INFO.ISCAA
Jornal de distribuição Gratuita 8ª Edição
Informação do ISCAA
www.aeiscaa.com
A UNIÃO FAZ A FORÇA! III OLIMPÍADAS DE CONTABILIDADE
IMPORTÂNCIA DA ESTRUTURA CONCEPTUAL PÁG. 5
DESPORTO ORGANIZAÇÃO AEISCAA
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INFO-ISCAA Dezembro de 2009
Editorial Ana Cristina Pereira Presidente da Direcção da AEISCAA
Caros colegas, Aqui está mais uma edição do INFO.ISCAA, onde podemos ver um bocadinho dos momentos que fomos vivendo ao longo dos últimos tempos. Começo por dar, mais uma vez, as boas vindas a todos os novos alunos do ISCA-UA, aos novos alunos das licenciaturas, aos alunos que entraram no mestrado e nas duas novas pós-graduações vindos de outros estabelecimentos e, ainda, aos alunos dos cursos de especialização tecnológica. A AEISCAA está a chegar ao final de mais um mandato! Este ano realizaram-se as actividades habituais, participação em torneios (Inter-Iscas, torneio interno, futebol), organização das III Olimpíadas da Contabilidade, jantares temáticos, participação nas semanas Académicas, comemoração do dia do Instituto, entre outras. No entanto, a AEISCAA também passou por dificuldades. Em consequência da perda de autonomia financeira do ISCA-UA, a AEISCAA teve problemas em receber os subsídios atribuídos quer pelo ISCA-UA, quer pelos Serviços de Acção Social, uma vez que com a passagem da Universidade a Fundação, esta só possa reconhecer e apoiar uma associação de estudantes, que neste caso será a Associação Académica, pois representa um maior número de alunos. Como disse na edição anterior, a existência da AEISCAA não é posta em causa, o que é posta em causa é a continuidade desta sem os seus principais subsídios de subsistência, para dar resposta aos encargos, desde a funcionária, despesas de manutenção, pavilhões de treinos, entre outros. No passado dia dez de Novembro realizou-se uma RGA para explicar esta situação aos alunos, a AEISCAA tinha duas hipóteses, ou continuava como Associação independente e corria o risco de perder os seus financiamentos, ou passava a fazer parte integrante da associação académica e assegurava os financiamentos, as suas actividades e as suas tradições, incluindo a praxe. A AEISCAA decidiu seguir a segunda opção. Desta forma, adiaram-se as eleições para estudarmos o caso juntamente com a Associação Académica e com Advogados. Esperamos, assim, que em Janeiro a situação esteja resolvida. Contudo, já o disse e repito, para que as nossas tradições continuem, temos que lhes dar continuidade, temos que acreditar nelas e lutar para que não fiquem pelo caminho. No inicio deste ano lectivo, durante as praxes, senti uma união entre os caloiros e um espírito académico muito saudável. No entanto, tenho a sensação que este espírito tem-se vindo a perder ao longo do pouco tempo que já passou. Não deixem que isto aconteça. Vivam a vida Académica! A vida Académica é ir as aulas, é fazer trabalhos, é estudar para os testes, é ajudar os colegas, é sair à noite, é beber uns copos, é sermos uns pelos outros e não cada um por si. É, ainda, colaborarmos nas actividades organizadas para nós e respeitarmos quem as organiza. Aprendam a viver em comunidade, no fundo é isso que a praxe vos tenta ensinar. Ninguém é mais nem menos que ninguém! Falando um pouco a nível pessoal, este ano foi complicado para mim, assumi com muito agrado o papel de Presidente da AEISCAA e conclui a minha licenciatura. Houve momentos em que pensei que não ia conseguir dar resposta as minhas responsabilidades, mas sempre tive colegas amigos com quem sempre pude contar nas minhas horas de aperto. Porém, houve horas em que desanimei com a falta de colaboração e desinteresse demonstrado por grande parte dos alunos do ISCA-UA, é muito difícil fazer-se um bom trabalho, quando este não é aceite nem respeitado. Lembro-vos que a AEISCAA trabalha em prol dos alunos e não para “dar cargos” aos seus elementos. Eu ingressei no ISCA-UA no ano de 2006 e entrei para a AEISCAA no mandato de 2007 como relatora do conselho fiscal e no ano seguinte como vice-presidente. Ou seja, ao longo de todo o meu percurso no ISCA-UA sempre fiz parte da Associação de Estudantes, pela qual tenho um afecto especial, quer pela organização, que me ensinou a crescer como pessoa, quer por todos os colegas que colaboraram comigo. No entanto, há alturas na vida que temos que fazer opções. Com a mesma responsabilidade que assumi o desafio de fazer parte desta organização, entendo que chegou a hora de “deixar o barco”, penso integrar-me no mundo de trabalho em breve e, desta forma, não terei disponibilidade para assumir o compromisso da mesma forma que o fiz até agora. Anúncio, assim, que não me voltarei a candidatar para o próximo mandato da AEISCAA. Resta-me desejar a todos os alunos um Bom Natal, um Bom Ano Novo e uma boa época de exames, que tenham muito sucesso no vosso futuro. Mais uma vez, o meu muito obrigada a todos os que colaboraram comigo e me apoiaram nos momentos mais complicados, é com muito carinho (e já com saudades) que guardo todos os momentos vividos no ISCA-UA e na AEISCAA. Saudações Académicas.
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Ponto de Vista Prof. Dr.ª Fátima Pinho Presidente do Conselho Directivo do ISCA-UA
Caros alunos: Venho tendo ao longo dos últimos 6 anos o honroso desafio de gerir o ISCA-UA. Trata-se do desafio duma vida, já que desde que assumi desempenhar este lugar tenho-lhe dedicado o meu melhor empenho e energias. A seguir, a pedido da AEISCA, relato os principais desafios passados e futuros. Mas fica no final a nota de que apesar de já muito ter sido ultrapassado persistem dificuldades e que cada um tem um papel a desempenhar para as transformar em oportunidades de melhoria. Houve necessidade de uma atenção redobrada, às vezes nem sempre conseguida, para que os problemas fossem resolvidos. E se digo nem sempre conseguida foi porque ainda no final do ano lectivo 2008/2009 só tardiamente me apercebi que a prossecução de estudos dos alunos das licenciaturas de Finanças e Marketing não estava definida da melhor forma. Não quero com isto dizer que não intervim, pelo contrário. Foi sob proposta minha, que os cursos de Especialização nas áreas atrás referidas foram aprovados em sede de Conselho Científico do ISCA-UA e da Reitoria. Entendo que a resolução dos problemas deve partir de nós e não, desculpem a expressão, empurrar para a frente, uma vez que nós somos a parte interessada no processo. Durante este período alunos me procuraram com o intuito de resolver alguns dos seus problemas, tornando-me, por isso, a sua confidente e alguns casos conselheira. A estes alunos agradeço as confianças que em mim depositaram. Outros houve, no entanto, em que fui ríspida, porque não pactuo com a arrogância, discriminação, má educação, mas sobretudo com a desonestidade e mentira. Entendo que estes seis anos não foram conturbados, porque iria associá-los a uma crise. Direi antes, que foram tempos de grandes alterações a nível do ensino superior, talvez as maiores que o ensino superior sofreu em Portugal. Tomei posse pela primeira vez como Presidente do Conselho Directivo em Julho de 2003 e logo em Agosto o regime das propinas é alterado, o que provocou alguma contestação nos alunos de todo o país. Pergunto quantos de vocês, neste momento, se lembram do valor das propinas antes desta data, porque constato que, agora, a vossa preocupação é o financiamento, ou melhor, o sub -financiamento do ensino superior (mudam-se os tempos mudam-se as vontades). Seguiu-se a adaptação dos cursos a Bolonha. Na reformulação dos cursos de Contabilidade do ISCA, os únicos leccionados na altura, procurou-se corrigir algumas distorções que os anteriores apresentavam e orientá-los para o mercado de trabalho, seguindo sugestões das entidades empregadoras. A diversificação da oferta formativa, com o aparecimento das licenciaturas de Finanças e Marketing, bem assim como os CET's e um pouco mais tarde os mestrados em Contabilidade, permitiu à Escola expandir-se e mais uma vez ajustar-se às necessidades do mercado a montante e a jusante. Apesar de alguma conflitualidade inicial em torno da adaptação do curso de Contabilidade, penso que foi conseguido o que nos propúnhamos atingir. Precisamos, no entanto, do empenho de alunos, docentes e principalmente do MCTES para que a aprendizagem centrada nos alunos seja de facto uma realidade. A alteração do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) trouxe à Universidade de Aveiro uma nova forma organizativa que tem sido implementada ao longo deste último ano. Falta, neste momento, a eleição do Reitor, que deverá estar completada em meados de Janeiro de 2010, para depois seguir a indicação dos novos Directores das unidades orgânicas. Dentro do próprio ISCA-UA inicia-se agora a redacção do Regulamento da Escola onde se vai procurar verter os princípios orientadores do seu funcionamento nos próximos anos. Porém, as alterações não acabam aqui. Já no início deste ano lectivo nova legislação aparece com o objectivo de alterar os estatutos da carreira docente do ensino superior tanto do universitário como do politécnico. Exige-se, agora, em princípio, que os docentes do ensino superior politécnico tenham o grau de doutor ou o título de especialista. Se em relação ao título de especialista se começa a dar os primeiros passos, em relação à obtenção do grau de doutor posso-vos dizer que tem havido toda a dedicação de docentes, da Escola e da Reitoria da UA nesta formação. Assim, quando tomei posse havia apenas dois docentes no ISCA com o grau de doutor (a Profª Virgínia e eu própria). Neste momento somos já 13 e no princípio de 2010 seremos 15. Já nos finais de Outubro nova legislação aparece, obrigando a que todos os cursos, sem excepção, sejam avaliados e acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) para poderem funcionar no ano lectivo de 2010/2011. Este processo vai ter que estar concluído até 5 de Abril de 2010. Mais uma tarefa de algum modo árdua, mas que vai permitir face à própria auto-avaliação dos cursos corrigir algumas distorções. O que fazer a partir daqui? Como podem ver tem sido um período sempre em mudança, que exigiu e exige a participação de todos. O ISCA só ganha se tiver uma AEISCA forte e credível. Estas duas condições são necessárias para que a associação consiga ser o porta-voz dos alunos e ao mesmo tempo disseminador de informação relevante e de práticas construtivas. Justamente, porque este papel socializador da AEISCA não se pode perder, deverão os actuais e futuros eleitos actuar de forma profissional, pró-activa e vigilante relativamente ao quotidiano da Escola. Para o efeito deverão acompanhar não só a actividade dos órgãos de gestão como a dos directores de curso e ainda estimular a autonomia das comissões de curso (constituídas por alunos), para que os problemas sejam atalhados à nascença e para que cada dirigente possa concentrar-se no que é realmente importante. Termino a agradecer os contributos que me foram dando, não só a nível institucional como pessoal. Espero que os alunos continuem empenhados em valorizar a nossa Escola e obtenham os maiores frutos profissionais, sendo que a Escola que conheceram continuará a apoiar-vos no futuro.
