Aeroespaço 26

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA


Índice Novo equipamento de HF do 1° GCC permite enlace de comunicação e dados com as três Forças Armadas

Artigo: O Oficial Especialista e a Gestão por Competências

Visitas de Inspeção do DECEA

Reportagem Especial: Filho de Militar sim, com muito orgulho

Nos 60 anos do DTCEA de Canoas, um fato marcante na história da proteção ao vôo no Brasil

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Missão CARSAMMA na Colômbia

Equipe feminina de Corrida de Orientação da FAB garante vaga no Mundial da Croácia

O CGNA e o seu DOM

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Seção: Conhecendo o DTCEA Tefé - AM

Artigo: Interferência das Rádios Piratas

Nossa capa

Expediente

Localização de Interferência em Freqüência Aeronáutica

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

A foto que ilustra a capa desta edição da Aeroespaço mostra dois militares do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) pesquisando uma interferência relatada por usuário do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). A chamada Equipe de Radiomonitoragem está utilizando um equipamento fabricado pela empresa Rohde & Schwartz, que permite monitorar, detectar, identificar e localizar fontes emissoras de energia eletromagnética (em geral, fontes interferentes). Com este equipamento a equipe é capaz de localizar, por exemplo, uma rádio pirata que esteja interferindo nas comunicações entre uma aeronave e a torre de controle. As missões de radiomonitoragem são coordenadas com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para que, uma vez identificada uma fonte interferente, ela seja rapidamente eliminada, garantindo a segurança das operações dos Serviços de Comunicações e Navegação Aeronáuticos.

Diretor-Geral: Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Diagramação & Capa: Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ) Fotografia: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)

Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer Email: esteves@ciscea.gov.br aeroespaco@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro CEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 Fax: (21) 2262-1691 Editado em agosto/2007 Fotolitos & Impressão: Ingrafoto


Editorial

O

tempo, diz a sabedoria popular, sempre foi um grande conselheiro e, quando não, um inestimável mecanismo de depuração dos acontecimentos, em especial aqueles que no momento da ocorrência estiveram sob intensa comoção. Aliada ao tempo, a verdade entra nesta fórmula como o agente catalisador capaz de disparar o processo de acalmia. Por conta destes dois agentes - tempo e verdade – estivemos nós do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) aguardando que ambos se manifestassem em suas muito particulares órbitas de atuação e restabelecessem a normalidade em nosso meio. Para alguns poucos interlocutores tive a oportunidade de manifestar que a pretensa “crise na aviação” - que nos colocava como foco central das dificuldades - tinha sido gerada artificialmente, a partir de uma série de idiossincrasias, tratando de indicar que a desordem que se seguiu ao lamentável acidente aéreo de 29 de setembro de 2006 tinha certamente outros componentes, além da insuficiência circunstancial de controladores de vôo em Brasília e não demorou muito para que estes outros componentes aparecessem na cena operacional com suas parcelas de responsabilidade. Convém lembrar que naqueles dias, face às premências e às necessidades de pronta resposta que nos cabia atender, pouco podíamos fazer para enfrentar as sucessivas impropriedades de julgamento a que o SISCEAB foi submetido. Não raro, escutei comentários internos que deveríamos ser mais incisivos em nossa defesa e, de certa forma, o fizemos na hora certa e nos fóruns adequados, conscientes de que nosso profissionalismo iria, certamente, prevalecer e restabelecer a normalidade. Tínhamos, por fim, a convicção de que o próprio tempo seria o agente restaurador. Afinal, após mais de 60 anos de impecável atuação e com um formidável legado de abnegação, trabalho e competência, sedimentado por muitas gerações de homens e mulheres, este Sistema haveria de demonstrar sua qualidade e a grandeza de seus propósitos. Estávamos certos. Presentemente, nada mais nos afeta e os pontuais desvios comportamentais que se verificaram em nosso meio, motivados por interesses ocasionais e uma mal resolvida vocação profissional, além de nos servir como matéria-prima para reflexão, transferiu aos seus protagonistas, no mínimo, o rubor da vergonha de ter comprometido aleivosamente, a reputação deste Sistema e colocado em dúvida o trabalho cotidiano de mais de 13.500 profissionais, civis e militares que a ele se dedicam. Passou. Vamos em frente. À você, caro leitor da Aeroespaço, nosso muito obrigado pelo carinho de sua atenção e a sempre generosa contribuição com nossa revista.

Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral Interino do DECEA


NOTÍCIAS DO SISCEAB

Passagem de Cargo do VICEA No dia 27 de julho foi realizada a passagem de cargo da Vice-Direção (VICEA) do DECEA. O Maj Brig Ar Alvaro Luiz da Costa Pinheiro passou o cargo para o Maj Brig Ar Élcio Picchi em cerimônia presidida pelo Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso, Diretor-Geral do DECEA. Natural de São Paulo (SP), o Maj Brig Ar Picchi nasceu em 1953, é casado e entrou para a FAB em 1972, tendo como seu último cargo o Comando da Segunda Força Aérea (FAe II).

Maj Brig Pinheiro passa o cargo ao novo Vicea (acima). O DiretorGeral cumprimenta o Maj Brig Picchi, o novo Vice-diretor do DECEA (ao lado)

Radar do 2º/1º GCC é instalado no cume do Morro da Igreja Para evitar que a manutenção de um radar em Urubici (SC) resulte em procedimentos de segurança adicionais para aviO radar vai auxiliar ões que voem o monitoramento na Região Sul, um comboio de oito veículos partiu da Base Aérea de Canoas com um radar reserva para auxiliar o monitoramento

de aeronaves pelos controladores do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba. As 55 toneladas de equipamento do radar MRCS-403 foram instaladas no cume do Morro da Igreja, a 1.820 metros de altitude. Ficará em operação até 14 de outubro, período em que o radar principal será submetido a uma manutenção programada. Uma equipe de 70 militares da Base Aérea de Canoas foi deslocada para Urubici a fim de auxiliar na montagem e na operação do equipa-

mento durante esse período. O equipamento ficará a cargo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEAMDI). Com outros radares do CINDACTA II, este irá ajudar os controladores baseados em Curitiba a monitorar, principalmente, as aeronaves comerciais que voam entre Porto Alegre e São Paulo. Apesar da grande mobilização de militares na operação, o procedimento é rotineiro e não acarretou conseqüências para o tráfego aéreo.

CCA-SJ inicia o desenvolvimento do Banco de Dados Visual para o simulador do A-29 no 2°/3° GAv A equipe de Suporte ao Treinamento Virtual do Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos - SP (CCA-SJ) esteve em Porto Velho (RO), no período de 10 a 13 de julho, para participar da 1ª Reunião de Levantamento de Requisitos com os responsáveis técnicos pelo simulador do A-29 (Super Tucano). Nesta oportunidade, foi instalado,

pela equipe do CCA-SJ, o cenário visual de Natal na versão 3.1, que permitirá aos pilotos um treinamento eficiente e seguro. Com esta instalação, os aviadores do Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAv) passarão a dispor de duas opções para seus treinamentos: os cenários de Santa Maria (desenvolvido e entregue pela empresa 4

contratada) e o cenário de Natal, já instalado e operando, também, nos simuladores das Bases Aéreas de Natal e de Boa Vista. Esta equipe do CCA-SJ concentrase, agora, no desafio de desenvolver por completo o cenário visual de Porto Velho, de modo a atender todas as expectativas desse Esquadrão Aéreo quando da entrega da versão final.


PAME-RJ contribui para a Inclusão Digital No dia 16 de julho foi inaugurado o Laboratório de Informática do Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), contando com a presença da Vice-Presidente da Associação de Moradores da Quinta do Caju, Helena Maria Ribeiro Guilherme. O Laboratório é um dos projetos do Diretor do PAME-RJ, Ten Cel Eng Fernando Cesar Pereira Santos, dentro da área social e será inaugurado com um curso de seis semanas para duas turmas de doze alunos cada, compostas de moradores da Comunidade da Quinta do Caju, nas quais o SO Clóvis e o 3S Domingos, ambos da Seção de Informática, foram seus instrutores. Durante o evento, Helena fez questão de elogiar a iniciativa da Direção do PAMERJ em integrar, através do curso, o efetivo

do Parque com a comunidade da Quinta do Caju. Promover a inclusão digital dos amigos e vizinhos do PAME-RJ, que utilizarão os novos conhecimentos no seu dia a dia em suas residências e em seus locais de trabalho, é um dos principais objetivos do projeto. Também faz parte do planejamento, utilizando as novas instalações do Laboratório, coordenar cursos de SILOMS, BROFFICE, entre outros, através da Seção de Informática, A integração da comunidade do Caju com o para o efetivo do PAME-RJ, efetivo do PAME-RJ mantendo-o atualizado e com muito mais dinâmica, contribuindo um bom padrão de conhecimento digital. para uma melhor operacionalidade da Isto faz com que a administração fique área técnica.

Missão CARSAMMA na Colômbia Durante o período de 09 a 13 de julho ocorreu, em Bogotá - Colômbia, a 13ª Reunião de Trabalho de Autoridades e Planejadores ATM (Air Traffic Management – Gerenciamento de Tráfego Aéreo) das Regiões CAR/SAM – Caribe/América do Sul Representantes de organismos internacionais e de Estados das regiões CAR/SAM presentes à Reunião (AP/ATM/13). Dentre as atiAntonio Carlos de Souza Serapião. vidades realizadas foram desenvolvidas a compondo um total de 55 profissionais. A equipe brasileira foi composta pelo Os Estados e os Organismos Internaimplantação das Rotas RNAV (Rotas de Chefe da Divisão de Gerenciamento de cionais apresentaram 23 Notas de Estudo Navegação Aérea) nas Regiões CAR/SAM; Tráfego Aéreo do Departamento de Con- e sete Notas de Informação, cujas expoa análise dos reportes de grandes desvios trole do Espaço Aéreo (DECEA), Ten sições, debates, conclusões e relatórios de altitude (LHD); a avaliação da Segu- Cel Av Alexandre Vieira Alves; o Chefe consumiram 40 horas de incansável trarança Operacional pós-implementação do da Agência de Monitoração das Regiões balho. RVSM (Reduced Vertical Separation Mini- CAR/SAM, Maj Av Renato Pietroforte Mais uma vez o Brasil se destacou mum – Separação Vertical Mínima Reduzi- Carvalho; os Oficiais ATM do DECEA, como um Estado de vanguarda nos asda) e a navegação baseada na performance Cap CTA Eraldo da Paixão e Cap CTA suntos relacionados ao ATC (Air Tra(PBN) nas Regiões CAR/SAM. Victor Vargas Farinha Junior; o Engenhei- ffic Control - Controle de Tráfego AéParticiparam da Reunião representantes ro do IEAV (Instituto de Estudos Avança- reo), tendo a Avaliação da Segurança de três Estados da Região CAR e oito Esta- dos) e Analista de Segurança Operacional Operacional das Regiões CAR/SAM dos da Região SAM, assim como seis Or- da CARSAMMA, Artur Flávio Dias; e como o assunto de maior interesse dos ganismos Internacionais: ALTA, ARINC, o Assessor GEPC da Agência Nacional Estados e da OACI (Organização da COCESNA, IATA, IFALPA e IFATCA, de Aviação Civil (ANAC), Cel Av R1 Aviação Civil Internacional). 5


NOTÍCIAS DO SISCEAB

CINDACTA IV tem novo Comandante

Cel Av Peclat (à direita) é o novo comandante do CINDACTA IV

Em cerimônia militar ocorrida no dia 10 de agosto, o Cel Av Carlos Eurico Peclat dos Santos assumiu o comando do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), substituindo o Cel Av Eduardo Antonio Carcavallo Filho. O evento foi presidido pelo Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII), Maj Brig Ar José Eduardo Xavier. O Cel Av Peclat, além dos cursos de carreira, possui os de Tática Aérea, de Piloto de Patrulha Anti-submarino e de Oficial Sinalizador de Pouso em Navio-aeródromo e Pouso a bordo de Navio-aeródromo diurno e noturno. Em seu último cargo, Peclat foi o Chefe da Seção de Projetos Operacionais da 3ª Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica.

