ICA
JUBILEU DE PRATA
25 Anos Mapeando o Céu do Brasil 1
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Aeroporto Santos-Dumont Rio de Janeiro
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“
Os pássaros devem experimentar a mesma sensação,
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quando distendem suas longas asas e seu vôo fecha o céu... Ninguém, antes de mim, fizera igual.
Alberto Santos-Dumont Pai da Aviação
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O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) foi criado pelo Decreto nº 88.296, de 10 de maio de 1983, com a finalidade de planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades relacionadas com a cartografia e as informações aeronáuticas. O ICA, subordinado diretamente ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), é o único órgão responsável pela cartografia aeronáutica no Brasil, sendo o representante do Comando da Aeronáutica junto às entidades internacionais. A Cartografia Aeronáutica abrange o conjunto de estudos e operações científicas e técnicas para elaboração dos mapas e compreende as atividades de produção de Cartas Aeronáuticas para Vôos Visuais (Cartas VFR) e Vôos por Instrumento (Cartas IFR). Nas últimas décadas, foi um dos setores mais beneficiados pelas inovações tecnológicas, utilizando equipamentos de última geração para os processos de coleta, análise e apresentação de dados. As perspectivas de modernização na área prevêem a adoção da tecnologia digital na produção de cartas eletrônicas e uso de imagens de satélite, provendo informações mais seguras e confiáveis, o que vai otimizar o fluxo do tráfego aéreo.
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ICA
JUBILEU DE PRATA
DIRETOR
Eric de Azevedo Bastos | Cel Av
REDAÇÃO, PRODUÇÃO E REVISÃO
Instituto de Cartografia Aeronáutica Assessoria de Comunicação Social do DECEA - ASCOM Ingrafoto
FOTOGRAFIAS
Gilson Freitas Santoro | SO BFT Nilton de Souza do Amaral | 1S BFT Mauri Pantoja Muniz | 2S BFT Edézio Patriota Silva Júnior | CB BFT Rubens Teodoro Guimarães Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAER
AGRADECIMENTOS
Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA Museu Aeroespacial - MUSAL Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAER Centro de Comunicação Social da Aeronáutica - CECOMSAER Grupo Especial de Inspeção em Vôo - GEIV
CRIAÇÃO E PRODUÇÃO GRÁFICA
Ingrafoto | Diretora de Arte e Design - Alexandra Mattos | Design - Camila Lima ICA - Instituto de Cartografia Aeronáutica Av. General Justo, 160 - Centro CEP: 20021-130 - Rio de Janeiro - RJ ica@decea.gov.br Tel: (21) 2101-6455 Fax: (21) 2101-6247 Editado em 2008
Nossa capa Medalhão em prata, constituído pelo globo, com seus meridianos e paralelos, tendo ao centro o Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro, sede do ICA, para aonde aponta um avião estilizado, oriundo de Portugal, simbolizando a navegação da descoberta. O globo é circundado por uma fita, na qual se lê o nome do ICA ao alto, o ano de criação, à esquerda, e o presente ano, à direita, tendo abaixo a inscrição JUBILEU DE PRATA, referente à comemoração dos 25 anos de criação do Instituto de Cartografia Aeronáutica.
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Novos Rumos 16 |
Meus Caros Amigos 20 |
A Origem da Navegação Aérea 21 |
Irmão de Arma e Profissão
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Reconhecemos o Líder Um Século em 25 Anos
26 | 36 |
A Garantia de Navegação Segura
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Informações Constantes
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O Brasil Visto de Cima
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Consciência Social
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Canção do ICA
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Casamento Perfeito
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Nosso ICA 11
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Novos
rumos
Na era dos descobrimentos, intrépidos navegadores lançavam-se ao mar misterioso, tendo apenas os astros como referência, na busca de algo que não se conhecia. Muitos pagaram um alto preço, com suas próprias vidas, mas nos deixaram um legado inconteste: as cartas de navegação, base para todos os desbravamentos que marcaram a trajetória do homem sobre a Terra. Graças à genialidade de um brasileiro à frente de seu tempo, Alberto Santos-Dumont, criador imortal da máquina aérea, a ânsia de novas descobertas se acelerou, fazendo com que a necessidade de orientação passasse a ser prioritária, pois o horizonte descortinado pela nova tecnologia era inimaginável. Decorrente dessa necessidade, então, surgiu a cartografia aeronáutica. No Brasil, a cartografia aeronáutica conta com quase 100 anos de atividade ininterrupta, norteando a nação na busca do autoconhecimento. Sob essa orientação, integramos estados, unificamos culturas, ajudamos a criar uma identidade nacional. Vários foram os órgãos criados para gerir o destino da cartografia aeronáutica brasileira. Finalmente, em 1983, foi criado o Instituto de Cartografia Aeronáutica, uma organização especialmente dedicada àquela que tanto havia contribuído para a grandeza do Brasil. Dessa forma, o nosso Instituto adquiriu o status pertinente à missão que desempenha, haja vista que todo o espaço aéreo brasileiro é norteado pelas cartas aqui produzidas. Desde sua criação, o ICA despontou como uma organização militar extremamente técnica, porém sem abrir mão da operacionalidade, tão característica da Força Aérea Brasileira, executando os trabalhos afetos à cartografia e às informações aeronáuticas, atuando como órgão responsável em prover a aviação brasileira de produtos precisos e atualizados, contribuindo decisivamente para a consolidação do controle do espaço aéreo brasileiro como um dos melhores e mais seguros do planeta. Hoje, com a evolução sistemática dos meios, o brado dos navegadores de outrora ainda se faz presente em nossas vidas, mas com outra conotação: navegar ainda é preciso, porém não mais como sendo necessário, e sim, de uma forma segura e com alto grau de precisão, encurtando distâncias e ajudando a preservar a vida daqueles cujos destinos são cuidadosamente conduzidos pelos céus de nossa nação. Na passagem dos 25 anos de criação do Instituto de Cartografia Aeronáutica, é uma grande honra para nós, integrantes desta casa, podermos lançar esta revista que traduz, em poucas páginas, a essência de um trabalho árduo e de grande responsabilidade, porém, extremamente gratificante e recompensador.
Eric de Azevedo Bastos Cel Av Diretor do ICA 12
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O idealismo, o sentido de unidade e o entusiasmo pela missão do Instituto de Cartografia Aeronáutica são bandeiras que
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tremulam empunhadas por mãos confiáveis que acreditam no que fazem.
Raul Galbarro Vianna - Cel Av Primeiro Diretor do ICA
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MEUS
ção mundial, nos obrigam a apresentar sempre serviços de qualidade superior, não só por conta do que esses serviços representam na manutenção da segurança das operações aéreas mas também para honrar e manter a reputação que conquistamos ao longo de nossa história.
CAROS AMIGOS
Somos um Sistema e, como tal, representamos um conjunto de atividades multidisciplinares que interagem e se mesclam, formando um todo que gera resultados de movimento. Movimento de aeronaves com tamanhos e velocidades distintas, deslocando-se em um espaço que precisa ser administrado em suas porções horizontais e verticais, confrontado com uma demanda de fluxo que cresce significativamente e, por conta disto, exige sempre mais apuro e precisão. Regras, regulamentos, acordos operacionais, publicações e todo um aparato de tecnologia incorporada a objetivos específicos e submetida a desafios permanentes de evolução e refinamento, este é o nosso ambiente e com ele convivemos diariamente. Uma dessas formidáveis disciplinas é a Cartografia Aeronáutica.
F
ico muito feliz que as comemorações dos 25 anos de criação do Instituto de Cartografia da Aeronáutica - ICA tenham-me permitido brindar, por intermédio dessas palavras, a importância e a grandeza desta atividade no contexto do Sistema de Controle do Espaço Aéreo e o orgulho do DECEA com o desempenho dessa organização.
Para onde vou, em que direção, sob que condições, apoiado em que meios e como me orientar? Para responder a essas perguntas comuns a qualquer navegador, aí estão os mapas, as cartas e as publicações imprescindíveis àqueles movimentos a que me referi. Este é o papel de importância e relevância que executa a Cartografia Aeronáutica do Brasil, que, no ICA, congrega meios e profissionais do mais alto gabarito e cumpre sua
Na verdade e de fato, os compromissos internacionais firmados pelo Brasil, no âmbito da avia-
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missão de maneira notável. Nossas publicações recebem o devido destaque junto aos usuários nacionais e estrangeiros e nos ombreamos com os serviços desta natureza, prestados por países tidos como mais desenvolvidos. Isto nos orgulha e, ao mesmo tempo, faz aumentar a nossa responsabilidade. Decorridos esses 25 anos de criação do ICA, quando voltamos os olhos ao passado, lá na pioneira Diretoria de Rotas Aéreas - DR, depois na Divisão de Cartografia Aeronáutica – D-CIA, da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo DEPV, vamos constatar que o processo evolutivo da Cartografia Aeronáutica Brasileira jamais esteve aquém do que era esperado. É uma demonstração cabal de que o Sistema de Controle do Espaço Aéreo do Brasil, definitivamente, está entre os mais seguros e confiáveis do mundo, sabendo responder à altura o que lhe é exigido, com responsabilidade sobre uma extensa área e, mais que tudo, estando sobre seus ombros a manutenção da soberania do nosso país. As estatísticas aí estão para comprovar. Um Jubileu de Prata é uma data marcante e é, com muito orgulho e alegria, que saúdo os integrantes do ICA, do passado e do presente, por este momento e por terem, com seu esforço generoso, dado seiva às nossas presentes realizações. Em nome de todos os integrantes do DECEA, recebam as nossas homenagens e os nossos parabéns.
Ten Brig do Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA 17 17
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Vimos, então, esse facto glorioso para nossos Aviadores de guerra; dignos continuadores de Santos-Dumont, elles fizeram do avião não a arma de guerra e de destruição, mas o vehiculo do progresso, prestando um grande serviço nacionalista, unindo as mais isoladas localidades ás mais 18
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adeantadas, reduzindo de dias para horas as ligações. E, assim, emquanto os aviadores do Exercito investiam valorosamente para o sertão, os da Marinha percorriam
“
o littoral sul, irmanados na grandiosa missão de servir o Brasil, como agentes da paz e da civilização.
