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RepoRtagem a-CDm já é uma realidade no Brasil

A-CDM já é uma realidade no Brasil

DECEA implementa o Conceito de Tomada de Decisão Colaborativa (A-CDM) no âmbito do aeroporto, o que contribuirá para melhorias operacionais, ambientais e econômicas em toda a cadeia aeroportuária.

por myrian Bucharles aguiar – 1º tenente Jornalista Com informações de CISCea / SaIpHeR / gRU airport Fotos de Luiz eduardo perez Batista

Na aviação, os avanços se tornam cada vez mais primordiais para a evolução do tráfego aéreo no mundo. o século XVIII marca seu início e, desde então, o seu progresso se torna característica crucial para sobrevivência no século XXI.

o Brasil, membro da organização da aviação Civil Internacional (oaCI) - que é a agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil mundial - possui um dos maiores mercados de aviação civil do mundo e exerce papel de liderança nas discussões da oraganização por meio do estabelecimento de normas e regulamentos necessários para segurança, eficiência e regularidade aéreas, bem como para a proteção ambiental.

Desde a fundação da oaCI, em 1944, o Brasil assumiu uma posição de vanguarda na américa Latina, reunindo as melhoras práticas na aviação civil, o que garante a segurança, fluidez e eficiência no gerenciamento e controle integrado do espaço aéreo. para garantir cada vez mais esse patamar no serviço prestado, a aviação no Brasil conta com a implantação de novas tecnologias e novos conceitos.

Assim sendo, em novembro de 2020, mais um grande passo foi dado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Em parceria com a concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport) deu início à operação do conceito A-CDM (Airport Collaborative Decision Making / Processo de Tomada de Decisão Colaborativa em Aeroportos).

Esse modelo de tomada de decisão colaborativa tem o objetivo de promover intensa cooperação entre os parceiros, obtendo uma melhor eficiência operacional, gerada pela troca de informações padronizada entre os diversos operadores aeroportuários, possibilitando maior previsibilidade operacional.

O A-CDM busca utilizar ao máximo a infraestrutura e os recursos do aeroporto e a capacidade do espaço aéreo, otimizando o processo por meio da troca de informações cada vez mais precisas em um nível tático e em tempo real.

O processo de Tomada de Decisão Colaborativa em Aeroportos funciona como uma ferramenta que busca soluções integradas para a racionalização da movimentação de aeronaves em aeródromos. O compartilhamento dos dados poderá aprimorar o desempenho dos aeroportos.

O projeto A-CDM é resultado de uma iniciativa do DECEA na busca por novos conceitos operacionais consagrados ao redor do mundo. O desenvolvimento do A-CDM junto aos diversos Órgãos envolvidos na atividade aérea coloca o Brasil não apenas na vanguarda das operações aeroportuárias integradas, como também traz grandes possibilidades na área da gestão de fluxo do tráfego aéreo.

o acordo e as etapas da implantação do conceito

Desenvolvido em Munique, na Alemanha, a implantação do conceito A-CDM é amplamente utilizado pela Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (EUROCONTROL).

No Brasil, é uma iniciativa do DECEA, por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). Oriundo do Acordo de Cooperação DECEA-EUROCONTROL HQ AIR NAVEGATION PROJECTS AGREEMENT, assinado em outubro de 2015, o A-CDM é parte estratégia de evolução do Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM).

Em 2017, Guarulhos voluntariou-se para ser o primeiro aeroporto A-CDM brasileiro. Além de ter uma posição estratégica para o tráfego aéreo, é o mais movimentado aeroporto brasileiro e a principal porta de entrada pelo modal aéreo no País, características que impulsionaram a escolha do alto comando do DECEA, após uma criteriosa avaliação, estabelecendo o GRU Airport como projeto piloto para a implantação do Conceito.

No ano seguinte, em 2018, ocorreu a análise e a adequação dos conceitos em busca de atender às normas brasileiras e questões operacionais nacionais.

Somente em 2019 foram elaborados os conceitos operacionais do processo A-C DM para o Brasil e suas fontes de alimentação das informações, em função dos sistemas já existentes no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

O contrato com a empresa SAIPHER, fabricante do sistema TATIC (Controle Total da Informação de Tráfego Aéreo) em operação na torre de controle em Guarulhos e demais aeroportos brasileiros, também foi firmado no mesmo ano, vislumbrando a possibilidade de desenvolvimento das plataformas já integradas ao sistema utilizado no Brasil.

