Revista Aeroespaco 81

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Retomada do Aeroporto Internacional Salgado Filho

Segurança Cibernética: inovação, capacitação e cooperação

Nossa capa

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido por sua Assessoria de Comunicação Social - ASCOM

Diretor-Geral: Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi

Chefe da ASCOM e revisão geral: Capitão Aviador Warlley dos Santos Rodrigues

Redação: Tenente Raphaela Valiñas Martorano Tenente Gabrielle Andressa Fernandes Torres Denise Fontes (RJ 25254 JP)

Daniel Marinho (MTB 25768 RJ)

Telma Penteado (RJ 22794 JP)

Revisão: Luciene Alves (RJ 24431 JP)

Projeto Gráfico/Diagramação: Aline Prete (MTB 38334 RJ)

Fotografias: Fábio Maciel (RJ 33110 RF) Luiz Eduardo Perez (RJ 201930 RF) Marcelo Alves (RJ 37841 RC)

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Arte: Aline Prete / FOTO: FABIO MACIEL

EDITORIAL

Sustentabilidade, fluidez e segurança

Écom grande entusiasmo que apresentamos a mais recente edição da Revista Aeroespaço, que celebra um ano marcante para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Esta edição reúne matérias que refletem nosso compromisso com a segurança, a inovação e o desenvolvimento sustentável da aviação em todo o território nacional. O ano de 2024 trouxe desafios significativos para o DECEA. Apesar disso, reafirmamos o nosso compromisso com o controle do espaço aéreo, provendo os serviços de navegação aérea de forma segura, eficaz e ordenada.

Ao longo das páginas, você verá como o DECEA está alinhado às metas globais de sustentabilidade com iniciativas para a redução de emissões de gases poluentes na aviação, além de nosso compromisso com o bem-estar do efetivo e de suas famílias, evidenciado pela Missão de Assistência Integrada Itinerante. A revista também destaca nosso papel internacional, além de iniciativas locais que refletem nosso compromisso com a capacitação dos controladores de voo.

Nessa edição, exploramos nosso pioneirismo na integração de novas tecnologias, como o BR-UTM, que viabiliza a operação segura de drones e eVTOLs, e os avanços na cibersegurança, fundamentais para proteger os sistemas que sustentam a aviação moderna.

Também desempenhamos ações fundamentais para reestabelecer a infraestrutura aeronáutica do estado do Rio Grande do Sul, após a tragédia climática ocorrida no final do mês de abril. Depois de cinco meses de operações aéreas comerciais e militares na Base Aérea de Canoas, o Aeroporto Internacional Salgado Filho voltou a receber voos domésticos no mês de outubro. Muito mais do que controle do espaço aéreo, apoiamos o desenvolvimento econômico por meio da atividade aeronáutica e garantimos a segurança da navegação aérea através das inspeções dos auxílios à navegação aérea que foram comprometidos pelas inundações.

Destacamos o excepcional papel da Força Aérea Brasileira, por meio do DECEA, durante a Reunião da Cúpula dos Líderes do G20, realizada, em novembro, no Rio de Janeiro. Com a ativação da nossa Sala Master no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, onde profissionais trabalhavam 24 horas por dia, para garantir a segurança das aeronaves e a eficiência das operações aéreas.

Por fim, a atuação do DECEA no maior exercício de guerra simulada da América Latina, a CRUZEX, provendo meios transportáveis de comunicação, controle e alarme aéreo, além da atuação dos controladores de defesa aérea desempenhando um papel fundamental para a coordenação e a segurança do exercício.

Cada matéria foi preparada para evidenciar como o DECEA, Órgão Central do Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, molda o presente e o futuro da aviação brasileira, assegurando que o setor continue a ser um pilar do desenvolvimento nacional e internacional.

Convidamos você a mergulhar em cada página e descobrir mais sobre o trabalho que nos move e as conquistas que compartilhamos com orgulho.

Boa leitura!

Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi Diretor-Geral do DECEA

G20: olhos atentos

Após meses de dedicação para sediar este grandioso evento, o sentimento dos profissionais que participaram da organização da Reunião da Cúpula dos Líderes do G20 é o de missão cumprida. Foram mais de nove mil militares das Forças Armadas envolvidos, diversas aeronaves de prontidão, aeroportos sem atrasos, estruturas funcionando 24 horas por dia

AForça Aérea Brasileira desempenhou um papel importante na segurança e na fluidez do tráfego aéreo durante a Cúpula do G20, que contou com a presença de chefes de Estado e delegação de 40 países e representantes de 15 organizações internacionais. A operação envolveu uma série de medidas coordenadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo para garantir a segurança das aeronaves e a eficiência das operações aéreas.

Uma das ações foi a ativação da Sala Master de Comando e Controle, localizada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, no Rio de Janeiro, onde militares da FAB, autoridades de órgãos governamentais, forças de segurança e representantes do setor de aviação trabalharam de forma integrada para monitorar as chegadas e partidas dos voos dos líderes internacionais.

Estavam presentes no local representantes dos seguintes órgãos: Agência Nacional de Aviação Civil, NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea, Secretaria de Aviação Civil, RioGaleão, Base Aérea do Galeão, Ministério das Relações Exteriores, Centro de Operações Rio, Petrobras, Polícia Federal, Exército Brasileiro, Polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro.

Entre as principais funções da Sala Master estão o monitoramento do espaço aéreo, a coordenação de zonas restritas, o gerenciamento de tráfego aéreo prioritário e a gestão de contingências para viabilizar respostas rápidas a imprevistos, incluindo acionamento de protocolos de emergência e coordenação de recursos de segurança.

Por Denise Fontes

Sala Master: prontidão na coordenação entre o controle e a defesa aérea garante a segurança e a fluidez dos voos durante o evento

O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, destacou o planejamento realizado previamente entre o Departamento, os órgãos de segurança e de navegação aérea para garantir a segurança e a fluidez do tráfego aéreo ao longo do G20. “A Sala Master é um aprendizado oriundo de outros grandes eventos já realizados no Brasil. O trabalho colaborativo de todos os integrantes resulta na eficiência das nossas atividades, 24 horas por dia, garantindo os céus livres e em segurança para atender às exigências de um evento de grande porte e alta visibilidade”, declarou o Oficial-General.

A ativação da Sala Master foi comprovada com sucesso em outros grandes eventos, como à época da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos

de 2016, quando coordenou um fluxo intenso de aeronaves e integrou sistemas de defesa aérea para a proteção do espaço aéreo. Essas experiências obtidas em cada evento, aliadas à capacidade das diversas instituições envolvidas, colocaram o Brasil em um patamar de destaque no cenário internacional.

Restrições do Espaço Aéreo

O evento exigiu coordenação entre o controle de tráfego aéreo e a defesa aérea para assegurar que as restrições de segurança fossem cumpridas rigorosamente. O espaço aéreo da Terminal de Controle do Rio de Janeiro (TMA-RJ) teve sua configuração modificada por conta das restrições de segurança. Foram ativadas zonas de exclusão classificadas como reservada, restrita e proibida, onde só era permitido o voo de aeronaves autorizadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais, visando garantir a segurança dos líderes globais e do território nacional.

