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Antena de Telecomunicações – CINDACTA II
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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA
Índice Seção: Notícias do SISCEAB IV Conferência Regional de Coordenação TRAINAIR
Seção: Notícias do SISCEAB DECEA dá início às visitas de inspeção em suas OM subordinadas
Pioneirismo na Busca e Salvamento: Primeira militar na Coordenação SAR
Seção: Quem É? Danilo Dantas de Lima
Artigo: Comunicações de hoje e sempre...
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Seção: Notícias do SISCEAB CGNA fecha acordo pioneiro com a TAM para um gerenciamento de fluxo de aeronaves de excelência
Artigo: Competências Gerenciais: a gestão de um Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Seção: Usina de Idéias Rede de Enlaces Extendida - CINDACTA I - Solução viável para integrar os Destacamentos
Seção: Conhecendo o DTCEA Santos - SP
Seção: Eu não sabia! GBAS - Sistema de Aumentação de Sinais Baseado em Solo
Nossa capa
Expediente
Antena de Telecomunicações – CINDACTA II
Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA
Neste mês de maio comemoramos o Dia Nacional das Comunicações e vale um agradecimento a todos os participantes, operadores, mantenedores e usuários do Sistema de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica, pelo empenho e dedicação com que atuam diariamente, de forma pró-ativa, na contribuição e aperfeiçoamento de todo o Sistema de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica (STCA), destacando como importante elo para o desenvolvimento, a integração e a segurança nacional. Para quem não sabe, a telecomunicação aeronáutica necessita constantemente de estudos, pesquisas e aprimoramentos. Por este motivo foram redigidas novas publicações e normas que vão nortear a ordenação operacional de todo o STCA. Para isto foi elaborado o Manual de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica - denominado de MACOM – que substituiu todas as publicações relativas às Telecomunicações Aeronáuticas, Administrativas e Militares e reduziu a consulta do usuário e operador a uma única publicação, tornando o trabalho diário mais ágil e simplificado. Nessa coletânea de Telecomunicações já podem ser consultadas as regras que versam sobre os requisitos de supervisão e operação dos sistemas da RACAM (Rede Administrativa de Comutação Automática de Mensagens) e do CCAM (Centro de Comutação Automática de Mensagens).
Diretor-Geral: Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Diagramação & Capa: Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ) Fotografia: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)
Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer Email: esteves@ciscea.gov.br aeroespaco@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro CEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 Fax: (21) 2262-1691 Editado em maio/2008 Fotolitos & Impressão: Ingrafoto
E
Editorial
ste mês de maio marcou o ato final da revitalização do CINDACTA II, com o desligamento definitivo dos antigos computadores MITRA XV, de fabricação Francesa, depois de estarem funcionando em paralelo com o Sistema X-4000 desenvolvido pela Fundação Atech. Tivemos, ainda, a oportunidade de inaugurar a nova Torre de Controle do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, incorporando equipamentos de última geração - matéria que será publicada na próxima edição da Revista. O DECEA está replicando esta providência para todas as demais Torres de Controle do País. A edição da Aeroespaço nº 30 traz como destaque o Manual de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica (MACOM), que, entre outras providências, integrou, em um só documento, todas as demais publicações relativas à matéria. A destacar ainda na Seção Eu não sabia! - o Sistema de Aumentação de Sinais Baseado em Solo – GBAS - para que nosso leitor se familiarize com mais este aspecto do conceito CNS/ATM, que já faz parte de nossa realidade. No mais, um mosaico de nossas realizações cotidianas retratando o dinamismo do nosso Sistema e, ainda, as sempre bem-vindas colaborações, que emprestam à revista Aeroespaço o toque de imprescindível inteligência ao apresentar novas idéias, conceitos e modelos de gestão, voltados para o nosso ambiente operacional e administrativo. Parabéns a todos e muito obrigado!
Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA
Carta do Leitor A matéria “A Construção da Força Aérea Brasileira”, do 2S Alexandre, deu um novo perfil à revista Aeroespaço ao tratar, de forma acadêmica, de momentos da História da nossa Aviação. Até então, a tônica era de assuntos técnicos e administrativos que, evidentemente, são relevantes a todos nós, leitores, que desejamos acompanhar o trabalho diuturno dos atuais colegas em prol da Proteção ao Vôo. Porém, o artigo do Alexandre tem alguns méritos especiais, pois passa aos colegas das novas gerações o percurso da saga de se construir uma instituição que, há décadas, vem se esforçando para proporcionar ao País um eficaz instrumento ao seu desenvolvimento e que, por isso mesmo, precisa ser continuada, mesmo a duras penas. Os jovens que trabalham nas OM do DECEA desconhecem o que foi Eduardo Gomes para a Diretoria de Rotas Aéreas, o caminho trilhado pela DEPV e os inúmeros esforços para se construir todo o acervo de conhecimentos desde 1941. Para que valorizem o que hoje existe é preciso que passem a conhecer toda a história da instituição. Além disso, inicia (espero) um espaço próprio para a publicação de textos acadêmicos no âmbito do DECEA, uma vez que é perceptível a necessidade, cada vez maior, da constante elevação do nível intelectual visando a pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento, pois a instituição torna-se sempre maior e mais complexa e o seu diálogo com o mundo civil, em todos os seus níveis, passa a depender de profissionais mais qualificados. Exemplo tácito é a implantação do novo conceito de utilização do espaço aéreo, sintetizado no CNS/ATM, que dependerá de uma mudança de mentalidade por parte de quem nele estará inserido. Quero parabenizar a equipe da Aeroespaço tanto pelo trabalho desenvolvido ao longo de sua existência, como, também, pela publicação do artigo ora citado... e que outros semelhantes se sucedam. Newton Marcos LEONE Porto - SO Ref Aer Mestre em História e professor de CNS/ATM do Curso de Ciências Aeronáuticas da UCG
NOTÍCIAS DO SISCEAB
IV CONFERÊNCIA REGIONAL DE COORDENAÇÃO TRAINAIR Evento é realizado no Rio de Janeiro e tem participação do DECEA
Fernando Marreiro de Armas (TRAINAIR); Maj Brig R1 Normando de Araújo Medeiros (DECEA/CERNAI) e Wilton Vilanova (ANAC)
Em cumprimento ao Programa de Trabalho da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) e sob a Coordenação do Escritório TRAINAIR de Montreal, foi realizada no Brasil, no Rio de Janeiro, no período de 25 a 28 de março de 2008, a 4ª Conferência Regional de Coordenação TRAINAIR. O evento contou com a participação de nove países – Argentina, Brasil, Cuba, Equador, El Salvador (que igualmente representou a COCESNA), México, Paraguai, República Dominicana e Venezuela, totalizando 43 participantes. A Conferência visa aprimorar as relações entre os Centros de Instruções existentes na Região, bem como melhorar a capacidade do Programa TRAINAIR, face à necessidade de recursos humanos resultante do processo de planejamento regional da navegação aérea da OACI. Outro objetivo do evento é verificar a possibilidade de se aplicar métodos e tecnologias de educação à distância para satisfazer às necessidades regionais de instrução e, ainda, confirmar o uso de técnicas
de garantia de qualidade para melhorar a eficácia e eficiência em relação à preparação de cursos. A delegação brasileira foi composta por integrantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), tendo em vista que o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) e a Superintendência de Estudos, Pesquisas e Capacitação (SEP) são
qualificados como Membros Plenos do TRAINAIR. Além do ICEA, a Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI), o Subdepartamento de Administração do DECEA (SDAD) e a Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Espaço Aéreo (CTCEA) representaram o Departamento na Conferência – que se realiza a cada três anos. Na cerimônia de abertura estiveram presentes o Maj Brig R1 Normando de Araújo Medeiros, representando o Diretor-Geral do DECEA (Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso); Wilton Vilanova, representando o Diretoria da ANAC; e Fernando Marreiro de Armas, Chefe do Escritório Central TRAINAIR. Para a condução dos trabalhos foram eleitos, por unanimidade: • Presidente - Cel Av Paulo Roberto Sigaud Ferraz (Brasil); • 1º Vice-Presidente - Javier Novos (México); e • 2º Vice-Presidente - Rosane Rondineli (Brasil).
Na conferência, a participação de nove países e 43 participantes 4
CGNA fecha acordo pioneiro com a TAM para um gerenciamento de fluxo de aeronaves de excelência O gerenciador do Sistema de Gerenciamento de Informações de Linhas Aéreas – AIMS (sigla do inglês Airline Information Management System) é o primeiro sistema de uma empresa aérea homologado dentro de uma organização do Comando da Aeronáutica. Desenvolvido e implementado pela TAM Linhas Aéreas dentro da Sala de Decisão Colaborativa do CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), o AIMS possui toda a alma da empresa. Nele estão contidos todos os dados da movimentação de toda a frota da TAM. “Sabe-se, em tempo real, o que está acontecendo com nossas aeronaves no mundo inteiro”, garante o Gerente de Operações do GSE (Operação das Aeronaves em Solo) da TAM, Rubens Galle, que participou de todo o processo de desenvolvimento e da implementação do sistema AIMS. Atualmente, Dílson Menezes ocupa o cargo de Supervisor de Operações Aéreas da TAM no CGNA. A maioria das nossas aeronaves opera no sistema ACARS (Aircraft Communications Addressing And Reporting System), que recebe e transmite mensagens da aeronave para o controlador. Então, quando o avião fecha a porta, por exemplo, o seu computador se comunica com o da central e informa tudo o que está ocorrendo, passo a passo. Antes da entrada em operação do AIMS, que seu deu em 1º de fevereiro, o CGNA, enquanto Sala de Decisão Colaborativa, tinha que a todo o momento entrar em contato com a TAM para obter informações detalhadas de determinadas aeronaves.