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Simulação Empresarial Dr.ª Elda Guimarães
Docente do ISCA-UA
A Simulação Empresarial é uma unidade curricular da licenciatura em Contabilidade ministrada no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA). A sua origem reporta a 1998 e resultou da necessidade, sentida pelo corpo docente, de proporcionar aos diplomados em Contabilidade uma formação global que garantisse a criação e o desenvolvimento de competências, quer de carácter científico ou técnico, quer de carácter pessoal ou social. No plano do ensino superior é fundamental ter em conta as competências, qualificações ou capacidades dos alunos no momento em que entram no mundo do trabalho munidos de um diploma. São essas competências que determinam a forma como se realiza a transição entre a vida académica e a vida profissional. Quanto mais as competências adquiridas ou desenvolvidas corresponderem às expectativas e necessidades efectivas das empresas e dos empregadores, mais facilitada estará a inserção do diplomado, maior a sua auto-confiança, melhor a imagem pública da escola que o formou e maior a satisfação do empregador. Identificado o ponto crucial do projecto, tornou-se essencial definir os objectivos a atingir e a metodologia a aplicar, no contexto de ensino e no âmbito curricular do curso de Contabilidade. Os objectivos foram definidos dentro de três grandes linhas pedagógicas: § Complementar e integrar os conhecimentos curriculares anteriores; § Proporcionar a aplicação de conhecimentos numa perspectiva profissional; § Aproximar os futuros diplomados ao contexto empresarial e dos negócios. Paralelamente, o processo de ensino-aprendizagem devia permitir a concretização de outros objectivos fundamentais para a integração laboral, direccionados uns para a vertente profissionalizante e outros para a área das competências pessoais: § Capacidade de trabalhar em grupo interactivo; § Adaptação ao trabalho em ambiente de pressão; § Reacção eficaz às mudanças na envolvente; § Autonomia de investigação e estudo; § Capacidade de expressão escrita e oral. O modelo pedagógico subjacente à Simulação Empresarial recebeu fortes influências das metodologias PBL (Project ou Problem Based Learning) e utiliza a simulação da actividade empresarial como forma de aproximação à realidade profissional, permitindo, em simultâneo, desenvolver uma intensa interactividade e um alto grau de liberdade de actuação aos participantes. As bases do modelo pedagógico que estrutura a Simulação Empresarial são um amplo, complexo e virtual mercado, no qual um conjunto de empresas – criadas e geridas por grupos de dois alunos – se integram com uma ampla capacidade negocial, tornando as empresas virtuais que gerem na mais importante e dinâmica força de desenvolvimento das actividades económicas e profissionais. O inicio da actividade das empresas virtuais, envolvidas no processo de Simulação Empresarial, ocorre com a atribuição de um conjunto de negócios iniciais, facultado pelos professores, dando assim origem a um efeito dominó que promove o relacionamento empresarial entre todas as empresas virtuais existentes no mercado. A actividade prolonga-se ao longo de um ano virtual, equivalente à conversão de um ano civil em 13 semanas lectivas. Durante este período, cada empresa virtual desenvolve a respectiva actividade económica e cumpre as inerentes obrigações legais e fiscais, tal como qualquer empresa real. Dado que só aqueles que negoceiam podem apresentar trabalho, está lançada a interactividade e estão criadas as condições para que cada grupo seja permanentemente confrontado com uma realidade muito próxima do mundo real, com situações totalmente diversas para cada empresa virtual participante. Assim, e pela primeira vez, os estudantes podem sentir o progresso dos negócios efectuados e as situações típicas da sua actividade profissional, aplicando ainda em situações concretas o conhecimento adquirido ao longo do curso e detectando a existência de falhas em determinadas áreas científicas que têm de colmatar através de pesquisa autónoma, num processo de aprendizagem ao longo da vida que se pretende incentivar. Em termos operacionais, o modelo de Simulação Empresarial baseia-se numa forte infra-estrutura informática, gerida exclusivamente por professores com a colaboração de monitores, que tem como objectivo garantir o fluxo ininterrupto da cadeia de valor no mercado virtual e o acesso a serviços financeiros e institucionais idênticos aos de uma economia real. A avaliação da unidade curricular é efectuada através de relatórios apresentados pelos alunos, de auditorias às empresas virtuais realizadas pela equipa docente e de uma apresentação oral. Os relatórios incidem sobre o enquadramento da actividade económica de cada empresa – legal, financeiro, organizacional e contabilístico – e sobre os respectivos Relatório e Contas, intercalares e finais. A apresentação oral simula uma assembleia-geral de accionistas/sócios para apresentação e aprovação de relatório de gestão e contas. Em funcionamento desde 1998, a unidade curricular está em permanente evolução com o objectivo de captar cada vez mais a realidade que pretende simular e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e informação. Este modelo tem granjeado o reconhecimento e aceitação quer por parte da comunidade profissional, quer por parte da comunidade académica. Tal reconhecimento consubstanciou-se, por um lado, no protocolo estabelecido entre o ISCA-UA e a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, o qual reconhece o aproveitamento nesta unidade curricular como equivalente à realização de um estágio profissional para efeitos de inscrição como TOC. Por outro lado, o reconhecimento académico conduziu à celebração de protocolos de colaboração entre o ISCA-UA e sete estabelecimentos de ensino superior nacionais e dois moçambicanos. A colaboração encontra-se materializada numa rede de Simulação Empresarial, integrada por mais de 620 alunos ou 320 empresas a operar no mercado virtual. Actualmente, encontra-se em estudo um novo alargamento da rede.
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A Importância da Estrutura Conceptual Dr. Sérgio Cruz Docente do ISCA-UA
A 1 de Janeiro de 2010 entrará em vigor, em Portugal, uma nova filosofia contabilística assente mais em princípios do que em regras, incorporada no Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, que corresponde à adaptação pelo Estado Português das Normas Internacionais de Contabilidade que foram objecto de endosso pela União Europeia. Uma das principais diferenças entre o SNC e o Plano Oficial de Contabilidade (POC) reside no surgimento de uma Estrutura Conceptual (EC) no normativo nacional. Das várias definições de EC existentes, destacamos por exemplo a de Tua Pereda (1996): “uma interpretação da teoria geral da Contabilidade, mediante a qual se estabelecem, através de um itinerário lógico-dedutivo, os fundamentos teóricos nos quais se apoia a informação financeira”. Por sua vez, o FASB (1976) define-a como “uma constituição, um sistema coerente de objectivos e princípios fundamentais inter-relacionados que pode conduzir a normas consistentes e que prescreve a natureza, função e limites da contabilidade financeira e das demonstrações financeiras”. Até à entrada nesta nova era, pode-se dizer que no âmbito da contabilidade nacional existia uma EC implícita, dispersa por alguns capítulos do POC em conjunto com o estabelecido na Directriz Contabilística n.º 18 “Objectivos das demonstrações financeiras e princípios contabilísticos geralmente aceites” (a única alvo de revisão em 2005). Nestes documentos constavam os destinatários da informação financeira, os objectivos das demonstrações financeiras (DF), as características qualitativas, os princípios contabilísticos e os critérios de valorimetria. Contudo, esta estrutura apresenta insuficiências, designadamente, a ausência da definição dos elementos das DF, inexistência de critérios de reconhecimento dos elementos das DF e da referência aos conceitos de capital e manutenção de capital. A tudo isto acresce a necessidade de uma revisão dos critérios de mensuração dos elementos das DF. Com a entrada em vigor do SNC, ter-se-á de atender à sua EC, baseada na EC do IASB, tendo-lhe sido introduzida uma alteração que consistiu na inclusão do justo valor como critério de mensuração. Tal como vem definido no parágrafo 2 da EC do SNC (Aviso 15652/2009, de 7 de Setembro de 2009), esta estrutura estabelece conceitos que estão subjacentes à preparação e apresentação das DF para utentes externos, tendo como finalidade “ajudar os preparadores das DF na aplicação das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e no tratamento de tópicos que ainda tenham de constituir assunto de uma dessas Normas; ajudar a formar opinião sobre a aderência das DF às NCRF; ajudar os utentes na interpretação da informação contida nas DF preparadas; e proporcionar aos que estejam interessados no trabalho da CNC informação acerca da sua abordagem à formulação das NCRF”. Assim, a EC compreende os objectivos das DF, os pressupostos subjacentes à elaboração das DF, as características qualitativas das DF, a definição, reconhecimento e mensuração dos elementos das DF (activo, passivo, capital próprio, gastos e rendimentos) e o conceito de capital e manutenção de capital. Sendo a EC um conjunto estruturado e hierarquizado de objectivos e de conceitos inter-relacionados que conduz à elaboração de normas de maior qualidade, porque são mais claras e coerentes, o seu estudo é verdadeiramente importante. Deste modo, considera-se imprescindível que se enfatize, na fase inicial do ensino e aprendizagem da Contabilidade, a EC. O conhecimento por parte dos alunos das matérias tratadas neste documento vai ajudá-los na busca de uma solução – ou da sua compreensão – para os casos práticos que lhes são apresentados nas aulas, bem como, no futuro, pela vida profissional. O processo de registo contabilístico de factos e transacções é influenciado pelo estabelecido pela EC e pelas normas contabilísticas. Quando se pretende efectuar a escrituração comercial tem de se ter em consideração, nomeadamente, a definição dos elementos das DF, o critério de mensuração aplicável, o pressuposto