1º GCC participa do Intercâmbio Técnico-Operacional Brasil e Chile Militares do efetivo do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC) participaram do Intercâmbio TécnicoOperacional realizado no Chile, no período de 6 a 10 de agosto. Eles foram recebidos no aeroporto da Cidade de Iquique pelo Ten Héctor Vergara e pelo SO Aliro Salazar . A programação foi iniciada com a

apresentação dos militares brasileiros (Cap Roni, Cap Sidnei, SO Brasil e Sgt Marques) ao Comandante da Primeira Brigada Aérea, General de Brigada Cesas Mac-Namaras. Os representantes brasileiros visitaram o Esquadrão de Telecomunicações e Detecção - 34, Unidades Aéreas (Grupo de Aviación Nº 1, Grupo de Aviación Nº 2, Grupo de Aviación Nº 3), inclusive Sala Histórica e Sala de Pilotos, Torre de

Controle, APP do Aeroporto Diego Aracena e o Radar de Mármol, localizado no deserto de Iquique. Os Oficiais Cap Sidnei e Cap Roni ministraram várias palestras acerca do 1º GCC sobre deslocamentos e operações e também assistiram a uma apresentação do Ten Cel Celedon, Comandante do 34º Esquadrão, e pelo Ten Hector Vergara sobre Grupo de Telecomunicações e Detecção chileno.

CINDACTA III promove II Jornada de Meteorologia Aeronáutica O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) realizou, entre os dias 24 e 26 de julho, a II Jornada de Meteorologia Aeronáutica, em Recife-PE. O evento teve como objetivo promover, entre os elos meteorológicos operacionais, debates sobre os novos desafios da Meteorologia Aeronáutica, dentro do contexto atual da Defesa Aérea e do Con-

trole de Tráfego Aéreo Brasileiro. A Meteorologia Aeronáutica no âmbito do DECEA, REDEMET e INFOMET; Climatologia Aeronáutica, Responsabilidade Civil dos Oficiais e Graduados Meteorologistas; Perspectivas Operacionais da Meteorologia Aeronáutica nas Companhias Aéreas; a Meteorologia no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea e o Aperfeiçoamento Profissional da Especialidade foram alguns dos te6

mas abordados nos trabalhos científicos apresentados e nas palestras. Representantes da Divisão de Meteorologia do DECEA, das Subdivisões de Meteorologia de todos os CINDACTA, Oficiais e Graduados do ICEA, CGNA e DTCEA subordinados ao CINDACTA III, bem como representantes da INFRAERO, da Universidade Federal de Pernambuco e da GOL Linhas Aéreas participaram do evento.


ICEA investe na melhoria da formação de Controladores de Tráfego Aéreo O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) está atualmente investindo no projeto “Ampliação da Capacidade de Simulação”, que visa o aumento de sua capacidade de formação de Controladores de Tráfego Aéreo. A meta compreende, essencialmente, a implantação de um simulador de APP e ACC radar com 32 consoles de duas posições de treinamento de controladores (permitindo treinar simultaneamente 64 alunos, alternando as posições de controlador e assistente) e 64 posi-

ções de pilotagem e de um simulador de APP convencional com 56 posições de treinamento e o dobro de posições de pilotagem. Estão sendo implantados dois conjuntos de sete posições de simulação para esta primeira fase. No presente momento os sistemas estão sendo instalados no prédio ocupado pela direção do ComandoGeral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) que, para isto, também está sendo objeto de uma série de serviços visando à liberação de espaço e à adequação da infra-estrutura.

Na primeira fase estão sendo instalados dois conjuntos de simulação no prédio do CTA

Novo equipamento de HF do 1° GCC permite enlace de comunicação e dados com as três Forças Armadas

O moderno transceptor de HF XK2100L foi utilizado na Operação Solimões

O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) prestou apoio de Comunicações à Operação Solimões, exercício combinado entre a Marinha, o

Exército e a Aeronáutica, ocorrida na Região Norte, que contou com a presença de mais de 3.400 militares no período de 27 de julho a 12 de agosto. O apoiou do 1º GCC à missão se deu através do Esquadrão Profeta, que atuou com transceptores HF XK2100L, Sistema de Comunicações Via Satélite (SISCOMIS), Transceptores de HF RT 7000 e Sistema de Comunicações Via Satélite (TELESAT). Na ocasião, o moderno transceptor de HF XK2100L (Postman) foi utilizado ponto a ponto com o Ministério da Defesa e operou H24, sendo transmitidos e-mail a cada hora cheia. Foi montada,

também, uma rede, consistindo de dois transceptores XK2100L da Força Aérea, localizados respectivamente em Urucu e 1ª CIA de Comunicações de Selva e mais quatro transceptores XK2100L do Exército Brasileiro, localizados no 2° Grupamento de Engenharia de Combate, no Comando Militar da Amazônia, na 2ª Brigada de Infantaria de Selva (São Gabriel da Cachoeira) e em Porto Velho, que operaram H24, donde trafegaram mensagens de até 30K com a velocidade de 200bps. O equipamento permite, ainda, a função de criptografia de voz.

CCA-SJ e DIRSA implantam o Sistema ODONTO na OARF Uma equipe composta de militares e civis do Centro de Computação Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) e da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA) proporcionou treinamento do

Sistema de Administração de Clínica Odontológica da Aeronáutica (Odonto), a integrantes da Odontoclínica de Aeronáutica de Recife (OARF), no período de 23 a 25 de julho. 7

A OARF recebeu a implantação da 2ª fase do referido sistema, parte financeira e estatística, a fim de implementar o trabalho oferecido por aquela Organização de Saúde da Aeronáutica aos seus usuários.


O Oficial Especialista e a Gestão por Competências Uma das mais modernas ferramentas gerenciais da atualidade é a Gestão de Competências. Esta ferramenta permite mapear as competências necessárias a uma organização, visando atingir seus objetivos. Através do mapeamento das competências, podemos identificar o gap (quebra indesejável de continuidade) existente entre as competências atuais da organização e as competências necessárias para sua maior eficácia. Geralmente, esta gestão das competências organizacionais passa pela gestão estratégica dos recursos humanos, redesenhando cargos e desenvolvendo competências individuais para o exercício destes cargos. Seguindo as chaves do aprendizado individual do pedagogo suíço, Henri Pestalozzi, que idealizou a educação como desenvolvimento harmônico do intelecto, da técnica e da moral, Durand (especialista em gestão de pessoas) constrói o conceito de competência baseado em três dimensões: conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à execução de determinado propósito.

As três dimensões propostas tanto por Pestalozzi como por Durand são interdependentes, pois para a exposição de uma habilidade o indivíduo deve possuir alguma técnica e da mesma forma a atitude no trabalho vem acompanhada de algum conhecimento e habilidade apropriados. Esta abordagem parece encontrar maior guarida tanto no meio empre-

sarial como no acadêmico, por tratar de forma ampla os diversos aspectos relacionados ao trabalho. Neste modelo os conhecimentos fazem referência a informações, saber o quê e saber porquê fazer. As habilidades estão ligadas a técnica, a capacidade e a saber como fazer. As atitudes estão ligadas a querer 8

2º Ten Esp Com Alexander de MELLO Lima

Comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo da Chapada dos Guimarães (DTCEA-GI). O autor é Graduado em Engenharia Eletrônica e Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e Processos

fazer, a identidade com a tarefa e a determinação na realização da tarefa. Robert L. Katz, autor do livro “As habilidades de um administrador eficiente”, divide estas competências em três categorias que variam sua importância de acordo com a ascensão do gerente na hierarquia da organização: Competências Técnicas - que se relacionam com a especialidade do gerente. Os conhecimentos, métodos, tecnologias e controle dos processos fazem parte desta competência. Esta aptidão subtende a compreensão e proficiência em determinada atividade. Das três aptidões é a mais conhecida. Esta competência é essencial nos níveis inferiores de gerência e diminui sua importância conforme o gerente sobe na hierarquia da organização. Para Katz quando maior for a organização menor será a importância das competências técnicas nos níveis superiores, pois o gerente poderá ter assessores técnicos que o auxiliarão na tomada de decisão. Competências Humanas - que abrangem a capacidade de enten-


der as pessoas, suas atitudes e necessidades. A capacidade de liderar, comunicar e relacionar-se são expressões das competências humanas do gerente. Katz observou que estas competências são requeridas em todos os níveis. No nível inferior de gerência ela é essencial para a coordenação de equipes e é expressa na forma como o gerente se relaciona com muitos subordinados. No nível intermediário a comunicação e o relacionamento com outros gerentes e com a alta direção são imprescindíveis. No nível superior as habilidades humanas têm sua importância reduzida mais não eliminada. Competências Gerenciais - que envolvem a capacidade de entender e lidar com a complexidade das organizações e envolvem a criatividade, a capacidade de planejar e o raciocínio abstrato. Através de uma pesquisa realizada com aproximadamente 60 oficiais especialistas, utilizada na monografia de conclusão da pós-graduação em Capacitação Gerencial, foi possível obter uma idéia do gap entre o grau de competências existentes e a necessidade no exercício de suas atividades. A pesquisa foi realizada através de um questionaria sobre o grau de dificuldade encontrado por estes oficiais durante os primeiros anos do oficialato. O questionário foi dividido em três partes. A primeira trata das dificulda-

des gerenciais encontradas pelos tenentes especialistas. As respostas foram tabuladas e índices numéricos foram atribuídos às opções de resposta. Uma escala entre 0 e 100% foi gerada, em que 0% equivale a nenhuma dificuldade e 100% equivale a muita dificuldade. A segunda parte do questionário tratou de dificuldades no relacionamento humano A terceira parte do questionário analisa as competências técnicas. Nesta área foi observado que os oficiais pesquisados não encontraram muitas dificuldades se comparados às outras áreas. Este fato pode ser atribuído ao grande número de profissionais com formação na área de exatas, a proximidade das atividades técnicas com as atividades realizadas anteriormente quando graduados ou devido à grande ênfase na formação técnica especializada no (CFOE) Curso de Formação de Oficiais Especialistas ou ainda à soma destes. Depois de uma análise do questionário, foi possível observar que apenas 7% das dificuldades enfrentadas pelos oficiais especialistas se referiam as questões técnicas, o que revela o grande preparo destes

especialistas em suas áreas específicas. As atividades humanas e gerenciais representam quase a totalidade (93%) das dificuldades enfrentadas pelos oficiais especialistas. Durante sua formação no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), o futuro oficial especialista é submetido à seguinte carga horária: 1. Geral e Militar - 318 tempos; 2. Capacitação Gerencial (a partir do CFOE2005) - 400 tempos; e 3. Técnico-Especializada - 800 tempos. Com a inserção da Pós-graduação em Capacitação Gerencial no curso do CFOE, espera-se uma diminuição no gap entre as competências desenvolvidas no curso e as necessárias durante o exercício da função. Se faz também mister uma política de gestão de pessoas, visando proporcionar aos oficiais especialistas um contínuo desenvolvimento de seus conhecimentos, suas habilidades e atitudes. Bibliografia: KATZ, Robert L.. As habilidades de um administrador eficiente. Ed. Nova Cultura, 1986, São Paulo. DURAND, T. Forms of incompetence. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPETENCE-BASED MANAGEMENT, 4, 1998, Oslo. Proceedings Oslo: Norwegian School of Management, 1998.