Extraído do livro Correio Aéreo Militar e Naval de Stênio Mangy Mendes 19
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náutica, em 1941. O Ministério da Marinha (à época), em conjunto com outros Ministérios, contribuiu com a sua criação, fornecendo pessoal e infra-estrutura necessários. A criação do Instituto de Cartografia da Aeronáutica (ICA), há 25 anos, forneceu uma base permanente e indissolúvel para a cartografia aeronáutica. Como a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) está voltada para o espaço marítimo e fluvial, o ICA está para o espaço aéreo, atividades imprescindíveis para a defesa dos interesses e desenvolvimento da Nação. A motivação de seus profissionais, a condução de suas atividades tão necessárias à Aviação Civil e Militar e a direção sempre norteada pelas mais novas tecnologias disponíveis no mundo, tornam o Instituto um modelo de gerenciamento.
a ORIGEM DA NAVEGAÇÃO AÉREA
A parceria da DHN com o ICA sempre foi intensa, seja na utilização de equipamentos, no intercâmbio de dados
“Navegar é preciso...” cantou o poeta. E retratou uma
ou no apoio de seus profissionais de alto nível técnico.
grande verdade, pois a arte de navegar é coisa precisa,
Isto se deve ao excelente relacionamento mantido, não
é tarefa que demanda meios técnicos, frutos da ciência,
somente entre as respectivas instituições. Nas reuniões
confiáveis e seguros, e postos à disposição do navegante,
técnicas da Comissão Nacional da Cartografia (CONCAR)
para atendê-lo em sua singradura.
e da Comissão de Cartografia Militar (COMCARMIL) são
A maioria dos brasileiros, quando pensa sobre o país,
sempre notados o entrosamento e rumo comum dos
visualiza o mapa de sua parte terrestre, vendo-o como
nossos profissionais.
um espaço físico terrestre, esquecendo-se do espaço Esta é uma data muito significativa para todos aqueles
aéreo e marítimo.
que se dedicaram e se dedicam a dar vida fecunda ao A navegação aérea originou-se da navegação marí-
ICA, que cumpre sua tarefa de apoiar a Aviação Brasi-
tima, pois começou a ser regulada pela Inspetoria
leira de forma incansável.
de Viação Marítima e Fluvial. No momento em que a Aviação Civil cresceu, se desenvolveu e demandava
A Diretoria de Hidrografia e Navegação parabeniza o
uma infra-estrutura própria que, além de cumprir uma
Instituto de Cartografia da Aeronáutica, o seu Diretor,
regulamentação internacional, deveria salvaguardar os
Oficiais, Graduados e Servidores Civis pela passagem do
interesses nacionais, foi criado o Ministério da Aero-
seu jubileu de prata.
Vice-Almirante Luiz Fernando Palmer Fonseca Diretor de Hidrografia e Navegação 20 20
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Irmão de Arma e Profissão O Instituto de Cartografia Aeronáutica completa vinte e cinco anos de existência, resultado das evidências claras da importância da Cartografia Aeronáutica do Brasil, que remontam quase um século, quando Carlos Viegas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no ano de 1922, realizaram a viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Mas foi somente em 1944 que o Brasil filiou-se à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), tornando a atividade de cartografia regular e de acordo com os padrões internacionais. A atividade de cartografia aeronáutica passou pela Diretoria de Rotas Aéreas, até que esta foi absorvida pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, culminando com a criação, em 10 de maio de 1983, do Instituto de Cartografia Aeronáutica - ICA, com a tarefa precípua de desenvolver as atividades cartográficas de interesse aeronáutico.
onde faz uso da navegação por satélite, da tecnologia digital na produção de cartas eletrônicas, do uso de ima-
Esta data foi um marco para o avanço da Cartografia Aeronáutica no Brasil. O ICA consolida a produção de informações cartográficas aeronáuticas para orientar, tanto militares quanto civis, no planejamento, na execução e no controle dos vôos. Não obstante, apóia a infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, por meio de levantamentos topográficos nos aeródromos e de locação de auxílios à navegação aérea.
gens de satélites e das técnicas do geoprocessamento, o ICA vem traçando um brilhante caminho na evolução da Cartografia Aeronáutica. Apesar de muito jovem, traz a tradição e a experiência históricas, que o torna um dos institutos de excelência em Cartografia Aeronáutica no âmbito mundial. Considerado um irmão de arma e de profissão, o ICA representa, para a Diretoria de Serviço Geográfico do
Com uma grande força produtiva, o ICA é o responsável pela Cartografia Sistemática Aeronáutica, que representa o território aéreo brasileiro por intermédio de séries de cartas aeronáuticas padronizadas, destinadas à utilização na navegação aérea, nas escalas de 1:1.000.000, 1:500.000 e 1:250.000. Além disto, produz Cartas Aeronáuticas para Vôos por Instrumentos, Cartas Aeronáuticas para Vôos Visuais e cartas específicas para
Exército, uma fundamental fonte de compartilhamento de dados no grande desafio de mapear o nosso Brasil. Nesta data tão especial, decorrente de todo o sentimento de consideração, amizade e companheirismo, é com grande alegria que, em nome da Diretoria de Serviço Geográfico, formulo ao ICA e seus integrantes os mais sinceros votos
uso especial em vôos.
de continuidade no sucesso até então demonstrado, desde
Desde os primórdios de sua criação, em que a metodolo-
porcionando à aviação um tesouro valiosíssimo - a infor-
gia de produção era analógica, até os tempos modernos,
mação cartográfica aeronáutica.
a sua criação, em mapear o espaço aéreo brasileiro, pro-
General-de-Brigada Pedro Ronalt Vieira Diretor do Serviço Geográfico 21
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Reconhecemos o lĂder...
Cel Av Hugo Soares Meirelles Cel Av Raul Galbarro Vianna 10 maio 1983 a 28 jan 1985
Cel Eng Jorge Alberto Paradelo 26 jan 1995 a 27 jan 1996
Cel Eng Cary SĂŠrgio da Silveira Souto 22 jan 1987 a 31 jan 1989
28 jan 1985 a 22 jan 1987
Ten Cel Eng Nei Erling 27 fev 1996 a 18 fev 1998 Cel Eng Alison Vieira de Vasconcelos 18 fev 1998 a 23 jan 2001
...quando ele deixa para seus sucessores MIOLO_ICA_final_16.indd 22
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Souto
Cel Eng Eduardo Silveira de Souza 31 jan 1989 a 28 jan 1991
Cel Eng Gilberto Lopes da Fonseca 28 jan 1991 a 26 jan 1993
Cel Eng Osmar Koehler Meggetto 26 jan 1993 a 26 jan 1995
Cel Eng Rodolfo Costa Filho 23 jan 2001 a 03 fev 2003 Cel Eng Danilo Groch 03 fev 2003 a 27 jan 2005
Cel Eng José Carlos Rodrigues 27 jan 2005 a 25 jan 2007
a convicção do objetivo e a vontade de continuar. MIOLO_ICA_final_16.indd 23
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Este é o papel de importância e relevância que executa a Cartografia Aeronáutica do Brasil, que, no ICA, congrega meios e profissionais
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do mais alto gabarito e cumpre sua missão de maneira notável.
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Um século em 25 anos M arc ya Valéria g. pereira Sagres, cantada em versos nos Lusíadas de Camões. Para concretizar o desafio de sobrevoar o Atlântico sem pontos de referência na superfície, que indicassem a real posição na vasta extensão do oceano, ou auxílio de instrumentos de comunicação, foi decisiva a inventividade dos dois geógrafos. Gago Coutinho modificou o sextante, instrumento utilizado até então na navegação marítima, adaptando um dispositivo que permitia calcular com precisão a posição da aeronave. Concebeu, em conjunto com Sacadura Cabral, o “corretor de rumos”, aparelho para avaliar a intensidade e a direção dos ventos.
Na tarde do dia 17 de junho de 1922, chega ao Rio de Janeiro o Hidroavião Santa Cruz, um monomotor Fairey III-D, de 350 cv, trazendo a bordo o Capitão-deFragata Artur Sacadura Freire Cabral e o Contra-Almirante Carlos Viegas Gago Coutinho. Nesta epopéia, iniciada na manhã do dia 30 de março, em Lisboa, foram utilizados três hidroaviões, percorridos 8.383 Km, num total de 79 dias. Este “raid” Lisboa – Rio de Janeiro foi patrocinado pelo governo português com a finalidade de
Nesta época, no Brasil, a atividade aérea estava subordinada à Inspetoria de Viação Marítima e Fluvial que, através do Decreto 14.050, de 5 de fevereiro de 1920, era encarregada da navegação marítima e fluvial e dos serviços civis da navegação aérea. Em 22 de julho de 1925, foi publicado o Decreto nº 16.983 estabelecendo o Regulamento para os Serviços Civis de Navegação Aérea, que dispunha do espaço aéreo, aeronaves civis, tripulações, instalações de terra, tráfego e transporte aéreo, de competência do Ministério de Viação e Obras Públicas. Fonte: Musal
estreitar os laços que uniam Portugal e Brasil e fez parte dos festejos de comemoração do centenário de independência do Brasil. O vôo pioneiro de travessia do oceano Atlântico Sul, realizado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, fazendo a ligação entre Portugal e Brasil, em 1922, foi um feito comparável aos da navegação marítima da Escola de
O governo brasileiro reconheceu que a navegação aérea necessitava de um órgão específico para tratar de seus aspectos técnicos, jurídicos e administrativos, na época inteiramente novos. Estes envolviam lidar, por intermédio de convênios, com organismos internacionais, principalmente a Comissão Internacional de Navegação Aérea. Esse crescimento vertiginoso da aviação promoveu, nos anos seguintes, uma série de medidas que levaram, já em 1931, pelo Decreto 19.902 de 22 de abril, à criação do Departamento de Aeronáu-
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tica Civil, subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas, com a responsabilidade de disciplinar as atividades da aviação civil brasileira.
se deslocando por terra. A rota Belém-Rio, via vale do Tocantins, levou quatros anos para ser realizada. Este serviço, hoje denominado Correio Aéreo Nacional, não foi e não é apenas destinado ao transporte de correspondências, mas também remédios, vacinas, soros, enfermos, mantimentos, urnas eleitorais, livros, documentos, médicos, enfim, o governo se fazendo presente onde se faz necessário. Sua meta ainda continua sendo o fortalecimento da unidade nacional.