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A Importância da Estrutura Conceptual Dr. Sérgio Cruz Docente do ISCA-UA
continuação
do acréscimo, a correlação entre rendimentos e gastos e a substância sobre a forma. Atente-se aos dois exemplos seguintes, cuja solução encontramos na EC. Exemplo 1 – A sociedade Transportes Terrestres, Lda. iniciou a sua actividade a 01-10-200(n), tendo incorrido nos seguintes dispêndios para efeitos de constituição: honorários 1.000 u.m.; escritura, registos, publicações e demais formalidades 2.000 u.m. Qual o tratamento contabilístico adequado para o dispêndios incorridos com a constituição da sociedade? Enquanto à luz do POC (critérios de valorimetria, § 5.4.7) tais despesas são reconhecidas como activo na conta “431 – Imobilizações Incorpóreas – Despesas de instalação” e amortizadas no prazo máximo de 5 anos, de acordo com o SNC tais dispêndios não cumprem com a definição de activo que se encontra na EC (§49), pelo que não devem ser reconhecidos como tal. Estes dispêndios são necessários para a empresa iniciar a sua actividade em termos legais, mas não constituem um recurso (económico) controlado e dos dispêndios não se esperam que fluam para a empresa benefícios económicos futuros (BEF); esses advêm do desenvolvimento do negócio. Ora como estabelece a EC (§95) um gasto é imediatamente reconhecido quando o dispêndio não produza BEF. Exemplo 2 – A empresa Gatolândia, S.A., com um negócio altamente lucrativo, criou e registou recentemente uma marca própria para um produto por si fabricado. Qual a solução em termos contabilísticos no reconhecimento dos dispêndios com a marca? A marca cumpre com a definição do elemento activo: é um recurso controlado (em termos económicos), resulta de acontecimentos passados e do qual é expectável que fluam para a entidade BEF. Mas para ser reconhecido com tal, ainda é necessário que preencha os requisitos de reconhecimento de um activo descritos na EC (§87): probabilidade de fluir para a entidade BEF e o activo tenha um custo ou um valor mensurável com fiabilidade. Ora, as marcas geradas internamente, assim como outros itens intangíveis, não cumprem com um dos critérios de reconhecimento dos activos: não são fiavelmente mensurados. Deste modo, a marca criada pela Gatolândia, S.A. não pode ser reconhecida como activo intangível, porque os dispêndios na sua geração não se conseguem distinguir do custo de desenvolver o negócio no seu todo. Deste modo, o dispêndio com o registo da marca, uma vez que não pode ser reconhecido como activo, deve sê-lo como gasto. Apesar de ambos os problemas terem a respectiva solução apresentada na NCRF 6 Activos Intangíveis, não se abordou o seu conteúdo, porque este artigo pretende mostrar que se podem resolver questões contabilísticas tendo por base a EC. Atendendo a um ou outro documento chegaríamos à mesma conclusão, porque a EC constitui um quadro de conceitos de referência e de alicerce à elaboração das próprias normas.
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Cursos de Especialização
Elisabete F. Simões Silva Directora do Curso Especialização em Finança
Caros alunos e leitores: Com a reestruturação do Ensino Superior traduzida no nosso país pelo Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, comummente designada “Processo de Bolonha”, o ISCA-UA reorientou o seu Projecto formativo, tendo como primordial preocupação a definição de uma oferta formativa que correspondesse às expectativas do mercado quer a montante (selecção de um percurso de formação) quer a jusante (procura das entidades empregadoras). Este objectivo, contudo, só pode ser atingido com uma mudança no paradigma de ensino, em que o estudante como sujeito passivo é substituído pelo estudante como sujeito activo da aprendizagem. Há, assim, lugar a um novo modelo de ensino centrado no estudante e privilegiando outras competências que não apenas a memorização, em que é comum dizer que assenta o clássico modelo de ensino superior. Este novo modelo de ensino obriga a uma clara definição dos saberes que se espera que os estudantes adquiram, através de uma combinação de conhecimentos (saber tradicional), competências e aptidões. No contexto acabado de descrever, O ISCA-UA procurou ter sempre uma atitude pro-activa e envolveu-se no desafio desde o primeiro momento. Desta forma, a Escola não só adequou a oferta já existente como avançou com novas oportunidades. A oferta de formação que o Instituto hoje oferece é diversificada, dentro da sua especificidade. Ao nível da oferta de formação pós-secundária profissionalizante curta, o Instituto oferece três Cursos de Especialização Tecnológica (CET): -Banca e Seguros -Organização e Planificação do Trabalho -Técnicas de Gestão de Turismo Ao nível do 1.º Ciclo existem três Licenciaturas: -Licenciatura em Contabilidade -Licenciatura em Finanças -Licenciatura em Marketing Ao nível do 2.º Ciclo estão a funcionar os Mestrados em Contabilidade e Administração Pública, e em Contabilidade, com dois ramos de especialização: -Ramo Auditoria -Ramo Fiscalidade Face à oferta formativa do 1.º Ciclo, impunha-se a criação de dois cursos que permitissem a continuidade de estudos para os alunos que terminam as duas Licenciaturas mais recentes, ministradas pelo ISCA-UA: Marketing e Finanças. Assim, começaram a funcionar muito recentemente dois Cursos de Especialização: -CE de Marketing -CE em Finanças, cujo ano de arranque coincide com o termino do primeiro grupo de finalistas das respectivas Licenciaturas. Quanto ao Curso de Especialização em Finanças, a oportunidade da sua criação centrou-se na oferta de uma continuação de estudos para os alunos que acabam de terminar a licenciatura em Finanças, adaptada ao regime de Bolonha, ministrada pelo Instituto. Constatou-se também, que existem profissionais licenciados em áreas afins (contabilidade, gestão, economia) ou diversas outras áreas das ciências empresariais, que ocupam, ou pretendem vir a ocupar, funções de gestão na área financeira e que com esta pós-graduação podem ampliar os seus conhecimentos em Finanças, contribuindo desta forma para a sua valorização profissional e progressão de carreira. O Curso de Especialização em Finanças é objecto de uma coordenação conjunta entre o ISCA-UA e o DEGEI, e tem como principais objectivos a aquisição e aprofundamento do conhecimento na área das Finanças da Empresa e dos Mercados Financeiros. O programa foi elaborado a pensar em quem pretende seguir uma carreira ao nível das finanças, nas áreas da banca comercial e de investimentos, de gestão de carteiras de investimentos, broking, gestão de riscos, corporate finance, consultoria financeira, entidades reguladoras, imobiliário, leasing, factoring, rating e private equity. Atendendo às fortes exigências impostas a estes profissionais bem como à complexidade e à grande volatilidade dos mercados, a pós-graduação em Finanças proporciona uma formação de carácter profissionalizante exigente que propicia o desenvolvimento das competências críticas ao pleno desempenho de funções técnicas na área das Finanças. Para além da transmissão dos conhecimentos indispensáveis à construção de uma base teórica sólida, é dada uma grande ênfase a aspectos práticos. A diversidade de formação caminha no sentido da excelência, mas exige, consequentemente, um elevado esforço e empenho para que tudo funcione como é desejado por todos os intervenientes no sistema. Não quero terminar sem vos apelar que não esqueçam o conceito de formação e aquisição de competências ao longo da vida, e que a vossa etapa profissional seja uma fonte de sucesso, sendo reconhecidos como profissionais de mérito e fazendo jus à Escola que integram. Quero ainda agradecer todas as iniciativas que a Associação de Estudantes do ISCA-UA possa tomar no sentido da excelência, dando-vos, nomeadamente, os parabéns pela organização das “III Olimpíadas de Contabilidade”. É meu desejo que este tipo de iniciativas se estenda aos restantes cursos ministrados no ISCA-UA. A todos, o meu bem-haja.