“Nós fornecemos todas as informações da nossa malha para o Gerente Nacional. Caso um aeroporto encontre-se em condições meteorológicas adversas, então eu posso dizer em tempo real quantos aviões vão chegar, quais são as possibilidades de órbita, quanto as aeronaves ainda têm de combustível e o que vai acontecer”, explica Rubens. Toda movimentação que os aeroportos fazem alimenta o sistema AIMS. Todos eles são interligados e conversam com o AIMS. Este, por sua vez,
Tela do Sistema AIMS de uso exclusivo da TAM
gerencia todos os demais. Cada decisão tomada através deste Sistema é automaticamente repassada aos demais sistemas. O AIMS é de uso exclusivo do CCOA (Centro de Controle de Operações Aéreas da TAM), que fica em São Paulo (SP). Além da TAM, o único órgão que tem acesso ao sistema é o CGNA, devido à sua importância. Este sistema implantado mudou 90% da área de atuação do gerenciamento de tráfego aéreo. Otimizamos todo trâmite de informação (otimiza-se o tempo de coleta de dados e, conseqüentemente, o tempo de tomada de decisão e sua 5
devida aplicação). Cada empresa aérea tem seu sistema próprio. Todos estes sistemas são parecidos, cobrindo a mesma linha de raciocínio. E todos, a sua maneira, interagem com o CGNA para a viabilização dos vôos. No caso do sistema da TAM, as informações são dadas numa linha de tempo (dias, semanas, horas) para todas as aeronaves da frota da TAM. Assim sendo, os operadores têm uma visão global da malha e um entendimento detalhado da conjuntura. A segurança do AIMS é muito rigorosa, uma vez que os dados nele contidos são de altíssimo grau de sigilo. “Para prover e manter esta segurança, o Comando da Aeronáutica teve que liberar uma linha de acesso restrita e controlada. Assim, as informações saem do sistema em São Paulo, passam pela Ilha do Governador, entram no nosso provedor e vêm para nosso computador nesta sala”, detalha Rubens. Um aparelho semelhante a um bip, que é a “chave de segurança”, fornece uma senha em números que muda a cada cinco segundos. Este código é fornecido automaticamente pelo próprio sistema. Rubens cita como os principais responsáveis pela parceria TAM/CGNA o Diretor do CCOA, Gilberto Lago; e do CGNA, Cel Av R1 Freitas Lopes, Ten Cel Av Gustavo, Maj Av Bertolino e Maj Av Dittz. A TAM está também desenvolvendo e ministrando cursos de gerenciamento e controle de fluxo. O primeiro foi realizado em 2007 e o segundo em maio deste ano. Dentre os temas abordados estão “As empresas aéreas no Brasil e os sistemas de gerenciamento”.
NOTÍCIAS DO SISCEAB
DECEA dá início às visitas de in Cumprindo o que prevê a ICA 121-7 - Instrução para Inspeção às OM subordinadas, o DECEA deu início à programação das visitas de inspeção no dia 02 de abril.
ção, presidida pelo Maj Brig Ar Élcio Picchi (Vice-diretor do DECEA) e formada por CGNA militares e civis No brifim preliminar de inspe- dos Subdeparção, o Chefe do Centro de Ge- tamentos Técrenciamento de Navegação Aérea nico (SDTE), (CGNA), Ten Cel Gustavo, apre- de Operações sentou - além do cronograma, da (SDOP), de missão da OM, da visão prospecti- Tecnologia da va - o que foi corrigido após a ins- I n f o r m a ç ã o peção de 2007. (SDTI) e de O VICEA realiza o brifim no auditório da CISCEA Relatou, também, as deficiências Administração atuais nas áreas técnicas, operacio- (SDAD), além dos (ACC, APP e TWR); detecção nais e administrativa do CGNA e do Ten Cel Xavier (representando a (Radar de Rota, Radar de Terminal apresentou as soluções possíveis. CISCEA), visitou todas as instala- e PAR); comunicações (Serviços O Ten Cel Gustavo concluiu que, ções do CGNA. Aeronáuticos Fixos e Móveis) e ouapesar das deficiências relatadas, o tros Sistemas (CCAM, meteoroloCGNA continua desenvolvendo e CISCEA gia e Grupo Especial de Inspeção ampliando suas atividades. A segunda visita de inspeção ocor- em Vôo - GEIV). “As ferramentas disponíveis para reu no dia 04 de abril, na Comissão No encerramento da apresentao gerenciamento do tráfego aé- de Implantação do Sistema de Con- ção, o presidente da CISCEA disse reo devem ser encaradas como um trole do Espaço Aéreo (CISCEA). que, “na verdade, não temos dívidas, processo de evolução contínua. As O Presidente da CISCEA, Brig mas muito trabalho a realizar”. funcionalidades esperadas com a Ar Carlos Vuyk de Aquino, disse Na seqüência, o Maj Brig Ar Picimplantação da fase 2 serão funda- à equipe de inspeção, em sua apre- chi agradeceu a recepção da Comismentais para a obtenção de níveis sentação, que as relações com o são para sua comitiva, declarando de excelência na execução tática das DECEA são diferenciadas dos de- que a visita aproxima cada vez mais medidas de gerenciamento” - decla- mais órgãos a ele subordinados. a CISCEA do DECEA. rou o Chefe do CGNA, ressaltan“A visita de inspeção à CISCEA O Vice-diretor do DECEA desdo, ainda, que “para o desenvolvi- não se trata de uma prestação de tacou, também, a importância da mento dos serviços do Centro é ne- contas, mas sim do que deve ser fei- área de planejamento da Comissão. cessário a capacitação com enfoque to ao longo deste ano”, colocou o “Cada vez mais vamos precisar da no uso das ferramentas disponíveis, Brig Aquino. Assessoria da CISCEA com o aproem técnicas de gerenciamento e no Após apresentar o balanço de veitamento de todo conhecimento processo de decisão colaborativa”. 2007 e a previsão de trabalho para adquirido ao longo dos anos de serEm seguida, a equipe de inspe- 2008, o Brig Aquino ressaltou que viços prestados”, prosseguiu. o ponto principal Concluindo, o VICEA declarou é ter um entendi- que o DECEA vê o trabalho realimento equilibrado zado pela CISCEA como um fruto do que está acon- de todo o efetivo e de seu Presidentecendo hoje nos te. campos de atuação Em seguida, a comitiva de inspeda CISCEA e quais ção iniciou a visita aos departamensão as capacidades tos da CISCEA. para o ano dentro do orçamento preCINDACTA III visto. O Comandante do CINDACTA Dentre os pon- III recebeu o Vice-diretor do tos analisados es- DECEA, Maj Brig Ar Élcio Picchi, tão o tratamento e e a comitiva de inspeção, nos dias O Ten Cel Gustavo acompanha o Maj Brig Ar Picchi e o Cel Av visualização de da- 16 e 17 de abril. R1 Fernão durante a visita 6
speção em suas OM subordinadas CERNAI O presidente da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea (CERNAI), Brig Ar Pompeu Brasil, e seu efetivo receberam a equipe de inspeção do DECEA no dia 29 de abril e definiu a visita como uma oportunidade de detectar as deficiências da Comissão. O Cel Av Leão apresenta a sala do ACC Atlântico ao VICEA “Precisamos de orientação para corDurante o brifim, o Cel Av Luiz Gonzaga Leão Ferreira relatou que na- rigir e solucionar os problemas que foquele dia - 16 de abril - ele completava rem percebidos durante a visita”, disse os primeiros três meses de comando na o presidente da CERNAI. O Vice-diretor do DECEA, Brig PiUnidade. O Comandante ressaltou o objeti- chhi, ressaltou que a oportunidade era vo da visita de inspeção: informar ao para ambos. “Essa aproximação proDECEA as necessidades do CINDACTA porciona ao DECEA um conhecimenIII e a importância de buscar as solu- to mais amplo da Comissão e, ainda, a possibilidade de orientar a CERNAI ções em conjunto. Na comitiva do DECEA, além do para que cumpra com excelência a sua VICEA, os Diretores dos Subdeparta- missão”, declarou. O Brig Pompeu Brasil contou um mentos de Operações e de Tecnologia da Informação, Brig Ar Roberto e Cel pouco da história da CERNAI, que foi Av Villaça, respectivamente, estiveram criada em outubro de 1949, por um acompanhados de representantes dos Decreto do Presidente Eurico Gaspar Subdepartamentos de Administração Dutra, com subordinação direta ao Mie Técnico, bem como das Assessorias nistro da Aeronáutica. É importante saber que em agosto A-PLOG e ASCOM, da S-INT e do Diretor de Operações da CISCEA e de de 2004, com a criação do ministério da Defesa, a CERNAI passou a ser um militares do PAME-RJ. Além de expor a missão, o histórico, órgão de assessoria o PTA 2008, a estrutura, a área de ju- direta e imediata risdição e, ainda, o funcionamento da ao Comandante da OM - o Comandante do CINDACTA Aeronáutica e que, III apresentou à comitiva do DECEA em março de 2006, os problemas atuais e as sugestões para a CERNAI transferiu para a Agência a melhoria das ações. Foram visitados os setores das Divi- Nacional de Aviação sões Técnica, de Operações e Adminis- Civil (ANAC) as atribuições relativas tração do CINDACTA III. No debrifim, ocorrido no dia seguin- ao Transporte Aéte, o Brig Picchi declarou que teve boa reo e incorporou impressão do efetivo do CINDACTA a CECATI (CoIII. “Os senhores desenvolvem um ex- missão de Estudos celente trabalho, com pessoal motiva- de Coordenação dos do, dedicado e comprometido com a Assuntos Técnicos missão, mantendo as raízes militares” , Internacionais) ao O VICEA ressalta a seu organograma. finalizou o VICEA. DECEA e a CERNAI 7
Durante a exposição foi relatada à equipe de inspeção as atribuições da CERNAI, que, além de assessorar o Comandante da Aeronáutica nos assuntos relativos à navegação aérea internacional, também coordena a atividade de vigilância da segurança operacional no SISCEAB (USOAP). Ficou esclarecido também que a CECATI faz a interface entre a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e seus escritórios regionais e o DECEA, processando os expedientes referentes à navegação aérea internacional, coordenando a indicação de representantes do SISCEAB a eventos internacionais relativos à navegação aérea internacional e providencia as instruções pertinentes, dentre outras atividades. Prover a interface do SISCEAB com a Secretaria de Aviação Civil nos assuntos relativos à navegação aérea internacional também é atribuição da CERNAI, assim como receber, controlar e distribuir para os órgãos pertinentes, toda a documentação (informativa e consultiva) recebida da OACI. Foram apresentados, também, o calendário dos eventos internacionais no Brasil e o cronograma da preparação do DECEA para a auditoria da OACI, prevista para 2009. Dentre os assuntos apresentados, o presidente da CERNAI falou da necessidade urgente de implementar uma biblioteca técnica para a Comissão.