Paralelo ao crescimento da aviação comercial brasileira, a partir da década de 30, organizaram-se o Correio Aéreo Militar (CAM) e o Correio Aéreo Naval (CAN). Ainda no ano 1931, 1.740 km do território brasileiro eram percorridos por aviões do CAM, perfazendo 173 viagens, com 473 horas de vôo. Novos vôos e novas rotas foram sendo incorporados ao longo dos anos. Esses vôos foram realizados sem infra-estrutura. Eram visuais, utilizando pistas improvisadas, com mapas precários, muitos deles iam sendo desenhados ao longo dos vôos, e sem apoio radiotelegráfico. Estas rotas seguiam as linhas dos trilhos dos trens e os leitos dos rios. Rotas que ligavam Rio de Janeiro e São Paulo com o interior do Brasil foram estudadas por pioneiros que faziam estudos prévios
Em 20 de janeiro de 1941, pelo Decreto-Lei nº 2.961, foi criado o Ministério da Aeronáutica que recebeu, na ocasião, órgãos, pessoal e atribuições do Ministério da Guerra, do Ministério da Marinha e do Ministério de Viação e Obras Públicas. O Decreto-Lei nº 3.730, de 18 de outubro de 1941, dispôs do Estado-Maior da Aeronáutica, Comandos de Zonas Aéreas, Serviços de Fazenda da Aeronáutica e estabeleceu também a formação de oito diretorias, à medida que fossem regulamentadas: do Pessoal, do Ensino, de Técnica Aeronáutica,
Fonte: Musal
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de Obras, de Rotas Aéreas, de Defesa Anti-aérea e de Aeronáutica Civil.
mended Practices for Aeronautical Charts) e no Documento 8.697 (Aeronautical Charts Manual). Tanto a aviação civil como a militar ficaram sujeitas às normas da OACI, visando à segurança, à eficiência, à economia e ao desenvolvimento dos serviços aéreos. Neste acordo, o Brasil assumiu o com-
A regulamentação internacional se tornava imperiosa. A aviação não poderia ser contida apenas através de mecanismos dentro de fronteiras nacionais. A era de heroísmos e proezas individuais de pilotos intrépidos e suas máquinas voadoras foram dando lugar ao planejamento, organização e sistematização, com o aprimoramento de tecnologias e a especialização de pilotos, engenheiros, técnicos e todos aqueles que atuavam direta ou indiretamente na aviação. Isto transformou a infra-estrutura aeronáutica, segundo Gago Coutinho, “numa rigorosa assistência pré-natal”.
Fonte: Musal
promisso de produzir um conjunto mínimo de cartas aeronáuticas. A Diretoria de Rotas Aéreas foi reestruturada através do Decreto-Lei 9.888, de 16 de setembro de 1946, e tinha, como atribuições, a organização e operação das aerovias federais e seus serviços próprios de comunicação e meteorologia, de proteção ao vôo e de aeroportos. A cartografia aeronáutica era desenvolvida na Seção de Cartografia, da Divisão de Informações (D-INF), diretamente subordinada à Diretoria de Rotas.
Em 1944, o Brasil tornou-se signatário da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), passando a adotar as normas e padrões internacionais recomendados para a cartografia aeronáutica, contidos no Anexo 4 (International Standars and Recom-
Em 28 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei nº 243, que regula as Diretrizes e Bases da Cartografia Brasileira, o Ministério da Aeronáutica se tornou responsável pelas normas técnicas da cartografia aeronáutica brasileira. Deu, assim, início aos procedimentos de intercâmbio de dados e informações com organismos nacionais e internacionais e empresas de aerolevantamento, com a finalidade de implementar o Plano de Dinamização da Cartografia, naquilo que lhe competia.
Fonte: Musal 28 28
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Nesse período, em 7 de março de 1967, através do Decreto-Lei nº 313, foi criado o atual Quadro de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica (QOEng), que previa o posto inicial de primeiro-tenente, com perspectiva ao posto de oficial general, como Major Brigadeiro.
Aeronáutica que estivessem diplomados em Engenharia, em especialidades de interesse do Ministério da Aeronáutica, previstas em Decreto; engenheiros diplomados pelo ITA, ex-cadetes da Escola da Aeronáutica; e engenheiros selecionados em concurso. Em vista da implementação da atividade cartográfica no país, ficou evidente a importância de incluir no quadro, recém-criado, a especialidade de engenheiro cartógrafo. Com este objetivo, a Aeronáutica buscou, dentro do seu efetivo, militares aptos a cursarem Engenharia Cartográfica no IME, qualificando
O Decreto estabelecia também que o QOEng seria constituído por oficiais da aeronáutica que, na data da sua publicação, estivessem diplomados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) ou pelo Instituto Militar de Engenharia (IME); oficiais da
Fonte: Musal 29
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zação de cálculos, bem como na automatização da produção de cartas para vôos por instrumento, em um primeiro momento. Em 25 de maio de 1972, através do Decreto nº 70.627, ocorreu uma outra ordenação do Ministério da Aeronáutica, que instituiu a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV), destinada a dirigir, orientar, coordenar e controlar as atividades especializadas em eletrônica, comunicações, tráfego aéreo, navegação, meteorologia, fototécnica e cartografia.
a equipe que servia na Seção de Cartografia. Assim sendo, foram formados oficiais na especialidade, além de topógrafos, em cursos na Escola Cartográfica do Defense Mapping Agency / Inter American Geodetic Survey (DMA/IAGS), no Panamá. Dessa maneira, aprimorando o nível técnico do pessoal, começou a se desenvolver a cartografia aeronáutica no Brasil.
Com a nova estruturação do Ministério, a DEPV ficou responsável pelo planejamento, implantação, operação e manutenção da infra-estrutura de proteção ao vôo no espaço aéreo brasileiro. Assim, prestava os serviços de Controle de Tráfego Aéreo, de Meteorologia, de Coordenação das Missões de Busca e Salvamento e de Informações Aeronáuticas, incluindo a produção e distribuição de todas as cartas e publicações de uso aeronáutico e, finalmente, pelo sistema de telecomunicações do Ministério da Aeronáutica como um todo.
Na década de 70, as novas tecnologias incorporadas e o rastreamento por intermédio de satélites, com imagens para a produção de cartas, tornaram precisas a cartografia e a navegação aeronáuticas. Notável foi a introdução dos primeiros computadores para a reali-
Os organismos militares de cartografia do Ministério do Exército e do Ministério da Marinha são, historicamente, organizações militares com chefias próprias. A cartografia aeronáutica, no entanto, apesar de encargos e responsabilidades compatíveis, era uma seção da Divisão de Cartografia e Informações Aeronáuticas (D-CIA), sujeita a limitações por razões regulamentares. Face aos novos compromissos assumidos diante do crescimento da atividade aérea, a percepção de que a cartografia aeronáutica deveria alçar-se a um patamar igual ao de suas congêneres foi tomando forma. Dentro desse contexto, a criação de um orga30 30
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Com o intuito de estabelecer as normas e procedimentos iniciais necessários à execução do Decreto nº 88.296, é formalizado, por intermédio da Portaria nº 557/ GM3, de 17 de maio de 1983, o Núcleo do Instituto de Cartografia Aeronáutica (NuICA). Após as transformações exigidas na sua estrutura, organização e objetivos, é ativado o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), através da Portaria nº 315/GM3, de 27 de fevereiro de 1984. A partir desse momento, confirmam-se as suas atribuições como sendo o planejamento e a execução das atividades relativas à cartografia aeronáutica, em todas as suas fases, além dos serviços relacionados com
nismo com estrutura própria e autônoma, ampliando os horizontes da cartografia aeronáutica e com autonomia de interagir com instituições nacionais e internacionais, captando e ampliando os trabalhos, estudos e pesquisas, seria imprescindível para a sua continuação e desenvolvimento. Portanto, em 10 de maio de 1983, pelo Decreto nº 88.296, foi criado o Instituto de Cartografia Aeronáutica, organização militar subordinada à Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, sediado na cidade do Rio de Janeiro.
Rastreador de Satélite | GPS
Estação Total e Coletora de Dados
Equipamento rastreador de sinais de
Equipamento óptico-eletrônico
satélite do sistema GPS (Global Positio-
com distanciômetro utilizado para
ning System). Utilizado para transporte
levantamentos de campo. Este
de coordenadas, com base em estações
aparelho mede distâncias e
do IBGE, e densificação de pontos de
ângulos horizontais e verticais,
apoio aos levantamentos de campo. São
permitindo determinação
empregados, ainda, na determinação de
precisa de coordenadas
coordenadas utilizadas para georrefe-
com rapidez e eficiência.
renciar fotografias aéreas e imagens de satélites.
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as cartas aeronáuticas, publicações de informações de vôo e outros produtos cartográficos de interesse da Aeronáutica.
haja vista que todo o espaço aéreo brasileiro é norteado pelas cartas aeronáuticas produzidas pela Organização.
A partir de 1983, o ICA se tornou a Unidade do então Ministério da Aeronáutica responsável pelos assuntos de geodésia, aerolevantamento, cartografia, fotogrametria, sensoriamento remoto e outros ligados ao universo cartográfico, com ramificações nacionais e internacionais, com vistas à agilização, modernização, atualização dos recursos materiais e humanos das atividades cartográficas. Assim sendo, o Instituto de Cartografia Aeronáutica alcançou um patamar compatível com a importância de suas atribuições,
A reforma militar empreendida em 10 de junho de 1999 instituiu o Ministério da Defesa, com a integração das três forças militares. Foram extintos os Ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, transformados em Comandos. Na ocasião, também foi extinto o Estado Maior das Forças Armadas. Com a nova ordenação, é alterada a estrutura básica da organização do Comando da Aeronáutica com o Decreto 3.954, de 5 de outubro de 2001. É criado o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em substituição à Diretoria
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de Eletrônica e Proteção ao Vôo, e ao qual fica subordinado diretamente o Instituto de Cartografia Aeronáutica. O ICA atende prontamente às necessidades da Força Aérea Brasileira com a produção de cartas em escalas específicas, tornando possíveis as diferentes missões militares, tanto no que se refere à defesa e ao patrulhamento aéreos de pontos estratégicos do território e mar nacionais, quanto aos procedimentos relativos à busca e salvamento. Ao longo dos anos, o Instituto vem trabalhando em conjunto com os serviços de informações aeronáuticas e órgãos de tráfego aéreo. Produz cartas que divulgam as respectivas determinações, exigências e necessidades, como, por exemplo, a Carta de Rotas Especiais para Helicópteros - REH. A primeira edição desta carta é de 3 de dezembro de 1998. A inovação tecnológica é assunto recorrente na atualidade em diversas áreas e ambientes. Não poderia ser diferente com a cartografia aeronáutica. Hoje, após 25 anos de existência, o Instituto de Cartografia Aeronáutica está inserido na vanguarda dos assuntos relacionados à aviação. Faz uso de modernos produtos - cartas eletrônicas, modelo numérico de elevação, dados eletrônicos de terrenos e obstáculos, gestão de intercâmbio de informações aeronáuticas, dentre outros – num constante aperfeiçoamento profissional. Assim, contribui decisivamente para a segurança do espaço aéreo de um país de dimensões continentais como o Brasil.