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Cursos de Especialização Marketing - 09/10 José Albergaria Director do CE em Marketing
INTRODUÇÃO No ambiente económico, social, político, em que de um modo global e progressivamente mais ligado, trabalhamos e vivemos, num tempo em que, sobretudo, assistimos a profundas e imprevisíveis mudanças de comportamentos nas organizações e nas pessoas, é, por mais e melhores razões, tempo de falar de Marketing, e aplicá-lo. Como uma Filosofia, como uma Atitude, como um conjunto de Ferramentas de Gestão, como uma Arte, ou como uma verdadeira Ciência, quaisquer que sejam as ópticas predominantes, o Marketing vem, paulatinamente, embebendo o quotidiano das organizações, dos países, dos cidadãos, dos lugares, a sua forma de pensar e agir. É por isso mais urgente que nunca, que para o desafio da competitividade que se coloca às empresas nacionais com uma verdadeira orientação para o mercado e de criação de valor para os seus clientes, elas apliquem mais/melhor e interiorizem mais/melhor os instrumentos e as práticas que o Marketing lhes consagra. O ISCA-UA, em boa hora, e há 4 anos atrás, lançou, com o sucesso por todos reconhecido e que os principais indicadores traduzem, a Licenciatura de Marketing. Foi um passo calculado, não isento de risco, mas firme nos propósitos e na ambição. Trata-se hoje de um desafio ganho. Pelos seus mentores e pelos seus protagonistas, órgãos directivos da Escola, professores e alunos. E, “pour cause”, da própria Universidade de Aveiro. OBJECTIVOS A Pós Graduação em Marketing (Curso de Especialização em Marketing) surge naturalmente como o passo seguinte, necessário e precioso. O propósito do curso é, em primeira instância, fazer o upgrading dos princípios, dos conceitos e técnicas fundamentais do marketing de hoje nas áreas relevantes da gestão de marketing, sejam elas centradas no Consumidor, no Valor da Marca, na Distribuição, na Comunicação, no Research e Informação, na Relação de Marketing, ou Liderança na Organização. Numa segunda instância contudo, e não menos importante, é propósito do Curso, criar, incentivar, e estabelecer as condições necessárias para que cada aluno possa construir desde já a postura do marketeer do presente e futuro: educação para a mudança e competição, para a investigação e desenvolvimento, para a decisão sustentada e responsável, para a Ética de Negócio. No Curso, alunos e docentes partilharão casos práticos, desenvolvendo pistas de análise, promovendo-se a auto investigação e a discussão criativa para a tomada de decisões. Objectivo: gostar de conhecer, aprender a conhecer, para decidir melhor. DESTINATÁRIOS O Curso é dirigido a diferentes públicos profissionais ou académicos com funções ou/e interesses na área comercial e de marketing, que, entre outros, podem ser: Recém-licenciados de Marketing ou áreas afins que pretendam complementar os seus estudos com vista a desenvolver maiores competências que promovam a sua entrada no mercado de trabalho Titulares de outras licenciaturas cujas perspectivas actuais ou futuras nas suas funções empresariais, passem pelo contacto ou envolvimento nas áreas comer-cial/marketing/comunicação Quadros empresariais que desempenhem actualmente funções directa ou indirectamente ligadas a relações públicas, vendas, publicidade, serviços de apoio ao cliente, direcção comercial, gestão de produto ou marca, etc. Empreendedores/empresários que desejem ter uma visão mais fundamentada na gestão do seu negócio/actividade PLANO DE ESTUDOS O Plano de Estudos do Curso compreende as seguintes Unidades Curriculares e respectiva carga horária:
Um total de 60 créditos (6 por UC) deverá ser reunido para a obtenção de um diploma/certificado de aprovação CALENDÁRIO O Curso é ministrado em horário pós laboral e está dividido em 2 semestres lectivos: o primeiro, que se iniciou em 2 de Novembro e finalizará em 12 de Fevereiro de 2010; o segundo que terá início em 15 de Março do mesmo ano, e terminará em 19 de Junho.
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Transição das Licenciaturas P/Licenciaturas de Bolonha
Manuel Simões Rodrigues Responsável da Secretaria do ISCA-UA
O Programa do XVII Governo estabeleceu como um dos objectivos essenciais da política para o ensino superior, no período de 2005-2009, concretizando o Processo de Bolonha oportunidade única para incentivar a frequência do ensino superior, melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas, fomentar a mobilidade dos nossos estudantes e diplomados e a internacionalização das nossas formações. Em execução desse compromisso, em Abril de 2005 foi presente à Assembleia da República uma proposta de lei visando introduzir no articulado da Lei de Bases do Sistema Educativo referente à organização do ensino superior as alterações indispensáveis à concretização daquele objectivo A Lei nº. 49/2005, de 30 de Agosto, que alterou a Lei de Bases do Sistema Educativo, consagrou, nomeadamente: A criação de condições para que todos os cidadãos possam ter acesso à aprendizagem ao longo da vida, modificando as condições de acesso ao ensino superior para os que nele não ingressaram na idade de referência, atribuindo aos estabelecimentos de ensino superior a responsabilidade pela sua selecção e criando condições para o reconhecimento da experiência profissional nomeadamente: A adopção do modelo de organização do ensino superior em três ciclos; A transição de um sistema de ensino baseado na ideia da transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento de competências; A adopção do sistema europeu de créditos curriculares (ECTS ─European Credit Transfer and Accumulation System), baseado no trabalho dos estudantes. A análise da experiência europeia mostra que ao 1º. Ciclo correspondem, por norma, 180 créditos, isto é, três anos curriculares de trabalho. Para algumas profissões ─poucas ─são internacionalmente exigidas formações mais longas, correspondentes a quatro, cinco ou seis anos curriculares de trabalho. Contam-se neste grupo, desde logo, aquelas que são objecto de normas comunitárias de coordenação das condições mínimas de formação, onde se incluem os médicos, os enfermeiros responsáveis por cuidados gerais, os médicos dentistas, os médicos veterinários, os enfermeiros especializados em saúde materna e obstetrícia, os farmacêuticos, os arquitectos etc. Por imposição legal todos os estabelecimentos de ensino superior ficaram obrigados à adequação dos programas curriculares. Também por imposição legal a adequação tinha que ser realizada até ao final do ano lectivo de 2008-2009, inclusive. No ano lectivo de 2009-2010, todos os ciclos de estudo devem estar organizados de acordo com o regime jurídico fixado pelo decreto-lei nº.74/2006 de 24 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei nº. 107/2008, de 25 de Junho. No ISCA-UA os alunos que ingressaram no ensino superior no ano lectivo de 2006/2007 já iniciaram a sua formação nas licenciaturas de Contabilidade, Finanças e Marketing adequadas a Bolonha, conseguindo desta forma antecipar em três anos o limite estabelecido por lei, permitindo já termos licenciados de Bolonha com toda a sua formação neste novo modelo de ensino. No ano lectivo de 2007-2008, deixaram de ser leccionadas as antigas Licenciaturas Bi-etápicas, para darem lugar às novas licenciaturas de Bolonha, tendo sido atribuídas as correspondências conforme tabela aprovada pelo Conselho Cientifico do ISCA-UA. Para além desta tabela de correspondências o Conselho Cientifico procurando minimizar os efeitos de uma transição curricular, onde há sempre alguns que ficam mais beneficiados que outros, aprovou normas que permitiram aos alunos que ficaram com mais de duas disciplinas extra-curriculares em suplemento ao diploma, a creditação dessa formação estabelecendo correspondências ad-hoc. Como em tudo na vida nada é perfeito, nenhuma transição pode contemplar o caso especifico de todos os alunos, com percursos académicos muito diversificados, havendo na altura alunos que já tinham apanhado a transição do antigo bacharelato e dos antigos CESES, o que por si tornou o processo de correspondências mais difícil.
Destinos Douro e Ria em reflexão no ISCA-UA Os alunos do Curso de Especialização Tecnológica em Técnicas e Gestão de Turismo do ISCA-UA organizaram no âmbito da disciplina “Gestão e Divulgação de Conteúdos Online” o evento CETUR, composto por duas conferências distintas que decorreram nos dias 29 de Outubro e 5 de Novembro, no auditório do ISCA-UA. Destino Douro foi o tema da primeira sessão, e teve como orador principal o Dr. Nuno Fazenda, Coordenador da Agenda Regional de Turismo - Plano de Acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal e do Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro (CCDR-N), que começou por descrever o panorama geral do Turismo e o seu contributo para a economia nacional e mundial, prosseguiu focalizando a região do Norte, descrevendo a estrutura da CCDR-N, o seu funcionamento, os projectos que decorrem com o apoio da entidade. Concluiu referindo todas as potencialidades da região do Douro como destino turístico e como está a ser promovido para que se torne um destino de excelência junto do turista nacional e internacional. No final os presentes puderam degustar um copo de Vinho do Porto, como não poderia deixar de ser. No dia 5 de Outubro teve lugar a segunda sessão com o tema “Destino Ria” que contou com a presença de Dr. Artur Jorge Almeida, Técnico Superior da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, onde exerce actualmente funções de Gestor do Produto Touring Cultural e Paisagístico como orador principal. A estrutura da entidade encontra-se actualmente numa fase de reestruturação, apostando nesta fase inicial na promoção dos principais produtos turísticos que a região detém associados à ilustre Ria de Aveiro. Descreveu também a necessidade na aposta para a formação de profissionais na área do turismo tão solicitada pelas diversas entidades da região. Fechou a sessão referindo a importância das novas tecnologias para a divulgação do Turismo do Centro de Portugal. Os ovos-moles, típicos da região, foram a iguaria reservada para o término da sessão. Importa salientar o apoio de Delta Cafés, Caves da Montanha, Jardins Boavista e Makro para a concretização do evento.