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Seção

Quem é ?

SO Pereira “Amo minha profissão... a console é a minha vida” as como o SO Pereira consideram esses valores coisas O Suboficial Valmir da Rosa Pereira é um dos ajudantes de chefe controlador com mais experiência prosecundárias. O amor à profissão, o cumprimento do fissional em atividade na Força Aérea Brasileira (FAB). dever, o profissionalismo e, sobretudo, a certeza de Contando com mais de 33 anos de serviço, sendo que, estar contribuindo para a segurança do povo brasileiro mais de 30 anos voltados especificamente para a desão, sem dúvida, os ideais que motivam nosso entrefesa do espaço aéreo brasileiro. vistado, em sua jornada de “guardião” do espaço aéAtualmente, o SO BCT Pereira é o encarregado da reo brasileiro. Nascido em 10 de fevereiro de 1956, na cidade de Seção de Operações do 4º/1º GCC e, quando presta Santiago (RS), Valmir da Rosa Pereira, serviço em um OCOAM (Órgão de Condesde criança interessou-se pela aviatrole de Operações Aéreas Militares), Pereira passou desempenha tarefas de gerenciamento ção. No dia 1º de agosto de 1974, o por várias da condução da Circulação Operacional jovem Valmir ingressava nas fileiras da etapas em Militar e de missões de interceptação, FAB, matriculando-se no Curso de Q AT estando altamente capacitado a realiCV, atual Curso de BCT (Básico de Consua formação zar qualquer função relativa ao controtrolador de Tráfego Aéreo) da Escola de operacional, le de missões de Defesa Aérea. Especialistas de Aeronáutica (EEAR), seque serviram diado em Guaratinguetá (SP). Todos os dias do ano, 24 horas por de alicerce para No dia 9 de agosto de 1976, o endia, nosso céu está sendo guardado a tarefa de tão 3S Pereira apresentava-se no por homens e mulheres abnegados NuCINDACTA (Núcleo do Centro Inteque diuturnamente velam pela nossa conduzir uma grado de Defesa Aérea e Controle de segurança. Pilotos, técnicos em manuinterceptação Tráfego Aéreo), sediado em Brasília, tenção, armamento, equipamento de em vôo vôo e outros estão a postos para serem hoje CINDACTA I. Lá serviu durante acionados pelos controladores da defedez anos, sendo transferido, em 6 de sa aérea. fevereiro de 1986, para o Esquadrão Mangrulho – 4º/1º GCC (Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Mas, o que leva uma pessoa a escolher uma profissão tida como uma das mais estressantes do mundo? Comunicações e Controle). Quando de sua saída do CINDACTA I, recebeu o seSeria o status, o dinheiro? Com certeza não, pesso-

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Ele procurava resolver da melhor maneira possível os óbices concernentes à sua área de atuação, demonstrando grande competência

tória do 4º/1º GCC, onde o “Mangrulho 22” fez e guinte elogio do então continua fazendo história. Maj Av Ailton dos Santos Pohlmann, Chefe Pereira participou do primeiro deslocamento de um do COPM (hoje Maj Brig radar transportável, em agosto de 1987, durante a Ar, Comandante do operação OPERAER 87, realizada em Boa Vista (RoraiTerceiro Comando Aéma). Compôs, ainda, a equipe que, no período de 03 a reo Regional - COMAR 12 de junho de 2005, participou da Operação PARBRA III), nos seguintes terI, em Concepción, Paraguai, a primeira oportunidade mos: “militar educado, em que um equipamento radar brasileiro operou dessereno e comedido, o locado em solo estrangeiro. Já no ano de 2006, parti3S pereira demonstrou cipou ativamente do primeiro deslocamento do radar durante os longos anos TPS B34 durante a Operação Cruzex III. em que serviu nesta Na ocasião, o TPS B34 ficou sediado em Jataí (GO), OM esmero e espírito quando - mais uma vez – ficou comprovado o amor de cooperação para do SO Pereira à profissão que escolheu. No local, foi com seus superiores, pares e subordinados. Como montado um auditório de campanha, onde foram reAjudante de Chefe Controlador da Defesa Aérea, semcebidas mais de 3.500 crianças do Programa de Erpre procurou resolver da radicação do Trabalho melhor maneira possível, Infantil - PETI. O roteiro os óbices concernentes à da visita era composto sua área de atuação, dede um briefing sobre a monstrando grande comoperação e as formas de petência...” ingresso na FAB e – tamComo Controlador da bém - uma visita às instaDefesa Aérea, Pereira lações do sítio radar e ao passou por várias etapas shelter operacional, onde em sua formação operaos controladores de vôo cional, que serviram de observavam as ações aéalicerce para a tarefa de reas da manobra. conduzir uma interceptaNeste ambiente, carreção em vôo. gado de curiosidade por Para entender melhor A participação de Pereira no primeiro deslocamento parte das crianças e dos essas etapas, saibam que do radar TPS B34 na Operação Cruzex III adolescentes, o SO Pereio Curso de Controlador ra se dedicou a explicar o funcionamento daqueles de Tráfego Aéreo (CTAM) capacita o controlador a equipamentos com tanta paixão, que foi indagado conduzir as missões da circulação operacional mipor uma aluna da 3ª litar, prestando os serviços de informações de vôo série do ensino fundae alerta. Após um ano na função de CTAM, o militar O amor à mental, de oito anos, pode ser indicado para o Curso de Controlador de profissão e a sobre sua atividade na Operações Aéreas Militares (COAM), que capacita o certeza de estar FAB. Ele respondeu de controlador a conduzir missões de interceptação. forma simples: “Amo contribuindo Com essa habilitação, o militar precisa desempeminha profissão, essa nhar a função por pelo menos quatro anos e ser para a console é a minha aprovado por um conselho operacional para poder segurança vida”. galgar mais um degrau na escala operacional. Ao aérea do povo Palavras simples de ser matriculado no curso de Ajudante de Chefe brasileiro um homem simples. Controlador (AJCC), ele está sendo capacitado para Simples como a maioauxiliar o Chefe Controlador na execução de suas são alguns ria dos brasileiros. Simatividades de gerenciamento de OCOAM (Órgão de dos ideais ples como o gaúcho, Controle de Operações Aéreas Militares). que motivam o Mangrulho, sempre O mesmo entusiasmo de Pereira, demonstrado sua jornada pronto a guardar noscomo terceiro sargento, pode ser observado ainda profissional sas fronteiras. hoje. Sua história confunde-se com a própria his-

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Equipe feminina de corrida de orientação da FAB garante vaga no Mundial da Croácia A equipe feminina da Aeronáutica saiu vitoriosa no primeiro dia de prova do 29º Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas. A Ten Int Lislaine Link, a Sargento Wilma Barbosa de Souza, a Sargento Soraya Gonçalves Cabral e a Sargento Juliane Valéria Mendonça formarão a equipe que representará o Brasil, em setembro, no 40º Campeonato Mundial de Orientação, na Croácia. Dentre as atletas da Aeronáutica, a Ten Lislaine (27 anos), da Seção Auxiliar (SAUX) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), obteve, mais uma vez, os melhores resultados nas duas provas individuais, que aconteceram no dia 02 de julho. No Percurso Curto ela alcançou o tempo de 41 minutos e 7 segundos e no Percurso Longo conseguiu 1 hora, 18 minutos e 18 segundos. Lislaine participa dos campeonatos de orientação desde quando era cadete e vem obtendo ótimos resultados nas competições em que participa. A vitória no primeiro dia do Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas Seus melhores resultados até o momento foram: Bicampeã SulAmericana de Orientação (2004/2005), a vitória foi também do Exército, seguida sidades, Polícias Militares e do Corpo de Campeã Brasileira de Orientação das For- pelo segundo e terceiro lugares com atletas Bombeiros Militar. ças Armadas (2006) e Vice-Campeã Sul- da Aeronáutica. Ao somar os pontos, a equipe masculiAmericana Militar de Orientação (2002). Na corrida de orientação, os atletas na vencedora foi a do Exército, seguida Lislaine participou dos dois últimos Muncontam com o auxílio de um mapa do diais Militares de Orientação e prefere as pela Aeronáutica e Marinha. Na soma dos percurso e de uma bússola e devem enpontos das atletas, a equipe da Aeronáutica provas de Percurso Longo. contrar, seguindo a ordem determinaA equipe representante do Brasil é for- ficou em primeiro lugar, o Exército em seda, os pontos na área de competição (os mada pela soma dos resultados das atletas gundo e a Polícia Militar do Distrito Fedechamados postos de controle), marcannas provas individuais de Percurso Curto e ral em terceiro. do sua passagem pelos mesmos. O venO campeonato aconteceu em Maceió Longo. cedor será aquele que passar por todos Na prova individual masculina, as três (AL) e contou com a participação de, os pontos obrigatórios e chegar ao final melhores colocações ficaram com os atle- aproximadamente, 200 atletas das Forças do percurso no menor tempo possível. tas do Exército. Na competição feminina, Armadas, Guardas Municipais, Univer12