Sala Master, atenção 24 horas por dia

Monitoramento das aeronaves na área de exclusão

Célula de Defesa Aérea é ativada para o G20

Durante o período de ativação das áreas, as aeronaves que desrespeitassem as restrições e proibições estavam sujeitas à intervenção, persuasão e detenção, situações previstas nas Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.

Além do controle de tráfego aéreo, a operação demandou a ativação de uma Célula de Operações Local de Defesa Aérea, instalada no Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ), para supervisionar as medidas de policiamento do espaço aéreo durante o evento.

Aumento da demanda do tráfego aéreo

A alta demanda de tráfego aéreo também exigiu esforços por parte dos controladores de tráfego aéreo. Entre os dias 16 e 19 de novembro, o Aeroporto Internacional do Galeão (RJ) registrou uma média de 1.510 movimentos aéreos, com um aumento de 83% comparado ao mesmo período do ano passado.

O Aeroporto Santos Dumont (RJ) teve cerca de 282, entre pousos e decolagens, com uma queda de 63% em comparação ao mesmo período de 2023, em razão das restrições dos voos no aeródromo nos dias 18 e 19 de novembro.

Durante o período, o CGNA e o COMAE aprovaram aproximadamente 2.150 planos de voo, permitindo que as aeronaves operassem em áreas de exclusão estabelecidas para o evento.

Pontualidade brasileira

Sem atrasos. Assim foi a experiência do tráfego aéreo durante a Reunião da Cúpula do G20. O índice de pontualidade dos voos atingiu a marca de 95%, superando as expectativas. A partir da Sala Master foram monitorados os voos de chefes de Estado e de Governo, delegações, forças de segurança e emergência, empresa de filmagem. Tudo isso para, além de garantir celeridade e segurança para os envolvidos, fazer com que os passageiros não sentissem o impacto do aumento da demanda.

Para o chefe da Sala Master, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, o resultado positivo é fruto de planejamento, coordenação e integração entre as diversas entidades envolvidas. “Reunimos todos os órgãos responsáveis pela tomada de decisão e coordenamos com a defesa aérea, garantindo que todas as aeronaves chegassem e partissem com segurança. Essa experiência é resultado de anos de trabalho e nos permite oferecer máxima segurança em eventos dessa magnitude”, destacou o Oficial-General sobre a atuação do DECEA no G20.

Brigadeiro Peçanha:

"O resultado positivo é fruto de planejamento, coordenação e integração entre as diversas entidades envolvidas."

A OPERACIONALIDADE DO 1⁰ GCC NA CRUZEX

Muito solicitada nas grandes operações da FAB, a unidade provê estruturas de comunicações e controle essenciais para mais um exercício simulado

Por Denise Fontes
Fotos: ASCOM / 1⁰ GCC / CECOMSAER

AForça Aérea Brasileira realizou em novembro o maior exercício de guerra simulada da América Latina, a CRUZEX. A edição de 2024 reuniu, por duas semanas, forças aéreas de 16 países, que conduziram intensos treinamentos, na Base Aérea de Natal, em Parnamirim (RN).

Com o objetivo de treinar, de forma conjunta, cenários de conflito e promover a troca de experiências entre os países participantes, este exercício operacional multinacional é mais um exemplo das complexas demandas exigidas para a montagem de um teatro de operações desta dimensão.

É exatamente neste momento que entram em cena organizações militares do Comando da Aeronáutica que, ao longo de todo o ano, prestam um trabalho fundamental no fornecimento de infraestrutura e profissionais especializados ao COMAER, cuja expertise é extremamente necessária para grandes operações como esta.

O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle é uma delas, pois é a única unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo com grande mobilidade para prover meios transportáveis de comunicação, controle e alarme aéreo, e que é sempre solicitada para apoiar operações do gênero.

Envolvimento e Mobilização

A mobilização começou cedo, com um extenso planejamento operacional para garantir a plena execução da CRUZEX. O 1º GCC e seus Esquadrões subordinados estavam presentes em seis localidades estratégicas: Caicó (RN), Açu (RN), Santa Terezinha (PE), Sousa (PB), Recife (PE) e Parnamirim (RN), com o objetivo de garantir uma infraestrutura robusta e segura, essencial para a coordenação das operações aéreas em um cenário complexo e de alta densidade de tráfego.

Integração: aeronaves de caça de diversos países participam do exercício

Para assegurar que todas as aeronaves operassem de forma integrada, o 1º GCC instalou uma rede de comunicações ampliada. Antenas foram montadas em pontos estratégicos do Nordeste, possibilitando enlaces via satélite para permitir a comunicação direta entre as aeronaves e os controladores de voo em Recife.

Em Caicó (RN), o 1º GCC também reforçou a cobertura da região com a instalação do radar de defesa aérea TPS-B34M. O equipamento se destaca pela capacidade de aumentar a detecção de aeronaves em rota a partir do local onde é instalado. Uma de suas principais vantagens é ser transportável, permitindo ser instalado em qualquer região do território nacional.

Esse radar permitiu que as aeronaves fossem monitoradas em tempo real, garantindo operações seguras e coordenadas. Com isso, as aeronaves não apenas se comunicaram, mas também foram observadas e gerenciadas de maneira precisa, assegurando maior eficácia na condução das missões.

O Grupo forneceu ainda o sistema PAR-2000, possibilitando aproximações seguras mesmo em condições meteorológicas adversas. Esse equipamento permitiu que os controladores conduzissem os pilotos até o toque no solo com máxima precisão, aumentando a segurança das operações.

Equipamentos do 1º GCC são deslocados na aeronave KC-390 para Natal

Controladores e Pilotos de Defesa Aérea realizam preparação para CRUZEX

Outro destaque foi a montagem de sistemas de videoconferência em Parnamirim e Recife, facilitando a realização dos briefings entre pilotos e controladores antes de cada voo. Também foram instalados sistemas DA/COM nas células de coordenação do exercício, viabilizando o acompanhamento em tempo real dos movimentos das aeronaves no teatro de operações durante a guerra simulada.

“Nossas equipagens estavam prontas e mobilizadas em diversas localidades do Nordeste, para contribuir diretamente com o sucesso do Exercício."

A declaração do comandante do 1º GCC, TenenteCoronel Aviador Tomaz Lopes de Araujo, traduz a percepção do efetivo durante a intensa mobilização que envolveu grande parte do Grupo e de seus Esquadrões por vários meses.

Preparação de Pilotos e Controladores de Tráfego Aéreo para a CRUZEX

Os controladores e pilotos de Defesa Aérea realizaram treinamento para a CRUZEX em um cenário simulado, no ICEA.

Os cenários táticos incluíram simulações de guerra moderna, com foco em diversas operações, combinando missões defensivas e ofensivas, assim como transporte aéreo logístico.