“O A-CDM é mais do que um conjunto de sistemas funcionando de forma integrada, é um con-

Em 2020, o lançamento do Conceito A-CDM em Guarulhos, SP

ceito, um modelo de trabalho que propicia o aumento da eficiência nas operações do aeroporto, gerando benefícios a todos os stakeholders. Por isso, implica em, não apenas mudança de rotinas, alteração de mindset, em toda a cadeia de tomada de decisões. Premissas muito importantes numa operação normal são derrubadas e todos os envolvidos precisam se adaptar ao novo cenário”, apontou Fred Boratto, diretor de operações da Saipher ATC.

Após as contratações e os ajustes necessários no planejamento, três fases foram necessárias para a conclusão do projeto. Na primeira, ocorreu a validação do módulo ACISP (Airport Collaborative Information Sharing Platform), a ferramenta de compartilhamento das informações. Na segunda fase do módulo PDS (Pre Departure Sequencer), a ferramenta que ordena os voos de maneira automatizada, ambas criadas pela SAIPHER. A terceira e última fase compreende o estudo dos indicadores e resultados gerados, iniciado com a implantação oficial do Conceito A-CDM.

A operação A-CDM no aeroporto de Guarulhos será acompanhada pela CISCEA por um ano após a implantação, de forma a possibilitar reuniões com todos os stackholders para ajustes operacionais e com o menor impacto possível. “Esse acompanhamento visa à elaboração de relatórios para uma análise detalhada das operações aéreas, possibilitando, assim, uma implantação aperfeiçoada do processo A-CDM nos próximos aeroportos”, esclareceu o gerente do projeto, o Major Aviador Márcio Rodrigues Ribeiro Gladulich.

Antes da ativação definitiva, foi estruturada uma etapa de validação operacional, chamada de Endurance, na qual o sistema e os processos foram testados e ajustados extensivamente. Ela contou com as fases de Familiarização, na qual as empresas aéreas usaram a ferramenta com dados reais de produção e inserção de Target Off-Block Time (TOBT).

Na fase de maturação, o módulo PDS foi ativado para geração de uma sequência de partidas cuja base é o modelo colaborativo. Nesse momento, a Torre de Controle acessou uma sequência sugerida pelo sistema, a título de avaliação.

Na última fase, de Consolidação, a torre deu sequência de partida sugerida pelo TATIC PDS. Tanto o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) quanto a Célula de Gerenciamento de Fluxo (FMC) estiveram aptos a realizar medidas de fluxo remotamente, inserindo slot de decolagem de voos específicos. Foi um ensaio real do aeroporto operando em um formato colaborativo.

Por fim, no dia 5 de novembro de 2020, o processo A-CDM foi ativado no Aeroporto Internacional de São Paulo, sendo o primeiro da América Latina a adotar este conceito.

Os primeiros meses de operação está sendo marcado por uma cooperação extrema entre a equipe de gerência do projeto, a torre de controle Guarulhos (TWR GRU), o Centro de Controle Operacional (CCO GRU) e a empresa Saipher, com constantes reuniões para feedback do usuário e ajustes operacionais na ferramenta e no processo.

“O projeto é um marco muito importante. É o primeiro Aeroporto A-CDM da América Latina. Por isso o DECEA, sempre seguindo as recomendações da OACI, está na vanguarda, assumindo patamares excelentes em prover esses serviços e ser responsável por manter um patamar muito elevado, em termos de segurança. Esse projeto contribui e revela que o DECEA está up to date com as novas tecnologias”, declarou o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.

Como funciona

O produto das ferramentas ACISP e PDS é a entrega de um ordenamento dos voos para a torre de controle (TWR) já considerando: o horário em que cada operador estará pronto (TOBT); as medidas ATFM a que estão sujeitos; a capacidade da pista no momento devido às condições meteorológicas e outras informações; a disponibilidade de manobra do pátio do aeroporto.

“Hoje, na era da informação, é essencial que tenhamos comunicação eficiente entre todos os participantes do SISCEAB. Por meio do SIGMA (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos), do SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional) e do TATIC temos acesso aos planos de voo, dados de Controle de Aproximação (APP), Centro de Controle de Área

No processo A-CDM, as informações serão centralizadas em uma mesma plataforma para geração de relatórios operacionais de fundamental importância para o DECEA e outros Órgãos do SISCEAB

(ACC), e TWR. O-ACM vem para completar esse conjunto de informações com um novo ator: o aeroporto. Desde novembro de 2020, essa comunicação com todos os envolvidos se tornou possível, a partir da plataforma ACISP, gerando eficiência através de uma comunicação mais rápida”, explicou o Major Gladulich.