importância do conhecimento mútuo entre o
NOTÍCIAS DO SISCEAB
GEIV comemora 35 anos com qualidade tecnológica O DECEA vem realizando importantes investimentos na Inspeção em Vôo, o que permite verdadeiros saltos tecnológicos. Exemplo disso é que, enquanto era celebrado o 35º aniversário do Grupo de Inspeção em Vôo (GEIV), na manhã do dia 25 de abril, uma tripulação da Unidade participava de vôos de recebimento do novo Sistema de Inspeção em Vôo que equipará os Bandeirantes. Isto significa, ainda neste ano, um significativo incremento operacional para o GEIV. Na cerimônia, presidida pelo Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, Comandante-Geral do Pessoal (COMGAP), acompanhado pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso, o Comandante do GEIV, Ten Cel Av Walcyr Josué de Castilho Araújo recebia os convidados para a comemoração. Após a execução do Hino Nacional pela Banda de Música da Base Aérea do Galeão, foram realizadas as homenagens aos militares que, após anos de dedicação ao GEIV, atingiram marcas significativas no cumprimento da missão de inspeção em vôo. O Comandante do GEIV reconhece que o sucesso do Grupo se deve aos seus integrantes. “Sou testemunha da competência, da dedicação e do comprometimento dos militares do GEIV, tanto na realização das atividades de suporte, bem como no efetivo cumprimento da missão de Inspeção em Vôo. Afinal, o traço marcante deste Grupo, tão Especial, será sempre o companheirismo e a abnegação de seus integrantes”. Prosseguindo a cerimônia foram homenageados os ex-Comandantes do GEIV. Em seu discurso, lembrando seus antecessores, o Ten Cel Av Walcyr declarou que “São inúmeras conquistas que só podem ser explicadas à luz da criatividade, da persistência e do profissionalismo dos pioneiros da Inspeção em Vôo”. Para o DGCEA, Ten Brig Ar Ramon, a solenidade marcou os 35 anos de um
Ten Cel Walcyr, Ten Brig Ar Vilarinho e Ten Brig Ar Ramon: testemunhas do sucesso do GEIV nos 35 anos
trabalho de altíssima qualidade. “São poucos os países que têm capacidade de fazer inspeção em vôo aqui na América do Sul. Nem todos adquiriram a capacidade que temos hoje, tanto que alguns países vizinhos nos solicitam para Os ex-integrantes do GEIV celebraram o aniversário marchando com inspecionar os a tropa auxílios à navegação aérea deles”. Dentre os pontos mentos de suas aeronaves-laboratório, desenvolvidos, o Ten Brig Ar Ramon são os primeiros a verificar possíveis ressaltou ainda o preparo do pessoal distorções nos auxílios e, antes que para o novo sistema CNS/ATM (Co- problemas possam surgir, são eles que municação, Navegação, Vigilância / podem corrigi-los”. O GEIV realiza, atualmente, a Gerenciamento de Tráfego Aéreo) que necessitará de inspeção em determina- Inspeção em Vôo de mais de 700 dos itens que ainda não estão 100% auxílios à navegação aérea, além da dominados, como por exemplo as in- importante atividade de radiomoniformações por satélite. “A importância toragem. De acordo com o Ten Cel do GEIV para o DECEA”, prossegue Walcyr, em 2007 foram realizadas o DGCEA, “é muito grande, porque mais de mil missões de Inspeção em seus profissionais, através dos equipa- Vôo e 4000 horas de vôo. 8
CISCEA implanta Radar TMA em Ribeirão Preto Cumprindo as atividades previstas nos Planos de Trabalho Anual (PTA) de 2007 e 2008 a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) está em fase de implantação do Radar de Vigilância de Área Terminal – Star 2000 e de uma estação de VHF em Ribeirão Preto (SP). As obras de infra-estrutura civil e elétrica (construção de três KT – para o Radar TMA, para a estação VHF e para a KF com os seus respectivos equipamentos) começaram no início de 2007. O Radar de TMA começou a ser instalado no dia 14 de abril, enquanto que a instalação da estação de VHF será iniciada no dia 12 de maio. O objetivo central deste projeto é o aperfeiçoamento dos meios que compõem o APP (Centro de Controle de Aproximação)
de Pirassununga (SP), que utilizará remotamente os sinais enviados pelo Radar e pela estação VHF de Ribeirão Preto. Como conseqüência, o serviço de controle Acima, a KF - ao de tráfego aéreo lado a KT-Radar nesta importante região econômica será igualmente incrementado. Os testes de aceitação dos equipamentos estão previstos para o final de junho, data que visa sincronizar o término da sua implementação com a conclusão da modernização do APP, que está sendo realizada em paralelo.
Brasil sedia a VII Reunião do Grupo Internacional de Estudos do GBAS O Brasil sediou, no período de 8 a 11 de abril, a VII Reunião do Grupo Internacional de Estudos do GBAS (I-GWG) – quando foram realizados estudos e pesquisas para o desenvolvimento do GBAS (Sistema de Aumentação Baseado no Solo) e proporcionou aos Estados membros a oportunidade de divulgar o avanço realizado em seus respectivos países. O Encontro, que reuniu cerca de 65 representantes de diversos países da Europa, Ásia, Américas do Norte e do Sul e Austrália, aconteceu no Hotel Pestana, no Rio de Janeiro. O Grupo de Trabalho foi dirigido por membros da Federal Aviation Administration (FAA) e pela Eurocontrol, organizações governamentais dos Estados Unidos e da Europa, respectivamente. O GBAS provê serviço de aproximação de precisão, procedimentos de decolagem, aproximação perdida e opera-
ção em áreas de terminal de aeródromos num raio de aproximadamente 20mn ao redor da estação. O sistema transmite a correção dos sinais do satélite à aeronave via VHF por meio de um transmissor baseado no solo. O Brasil participa como membro do I-GWG porque possui uma estação experimental de GBAS instalada no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Esta estação encontra-se em fase de testes de vôo e de performance, com previsão para operacionalização em 2010. O evento contou, ainda, com a participação de diversos segmentos da indústria aeronáutica e de desenvolvedores de tecnologia nacional e internacional. Leia mais sobre o GBAS nesta edição da Aeroespaço, nas páginas 24 a 26, na seção Eu Não Sabia! 9
Cel Hemerly, adjunto do Secretário-Executivo da Comissão CNS/ATM, expôs o status do projeto GBAS no Brasil
O Diretor de Navegação Aérea do FAA, Dan Salvano, falou sobre as atividades da FAA referente ao GBAS
NOTÍCIAS DO SISCEAB
TREINAMENTO EM GESTÃO DE BENEFÍCIOS SOCIAIS DECEA e DIRINT unidos na capacitação técnica para maior qualidade nos atendimentos sociais Uma parceria de peso - DiNesse sentido são sugeridos visão de Apoio ao Homem projetos nas áreas de saúde, edu(DAPH) do DECEA e Subcação, habitação, alimentação e diretoria de Encargos Especiais funeral. Através desses projetos, (SDEE) da DIRINT (Diretoria atualmente apresentados como a de Intendência) - promoveu o principal demanda das OM, tentreinamento em gestão de bedo em vista o grande número de nefícios sociais que teve como militares e servidores civis comobjetivo capacitar tecnicamente prometidos financeiramente, os os profissionais (graduados, ofiSetores desenvolvem principalciais e civis gestores sociais) das mente o atendimento social. Seções de Assistência Social ou Para esse atendimento são nede Serviço Social dos Centros Cel Av Célio: esperando bons resultados com o treinamento cessárias ações administrativas, de Computação de Aeronáuque envolvem legislações como a tica (CCA) do Rio de Janeiro, Lei 8666/1993 (que institui norde São José dos Campos e de mas para licitações e contratos Brasília e, também, aproximar da administração pública), bem os gestores sociais das Organicomo outras legislações pertizações Militares que apóiam os nentes. CCA, como o GIA-SJ (GruAssim, tanto para a tramitação pamento de Infra-Estrutura e dos processos, quanto para sua Apoio de São José dos Camefetivação faz-se necessário que pos), o CINDACTA I (Primeio efetivo do Setor de Assistência ro Centro Integrado de Defesa Social ou de Serviço Social tenha Aérea e Controle de Tráfego capacitação técnica para maior Ten Fernanda: o treinamento vai proporcionar mais qualidade Aéreo), o próprio DECEA e a no atendimento social das OM qualidade nos atendimentos soSEFA (Secretaria de Finanças ciais. da Aeronáutica). Por isso a idéia de promover o Justificando o treinamento, treinamento e aproximar todas as o então Chefe do SubdeparOM envolvidas no trâmite, para tamento de Administração que houvesse interação e bom (SDAD) do DECEA, Cel Av entendimento de todos os partiCélio Wanderley Dominguez, cipantes. afirmou que o DECEA preciO treinamento teve seu início sa de profissionais bem prepano dia 14 de abril, no auditório rados, bem conduzidos e que do DECEA, e só terminou após o conheçam o caminho a ser perquinto dia (18), com uma avaliacorrido para assistir ao efetivo. ção em conjunto. Todos tiveram “É esse o perfil do profissional Ten Ana Lúcia: a troca de informações no encerramento foi oportunidade de criticar, apontar que deve atuar na área de apoio fundamental para o bom resultado do treinamento falhas e sugerir soluções práticas. ao homem. Espero bons resulUma das propostas dos particiTais ações são efetivadas através dos pantes é que haja uma reciclagem e que tados, pois desejamos que esse treinamento alcance a família do militar que Programas de Ações Sociais Integra- os encontros sejam mais freqüentes. das do COMAER (PASIC), que por atua no SISCEAB”. A equipe técnica da DAPH que coÉ importante que se saiba que os sua vez elencam diversos Programas e ordenou o evento é formada por: Maj Setores de Assistência Social ou de Ser- Projetos a serem desenvolvidos nas Or- Av Alexandre Correa Lima (Chefe da viço Social em todo o Comando da ganizações Militares de acordo com a DAPH), 1T QCOA ASS Érika FerAeronáutica desempenham a função demanda apresentada. nanda Palmieri e assistente social Ibla Dos diversos PASIC existentes, pode- de Castella; da DIRINT/SDEE/Divide atender ao efetivo e, sempre que possível, ao público externo através mos destacar o PASIC 3 – Programa de são de Serviço Social, o apoio da Ten das ações sociais desenvolvidas com Benefícios Sociais. Este Programa tem Cel QFO ASS Nádia Regina O. Q. base no Plano de Assistência So- como objetivo minimizar ou eliminar os Souza e a participação como principal cial do COMAER, contido na ICA fatores que influenciam negativamente palestrante da 1T QCOA ASS Ana Lú163-1/2006, que tem por objetivo pri- na vida profissional, com vistas à supera- cia S.Souza foram fundamentais para a vilegiar ações de caráter socioeducativo, ção das situações-problemas, por meio do integração de todos e o sucesso do treipreventivo e promocional. namento. atendimento das necessidades básicas. 10
“RADAR: a evolução tecnológica e os impactos na manutenção e no suprimento” é tema de palestra no PAME-RJ O efetivo do Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAMERJ) ouviu com atenção o Eng Manoel Luiz Ribeiro (Setor de Radar e Auxílios da CISCEA/CTCEA) contar sua experiência profissional (quase 40 anos) em radares, incluindo testes, recebimentos, processo de fabricação, treinamento, delineamento logístico, manutenção e gestão de pessoal técnico. O palestrante abordou o tema “Radar: a evolução tecnológica e os impactos na manutenção e no suprimento”, no dia 28 de fevereiro, contando os marcos significativos da história de implantação dos radares no CINDACTA I (1975), no CINDACTA II(1985) e no Sistema de Vigilância da Amazônia (Projeto SIVAM) e, ainda, da modernização dos radares de origem THOMSON-CSF (2005). Durante a apresentação, Ribeiro comparou, por décadas, as tecnologias empregadas, enfocando diversos pontos
técnicos e históricos dos sistemas de radar empregados no Brasil, culminando com os aspectos atuais, relacionados com a tecnologia, o emprego de pessoal, o treinamento e o suprimento, bem como as perspectivas para o trato com os radares no presente e no futuro. Além do Cel Eng Fernando Cesar Pereira SanRibeiro expôs os marcos significativos da história de tos (Diretor do PAME- Eng implantação dos radares no Brasil RJ), e do Cel Eng R1 Jorge Paradelo (Diretor Eng Guilherme de Sousa Neves de Engenharia da CTCEA - Organiza- (PAME-RJ/CTCEA), o tema foi ao ção Brasileira para o Desenvolvimento encontro do interesse dos profissionais Científico e Tecnológico do Controle que labutam diariamente na manutendo Espaço Aéreo), muitos oficiais, en- ção, no planejamento, no suprimento genheiros, graduados e técnicos assisti- e no treinamento de pessoal, pois tiveram à palestra e, em seguida, participa- ram a oportunidade de conhecer um ram de um debate sobre o tema. pouco mais sobre a história da implanSegundo o organizador da palestra, tação dos radares no Brasil.
