos de grande porte. A meta vem ao encontro do aumento da sinergia interna - em função da aquisição da Eichenberg, realizada em 2011 - e que agora possibilita apostar principalmente no conceito milk run, que é um sistema de coletas programadas de materiais e entrega no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos. No Brasil, a Kuehne + Nagel é líder de mercado, oferecendo serviços de transporte nacional e internacional nos modais aéreo, marítimo e rodoviário, além de desembaraço aduaneiro e armazenagem. No transporte rodoviário, conta com uma estrutura de 400 veículos próprios e rastreados, além de certificação para operações químico-perigosas. Oferece aos clientes uma plataforma customizada de monitoramento online que, além de garantir o acompanhamento das cargas e a confiabilidade nos processos, ainda disponibiliza visibilidade integrada de toda a sua cadeia logística. Desde 1890, quando foi fundada por August Kuehne e Friedrich Nagel, a multinacional suíça-alemã vem crescendo e hoje é uma das líderes mundiais em logística. Em 2012, a Kuehne + Nagel comemorou 50 anos no Brasil, com atuação em mais de 25 localidades, integradas a uma rede global de 1.000 escritórios, em mais de 100 países e com mais de 63 mil colaboradores. A Kuehne + Nagel atende todos os segmentos-chave da economia, incluindo os setores aeroespacial, automotivo, bens de consumo, de tecnologia, industrial, de petróleo e energia, varejista, perecível, farmacêutico e cuidados com a saúde.

Aposta no

crescimento com conceito milk run Invests in growth with milk run concept Kuehne + Nagel invests in road transport solutions and largescale logistics contracts During the second half of 2014, Kuehne + Nagel will focus on the company’s growth in new segments by pouring into two areas: road transport solutions and large-scale logistics contracts. The goal is to increase internal synergy – made possible through the purchase of Eichenberg, in 2011 – and primarily invest in the milk run concept, which is a system for collecting materials and delivering them to a final destination, during pre-established schedules. Kuehne + Nagel is the market leader in Brazil, providing national and international transport services, whether by air, sea or road, in addition to customs clearance and warehousing. For road transport, it has a structure with 400 of its own tracked vehicles, besides certification for hazardous chemical operations. It offers clients a customized online monitoring platform, which in addition to ensuring the monitoring of cargo and reliability in processes, it also provides integrated visibility throughout the logistics chain. Since 1890, when it was founded by August Kuehne and Friedrich Nagel, the Swiss-German multinational has been growing and is today a world leader in logistics. In 2012, Kuehne + Nagel celebrated its 50th anniversary in Brazil, with operations in over 25 locations, integrated within a global network of 1,000 offices, in more than 100 countries, with over 63,000 employees. Kuehne + Nagel caters to key segments of the economy, such as aerospace, automotive, consumer goods, technology, industrial, oil and energy, retail, perishable, pharmaceutical and health care.

Roberto Pandolfo, diretor do Distrito Sul da Kuehne + Nagel, e Carlos Biedermann, presidente da ADVB/RS Roberto Pandolfo, director of the South District of Kuehne + Nagel, and Carlos Biedermann, president of ADVB/RS

www.kuehne-nagel.com

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DIRETORIA advb/rs | advb/rs board

Chegamos à 42ª edição do Prêmio Exportação rs, trajetória que contou com a atuação fundamental das 16 instituições, que formam o Conselho do Prêmio Exportação RS, e dedicação de toda a equipe da ADVB/RS. We’ve arrived at the 42nd edition of the RS Export Award, a trajectory that relied on the invaluable work of the 16 institutions that make up the RS Export Award Council, in addition to the dedication of the entire ADVB/RS team.

CONSELHO SUPERIOR SUPERIOR COUNCIL

Dante D’Angelo (Gestão 1962/1966) João Otto Klepzig (Gestão 1966/1967) Obed Dornelles Vargas (Gestão 1967/1968) Günther Staub (Gestão 1968/1973) Reny Renato Jaeger (Gestão 1973/1980) José Daltro Franchini (Gestão 1981/1983) Otávio Dumit Gadret (Gestão 1984/1985) Nelson Pacheco Sirotsky (Gestão 1986/1987) Mércio Claúdio Tumelero (Gestão 1988/1989) Alfredo Lisboa Tellechea (Gestão 1990/1991) Renato Malcon (Gestão 1992/1993) Ricardo Vontobel (Gestão 1994/1995) Daniel Tevah (Gestão 1996/1997) Peter Wilms (Gestão 1998/1999) Gil Kurtz (Gestão 2000/2001) Alberto Martins Brentano (Gestão 2002/2003) Ângela Baldino (Gestão 2004/2005) Claudio N. Goldsztein (Gestão 2006/2009) Daniel Santoro (Gestão 2010/2011) Telmo Costa (Gestão 2012/2013)

Assessoria de imprensa

MEMBERS BOARD

Press Office

• Vice-Presidente | Vice-President Leandro Mendonça Carvalho Rosa • Diretores | Directors Fernanda Contursi e Guilherme Pritsch Braga

Neiva Mello Assessoria em Comunicação

DIRETORIA DO RIO GRANDE DO SIM

design estratégico Strategic Design MOODesign

BOARD OF RIO GRANDE DO SIM • Vice-Presidente | Vice-President Michel Gralha • Diretores | Directors Carolina Lucas Fuhrmeister, Eduardo Fernandez, Lara Picolli, Lissa Fedrizzi, Martha Becker, Rui Smith Bastian e Tiago Lemos

conhecimento Knowledge • Coordenação | Coordinator Victor Márcio Laus Reis Gomes • equipe | team Carine Ribeiro e Sharlane Bitencourt