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OLIMPÍADAS
Fábio dos Santos e Nuno Silva Comissão Organizadora das III Olimpíadas de Contabilidade
Decorreu durante os meses de Outubro e Novembro deste ano, mais uma edição das Olimpíadas de Contabilidade, desta vez a sua 3.ª edição. Iniciada no ano lectivo de 2006/2007, esta iniciativa organizada pela AEISCAA e contando com o apoio dos órgãos de gestão do ISCA-UA, tem por objectivo estimular e premiar os melhores alunos de contabilidade a nível nacional e, simultaneamente, visa contribuir para a divulgação da importância social da disciplina contabilística, bem como para o reconhecimento social dos seus profissionais. Constituída por 2 provas, a de eliminatórias, em que são apurados os 2 melhores classificados de cada instituição de ensino superior participante, e a final, que traz ao ISCA-UA os 2 melhores apurados de cada instituição para assim apurar os 3 melhores nacionais, esta é uma iniciativa que de muito trabalho necessita, mas que também grandes alegrias dá. É compensador, para nós que fizemos parte da Comissão Organizadora e para a AEISCAA, ver reconhecidos os nossos esforços de 6 meses de trabalho na preparação desta iniciativa por parte de todas as instituições participantes. E não foram poucas. Cerca de 32 alunos de 16 instituições estiveram presentes na final no dia 7 de Novembro, vindos de Mirandela, Porto, Setúbal, Peniche, Leiria e muitos mais lugares. Foi um dia de grande esforço, para os alunos que fizeram uma prova de 2h30m, mas também de alegre convívio para todos os participantes e convidados. Depois da prova e de um almoço com todos, uma pequena cerimónia informal no auditório do ISCA-UA encerrou um dia que correu muito bem e que, mais uma vez, reconheceu o trabalho desenvolvido pelo ISCA-UA, pelos seus docentes, pelos seus alunos e pela AEISCAA em prol da contabilidade a nível nacional. Agora basta esperar pela saída dos resultados e esperar que o ISCA-UA se classifique em primeiro lugar tal como conseguiu até agora. Para mais informações sobre esta iniciativa, não deixem de consultar o site da AEISCAA. Como Comissão Organizadora das III Olimpíadas de Contabilidade, não podíamos deixar de agradecer a todos os envolvidos nesta iniciativa pelo apoio que nos deram, mas gostaríamos de deixar um especial obrigado para o Professor Domingos Cravo, presidente do Júri das Olimpíadas, para a Professora Carla Carvalho, docente responsável pelas Olimpíadas, e para o Rui Coutinho, um dos fundadores das Olimpíadas e grande amigo que muito nos ajudou. Para todos eles e todos os outros o nosso muito obrigado e que para o ano haja mais.
Dá Continuidade à tua Formação, Não Pares!
Nuno Silva Licenciado em Contabilidade
Caros Colegas, É com muito agrado que vos transmito neste artigo, a minha experiência relativa à minha inserção no mercado de trabalho. Aproveito a oportunidade também para falar um pouco sobre a licenciatura de contabilidade. A reestruturação do curso para o modelo de Bolonha, na minha opinião, acrescentou aspectos positivos e outros negativos. É reconhecido por todos que se tratou de um processo de reestruturação pedagógico muito acentuado e que as mudanças acarretam sempre pontos a corrigir. Será certamente necessário alterar alguns aspectos relativos a esta mudança, para que a formação seja melhorada, de modo a facilitar adaptação ao mercado trabalho. Foi com muito orgulho que fiz parte da Direcção da Associação de Estudantes do ISCA-UA, que me permitiu contactar com outras Instituições de ensino e obter o conhecimento de como o “NOSSO ISCA” anda sempre um passo à frente, não menciono isto por ser aluno do ISCA-UA, menciono por ser um facto, uma realidade, como exemplo, a formação já iniciada em 2006 no ISCA-UA do novo sistema de normalização contabilística, que entra em vigor no próximo ano. Relativamente ao meu ingresso no mercado de trabalho, a área contabilística obriga a uma actualização dos nossos conhecimentos de forma contínua, ainda para mais, nesta fase de mudança no âmbito contabilístico nacional. Será sem dúvida uma grande oportunidade para muitos, um factor de motivação para a geração que acaba as suas formações, uma vez que no mercado de trabalho irão existir bastantes oportunidades. Para isso será necessário, na minha opinião apostar na formação e ter a capacidade de adaptação a uma nova realidade. Existem frases que nos ficam na memória, onde partilho convosco uma do Prof. Domingos Cravo, numa conferência que se realizou no ISCA-UA, onde o mesmo referiu, “ na contabilidade mais importante do fazer e saber lançamentos é a capacidade de extrair a informação que temos do documento que está à nossa frente e o impacto que isso tem nas nossas demonstrações financeiras”. Esta frase é sem dúvida um paradigma da nossa profissão, demonstra a experiência que retiro até aos dias de hoje, que a profissão contabilística é bem mais do que simples lançamentos e com todas as alterações que vão decorrer no âmbito contabilístico nacional, cada vez mais sentido faz esta expressão. Por último, desejar toda a sorte do mundo para os colegas que agora iniciam a sua vida académica, a nível superior, e para os colegas que ingressaram no mercado de trabalho. BOA SORTE!
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... Adquirir Competências de Forma Contínua...
André Bastos Licenciado em Finanças
Caros colegas, Foi com grande satisfação que atendi ao pedido da Associação de Estudantes do ISCA- UA, para escrever um artigo sobre a minha inserção no mercado de trabalho enquanto recém- licenciado da licenciatura de Finanças. Antes de escrever sobre a inserção no mundo de trabalho, quero escrever um pouco daquilo que é, ou melhor, que foi a licenciatura de finanças, na minha óptica, ao longo dos três anos que passaram. Posso dizer que foi uma licenciatura que, para os primeiros anos vida, ultrapassou as minhas expectativas, não só pelo plano curricular apresentado, mas essencialmente pelos docentes que o aplicaram. Tive a felicidade de ao longo dos três anos, “apanhar pela frente” um corpo docente competente, e altamente qualificado para a transmissão de conhecimentos. Alguns colegas terão uma opinião diferente, mas como eu frisei no inicio, isto é uma opinião pessoal. Muitos são aqueles que perguntam, se aconselho a licenciatura de finanças ministrada no ISCA-UA, ao que eu respondo sempre e com toda a convicção “SIM”, e porquê? Muito simples, porque eu, enquanto aluno erasmus e mais recentemente enquanto estagiário do Grupo Caixa Geral de Depósitos, convivi e convivo com outros alunos da área de Finanças, Gestão, Economia, de Universidades como a NOVA de Lisboa, ISCTE, ISEG e FEP, e acreditem que eu não estava nem estou nada atrás no que diz respeito a conhecimentos sobre os variados assuntos que a área abarca, aliás, até estava/estou em algumas situações, melhor preparado para fazer face a determinadas situações, com as quais os meus colegas nunca se tinham deparado. Tudo isto, para tranquilizar todos aqueles, que já frequentam a licenciatura e também os que pretendem vir a frequentar, que se trata de uma boa licenciatura ministrada por uma instituição com toda a credibilidade. No que respeita à inserção no mundo de trabalho, nos tempos que correm, sente-se cada vez mais a necessidade de novos conhecimentos, ou melhor, de novas competências para a realização, não de determinadas tarefas, mas de todas as tarefas. E isto é importante que fique retido, porque no mundo profissional de hoje, não chega saber fazer uma determinada função, é imperativo ser polivalente e multifacetado, portanto todo o conhecimento que se possa adquirir será uma mais-valia, mas irá ser sempre muito pouco, para um mundo que está em constante evolução e ebulição, e onde a concorrência por um posto de trabalho é feroz. Outro ponto importante, tem que ver com a postura que se tem perante o empregador, isto é, não é pelo facto de se ter uma licenciatura que se é melhor ou mais capacitado que alguém. Há que ser humilde, porque senão a porta de saída abre-se mais depressa que a porta de entrada. Falando mais concretamente da minha “experiência”, eu considero-me um afortunado, pois apesar de ter concluído a licenciatura de finanças com a melhor média do curso, tive a felicidade de me candidatar unicamente ao estágio da Caixa Geral de Depósitos, e após todo o processo de entrevistas, ser seleccionado para frequentar o programa de estágio no maior e melhor banco português. Portanto, não sei se serei o melhor exemplo para expressar aquilo que é a procura activa de trabalho/emprego, mas posso dizer que tive sorte, mas também trabalhei muito para ter essa sorte. E esse é o factor principal, pois quem se esforça e se empenha em prol de objectivos, mais cedo ou mais tarde, acaba por ser recompensado. Até ao momento, o meu estágio está a correr muito bem e se tinha dúvidas se queria exercer uma actividade na banca, essas dúvidas dissiparam-se, pois sinto-me bastante apoiado, trabalho em conjunto com uma equipa de profissionais altamente competentes e tenho desenvolvido novas competências, assim como posto em prática competências adquiridas durante a licenciatura. “No mundo actual não se pode ficar parado, compete-nos a nós adquirir competências de forma contínua, para podermos inserir-nos e permanecermos no mundo de trabalho”
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Licenciado em Marketing! E agora? Vitor Martins Licenciado em Marketing