CISCEA comemora 27 anos de atividades em prol do SISCEAB A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) no dia 20 de julho comemorou o seu 27º aniversário. O local escolhido para o evento foi o Sítio Arvoredo, localizado em Vargem Grande, e contou com as presenças do Presidente da CISCEA, Cel Av Carlos Vuyk de Aquino, do seu Vice-Presidente, Cel Av Walter Dias Fernandes Filho, e do Diretor-Geral da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), Luiz Anesio de Miranda. Na parte da manhã, os atletas da CISCEA participaram do tradicional torneio de futebol com o clássico VAP (Centro de Apoio) versus GT-GI-GL (Gerências Técnica, de Infraestrutura e de Logística). Após o almoço, foram entregues as medalhas e o troféu ao time campeão (VAP), composto pelos jogadores Sérgio Sena, Sena, Sandro, Edenir, Roger, Alberto, Joel, Leonardo, Cabralzinho, Ivanil e Paulo. A partida fechou com o placar de 6 a 2. Em seguida, foram entregues pelo engenheiro Luiz Anesio, pelo Cel Av Dias e pelo Cel AV Aquino as placas comemorativas de 10, 20 e 25 anos, respectivamente, de serviços prestados à Comissão (ver relação de funcionários adiante). Passada a palavra ao Diretor-Geral da CTCEA, Luiz Anesio ressaltou, com pesar, a mais recente tragédia da aviação brasileira – o acidente com o Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas. Diante desta delicada conjuntura, Anesio pediu que cada um dos funcionários ali presentes refletisse sobre seu papel como profissional e cidadão e sobre “a importância do comprometimento da CTCEA com a CISCEA e, por extensão, com o Comando da Aeronáutica”. Anésio aproveitou seu discurso para parabenizar a todos pelos serviços prestados, desejando que o mesmo sucesso se repita neste novo momento que se inicia. Por fim, o Presidente da CISCEA, Cel Av Aquino, fez suas considerações e trouxe o enfoque de ver a crise como um impulso para o aprimoramento do trabalho de todos. Como uma força motriz que nos impele a lutar por um País cada vez melhor. Aquino ratificou seu “irrestrito agradecimento a todos, não importando o tempo de

serviço, sendo 25 anos, 10 anos, um ano ou dois meses”. Após os discursos, em se tratando de uma festa junina, deu-se início à dança da tradicional quadrilha, com direito até a casamento! Também foi dado um presente à caipira mais charmosa, eleita pelos participantes da festa. Ainda que a situação geral do cenário da aviação no Brasil esteja extremamente crítica, parabenizamos a todos os profissionais desta Comissão que se empenham, a cada dia, a dar o seu melhor em prol da sociedade. 10 anos Ten Cel Eng Ronaldo Yuan Cel Av R/R Valmir Ferreira Chaves Cel AV R/R Adeilson Tenório da Costa

Austra Amaral recebe do Cel Aquino a placa comemorativa aos 25 anos de dedicação à CISCEA

Cel Eng R/R Osmar Koehler Meggetto Maj Eng Marcos de Castro Pacitti 3S QESA SEM Jader Bispo CB SEM Ronaldo Amorim da Cunha Daisy dos Santos Meireles Fábio Ribeiro Maciel Lauro Pascale Roberto Vitiello Sérgio Martins Terezinha Loureiro Esteves 20 anos Antônio Luiz Carneiro Cláudio Silva de Macedo Francisco das Chagas Felix Cabral Gabriel Juliano

O troféu ao time campeão – placar de 6 a 2

Luis Augusto Bordallo Marcia Duarte Cerqueira Lopes Paulo Roberto Queiroz de Araújo Ricardo de Carvalho Barbirato Marafoni Sandra Maria da Silva Renato Magarão Nunes Rosângela Goulart Quaresma Sérgio Luiz Sena Marques Renato Queiroz Di Iulio 25 anos 3S QESA BCO José Vieira Alves dos Santos Abílio Esteves de Brito Austra Amaral dos Santos Cristina Gonçalves da Silva Denise Vale Ferreira Desmond Fenton Erivaldo Pessanha de Matos Joseli Pereira da Cruz Cláudio Luiz da Silva Nunes Rosângela de Paula Bastos 13

Luiz Anésio entrega a Lauro Pascale a placa pelos 10 anos de serviço


Visitas de Inspeção do

DECEA DECEA 1º GCC

No dia 19 de julho o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) recebeu a visita de inspeção do DECEA. A comitiva, chefiada pelo Chefe Ten Cel Jeronymo acompanha o Cel Interino do SubAv Gracza na visita ao 1º GCC departamento de Administração (SDAD), Cel Av Stefan Egon Gracza, foi recepcionada pelo Comandante do 1° GCC, Ten Cel Av Celson Jeronimo dos Santos. Depois da apresentação formal do efetivo, a comitiva assistiu ao briefing sobre os problemas da organização, as propostas de soluções e uma visão prospectiva para o 1º GCC. Ao final da Inspeção, o Cel Av Gracza cumprimentou o Comandante e o efetivo pelo trabalho profissional e pronta resposta das ações. “O uniforme camuflado nos faz reavivar o espírito guerreiro e, também, pelo olhar firme e motivador de cada militar”- concluiu.

O Brig Eng Roberto (SDTI) e a equipe de inspeção no CCA-RJ

CCA-RJ

O DECEA deu continuidade às visitas de inspeção e no dia 17 de julho foi a vez do Centro de Computação Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ). A equipe de inspeção, formada pelo Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto; Cel Av Ciarline e Cel Av R1 Kisiolar, ambos do Subdepartamento de Administração (SDAD); Ten Cel Eng Antonio Marcos, Maj QFO Sônia, Maj QFO Gisela, Maj Nogueira e Maj QFO Fiúza (todos do SDTI); Ten Cel Mendonça, Maj Eng Waldir e Maj Eng Scheid, do Subdepartamento Técnico (SDTE), recebeu as boasvindas do Chefe do CCA-RJ, Ten Cel Roberto de Almeida Alves, e de todo o efetivo. À comitiva, o Ten Cel Almeida disse estar consciente da importância da inspeção para o CCA-RJ, tanto quanto para o DECEA. O Brig Roberto, em sua apresentação, disse que o trabalho de inspeção tem trazido interação entre o DECEA e as Organizações subordinadas. Ressaltou, ainda, que o DECEA, além de ser o órgão central do SISCEAB, é também o órgão central da Tecnologia da Informação. Após as boas-vindas, durante o briefing, o Ten Cel Almeida expôs a missão, a visão, a estrutura, o PTA 2007 e as metas do CCA-RJ. Falou, ainda, sobre os projetos em desenvolvimento, a estrutura organizacional, a participação nas operações militares (Pampa e Cruzex), os problemas e propostas em evolução. Apresentou, também, a situação atual do CCA-RJ, a fim de ser aferido o grau de precisão da missão da Organização, criando soluções e vencendo os desafios. Foram visitados alguns setores do Centro, como o laboratório de cursos regulares, a sala-cofre (onde ficam os servidores IBM e os arquivos de back-up), o SAUTI (Serviço de Atendimento ao Usuário de Tecnologia da Informação do COMAER) e o SIGPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal do COMAER).

GEIV

O Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) recebeu a comitiva do DECEA no dia 24 de julho. A equipe de Inspeção foi chefiada pelo então Vice-Diretor do DECEA, Maj Brig Ar Alvaro Luiz O setor de lavagem de aeronaves do GEIV durante visita de inspeção Pinheiro da Costa e composta pelo Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP), Brig Ar José Roberto Machado e Silva; pelo Chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD), Cel Av Gracza, e por demais representantes dos Subdepartamentos do DECEA, PAME-RJ e Gabinete. O Maj Brig Pinheiro dirigiu palavras a todo o efetivo do Grupo, destacando a importância da inspeção e o bom desempenho profissional de todos. Em seguida, o Comandante do GEIV, Ten Cel Walcyr, realizou apresentação destacando as realizações do Grupo e os principais problemas para a consecução da missão da Organização. Posteriormente, a equipe visitou as instalações da Unidade onde foram realizadas as inspeções setoriais. Finalmente, ocorreu o debriefing quando foram definidas as ações para superar os óbices identificados.

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O CGNA

E O SEU DOM

Por Maj Av Renato PIETROFORTE Carvalho Chefe da Agência de Monitoração das Regiões CAR/SAM (CARSAMMA)

O alvorecer dos novos tempos legaram ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) inúmeros desafios. Um deles complementou o dever do Comando da Aeronáutica (COMAER) de se fazer cumprir a segurança da navegação aérea e de contribuir para a formulação e a condução da Política Aeroespacial Brasileira. Nesse contexto, nasceu o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), uma Unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), com a missão de harmonizar o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, através da gestão operacional e da supervisão dos serviços prestados pelo SISCEAB. Tão importante como a sua missão, foi o seu espírito criado por homens de vanguarda, que silenciosamente se comprometeram e trabalharam para o futuro da Unidade. Na busca de representar a essência e a importância dessa nova Unidade, foi lançado o desafio de se criar o Distintivo de Organização Militar (DOM) do CGNA. “Nascido para ser grande” foi o lema alavancador das pesquisas históricas e de heráldica, a cujos resultados se aliaram às técnicas de desenho e a criatividade de seu idealizador. A idéia básica buscou a simplicidade, cores distintas, um perfil estilizado e moderno, porém, o critério mais crítico foi a representação do azul que corre nas veias da nossa gente.

A Descrição Heráldica do DOM do CGNA

O escudo é o francês, representando uma Unidade Operacional. O “CHEFE”, parte superior do escudo, é em azul-ultramar, e carrega, à destra, o gládio alado, símbolo da Força Aérea Brasileira e, a partir deste, a sigla “CGNA”, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea. O “CAMPO”, parte inferior do DOM, é da mesma coloração do “CHEFE”, trazendo a harmonia e o contraste perfeito com os uniformes do COMAER. O azul-ultramar do “CAMPO” representa o espaço cósmico. Carregando ao seu flanco

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destro superior, apresentamse quatro estrelas, destacando a subordinação do CGNA ao DECEA. Sobre o “CAMPO”, destacase o globo terrestre, em degradê (azul-celúrio e azul-ultramar), iluminado com a luz solar a leste e escurecido com a noite a oeste, representando as 24 horas de operação da Unidade. Destacam-se as Américas ao centro do globo terrestre e pequenas extensões territoriais da África e Ásia em suas extremidades, representando os continentes naquela visão geoestacionária. Sobre o território brasileiro e o Oceano Atlântico projeta-se um contorno em prata (branco), limitando as Regiões de Informação de Vôo do Espaço Inferior (FIR) Amazônica, Recife, Brasília, Curitiba e Atlântico, representando a área de responsabilidade do Brasil, bem como toda a infra-estrutura nela instalada. Um ponto em prata (branco), sobre o território brasileiro marca a localização do CGNA na Cidade do Rio de Janeiro. Circulando o globo terrestre, surgem dois traçados de vôo, em prata (branco), representando a missão da Unidade nos seus aspectos de gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, bem como a monitoração da segurança do espaço aéreo brasileiro. Sobre o traçado, surgem duas aeronaves estilizadas, em prata (branco), representando a Aviação Mundial. Contorna o escudo, um filete em jalne (amarelo), evidenciando o nível de Chefia da Organização: Oficial-Superior.