33
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“
Não esqueçam que eu e Sacadura éramos geógrafos. Estávamos habituados a tratar com os astros e a ter uma vida arriscada. Aquilo que
“
fizemos não foi mais do que a continuação da nossa vida de geógrafos.
Gago Coutinho
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A garantia da navegação segura
Daisy Meireles
A Cartografia tem sido, nos últimos anos, um dos campos
maior sempre foi facilitar e dar maior segurança à nave-
de atividade mais influenciados pela tecnologia moderna,
gação aérea. Mas continuamos mantendo trocas de dados
que tem tornado disponíveis técnicas e equipamentos cada
com as outras empresas, sempre com o mesmo propósito.
vez mais avançados, para os processos de coleta, análise e
Há 25 anos, o ICA vem mantendo um alto padrão de qua-
apresentação de dados informativos.
lidade na produção desse material. Se, no início, tínha-
O ex-Diretor-Geral do DECEA e atual presidente do Supe-
mos um grande trabalho dos desenhistas e operadores da
rior Tribunal Militar (STM) é testemunha do nascimento do
fotografia aérea na confecção dos mapas, hoje temos a
Instituto de cartografia aeronáutica há 25 anos. O Minis-
integração da fotografia satelital com a fotografia aérea
tro Ten Brig do Ar Flávio de Oliveira Lencastre conta que
à baixa altura, tudo digitalizado, minimizando erros e
havia a Divisão de Cartografia e Informações Aeronáuticas
aumentando sensivelmente a precisão das cartas.
na extinta DEPV, mas que – em 1983 – foi criado o ICA – que
Hoje não podemos mais deixar sequer de manter as atu-
assumiu a tarefa específica de desenvolver as atividades car-
alizações necessárias, função das novas tecnologias que
tográficas no âmbito aeronáutico. Como membro da Socie-
vêm surgindo.
dade Brasileira de Cartografia (SBC) e Chanceler da Ordem do Mérito Cartográfico, ele nos conta um pouco da história
Todo piloto brasileiro tem, nas cartas e nos manuais, de
e da importância do ICA para a sociedade brasileira.
navegação todas as atualizações periódicas e com grau de precisão muito alto, garantindo para o piloto uma
DM - Como aviador o senhor teve alguma experiência da
navegação segura. As cartas são planejadas e testadas.
eficiência do ICA nas suas missões militares?
Isso é qualidade.
Era um sonho de todos nós, aviadores, civis e militares, a
Adquirimos credibilidade e confiabilidade na área da
existência de um órgão, na estrutura aeronáutica brasi-
navegação aérea. Se, por um lado, é um orgulho que
leira, qualificado para processar e produzir as informações
temos, por outro lado é uma grande responsabilidade.
para a navegação aérea. Uma simples divisão da antiga
Mas nosso pessoal do ICA merece essa confiança.
DEPV era muito pequena para a cartografia aeronáutica. À época, tínhamos que importar as cartas nas diversas esca-
DM - Com a implantação do CNS/ATM (Comunicação,
las, principalmente as WAC americanas que permitiam a
Navegação e Vigilância / Gerenciamento de Tráfego
navegação por contato (visual). A navegação-rádio crescia
Aéreo), o ICA saiu na frente. Há cinco anos, começou a
rapidamente e precisávamos de informações confiáveis,
produzir cartas digitais que entraram em fase de testes
em língua portuguesa, da nossa própria terra. Já tínhamos
com os Supertucanos...
competência para isso. Tanto era verdade que começamos
O CNS/ATM é a grande novidade e está previsto para
a fazer e, hoje, exportamos nossas cartas e manuais. A cria-
entrar em operação depois de 2015. Mas ainda há muito
ção do ICA foi um passo muito importante para a Aeronáu-
o que fazer, levantar todos os parâmetros, ver todas as
tica Brasileira e hoje não temos mais como retroceder.
falhas que podem ocorrer, fazer as correções necessárias
Existe uma competição internacional nessa área, onde alguns
até implantar um sistema com um grau de confiabili-
concorrentes comercializam essas informações. O nosso ICA,
dade bem alto. Reconheço a excelência de um trabalho
desde que foi criado, nunca teve fins lucrativos. O interesse
que é planejado, testado, pesquisado, como o CNS/ATM. 36
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DM - Qual a sua visão sobre o uso da cartografia aeronáutica? Poucos países fazem suas próprias cartas aeronáuticas. No Brasil, existem várias empresas civis de aerofotogrametria, geodésia e sensoriamento remoto, que fazem trabalhos específicos mas não com os mesmos fins que o nosso ICA. Aqui a cartografia começou no Exército, onde hoje é o Instituto Militar de Engenharia (IME), produzindo as primeiras cartas do nosso território. Até hoje são feitas cartas em escala maior, para uso das tropas de superfície, onde as principais informações se referem a acidentes geográficos, em particular, às elevações do terreno nas cartas de nível.
A fase de teste com os supertucanos e a pesquisa que está sendo desenvolvida com aviões–laboratório em todo
A Marinha também participa dessa atividade, através da
o mundo, para determinar exatamente as faixas de fre-
DHN – Diretoria de Hidrografia e Navegação, mapeando nos-
qüência, as interferências que são colocadas no sistema
sas costas e a nossa plataforma continental com suas cartas
e equipamentos de terra que serão usados para corrigir
de profundidade, ajudando sobremaneira a PETROBRAS na
isso, darão, com certeza, a confiabilidade que este sistema
prospecção de petróleo em águas profundas.
global requer.
Enfim, as três Forças participam do Sistema Cartográfico
DM - De onde se origina a sua ligação com a cartografia?
Brasileiro e cada uma tem o seu órgão sistêmico. Há uma integração entre eles, incluindo o IBGE, o Ministério da
Desde os tempos de cadete que a cartografia me desperta
Agricultura e outros órgãos estatais e privados.
interesse. Ao longo de minha vida de piloto, as cartas de navegação sempre foram minhas companheiras insepará-
Mas a grande importância da cartografia aeronáutica,
veis. A cartografia é uma arte pouco conhecida. Tive muito
desenvolvida pelo ICA, é que nela estão reunidas todas as
relacionamento com a Divisão de Cartografia, ainda nos
atividades que vão, desde o levantamento do campo ou
tempos da DEPV, quando nas funções de comandante do
da pesquisa bibliográfica, até a impressão definitiva e a
1º ECA. Estive presente na criação do ICA, cujo primeiro
publicação de cartas e manuais de navegação.
Diretor, o Coronel-Aviador RAUL GALBARRO VIANNA, era e é, até hoje, meu amigo, e acompanhei a evolução desse
Ressalto que a tarefa de apoiar o SISCEAB (Sistema de
Instituto.
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) e a segurança da navegação aérea, por meio do levantamento de aeró-
Ao assumir a Direção do DECEA, esta ligação se tornou
dromos e locação de auxílios à navegação aérea, é outra
permanente, vindo a me tornar membro da Sociedade
tarefa característica da cartografia produzida pelo ICA.
Brasileira de Cartografia que me honrou com a distinção de Chanceler da Ordem do Mérito Cartográfico, até a pre-
DM - Como ex-Diretor-Geral do DECEA, de que forma o
sente data.
senhor vê o trabalho feito pelo ICA nesses 25 anos? 38
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Tanto para o DECEA quanto para a comunidade aeronáu-
No Ministério da Defesa, há um setor ligado à carto-
tica, o ICA tem grande importância.
grafia, a Comissão de Cartografia Militar (CONCARMIL), que congrega Marinha, Exército, Aeronáutica
Ele é um dos suportes principais do DECEA, porque boa
e outras instituições civis, coordenando os trabalhos
parte do trabalho que desenvolve está apoiado nos docu-
nessa área e estabelecendo uma política nacional para
mentos que o ICA produz.
esta atividade.
As cartas do ICA são o ponto de partida para instalação
DM - Qual a sua mensagem para os 25 anos do Insti-
de um sítio de radar, de um aeródromo, das estações de
tuto?
comunicações de um centro de controle ou qualquer outro equipamento necessário ao controle do espaço aéreo. O
O ICA tem um passado de 25 anos de bons serviços, um
ICA vai à frente, abrindo os caminhos.
presente de crescimento tecnológico e um futuro cheio de esperanças de novas realizações. Ainda há muito que
DM - Sendo Chanceler da Ordem do Mérito Cartográ-
fazer e nosso time tem competência para tal.
fico, como a Sociedade Brasileira de Cartografia poderia contribuir, como política nacional, em favor da cartografia aeronáutica? Ela já o faz. O ICA tem, em seu efetivo, dois membros da SBC, um ex-presidente e outro vice-presidente de assuntos estaduais, o Coronel CAMILO e o Coronel GENOVESE, respectivamente. A importância do ICA não é só para uso civil nem só para uso militar. É para uso estratégico. Temos que conhecer o nosso chão. Falta pouco para termos todo o Brasil mapeado em cartas de precisão. Já temos pessoal e material para fazê-lo e estamos fazendo – Em pouco tempo, teremos todo o país coberto digitalmente. Mas temos que ter certo sigilo e cuidado com as informações que saem daqui. Hoje em dia, se consegue
A Aeronáutica Brasileira precisa, cada vez mais, dessas infor-
fazer levantamento de áreas onde existem minerais como
mações especializadas, com precisão e confiabilidade.
uma reserva de nióbio que foi descoberta através de sen-
As novas gerações de cartógrafos e especialistas vêm
soriamento. São assuntos que não podem ficar entregues
agregar novos conhecimentos e novas idéias para que a
a estrangeiros. O Brasil precisa cuidar do que é seu.
eficiência do sistema seja mantida.
DM - Qual a influência da SBC no ICA?
O ICA é um dos pilares do DECEA e o grande responsável pela navegação aérea no Brasil, com segurança e eficiência.