“O treinamento BVR, traduzido do inglês: além do alcance visual, exigiu intensa interação entre piloto e controlador, melhorando procedimentos. Pilotos utilizaram as informações e instruções dos controladores para detectar e engajar alvos a longas distâncias, fator que contribui na interação e aprimorou a coordenação e a eficiência das operações. Após cada treinamento prático, ocorreu um debriefing detalhado para analisar os pontos positivos e identificar áreas de melhoria”, pontuou o Adjunto do Oficial de Comunicações e Eletrônica, Tenente-Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcelo Funari Mesquita.

Atuação dos Controladores de Tráfego

Aéreo na CRUZEX

Durante o Exercício, estes profissionais desempenharam um papel fundamental para a coordenação e a segurança das missões de treinamento. Um dos principais desafios para os controladores era a complexa integração dos voos de várias Forças Armadas nacionais e estrangeiras, envolvendo uma série de etapas planejadas com precisão.

Antes de iniciar o Exercício, foi realizado um treinamento especializado com controladores da Torre, do Controle de Aproximação e do Centro de Operações Militares para conhecimento dos cenários simulados e desenvolvimento de táticas de resposta rápida a situações de alta complexidade.

A CRUZEX 2024 contou com a instalação de avançados sistemas de comunicação e vigilância, que eram operados e supervisionados pelos

controladores para minimizar qualquer impacto ou interrupção nas operações aéreas da região. Esses sistemas permitiram o acompanhamento de cada movimento das aeronaves, garantindo maior precisão e segurança ao controle do espaço aéreo.

Durante os voos de combate e treinamento em áreas como São Gonçalo do Amarante (RN) e Mossoró (RN), os controladores também exerceram um papel fundamental no monitoramento dos cenários de combate além do alcance visual (BVR - Beyond Visual Range), ademais de fornecer informações estratégicas aos pilotos, monitorar o espaço aéreo e orientar as aeronaves em tempo real durante as missões.

Essa integração entre o controle de tráfego aéreo e a defesa aérea foi essencial para o êxito da CRUZEX, garantindo operações coordenadas de forma segura, ágil e ordenada em um ambiente multinacional e complexo.

Controladora de Defesa Aérea monitora o espaço aéreo e orienta o piloto durante o exercício

Militares da Torre de Controle da Base Aérea de Natal em operação durante a CRUZEX

Militares da FAB treinam estratégias de defesa aérea para o exercício

Efetivo do 1º GCC controlando aeronaves militares durante a CRUZEX

Cerca de 100 aeronaves participaram do Exercício militar na Base Aérea de Natal

Radar de Defesa Aérea foi deslocado para Caicó (RN)

Novo Simulador de Controle

Atualização aprimora treinamento de controladores de tráfego

Os controladores de tráfego aéreo da Força Aérea Brasileira já contam com um novo simulador para auxiliar na sua capacitação: o Sistema de Simulação 360º de Torre de Controle, instalado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo, em São José dos Campos (SP).

por DENISE FONTES

Simulador de Torre Controle 360°

tráfego aéreo com nova plataforma e visualização em 360°

O Instituto é responsável pelas atividades de ensino e pesquisa que dão apoio à formação e à capacitação dos recursos humanos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Controladores são treinados em ambiente próximo à realidade de uma Torre de Controle

Modernização

O primeiro simulador foi instalado em 2013, com projetores, baseado no Sistema Integrado de Torre de Controle da época e possuía dez cenários dos principais aeroportos brasileiros.

O contrato de modernização do sistema foi firmado pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, em maio de 2023. Trata-se de uma ferramenta avançada que replica as operações das Torres de Controle do SISCEAB em um ambiente controlado, visando aprimorar o treinamento e a capacitação dos controladores de tráfego aéreo.

A atualização inclui 22 cenários de aeroportos brasileiros e a migração para plataforma i6 do SITC - Sistema Integrado de Torre de Controle - amplamente utilizada nos principais aeródromos do Brasil. A nova versão do simulador, equipada com monitores LCD de última geração, proporciona uma experiência de simulação altamente imersiva e realista. É capaz também de simular situações operacionais especiais não rotineiras na operação real, como emergências, eventos climáticos e contingências operacionais.

“O novo simulador permite que os controladores possam ser treinados em um ambiente muito próximo à realidade de uma Torre de Controle, trazendo melhorias na capacitação de nossos profissionais. A qualificação contínua é essencial para a segurança e eficiência das operações aéreas”, destaca o Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Alexandre Arthur Massena Javoski.

Benefícios

A interface intuitiva do sistema do novo simulador integra informações essenciais para a operação, como dados meteorológicos, auxílios à navegação aérea, Serviço Automático de Informação Terminal (ATIS) e balizamento de pista. Essa integração oferece um ambiente completo para a execução de atividades, reduzindo a carga de trabalho dos controladores e aprimorando a segurança operacional no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Redução de custos operacionais, flexibilidade, personalização do treinamento e aumento da consciência situacional são algumas das vantagens da utilização de simuladores modernos para preparação dos controladores de tráfego aéreo.

Monitores LCD de última geração proporcionam uma experiência de simulação imersiva e realista

Treinamento Virtual

Os treinamentos foram elaborados com base nas diretrizes contidas no plano de ação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. O ICEA foi responsável pela identificação das necessidades e prioridades operacionais e o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Anápolis realizou o planejamento dos exercícios simulados e acompanhamento da execução da instrução teórica e prática. Os controladores passam, a cada dois anos, por uma carga de até 24 horas semanais de exercícios nos simuladores do ICEA.

O treinamento contemplou cenários que retratam situações de excesso de demanda de tráfego aéreo, degradações, procedimentos de emergências e separação convencional. “O objetivo é que, ao final do treinamento, os controladores estejam devidamente

capacitados para lidar com demandas cotidianas e extremas do setor aéreo, além de melhorar a qualidade do serviço prestado”, explica o supervisor da Torre de Controle da Base Aérea de Anápolis, Suboficial Cláudio de Araújo Azevedo.

Acidentes, pousos de emergência, mudanças de pista e até ameaças de sequestro são criados nos cenários virtuais. “O simulador possibilita ao controlador vivenciar uma situação que, muitas vezes, não terá na atividade real. Mas, se, por acaso ele tiver, estará familiarizado com estes cenários, minimizando as chances de erro”, acrescenta o Suboficial Azevedo.

Trata-se de uma ferramenta de capacitação profissional de alto nível, permitindo que os controladores desenvolvam habilidades com reflexos imediatos na segurança das operações aéreas. Isso é exemplo da constante atualização tecnológica por parte do DECEA, objetivando a otimização do serviço prestado aos usuários do SISCEAB.

Diretor-Geral do DCTA, acompanhado do Diretor-Geral do DECEA e demais

Oficiais-Generais da FAB, durante a visita ao novo Simulador no ICEA

Cenário Simulado: pouso da aeronave KC-390 no aeroporto Santos Dumont

Cuidar para prover

O bem-estar, ou a falta dele, impacta diretamente na qualidade de vida do efetivo. O olhar cuidadoso do DECEA sob seus militares vai além do caráter corporativo. Saúde, acima de tudo, é uma questão humanitária

Missão de Assistência Integrada

Itinerante realizou mais de 600 atendimentos em 2024

Por: Tenente Raphaela Martorano e Daniel Marinho Fotos: Fabio Maciel e Sargento Davi Carlos da Conceição
Por Tenente Fernandes Fotos: DAIN

PPara cumprir suas metas e atribuições, no âmbito dos 22 milhões de Km2 de espaço aéreo, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo dispõe de uma estrutura robusta, com instalações em todas as 27 unidades federativas brasileiras. A tecnologia de ponta, que traz excelência e inovação para o serviço de navegação aérea, se dá, acima de tudo, através de pessoas.