Reportagem Especial

FILHO DE MILITAR SIM, COM MUITO ORGULHO lealdade, disciplina e honestidade como herança Por TELMA Penteado

A estruturação das Forças Armadas no País se deu ao longo dos inúmeros conflitos ocorridos em nossa história, sendo um misto intenso de teorias e muitas práticas. Como organismos institucionais o Exército e a Marinha foram oficializados em 1824 e a Aeronáutica em 1941. Podemos afirmar, então, que as Forças Armadas têm raízes nas disputas do período colonial (do seu descobrimento até 1822 – quando o Brasil ainda se encontrava sob o domínio socioeconômico e político de Portugal) e na Guerra de Independência (de 1822 a 1825 – quando a A Ten Lílian conta que sua entrada para a FAB teve influência direta de seu pai desejada independência foi formalmente reconhecida por Portugal e pela Grã-Bretanha). “Todos os finais À época, vale aqui ressaltar, os oficiais que lutaram de semana papai pela nossa emancipação eram, em grande parte, de nos acordava com origem portuguesa, enquanto que a maioria dos comgritos de ‘Alvorada!’ ponentes da tropa era brasileira ou luso-descendente. para o café da Somente no ano de 1960, ou seja, 138 anos a contar manhã em família. da declaração da Independência do Brasil (em 1822), é Era disciplinado que se passou a estudar e estruturar as Forças Armadas, e organizado com de acordo com as características do nosso País e do nostudo e nos exigia a so povo, adaptando a doutrina à realidade brasileira: a mesma correção“. chamada Doutrina de Segurança Nacional. Ten Lílian E, dentro desta doutrina, os militares brasileiros deste período, como retratam os historiadores, assumiram como missão o combate ao Comunismo, deixando de As mudanças na década de 80 não foram poucas. No intervir esporadicamente no cenário da política naciopróprio ano de 1980, por exemplo, as mulheres tiveram nal, para a obtenção total do controle do Estado. Assim sendo, após a Revolução de 1964, os milita- permissão para ingressar na Marinha do Brasil, exerres estiveram à frente de sucessivos governos, travando cendo funções administrativas. O Exército Brasileiro, após intensificar significativauma luta feroz para controlar e regrar a sociedade de mente suas atividades no cenário internacional através acordo com seus princípios. Apenas com a promulgação da constituição, no da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstrou ano de 1988, o Exército e as demais Forças Armadas a importância, a competência e o valor do seu trabalho se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se ao comandar as Forças de Paz no confilto civil do Haiti, desde 2004. para suas missões constitucionais. 16

Modernizando-se não somente no âmbito técnico/operacional (equipamentos e mão de obra especializada), as Forças Armadas do Brasil vêm se mostrando flexíveis às atuais mudanças sócio-políticas, evidenciando, em cada missão elaborada e cumprida, o seu profundo interesse na Nação. E é justamente este olhar para o militar de hoje, sem perder de vista a Instituição secular que o formou, que trazemos para esta Reportagem Especial. Desejamos indagar os civis e militares que atualmente prestam serviço no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e que são descendentes de militares, como a presença destes moldou seu caráter e influenciou suas escolhas de vida. Para começar, conversamos com a 2ª Ten Lílian Rosa Gonzaga de Souza, Chefe da Secretaria da Divisão de Pessoal e Chefe da Seção de Telefonia do DECEA, que entrou para a Aeronáutica em janeiro de 2006. Seu pai, Capitão da FAB falecido em 1991, foi um oficial muito aplicado. “Papai era muito profissional. Nunca faltou ao trabalho. Lá em casa dizemos que ele era do tipo ‘Caxias’”, comenta a Ten Lílian. Também falamos com Aildon Dornellas de Carvalho Filho, servidor civil da área de Desembaraço Alfandegário da Divisão de Logística da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo/Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CISCEA /CTCEA), para quem seu pai, Cel Av R1 Aildon Dornellas de Carvalho, “foi um excelente profissional, muito rigoroso em relação ao trabalho. Fez uma bela carreira na FAB”. Aildon, que entrou para a Aeronáutica em 1998, trabalhando desde aquela época nesta mesma área, confessa que foi sim influenciado pelo pai ao escolher este trabalho. Fã de carteirinha do seu pai, Brig Ar Mattos Rocha,


Aildon e sua irmã Andrea, ao lado do seu pai (SRPV-Belém - 1980)

“Nas vilas militares formam-se grandes famílias, o que é fundamental em função das constantes mudanças de moradia por conta das transferências. Por outro lado, a desvantagem é não criar raízes fortes em nenhum lugar”. Aildon Dornelles já falecido, a civil Marisa Coelho Mattos Rocha, que trabalha na seção de Licitações da CISCEA/CTCEA desde 1984, brinca dizendo que é uma “milica”, só que não veste farda. “Eu me contento com o apelido carinhoso de ‘doutora Bilica’”, diverte-se. “Tenho enorme orgulho em dizer que tive um pai militar e que trabalho na Força Aérea Brasileira. Visto a camisa azul, sim!” Marisa conta que os valores de seu pai foram realmente muito marcantes. Dentre eles, ressaltou a integridade, a ética e o amor à soberania nacional. Outro entrevistado que sente orgulho em falar de seu pai (militar da reserva) é o Ten Cel Av Delany Lopes dos Santos, que entrou para a FAB em janeiro de 1984 e hoje é Chefe da Divisão de Operações do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP). Para o Ten Cel Delany, seu pai foi um excelente militar. Sua relação com ele é muito boa. “Meu pai nunca misturou trabalho com relação familiar”, conta. Orgulhoso, o Assessor Técnico da Divisão de Radares

No que diz respeito à convivência pessoal, Lílian conta que teve uma relação muito saudável com seu pai. “Ele sempre foi muito amigo meu e de minha irmã. Ele se portava em casa como num quartel. Todos os finais de semana nos acordava com gritos de ‘Alvorada!’ para o café da manhã em família. Era disciplinado e organizado com tudo e nos exigia a mesma correção, como manter o material escolar exemplar”. Observar e admirar qualidades também é uma característica da Tenente Lílian, que considera marcantes em seu pai a sua autenticidade, a sua coerência e o modo como ele sabia se impor em qualquer situação. Aildon diz que a relação dele com seu pai é ótima e que eles se vêem com freqüência. “Em casa, o oficial rigoroso sempre deu lugar ao pai dedicado”, comenta. Perguntado sobre os valores passados por seu pai em sua educação, Aildon cita a ética, o respeito pelas pessoas e pela família, o profissionalismo e a organização como sendo os de maior relevância. Pelas palavras entusiasmadas de Marisa, fica clara sua profunda admiração por seu pai, que é para ela um exemplo de homem e de profissional. Marisa vê sua educação como singular em termos de valores. “Considero-me “Considero-me uma uma pessoa pessoa altamente altamente disciplinada. Sinto disciplinada. que tenho valores Sinto que arraigados passados tenho valores pelo meu pai e estes arraigados constituem minha passados personalidade”. pelo meu

do Subdepartamento Técnico do DECEA (D-RAD), Cap Eng André Eduardo Jansen, diz que seu pai, o General de Brigada R/R Carlos Eduardo Jansen, representa seu “maior exemplo de dedicação, seriedade e honestidade”. O Cap Jansen entrou para a FAB em 1990 através do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, e garante que sua decisão para seguir a carreira militar teve forte influência do seu pai. “Há quatro gerações minha família é composta por oficiais do Exército Brasileiro. Desde meu bisavô até meu irmão mais velho. Quando adolescente, eu acreditava que se dependesse de meu pai eu seguiria o mesmo caminho verde-oliva”, conta. “Desviei um pouco desse rumo, mas não muito”, continua Jansen, “pois a oportunidade de ingressar na FAB através do ITA me fez conciliar a paixão pela engenharia com a permanência em ambiente militar no qual estou inserido desde que me entendo por gente”. A máxima que diz: “um gesto vale mais que mil palavras” se confirma no exemplo Em visita ao Musal (2001), do Cap Jansen: “acompanhei Marisa revê o desenlace bem-sucedido de a aeronave grandes desafios que foram Beechcraft (modelo já impostos ao meu pai ao longo pilotado por de sua carreira”. seu pai) 17

pai e estes constituem minha personalidade. Visto a camisa azul, sim” . Marisa Mattos


O desenho recebido no último Dia dos Pais: um boneco fardado, um avião e a Bandeira do Brasil

“A oportunidade de ingressar na FAB através do ITA me fez conciliar a paixão pela engenharia com a permanência em ambiente militar no qual estou inserido desde que me entendo por gente”. Cap Janssen

“Tive uma educação bastante rígida, aprendendo a respeitar e ser respeitada. Meu pai dizia ‘obediência sempre’, ‘competência eterna’ e ‘comprometimento com aquilo que se propuser fazer’”. Marisa, que é advogada, confirma de cara a razão de sua entrada para a FAB. Teve influência direta. “Eu gostaria de ter sido militar, mas depois que me formei, não abriu concurso para a carreira jurídica”. No entanto, como o mundo dá voltas, olha a Marisa trabalhando na FAB do mesmo jeito! O Ten Cel Delany conta que realmente foi educado para valorizar personalidades e comportamentos que muitas pessoas não parecem dar importância, como educação, correção nos atos, lealdade, entre outros. Ao contrário dos demais entrevistados, Delany diz não ter sido influenciado pelo pai, nem mesmo indiretamente, para seguir a carrreira militar. O Cap Jansen relembra com admiração as atuações de seu pai como Comandante das tropas que retomaram a Unidade da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda. “A unidade havia sido ocupada por metalúrgicos grevistas. Outra ocasião foi o esquema de segurança montado para a ECO 92, no Rio de Ja-

neiro, que revolucionou os procedimentos de Comando e Controle da época e que é lembrado como referência em diversos escalões do Exército até hoje, fato que me enche de orgulho”. A carreira de Aviador é mesmo muito extenuante e exige muito não só do militar, como também da família que o apóia com carinho e compreensão. E com o pai de Aildon não foi diferente. “Ele realmente viajou muito. Foram mais de 10 mil horas de vôo, feito que poucos na FAB tiveram. Esta constante ausência do pai era ruim, principalmente porque foi na minha infância. Talvez por isso, ele sempre compensava sendo um ótimo pai quando estava em casa. Mas minha mãe também segurava as pontas”, relembra. Marisa também passou por experiência parecida. Seu pai era aviador, “no entanto, apesar das suas viagens, nunca o considerei um pai auseste. Ele sempre supriu as minhas necessidades e as de meus dois irmãos, cumprindo seu papel de ‘super pai’”, conta. “Fui educada a me adaptar sempre às situações que a vida nos coloca e às oportunidades que ela nos proporciona, apesar das muitas mudanças e transferências de papai – inevitável para um aviador. Só soubemos aproveitar. Conservamos até hoje grandes e verdadeiros amigos”, relata Marisa. Lílian entrou para a carreira militar influenciada pelo exemplo do pai. “Busquei a vida militar conhecendo-a pelo panorama de filha de militar. Minhas amizades 18