DIRETORIA RESPONSÁVEL PELO PRÊMIO EXPORTAÇÃO RS

relacionamento com o mercado

BOARD RESPONSIBLE FOR THE RS EXPORT AWARD

Market Relations

Alberto Brentano, Nelson Sirotsky, Ricardo Vontobel, Renato Malcon, Telmo Costa, Sérgio Saraiva e Renato Gasparetto

• Vice-Presidente | Vice-President Paulo Marcelo Tigre • Diretores | Directors Ângela Baldino, Eliana Azeredo, José Antônio de Freitas e Sônia Unikowsky Teruchkin

• Coordenação | Coordinator Vanessa Becker Moura • equipe | team Francine Marques, Karilson Mello, Mirela Reis e Yara Conceição

CONSELHO FISCAL

DIRETORIA DE conhecimento

relacionamento com o associado

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO BOARD OF DIRECTORS

AUDIT COMMITTEE

Elena Hahn Raupp, José Américo Fagundes Machado e Imer José Puerari

gestão 2014 MANDATE 2014

Carlos Biedermann

DIRETORIA DE EVENTOS • Vice-Presidente | Vice-President Antonio Augusto Pinent Tigre • Diretores | Directors Marco Antônio Gomes Alves e Mauro Mabilde

DIRETORIA DE comunicação e marketing Communication and Marketing Board • Vice-Presidente | Vice-President Jorge Strassburger • Diretor | Director João Satt Filho

42º Prêmio Exportação RS

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• Vice-Presidente | Vice-President Rafael Souto

Gabriela Sarmento

DIRETORIA administrativa-financeira

Administrative and Financial

Administrativo-financeiro • Coordenação | Coordinator Inajara Telli • equipe | team Janice Dias Fleck e Josiane Santana de Castro

Apoio da diretoria Support to the Board

equipe executiva

EVENTS BOARD

Publicação especial da ADVB/RS Rua Celeste Gobbato, s/nº Porto Alegre/RS +55 51 3290 6300 www.advb.com.br

Relationship with Members

• Vice-Presidente | Vice-President Sérgio Laurimar Fioravanti • Diretores | Directors Fabio Lorenzo de Andrade Soto, Leonardo Freire Saraiva e Roberto Zeller Branchi

PRESIDENT

EXPEDIENTE

KNOWLEDGE BOARD

ADMINISTRATIVE AND FINANCIAL BOARD

presidente

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DIRETORIA DE associados

Débora Coronas

EXECUTIVE TEAM • superintendente | Superintendent Tânia Baldissera Giacobbo

comunicação e eventos

operações Operations Elisabete Borges, Flávia Gabriela de Almeida, Sidiani Gomes e Vera Nunes

Communication and Events • coordenação | Coordinator Patrícia Müller • equipe | team Gabriel Disconzi Barboza e Mastrângela Teixeira

Realização: Núcleo de Comunicação ADVB/RS

Textos e edição: Marcia Greiner marcia.greiner@gmail.com

Coordenação e edição: Neiva Mello Assessoria em Comunicação neiva@neivamello.com.br www.neivamello.com.br +55 51 3388 1935

Projeto Gráfico e Diagramação: Design de Maria www.designdemaria.com.br

Fotografia: Fabiano Panizzi, Isaías Mattos, Tânia Meinerz e divulgação das empresas Tradução: Traduzca atendimento@traduzca.com.br +55 51 3222 2277

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QUEM SUPERA O DESAFIO DE EXPORTAR, CONQUISTA O MERCADO INTERNACIONAL E O NOSSO

RECONHECIMENTO. O Conselho do Prêmio Exportação RS parabeniza as empresas que tiveram competência e visão estratégica para se destacar no cenário internacional e desenvolver ainda mais a economia do Rio Grande do Sul. Diversificação de Mercados

Destaque Exportador

Destaque Setorial Eletroeletrônicos

Destaque Inovação Tecnológica

Destaque Setorial Agropecuário

Destaque Setorial - Autopeças

Destaque Setorial - Máquinas/Implementos Agrícolas

Destaque Setorial - Têxtil

caso tenha dificultade em enchergar a artfinal corretamente selecione VIEW/OVERPRINT PREVIEW

Destaque Setorial - Metalúrgico

Destaque Setorial - Alimentos

Destaque Setorial - Calçados/Couro/Artefatos

Destaque Setorial - Madeira/Derivados

Destaque Setorial - Máquinas/Equipamentos

Destaque Setorial Bebidas Vinho

Dinamismo Exportador Trading

Dinamismo Exportador

Destaque Setorial Móveis

Destaque Mercadológico

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Pequeno Desbravador Internacional

PANTONE 293C

Trajetória Exportadora Master

Destaque Serviços de Suporte à Exportação

REALIZAÇÃO: CONSELHO DO PRÊMIO EXPORTAÇÃO RS, RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DOS VENCEDORES. • ADVB/RS • Agenda 2020 • Apex-Brasil • Banco do Brasil • Badesul • Banrisul • FARSUL • Fecomércio-RS • Federasul • FIERGS • Fundação de Economia e Estatística do RS • PGQP • Porto do Rio Grande • PwC • Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento do RS (SDPI) • UFRGS

Promoção:

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Apoio:

Patrocínio:

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