CERNAI realiza a 1ª Jornada de Assuntos Internacionais de 2008 Dentro do Plano de Atividades da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI) previsto para o corrente ano, foi realizada no período de 14 a 18 de março a Primeira Jornada de Assuntos Internacionais. O evento contou com a presença do Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar Ramon; do Vice-Diretor do DECEA, Maj Brig Picchi; dos Chefes dos Subdepartamentos; do Presidente da CERNAI, Brig Ar Pompeu Brasil; Adjuntos, Chefes de Divisão e dos representantes do DECEA em eventos internacionais. O Diretor-Geral ressaltou, na abertura da Jornada, a importância do evento como forma de disseminar, no âmbito
do DECEA, todos os assuntos que atualmente são tratados na área internacional. O Brig Ar Pompeu Brasil (Presidente da CERNAI), em sua apresentação, abordou a nova sistemática a ser utilizada nas missões internacionais, bem como as principais atividades hoje em andamento no âmbito do DECEA e Organizações subordinadas, com vista à Auditoria que será realizada Ten Brig Ar Ramon realiza a abertura do evento pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) no Brasil, prevista para maio de 2009. proveitosa para colher subsídios para o No encerramento, o Vice-Diretor do planejamento de 2009 e ressaltou, ainDECEA, Maj Brig Ar Picchi, enfatizou da, que é pensamento da Direção-Geral que a presença de representantes da realizar uma segunda edição da Jornada área de planejamento do DECEA foi no segundo semestre de 2008. 11
Competências
Gerenciais
A gestão de um Destacamento de Controle do Espaço Aéreo O aumento significativo do movimento de tráfego aéreo em todo o território nacional tem requerido por parte dos órgãos responsáveis pelo controle de tráfego aéreo, no Brasil, um nível cada vez maior de especialização e qualidade dos serviços prestados à sociedade. Os Destacamentos - como elos de ponta do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) responsáveis pelo suporte técnico-operacional dos radares, sistemas de telecomunicações, meteorologia e controle de tráfego aéreo - são submetidos a esta demanda de exigência mercadológica.
Na história das organizações, as pessoas, com suas competências e talentos, têm sido objeto de valorização cada vez maior. Na era do conhecimento, frente à globalização, a gestão por competências vem assumindo um importante papel, tornando-se o grande diferencial para o sucesso das organizações. Como base para esse artigo, utilizei o resultado de uma pesquisa científica junto aos comandantes de Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) do Primeiro e do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I e CINDACTA IV), realizada durante o Curso de Formação de Oficiais Especialistas - 2007, no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) com o objetivo de identificar as principais competências gerenciais necessárias para um oficial dos CINDACTA ocupar o cargo de comandante de DTCEA. Para que cada DTCEA execute eficientemente o seu trabalho, há necessidade de que seus comandantes pos-
suam as competências necessárias ao desempenho do cargo. Isso requer, por parte destes comandantes, um cabedal de competências múltiplas, compatíveis com o cenário de exigências de mercado. Daí surge uma importante pergunta: “Quais são as competências gerenciais necessárias para o desempenho do cargo de Comandante de Destacamento de Controle do Espaço Aéreo?” NOÇÕES DE COMPETÊNCIAS
Segundo Isambert-Jamati, a competência tem suas bases na idade média e era associada à linguagem jurídica, quando se referia a faculdade, atribu12
Por 2T Esp Com Marcelo BREDERODES Campos
O autor é Adjunto do SIGINT (Inteligência de Sinais do Comando-Geral de Operações Aéreas - COMGAR), bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e tem especialização em Gestão Estratégica de Pessoas e Processos
ída a alguém ou alguma instituição, de apreciar e julgar certas questões. Este conceito foi posteriormente estendido para o reconhecimento da sociedade sobre a capacidade de alguém pronunciar-se sobre determinado assunto e, mais tarde, passou a ser utilizado de forma mais genérica para qualificar o indivíduo capaz de realizar determinado trabalho. Outro autor, Zarifian, afirma que a competência profissional é uma combinação de conhecimentos, de saber-fazer, de experiências e comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela é constatada quando de sua utilização em situação profissional a partir da qual é passível de avaliação. Compete, então, à empresa identificá-la, avaliá-la, validá-la e fazê-la evoluir. Para Zarifian, competência significa assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas. Já para Dutra, competência é a capacidade de a pessoa gerar resultados dentro dos objetivos estratégicos e organizacionais da empresa, se tradu-
zindo pelo mapeamento do resultado esperado (output) e do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para o seu alcance (input). Para Fleury e Fleury a noção de competência aparece associada a verbos como saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber se engajar, assumir responsabilidades e ter visão estratégia. As competências devem agregar valor econômico para organização e valor social para o indivíduo.
Noções de Competências
O MODELO C.H.A. DE COMPETÊNCIAS
Durand define um conceito de competências baseado em um modelo focado em três dimensões – o conhecido C.H.A. - conhecimentos (saber o que e por que fazer), habilidades
(saber como fazer) e atitudes (querer fazer) interdependentes. Este modelo engloba não só questões técnicas, mas também a cognição e as atitudes relacionadas ao trabalho. Nes-
Gráfico do Modelo C.H.A. de Competências
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te caso, a competência diz respeito ao conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à consecução de um determinado propósito. Estas dimensões são independentes, considerando que o indivíduo, para apresentar uma habilidade, pressupõe-se que este conheça princípios e técnicas específicos. Do mesmo modo, para apresentação de um determinado comportamento, em certo ambiente corporativo, requer do indivíduo que este detenha conhecimentos, habilidades e atitudes adequados. Esta abordagem é bem aceita no universo empresarial e acadêmico, bem como, bastante aplicável aos comandantes de DTCEA, considerando que ela integra vários aspectos relacionados ao trabalho.
siderada acima dos parâmetros adotados em pesquisa científica, citado por Marconi e Lakatos (2003) e que gira em torno de 25%.
Resultado das Competências
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
METODOLOGIA CONHECIMENTO
Corresponde a uma série de informações assimiladas e estruturadas pelo indivíduo, e que lhe permitem “entender o mundo”. Incluem a capacidade de receber informações e integrá-las dentro de um esquema pré-existente, o pensamento e a visão estratégicos, o saber “o que” e “o porquê”. HABILIDADE
Refere-se ao “saber fazer”, envolvendo a técnica, a aptidão e uma proficiência prática física e mental, adquiridas, em regra geral, por meio de processos de treinamento e experiência. ATITUDE
Diz respeito aos aspectos afetivos e sociais relacionados ao trabalho. Essa concepção inclui a identidade do indivíduo com os valores da organização e, por conseqüência, seu comprometimento e sua motivação para atender aos padrões de comportamento esperados para atingir resultados com alta performance no trabalho.
Como se trata de uma pesquisa descritiva, aplicada nos atuais comandantes de DTCEA, por meio de um questionário fechado, foi adotada a amostragem não-probabilística por acessibilidade, dentre quatro possíveis objetos de estudos. Foram encaminhados 43 questionários, por meio de correio eletrônico, a alguns comandantes de DTCEA dos CINDACTA I e IV – e respondidos no período de 10 a 21 de setembro de 2007. O questionário foi dividido em três grupos de variáveis, segundo o modelo C.H.A, contendo dez atributos de competências em cada variável. O primeiro grupo refere-se às habilidades gerenciais, o segundo aos conhecimentos e o terceiro às atitudes gerenciais respectivamente. Foram atribuídos os seguintes valores numéricos às opções de respostas: não essencial = 1; essencial e pode ser básico = 2; essencial e mediano = 3; e essencial e deve ser aprofundado = 4. A amostragem obtida foi de 12 questionários respondidos, correspondendo a uma taxa de retorno de 27,9% - con14
A amostragem selecionada possibilita que tenhamos uma visão geral quanto as principais competências gerenciais, bem como dos graus de importância dos atributos de cada competência analisada. Os atributos relacionados em cada competência não esgotam a inclusão de outros, sendo que estudos posteriores poderão ser realizados incluindo novos atributos para cada competência, visando a aprofundar esta pesquisa, com uma amostragem mais significativa. Além disso, a pesquisa não abordou todos os Destacamentos, por isso não podemos afirmar que as conclusões se aplicam a todo o DECEA. Contudo, estas limitações não impedem que a pesquisa identifique as principais competências, conforme proposto no objetivo deste trabalho. A pesquisa apresenta indícios de que as competências mais importantes por ordem de pontuação são as seguintes, conforme resultados apresentados no gráfico acima à esquerda. Constatou-se que as três competências no universo pesquisado encontram-se no grau de essencial e deve ser aprofundado. Porém, os conhecimentos ficaram próximos ao limiar entre moderada e aprofundado, distanciando-se dos demais em, aproximadamente, 15%. Foi constatado, ainda, que os três atributos de conhecimentos considerados mais importantes foram: visão sistêmica do DECEA; normas reguladoras que regem o SISCEAB; e RDAER, estatuto dos militares; código penal militar, código processual penal militar e sindicância.
