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DESASTRE

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PRIMEIROS PASSOS

PRIMEIROS PASSOS

AJUDA PARA MOÇAMBIQUE

A população e a igreja do país africano necessitam de apoio para reconstruir o que o ciclone Idai levou

MÁRCIO TONETTI

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Ggem tanto os países ricos como os pobres. Mas é evidente que os menos desenvolvidos e vulneráveis são os que mais sofrem e enfrentam dificuldades para se reerguer. Esse é o caso de Moçambique, nono país com o menor IDH do mundo, segundo a ONU, e um dos dois mais afetados pelo ciclone Idai, que varreu três países do continente em março, deixando mais de 800 mortos, milhões de desabrigados e um rastro de prejuízo incalculável.

O poder destrutivo de um ciclone vai muito além de seu efeito imediato. Além de levar o que encontra pela frente, ele muitas vezes deixa comunidades inteiras em condições totalmente insalubres. No país africano de fala portuguesa, um dos reflexos foi o surto de cólera

após o desastre. Poucos dias depois da passagem do ciclone já haviam sido registrados mais de 1,4 mil casos da doença, o que levou o governo a iniciar uma campanha de vacinação emergencial.

A catástrofe que provocou uma das piores crises humanitárias da história recente de Moçambique também trouxe enormes perdas para a igreja. A maioria dos templos que estavam na rota do Idai sofreu grandes danos. O mesmo aconteceu com a Universidade Adventista de Moçambique (UAM), localizada em Beira, cidade portuária de 500 mil habitantes que foi quase toda devastada. “Fechamos a universidade por pelo menos 15 dias. Para que não perdêssemos alunos, improvisamos lugares e retomamos as aulas no início de abril”, relata o pastor Heraldo Pereira Lopes, brasileiro que desde 2016 dirige o campus.

Embora a igreja mundial pretenda direcionar para a universidade parte das ofertas missionárias mundiais do primeiro trimestre, será grande a necessidade de mais recursos para reconstruir o que o vento levou. “Os recursos das ofertas serão usados da melhor maneira possível para atender o plano previsto, bem como as necessidades urgentes”, ressalta o pastor Heraldo. “Levamos quatro anos para reestruturar a UAM e agora foi tudo embora. Mas vamos recomeçar. Precisamos de doações e orações”, ele completa. O diretor-geral do campus estima que serão necessários cerca de 1,25 milhão de dólares para consertar os danos.

A destruição provocada pelo ciclone também trouxe à tona o debate sobre a localização da universidade, situada na rota dos furacões. “O plano é procurar um novo local, pois o atual não é o melhor, conforme pudemos perceber”, realça o pastor Heraldo.

COMO DOAR

As doações para a reconstrução da Universidade Adventista de Moçambique serão contabilizadas e processadas pela Associação Geral, por meio do Departamento de Missão Global. Qualquer pessoa e igreja podem doar sua contribuição. É possível fazer doações diretas em dinheiro através do seguinte endereço: gm.adventistmission.org/ giving. Para isso, é preciso seguir os seguintes passos: (1) clique na opção “Donate”; (2) depois, no menu intitulado “My donation is for*”, clique na opção “Other – Put details in comments below”; (3) abaixo de “Payment Information”, preencha o campo “Comments” com a seguinte informação: “Mozambique Adventist University Storm Relief – Cyclone IDAI”; (4) por fim, insira os dados do doador. A ADRA internacional também lançou uma campanha que beneficiará os países afetados. Para colaborar, acesse: donations.adra. org/CycloneIdai-ws. ]

MÁRCIO TONETTI é editor associado da Revista Adventista

O ciclone que atingiu o sul da África em março destruiu pelo menos 50 igrejas, duas escolas e a única universidade adventista do país de fala portuguesa

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