eram com outros filhos de militares, pois sempre moramos em vilas da FAB e freqüentamos os clubes e eventos da área”. Lílian também estudou no Colégio Newton Braga, onde teve disciplina militar. “Foi algo incorporado naturalmente em minha vida e não encontrei dificuldades quando entrei. Sei que muito do modo rígido e justo do meu pai nos educar foi adquirido através da sua própria experiência”, relata. Esta postura – frisada por Lílian - é, na verdade, um exercício contínuo de firmeza de valores e retidão. Ela própria aponta para delitos considerados por muitos como sendo inofensivos – como por exemplo os “gatos” de televisão e luz ou a própria pirataria –, mas que são de fato crimes. Valores são mesmo o forte na educação de nossos entrevistados. Na família do Cap Jansen, além da relação de amizade e afetos profundos com seu pai, os valores são ratificados dia a dia pelos exemplos de “unidade familiar e da prática de hábitos que considero fundamentais, tais como a leitura e a atividade física”, conta ele. Em relação às viagens a serviço de seu pai, Jansen se recorda que “entre os anos de 1982 e 1984, em função de uma missão de intercâmbio na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Argentino para qual ele foi designado, minha família viveu por dois anos em Buenos Aires”. “Acredito que essa tenha sido uma das mais importantes passagens de minha infância, uma vez que me colocou em contato com um idioma e uma cultura totalmente diferentes da nossa, o que, para uma criança de dez anos, representou um desafio e um aprendizado ímpares”, diz Jansen. Quanto à visão que a sociedade tem dos militares ao longo dos anos, vale ressaltar que muitas águas rolaram e muita coisa mudou. “Obviamente, a opinião ‘formada’ por boa parte da imprensa é negativa, visto que este segmento teve sua capacidade de trabalho tolhida ou censurada. Porém, entendo que a sociedade, como um todo, continua reconhecendo nossas Forças Armadas como instituições capazes e idôneas”, diz Aildon. O Cap Jansen tembém acredita que, “em grandes centros urbanos, a constante campanha da imprensa no Brasil no sentido de denegrir a imagem e diminuir a importância das organizações militares realmente surtiu efeito nos anos subseqüentes ao término da Ditadura e a visão dos militares se encontra desgastada frente à opinião púbica”. Por outro lado, ressalta Jansen, “no interior do País, principalmente em áreas remotas da região Amazônica, as Forças Armadas representam, seguramente, o último pilar de credibilidade no mar de lama e corrupção que assola nossa Nação”.


Ten Cel Delany com a esposa Deise e o filho Lucas

“Acredito que a formação militar nos dá um sentido de Pátria mais forte que para a maioria dos brasileiros civis. Sendo assim, sempre converso com meu filho no sentido de como ele pode, como cidadão, ajudar o Brasil a melhorar”. Ten Cel Delany “Hoje, nós (militares) defendemos uma democracia”, comenta Lílian, “e isso reflete uma maior preocupação com as relações humanas, com o respeito a outros paradigmas e dogmas e, conseqüentemente, em maior aceitação e credibilidade por parte da sociedade com relação ao meio militar”. De acordo com Delany, “a visão do militar está, atualmente, mais voltada para o Estado Democrático de Direito”. Para ele, ser filho de militar não traz vantagem ou desvantagem, ou seja, nada difere da vida dos filhos de civis. Ser filha de militar, para Marisa, tem sim dois lados. “A educação de meu pai me propiciou aprender seus valores, contudo, não foram fáceis as várias mudanças de cidade, em épocas diferentes, muito embora tenhamos sabido aproveitar. O importante é saber lidar com a adversidade”, comenta. Ela sempre morou em vilas militares, e, pelo comentário, nunca se queixou: “não tem coisa melhor!”.

Dentre os vários lugares, Marisa diz que a vila que mais gostou de morar foi a da Base Aérea de Campo Grande (BACG), quando seu pai era o Comandante. O convívio com militares é considerado por Aildon como sendo muito bom. Para ele trata-se de um ambiente sadio, de respeito mútuo. “Nas vilas militares formam-se grandes famílias, o que é fundamental em função das constantes mudanças de moradia por conta das transferências”, cita. “Por outro lado”, prossegue, “a desvantagem é não criar raízes fortes em nenhum lugar”. Aildon declara que é bem paternalista, mas não briga muito com os dois filhos: Carolina (12 anos) e Leonardo (4). “Sou rigoroso quanto ao estudo, educação e hábitos saudáveis”. Ele conta que seus filhos o respeitam, “mas sabem que conseguem quase tudo comigo!”. “A influência do ambiente militar reforça o comprometimento cívico” - é nisso que Aildon acredita. “Espero que meus filhos reconheçam no futuro que tiveram ótima formação familiar e educacional e, conseqüentemente, sejam pessoas de bem, que sejam exemplo, que liderem e coloquem em prática todo este aprendizado”, é o que Aildon deseja para seus filhos. A Ten Lílian tem dois meninos, um de dez anos e outro de sete. Como mãe carinhosa e tranqüila, ela procura passar para eles os ensinamentos que seu pai deixou. “Acho que meus filhos me vêem como uma pessoa justa e em quem podem confiar sempre”, confessa. Ela sempre sonhou que seus filhos abraçassem a carreira militar. “Se um deles diz: ‘mamãe, quero ser médico’, digo: ‘ótimo! Você pode 19

ser um médico militar’. Quanto mais conheço o meio, mais esse sonho cresce”, conta. Uma relação de excelência. É assim que Marisa define a convivência com os dois filhos, um menino de 13 anos e uma menina de 10. “Creio que esteja cumprindo da melhor maneira minha missão de mãe e eles a de filhos, pois são compreensivos e obedientes”. “Espero que eles me vejam da mesma forma como eu vejo meus pais – pessoas que souberam dosar e separar os momentos de seriedade e os de diversão”. “A forma como vemos nossos pais”, prossegue Marisa, “reflete a forma como nossos filhos nos enxergam”. Marisa enfatisa na educação de seus filhos o lado cívico. “Digo para o meu filho que ele tem três opções de carreira na vida: oficial do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica” - brinca. Delany também tem um filho, hoje com 17 anos. Diz que a relação com ele é muito boa e espera que seu filho tenha dele uma imagem de pai bem-humorado. “Acredito que a formação militar nos dá um sentido de Pátria mais forte que para a maioria dos brasileiros civis. Sendo assim, sempre converso com meu filho no sentido de como ele pode, como cidadão, ajudar o Brasil a melhorar”. Jansen também tem filhos, duas meninas, de seis e quatro anos respectivamente, e um menino de dois. “Para desenvolver a relação com meus filhos creio que, inconscientemente, usei os moldes de minha relação com meus pais, baseada em muito amor, dedicação e, principalmente, muita comunicação desde a mais tenra idade”, confessa. De fato seus filhos ainda são muito pequenos para terem uma visão definida do pai, mas Jansen conta sobre um desenho que suas filhas fizeram na escola no último Dia dos Pais: “um boneco fardado, um avião e uma bandeira do Brasil. Penso que elas crêem que o que eu faço é, de alguma forma, importante para a nossa gente, o que me deixa realmente feliz”. O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) é composto, em essência, por pessoas, independente de serem civis ou militares. Aildon, que é parte integrante desse universo diz com orgulho: “coloquei meu tijolinho em projetos grandiosos da FAB e do Brasil, como o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) e o próprio SISCEAB”. E com eles – e todos os demais filhos de militares, civis ou não – vemos que não somente nosso olhar para as Forças Armadas se modificou. Isso é apenas uma conseqüência. A mudança partiu da Instituição e daqueles que a formam: pessoas como eu e você. Representantes de um Brasil de Paz.


Conhecendo o

DTCEA Tefé - AM

O Histórico O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Tefé (DTCEA-TF) teve sua criação no então Projeto Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), em 22 de setembro de 2000, com a denominação de Departamento de Proteção ao Vôo (DPV DT 76), segundo a Portaria 728/GC3, de 22 de setembro de 2000 e a Portaria COMGAP 33/2EM de 22 de setembro de 2000. O DTCEA-TF foi assim decretado em 27 de fevereiro de 2003, pela Portaria 183/GC3 e é subordinado ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), sediado em Manaus. Sua missão é manter em funcionamento os seguintes sistemas que fazem a cobertura do espaço aéreo de Tefé: Radar Tridimensional Transportável e Estação de V/UHF para o Controle de Tráfego Aéreo e Defesa Aérea, Radar Meteorológico e Estação Meteorológica de Superfície Automática.

Quando então graduado, serviu na Base Aérea de Salvador (BASV) no período de 1978-1998, atuando na manutenção da aeronave Patrulha P-95A, mais especificamente, na manutenção do radar Super Searcher da aeronave e no equipamento de Medidas de Apoio Eletrônico (MAE). O Efetivo O DTCEA-TF possui um efetivo atual composto de um Oficial Comandante, cinco graduados (sendo quatro técnicos e um da Administração/Suprimento) e sete soldados para os serviços de segurança e conservação.

A Vila Habitacional

O Comandante O 1º Ten Esp Com Rodrigo Rodrigues Vieira é natural da Bahia, tem 52 anos, é casado e concluiu o 3º grau pelo CEFET-BA, no curso de Tecnólogo em Telecomunicações. Está no atual cargo desde março de 2006. Fez o curso de carreira na Ten Rodrigo turma CFOE/99 no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) em Belo Horizonte. Rodrigo foi comandante do então DTV-DT-74 (Tabatinga-AM) nos anos de 2000 e 2001 e o último cargo que exerceu foi no DTCEA Aracaju, como chefe das Seções Técnica, Operacional e da Qualidade, no período de 2002 a 2005. Possui os cursos de Gestão da Qualidade e Auditores da Qualidade, ministrados pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).

O monitoramento do serviço de segurança do destacamento

A Vila Habitacional Com uma ótima estrutura e localização, a vila habitacional de Tefé atende a todo o efetivo do DTCEA (Comandante e graduados). Fica situada entre o Destacamento e a cidade de Tefé. Dista 800m do Destacamento, 5 km do centro da cidade e 700m do aeroporto. Não há Hotel de Trânsito no Destacamento, somente alojamentos para equipes de manutenção e serviço. 20


Militares, Familiares e Sociedade Há um excelente relacionamento com as entidades civis, federais e municipais, com as unidades do Exército (16ª e 17ª Brigada de Infantaria de Selva BIS), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Infraero etc. Como o efetivo é bastante reduzido, o relacionamento entre eles é como se fosse uma só família.

A igreja matriz de Tefé

A Cidade Tefé está situada às margens do grande Lago Tefé, entre os rios Solimões e Tefé, e possui uma população aproximada de 80 mil habitantes. Sua economia destaca-se pelo comércio, produção de farinha, pesca, extração da castanha-do-pará em abundância e turismo, como ponto de apoio para visitação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, onde são oferecidas diversas atividades de ecoturismo. Os meios de transporte urbano são os táxis e moto-táxis. O deslocamento interestadual é feito somente por meio aéreo ou fluvial. O aeroporto possui vôos diários para Manaus com duração de 45 minutos, prestados por duas empresas aéreas, a RICO Linhas Aéreas e a TRIP Linhas Aéreas. Semanalmente, para Manaus têm cinco saídas de navio (37 horas de viagem) e duas lanchas a jato (12 horas). Tefé possui uma agência do Banco do Brasil e uma do Bradesco. Há, ainda, uma da Caixa Econômica, em fase de implantação. Possui várias escolas municipais, estaduais e poucas particulares. A cidade tem uma Universidade Estadual (UEA), que oferece vários cursos de Licenciatura e um de Bacharelado. Não existe a violência da qual estamos acostumados a ouvir pela TV, somente confusões corriqueiras e trânsito ruim pelo excesso de motos, o que requer muita cautela. Para o lazer, Tefé oferece vários hotéis, sendo dois com geradores de energia e com aluguel de carros e motos; vários bares e lanchonetes, quatro restaurantes, três pizzarias e mais um bar flutuante; um balneário de águas naturais; o clube AABB e convênio com os clubes do Exército; duas boates e duas casas de shows; muitas locadoras de vídeos, dois provedores de Internet sem fio banda larga; muitos mercadinhos e oito postos de gasolina, que custa R$ 2,90 o litro.