Os três atributos de conhecimentos considerados menos importantes foram: área de tráfego aéreo; áreas de eletrotécnica e eletrônica. Os atributos de habilidades identificou a liderança e o relacionamento interpessoal como sendo os mais importantes. Quanto aos atributos da competência atitudes mais importantes foram: autocontrole emocional; postura militar no contexto da disciplina e da hierarquia; e postura moral e ética exemplar. Os de menor importância identificados foram: postura socializadora e integradora em relação ao efetivo e seus familiares; adaptabilidade e implementação de mudanças; e ser assertivo e cooperativo. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa revelou que alguns atributos destacaram-se dentro das respectivas competências, alcançando pontuações expressivas, os quais são: autocontrole emocional; liderança; relacionamento interpessoal; postura militar no contex-
to da disciplina e hierarquia; e postura moral e ética exemplar. Esta constatação indica a necessidade de se investir no desenvolvimento das habilidades humanas, no nível gerencial intermediário, visto que, conforme a pesquisa, foram as habilidades de maior importância se comparadas às habilidades técnicas, o que vai ao encontro das afirmações de Maximiano (2007) e da pesquisa realizada no trabalho acadêmico de Lima et al (2005). Constatou-se, também, que as principais competências requeridas para um comandante de DTCEA são as atitudes e as habilidades. Estas competências devem ser desenvolvidas nos atuais e futuros comandantes de DTCEA, considerando que é possível conquistar algumas habilidades, com a experiência do dia-a-dia, bem como aprender e ensinar outras que podem ser sistematizadas, segundo Motta (1994). Quanto às limitações da pesquisa, destacam-se o baixo número de questionários respondidos, que foram 12, num total de 43 enviados e o objeto da
pesquisa limitou-se aos CINDACTA I e IV. Deve-se destacar, também, que, apesar destas limitações, os resultados obtidos na pesquisa não invalidam o alcance dos objetivos propostos, considerando que conseguimos identificar, claramente, as principais competências gerenciais necessárias para o desempenho do cargo de comandante dos DTCEA nos CINDACTA pesquisados. Cabe, ainda, ressaltar que, para confirmar a aplicação destes resultados aos demais CINDACTA, este trabalho poderá servir de base para estudos futuros mais aprofundados, por meio de uma pesquisa probabilística, abrangendo todos os CINDACTA e o SRPV-SP, com uma amostragem mais significativa. Isso possibilitará ao DECEA ter subsídios para, estrategicamente, implementar políticas de gestão de pessoas, de acordo com as necessidades reais de cada CINDACTA, o que garantirá melhor qualidade e eficiência dos serviços prestados no controle do espaço aéreo brasileiro.
Referências bibliográficas: BRANDÃO, H. P.; GUIMARÃES, T. A. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 8-15, jan./mar. 2001. DURAND, T. Forms of Incompetence. Proceedings Fourth International Conference on Competence -Based Management. Oslo: Norwegian School of Management, 1998. DUTRA, J.; SILVA, J. Gestão de Pessoas por Competência: o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicações. In: Encontro Nacional dos Programas de Pós Graduação em Administração. Conferência, Foz do Iguaçu, 1998 FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001b. HIPÓLITO, J. Competências e Níveis de Complexidade do Trabalho como Parâmetros Orientadores de Estruturas Salariais. In: Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Conferência, Florianópolis, 2000. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LIMA, A. M. et al. Análise das competências do oficial especialista. 2005. 83 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Capacitação Gerencial: Gestão Estratégica de Pessoas) - Instituto de Educação Continuada, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2007. MILKOVICH, George T. & BOUDREAU, John W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000. BREDERODES, B.C; SANTOS L. J. Gestão de DTCEA – Competências Gerenciais. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão Estratégica de Pessoas e Processos) – Centro Universitário Newton Paiva, Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. MOTTA, P. R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 4. ed. Rio de Janeiro: Record, 1994.
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Pioneirismo na Busca e Salvamento: Primeira militar na
Coordenação SAR
3S Marília: primeira controladora de RCC
Buscar e salvar são ações inerentes ao próprio ser humano e, por conseguinte, acompanham-no desde o seu surgimento na terra. Instintivamente, entre os homens, tais ações são motivadas, principalmente, pelo próprio espírito de solidariedade, manifestado em situação de perigo de vida. A evolução do SAR está diretamente relacionada com o progresso da humanidade e, assim sendo, os avanços tecnológicos indicam a necessidade de ajustamento das doutrinas estabelecidas à época da Segunda Guerra Mundial ao cenário atual, tendo em vista que seus princípios são eternamente válidos.
A militar iniciou estágio no Centro de Coordenação de Salvamento de Brasília (RCC-BS), em setembro de 2007, quando participou do Curso Básico de Busca e Salvamento (SAR 005). Desde então, vem acompanhando as atividades daquele órgão, aguardando com ansiedade a realização do Curso SAR 002, que habilita os Controladores de Tráfego Aéreo a se capacitarem como Controladores de RCC (Rescue Coordination Center). Durante a realização do curso, a 3S Marília executou suas funções de aluna com segurança e tranqüilidade. Ao final do curso, o seu desempenho foi considerado acima da média pelos instrutores e demais companheiros.
Marília tem 24 anos e é mãe de uma menina de dois anos. Seu marido, 2S Antonio Dias de Souza Júnior, também trabalha no Salvaero Brasília, na área de Comunicações. Anteriormente à função atual, a 3S Marília foi controladora no APPBrasília. Após a licença maternidade e um período afastada para cuidar da filha que sofreu uma cirurgia cardíaca, ela voltou a fazer estágio no APP para se atualizar, quando, então, percebeu que não era mais ali o seu lugar. Como já tinha uma admiração pela equipe do Salvaero, descobriu que era na Busca e Salvamento que viveria uma nova história profissional. Marília está tão empolgada com a nova função que não vê a hora de entrar em ação e participar de missões para adquirir experiência. Este fato pioneiro serve como incentivo para que outras profissionais do quadro feminino venham fazer parte do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico.
Uma nova realidade para as atividades da Busca e Salvamento no Brasil No dia 11 de abril, entrou para a história do SAR brasileiro a primeira mulher na coordenação de Busca e Salvamento. A 3S Marília Costa Mendes concluiu o Curso de Auxiliar de Coordenação SAR (SAR 002), realizado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), no período de 10 de março a 11 de abril.
Novos controladores de RCC - comprometidos com a missão SAR: “para que outros possam viver”
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Seção
Usina de Idéias
Rede de Enlaces Extendida
CINDACTA I
Solução viável para integrar os Destacamentos Por 2S BET Walter ROBYNSON de Jesus Sobrinho
Mantenedor da Seção de Redes na Subdivisão de Telecomunicações do CINDACTA I
& Maj Av Guilherme Picolo SALAZAR Costa
Chefe das Subdivisões de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação do CINDACTA I
A rápida evolução tecnológica que vivenciamos nesses tempos modernos, nos conduz a uma constante e crescente necessidade de integração, otimização e expansão de nossos recursos No que se refere à necessidade premente da integração de diversos sistemas e aplicativos que necessitam trafegar dentro de nossa Intraer, há forte demanda de uma canalização capaz de suportar o tráfego crescente de informações, sejam elas dados ou voz. Nesses termos cabe frisar as diferentes características entre dados (tolerante a atraso e não tolerante a perda) e voz (tolerante a perda e não tolerante a atraso), bem como às diferentes classes de prioridades que devem ser estabelecidas entre dados e voz, separando, portanto, informações prioritárias das não prioritárias. Isso sem falar no caráter de sigilo que as informações possuem. Pensando nas necessidades dos nossos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA), a Subdivisão de Telecomunicações do CINDACTA I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) desenvolveu o projeto Rede de Enlaces Extendida, em conjunto com o Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER) e o SDTE (Subdepartamento Técnico) do DECEA. A intenção é prover uma terceira alternativa de enlace, capaz de complementar as canalizações ponto a ponto ora existentes, com uma relação custo-benefício adequada aos nossos Destacamentos. Para tal, o DTCEA de interesse deve possuir acesso de banda larga à
Da esquerda para a direita: 2S Robynson, Eng Jatahy, Maj Salazar, 1S Maxileno e 3SChagas – equipe responsável pelo projeto
Internet. A partir daí é criado um túnel virtual seguro (VPN – Virtual Private Network), que será o responsável por ligar o Destacamento ao CINDACTA I. O projeto foi desenvolvido ao longo de 2007, com implementação prevista para meados de 2008, sendo a equipe responsável composta pelo Maj Av Guilherme Picolo Salazar Costa, Eng Luiz Sérgio Jatahy Nunes, 1S BET Maxileno Jaime de Souza, 2S BET Walter Robynson de Jesus Sobrinho e 3S SDE Francisco das Chagas Rocha. É importante ressaltar que tal solução é complementar aos meios já existentes, visando desafogar e prover meio alternativo de baixo custo e boa capilaridade, capaz de suprir a crescente demanda dos usuários da Intraer, tudo isso levando em conta a necessidade de criptografia forte adotada pelo CIAER. Tal solução pode também ser adotada entre os outros CINDACTA, atuando de maneira similar ao que foi projetado para uso dentro do CINDACTA I e de seus Destacamentos subordinados. É necessário perceber a importância que o uso de uma rede corporativa IP VPN (Rede Privada Virtual sobre protocolo IP) possui, garantindo vantagens estratégicas e táticas. 17
Seção
Quem é ?
Danilo Dantas de Lima Há quem diga que a vida começa aos 40. Se formos falar da vida esportiva, em especial, sem sobra de dúvida Danilo Dantas de Lima é um excelente exemplo. Aos 53 anos, o entrevistado desta edição é um legítimo representante da natação brasiliense, Classe Master. Técnico em Eletrônica e Telecomunicações Aeronáuticas do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) há 30 anos, Danilo nasceu em Presidente Dutra (MA), foi criado em João Pessoa (PB), mas escolheu Brasília - há 37 anos – para viver.
