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16. Observações, queixas e Comentários finais
from Relatório de Análise do Questionário Pedagógico - "Inquérito COVID-19"
by AEDUM - Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho
16. Observações, queixas e Comentários finais
Por último, foi deixada a opção para os alunos fazerem um comentário, observação ou queixa sobre algum assunto ao seu critério, com a questão “Se pretenderes deixar mais algum comentário/observação/queixa, podes fazê-lo aqui”. Sendo esta uma questão opcional, foram
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obtidas
86 respostas, sendo que as problemáticas mais abordadas vão ao encontro das expostas na questão anterior. Foi notório que alguns alunos têm conhecimento de que a biblioteca da Universidade do Minho está a proceder ao empréstimo de manuais, porém “é irrealista
que o novo método de requisição consiga ajudar um número significativo de alunos, uma vez que não prevê o prazo de devolução e os exemplares disponíveis são limitados”.
Acrescentam que é injustificável que alguns professores disponibilizem apenas textos escritos na plataforma e-learning e, consequentemente considerem que a matéria se encontra lecionada, já que “o texto escrito não substitui a interação aluno-professor
que poderia ser alcançada mesmo por meios digitais como a vídeo-aula”.
Ademais, pôde-se recolher informações de alunos que não têm internet em casa, sendo que por vezes conseguem recorrer aos dados móveis do telemóvel, no entanto,
torna-se insustentável utilizar este meio para assistir a todas a aulas, para realizar
trabalhos ou até mesmo para realizar provas online (sejam elas escritas ou orais) ou que possuem internet mas que a “falha de conexão é constante durante as aulas, o que prejudica inevitavelmente o aproveitamento durante as aulas”. Acresce a isto a falta de material informático como computadores ou tablets, o que também impossibilita a realização das atividades supra mencionadas. Perante isto, apresentam como uma
possível solução a possibilidade de conceber a todos os alunos acesso à época especial.
Para além do mais, consideram que a demora em receber informações por parte dos docentes ou até a falta destas é algo que lhes proporciona incerteza e insegurança e, de certa forma, poderá comprometer a sua preparação para os elementos de avaliação. Portanto, pretendem que haja uma maior cooperação entre docentes e alunos. Outro problema referido pelos estudantes foi o facto de muitas unidades curriculares não estarem a cumprir o horário que havia sido previamente definido aquando das aulas presenciais. Conclui-se, portanto, que há unidades curriculares em que o horário das aulas foi alterado, sendo que se deveria ter tido em atenção os
trabalhadores-estudantes que ainda continuam a laborar. Ainda neste seguimento
acrescentam que, e passo a
citar “ as aulas
poderia ser gravadas e depois disponibilizadas para que, dessa forma, caso não consigamos assistir no momento em
que é lecionada a possamos ouvir num momento posterior”. De notar que este mesmo argumento foi utilizado (devidamente adaptado) pelos alunos que não se encontram em Portugal, estando a viver num fuso horário diferente do nosso, o que, em muitos casos, os impossibilita de assistir a grande parte das aulas. Durante este momento de pandemia, os estudantes consideram que deverá haver
um adiamento do pagamento, ou até mesmo uma redução do valor das propinas,
uma vez que “nenhum aluno deve ser prejudicado por não ter meios económicos suficientes nesta fase de adaptação”. Alguns fazem até referência ao pagamento da avença anual do parque de estacionamento no campus de Gualtar, já que consideram que seja desapropriado o seu pagamento na íntegra, uma vez que estarão quase um semestre sem usufruir do mesmo, mesmo já o havendo procedido ao pagamento integral da avença, sendo, por isso, injustificado este mesmo pagamento. Por último, foram também abordados inúmeros problemas relacionados com o Mestrado de Direito e Informática. Ora, apontaram que o número de aulas lecionadas é ainda reduzido e insuficiente, o que provoca um atraso no programa escolar e, consequentemente, o incumprimento do mesmo. Na mesma linha, relataram ainda que há unidades curriculares que não possuem um programa escolar definido, sendo que “as aulas, por vezes, são repetitivas e sem um fio condutor da matéria”. Apontaram também que há uma falta considerável de material de estudo, sendo que este tinha sido garantido pelos docentes aos alunos, apesar de isso ainda não se ter verificado; há uma falta de comunicação entre os alunos e os docentes ou, quando existe, é demorada, uma vez que a mesma é feita através do delegado/a (que posteriormente terá de transmitir a informação através das redes sociais) e não pela plataforma adequada. Por último, os alunos do Mestrado de Direito e Informática, julgam que devem ser tidos em conta as datas limites para entrega dos trabalhos, já que não possuem material de estudo suficiente até à data que lhes permitia, em condições normais, proceder à realização desse mesmo trabalho em tempo útil. Ademais pedem que os docentes cumpram com os prazos definidos no Regulamento Académico para entrega dos resultados dos testes e trabalhos.