Além disso, o processo A-CDM permitirá um mapeamento por parte do DECEA e da administração aeroportuária a respeito da operação de cada usuário. Diversas Informações - horário de utilização do aeroporto pelo usuário em comparação com o solicitado à Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), ao CGNA e ao aeroporto; índice de pontualidade de cada operador de forma automatizada, obtido por meio dos sistema do aeroporto que reconhecem chegada e saída das aeronaves; quantidade de medidas ATFM utilizadas pelo CGNA - serão centralizadas em uma mesma plataforma para geração de relatórios operacionais de fundamental importância para o DECEA e outros Órgãos do SISCEAB.

Capacitação

Em função da pandemia da COVID-19, foi elaborada a criação de uma plataforma EAD (Ensino a Distância) que proporcionou condições para o treinamento de todos os demais parceiros do processo aeroportuário, permitindo a continuidade do projeto. Essa fase foi realizada com todas as companhias aéreas que operam no aeroporto de Guarulhos, com o CCO da GRU Airport, a Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo (EPTA) da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) e com militares do DECEA.

A capacitação para a implantação do conceito no Aeroporto de Guarulhos contou com aproximadamente 140 profissionais envolvidos. Foram 327 horas presenciais e 10.952 no EAD - totalizando 1.582 pessoas capacitadas. O curso teve cinco módulos, a saber: Conceito Geral, Operador Aeroportuário, Operador de Aeronave, Órgão ATC e CGNA.

A capacitação foi um dos aspectos mais importantes do projeto, a pandemia surgiu justamente durante o período de treinamento e tiveram de se adequar muito rapidamente para que um dos pilares mais importantes do projeto não fosse prejudicado. “Além dos treinamentos realizados, ainda teremos outros momentos de capacitação relativos à esta fase de operação assistida e a criação de indicadores, que se iniciou em novembro de 2020”, afirmou Fred Boratto.

aeroporto piloto

O GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, uma empresa do consórcio formado pela Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA (Airports Company South África), é o maior complexo aeroportuário da América do Sul e também a principal porta de entrada e saída de cargas do Brasil. Em 2019, registrou mais de 43 milhões de embarques e desembarques de pessoas, além de ter movimentado, aproximadamente, 42% das exportações e importações, além de 50% do volume de importações de produtos farmacêuticos por via aérea no País. "A implantação do A-CDM em um aeródromo de grande movimentação como o do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos é muito importante para aprimorar nossos processos e promover melhorias para todos os profissionais, passageiros e frequentadores. As melhorias geradas por esse ambiente colaborativo fazem com que o GRU Airport esteja alinhado com as mais importantes práticas aeroportuárias do mundo", afirmou o diretor de Operações da GRU Airport, Miguel Dau.

Benefícios

Com todo esse trabalho colaborativo, haverá uma integração entre todos os operadores aeroportuários, tais como companhias aéreas, aviação geral, torre de controle, empresas de ground handling, entre outros, aumentando a eficiência operacional, previsibilidade e pontualidade dos voos. Essa sinergia ocorre quando os aeroportuários que formam o A-CDM compartilham informações relacionadas à sua operação em tempo real, proporcionando uma análise pós-operacional e o registro de tendências operacionais típicas e incomuns. Com esses dados em mãos, é possível prever possíveis interferências, planejar e manter a pontualidade dos voos, tanto no gerenciamento do fluxo do tráfego aéreo como nos processos das operações das chegadas e partidas.

“O conceito A-CDM aumenta a eficiência operacional, pois permite a integração entre os órgãos de controle do espaço aéreo, a administração aeroportuária, as empresas aéreas que trabalham no aeroporto, aprimorando o fluxo de tráfego aéreo, possibilitando um planejamento geral muito melhor”, analisou o chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares.

O Major Gladulich concorda com o Brigadeiro Miguel e lista os resultados da aplicação do conceito: “Maior pontualidade dos voos, diminuição nos atrasos de decolagens, melhoria nas medidas de controle de fluxo de tráfego aéreo (ATFM), redução de emissão de CO² pelas aeronaves, economia de combustível por parte do operador, possibilidade de menor custo de passagem repassado ao usuário, maior consciência das operações pelo CGNA, TWR, APP e CCO GRU e, ainda, possibilidade de ações de todos os envolvidos com maior rapidez e precisão. Trata-se do bem mais preciso em qualquer processo: informação”.