Danilo é um dos cinco melhores nadadores do Brasil na categoria Master 50+
Sua história no esporte, mais precisamente na natação, cocausadas pelo tabaco no século XX. Se a atual tendência permeçou há seis anos, quando Danilo resolveu mudar seus hásistir, haverá mais de um milhão de mortes no século XXI. As bitos, deixando para a vida sedentária a ansiedade mortes relacionadas ao uso do tabaco subirão para que resultou de ter parado de fumar. mais de oito milhões por ano em 2030, e 80% desDanilo diz que, dentre os muitos sintomas do sas mortes acontecerão nos países em desenvol“Eu uso abusivo do cigarro, sofria com dores de cabevimento”. fumava ça e não sentia direito o sabor dos alimentos. Dentre as 57 doenças causadas pelo fumo estrês tão a hipertensão, aterosclerose, osteoporose, Os males do tabagismo bronquite crônica, enfisema pulmonar, infarto do maços Uma pesquisa sobre os males do tabagismo remiocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), pneude alizada em fevereiro deste ano pela Organização monia, tuberculose, catarata, estomatite, úlcera, cigarros Mundial da Saúde (OMS) - e de acordo com o recâncer, leucemia, aneurisma, aborto, descolamenpor dia” latório final - o uso de tabaco pode matar mais de to precoce da placenta, diabete e morte súbita um bilhão de pessoas ao redor do mundo neste infantil. século, a menos que os governos e a sociedade ajam rapidamente para reverter esse quadro”. Mudança de hábitos A Diretora-Geral da OMS, Magaret Chan, lançou um docuNão é à toa que Danilo se deu conta da importância mento no qual divulga que “cem milhões de mortes foram de parar de fumar. E a mudança dos hábitos, dife-
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rente do que se espera, não foi paulatina. “Parei abruptamente. Estava num bar com amigos quando vi dezenas de pontas de cigarros no chão. Ainda tinha comigo dois maços fechados que prontamente joguei no lixo”. Esse marco ocorreu a cerca de 17 anos. Danilo confessa que ficou muito ansioso após ter largado o fumo e que, anos mais tarde, teve grande motivação para praticar esportes. Dentre as primeiras modalidades, antes de entrar para a natação, jogou futebol de salão. As competições E todo o esforço empreendido nesta missão rendeu ao nosso entrevistado mais de seis troféus – incluindo um de 2º melhor do País – e mais de 500 medalhas (de ouro, prata e bronze) e dezenas de provas em diversas cidades brasileiras e até no exterior, como Venezuela e Chile. Nestes mais de seis anos de natação, Danilo vem se mantendo entre os cinco melhores nadadores brasileiros na sua faixa etária, que corresponde a Categoria Master 50+. Apesar de até o presente momento não ter patrocínio, Danilo todos os anos participa dos campeonatos Brasileiro, Brasiliense, Goiano e o Norte Apesar de até Nordeste Centro-Oeste. o presente E seguindo o princípio de “vida mais saudável”, e o da momento amizade e da camaradagem não ter participa dos diversos Campepatrocínio, onatos Nacionais e Sul-ameriDanilo todos canos da categoria Master de os anos natação, com expressivos reparticipa dos sultados, encontrando-se ranqueado entre os 10 melhores campeonatos do Brasil. Brasileiro, Por iniciativa própria, tem Brasiliense, sempre elevado o nome do Goiano e CINDACTA I durante suas paro Norte ticipações nas competições e Nordeste principalmente no recebimento de suas premiações. Centro-Oeste No ano passado ele conquistou o recorde dos 50 metros peito, do Campeonato Masters Goiano. Atualmente faz parte da Seleção Masters Brasiliense de Natação e da Academia D’stak. No último campeonato nacional de natação masters ocorrido em Florianópolis, Danilo ficou em terceiro lugar. A premiação foi realizada no dia 27 de março, na própria cidade de Florianópolis. O treinamento Para manter a forma e agüentar o ritmo das competições nosso atleta mantém uma rígida disciplina de treinamento. Todos os dias, impreterivelmente das seis às oito horas da manhã, Danilo nada na piscina de água natural do Parque Nacional de Brasília e de segunda à sexta-feira, das 19h às
Danilo e suas medalhas
21h, ele treina na academia. Ao todo Danilo nada, em média, cinco mil metros por dia. Os torcedores A torcida pelo Técnico em Eletrônica e Telecomunicações Aeronáuticas vem de longa data. Seus maiores incentivadores nos primeiros passos para começar a carreira de nadador foram os professores Alfredo Guerra, Ionice Lorenzoni, Maria D. Perdigão e Manoel Natureza, que o orientaram na maneira correta de nadar e ensinaram novas técnicas para que ele conseguisse bons índices até hoje. Claro que não ficam de fora sua esposa, seus dois filhos e seus colegas de trabalho. Em busca de patrocínio Por conta da falta de patrocínio, Danilo acaba custeando, com seus próprios recursos, suas viagens para participar de campeonatos em outros estados. Como nem sempre é possível, certas vezes ele fica de fora de determinadas competições, o que prejudica seu ranking geral. Danilo ainda está em busca de um patrocinador, alguém que invista em sua carreira como esportista, permitindo que ele possa continuar representando sua cidade e seu País tão bem quanto tem feito durante todos esses anos. Diante de tantos êxitos, DaDanilo é nilo espera contar com apoio mais uma na forma de patrocínio para personagem custear suas participações real do nas Competições de Masters DECEA, de Natação, mantendo reprecomprovando sentado e elevado o nome que o nosso desta destacada organização efetivo é – CINDACTA I – e viva a chama repleto olímpica do esporte amador. Confiante no sucesso deste de gente pleito, Danilo Dantas agradeque tem o ce a Deus e a seus familiares objetivo de pelo apoio, as orações recebivencer das e suas vitórias.
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Conhecendo o
DTCEA - Santos/SP O Histórico O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santos (DTCEA-ST) foi criado em 20 de novembro de 1969. Primeiramente o local onde hoje está sediado o DTCEA-ST era uma Base Aérea Naval que, tempo mais tarde virou Ala 435 e, por fim, Base Aérea de Santos. Quando foi criada a Sala de Comunicações (que posteriormente tornou-se Destacamento de Proteção do Vôo de Santos – DPV-ST), a antiga Ala 435 (que depois veio a ser Base Aérea de Santos), ficava no distrito de Vicente de Carvalho que pertencia a Santos. Anos mais tarde, com certas mudanças políticas e territoriais, o distrito de Vicente de Carvalho veio a pertencer a Guarujá. Assim sendo, o DTCEA Santos fica hoje em Guarujá. O Destacamento tem por missão prestar aos usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo os serviços necessários à realização de um vôo seguro, regular e eficiente, dentro do espaço aéreo sob sua jurisdição.
Efetivo trabalhando na sala AIS
O Comandante O atual comandante do DTCEA-ST - Suboficial Marco Antonio Abdala Santana - está no cargo desde março de 2007. Nascido em 1952 na cidade de São Paulo, é praça de 1973 e foi promovido ao atual posto em abril de 1989. Dentre os cursos que fez na área SO Santana de navegação, o que mais se destaca é o de Inspetor de Manutenção do SISCEAB, realizado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em outubro de 1996.
O efetivo Prestam serviço no Destacamento 37 militares, sendo quatro SO, sete 1S, seis 2S, oito 3S, três Cabos e oito Soldados, além do Comandante. Uma vez por mês os militares e suas famílias reúnem-se na quadra de futebol Socyte Golden Boll, pertencente ao 3S RR Olivan. Lá eles almoçam, jogam futebol e se divertem. No final de ano todos se confraternizam em uma chácara no bairro do Caruara, em Santos. A Vila Habitacional e o Hotel de Trânsito No DTCEA-ST não há Hotel de Trânsito. A opção é o Hotel dos Oficiais dentro do NuBAST. 20
Na orla também estão sediados seis postos de salvamento, bibliotecas, cinema, Escolinha de Esportes Radicais, Guarda Municipal, sanitários e o Laboratório de Controle Ambiental, sem contar os quiosques de lanches e os chuveiros públicos. As praias não têm divisão geográfica e são separadas e conhecidas apenas pelo nome dos bairros correspondentes e pelos canais que os cortam. São eles a Praia do José Menino (Canal 1), Praia do Gonzaga (Canal 2), Praia do Boqueirão (Canal 3), Praia do Embaré (Canal 4), Praia de Aparecida (Canal 5), Ponta da Praia (Canal 6). O Canal 7 fica também na Ponta da Praia. O Porto de Santos, cuja origem data do século XVI, é considerado o maior da América Latina, uma vez que suas instalações ocupam 7,7 milhões de m2 e cerca de 14km de extensão, alcançando ambas as margens do estuário e estendendo-se até Guarujá e Cubatão. É neste Porto que se movimenta a economia do município de Santos e cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional. Sua importância econômica e financeira se encontra na exportação de açúcar, café, papel, sucos cítricos, soja em grão e em farinha. Considerado um dos melhores pontos de mergulho do litoral brasileiro, o Parque Marinho da Laje dos Santos fica a 45km da costa e sua profundidade varia de 18 a 40 metros com visibilidade. O Parque Marinho inclui rochedos e rochas submersas e a laje, que é um rochedo marinho sem vegetação, cujo formato, neste caso, lembra uma baleia. No centro da cidade os turistas podem se divertir no passeio de bonde que passa pelo Paço Municipal, Igrejas do Rosário e do Carmo, Santuário do Valongo, Bolsa Oficial do Café, Rua XV de Novembro, entre outros. Destacam-se também o Museu do Café, o Museu de Pesca e o Aquário Municipal de Santos. A cidade de Santos está localizada a 68km de São Paulo e o acesso pode ser por rodovias, ferrovias e hidrovias.
Residência de Oficiais na vila da Base Aérea de Santos
Na área do NuBAST existem três Vilas Habitacionais, sendo uma dos Oficiais, uma dos SO e SG e outra dos CB e TF, todas com seus respectivos Cassinos. Assistência Médica e Odontológica O efetivo e seus familiares são atendidos na Subseção de Saúde do NuBAST, sendo cobertos também pelo Plano de Saúde Ana Costa. A Cidade de Santos Conhecida também por ser um município de alta qualidade de vida, a cidade de Santos, que celebra seu Oficial Médico atende Militar no aniversário em 26 de janei- hospital da BAST ro, possui diversos pontos turísticos, além de suas famosas praias que se estendem ao longo de 7km em terreno plano e clima tropical. Para começar, destacamos o monumental Jardim de Orla, que - com seus 5.335 metros de extensão e 218.800m de área, equivale a 155 Jardins Botânicos do Rio de Janeiro. O belíssimo Jardim, que entrou para o Guiness Book, o Livro de Recordes, em 2001, conta com 77 espécies de flores e mais de 1.700 árvores tratadas por cerca de 40 funcionários da Prefeitura.
Trem de carga chega ao Porto de Santos
Bolsa Oficial do Café - um dos pontos turísticos da cidade de Santos 21
COMUNICAÇÕES DE HOJE E SEMPRE ... O saudoso “velho guerreiro” Chacrinha já dizia: “Quem não se comunica, se trumbica!”. E não é que ele tinha razão? Não se pode negar a importância da comunicação e, independentemente das diversas formas em que ela se dá, a mais conhecida delas é aquela que exige a participação de, pelo menos, duas pessoas: o famosíssimo diálogo. Não que seja impossível haver uma pessoa só, pois do contrário, não existiriam a oração e os monólogos. Mas não há a menor sombra de dúvida de que o diálogo é a forma mais popular de se comunicar. Nela temos um que fala e o outro que ouve, e vice-versa, isto é, um que transmite e outro que recebe através de um meio de transmissão, o ar. Porém, à primeira vista parece fácil o entendimento de que a Comunicação consiste, simplesmente, em ter um transmissor, que transmite algo para alguém, um meio de transmissão e um receptor, para obter a mensagem que chega ao destino. Ledo engano! A Comunicação não é tão simples como se imagina.
