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7. Causas para falta de condições

Sendo essencial que a existência de equipamento informático e material se

coadune com a presença de condições ambientais e mentais adequadas, podemos verificar que 11% dos alunos afirmaram que não possuem tais condições, um número relevante se considerarmos que a atividade letiva deve ter como objetivo formar os alunos e não apenas cumprir quotas ou objetivos de matéria específicos. De

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464

respostas, apresentam-se destas 412 com “sim”, e 51 com um “não”. Ou seja, 51 pessoas das que responderam, na Escola de Direito da Universidade do Minho, não se encontram em posição favorável para que este novo método de ensino lhes seja o mais eficaz e próximo.

7. Causas para falta de condições

Para melhor percebermos o grau de dificuldade destas pessoas, bem como, quais os reais obstáculos que se lhes põem à frente, em sequência desta primeira pergunta, questionamos: “Se respondeste “não” à questão anterior, porque consideras que não reúnes as condições necessárias?”. Decidiu-se dar total liberdade de exposição às pessoas sobre as suas situações pessoais, por isso, as respostas foram através de texto livre e não através de escolhas.

Das 49 respostas dadas, a maioria incidiu em problemas de acesso à internet, à falta de material próprio e na ausência de sossego e espaço para estar. Assim, existem

15

pessoas com incapacidades de ter material tecnológico disponível. Destas,

10

afirmaram ou não terem computador, ou que este não estaria a funcionar da melhor maneira (com falhas) ou que estaria a ser partilhado pelos membros com quem habitam. Na mesma linha de pensamento, houve quem manifestasse a preocupação de não conseguir realizar alguma avaliação (testes online vigiados, orais) devido à não presença de câmara funcional e o facto de o telemóvel não ter capacidade para aceder às respetivas plataformas de ensino. Deixa-se, portanto, certos comentários que comportam isto:

“Considero que tenho condições para as frequentar porque até agora não foi obrigatório o uso de câmara, o meu computador tem efetivamente uma câmara integrada mas está avariada e não tenho forma (nem recursos financeiros, honestamente) para a reparar, se ter uma câmara se revelar fundamental não terei forma de preencher esse requisito.”

“O meu computador não funciona e o reparo é muito dispendioso. Não acho que ter aulas pelo telemóvel seja uma boa alternativa.”; “O PC ser partilhado com o restante agregado familiar e este incluir menores também com atividades letivas à distância o que leva a uma gestão nem sempre fácil dos recursos informáticos. A fragilidade da rede como consequência de os recursos das operadoras prestadoras de serviços de Internet estarem sobrecarregadas e com reservas dedicadas a organismos vitais (segundo me foi dito).”;

Em adição, observamos 24 respostas que consideraram ser a internet o meio impeditivo de condição para frequentar as aulas à distância, sendo este o problema que mais se destacou. É algo que tem de ser, urgentemente, resolvido –sobretudo as pessoas que não possuem qualquer método –pois isso impossibilita a total aprendizagem da matéria. Encontram-se situações como: a

falta total de internet

em casa e a

incapacidade de estar sempre a usar dados móveis; as conexões fracas que fazem perder o rumo total das aulas. Aqui se apresentam alguns comentários:

“A net é lenta e falha várias vezes, mesmo quando estou junto ao router, o que me faz perder uma grande parte do que é dito pelos professores (sobretudo em aulas teóricas).” “Apesar de possuir um computador e ter acesso à internet, frequentemente a conexão à respetiva é baixa, não conseguindo acompanhar devidamente os professores. (…)” “Não tenho Wi-Fi em casa, uso dados móveis que se esgotam rapidamente e são caros.”

Por fim, houve também várias respostas que remeteram para a vida no domicílio e o estado emocional perante esta situação. Assim, houve quem, por um lado, falasse sobre a incompatibilidade das atividades quotidianas com os horários das aulas e, por outro, de não possuir nenhum local apropriado, sossegado, estável para que o estudo e a atenção às aulas se proporcionassem. Este é, possivelmente, o problema mais difícil de se superar devido às especificidades de cada caso concreto. No entanto, não é motivo para se colocar de lado pois estes constantes estados emocionais podem trazer grandes repercussões tanto a nível interpessoal como a nível profissional em que, com ambientes difíceis, torna-se difícil também estudar. Com isso, poderão os afetados

não se

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