Parte do efetivo do DECEA está distribuído pelos 71 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo, que se encontram nas capitais, municípios de médio porte ou mesmo nas regiões mais remotas. Nesses locais, o apoio vem através da Missão de Assistência Integrada Itinerante, que presta, desde 2017, atendimentos multidisciplinares ao efetivo da Força Aérea Brasileira a seus dependentes.

Em 2024, durante as cinco edições do programa, foram registrados quase 700 atendimentos. No total, 55 profissionais envolvidos, entre as especialidades de pediatria, ginecologia, clínica médica, ortopedia, odontologia, psicologia, nutrição e serviço social.

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades.

Organização Mundial de Saúde

O projeto visitou 5 cidades em 2024: Vilhena (RO), GuajaráMirim (RO), Bahia (BA), Porto Seguro (BA) e São Gabriel da Cachoeira (AM)

A idealização do projeto surgiu a partir da percepção da dificuldade na busca por exames preventivos de câncer de colo de útero. Durante uma visita da Seção de Serviço Social do DECEA ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), em 2017, detectou-se que as mulheres tinham que se deslocar para outros municípios para fazer o exame preventivo de câncer, pois não havia, na localidade, clínicas aptas para este serviço. Nasceu ali a intenção da Missão de Assistência Integrada Itinerante. Em um primeiro momento, apenas na região Norte do País, onde a incidência de câncer de colo de útero sobrepõe o de mama, diferente das outras localidades.

A missão presta, desde 2017, atendimentos multidisciplinares ao efetivo da Força Aérea Brasileira a seus dependentes

No total, 55 profissionais participaram da missão em 2024: pediatras, ginecologistas, ortopedistas, dentistas, psicólogas, nutricionistas e assistentes sociais

A forma mais inteligente de cuidar da saúde é a prevenção. Ações preventivas permitem detectação e erradicação de doenças que podem se agravar no futuro. O bem-estar, ou a falta dele, impacta diretamente no rendimento do efetivo. Entretanto, a relevância que o DECEA confere à questão vai além do caráter corporativo. Saúde, acima de tudo, é uma questão humanitária.

Alguns dos destacamentos estão localizados em regiões de difícil acesso e carentes de recursos de saúde. Idealizado, coordenado e gerenciado pela Divisão de Assistência Integrada do Subdepartamento de Administração do DECEA, o projeto tem por objetivo atender às demandas sociais, psicológicas e de saúde nessas localidades.

“Onde não existe unidades de saúde da FAB os militares e seus dependentes são atendidos em redes particulares credenciadas ou no Sistema Único de Saúde. Porém, nem todas as localidades

remotas contam com credenciamentos, até mesmo por dificuldade de encontrar profissionais nessas regiões. Logo, acabam tendo que se deslocar para os centros mais próximos, ocasionando um tempo maior à espera do atendimento e gastos com deslocamento”, explicou a coordenadora do projeto, Major Médica Mariana Coelho.

Vilhena Rondônia

A primeira edição de 2024 aconteceu em agosto. A Missão de Assistência Integrada Itinerante pousou em Vilhena, Rondônia. Durante dois dias, o projeto, em parceria com o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Vilhena, realizou mais de 100 atendimentos de saúde, no Centro Especializado em Reabilitação Dr. Nazareno. Além de militares e dependentes, a missão estendeu as consultas à população local.

Vilhena (RO) recebeu a primeira edição de 2024

As localidades escolhidas são distantes das capitais e possuem uma longa fila para atendimentos de saúde, sociais e psicológicos. Em Vilhena, por exemplo, a Unidade de Saúde da Aeronáutica mais próxima fica em Porto Velho, Capital de Rondônia, cerca de 705 km de distância dez horas de ônibus ou aproximadamente uma hora de avião.

Guajará-Mirim Rondônia

Ainda em agosto foi realizada a segunda edição do projeto, em Guajará-Mirim, também no estado de Rondônia. Pela primeira vez, o município foi contemplado com a Missão de Assistência Integrada Itinerante. Durante três dias, foram realizados 140 atendimentos, no Centro de Atendimento de Dependentes, Inativos e Pensionistas do Exército Brasileiro, em parceria com o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Guajará-Mirim.

“O objetivo da missão é atender ao efetivo do DTCEA-GM e seus dependentes. Como aproveitamento da missão conseguimos atender ainda militares do exército brasileiro e a comunidade de Guajará-Mirim, através da coordenação com a secretaria de saúde local”, declarou a coordenadora da missão, Major Médica Mariana Coelho.

Bom Jesus da Lapa Bahia

A cidade de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, está situada a 796 km da capital estadual e não possui unidade de saúde da Força Aérea Brasileira. O município baiano foi contemplado pela terceira edição da Missão Itinerante, em setembro de 2024.

Em Porto Seguro, além de militares e seus dependentes, a população local também foi contemplada com a missão

A Missão Itinerante pousou em Guajará-Mirim pela primeira vez

São muitas horas de deslocamento para buscar uma unidade de saúde, exigindo maiores logísticas, afastamento do trabalho e investimentos financeiros. Só quem vive esta realidade entende a emoção que é receber a Missão Itinerante em seu município.

Em parceria com o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Bom Jesus da Lapa, os profissionais realizaram mais de 200 consultas, durante os dois dias de visita em Bom Jesus da Lapa.

Porto Seguro

Bahia

Em outubro foi a vez da cidade de Porto Seguro, na Bahia, receber o apoio da Missão Itinerante. Uma equipe multidisciplinar do Hospital de Aeronáutica de Recife, do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo e do Grupo de Saúde de Natal realizou 147 atendimentos aos militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Seguro e a seus dependentes, além da população local, que também foi contemplada com a missão através da coordenação com a Secretaria de Saúde do município.

Em São Gabriel da Cachoeira, a equipe também realizou ultrassonografias em complemento às avaliações ginecológicas

O coordenador da missão em Porto Seguro, Tenente-Coronel Aviador Cristiano de Uzêda Pinto, destacou a importância desta iniciativa. A alta procura pelos atendimentos reflete a dificuldade que existe para obter o suporte apenas com a estrutura local. Isso inclui o auxílio que ainda conseguimos dar para a população local, que se mostrou extremamente receptiva e interessada no serviço oferecido pela Força Aérea Brasileira”, avaliou o Oficial.

São Gabriel da Cachoeira

Amazonas

A trajetória da Missão de Assistência Integrada Itinerante, em 2024, encerrou-se em novembro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Uma equipe, com diferentes especialidades, do Hospital de Aeronáutica de Manaus e do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo realizou 87 atendimentos aos militares, e a seus dependentes, do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Gabriel da Cachoeira e do Exército Brasileiro.