Por Cleber Evalci da Silva BARROS – SO BCO
Divisão de Gerência da Navegação Aérea (D-GNA) Subdivisão de Normas – Seção de Normas de Telecomunicações
Nos dias de hoje, a comunicação é e está rado desenvolvimento tecnológico das Telecada vez mais complexa, englobando um comunicações e vislumbrando a necessidaamplo universo de tecnologias. Para isso, de de regulamentar esses procedimentos, o tornam-se necessários, estudos, pesquisas e Subdepartamento de Operações do DECEA aprimoramentos constantes. Tudo para que (SDOP) não hesitou em fomentar esforços o profissional dessa área apresente uma pron- no sentido de reunir, numa única legislação, ta resposta com confiabilidade e facilidade na todo o ordenamento legal das Telecomuoperação dos sofisticados equipamentos dis- nicações no Comando da Aeronáutica poníveis, de modo que o usuário das Comu- (COMAER). nicações receba o serviço de qualidade. Para Diante dessa arrojada atribuição, a extinta se alcançar este objetivo é imprescindível o Divisão de Comunicações, Navegação e Viempenho de pessoas anônimas e incansáveis, gilância (D-CNS) viu-se diante da necessina lida de redigir as publicações e normas dade de criar um Grupo de Trabalho (GT) que irão nortear na ordenação operacional para estudar a situação emergente e elaborar de todo o Sistema de Telecomunicações do um manual que incorporasse todas as demais Comando da Aeronáutica (STCA). publicações sobre Telecomunicações no âmCom o update dos equipamentos de úl- bito do COMAER. tima geração, a atualização técnica-operaCom espírito inovador e empreendedor e cional dos recursos humanos tornou-se im- num exíguo espaço de tempo, formou-se o prescindível. Por isso, as normas que regem GT com os seguintes militares do SDOP: o Sistema de Telecomunicações deixaram de SO BCO José Amaro da Silva Neto, SO ser meros materiais de biblioteca e passaram BCO Cleber Evalci da Silva Barros e SO R1 a ser o instrumento operacional àqueles que Aurélio Oliveira Fraga; e do DTCEA – Bepraticam, diuturnamente, o trabalho de fa- lém, o 1S BCO João Carlos Pantoja Torres. zer com que as mensagens cheguem, com segurança, aos destinatários, por intermédio do uso ordenado de novas tecnologias. Para isso, toda normatização aplicada às Telecomunicações faz com que o usuário tenha procedimentos técnicooperacionais cujos atributos precípuos sejam a confiabilidade, a portabilidade e a manutenibilidade, atributos esses exigidos em todo Sistema de Telecomunicações. Preocupado com o acele- O GT que elaborou o MACOM – sempre apoiado pelo SDOP 22
que versam sobre nicações para Aeronáutica e para o País. os requisitos de Somente após essa meticulosa análise é que supervisão e ope- muitos irão compreender que a especialiração dos sistemas dade de Comunicações não está fadada à da RACAM (Rede dissipação no âmbito do COMAER. Administrativa de O que ocorre é que ela está passando por Comutação Auto- uma fase de bruscas mudanças e de adaptamática de Mensa- ção às novas realidades e inovações tecnogens) e do CCAM lógicas, em razão do desenvolvimento em (Centro de Comu- tempo real que ocorre nesta área, com a utitação Automática lização, em grande escala, dos recursos de de Mensagens). Tecnologia da Informação e de Eletrônica. Num primeiro É justamente por causa dessa mutação patamar, o GT con- tecnológica que todo processo de adaptacluiu com êxito as ção é altamente dinâmico e inovador, abaratribuições iniciais cando as áreas técnicas na manutenção, na que foram proposCCAM (Centro de Comutação Automática de Mensagens) calibração e aferição dos equipamentos netas pelo SDOP cessários à veiculação das informações nas do DECEA. EnEsses membros do GT estavam convictos tretanto, o COMAER viu-se diante de Telecomunicações, destacando a incansável da importância do trabalho que desenvol- outra imprescindível necessidade na área atuação no dia-a-dia dos oficiais Especialisveriam para o COMAER, ou seja, a elabo- de transmissão e recepção de mensagens: tas em Comunicações, dos oficiais Engeração do MCA 102-7 - Manual de Teleco- substituir o antigo CCAM. Para isso, já se nheiros de Telecomunicações e dos graduamunicações do Comando da Aeronáutica encontra em fase de implementação, com a dos do Quadro de Comunicações, tornan- denominado de MACOM. devida formação e treinamento dos recur- do o nosso País cada vez mais respeitado e Todas as tarefas do Grupo foram coor- sos humanos, o Sistema de Manipulação conceituado no contexto internacional. No dia 5 de maio comemoramos o Dia denadas pelo Ten Cel Av Luiz Ricardo de de Mensagens ATS – SMMA (AMHS em Nacional das Comunicações e vale um Souza Nascimento e pelo Cap QOECOM inglês). agradecimento a todos os participantes, José Luiz Sotero Lopes, com apoio irrestrito Com a implantação do AMHS, prevista do Brig Ar José Roberto Machado e Silva, para o início de 2009, o SDOP irá dispor operadores, mantenedores e usuários do Chefe do SDOP. novamente dos conhecimentos daque- Sistema de Telecomunicações do ComanAlém dos principais integrantes do GT, les que elaboraram o MACOM, pois irá do da Aeronáutica, pelo empenho e dedicaoutros militares coadjuvantes também fi- emergir um complexo trabalho de regula- ção com que atuam diariamente, de forma pró-ativa, na contribuição e aperfeiçoazeram parte das tarefas perquiridas para a mentação sobre a operação do AMHS. elaboração do MACOM. Outros abnegaEm contrapartida, torna-se importante mento de todo STCA, destacando como dos militares que também tiveram partici- a reflexão dos Especialistas em Comunica- importante elo para o desenvolvimento, a pação importante na elaboração da nova ções sobre o novo significado das Comu- integração e a segurança nacional. legislação de Telecomunicações: SO BCO João Luiz Teixeira, SO BCO César Oliveira da Silva, SO BCO Infra-estrutura do AMHS Odir Raimundo de Almeida, SO BCO Márcio Cardoso dos Santos Fonseca, 1S BCO Jomar Sales Lisboa e 1S BCO Marcelo Cardoso Fialho, além dos demais operadores das Estações de Telecomunicações, Aeronáuticas e Administrativas, das diversas Organizações militares do COMAER. A edição do MCA 102-7 foi um marco na regulamentação do STCA, uma vez que, ao substituir todas as publicações relativas às Telecomunicações Aeronáuticas, Administrativas e Militares, reduziu a consulta do usuário e operador a uma única publicação, tornando seu trabalho diário mais ágil e simplificado. Nessa coletânea de Telecomunicações já podemos consultar as regras 23
Seção
Eu não Sabia!
GBAS
Sistema de Aumentação de Sinais Baseado em Solo
Por Telma Penteado Colaboração: Cap Eng Alessander de Andrade Santoro
- Gerente do Projeto GBAS no DECEA
Superação é, sem dúvida, uma meta constante para quem desenvolve sistemas de gerenciamento e controle de tráfego aéreo. Com o aumento do fluxo aéreo mundial se faz necessária a aplicação de novas tecnologias que superem as limitações dos equipamentos de que hoje dispomos. E para que esta meta seja alcançada com êxito, é preciso que tanto os provedores de serviços quanto os seus usuários colaborem na estruturação destas tecnologias a fim de tornar o tráfego aéreo mais fluido, eficiente e seguro. E uma das formas que se apresenta para trazer segurança e fluidez é o GBAS (Sistema de Aumentação Baseado em Solo, do inglês Ground Based Augmentation System), que provê o serviço de aproximação de precisão, procedimentos de decolagem, aproximação perdida e operação em áreas de terminal de aeródromos num raio de aproximadamente 20 milhas náuticas ao redor da estação. As fases do vôo atendem a determinados requisitos estabelecidos pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) de precisão (onde exatamente a aeronave se encontra), disponibilidade (comunicação disponível quando se precisa de um determinado serviço em uma determinada posição), continuidade (serviço disponível sem qualquer interrupção) e integridade (mais importante requisito, a confiança na informação reside também na capacidade de verificar a veracidade dos sinais transmitidos). A confiança operacional é grande, uma vez que os auxílios à navegação são usados há décadas. Como vantagem dos auxílios convencionais, podemos citar a tecnologia plenamente dominada e a grande rede implantada em todo o território nacional. Por outro lado, encontramos desvantagens como modulações analógicas (com problemas de interferências e canalização), baixo alcance de determinados auxílios (como o VOR - VHF Omni-Directional Range), baixa flexibilidade nos procedimentos e problemas de sítio (instalações). Problemas clássicos de sítio dos auxílios encontram-se em diversas cidades, notadamente em São Paulo, onde as construções cresceram em volta dos
Cap Eng Santoro apresenta Projeto GBAS
“Graças às tentativas de implementação do SBAS nós passamos a ter consciência de algo que não conhecíamos, como o comportamento que a ionosfera tem e as influências deste comportamento sobre os sinais do satélite GPS” Cap Santoro sítios, interferindo nas Zonas de Proteção do Auxílio e alterando seus padrões de irradiação. Vemos também que, com o crescimento do tráfego aéreo mundial, se realça a necessidade do desenvolvimento de novos auxílios que atendam estas demandas, permitindo a maior flexibilidade do tráfego aéreo. 24
Na verdade, a necessidade é ainda maior: precisa-se de um novo paradigma. E este paradigma começou a ser estabelecido com a implantação do sistema GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global), que fornece, além do posicionamento no globo, o sincronismo sobre a superfície da terra em vôo. O GPS foi usado inicialmente como meio suplementar de navegação. Mais à frente começaram a surgir os sistemas de aumentação de sinais que visam à melhora das características de precisão, continuidade, disponibilidade e integridade nas diferentes fases do vôo – o que o GPS não demonstrou ter condições de prover de forma adequada. Os sistemas desenvolvidos que constam no Anexo 10 da OACI são o SBAS (Satellite Based Augmentation System - Sistema de Aumentação de Sinais por Satélite), GBAS (Sistema de Aumentação de Sinais Baseado em Solo), ABAS (Aircraft Based Augmentation System - Sistema de Aumentação de Sinais Baseado na Performance da Aeronave) e GRAS (Ground Based Regional Augmentation System - Sistema de Aumentação de Sinais Baseado em Solo Regional). O dia 1º de maio de 2000 ficou marcado pela retirada da disponibili-
SBAS GBAS
SBAS
SBAS GBAS
GBAS
GBAS
GBAS Movimentos no Aeroporto
Aplicações GBAS
Dados Transmitidos
Aproximação Perdida Guiada
Movimento de Superfície
Cruzeiro
Descida
Saída Aproximação Final
Superfície
No horário, primeiro a ser atendido
Primeiro a chegar, primeiro a ser atendido
dade seletiva (SA) do GPS, o que implicou o aumento da precisão do sinal em até dez vezes e tornou possível a utilização do sistema como meio primário em algumas fases do vôo. Com a utilização da funcionalidade RAIM (Receiver Autonomous Integrity Monitoring - Monitor de Integridade Autônomo do Receptor) nos receptores GPS, foram elaboradas as rotas RNAV/GPS e as aproximações não-precisão GPS, que trouxeram vantagens sobre os auxílios convencionais, tais como a possibilidade de rotas diretas e a criação de aproximações para pistas sem auxílios convencionais. O conceito GNSS (Global Navigation Satellite System – Sistema de Navegação Global por Satélite) engloba todos os sistemas de posicionamento por satélites existentes e as técnicas de aumentação de sinais. O que se busca é um conceito operacional que monitore a aeronave do início do taxiamento até a sua parada no aeródromo de destino. Um fluxo contínuo, sem esperas. Trata-se de um foco mais econômico da operação aérea.