Passaram três anos desde que os primeiros alunos entraram numa sala de aula do ISCA para terem disciplinas da Licenciatura em Marketing. Foi um momento marcante na história da escola, mas foi um momento muito mais marcante para os alunos. "O primeiro passo para a minha carreira profissional", terão pensado muitos. Puro engano. O primeiro passo de uma carreira profissional dá-se lá bem mais atrás, quando por volta dos 15 anos se decide o rumo a tomar no 10.ª ano de escolaridade (nada que seja irreversível). A verdade é que não é uma Licenciatura que define o percurso profissional de alguém. Faz parte, mas não define. Centremo-nos no presente (dos recém licenciados em Marketing) e façamos uma pequena reflexão sobre o que espera um licenciado em Marketing (e os outros). A primeira questão que se coloca a um recém-licenciado) não "E o futuro?", mas sim o "E agora?". Agora é hora de tomar uma grande decisão sobre se existe a maturidade, o conhecimento e a vontade suficientes para entrar no mundo do trabalho ou se é preferível complementar a formação académica. Acabar um curso com 21 anos de idade (regra geral os cursos Pós-Bolonha terminam-se com essa idade) é sinal de sucesso académico, mas pode também ser sinónimo de falta de maturidade para abraçar as responsabilidades profissionais. No mundo profissional os erros pagam-se caros e não existem grandes espaços para falhar. As pessoas são avaliadas pelo seu desempenho (tal como no ensino), mas os erros tem um preço muito mais elevado. No que se refere aos factores "conhecimento" e "vontade", o segundo é muito mais importante do que o segundo. O conhecimento adquire-se com vontade, mas a vontade não se adquire de forma alguma, ou se tem ou não há nada a fazer. Assumindo a escolha pelo imediato inicio da carreira profissional de Marketeer(os estudos prosseguem-se mais tarde se for necessário isto não é uma sugestão), existe uma decisão para tomar: PME's ou grandes empresas?. A escolha não é fácil, mas eu que já levo alguns anos no mundo profissional (os estudos ficaram para mais tarde); defendo as grandes empresas para quem está a começar numa área tão particular como o Marketing. A questão é simples, ou se vai para uma grande empresa (onde a estrutura é muito maior e mais "protectora") e se é inserido num departamento com muitas pessoas e muito mais conhecimento ou se vai para uma PME (em especial nas "Pequenas") onde o departamento de Marketing (se existir) muitas vezes é o nome do departamento comercial, o conhecimento é diminuto, o Marketing é despesa e a protecção é muito menor. Bem sei que, todos ambicionam ser Directores de Marketing (eu também), mas não se sobe ao topo sem subir os degraus do primeiro andar (alguns apanham elevadores, mas quando chegam lá acima nem sabem onde estão). É importante ser ambicioso, mas a ambição é apenas um combustível, não nos podemos esquecer que somos uma viatura (com defeitos e qualidades - reconhecer umas e outras é a maior das qualidades). Independentemente da escolha (PME ou grande empresa), há uma frase que vão ouvir muito nas primeiras entrevistas e outra que pouco vão ouvir (para desgosto de muitos). A frase mais ouvida vai ser "Não tem experiência". É normal. Se ninguém arriscar a primeira vez em dar-vos (palavra desajustada - o emprego não é dado, é conquistado) um emprego, jamais irão ter experiência. Não é dramático, mas vai acontecer muitas vezes. O que não vão ouvir com muita frequência é qualquer coisa do género "A média é muito baixa" (será que os alunos de Marketing não tem médias baixas?). É normal. As empresas valorizam muito mais outras coisas para lá da média. Ocupação de tempos livres, associativismo, Erasmus, cargos de treinador ou arbitro, dirigismo,... Tudo isto são factores extremamente importantes (mais do que a média) que permitem conhecer muito de uma pessoa (capacidade de liderança, capacidade de arriscar, espírito de equipa, companheirismo,...). Para aqueles que terminaram a Licenciatura em Marketing não há muito tempo para estas temáticas (a não ser para a próxima entrevista), mas para quem inicia agora o curso, fica a sugestão: Apostem em vocês! Complementem a vossa formação académica. Não é o curso em primeiro lugar! São vocês em primeiro lugar! Os que agora acabaram, os que o vão fazer em breve e os que agora iniciam o curso são um produto da escola, do ensino, dos professores, mas
Hugo Garcia e João Metelo de Figueiredo Estudantes de Finanças em Varsóvia - Polónia
ERASMUS
Saudações a todos os iscaenses e estudantes da Universidade de Aveiro em geral Estamos a escrever – vos directamente de Varsóvia, capital do maior País da União Europeia que é a Polónia. Sem referir pormenores, falaremos deste programa (ERASMUS), como uma experiência inigualável, que se resume neste sentimento comum que estamos a viver. Erasmus, para muitos é ainda uma palavra, para outros uma cultura, uma forma diferente de encarar a vida. No início quando pensamos, é difícil encarar a despedida, contudo é saudável pensar na possibilidade de crescermos, conhecer uma cultura diferente. O início será a despedida de Portugal(?) ou a chegada ao país acolhedor(?). É a saudade do que tínhamos ou alegria de ver algo novo, virgem, encantador e desafiante. Tudo o que contemplamos é um pouco estranho mas transmite-nos uma sensação de despique, para ir à luta, não baixar a guarda, não deixar a nossa mente travar-nos, porque temos algo que nos prende na nossa cidade. É o espírito da aventura que muitos jovens precisam, para deixarmos de ser tão laissez-faire. Erasmus prova-nos o valor das nossas ligações, a importância da família, dos amigos, de tudo o que a vida tem para nos dar e que muitas vezes tende a perder o brilho. Sem um porto seguro, sem as ajudas que teríamos no nosso país, sentimo-nos obrigados a eliminar as nossas lacunas rapidamente para sairmos cada vez melhor de qualquer situação exigente. Para quem deseja saber o que é realmente partir, é um pouco de tudo e de nada, é um vazio e muitas alegrias, é uma mistura de culturas, costumes diferenciados que temos de entender e respeitar. Torna-nos pouco a pouco, um fragmento de vários amigos estrangeiros, sem deixar-mos de ser aquilo que éramos antes da partida. Um abraço com saudade dos vossos colegas que nunca vos esquecem.
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PRAXES
Mestre Fábio Krouch
Saudações caro(a) leitor(a). Quando me pediram para escrever um texto sobre a praxe para o INFO.ISCAA, a minha intenção inicial seria a de escrever um texto não muito longo, coisa de página e meia a duas páginas, mas de grande inspiração. Desejava eu escrever um texto carregado de sentimentos e de opiniões sobre uma praxe “como a de antigamente” que exaltasse o espírito de caloiros e Doutos Veteranos, revolvesse as suas almas e fizesse a praxe iscaense brilhar e trilhar o seu caminho até ao topo das tradições e espíritos académicos. Mas hoje não estou com vontade para escrever isso. Hoje, decidi escrever este artigo em forma de desabafo e de estórias. Falar sobre um pouco do que me apetecesse. Quem me conhece, sabe que eu não ando nisto das praxes há tanto tempo assim, mas sempre tive um gosto especial por isto. É que a mim, ninguém me põe na cabeça que isto não é o ideal para gente tímida e que chegue a uma cidade nova sem conhecer ninguém. Por isso, quando me falam em praxe, claro que a palavra que vem logo associada é “integração”. Mas isso já toda a gente sabe claro. Toda a gente já ouviu ou leu isto. Mas já pensaram mesmo no que isso significa? Vejamos. Um aluno chega ao Ensino Superior, é colocado numa turma de 30, 40 pessoas, vai a alguns jantares de turma e conhece mais meia dúzia de pessoas, encontra alguns amigos lá da terra que lhe apresentam mais outra meia dúzia, e, mais encontro, menos encontro, talvez ao final de um ano conheça, e com muita sorte, 80, 90 pessoas (Hi5, Facebook, Twitter e demais não incluídos e contados separadamente). Isto seria a vida social no Ensino Superior sem praxe aos caloiros. Agora com praxe. O aluno chega ao Ensino Superior e… pára! Ainda antes de conhecer a turma já está a ser praxado. E não é só ele. É ele e mais 150 caloiros. Ninguém se conhece e já são obrigados a conviver, nos primeiros dias, entre 6 a 10 horas diárias. O dia todo a levar na cabeça, a estar sentado, de pé, de joelhos, de 4 invertido, de 4, todos juntos. Todos os caloiros têm uma placa com um número, mas o aluno que chegou agora já conhece outros como ele. E não são só os da turma. Nem sequer houveram jantares ainda. E ainda não teve tempo para encontrar os colegas lá da terra. No entanto, entre conhecidos de quem sabe o nome e aqueles a quem cumprimenta e dos quais só conhece o número de caloiro, de certeza que já chegou e passou o limite das 80, 90 pessoas que levaria um ano a conhecer sem praxe. E ainda pode aproveitar as outras técnicas para conhecer pessoal. Sobre isto, não me apetece falar mais por hoje. Ocorre-me agora falar sobre o que é ser um Douto Veterano. Muita gente pensa que Douto Veterano é aquele que foi praxado, baptizado e agora praxa caloiros. Isso é uma descrição muito superficial do que é um Douto Veterano. Ponto essencial logo à partida: um bom Douto Veterano foi um bom caloiro. Um bom Douto Veterano foi aquele que sentiu na pele o que é ser praxado, mais, que gostou de ser praxado. Sem ser arrogante ou se armar no herói da malta, respeitou os Doutos Veteranos que o praxaram, e obedeceu às suas ordens sem vacilar. Divertiu-se com os restantes colegas, ganhou espírito de camaradagem e sentiu que estava a fazer parte de algo maior do que ele. Parte de uma “família”. Claro que ao início sentiu medo. E até se sentiu tímido ou desencorajado a ir mais além e participar nas praxes. Mas superou tudo isso porque queria fazer parte da “família”, porque sentiu que era seu dever e direito fazer parte da “família”. Um bom Douto Veterano quando se torna Douto Veterano, tem sempre meia dúzia de pensamentos na cabeça: as coisas que fez com mais meia dúzia de colegas quando era caloiro, em que todos estavam amedrontados ou receosos e que agora parecem brincadeiras de criança e coisas de rir só de pensar que tinha medo; o sentimento de que agora faz parte da “família” e que pode tratar de igual para igual, com o devido respeito claro, aqueles que o praxaram; o orgulho de poder usar o traje académico sabendo que sentiu o que ele representa e que o vai usar com todo o respeito e honrá-lo sempre; a vontade de ajudar a que outros caloiros ganhem o mesmo espírito que ele ganhou e se tornem também parte da “família”, e além destes e muitos mais pensamentos que lhe rodeiam a mente, um que fica lá sempre alojado num cantinho, a saudade de ser caloiro. A saudade de chegar a casa cansado, exausto, cheio de substâncias das quais ele desconhece a origem, sem saber se é ele mesmo que está por debaixo daquela mistela, sem voz na garganta e com os joelhos bem doridos, mas com um sorriso nos lábios porque foi um dia de diversão como não existem outros. Bem, este texto está a ficar muito comprido e daqui a pouco é hora de eu ir dormir por isso fico-me por aqui hoje. Parece que desta vez fica só o desabafo e a estória fica para outro dia. Caro(a) leitor(a), encontramo-nos por aí. Às Quartas-feiras no ISCA-UA pode ver-me trajado, pois claro. Sou aquele com a moca na mão, o tal “grande, mau e de barba” como dizem os caloiros. Até lá, os meus cumprimentos.
