LÍBANO
Algo em que Vale a Pena Investir
M
eus alunos estão realmente me ouvindo? O que eu digo realmente faz diferença? Talvez faça de mais maneiras do que eu possa imaginar. Eu olhava o dever de casa de Rami, fazendo algumas pequenas edições antes de enviá-lo de volta para que ele o pudesse corrigir. Na realidade, eu estava dando mais atenção à gramática e ortografia da redação do que ao seu conteúdo, até que meu olho captou uma frase e meus pensamentos se interromperam imediatamente. “Espere um minuto”, pensei, “é da minha aula que ele está falando! Isso é algo que eu disse. Ele estava realmente me ouvindo!” Cada vez que vou ensinar uma aula, eu a inicio com um culto. Na maior parte dos semestres tenho tido a “alegria” de lecionar às classes das 8 horas da manhã. Não sou uma pessoa matutina, então este tem sido um verdadeiro desafio para mim. Neste semestre, no entanto, consegui negociar para começar mais tarde. Fiquei muito grata, mas logo me dei conta: “Ó não, eu não poderei fazer o culto pois os alunos já o terão feito na aula anterior a minha!” Olhei para a grade novamente e dei um suspiro de alívio: minha aula seria a primeira aula deles.
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O novo semestre começou. Nos reuníamos às terças e quintas-feiras e, desta vez, ao invés de colocar os alunos para comandarem os cultos em troca de um ponto extra, como fazia no passado, decidi que agora seria eu quem lideraria. Iniciei compartilhando algumas das principais crenças de nossa igreja juntamente com algumas descobertas interessantes extraídas das minhas devoções pessoais. E então, observava a forma com que o culto se desenrolava em algo diferente do que eu imaginara. Certa manhã, entreguei pequenos quadrados de papel a cada aluno e pedi que escrevessem quaisquer perguntas que gostariam de fazer sobre a vida ou a Bíblia. Recolhi os quadrados dobrados e guardei-os para ler mais tarde. Prometi que responderia àquelas perguntas durante os próximos cultos. As perguntas variavam de: “Deus existe?”, para: “Como faço para começar a ler a Bíblia?”, passando por: “Por que não temos profetas mulheres?”, e até: “Como você vive uma vida emocional equilibrada?”. Eles eram pensadores e estavam fazendo perguntas difíceis. Semana após semana trabalhávamos em cima das perguntas. Meu formato era simples: encontrava