A SBC é uma associação que congrega todos os cartógrafos e o pessoal que trabalha nessa área de aerofotogrametria,
Parabéns, ICA, e que o sucesso sempre esteja presente em
geodésia e sensoriamento remoto. O ICA é um dos órgãos
suas atividades.
que compartilha do trabalho da SBC com seus membros, em reuniões nacionais e internacionais. 39
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“
Decola, Decola, Aeronave, Aeronave, ee voa, voa,
Ergue Ergue aa tua tua proa proa
“
EE vai vai ferindo ferindo oo ar. ar.
Canção do ICA
Canção do ICA
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Informações constantes O desenvolvimento da aviação, nas últimas décadas, com a ampliação das frotas pelas empresas aéreas, que adquiriram aeronaves de maior porte, dotadas de equipamentos sofisticados, levou ao estabelecimento de novas aerovias e à instalação de um número mais elevado de freqüências de comunicações e auxílios à navegação aérea. Para garantir a segurança desse sistema, o Serviço de Informações Aeronáuticas teve que se adaptar às novas exigências, qualificando os profissionais da área e se adequando às tecnologias modernas.
tas e manuais produzidos pelo ICA, destinados ao atendimento à navegação aérea. Os especialistas que compõem o quadro de funcionários da D-SIA são profissionais da área de informações aeronáuticas, cartografia e tráfego aéreo cuja principal atribuição é disponibilizar ao usuário as informações necessárias ao planejamento e execução do vôo, constituindo, assim, a linha de apoio do sistema de controle de tráfego aéreo. Todo o material recebido pela D-SIA é analisado e, quando a informação gera inserção, cancelamento ou modificação dos dados aeronáuticos, utilizam-se os programas “Microstation” (Desenho Assistido por Computador – CAD) e PageMaker (editoração eletrô-
As informações aeronáuticas, no Brasil, são processadas na Divisão de Informações Aeronáuticas (D-SIA), setor do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) encarregado da coleta, análise e divulgação, por meio de documentação especializada. As informações divulgadas pela D-SIA têm origem nos diferentes órgãos do Sistema de Proteção ao Vôo, entre estes, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO), com autonomia para gerenciar apenas os assuntos inerentes à sua área de atuação. No entanto, esses órgãos devem trabalhar coordenados para não prejudicar a qualidade do produto final, ou seja, as car-
nica) para alterar as publicações. O material produzido é revisado na própria D-SIA e enviado ao Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), onde é feita a impressão e a distribuição ao público interessado no segmento. O ICA , de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo DECEA e em consonância com as normas preconizadas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), adota, desde 2006, o Sistema de 42
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Produtos
Gestão de Qualidade, baseado nas normas ISO 9001:2000/NBR 15100:2004 nas operações e no dia-a-dia da D-SIA, com escopo no AIP-BRASIL, AIP-BRASILMAP e ROTAER. A partir daí, passou a ser disponibilizado o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) através do e-mail: sacica@decea.gov.br. A política adotada é atender ao cliente com qualidade, pontualidade e melhoria contínua dos processos produtivos, além de desenvolver parcerias com fornecedores e colaboradores, visando ao desenvolvimento mútuo, à motivação e ao desenvolvimento profissional. Entre os objetivos, destacam-se: manter-se na vanguarda de métodos, técnicas e novas tecnologias para garantir a melhoria do serviço prestado, responder a questionamentos dos usuários com rapidez e eficiência e, ainda, adaptando os produtos fornecidos às expectativas dos usuários de Informações Aeronáuticas.
O conjunto de publicações de informações aeronáuticas de responsabilidade da D-SIA, destinado a orientar os usuário da aviação, compreende: Publicação de Informação Aeronáutica - AIPBRASIL e AIP-BRASIL-MAP; Manual de Rotas Aéreas - ROTAER; Suplemento-AIP; e o Aviso ao Aeronavegante - NOTAM. A Publicação de Informação Aeronáutica (AIP) é um documento que constitui o instrumento básico de informação aeronáutica, de caráter permanente, essencial à navegação aérea. Os pesquisadores e pilotos têm, a sua disposição, no AIP, os dados relativos às instalações, procedimentos e serviços relativos à área de atividade. A apresentação impressa é separada em capítulos, segundo matéria tratada, e distribuída em três partes: Generalidades (GEN); Rotas (ENR); e Aeródromos (AD). O AIP-BRASIL é uma coletânea de informações aeronáuticas onde o piloto encontra as facilidades e instalações disponíveis em aeroportos brasileiros. O AIP-BRASIL-MAP faz parte do AIP, porém, neste compêndio, são depositados apenas as cartas ou mapas que orientam o piloto desde o momento em que a aeronave inicia o táxi no aeroporto de origem, até o estacionamento no aeroporto de destino, que são: Cartas de Planejamento (FPC),
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Cartas de Estacionamento e Pátio (PDC), Cartas de Aeródromo (ADC), Cartas de Área
a SID fornece aos pilotos as
informações
necessá-
(ARC), Cartas de Saída por Instrumento
rias para realizar o vôo por
(SID), Cartas de Rota (ERC), Cartas de
instrumento, entre a fase de
Aproximação por Instrumento (IAC, STAR)
decolagem e a fase em rota;
e Cartas de Aproximação Visual (VAC). a FPC inclui todas as rotas de vôo por
a ERC destina-se a facilitar a navegação por meio de auxílio-
instrumentos, estabelecidas no Brasil.
rádio, de acordo com os procedimen-
É utilizada pelo piloto para planejar
tos ATS. Trata-se de uma série de
seu vôo ainda no solo, desde a origem
cartas com as rotas ATS, no espaço
até o destino, e como meio preliminar
aéreo inferior e superior;
para preencher o plano de vôo; a PDC fornece as coordenadas dos
a STAR proporciona aos aeronavegantes a informação que
principais pontos de estacionamento
lhes permite seguir a rota de
para a inicialização dos equipamen-
chegada padrão por instru-
tos de navegação, facilitando o movi-
mentos, designada, desde a
mento das aeronaves em terra, entre
fase em rota até a fase de
as pistas de táxi e as posições de esta-
aproximação;
cionamento nos pátios e vice-versa;
a IAC proporciona aos
a ADC proporciona às tripulações de
pilotos informações
vôo as informações necessárias para
que permitam efetuar
facilitar o movimento das aeronaves
um determinado procedimento
em terra, desde o local de estaciona-
de aproximação por instrumento para
mento até a pista de pouso e vice-
uma pista de pouso. Inclui os proce-
versa. É a representação gráfica das
dimentos de aproximação perdida e,
principais instalações e serviços exis-
quando pertinente, os circuitos cor-
tentes no aeródromo;
respondentes de espera; e
a ARC compreende informações que
a VAC permite a visuali-
facilitam as transições entre o vôo em
zação gráfica dos procedi-
rota e a aproximação para um aeró-
mentos de circulação visual
dromo, ou o vôo através de áreas com
no tráfego para pouso.
estruturas complexas de rotas ATS;
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Aplicativos
O ROTAER tem, como característica específica, sua circulação exclusivamente no território nacional. Trata-se de um manual de consulta rápida, de fácil manuseio, criado com a intenção de auxiliar os aeronavegantes que utilizam o espaço aéreo brasileiro, bem como pequenas aeronaves voando sob as regras de vôos visuais.
O SISNOTAM é o software desenvolvido pelo DECEA para armazenamento de NOTAM no Brasil, com a finalidade de disponibilizar para os usuários vários tipos de consulta, tais como: NOTAM específico, “check list”, boletins por localidades e, principalmente, o Boletim Pré-vôo que é essencial no planejamento de um vôo. O sistema possui sete servidores. Um servidor, administrado pela INFRAERO, atende às Salas AIS (salas existentes em todos aeroportos, destinadas ao planejamento dos vôos) por ela gerenciadas. Seis servidores são administrados pelo DECEA, sendo um em cada Centro Regional de NOTAM – CRN-Recife, CRN-São Paulo, CRN-Brasília, CRN-Curitiba e CRN-Manaus – e um servidor no Centro Geral de NOTAM (CGN), no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – CINDACTA I, localizado em Brasília. O servidor localizado no CINDACTA I armazena os NOTAM nacionais, gerenciados pelo próprio CGN, os NOTAM internacionais (NOTAM originados no Brasil e transmitidos para o exterior) e os NOTAM estrangeiros (aqueles recebidos do exterior, atualmente, de 110 países), os dois últimos gerenciados pelo NOTAM Office - NOF.
O Suplemento-AIP é publicado em páginas especiais e contém gráficos e desenhos de procedimentos ATS (Air Traffic Service – Serviço de Tráfego Aéreo). Pode trazer modificações ou novas informações de caráter temporário e permanente, dependendo do tipo de informação, e análises específicas por um prazo igual ou superior a três meses, desde que o usuário possa recebê-las antes de sua entrada em vigor. O NOTAM, ou Aviso aos Aeronavegantes, é um aviso com dados relativos ao estabelecimento, condição ou modificação de qualquer instalação aeronáutica, serviço, procedimento ou perigo cujo imediato conhecimento seja indispensável à segurança e eficiente rapidez da navegação aérea. O sistema NOTAM funciona em tempo real, disponibilizando aos pilotos informações atualizadas que ainda não estão publicadas nas cartas ou manuais. O NOTAM é cancelado quando as informações passam a constar desses documentos.
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O software AISWEB, disponibilizado pelo DECEA nos sites “http://ais.decea.intraer/aisweb” para usuários da INTRAER (Rede de Dados do Comando da Aeronáutica) e “http://www.aisweb.aer.mil.br” para o público em geral, visa a oferecer, de forma rápida e eficiente, as informações aeronáuticas no formato digital. São informações contidas nos manuais AIP-BRASIL, todas as cartas divulgadas no AIP-BRASIL-MAP, os dados contidos no ROTAER, os Suplementos AIP, NOTAM consultados diretamente do software SISNOTAM e várias publicações do Comando da Aeronáutica, como exemplo: Circular de Informação Aeronáutica – AIC, Instrução do Ministério da Aeronáutica – IMA, Instrução do Comando da Aeronáutica – ICA, Manual do Comando da Aeronáutica – MCA, dentre outras.
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O ICA te transporta E sempre se importa
“
“
Nas cartas,
Com o teu bem-estar.