...Praxe não é humilhação...
Miguel Alexandre Nunes Cabral Caloiro 01
Mais um ano lectivo… mas este muito diferente, uma nova vida, numa nova cidade com novos hábitos… ISCA u.a no horizonte com o 1ºdia das “famosas” praxes de que tanto se fala. O nervosismo miudinho e um cheirinho a ansiedade está no ar, toda a caloirada unida num único grupo. Começa a ser-nos passada a mística da praxe, os seus cânticos, o tão importante espírito de equipa e o amor pela “camisola”. Surgem as 1ªas conversas, as 1ªas impressões e as construções de amizades algumas das quais para toda a vida. A fase de integração não é fácil, mas passada uma semana de praxes já tudo se torna tudo mais simples, o jantares com veteranos e caloiros, as noites temáticas onde a animação é permanente como a noite do “bucha e estica” a do pijama, a do “bigode e da mini-saia”, o divertimento de quem participa é geral, e são este tipo de momentos que nos marcam, e mais um exemplo disso é o dia da passeata nocturna, os veteranos trajados a nossa lado enquanto cantamos pela cidade é de facto algo único e só quem lá está sente isso. A rivalidade entre ISCA e outros cursos da ua é normal e amigável também onde a nossa grande diferença é que o ISCA é um todo, trabalha em equipa sem distinção de cursos o que é de facto muito bom, os amigos tornam-se tantos… e a escolha dos padrinhos/madrinhas surge naturalmente, e eles que tanto nos ajudam nas nossas duvidas, nos aconselham, etc. Como caloiro um obrigada a todos os da ae que tantas horas perdem em organizar eventos para a nossa organização, um obrigada a todos os veteranos que nos ajudam. Acima de tudo a praxe não é humilhação é integração.
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Bruno Lopes
PRAXES
Praxes…o que seria a vida académica, ou melhor, o inicio desta, sem umas boas praxes? Com certeza seriam tempos vividos com mais calma, mas com muito menos diversão também. As praxes têm um papel principal na integração dos caloiros na comunidade académica. Tanto mais para caloiros como eu, que não são de Aveiro e que a partida não conhecem ninguém na cidade. Os primeiros dois dias de praxe organizada foram um choque com a dura realidade de ser um caloiro no ISCAA, mas foi apenas a impressão inicial. Talvez por nunca ter sido caloiro e de não fazer ideia de como eram as praxes, e também porque em Lisboa, a minha cidade, as praxes não são vividas tão intensamente como aqui. Guardo muito boas recordações dos meus dias de praxe, das festas que praticamente aconteciam todas as noites, do convívio com os caloiros, com os doutos veteranos. Foi uma experiência que vou guardar com saudade. Apesar de ser aluno nocturno, consegui participar em todas as praxes organizadas, porque ainda não estava a trabalhar na altura. Mas pelo que me apercebi ninguém mais do regime nocturno participou nas praxes, nem nas festas organizadas pela competente AEISCAA. As praxes foram óptimas para conviver e conhecer todos os caloiros, mas quando as aulas começaram, apercebi-me que não conhecia ninguém. Porque a adesão dos alunos nocturnos a praxe é muito baixa. Apenas deixo um apontamento sobre a inclusão dos alunos nocturnos nas praxes. Na minha opinião, não há mais adesão às actividades e festas organizadas por parte dos alunos nocturnos, porque a informação não nos chega. Acho que todas as actividades, deveriam ser amplamente divulgadas, tanto aos alunos diurnos, como aos nocturnos, o que na minha opinião não acontece, e talvez essa seja uma das razões porque não existe uma maior participação. Bom para finalizar apenas um OBRIGADO à AEISCAA que nos têm proporcionado um ambiente óptimo de integração no espírito do nosso ilustres Instituto!
Entre(vistas) Nome: Daniela Lourenço dos Reis Santos Bicho N.º: 108 Curral de onde vem: Pataias, Alcobaça Curso que tenta frequentar: Contabilidade 1. Descreva a praxe em 3 palavras: Integração, diversão e entusiasmo. 2.Qual foi a actividade que mais gostas-te até agora? Porquê? Casco Paper . Foi através do mesmo que conhecemos Aveiro, e tambem pela integração entre caloiros. 3.Que actividade gostarias de fazer durante a praxe? “Dizem que a união faz a força”, portanto, na minha opinião deveríamos ajudar o meio ambiente ou os mais necessitados. 4. O que estás a achar das festas de integração para os caloiros? Estou a gostar. É sempre positivo. E as festas como são temáticas, existe mais oportunidade para uma melhor integração. Tanto com caloiros, como veteranos.
Nome recebido pelos progenitores: Carolina Rosinha Martins Bicho N.º: 63 Curral de onde vem: Águeda Curso que tenta frequentar: Finanças 1. Descreva a praxe em 3 palavras: Divertida, Integração e novidade 2. Qual foi a actividade que mais gostas-te até agora? Porquê? Casco Paper, com esta actividade comecer a conhecer melhor os outros caloiros. 3. Que actividade gostarias de fazer durante a praxe? Festa temática: Laço 4. O que estás a achar das festas de integração para os caloiros? Gostei e continuo a gostar, pois como algumas são temáticas, conseguimos nos divertir em conjunto e a integração também se faz na noite.
Nome recebido pelos progenitores: Paulo Cardoso Bicho N.º: 135 Curral de onde vem: Esgueira, Aveiro Curso que tenta frequentar: Marketing (Regime Nocturno) 1. Descreva a praxe em 3 palavras: Divertida, Conservadora e educativa. 2. Qual foi a actividade que mais gostas-te até agora? Porquê? A Festa do Pijama porque tinha muita criatividade e houve muita integração. 3. Que actividade gostarias de fazer durante a praxe? Como estou em regime nocturno, experimentar tudo. 4. O que estás a achar das festas de integração para os caloiros? Aquelas que fui ( Festa do pijama e Passeata Nocturna) foram muito integrativas, o que é essencial para que as pessoas se sintam bem e situadas.
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Andebol 2009/2010
João Marques
Cada vez mais, esta modalidade tem crescido dentro do ISCA-UA, com uma afluência muito grande aos treinos. O ambiente tem sido muito bom, entre todos os atletas. Brevemente teremos dois torneios, Torneio Amizade do Centro (ISCA-UA vs ISCAC) e Torneio Amizade (ISCAUA vs ISCAL). Grande companheirismo é o que predomina neste núcleo, por isso se queres aprender a jogar e divertir-te, junta-te à família do andebol, com treino á segunda-feira das 23h ás 24h. Aparece. Saudações Académicas.
Basquetebol
José Santiago e Ricardo "30" Almeida
Aveiro é sobejamente conhecido pelos canais, pelas salinas, pelos moliceiros, pelos ovos-moles, pelas tripas e também por ser o distrito em que o basquetebol não se joga, vive-se e respira-se. Quem teve a oportunidade de competir numa, ou contra uma, equipa do distrito certamente terá notado na garra e na paixão sem igual que os jogadores carregam consigo e levam para o campo, é isso que nos torna únicos. No distrito de Aveiro, o basquetebol é o desporto Rei. É este o espírito que queremos que o Núcleo de Basquetebol do ISCA-UA transpareça, embora nos últimos tempos não tenham sido os melhores para o mesmo. Mas este ano o Núcleo tem um coordenador novo, Scooby para uns, Santiago para outros (e José Figueira para o B.I.), que chegou com um projecto sólido, inovador e bastante ambicioso, que tornará a equipa mais motivante e atractiva para todos os potenciais praticantes. Não vamos esconder que as coisas não estão como gostaríamos, nem que não estamos a passar por dificuldades, portanto vamos ser o mais francos possível: queremos que vocês todos, que gostam de basquetebol, que já o viveram, que já o experienciaram, ou que tenham curiosidade/vontade de o vir a fazer, se juntem a nós! Basta ter vontade e saber o que é uma bola, porque mais importante que o talento é a dedicação e o espírito que nos caracteriza, e esse espírito é mais forte do que tudo. Podemos mesmo dizer que um dos grandes objectivos da equipa passa pela convivência e criação de laços que fortalecem qualquer equipa, estando por isso mesmo previsto, entre outras coisas, a organização de (pelo menos) um jantar por semestre, para todos os membros do Núcleo. Este ano a equipa vai marcar presença em três competições diferentes, a Taça Centro (que se disputará em breve, ainda que em data incerta), a Taça Amizade e o Inter-Iscas. Pelo que é importante começar desde já começar a construir uma equipa, é importante que vocês se juntem a nós, com a garantia de que não se arrependem, só pedimos dedicação, em contrapartida oferecemos bons momentos e divertimento. Apareçam todas as quartas-feiras no Pavilhão D. João Afonso pelas 22:30, venham vocês para jogar, para berrar, para cantar, para apoiar, simplesmente venham, queremos o Pavilhão cheio, queremos-vos no Pavilhão. Contamos com vocês.
Futsal Feminino Começamos por dizer que é com grande satisfação que escrevemos um artigo para o INFO.ISCA, uma vez que somos novatas neste tipo de iniciativa. Foi com grande prazer que assumimos este cargo, que anteriormente fora tão bem representado pela Cidalia e pela Xana. Cabe-nos a nós, agora, representar o futsal feminino do ISCAA tão bem como elas representaram, uma vez que depositaram em nós grande confiança para a representação do mesmo. A equipa é constituída por 17 jogadoras, desde veteranas a caloiras, e não podemos deixar de referir que a adesão por parte das caloiras foi surpreendente. É então necessário que a comparência aos treinos aumente, para que possamos tornar a equipa ainda mais forte e equilibrada. O objectivo principal será obviamente a conquista de títulos, assim como, fazer com que o ISCAA se destaque perante os seus adversários e obtenha muitas e muitas vitórias. Contudo, queremos reforçar a ideia de que não estamos ali só para jogar, que o espírito de equipa e a união entre as jogadoras, acima de tudo, fazem com que estas vitórias se tornem possíveis. Pela frente temos o campeonato da Taça UA, mais uma aliciante competição na qual nos inscrevemos e temos como objectivo o primeiro lugar. Temos também alguns torneios organizados pelos restantes ISCA's e como não poderia deixar de ser, o famoso INTER-ISCAS, que este ano será realizado na nossa Cidade. Resta-nos agora pedir a todos os alunos do ISCAA que estejam atentos ao mail, ou que procurem saber quando são os nossos jogos para que com todo o apoio oferecido possam ver as 'suas' meninas brilharem. Agradecemos a AEISCAA todo o apoio para com o futsal feminino. Saudaçoes Desportivas.