Pouso
Dentro dos moldes GNSS, foram desenvolvidos vários sistemas de aumentação semelhantes pelo mundo. O único sistema em operação atualmente é o WAAS (idêntico ao SBAS), nos EUA. Diversos países estão realizando testes, tais como, Brasil, Austrália, Espanha, Itália, Coréia, Japão, entre outros.
No sistema GBAS, os satélites GPS fornecem dados diretamente à aeronave e às estações de referência localizadas em solo Os Sistemas de Aumentação por Satélite (SBAS), através de suas estações de referência de solo situadas por todo o território, identificam os erros de posicionamento nos sinais de cada satélite da constelação GPS. Nosso País teve uma excelente experiência na tentativa da implementação do sistema de aumentação de sinal baseado em satélite. Os sinais de satélites de navegação utilizados no GNSS sofrem um atraso variável 25
durante a propagação transionosférica, o que representa um grande componente de erros de posicionamento. Esses erros são previsíveis na maior parte da área de serviço do sistema, tendo um comportamento peculiar no entorno do Equador Magnético, onde os sinais sofrem críticas variações de intensidade e até bloqueio total. As informações de correção são enviadas para uma estação master que fará os cálculos e os encaminhará para um link satélite geoestacionário. Este, por sua vez, enviará à aeronave a posição corrigida. Assim, o procedimento descrito permite a garantia dos requisitos de precisão, disponibilidade, continuidade e integridade para aproximação de não-precisão. “Graças às tentativas de implementação do SBAS nós passamos a ter consciência de algo que não conhecíamos, como o comportamento que a ionosfera tem e as influências deste comportamento sobre os sinais do satélite GPS”, comenta o Cap Eng Alessander de Andrade Santoro, Gerente do Projeto GBAS no DECEA. A cada 11 anos acontece o Pico de Ativi-
Satélites de Navegação Satélites GPS
Fontes de medida de distância
Receptores de Referência do GBAS
Informação de Situação
Sistema de Terra GBAS Transmissão de dados em VHF (VDB), sinais de correções diferenciais, dados de integridade e dados de procedimentos
dade Solar, que faz com que o sol tenha uma grande quantidade de tempestades que transmitem irradiações através do espaço. Estas irradiações interagem com os íons livres na camada da ionosfera fazendo com que existam interferências principalmente em lugares da América do Sul, Norte da África e Índia - região chamada de Equador Geomagnético. O levantamento dos potenciais riscos na utilização do SBAS permitiu investimentos em pesquisa e desenvolvimento, servindo para conhecer melhor nosso ambiente ionosférico. Chegamos, então, à implantação do GBAS. Neste sistema, os satélites GPS fornecem dados diretamente à aeronave e às estações de referência localizadas em solo. O conceito é o mesmo do SBAS: estações em solo que sabem exatamente a sua posição e, conseqüentemente, o erro de cada satélite. A correção dos erros do GPS e os procedimentos de tráfego aéreo serão transmitidos pela estação em solo para as aeronaves.
Este novo conceito de transmissão do procedimento traz a quebra de um outro paradigma: como o GBAS transmite os procedimentos a serem executados pela aeronave, a responsabilidade passa a ser do provedor de serviços de atualizar os procedimentos e não mais só do piloto em ter procedimentos atualizados a bordo.
O Brasil teve uma excelente experiência na tentativa da implementação do sistema de aumentação de sinal baseado em satélite Os benefícios do sistema GBAS estão na redução das restrições nos sítios de instalação (equipamentos mais fáceis de instalar) em relação aos auxílios à navegação convencionais, navegação e aproximação baseadas em performance (PBN), maior flexibilidade na 26
área terminal, diminuição dos gargalos de tráfego, maior fluidez dos vôos e menos atrasos, ou seja, mais economia e segurança nas operações. Vale ressaltar que ainda não há nenhuma estação GBAS certificada no mundo, embora haja um grande esforço internacional, do qual o Brasil faz parte, para tal. A nave mãe que está pilotando o processo de transição para o conceito de navegação, vigilância e gerenciamento de tráfego aéreo (CNS/ATM) do futuro vem sendo conduzida por algumas poucas mãos como FAA (Federal Aviation Administration - EUA) e EUROCONTROL (Europa).
O DECEA está ao lado destes grandes prestadores de serviço na vanguarda da implantação deste novo paradigma (ou conceito)
Literalmente Falando Sobre E-livros e Livros Lílian R. G. Souza - 2ª Ten QCOA CSO
Chefe das Seções de Telefonia, Protocolo/Arquivo e Auxiliar da Divisão de Pessoal do DECEA
Acabo de ler meu primeiro e-book. Embora já tenha tido a oportunidade de ler muitos e muitos artigos eletrônicos, essa foi a primeira vez que li um romance inteiro pela telinha. O livro é “O dia do Curinga”, de Jostein Gaarder. Como não tenho um reader (aparelho portátil para leitura eletrônica), tive que levar uma cópia para o meu trabalho, já que em um dia ou outro sobra algum tempo livre, outra para a casa de minha mãe, onde passo meus feriados e dias de folga, e, é claro, deixei uma cópia em casa. Pareceu-me, por mais incrível que possa ser, mais trabalhosa a leitura. E não somente pelo cansaço da vista, mas pelas distrações que são inevitáveis. São avisos de e-mails que chegavam, alertas de alguns programas como antivírus, por exemplo, ou lembretes da agenda eletrônica, além das interrupções para procurar uma ou outra palavra em um dicionário on-line. É a revolução eletrônica. A recente invasão da comunicação que chega a nos fazer dispensar alguns antigos prazeres, como uma leitura calma na varanda ou na cama, antes de dormir. A verdade é que mesmo a leitura de um livro impresso na cama ou na sala de estar passou a ser, para mim, dificultada pela facilidade de ter ao lado um computador conectado ao mundo 24 horas. A possibilidade de conhecer opiniões de outros leitores, críticas etc, a qualquer momento durante a leitura é tentadora e as interrupções são mais freqüentes. O prazer de ler ganha, então, novas ramificações, mais interatividade, incluindo a comunicação imediata com o autor através de e-mails. Se antes a idéia de compartilhar uma opinião era platônica, hoje é muito mais certo que levemos adiante a vontade de nos comunicar com quem quer que seja, do autor de um best-seller ao serviço de atendimento de algum produto. Lembro-me de muitas vezes pensar em fazer alguma reclamação ou elogio a algum produto ou empresa, mas isso não passava de uma idéia que, mesmo com a facilidade do telefone, não se concretizava. Com a Internet é diferente. Entramos no site da empresa e com um clique enviamos nossa opinião, reclamação ou elogio. Assim é também com os livros. A vontade de elogiar o autor, de parabenizá-lo imediatamente após a leitura, ou até mesmo de reclamar pelo péssimo final da obra é saciada logo que clicamos em enviar. Por todos estes e outros benefícios, gosto, amo a Internet. No entanto, decididamente, prefiro os livros impressos. Gosto da relação que se cria com a peça. Pegar um livro, ler, guardar na estante e apontá-lo ao contar sobre a doce aventura que foi tê-lo conhecido por inteiro é inigualável. Não consigo sentir o mesmo por um CD. É muito frio, sem alma. Será que o destino da literatura é a mesma das
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correspondências? Embora, no Brasil ainda se escreva muitas cartas, a tendência nesta área é a comunicação imediata e prática do e-mail, dos programas de mensagens instantâneas e páginas pessoais com espaços para comentários e recados. Pessoalmente, acredito que isso não aconteça com livros. Pessoas que gostam de ler, também gostam de ter uma relação física com a obra. E livros eletrônicos não são uma companhia, são virtuais, como se não existissem empiricamente. Como sentir a textura? Folheá-lo no momento da compra? Fora o abandono ao prazer de fazer comentários no rodapé, com o próprio punho. Por outro lado, vejo algumas vantagens na leitura eletrônica. A facilidade de acesso às obras, pois as edições não mais se esgotarão, o incentivo à leitura para crianças e adolescentes, uma vez que esse público tem maior intimidade com o computador, e a extinção do hábito de emprestar livros, que tanto atormenta alguns leitores que se vêem na possibilidade de não mais receber de volta suas obras prediletas. Recursos para fabricação de papel também podem deixar de ser um problema e, por último, a facilidade de se encontrar uma biblioteca com conteúdo variadíssimo em qualquer lugar do mundo e a qualquer hora. Contudo, o contato físico com o livro é, para mim, insubstituível. É claro que o conteúdo permanece e o que me surpreende é descobrir a importância da sensação física na hora de uma gostosa leitura. Entendo que essa novidade surge como uma adaptação aos tempos atuais e que meus filhos terão uma relação mais tranqüila e até costumeira com e-books, mas creio que minha geração e as anteriores continuarão a preferir o velho e bom livro impresso. A relação do papel com a leitura é algo indissolúvel para este público. Entretanto, seja lá qual for o veículo, o importante é ler e criar em nossos jovens a prática deste prazer que provoca emoções e leva a viagens e sonhos através da imaginação. Voltando ao e-livro que acabo de ler, “O dia do Curinga”, não me surpreendeu. Não é de se espantar que J. Gaarder seja conhecido por um escritor para adolescentes. O romance conta a história de um garoto que viaja com seu pai em busca da mãe, que os abandonara, e no caminho se envolve na leitura de um mini-livro misterioso que dá vida a cartas de baralho numa também misteriosa ilha. As duas histórias, as do livro e a do mini-livro, acabam por se encontrar. Mas o interessante são as indagações e explanações filosóficas ao longo da obra, coisa que o também autor de “O mundo de Sophia” faz com desenvoltura e propriedade, dirigindo a leitura a um público jovem e estimulando a curiosidade pelos temas: “de onde viemos?”, “para onde vamos?” e “o que fazemos aqui?”. Nada que se destaque muito, mas recomendado por esta modesta leitora, que talvez tivesse tido melhor impressão da obra se a tivesse lido no modo tradicional. Ou direi, antiquado?