Além disso, o compartilhamento de dados A-CDM propiciará uma análise pós-operacional esclarecedora e o registro de tendências operacionais típicas e incomuns que permitirá um melhor planejamento e, por consequência, uma melhor previsibilidade operacional.

A implantação do A-CDM em Guarulhos aprimora processos e promove melhorias para os profissionais do aeroporto, passageiros e frequentadores

“Para o DECEA, que é o órgão gerenciador responsável por todo esse processo, vai trazer mais eficiência para a fluidez e a segurança do tráfego aéreo. A decisão colaborativa vai trazer um serviço mais eficiente. Logo, os passageiros vão esperar menos, as empresas poderão se programar melhor e, operacionalmente, o DECEA poderá aumentar a capacidade de pousos e decolagens nos aeródromos. Isso é muito importante, porque é a capacidade de ter mais tráfego aéreo com mais segurança e eficiência”, relata o presidente da CISCEA.

O diretor de Operações da GRU Airport comentou sobre os impactos do conceito, tanto para os aeroportos, quanto para as empresas aéreas e de handlings. “Eles vão passar a ter uma capacidade de planejamento mais apurada, sabendo exatamente tempos e movimentos dentro do aeroporto. Com isso, haverá economia de meios, menor custo da operação, trazendo benefícios para o passageiro”, concluiu.

Ruy Amparo, diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), também falou sobre os benefícios do A-CDM para o passageiro. “Trabalhamos muito com o usuário final. Na verdade, todo o sistema trabalha, ou seja, as empresas aéreas, o DECEA, os operadores aeroportuários. Quando conseguimos dar fluidez ao sistema, trabalhar de modo colaborativo e eficiente, isso chega ao passageiro de uma forma muito positiva. Esse é um trabalho que tomou e ainda toma tempo, muito esforço, muita disciplina, mas é de grande importância. Com certeza, o usuário final vai reconhecer os resultados: mais pontualidade, mais regularidade, mais fluidez de tráfego no aeroporto”, finalizou.

O Conceito A-CDM visa melhorar a eficiência operacional de todos os operadores aeroportuários. Benefícios, como a redução de atrasos, resultam no aumento da eficiência e da otimização dos recursos, gerando aumento da capacidade operacional do aeroporto e impactando diretamente a vida dos passageiros.

eventos relacionados ao Conceito a-CDm

Em 2019, foi realizado o Seminário Internacional A-CDM, com duração de dois dias, em São Paulo. Presentes, aproximadamente, 300 pessoas da comunidade aeronáutica. O evento, com o intuito de divulgar os conceitos no Brasil, contou com palestras e painéis de especialistas da EUROCONTROL, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), das companhias aéreas e aeroportos ao redor do mundo.

Na ocasião, foram expostos todos os detalhes do projeto A-CDM Brasil, suas ações e o cronograma de desenvolvimento, para uma consciência de todos os usuários e dos países como um todo. Cabe ressaltar que o feedback foi bastante positivo por parte dos palestrantes e envolvidos da comunidade internacional.

O Seminário foi uma parceria da Revista Força Aérea com a FAB e o GRU Airport.

Outro evento foi o Lançamento do Conceito A-CDM, que aconteceu no dia 18 de novembro de 2020, no Aeroporto Internacional de São Paulo. Devido a pandemia da COVID-19, compareceram, aproximadamente, 50 pessoas, dentre elas autoridades da FAB e stakeholders da aviação brasileira.

Durante a solenidade o gerente do projeto fez uma breve apresentação explicando o que é o Conceito A-CDM, e a plateia pode esclarecer suas dúvidas em um painel com representantes das empresas diretamente envolvidas com a implantação do conceito no Brasil. Foram eles: Cesar Tuna, coordenador de Crise e Tráfego Aéreo - GRU Airport; Major Gladulich, chefe da Divisão Operacional - CISCEA, representando o DECEA; Marilisa Mira, coordenadora de tráfego aéreo da EPTA de Guarulhos – INFRAERO; e Fred Boratto, diretor de Operações - SAIPHER.

No encerramento da cerimônia, foi descerrada uma placa de lançamento da operacionalidade do conceito A-CDM, no Centro de Controle Operacional (CCO) do Aeroporto.

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