As consultas ocorreram no Centro de Atendimento de Militares e Pensionistas do Exército. Participando pela primeira vez do projeto do DECEA, a Primeiro-Tenente Dentista Luana Ramalho falou sobre a experiência inédita. “Foi uma missão muito positiva, pois contribuímos para a melhoria e qualidade de vida dos militares e seus dependentes. Esta é uma das localidades mais remotas e carentes do Brasil e atender às demandas deste efetivo é de uma imensa satisfação”, declarou a Oficial.

Além dos atendimentos, a equipe também realizou ultrassonografias em complemento às avaliações ginecológicas e uma palestra sobre os benefícios sociais oferecidos pela Força Aérea Brasileira a seus militares e dependentes.

Total de atendimentos

Missão de Assistência Integrada Itinerante 2024: 662

DTCEA Vilhena: 110

DTCEA Guajará-Mirim: 140

DTCEA Bom Jesus da Lapa: 209

DTCEA Porto Seguro: 147

DTCEA São Gabriel da Cachoeira: 87

Aviação e sustentáveldesenvolvimento

Metas do DECEA em prol da preservação do meio ambiente

Aviação é uma atividade que move e fomenta muitas outras áreas que, por consequência, impactam, de alguma maneira, o meio ambiente. Dessa forma, pensar em minimizar esses impactos é parte relevante de grandes projetos, como os que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo desenvolve.

Trabalho elaborado em conjunto com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Plano de Ação para a Redução das Emissões de CO2 da Aviação Brasileira está alinhado às recomendações dispostas na Resolução A39-2 “Declaração consolidada de políticas e práticas contínuas da Organização de Aviação Civil Internacional relacionadas à proteção ambiental”.

As diretrizes da OACI norteiam o trabalho realizado pela Força Aérea Brasileira, e o Programa SIRIUS Brasil, conduzido pelo DECEA, reúne uma série de empreendimentos que contribuem para a modernização e para a consolidação dos benefícios esperados pela sociedade com a evolução do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Dentre os grandes benefícios desses projetos estão o aumento da eficiência na gestão dos meios de navegação aérea, a redução da emissão de gases nocivos e a redução de ruídos para as populações localizadas no entorno de aeródromos.

Neste contexto de soluções estratégicas por meio de ações ambientais, podemos destacar a Navegação Aérea Baseada em Performance, conceito já implementado nas Terminais de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e regiões Sul e Nordeste do Brasil, e em desenvolvimento na região Norte, com o Projeto ECO NORTE.

O objetivo é elevar a capacidade do espaço aéreo e a eficiência das operações aéreas em toda a trajetória do voo, utilizando rotas mais diretas.

Nos próximos anos, a meta é expandir para o nível tático o Uso Flexível do Espaço Aéreo (FUA), que fará com que a estrutura do espaço aéreo seja modificada em tempo real para atender e harmonizar as necessidades dos usuários do espaço aéreo, aumentando a eficiência na gestão do fluxo do tráfego.

Outro destaque é o Programa de Compensação de Emissões de CO2, elaborado para neutralizar as emissões da aviação internacional, resultando em uma redução substancial da pegada de carbono do setor.

Sempre que possível, o DECEA direciona o tráfego aéreo sobre áreas menos habitadas, equilibrando as necessidades operacionais e o bem-estar da comunidade.

“Além de promover a gestão do tráfego aéreo mais sustentável através das rotas fixas mais diretas, o Projeto proporciona uma carga de trabalho mais igualitária nos centros de controle de tráfego. Os procedimentos de navegação aérea com perfis de voo mais eficientes e uma nova estrutura de espaços aéreos e de setorização são fundamentais para a implementação desse novo cenário operacional”, destaca o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.

O crescimento da aviação, que tanto beneficia a economia nacional, deve ocorrer em harmonia com a preservação ambiental. É papel do DECEA buscar garantias dessa integração de interesses que visam ao desenvolvimento sustentável das grandes cidades e, por extensão, do nosso País.

Saiba mais sobre os empreendimentos do Programa SIRIUS Brasil pelo site do DECEA: https://sirius.decea.mil.br/

Retomada do Aeroporto Internacional Salgado Filho

Aferições do DECEA garantiram a retomada das operações com máxima eficiência e segurança

Reabertura parcial do aeródromo ocorreu no dia 21 de outubro de 2024

Por Tenente Fernandes Fotos: ASCOM / DTCEA-CO, Fraport

Afim de reestabelecer a infraestrutura aeronáutica do estado do Rio Grande do Sul e devolver a milhares de gaúchos o desenvolvimento regional e econômico, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo desempenhou ações pioneiras durante as enchentes que atingiram o estado, em maio do presente ano. A atuação do DECEA foi um marco na história da aviação regional e manteve a conectividade da população gaúcha com o resto do País.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre – responsável por 91% do fluxo de passageiros nos aeroportos do Estado – , teve 80% da pista de pouso e decolagem submersa pelas chuvas, inclusive o terminal de passageiros. A água atingiu 2,5 metros de altura em alguns pontos do aeroporto. Diante da situação, suspendeu-se os voos que passavam pelo terminal por tempo indeterminado.

Através da migração do controle de tráfego aéreo do Aeroporto Salgado Filho para a Base Aérea de Canoas, o DECEA garantiu a segurança das aeronaves nas operações de resgate, a continuidade dos voos comerciais no estado e, principalmente, a retomada do principal aeroporto de Porto Alegre, que aconteceu em outubro deste ano.

Até o dia 20 de outubro, quando foram encerradas as operações comerciais na base aérea militar, registraram-se 2.532 voos comerciais, transportando 440.332 passageiros.

Migração de controle

Os equipamentos que alimentavam o Centro de Controle de Aproximação de Porto Alegre –órgão responsável por controlar o tráfego aéreo e fornecer informações de voo para aeronaves –encontravam-se no sítio do aeroporto Salgado Filho e foram comprometidos pelas inundações.

A fim de não haver a descontinuidade no serviço de controle do tráfego, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canoas estabeleceu uma operação paralela no interior da Base Aérea de Canoas.

A migração foi realizada através da transferência do APP-PA para a BACO e da criação do AFIS Canoas. Este último trata-se de um serviço de informação de voo que proporciona informações de tráfego aéreo por meio de uma estação de telecomunicações aeronáuticas.

“Antes que as operações do APP-PA fossem descontinuadas, foi criado um backup deste sistema dentro da Base Aérea. Isso nunca havia sido feito antes. A migração de controle viabilizou que o aeródromo fosse a alternativa de meios aéreos

em socorro às vítimas, garantindo a operação segura e eficiente durante os resgates”, explicou o Comandante do DTCEA-CO, Capitão Aviador Carlos Emilião Pinto.

Parte do efetivo do DTCEA-CO, que operava na Torre de Controle de Porto Alegre, foi transferido para a Base Aérea de Canoas.