Joana Campos Sandra Dantas
Horários
Modalidade
Dia da Semana
Horário - Local
Quarta-feira
22h30m/24h – Escola João Afonso
Segunda-feira
22h30m/24h – Escola João Afonso
Segunda-feira
– 23h15/00h15– Escola José Estêvão (Allavarium)
Terça -feira
19h30m/20h30m – Aristides
Terça -feira
22h45m/23h45m – Escola José Estêvão (Allavarium)
Quinta-feira
21h/22h – Escola João Afonso
Quarta-feira
20h45m (ISCA) ou 22h (Bustos)
Basquetebol (Masculino e Feminino)
Voleibol (Masculino e Feminino)
Andebol (Masculino)
Squash (Masculino e Feminino)
Futsal (Masculino)
Futsal (Feminino)
Futebol de 11 (Masculino)
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INFO-ISCAA Dezembro de 2009
Futsal Masculino
Vita Malonga Internacional Angolano de Futsal e Atleta do Beira Mar Sport Clube
Caros, colegas, o primeiro fim de uma Universidade, que vem expresso na Lei nº 108/88, de 24 de Setembro, é a formação humana. A formação humana não se restringe apenas a códigos e livros, podemos ir mais além, sem falar nos benefícios para a saúde, a prática desportiva contribui saudavelmente para a formação humana incutindo espírito competitivo, entre ajuda e tolerância nos seus praticantes, dando motivação e responsabilidade a volta de objectivos comuns, regendo se por normas de ética desportiva e ajudando a desenvolver as nossas capacidades de liderança. Todos estes factores serão importantes na nossa carreira profissional, portanto não devemos descurar o desporto como parte complementar da nossa formação acadêmica. A Aeiscaa proporciona treinos semanais durante todo o ano lectivo em diversas modalidades aberto a todos os alunos da isca, temos uma competição saudável no torneio inter-cursos masculino e feminino de futsal com os nossos colegas do “outro lado da estrada” e ainda torneios internos organizados pela Aeiscaa ao longo do ano. Este ano cabe-nos a organização do torneio inter-iscas, pelo que deveria haver uma melhor preparação da parte de todos que queiram participar nas diversas modalidades em representação do Isca, para podermos competir de igual para igual com os nossos colegas do Porto, Coimbra e Lisboa. Em relação ao futsal, existem também treinos semanais divulgados nos locais apropriados e abertos a todos os que queiram aprender mais sobre este jogo de inteligência, técnica e capacidade de execução. No ano lectivo passado duas das três equipas do Isca a participar no torneio intercursos chegaram a fase final do torneio tendo a equipa de contabilidade ficado num honroso 4º lugar entre as 29 equipas que participaram. Este ano estão de novo três equipas do Isca no inter-cursos de futsal e pede se um pouco mais de moderação na parte disciplinar as equipas do Isca de forma a não manchar a imagem do Instituto, pois já o ano passado tivemos uma equipa expulsa do torneio, fica-nos mal. Por último quero deixar um agradecimento pessoal a todo o pessoal que vem apoiando as equipas do Isca nos jogos de futsal.
Voleibol
João Cardoso (50)
Quando me pediram para escrever estas linhas fiquei um pouco surpreso e até aflito, pois não sabia o que havia de dizer, por isso, pensei em falar dos objectivos que temos para este ano e alguma das minhas experiências enquanto praticante federado da modalidade. Este núcleo de desporto da AEISCAA tem tido pouca força, devido a que os colegas se interessam mais por outros desportos, contudo queremos mudar isso e parece que o estamos a conseguir, mesmo assim, precisamos de toda a ajuda possível por parte dos nossos colegas através da sua participação na modalidade. Este ano o núcleo de voleibol tem como coordenadores este que vos escreve e o nosso colega João Vieira tendo a nosso cargo uma equipa masculina e outra feminina. Este ano temos tido mais afluência aos treinos e temos algumas bases para construir uma equipa mais sólida, no entanto apelava a todos os colegas que gostassem de praticar a modalidade que comparecessem aos treinos pois serão todos muito bem-vindos à equipa. Este ano o nível de exigência subiu já que somos os organizadores do inter-iscas. Contudo, traçámos o nosso objectivo, pode parecer ambicioso mas não está assim tão longe da realidade, queremos ganhar a modalidade no inter - iscas. Por isso não podemos fazer apenas dois ou três treinos antes do torneio, temos de fazer um trabalho sério e continuado para poder alcançar o nosso objectivo. Eu e o meu colega de coordenação do núcleo decidimos alterar o conteúdo dos treinos e até a forma da equipa jogar de maneira a que possamos tirar o máximo rendimento de cada jogador. Irá ser um trabalho difícil mas creio que todos temos capacidades para o conseguir fazer. A participação de todos os colegas envolvidos é determinante para o desenvolvimento da equipa assim como o convívio entre nós. Há muitos anos que jogo voleibol e já joguei em todas as variantes (de rua, de praia, de pavilhão e duplas) a actividade física, a adrenalina e a alegria de podermos jogar voleibol é o que me faz praticar a modalidade há tanto tempo assim como o convívio entre as pessoas e o espírito de união que é necessário existir e que neste instituto me foi reforçado aquando das minhas praxes (já lá vão 3 anos). A sensação de que acreditam em nós, com toda a gente na bancada a apoiar-nos e fazer com que a equipa adversária comece a tremer por todos os lados até perderem a cabeça e não conseguir jogar mais, é incrível e chega a arrepiar. É verdade que não tem contacto físico, é verdade que não é o desporto mais praticado, mas que é um desporto onde a técnica é essencial e a inteligência dos jogadores ainda mais isso é. O voleibol é um desporto onde a resistência física e mental são essenciais, de modo a aguentarmos jogos que chegam a durar 3 horas sempre a saltar, a rematar, a mexer-nos dentro de campo de forma a não deixar cair a bola no chão do nosso campo e conseguir que caia no do campo adversário. É esta combinação entre potência, inteligência, resistência e técnica que tornam o voleibol um desporto complicado e ao mesmo tempo espectacular. O inter – iscas é um torneio em que o objectivo é o convívio entre os alunos dos quatros ISCA's existentes por isso não podemos pensar apenas no desporto e esquecer o objectivo central do torneio. Assim espero a participação de mais colegas na modalidade para que este núcleo seja forte e tenha o nível que merece. Saudações académicas!!!
Torneio Interno
Tiago Couto e João Malaquias
A associação de estudantes do Isca organizou, no passado mês, um torneio de futsal. Foi uma competição realizada a nível interno, de carácter amigável, que contou com a participação e aderência dos alunos do instituto, o que é sempre de louvar. Este torneio proporcionou-nos um dia diferente e bem passado. A boa disposição imperou, os golos surgiram, os resultados apareceram e o pessoal praticou um pouco de desporto, e divertiu-se, o que no final é mesmo o mais importante. O vencedor, esse sim, acabou por ser uma surpresa. A equipa, com o pomposo nome “encontra o Joy_Boy”, não fazia claramente parte das favoritas, mas demonstrou uma garra impressionante, principalmente tratando-se de um torneio amigável, e conseguiu superar claramente as expectativas dos membros mais optimistas. É claro que estes preferem realçar o convívio que estes acontecimentos lhes proporcionam que as vitorias obtidas. Para finalizar, gostaria de dar os parabéns à AEISCAA pela organização destes eventos, que servem, literalmente, para juntar a malta. Para jogar, ou para ver simplesmente, o que é certo é que aparecem todos os que podem. E, afinal de contas, “é disto que o meu povo gosta”.
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INFO-ISCAA Dezembro de 2009
Solidariedade do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (AEISCAA) promoveu campanhas de recolha de roupa e alimentos. Estas decorreram de 12 de Março a 3 de Abril e na semana de integração dos novos caloiros. Os bens angariados reverteram a favor da instituição particular de solidariedade social “Florinhas do Vouga” e do Banco Alimentar Contra a Fome. Agradecemos a toda a comunidade iscaense que aderiu a esta causa. Com a nossa ajuda podemos levar a outras pessoas o que para elas é um bem escasso. Pretendemos que os alunos continuem a participar activamente em mais causas que se venham a realizar.
Passatempos Sopa de Letras Entrámos no Advento! Procura palavras que te façam lembrar esta época festiva...
Descobre as 8 diferenças
Ficha técnica DATA DA 1ª EDIÇÃO:
Novembro de 2007
EDIÇÃO: 8ª edição PROPRIEDADE: Associação de Estudantes do ISCA de Aveiro TELEFONE: 234 196 090 /
FAX: 234 425 781
MORADA: Rua Nova 11, Urbanização Santiago - 3810-368 Aveiro E-MAIL: geral@aeiscaa.com TIRAGEM: 500 exemplares AUTORES: Vice - Presidência do Recreativo e Cultural Diana Abreu PAGINAÇÃO: Teresa Gonçalves - Litoprint IMPRESSÃO: LITOPRINT, LDA. - ÁGUEDA
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A TUA
ASSOCIAÇÃO