Na tela: informações meteorológicas

Assistência Médica A parte da saúde é precária. O Exército tem um posto de saúde que faz atendimento ambulatorial em algumas especialidades e uma clínica particular, também precária, que atende com posterior ressarcimento pela SARAM. Na cidade existem um hospital municipal, um regional e um posto de saúde. Para certas especialidades e outros tipos de tratamentos há necessidade de deslocamento para Manaus.

O trânsito é tumultuado pelas motocicletas e exige cautela dos pedestres

As Peculiaridades de Tefé Tefé tem todos os problemas de cidade de interior com um agravante: está no meio da Amazônia e possui uma série de limitações. De acordo com o comandante do destacamento, a situação se diferencia muito se o militar é solteiro ou se é casado e com filhos, pois a cidade oferece uma infra-estrutura precária. Por outro lado, “o DTCEA-TF vem mantendo, desde a sua criação, um alto índice de operacionalidade dos seus equipamentos, graças à qualidade e dedicação dos técnicos e a presteza do suporte técnico/administrativo do CINDACTA IV”, acrescenta o Comandante Rodrigo.

O efetivo – uma só família 21


Nos 60 anos do DTCEA de Canoas, um fato marcante na história da proteção ao vôo no Brasil O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canoas (DTCEA-CO), criado em 23 de junho de 1947, subordinado operacionalmente ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) e comandando pelo 1º Ten QOEA COM Paulo Dagostin, comemorou no dia 29 de julho seus 60 anos de existência. O DTCEA de Canoas é, reconhecidamente, um dos quatro Destacamentos de Proteção ao Vôo mais antigos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Em cerimônia militar alusiva à tão expressiva data, destacou-se as presenças dos Maj Brig Eng Herman Rubens Walenkamp (DIRENG) e Maj Brig Ar Raul José Ferreira Dias (COMAR V), além de diversas autoridades militares e civis. Na leitura da Ordem do Dia, não se pôde deixar de notar as qualidades presentes em toda a história do DTCEA-CO, tais como a disciplina, o interesse pelo aprendizado, o perfeccionismo e a dedicação integral à nobre missão que lhe é confiada, posta sempre acima de quaisquer interesses. Durante o evento foram entregues as placas de graduado e praça padrão ao 1S BCO Jorge Roberto Boaventura Ferreira dos Santos e CB SEM Wilson Rogério dos Santos Charrão. O Esquadrão Coruja, como é conhecido, tem como finalidade principal a execução descentralizada das atividades operacionais e de manutenção dos auxílios à navegação aérea vinculados ao SISCEAB no âmbito do espaço aéreo da Base Aérea de Canoas. Sempre na vanguarda da proteção ao vôo no Brasil e no ano da comemoração dos 60 anos de existência, o DTCEA-CO tem a primazia de registrar um fato marcante na história da proteção ao vôo no Brasil com a transição entre o antigo e o moderno em nossos quadros, fato este materializado pela coexistência harmoniosa entre a experiência do Controlador de Tráfego Aéreo de PAR mais antigo em atividade no Brasil, o SO BCT Gilberto Ferreira da Rosa, e a primeira mulher controladora de PAR no País, a 3S BCT Tatiana Campos Ballejo. Como marca histórica desses magnos eventos, foi inaugurado o monumento dos 60 anos de existência do Esquadrão Coruja, materializado pelo mais antigo Farol de Aeródromo do Brasil, que com sua luz iluminou e ainda iluminará o DTCEA-CO e o nosso Brasil. “Aqui só há vagas para Guerreiros” é o lema do passado que reflete todo o brilho e o profissionalismo do Esquadrão Coruja. DTCEA-CO é um orgulho da grande família da Base Aérea de Canoas!

O CTA de PAR mais antigo em atividade no Brasil, o SO Gilberto, e a primeira mulher controladora de PAR no País, a 3S Tatiana

O mais antigo farol de aeródromo do Brasil – agora um monumento histórico

Na cerimônia militar, o reconhecimento à dedicação do efetivo 22


Por Maj Eng WALDIR Galluzzi Nunes

Adjunto Divisão de Telecomunicações (DTEL) do DECEA

1 - Introdução O objetivo deste artigo é apresentar as questões relacionadas à indisponibilidade dos canais de comunicação rádio entre controladores de tráfego aéreo e pilotos, devido a interferências eletromagnéticas, e está organizado da seguinte forma: (i) contexto de utilização dos canais de comunicação para o Controle do Tráfego Aéreo, em que se apresenta o contexto do serviço do controle de tráfego aéreo e a respectiva necessidade de canais de comunicação para que haja segurança e regularidade de tráfego no espaço aéreo brasileiro; (ii) os canais de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico, em que se apresentam fundamentos que permitem compreender a ocorrência de interferências nas comunicações aeronáuticas; e (iii) interferências em canais de comunicação do Serviço Móvel Aeronáutico, em que se apresentam os elementos causadores de interferências. 2 - Contexto de utilização dos canais de comunicação para o Controle do Tráfego Aéreo O Controle do Tráfego Aéreo é parte da atividade de Controle do Espaço Aéreo e viabiliza a utilização dinâmica da complexa malha de rotas. A explicação para isso é que aeronaves têm “conhecimento limitado” do contexto à sua volta, enquanto órgãos de controle detêm informações completas da ocupação

de todas as regiões ao longo do tempo. Isto permite que estes órgãos definam trajetórias e parâmetros para cada vôo - só é possível suportar toda a demanda aérea, por meio do planejamento e uso controlado do espaço. Este uso é concebido antes do início dos vôos - planos de vôo são recebidos antecipadamente pelos órgãos de controle, permitindo as apropriadas acomodações no espaço e no tempo. Contudo, além do planejamento de uso, como em qualquer parte do mundo, este fluxo só se torna concreto mediante autorizações dos órgãos de controle (o que, inclusive, confere grande flexibilidade ao complexo emaranhado de deslocamentos). Ou seja, a interação entre controladores e pilotos é necessária para que se realizem trocas de mensagens (solicitações e concessões de autorizações) que viabilizam o controle do uso do espaço aéreo. Estas trocas são feitas por canais rádio e são fundamentais em todas as etapas de vôo – decolagem (e respectiva subida e nivelamento), deslocamento em rota e descida (até a aterrissagem), pois elas é que permitem o efetivo exercício do controle do tráfego aéreo. Há, ainda, regiões do espaço aéreo em que as aeronaves são acomodadas com menor distanciamento entre si. Esta situação ocorre tipicamente em regiões de convergência – próximas a aeroportos, de onde fluem ou para onde convergem aeronaves, situação diferente do deslocamento em cruzeiro, onde é possível distribuir as aeronaves com maior distanciamento. 23

Essas regiões de convergência, muitas vezes localizadas em grandes centros urbanos (são formadas por um cilindro de cerca de 100 km de raio em torno dos aeroportos, onde há maior densidade de aeronaves e onde se realizam procedimentos especiais de subida e de descida) é necessário que se tenha canais de comunicação rádio sempre disponíveis. 3 - Os canais de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico Os canais de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico (canais entre controladores e pilotos) apresentam o seguinte conjunto básico de parâmetros: • FREQÜÊNCIA - característica de uma emissão de energia que permite identificá-la de forma única no espaço; • TRANSMISSOR – equipamento que emite energia em uma freqüência fixa, transportando informações (mensagens de voz). Está localizado em aeronaves (portanto, são móveis) ou em estações de comunicação fixas no solo; • RECEPTOR – equipamento que identifica uma emissão de energia, com base em sua freqüência e extrai as informações transportadas (mensagens de voz). Está localizado em aeronaves (portanto, são móveis) ou em estações de comunicação fixas no solo; e • POTÊNCIA – magnitude da energia emitida por um transmissor.


As freqüências que podem ser utilizadas nos canais de comunicação do Serviço Móvel Aeronáutico são padronizadas mundialmente – transmissores e receptores de aeronaves de outros países devem ser capazes de operar com freqüências utilizadas no Brasil quando sobrevoam o espaço aéreo brasileiro. A recíproca é verdadeira. Esta padronização é proposta pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e é acatada pelos países signatários da Organização. O documento que estabelece esta faixa é o Volume V (Utilização do Espectro de Figura 1 Radiofreqüências Aeronáuticas) do Anexo 10 ao relatório final da Convenção sobre Aviação Civil Internacional cimento das freqüências disponíveis. Há uma (Chicago, 1944) – conhecido como “Volume sistemática regular, complexa e custosa, para divulgação de informações aeronáuticas, que V do Anexo 10 da ICAO”. também segue as recomendações da OACI; Setores de controle em rota – cada setor está sob responsabilidade de um controlador c) na prática, considerando que uma aerode tráfego aéreo e há um canal de comunica- nave pode estar posicionada em qualquer ção rádio para troca de mensagens entre o ponto de um setor de controle, é necessário controlador e pilotos cujas aeronaves estejam que haja diversos transmissores e diversos em seu setor. Existem canais reservas e de receptores no solo, espalhados pelo setor, de emergência. Por se tratar da setorização em forma que a aeronave receba a energia emirota, foram omitidos os milhares de setores tida pelo transmissor de solo e o receptor de das regiões de convergência, onde os requi- solo receba a energia emitida pela aeronave, sitos de disponibilidade são mais críticos. independente de sua posição no setor; É importante ressaltar que: a) para cada setor de controle (região geográfica sob responsabilidade de um controlador de tráfego aéreo - para consulta aos setores definidos no espaço aéreo brasileiro, considerando aeronaves em rota, vide Figura 1) é atribuída uma freqüência de comunicação, dentre as disponíveis na tabela proposta pela ICAO; b) esta freqüência deve ser divulgada a todos os aeronavegantes, de forma que não haja risco de sobrevôo de um setor de controle sem que haja conhe-

d) isto significa que num setor de controle há diversos “sítios” em que se instalam transmissores e receptores da freqüência do setor. Além disso, há o aproveitamento da infra-estrutura desses sítios – são instaladas, também, freqüências reserva para o setor, freqüências de emergência e freqüências destinadas a outros propósitos (por exemplo, divulgação de informações meteorológicas); e) a descrição anterior é a de uma estação de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico (estação composta pelos equipamentos de comunicação de diversas freqüências); f) por razões técnicas, as freqüências em uma mesma estação de comunicação devem estar separadas em pelo menos 200 kHz. Além disso, alguns valores de freqüências não podem estar reunidos numa mesma estação (caso contrário, gerariam o efeito denominado “intermodulação”). Mais ainda, uma freqüência não pode ser reutilizada sem que haja um distanciamento entre estações com a freqüência, de pelo menos 1.000 km (regra geral, que deve considerar também as estações de comunicação posicionadas em países fronteiriços); g) há, também, freqüências que não podem ser alteradas, por estarem associadas a algum tipo específico de serviço. É o caso da freqüência de emergência (121,500 MHz) que deve estar disponível neste valor em todo o território nacional, em concordância com recomendações da OACI; e

Ocupação do Espectro Eletromagnético no Aeroporto Santos-Dumont (27-08-2007). Observa-se a saturação na faixa das rádios FM (87 a 108MHz) 24

h) todos estes aspectos indicam que a alocação de freqüências para setores de controle deve levar em consideração diversos fatores - freqüências existentes, alocações adjacentes, separações geográficas, disponibilidade de infra-estrutura, dentre outros – não é um problema trivial.