Canção do ICA 50
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O BRASIL VISTO DE CIMA As atividades do ICA compreendem uma diversidade de produtos e serviços, os quais são utilizados para o gerenciamento da aviação militar e civil em território brasileiro, subsidiando o planejamento, a execução e o controle dos vôos, bem como para o apoio à infraestrutura aeroportuária e aeronáutica. Cabe à Divisão de Cartografia a execução de levantamentos geodésicos e topográficos que fornecem dados para as publicações aeronáuticas e suportam outras unidades da Força Aérea na instalação e orientação de equipamentos de auxílio à navegação aérea. Da mesma forma, é responsável pela confecção dos Planos Específicos de Zona de Proteção de Aeródromo que visam a disciplinar o crescimento urbano no entorno dos aeroportos, garantindo a segurança das aeronaves em vôo e das comunidades que ali se desenvolvem. Além disso, essa divisão responde pela produção de cartas aeronáuticas elaboradas seletiva e progressivamente, de forma a efetuar o reconhecimento de todo o território nacional nas escalas destinadas ao vôo visual, baseado em referências terrestres.
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OPERAÇÕES DE CAMPO
de auxílio à navegação aérea. Os serviços topográficos são realizados de acordo com o surgimento das necessidades para manutenção ou aumento de uma numerosa rede com mais de 500 auxílios de navegação aérea. Ainda são feitos levantamentos para a atualização de plantas de aeródromos, decorrentes de obras de modernização e determinação de obstáculos à aviação. Dentre as atividades executadas, devem ser destacadas:
A Seção de Operações de Campo (SOC) realiza levantamentos topográficos e geodésicos com a finalidade de gerar dados necessários ao desenvolvimento das atividades cartográficas do ICA. Apóia setores, como o de Controle do Espaço Aéreo, de Inspeção em Vôo, de Meteorologia, de Busca e Salvamento, de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações, além de outros no âmbito do Comando da Aeronáutica. Desenvolve, ainda, locações de obstáculos para elaboração de Planos Específicos das Zonas de Proteção com o intuito de disciplinar o avanço da malha urbana em direção aos aeródromos.
• apoio fotogramétrico às cartas cadastrais de aeródromos; • levantamentos para confecção de cartas aeronáuticas; • escolha de sítios para instalação de auxílios à navegação;
São realizados levantamentos em todas as Unidades da Federação, compreendendo toda a rede de aeroportos, aeródromos, pistas de pouso públicas, particulares e militares, além de sítios
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• orientação de equipamentos;
a manter atualizados os estoques. Existe, ainda, a preocupação de que os materiais estejam aferidos constantemente, mediante certificados emitidos por empresas habilitadas.
• levantamentos de obstáculos; • implantação de marcos geodésicos; e • apoio para área patrimonial.
A SOC possui fundamental papel para o Instituto de Cartografia Aeronáutica por ter, sob sua responsabilidade, a execução das operações de campo que têm por finalidade alimentar os arquivos de dados do acervo de informações aeronáuticas, veiculadas em suas publicações. Para o Comando da Aeronáutica, a Seção de Operações de Campo representa o único órgão habilitado a executar levantamentos topo-geo désicos, de maneira a garantir as precisões definidas para os serviços de cartografia aeronáutica.
Para que os resultados das medições sejam precisos e confiáveis, são utilizados modernos equipamentos. Em face da ininterrupta e numerosa demanda de missões, a SOC possui um setor de material dedicado integralmente à conservação e manutenção de todo o instrumental necessário. Em seu trabalho diário, são verificadas as condições físicas dos instrumentos que retornam do campo, checadas as condições dos equipamentos eletrônicos quanto ao seu funcionamento e contabilizados os materiais de consumo, de maneira
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teresse e Pontos de In o m ro ód er A torno télite do de satélite do en em Imagem de Sa ag im a do atividades ráfico integran interesse para as Produto cartog de os nt po de a locação do aeródromo e aeroportuárias.
Pre-Site ALS Serviço de levantamento topográfico para estudos de implantação do sistema de luzes por aproximação.
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Carta de Visibilidade Carta destinada a informar ao controlador de tráfego a visibilidade na área do aeródromo, mediante o conhecimento da distância até pontos naturais e artificiais visíveis. O ICA apóia o órgão regional na confecção dessa carta.
Locação de Auxílios à Navegação Aérea Desenho utilizado na identificação e localização dos auxílios à navegação, existentes no aeródromo, em relação à(s) pista(s) e às cabeceiras.
Campo de Miras Desenho de auxílio ao GEIV para orientação do equipamento óptico utilizado na inspeção em vôo.
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CARTAS VISUAIS Esta seção é responsável pela elaboração das cartas aeronáuticas destinadas a apoiar os vôos por referências visuais. São confeccionadas cartas nas escalas de 1:250.000, 1:500.000 e 1:1.000.000, sendo as duas últimas produzidas de acordo com a Organização de Aviação Civil Internacional.
O Programa Carta Aeronáutica Mundial, na escala1:1.000.000, surgiu com o objetivo de cumprir os acordos assumidos pelo Brasil perante a Organização de Aviação Civil Internacional, no ano de 1944. É composto por um conjunto de 46 (quarenta e seis) folhas produzidas de acordo com o da OACI, no formato digital, estando, atualmente, na
Para a elaboração das cartas de navegação aérea visual, são utilizadas, como base cartográfica, as cartas topográficas oriundas do Mapeamento Sistemático Brasileiro nas escalas: 1:1.000.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000. Este mapeamento é de responsabilidade do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da DSG (Diretoria de Serviço Geográfico do Exército). Foi iniciado em 1922 com a Carta Internacional ao Milionésimo (1:1.000.000), tendo seu auge nos anos 70 e 80, através do Programa Especial de Dinamização da Cartografia Terrestre (PDC).
4ª Edição. | CARTA DE NAVEGAÇÃO VISUAL (CNAV | CINAV) A Carta da Navegação Aérea Visual, na escala de 1:500.000 (CNAV), é outro produto recomendado pela OACI, produzido a partir da compilação de bases topográficas na escala 1:250.000. Para complementar o conjunto, são produzidas Cartas-Imagem de Navegação Aérea Visual (CINAV) em locais onde não existe mapeamento sistemático disponível. Este tipo de Carta é mais indicado para vôo de curta e média distância, em altitudes e velocidades
Hoje, para as atualizações, são utilizadas imagens orbitais dos satélites LANDSAT e CBERS, processadas em ambiente digital, principalmente para as categorias de sistema viário e limites urbanos.
baixas. | CARTA DE PILOTAGEM (CAP | CIAP) O Programa CAP, na escala de 1:250.000, é um pro-
Nas áreas em que não existe a documentação cartográfica, é efetuada a edição de Cartas-Imagem que possibilitam atender, parcialmente, às necessidades dos usuários da Cartografia Aeronáutica.
duto que segue, em linhas gerais, as especificações técnicas do Instituto Panamericano de Geografia e História (IPGH). Este produto é o documento cartográfico básico de
Os principais produtos são:
suporte à aviação militar, que, em virtude de sua escala e do grau de detalhamento, é a carta mais
| CARTA AERONÁUTICA MUNDIAL ( WAC | World Aeronautical Chart).
indicada para a navegação a baixa altura.
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Ainda na escala de 1:250.000, é produzida a Carta-Imagem Aeronáutica de Pilotagem (CIAP), que utiliza, como base topográfica, as imagens do satélite LANDSAT e do satélite sino-brasileiro de recursos terrestres CBERS2. Estas cartas recobrem as áreas onde não existe mapeamento topográfico na escala 1:250.000/1:100.000. Tendo em vista o incremento significativo do fluxo de tráfego aéreo, aliado ao desenvolvimento tecnológico das aeronaves e dos simuladores de vôo e a crescente demanda por produtos cartográficos digitais no âmbito da Força Aérea, está sendo realizado o recobrimento de todo o território brasileiro, a partir de pesquisa sobre as prioridades de área e produto, nas diversas organizações do Comando da Aeronáutica.
Carta Aeronáutica Mundial | WAC
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Carta de Navegação Aérea Visual | CNAV
Carta Aeronáutica de Pilotagem | CAP 61
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A cartografia por si só se esgota. É um valioso instrumento
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de que a informação aeronáutica dispõe, para servir à aviação brasileira.
Wilson Ruy Mozzato Krukoski - Cel Av Primeiro Oficial Engenheiro Cartógrafo da FAB 63
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CARTAS ESPECIAIS A Seção de Cartas Especiais tem como missão a elaboração de bases cartográficas especiais, customizadas para aplicações militares e outros fins. Um de seus maiores clientes é o Comando da Aeronáutica, através dos diversos esquadrões da Força Aérea, distribuídos pelo território brasileiro. Além disso, a Seção de Cartas Especiais também confecciona cartas para servirem de apoio à disciplina de vôos, em condições visuais, como, por exemplo, as cartas de corredores visuais.
As principais atividades são: • elaboração de mosaicos georeferenciados; • geração de arquivos “geotif” e “cadrg”; • elaboração de carta-imagem; • bases cartográficas para rotas especiais de aeronave em vôo visual; • bases cartográficas que não se enquadram no plano anual de trabalho.
Carta de Rotas Especiais para Aviões sob a TMA São Paulo. Carta de Corredores de Avião na escala 1:500.000, com as rotas especiais de avião na Terminal de São Paulo.
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Carta Especial CRUZEX Mosaico de cartas WAC para apoio à operação militar.
Carta-Imagem do CPBV - Cachimbo Carta-imagem produzida a partir de cenas do satélite CBERS2, distribuídas gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O objetivo deste documento é visualização da área do Campo de Provas Brigadeiro Veloso, entre os estados do Pará e Mato Grosso, para apoio de análise patrimonial.
Carta de Rotas Especiais dos Terminais RJ e SP - Tubulão Mosaico de cartas WAC interligando as terminais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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Carta de Rotas Especiais para Avião - REA em Vôo Visual na Área Terminal Rio e Região dos Lagos Carta-imagem produzida a partir de imagens do satélite LANDSAT. Esta carta tem como objetivo disciplinar o tráfego de aviões em vôo visual na Região dos Lagos e na Área Terminal do Rio de Janeiro.
Carta de Rotas Especiais para Helicópteros - REH em vôo visual na área do Rio de Janeiro Carta-imagem produzida a partir de cenas do satélite LANDSAT. Esta carta tem como objetivo disciplinar o tráfego de aeronaves em vôo visual na área do Rio de Janeiro.
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FOTOGRAMETRIA Esta Seção é responsável pela técnica de extrair das fotografias aéreas a forma, as dimensões e a posição dos objetos na superfície da Terra.
de dados tridimensionais do terreno, essenciais para a extração de um Modelo Digital de Elevação. O princípio da aerofotogrametria consiste na utilização da estereoscopia. A visão estereoscópica é obtida por meio de um par de imagens de uma mesma área, tomadas sob diferentes pontos de vista, o que permite a visualização 3D da cena em questão. De posse desse par de imagens, faz-se possível a medição e restituição tridimensional das feições visualizadas. No entanto, a execução de tal processo exige um conjunto de operações que reproduzem a geometria do sensor no exato momento de aquisição das imagens.