Apoio às aeronaves de resgate

Com as operações de resgate garantidas, os órgãos de controle registraram um crescimento exponencial, com aumentos de até 1200% no tráfego aéreo, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Devido a essa elevação abrupta nos movimentos de aeronaves, foram adotadas diversas medidas para

Militares do DTCEA atuando na Base
Aérea de Canoas

garantir a segurança das operações, como a divisão do espaço aéreo, restrição a voos de drone, redesenho da área da Terminal Porto Alegre e emissões de NOTAM.

Cerca de cinco mil aeronaves participaram da Operação Taquari II. Durante as missões humanitárias, foram realizados mais de nove mil gerenciamentos de aeronaves por Torres de Controle e mais de oito mil por Controle de Aproximação.

Após a redução dos voos de resgate e ajuda humanitária, deu-se início à operação das aeronaves comerciais na pista da Base Aérea de Canoas. O primeiro voo comercial pousou na BACO no dia 27 de maio.

A operação contingencial foi pioneira na aviação comercial. A parceria da Fraport Brasil com a Força Aérea Brasileira foi fundamental para superar os desafios impostos pela enchente e manter uma malha aérea emergencial por cinco meses.

GEIV realiza 12 horas de voo para reativar os equipamentos operacionais do aeroporto

Reabertura do Aeroporto Salgado Filho

O DECEA concluiu com êxito a inspeção técnica de todos os equipamentos necessários para a retomada do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Após 12 horas de voo, o Grupo Especial de Inspeção em Voo, unidade subordinada ao DECEA, finalizou as aferições dos instrumentos de auxílios à navegação aérea, viabilizando a reabertura parcial do aeródromo, que ocorreu no dia 21 de outubro de 2024. As operações iniciaram-se com 1.730 metros de pista, apenas para voos domésticos.

A presença do GEIV, em Porto Alegre, garantiu que as reativações da Torre de Controle de Porto Alegre e do Controle de Aproximação da Terminal fossem feitas com máxima eficiência e segurança.

“O que o DECEA faz é muito mais do que controle do espaço aéreo. Nós apoiamos o desenvolvimento econômico por meio da atividade aeronáutica e garantimos a segurança da navegação aérea. A reabertura deste aeroporto representa um marco importante para o desenvolvimento regional, devolvendo à população brasileira o acesso ao transporte aéreo da região Sul. Além disso, não

podemos esquecer dos dias que trabalhamos no apoio às operações de resgate e agradecer aos nossos militares por todo empenho”, declarou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi.

Com todos os sistemas de navegação, aproximação e comunicação verificados e o pessoal preparado, a Força Aérea Brasileira devolveu a população gaúcha a capacidade de voltar a conectar-se com o resto do mundo, garantindo máxima segurança e eficiência nas operações aéreas.

Brasil no cenário global da aviação civil

Representatividade do DECEA desempenha importante papel na promoção dos interesses da aviação civil brasileira

Por Tenente Fernandes fotos:cernai

O chefe do SDTE do DECEA e também presidente do GREPECAS, Brigadeiro Jansen, liderou a 22ª Reunião do grupo, em Lima

OBrasil tem um histórico positivo de aderência às melhores práticas de vigilância e segurança operacional na aviação civil. Tal fato é resultado, em parte, do forte intercâmbio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo com a Organização da Aviação Civil Internacional.

A representatividade do DECEA, e de outras instituições do setor de aviação, nas assembleias, conferências e reuniões da entidade internacional assegura que o Brasil tenha voz ativa na formulação de normas e políticas que regem a atividade aeronáutica.

Brasil fortalece lideranças

Entre os dias 20 e 22 de novembro de 2024, foi realizada a 22ª Reunião do Grupo Regional de Planejamento e Execução para o Caribe e América do Sul (GREPECAS), no Escritório Regional da OACI na América do Sul, em Lima, no Peru. O encontro foi o primeiro que contou com a participação do chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA, Brigadeiro Engenheiro André Eduardo Jansen, na figura de presidente do grupo regional. A referida representatividade desempenha um importante papel na promoção dos interesses da aviação civil brasileira no cenário global.

São Paulo

“Estar na presidência do GREPECAS ratifica a liderança e influência exercidas pelo Brasil, por intermédio do DECEA, em apoio aos Estados Membros das Regiões CAR/SAM – Caribe e América do Sul, no que se refere ao planejamento e monitoramento de programas e projetos de interesse comum no âmbito da Navegação Aérea, sempre em conformidade com as práticas recomendadas pela Organização Internacional de Aviação Civil”, declarou o novo presidente do grupo.

Durante a reunião, foram analisados desafios relacionados ao planejamento da aviação civil, com foco na melhoria dos sistemas de navegação aérea nas duas regiões, alinhando futuras ações

às prioridades estabelecidas no Plano Regional de Navegação Aérea CAR/SAM.

Auditoria AVSEC

O Programa Universal de Auditoria de Segurança (USAP) da OACI representa uma oportunidade de promover a segurança global da aviação por meio do monitoramento contínuo e da auditoria do desempenho da segurança da aviação (AVSEC) dos Estados-Membros, com base nos padrões contidos no Anexo 17 da OACI.

O DECEA obteve um excelente índice durante a Auditoria AVSEC do USAP, conduzida pela Organização da Aviação Civil Internacional, no período de 26 de agosto a 6 de setembro de 2024. Das 101 questões de protocolo em que o DECEA foi questionado, nenhuma não conformidade foi identificada pelos auditores.

Autoridades e especialistas de diversos países discutiram temas importantes para o desenvolvimento da navegação aérea global

integração dos drones ao espaço aéreo brasileiro

Mudança de paradigma para a atividade no País

Por Daniel Marinho

Arevolução está em curso. Ao longo de 2023, foram registradas 390 mil solicitações de voos de drones no SARPAS (Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas), um aumento de cerca de 25% em relação ao ano anterior. Para 2024, a expectativa é de um crescimento percentual da mesma ordem e as projeções revelam um crescimento exponencial para os próximos anos.

Inicialmente voltadas para aplicações militares e recreativas, os drones, ou Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (UAS - Unmanned Aircraft Systems), já desempenham papéis essenciais em atividades comerciais, industriais e sociais.

O aumento dessas operações, no entanto, especialmente em áreas urbanas e espaços compartilhados com aeronaves tripuladas, traz desafios significativos para a gestão do tráfego

aéreo. Garantir a segurança dessas operações e sua integração ao espaço aéreo é essencial para viabilizar o pleno aproveitamento das oportunidades oferecidas pelo recurso.

Objetivos

Para enfrentar esses obstáculos na consolidação de um ambiente seguro e eficiente para as operações não tripuladas, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo lidera o Projeto BR-UTM (Gerenciamento de Tráfego Aéreo Não Tripulado). A iniciativa tem por objetivo o desenvolvimento de um ecossistema de gerenciamento de tráfego não tripulado que permita a coexistência segura entre as aeronaves convencionais e os UAS. O projeto é promovido por meio de uma parceria entre o

BR-UTM posiciona o Brasil como referência no cenário global da aviação não tripulada

Profissionais envolvidos no desenvolvimento do Projeto BR-UTM realizam testes de voo no interior do estado de São Paulo

DECEA, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), outros órgãos reguladores e entidades privadas.