O instrumento que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária é a Lei Nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998 e tem em seu Artigo 1º :

Parágrafo Único. A indicação do canal alternativo ficará condicionada ao atendimento dos critérios estabelecidos para proteção dos canais de Freqüência Modulada, de Televisão e de Retransmissão de Televisão em VHF, integrantes de plano básico de distribuição de canais, bem como daqueles localizados em Zona de Coordenação de país limítrofe que mantenha acordo ou convênio com o Brasil, e ainda, os canais dos Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico.

Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora, O equipamento permite monitorar, detectar, identificar e localizar fontes emissoras de energia eletromagnética em freqüência moduTambém, um fenômeno recentemente lada, operada em observado é a utilização de telefones sem fio baixa potência e cobertura restrita, outorgada 4 – Interferências em canais de comuni- a fundações e associações comunitárias, sem de longo alcance operando em freqüências do Serviço Móvel Aeronáutico. No ano de 2005, cação do Serviço Móvel Aeronáutico fins lucrativos, com sede na localidade de diversos relatos de interferências em comuprestação do serviço. nicações aeronáuticas foram registradas, em Atualmente, podem ser observados diversos momentos em que a qualidade da § 1º Entende-se por baixa potência o ser- que se ouvia conversações telefônicas. Invescomunicação entre controladores e pilotos é viço de radiodifusão prestado a comunidade, tigações da Agência Nacional de Telecomuniextremamente ruim, muitas vezes impossível, com potência limitada a um máximo de 25 cações identificaram que: ainda que todos os equipamentos e a infra- watts ERP e altura do sistema irradiante não estrutura estejam disponíveis, nos órgãos de superior a trinta metros. a) os sistemas interferentes eram telefones Controle de Tráfego Aéreo e nas aeronaves. sem fio de longo alcance (em alguns casos, Ouvem-se diálogos telefônicos ou emissões § 2º Entende-se por cobertura restrita com cobertura de cerca de 50 km); de radiodifusoras nas comunicações aero- aquela destinada ao atendimento de determináuticas em fases críticas de vôo (em regiões nada comunidade de um bairro e/ou vila. b) tratava-se de equipamentos fabricados de convergência para aeroportos, na realizapara operarem em freqüências do Serviço ção de procedimentos de aproximação para Além disso, é designada uma freqüência pouso, em condições meteorológicas adver- específica para utilização no Serviço de Radio- Móvel Aeronáutico; e sas, com visibilidade reduzida, dentre outros difusão Comunitária, segundo a Resolução Nº c) eram adquiridos em países fronteiriços à fatores corriqueiros nos quais se teria total 060, de 24 de setembro de 1998, da Agência região Sul do Brasil e, por isso, se espalharam domínio, desde que as comunicações esti- Nacional de Telecomunicações: vessem disponíveis). enormemente naquela região, levando a proArt. 1º Designar o canal 200 (87,8 a 88,0 blemas graves de indisponibilidade de comuEstatísticas mostram que uma parcela MHz) para uso exclusivo e em caráter secun- nicações por interferências. significativa das interferências é causada dário, das estações do pelos emissores de energia em freqüências Serviço de Radiodifusão próximas às da faixa do Serviço Móvel Aero- Comunitária, em nível nacionáutico. Trata-se de emissoras do Serviço de nal. Radiodifusão (87 a 108 MHz, faixa contígua Art. 2º Determinar, nos à do Serviço de Radionavegação Aeronáutica casos de manifesta impose ao Serviço Móvel Aeronáutico – 108 a 137 sibilidade técnica quanto ao MHz). uso do canal 200 em determinada região, que a SupeNa prática, têm sido freqüentemente obser- rintendência de Serviços vado que emissões de Radiodifusoras auto de Comunicação de Massa denominadas “Comunitárias” espalham ener- proceda a estudo de viabiligia em faixas de freqüências próximas (por dade técnica visando a sua utilizarem potências de dezenas de quilowatts, substituição por um canal equipamentos com filtragem deficiente ou alternativo para utilização Equipe de Radiomonitoragem do GEIV: 2S Souza Lima e SO Valdoir exclusiva nessa região. operarem em freqüências não autorizadas). 25


Um “vôo” na história dos 29 anos do ICEA O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) comemorou, no dia 19 de julho, seu 29º Aniversário. O expediente festivo teve início com uma visita guiada, denominada “Vôo no ICEA”, onde convidados tiveram a oportunidade de conhecer o Instituto e suas instalações ativas, com seus vários cursos em andamento. Após a visita, foi realizada a Cerimônia Militar de comemoração do aniversário, onde foram homenageados o Graduado, Praça e Servidor Civil padrão do ICEA. A cerimônia foi presidida pelo ComandanteGeral de Tecnologia Aeroespacial, Ten Brig Ar Carlos Alberto Pires Rolla, e contou com a presença do Reitor do ITA, Ten Brig Ar R1 Reginaldo dos Santos, do Diretor de Ciência e Tecnologia do CTA, Maj Brig Ar Ronaldo Salamone Nunes e do Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, representando o Diretor-Geral do DECEA, Maj Brig

Da direita para a esquerda: Ten Brig Reginaldo, Cel Ferraz, Ten Brig Rolla, Maj Brig Salamone e Brig Eng Roberto – presentes à cerimônia de aniversário

Ar Ramon Borges Cardoso. A data foi celebrada com uma “Feijoada de Confraternização”, que contou com a presença de convidados e todo o efetivo. Ao final, a Direção do ICEA convidou todos os presentes para as comemorações dos 30 anos do Instituto, esperando contar, em 2008, com a presença de toda a “Família ICEA”.

CCA-RJ presta homenagem aos pioneiros da Tecnologia da Informação em seu 41° aniversário No dia 1° de agosto, o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) comemorou o seu 41° aniversário em solenidade militar presidida pelo Subdiretor de Administração da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, Brig Ar Walker Gomes. Na oportunidade, o CCA-RJ prestou uma homenagem àqueles que, em épocas passadas, atuando como verdadeiros pioneiros da informática e da tecnologia da informação (TI), contribuíram para a implantação e o desenvolvimento daquela Unidade, levando-o aos atuais níveis de reconhecimento profissional no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER). São eles: o Maj Brig Eng R1 Tércio Pacitti, o Brig Eng R1 Álvaro Brandão Soares Dutra, o Brig Int R1 Hélio Gonçalves, o Cel Av R1 Sebastião Antonio de Pádua, o Cel Eng R1 Paulo Dantas Cabral, o Cel Int R1 Luiz Fernando Benincasa Correa, o Cel Int R1 Ernani Barbosa e a Sra. Edyr Dupret. Em seguida, foram apresentados o Graduado e o Praça Padrão do CCA-RJ de 2007, respecti-

vamente o 2S BFT Edson de Souza Brito e o CB SAD Nilvamberto Carlos Bertolin Filho. Na seqüência da solenidade militar, como reconhecimento aos bons serviços prestados por mais de 20 anos ao COMAER, o SO BCO Sandro Valério Silva de Lucas foi condecorado com a Medalha Militar de Prata com Passador de Prata, tendo recebido a comenda das mãos do Brig Ar Walker Gomes, Paraninfo da Cerimônia. Na leitura da Ordem do Dia, o Chefe Interino do CCA-RJ, Ten Cel Eng Almeida, fez um retrospecto da trajetória da Organização e da TI, dentro do Comando da Aeronáutica, apresentando também as atividades executadas pelo Centro de Computação no 1° semestre de 2007. “O CCA-RJ, como dedicada Organização executora das atividades de TI que lhe foram atribuídas pelo Órgão Central do STI, o DECEA, vem, a cada ano de sua existência, trabalhando para o aprimoramento técnico do seu efetivo, ao mesmo tempo em que preserva os valores e o espírito da casa militar, confiante no sucesso do cumprimento da sua missão”, declarou Almeida. 26

O Ten Cel Almeida agradece a contribuição dos pioneiros da TI para o desenvolvimento do CCA-RJ

Em suas palavras de encerramento da cerimônia, o Brig Walker ressaltou a importância dos profissionais de Tecnologia da Informação, inseridos na estrutura do COMAER, dentre estes os militares e civis do CCA-RJ, lembrando que essa área, a todo o momento, apresenta evoluções significativas e que o acompanhamento de novas tecnologias é uma tarefa árdua, porém necessária para o desempenho das tarefas fins da Força Aérea Brasileira.


Literalmente Falando Alegria da Leitura 3S Marcelo Romano PAME-RJ

Por que precisamos tanto ler? Imaginem que um livro seja como uma pessoa, ou melhor, um mundo de pessoas vivendo histórias malucas, heróicas, românticas, realistas, fantasiosas, contadas nos variados estilos literários. Um livro na estante não está cumprindo o seu papel. Isso acontece porque o livro é um mundo que nós só conhecemos se participarmos de sua aventura, do seu descobrimento, e daí ampliarmos nossa visão do mundo em muito menos tempo. Um livro fechado é como uma pedra. Ele só depende de uma pessoa que o folheie, ao menos isso. As personagens têm tanto a nos contar, tantas histórias que nós desconhecemos. Um livro fechado é como um telefone mudo. É como um mundo cinza. Quem lê tem uma visão do mundo diferente, até mais poética, mais bonita, faz da mínima beleza a máxima. Quem lê sonha mais. Tem desejo de realizar mais. Ler não é prisão! É libertação! E quem consegue realizar seus sonhos é realmente uma pessoa feliz! Leiam! Comecem a ler! Não para mostraremse cultos, mas para cultivar o coração. Cultivem o coração e cativemos os outros! Só assim começaremos a ter um mundo melhor. Leiam bons livros. Leiam clássicos, pois estes sobrevivem ao tempo e têm muitas coisas para ensinar aos homens de todas as épocas. Além da alegria de ler, esse hábito pode nos ajudar nos estudos, no trabalho, fazendo com que nós compreendamos melhor os nossos pais, irmãos e amigos.

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