A aerofotogrametria é um conjunto de técnicas utilizadas a fim de se obter a posição tridimensional de feições da superfície terrestre. O principal dado de entrada consiste em um conjunto formado por pares de imagens estereoscópicas, imagens estas adquiridas por sensores a bordo de plataformas aerotransportadas. Com sensores a bordo de aeronaves, a aerofotogrametria utiliza, na grande maioria dos casos, uma câmara métrica para a tomada de fotografias. É a técnica mais consagrada para aquisição
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A essência de todo o processo fotogramétrico consiste de um conjunto de transformações entre sistemas de coordenadas. A primeira delas é denominada de orientação interior e consiste na transformação entre o sistema de coordenadas da imagem e o sistema de coordenadas da câmara, dito sistema fotogramétrico. A orientação interior considera ainda alguns parâmetros de distorção inerentes ao próprio sistema de aquisição das imagens. A fase seguinte visa a obter os parâmetros de orientação do sensor bem como fazer a conversão entre o sistema de coordenadas da câmara e o sistema de coordenadas do terreno. Esta fase é denominada de orientação exterior e exige que sejam identificados, nas imagens, pontos de apoio levantados em campo que irão vincular os dois sistemas. Sendo assim, a execução desta etapa exige um levantamento de campo posterior à tomada das imagens. Feita a etapa de orientação exterior, o par estereoscópico pode ser considerado pronto para o processo de restituição. Sendo assim, é possível extrair as coordenadas tridimensionais de pontos sobre o terreno, bem como a restituição de curvas de nível, que irão modelar o comportamento topográfico da superfície. De posse de um conjunto de pontos amostrados do terreno, juntamente com as curvas de nível sobre o mesmo, faz-se possível a extração de um Modelo Digital de Elevação que irá representar a forma e as variações do relevo.
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ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO Esta seção trata da Zona de Proteção do Aeródromo
Já o Plano Específico de Zona de Proteção de Aeródromo (PEZPA) é elaborado no Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), após solicitação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em conjunto com especialistas em tráfego aéreo dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP). Este plano é organizado com características especiais e fundamentado nos procedimentos de tráfego aéreo, nas características físicas da pista de pouso, no plano diretor aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) de um determinado aeródromo e nos acidentes artificiais e naturais existentes na região do estudo.
(ZPA), através de um conjunto de regras para disciplinar a altura das construções e demais implantações nas áreas abrangidas pelos Planos Básico e Específico de Zona de Proteção de Aeródromo. O governo brasileiro, com o objetivo de garantir o máximo de segurança às aeronaves em vôo e às comunidades que ocupam áreas no entorno dos aeródromos, bem como seguir os preceitos previstos pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), da qual o Brasil é membro, criou legislação específica sobre o assunto. Tendo como ponto de partida o extinto Código Brasileiro do Ar, atualmente Código Brasileiro de Aeronáutica, que prevê a criação
Utilizando softwares específicos e pessoal qualificado, o ICA está substituindo, por versões atualizadas em meio digital, os Planos Específicos em vigor, totalizando 22 planos. As portarias de aprovação desses planos são publicadas no Diário Oficial da União e, posteriormente, são divulgadas para os órgãos competentes pelo ICA, juntamente com as cartas que representam os dados nela descritos.
das Zonas de Proteção de Aeródromos, encontra-se em vigor o Decreto nº 95.218, de 13 de novembro de 1987 e a Portaria nº1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987. Estes disciplinam a altura das construções e demais implantações nas áreas abrangidas pelos Planos Básico e Específico de Zona de Proteção de Aeródromos. O Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA) é de aplicação genérica a todos os aeródromos e, em função das características físicas do mesmo, tem seus gabaritos definidos na Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987. Ela permite implantações, mediante autorização prévia da autoridade aeronáutica competente, cabendo ao administrador do aeródromo mantê-lo atualizado.
A seção também é responsável pela manutenção do banco de implantações autorizadas e encaminhadas pelos Comandos Aéreos Regionais. Os profissionais que compõem o efetivo da seção de ZPA são cartógrafos de nível superior e médio e procuram aprimorar-se nas técnicas mais modernas de produção, no intuito de prover uma melhora na otimização desses trabalhos.
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fluxograma para confecção dA carta de obstáculos tipo a
FUNÇÃO DA CARTA DE OBSTÁCULOS | TIPO A A função destas cartas é fornecer aos aeronavegantes informações relevantes nas fases do planejamento do vôo, de forma a garantir que uma aeronave operando em um determinado aeródromo possa cumprir as limitações operacionais mínimas de performance, estabelecidas pela OACI.
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O ICA tem um passado de 25 anos de bons serviços, um
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presente de crescimento tecnológico e um futuro cheio de esperanças de novas realizações. Ainda há muito que fazer e nosso time tem competência para tal.
Ten Brig do Ar Flávio de Oliveira Lencastre
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modelo Numérico de elevação de JACAREPAGUÁ - RJ
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CONSCIÊNCIA SOCIAL Falar em responsabilidade social está na moda. Basta abrir os jornais, navegar pela Internet, assistir a TV, ouvir rádio ou folhear revistas para encontrar propagandas ou reportagens falando de iniciativas que buscam valorizar a ação responsável. Desta forma, também o Instituto de Cartografia Aeronáutica começou a procurar soluções para manter sua produção sem causar impactos sociais, com atitudes pró-ativas de todos os colaboradores e integrantes da instituição. Isto resultou em melhorias para eles próprios, para as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a instituição e para a sociedade como um todo, em seus mais diversos níveis. Como parte de seu programa de apoio sócio-educativo às instituições educacionais, o ICA recebe visitas de alunos de estabelecimentos de ensino superior e médio. São estudantes de cursos dentro das áreas de Engenharia Cartográfica e Geografia. Essa experiência permiti-lhes a compreensão do planejamento, gerenciamento e execução das atividades relativas à cartografia e às informações aeronáuticas do Brasil. Vale destacar que essas atividades constam como item curricular, de caráter permanente, dos cursos de nível superior e médio das diversas instituições de ensino que nos visitam ao longo do ano letivo. Dentro da programação dessas visitas, os estudantes têm a possibilidade de assistir a uma exposição, em audiovisual, sobre a produção de diferentes cartas de navegação visual e por instrumentos, utilizadas para planejar, executar e controlar o vôo. Além disso, conhecem as instalações técnicas desta Organização Militar. Nossa preocupação também engloba as atividades de filantropia, beneficiando diversas instituições sem fins lucrativos, que carecem de apoio para suprir todas as suas necessidades. Através de mobilização do efetivo, o ICA promove a arrecadação e distribuição dos recursos necessários, com intuito de amenizar a situação daqueles que precisam. Também com o objetivo de estimular a consciência ecológica e preservação do planeta para as futuras gerações, em parceria com o Banco Real, foi instalado um “papa-pilhas” nas dependências do nosso Instituto. Essa é uma iniciativa que visa a recolher e reciclar pilhas e baterias usadas. Assim, cooperamos para a adequada disposição desse material cujos resíduos tóxicos representam um risco ao meio ambiente e à saúde pública. Sabemos que estas são pequenas atitudes para a quantidade de ações que ainda se fazem necessárias para melhorarmos a qualidade de vida do nosso planeta. Mesmo assim, com esta pequena gota d´água, temos conseguido manter o efetivo desta Organização Militar participativo e atento aos problemas sociais e ambientais de nosso país.
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A propriedade é, a um só tempo, individual e social – o que urge ter em vista não se circunscreve à própria utilidade, mas se amplia ao bem-comum.