O desafio é criar o arcabouço regulatório e desenvolver um sistema único de compartilhamento de dados para permitir o gerenciamento do tráfego aéreo não tripulado em espaço aéreo não controlado e afastado de aeródromos até 2025.

O projeto prevê a incorporação no espaço aéreo brasileiro das chamadas operações BVLOS (Beyond Visual Line-of-Sight/ Além da Linha de Visão), modalidade de voo de UAS na qual o piloto conduz o voo não mais, somente, pelo

contato visual com a aeronave no céu, mas pela perspectiva visual viabilizada pela aeronave em si, por meio de uma tela, operando do solo.

A medida ampliará as potencialidades de uso dessas aeronaves.

Segundo o Capitão Robson Batista Cunha Santos, gerente do empreendimento do Programa SIRIUS BR-UTM, no DECEA, a iniciativa é essencial para atender à crescente demanda por operações de drones no Brasil, garantindo segurança e eficiência. “Além de viabilizar um fluxo seguro de tráfego aéreo não tripulado, o BR-UTM poderá transformar a sociedade em termos de produtos e serviços, integrando tecnologias avançadas ao espaço aéreo tradicional.”

Avanços e desafios

Entre as ações em curso, na etapa atual, estão o mapeamento e definição das zonas UTM (espaços aéreos específicos para drones), a criação de uma arquitetura digital para o gerenciamento do tráfego dessas aeronaves e a realização de testes em áreas de baixo risco, integrando plataformas digitais ao sistema aéreo tradicional.

“Foram realizadas diversas simulações e alguns testes reais em conjunto com empresas que se qualificaram ao atingir o nível de maturidade requerido, os quais atestaram os protocolos internacionais de integração e apontam para o desenvolvimento da primeira fase de implementação”, revela o Capitão Robson.

Benefícios

Os benefícios esperados com a consolidação do projeto BR-UTM são amplos. Além de promover a segurança e eficiência para o tráfego não tripulado, integrando-o ao tradicional, o projeto deve estimular novos mercados, criar empregos e ampliar o acesso a serviços como entregas rápidas e monitoramento ambiental.

No que tange à sustentabilidade, as expectativas também são positivas. As operações UAS possuem o pressuposto de reduzir o impacto ambiental ao substituir alguns serviços antes realizados por aeronaves convencionais, ou seja, com o uso de combustíveis fósseis, por aeronaves elétricas não tripuladas, como, por exemplo, na agricultura com a pulverização de inseticidas.

Um passo para o futuro

O BR-UTM posiciona o Brasil como referência no cenário global da aviação não tripulada. O projeto representa uma transformação significativa no uso do espaço aéreo brasileiro, ao integrar tecnologia, sustentabilidade e inovação. “A implementação do UTM é um passo fundamental para o futuro da aviação no País, conectando a sociedade a serviços mais eficientes e sustentáveis”, afirma o Capitão Robson.

Segurança Cibernética: inovação, capacitação e cooperação

Como o DECEA vem atuando no fortalecimento de defesas cibernéticas da Força Aérea Brasileira

Por Daniel Marinho

Atecnologia digital transformou o controle do espaço aéreo. Ao longo das últimas décadas, a infraestrutura de navegação aérea brasileira passou por uma evolução significativa. Radares, estações meteorológicas e sistemas de comunicação, que antes operavam isolados e de modo analógico, foram integrados a redes digitais de alta capacidade de processamento. Sistemas baseados em software, como o ADS-B (Automatic Dependent Surveillance System - Broadcast), e o uso crescente do GPS substituíram boa parte das infraestruturas tradicionais de solo, garantindo maior precisão e eficiência.

Por outro lado, tecnologias de suporte à navegação aérea, instaladas nos pontos de presença do DECEA em todo o território nacional, evoluíram de tecnologias eletrônicas para digitais, e as linhas de comunicação têm sido gradualmente substituídas por linhas baseadas no protocolo TCP/IP.

Essa modernização, no entanto, trouxe desafios. Sistemas digitais, embora eficientes, são mais vulneráveis a ataques cibernéticos, pois são acessíveis por redes de comunicação. As ameaças vão desde interferências em dados sensíveis até

a implantação de armas cibernéticas capazes de interromper serviços críticos.

No Brasil, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo tem se destacado na implementação de medidas inovadoras para proteger os sistemas que garantem a segurança dos milhões de voos que cruzam o País anualmente. Apesar dos desafios crescentes na área, o DECEA tem mostrado que a modernização, somada à capacitação e parcerias estratégicas, é o caminho para um futuro mais seguro na aviação.

Para o Coronel Leandro Costa de Andrade, assessor do Subdepartamento Técnico do DECEA, a defesa cibernética precisa ser estratégica para abranger a ampla disponibilidade de sistemas e a alta complexidade desses ambientes. "Tendo em vista a diversidade de equipamentos e sistemas digitais em operação nas redes da FAB e O CGTEC monitora continuamente as redes digitais da FAB e coordena respostas a incidentes de segurança em tempo real

dada a complexidade do ambiente cibernético, a proteção individualizada de cada infraestrutura é muito dispendiosa do ponto de vista dos recursos financeiros e de pessoal. Portanto, simplificar o serviço de Defesa Cibernética é uma abordagem necessária", afirma.

Para proteger essa infraestrutura, o DECEA adotou uma abordagem centralizada e inovadora. Nesse contexto, a criação do Centro de Gerenciamento Técnico (CGTEC), que reúne operações de rede e segurança da informação, foi um passo essencial. O CGTEC monitora continuamente as redes digitais do DECEA e coordena respostas a incidentes de segurança em tempo real.

Entre suas principais ações estão: o fortalecimento da rede digital, com a redução de interfaces vulneráveis entre as redes do DECEA e a internet; o uso de firewalls em múltiplas camadas para proteger os sistemas mais críticos; o monitoramento permanente do tráfego de dados; o mapeamento de interfaces entre redes internas e externas; a padronização de procedimentos; a capacitação de pessoal; e os planos de contingência

com a adoção de novos protocolos estabelecidos pela Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 7-60, que garantem respostas rápidas e eficazes a incidentes cibernéticos.

Parcerias Estratégicas e Prognósticos

A colaboração é, do mesmo modo, um pilar central da estratégia de segurança cibernética do DECEA. Nacionalmente, o órgão coopera com o Centro de Tratamento de Incidentes de Redes da FAB (CTIR-FAB) e o CTIR-GOV, garantindo uma resposta coordenada a ameaças que podem atingir diversas infraestruturas críticas. O Brasil também mantém parcerias com órgãos reguladores, companhias aéreas e aeroportos, fortalecendo a resiliência do setor aéreo.

O futuro, no entanto, reserva novos desafios à aviação, principalmente devido à crescente dependência de sistemas globais como o GPS. Embora eficiente, essa tecnologia necessita de recursos para garantir uma proteção adequada. Para mitigar riscos, o DECEA avalia alternativas, como a infraestrutura de backup baseada em sistemas de solo.