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Marechal-do-Ar Eduardo Gomes Patrono da Força Aérea Brasileira
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CANÇÃO DO ICA Decola, Aeronave, e voa, Ergue a tua proa E vai ferindo o ar; Segue os níveis de cruzeiro, No céu brasileiro, Vamos navegar. Nas cartas, O ica te transporta E sempre se importa Com o teu bem-estar. Decola, Aeronave, e voa, Ergue a tua proa E vai ferindo o ar. Nas informações costantes, Missões importantes, Vejo o teu desbravar; Nas operações de campo, A crença e o orgulho Do teu triunfar; O controle do espaço E a segurança Vão até além-mar. Decola, Aeronave, e voa, Ergue a tua proa E vai ferindo o ar. Letra e Música: Fernando José Moraes Arranjo: Samuel Dias Ladeira - 1S SMU 80
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CASAMENTO PERFEITO Nasceu soberano Constituiu-se com dedicação Quão forte tu és, jovem triunfante, Já fizeste e fazes diferença em nossa nação
Entre esquadros e compassos foste criado Suor do rosto e grafite eram teu alimento Mapa, palavra almejada Cartas Aeronáuticas são a tua vida
Hoje cresceste E os instrumentos da infância Esquece! Ficaram para trás Entre GPS e computadores tu estás Toda essa evolução e difusão Voltadas para um único objetivo E apenas uma razão A grande amada Aviação
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Um sangue azul corre em tuas veias Sedento és tu de poder Os céus tu já alcançaste Com sua proteção “ao mais pesado que o ar”
25 anos se passaram E o amor pela amada não esfriou, não findou Mas a cada dia se aperfeiçoa e revigora
Casamento perfeito é este Símbolo de comunhão Nunca abandonaste a amada Símbolo de fidelidade
Não apenas uma mera paixão ou consideração Mas um verdadeiro símbolo de união Que lindo casal é este? ICA e Aviação Jonathas Santos Martins - 3S SAD 83
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ADALBERTO FERREIRA LUZ • ADEMAR HERMIDA DA SILVA • ADÍLSON MARTINS RIBEIRO FILHO • ADILSON REZENDE DA SILVA • ADONIAS REZENDE DA SILVA • ADYRSON RODRIGUES DO NASCIMENTO • AGILDO NUNES BEZERRA • ALAN COSTA MESQUITA • ALBERTO SOUZA FERRARIO • ALBERTO VICTOR PEREIRA • ALCIDES LOURENÇO SAUER • ALEXANDER DE MESQUITA BORGES • ALEXANDRE DA SILVA ANDRADE • ALEXANDRE DA SILVA CARVALHO • ALEXANDRE MOTA MARQUES DA SILVA • ALEXANDRO PUGA DE SOUZA • ALEXSANDER DE OLIVEIRA MENDONÇA • ALINE CHAVES DA SILVA • ALINE DANTAS DE AZEVEDO • ANA LUCIA DE SOUZA ASSUMPÇÃO • ANDERSON ANDRÉ BASTOS TAVARES • ANDERSON CAVERZAN DE AGUIAR • ANDERSON DA SILVA GOMES • ANDERSON DE ALMEIDA JUNIOR • ANGELA MARIA MONTEIRO DA TRINDADE • ANGELO RICARDO DE MORAES • ANTONIO IVAN RODRIGUES BARRETO • AUGUSTO PEIXOTO PRANDI • AURISTELA LEANDRO PINHEIRO • BETINA PIRES ARGUELLO • BRUNO DE OLIVEIRA PINTO SEGTOVICH • CAMILA BASSETTO • CAMLLO JOSÉ MARTINS GOMES • CARLOS ALBERTO DO NASCIMENTO GARCIA • CARLOS ALBERTO SOUZA DE ASSIS • CARLOS ALESSANDRO DOS SANTOS DE CASTRO • CARLOS ANDRÉ DA SILVA ROCHA • CARLOS DANIEL DE MATTOS MENDES • CARLOS EDUARDO FERREIRA LOPES • CARLOS HENRIQUE DA SILVEIRA • CARLOS HENRIQUE SILVEIRA DA SILVA • CARLOS MAURÍCIO MACHADO AIETA • CARLOS MEDEIROS ARAÚJO • CARLOS RENATO DE ANDRADE MATTOS • CARLOS ROBERTO SORRENTINO DE FREITAS • CIDIBEL DE OLIVEIRA LOPES • CIRO AUGUSTO DOS SANTOS • CLAUDINEI DE SOUZA GUIMARÃES • CLÁUDIO ANTONIO DE SOUSA • CLÁUDIO SERGIO DO NASCIMENTO • CLÉBER GOMES RIBEIRO • CLÉBER LUÍS CORREIA • CLEIDSON BERGAMI ALVES • CLÓVIS NOÉ DA SILVA • COSME DE OLIVEIRA NEVES • CRISTIANE DE BARROS PEREIRA • CRISTIANO DA SILVA • CRISTIANO EMERSON RAMOS FERREIRA • CRISTINA GONÇALVES DA SILVA • CYNTIA DE JESUS PIRES • DAMIÃO CARDOZO • DANIEL GENOVESE FILHO • DANIELLE ALONSO DE ARAÚJO • DÁRIO RIBEIRO • DAYZE DOS REIS DO NASCIMENTO • DIEGO OLIVEIRA MARQUES DE ARAÚJO • DILMA SILVA DE OLIVEIRA MONTEIRO • DOUGLAS REIS DE OLIVEIRA • DOUGLAS ROMERO DE SANTA RITA • EDINIR DALLAVIA • EDNELSON MENEZES DA CONCEIÇÃO • EDSON FERREIRA DE SENA • EDUARDO MARIANO DE OLIVEIRA • EDUARDO MUILER BARBOSA NOGUEIRA • EDUARDO NARCIZO SAMPAIO • EDVALDO SPPEZAPRIA DIAS • ELIEL COSTA MORAIS • ELISEU RODRIGUES DE MORAES • ELIZABETH DI GESU VIANNA DA SILVA • ELIZETE MONTEIRO FERNANDES • EMERSON RIBEIRO DE MORAES • ERIC DE AZEVEDO BASTOS • EVANDRO D'AIUTO • EVANDRO DO BOMFIM DIAS • EVÂNIO CLEMENTE • FABIANO CORREA DUARTE • FABIANO MARCELO ECKHARDT • FÁBIO BATISTA DUARTE • FÁBIO DIAS FERREIRA • FÁBIO FERREIRA DA SILVA • FÁBIO JOSÉ DOS SANTOS DE CARVALHO • FÁBIO NIZO PEREIRA DA SILVA • FÁBIO ROBERTO DE SOUZA ALVES • FELIPE DA SILVA CASSEMIRO • FERNANDO ANTONIO BENTO DA SILVA • FERNANDO JOSÉ DE MORAES • FIRMINO FREITAS REIS FILHO • FRANCISCO CARLOS DE GUSMÃO QUEIROZ • FRANCISCO DAS CHAGAS DE MELO MENDES • GABRIEL DIETZSCH • GERALDO NUNES ALMEIDA • GILSON FREITAS SANTORO • GLAUCIA PEIXOTO MACEDO BUENO • GLEISON DE MORAIS BARRETO • HEITOR MATEUS TOMAZ DA SILVA • HÉLIO NUNES BARRETO • IVAN LIMA DE ANDRADE • IVANILDO CARVALHO COELHO • JAIR SIQUEIRA DE LIMA • JASSON MENDES CARLOS • JOÃO ADALBERTO DE BRITO PEREIRA NETO • JOÃO MAGNO SOARES DE ALMEIDA • JOÃO PEDRO 84
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M
RO IM IO
MA • DRO
ALVES REGA • JONATAS DUTRA DE OLIVEIRA • JONATHAS FELIPE DA CONCEIÇÃO • JONATAS SANTOS MARTINS • JORGE ANTONIO DAS NEVES VIEIRA • JORGE DE ALMEIDA RAMOS • JOSÉ ALBERTO DE OLIVEIRA DOS SANTOS • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA • JOSÉ LUIZ MOREIRA DE OLIVEIRA • JOSÉ MAURÍCIO BRUM DE MELLO • JOSÉ MESSIAS BARROS CHAVES • JOSÉ OTÁVIO BISCAIA • JOSÉ ZEFERINO CAVALCANTI BRAGA JUNIOR • JOSEPH PAINS DA SILVA • JULIO CÉSAR EMILIANO DE FREITAS • LEANDRO FARIA MANUEL • LEONARDO MARINI PEREIRA • LEONARDO SCHARTH LOUREIRO SILVA • LIANE CAMINHA FALCÃO • LINO DIÔ HONORATO DA SILVA • LUCIANA LIMA FERREIRA CRUZ • LUIZ CARLOS DE CARVALHO INÁCIO • LUIZ CLÁUDIO PORTO PINHEIRO • LUIZ FERNANDO DE ARAÚJO PACHECO • MAIRA KRONEMBERG LIMA • MARCELO LOPES VENTURA • MARCELO BARRETO GONÇALVES • MARCELO GOMES TAMBORINDEGUY FERNANDES • MARCELO MILHORATE GOULART VIANA • MARCELO RIBEIRO • MARCIAN MONTEIRO DA COSTA • MÁRCIO DA SILVA PLAZA • MARCO ANTONIO DO AMARAL GORDO • MARCO ANTÔNIO MONTE DE SANTANA • MARCO ANTONIO RAMOS LOPES • MARCOS AZEVEDO DOS SANTOS • MARCOS DA ROCHA PEREIRA • MARCYA VALERIA GALVÃO PEREIRA • MARIA DE FATIMA DA SILVA ANTUNES • MARINO SALLES FILHO • MAURI PANTOJA MUNIZ • MIRIAN DE LOURDES DOS REIS ALBUQUERQUE CAJARAVILLE • MOACYR VIANA FILHO • MÔNICA SARAIVA SÁ COUTO • NELSON CARNEIRO DE FREITAS • NEMIAS HELIO DOS SANTOS • NILTON DE SOUZA DO AMARAL • OTÁVIO DA COSTA FERNANDES • PABLO MARQUES MIRANDA • PAULO CESAR DE FREITAS JUREMA • PAULO EDUARDO GOMIDE • PAULO MIRANDA D'OLIVEIRA PINTO • PAULO ROBERTO CORRÊA DE ARAÚJO • PAULO ROBERTO PEREIRA DE AGUIAR • PAULO ROBERTO TORRES BRAGA • PEDRO LOPES JUNIOR • RALF VON LASPERG • RENATO GONÇALVES DE CARVALHO • RENATO IGNÁCIO FIGUEIREDO • RICARDO BITTENCOURT LOPES • RICARDO JORGE COUTINHO ALVES • RIVALDO ROSA DOS SANTOS • ROBERTA DA COSTA MENDES • ROBERTO MONTEIRO SOBRINHO • ROBERTO TEIXEIRA ALVES • ROBISON DIIR CONCEIÇÃO • RODOLFO SILVA CARVALHO • RODRIGO AFFONSO LIMA • RODRIGO AUGUSTO QUIRINO • RODRIGO DA GRAÇA FERREIRA • RODRIGO SILVA DE AZEREDO • RODRIGO TEIXEIRA COSTA PEREIRA • RODRIGO TORRES PINTO • ROGER BRANCO SIMÕES • ROGÉRIO GUIMARÃES OLIVIERA • ROGERIO QUINTANILHA DOS SANTOS • ROMERO DUARTE NEVES • ROMILDO JOSÉ VAZ • RONALDO JOSÉ DE CARVALHO MATHIAS • RONALDO RODRIGO OTAVIO BELARMINO • RUAN CARLOS FELICIANO OLIVEIRA • RUTH BORGES NITO DOS SANTOS • SAINT CLAIR DOS SANTOS SILVA • SANDRO VIEIRA FERNANDES • SÉRGIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA RAMOS • SÉRGIO MONTEIRO DE LIMA • SIDNEY ANDRADE DE LIMA • SILVIO CRISPPIM DE LIMA • SILVIO HELENO C. SCARABELLI JUNIOR • SIRLEI JOSÉ RODRIGUES SANTOS • SONIA PRADO CABRAL • SOUTHEY DE SOUZA CASTRO • TASSIO DE MELO EVARISTO • THAYS LUCIA BRANDÃO • THIAGO DE ANDRADE WRENCHER • THIAGO LIBERATO DE JESUS • TIAGO FIDELIS ARAUJO • UANDERSON DE OLIVEIRA QUINTANILHA • UBIRAJARA SILVA DE SÁ • VANILDO DE CARVALHO • VITOR RIPPER DAMAS • WALDIR MELO LOPES • WELLINGTON GONÇALVES HASTENREITER • WILSON CÉSAR GONÇALVES • WILSON LOPES NEVES JUNIOR 85
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O Instituto de Cartografia Aeronáutica é a única instituição responsável pela produção de cartas de navegação aérea no Brasil, ou seja, O ICA É ÚNICO NO QUE FAZ!
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Eric de Azevedo Bastos - Cel Av
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ICA
JUBILEU DE PRATA
25 Anos Mapeando o Céu do Brasil 88
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