Casos Recentes

Incidentes recentes ilustram os riscos crescentes. O ataque a uma torre de controle no Líbano, durante conflitos no Oriente Médio, revelou como sistemas críticos podem ser alvos estratégicos em cenários de guerra. Interferências no GPS também foram reportadas em várias regiões, afetando operações aéreas. Plataformas de tecnologia amplamente utilizadas, como as da Cisco e Palo Alto, sofreram ataques que comprometeram sistemas em nível global. No Brasil, embora o DECEA não tenha registrado impactos severos, a constante vigilância e o aprendizado com incidentes internacionais reforçam a importância de medidas preventivas robustas.

A legislação brasileira, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), também influencia diretamente as ações do DECEA. A proteção de dados sensíveis exige adaptações constantes, enquanto normas internacionais da OACI moldam padrões globais de segurança.

Na rota da defesa cibernética

Para o chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA, Brigadeiro Engenheiro André Eduardo Jansen, a solução precisa envolver inovação, capacitação e cooperação. “A segurança cibernética não é apenas uma questão de defesa, mas também de inovação e adaptação. Em um mundo digital, proteger o espaço aéreo é uma missão que exige tecnologia de ponta, capacitação humana e cooperação internacional”, afirma o Oficial-General.

Ao combinar esses elementos, o DECEA não apenas garante a segurança dos céus brasileiros, mas também se posiciona como referência global na gestão de riscos cibernéticos. Em tempos de desafios cada vez mais complexos, o País permanece, assim, na rota da segurança das operações aéreas, comprometido com a defesa de seus sistemas e, consequentemente, com a eficiência e segurança da aviação.

No Centro de Operações de Segurança da Informação, profissional opera sistemas do CGTEC

A segurança nos céus brasileiros

Olhos atentos dos controladores de tráfego aéreo garantem a fluidez no espaço aéreo brasileiro

por Tenente Raphaela Martorano

Um milhão e novecentos mil movimentos aéreos e mais de 110 milhões de passageiros cruzam os céus do Brasil por ano. Os números expressivos ratificam a aviação como um dos pilares da economia global, conectando países, culturas e mercados.

Enquanto isso, em terra, os controladores de tráfego aéreo mantêm os olhos atentos no monitoramento e na coordenação dos pousos, decolagens e nos procedimentos de navegação aérea. Missão desafiadora, complexa e ininterrupta, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, com atuação em tempo integral nos órgãos operacionais de controle, estrategicamente distribuídos por todo o território nacional.

No Brasil, quem precisa planejar uma viagem — seja a negócios ou a lazer — pode contar com a confiabilidade dos nossos céus. Nossos controladores de tráfego aéreo, sob a coordenação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, mantêm um serviço contínuo e de alta qualidade, assegurando que os voos sigam conforme planejado.

Um time de 3.905 profissionais reúne os protagonistas da segurança, fluidez e pontualidade das operações aéreas no Brasil. Ser controlador de tráfego aéreo exige um elevado senso de responsabilidade, conhecimento profundo das normas e regulamentos e, principalmente, o desenvolvimento de um trabalho em equipe.

Formada há 17 anos pela Escola de Especialistas de Aeronáutica, a Primeiro-Sargento Controladora de Tráfego Aéreo Karina Rodrigues Falcão detalha como é a rotina desses profissionais, que lidam com os mais variados desafios diários.

“É indispensável que tenhamos uma comunicação clara e precisa, tanto no trato com os pilotos quanto nas coordenações realizadas com outros controladores. Nosso maior desafio tem a ver com o fato de que todos os dias nos deparamos com cenários diferentes, seja em função de uma condição meteorológica adversa, por algum auxílio em manutenção ou pelo

próprio dinamismo dos voos, que requer de nós uma capacidade de tomada de decisão rápida”, explicou a controladora, que atualmente integra o efetivo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Campo Grande.

Áreas de atuação

Para garantir voos seguros, rápidos e coordenados, esses profissionais atuam em diferentes órgãos operacionais. Nas Torres de Controle, os controladores militares e civis são responsáveis pelas aeronaves nas fases de decolagem, pouso, táxi e estacionamento, incluindo, também, os voos nos circuitos de tráfego visual e o acesso de viaturas e pessoas nas pistas e nos pátios.

É no Controle de Aproximação que os controladores conduzem as aeronaves da decolagem até o início da fase de rota do voo, e do início da descida até o pouso

Controladores de tráfego aéreo atuam na segurança, fluidez e pontualidade das operações aéreas no Brasil

Já no Controle de Aproximação (APP), os profissionais conduzem as aeronaves da decolagem até o início da fase de rota do voo, e do início da descida até a aproximação. No Centro de Controle de Área (ACC), os controladores atuam nos voos que já estão na chamada "fase de cruzeiro", etapa do voo de uma aeronave compreendida entre o final de sua subida e o início da sua descida ao seu aeroporto de destino.

Os controladores também desempenham papel fundamental nos Centros de Operações Militares, nos Centros de Coordenação de Salvamento, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), bem como nas tarefas de planejamento e regulamentação do gerenciamento do tráfego aéreo e de capacitação de novos profissionais.

Com 26 anos de carreira e as mais variadas experiências de controle de tráfego aéreo na

É no CGNA que os controladores exercem a função de gerentes de fluxo e se comunicam diretamente com os profissionais dos órgãos operacionais para manter a fluidez do espaço aéreo brasileiro

bagagem, o Suboficial Cleber Vieira dos Santos atua há 14 anos no Salão Operacional do CGNA. O trabalho desenvolvido na Unidade é fundamental para o gerenciamento do espaço aéreo brasileiro.

“Os controladores do CGNA exercem o papel de gerente de fluxo, auxiliando os profissionais dos órgãos de controle a evitar esperas, congestionamentos e atrasos. Nossas funções se complementam, uma vez que fornecemos as informações necessárias para o gerenciamento do fluxo e para equilibrar a demanda e capacidade. De modo geral, o controlador de tráfego aéreo representa uma peça fundamental nessa engrenagem que se chama aviação”, declarou o Suboficial.

“O conhecimento da norma e regulamento, juntamente com um trabalho feito em equipe, torna possível manter o fluxo do tráfego aéreo seguro e ordenado”, afirma a PrimeiroSargento Controladora de Tráfego Aéreo Karina Falcão

No Centro de Controle de Área, os profissionais atuam nos voos que estão na chamada "fase de cruzeiro"

A INSPEÇÃO EM VOO NO BRASIL confira a série

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo lançou, no mês de novembro, em seu canal no YouTube, a série “Índia Victor: a inspeção em voo no Brasil”.

A produção aborda o trabalho realizado pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) e sua importância para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

A série faz parte da celebração dos 65 anos da primeira inspeção em voo com aeronave e tripulação nacionais, comemorado em fevereiro de 2024. Confira os episódios no Canal DECEA no YouTube ou através do QR Code abaixo. https://www.youtube.com/@tvdecea

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