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DTCEA BOA VISTA: 30 ANOS
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Índice 4
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Reportagem Especial ACC Atlântico
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Reportagem Diálogo e transparência para somar forças
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Artigo A Gestão de Talentos
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Reportagem 1º Encontro de Comunicação Social do DECEA
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Reportagem ICEA comemora 1º ano como Instituição Científica e Tecnológica
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Conhecendo o DTCEA Boa Vista - RR
Nossa capa
Expediente
DTCEA Boa Vista – 30 anos O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista (DTCEA-BV) completará, no dia 30 de outubro, trinta nos de atividade. Técnica, entusiasmo e profissionalismo do seu efetivo fazem parte da trajetória desse DTCEA, desde a sua implantação, em 1979, até os dias de hoje. Nessas três décadas, houve uma grande evolução, tanto em avanço tecnológico, quanto modernização dos equipamentos de auxílio à navegação aérea.
Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA Diretor-Geral: Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Colaboração: Daniel Marinho (MTB 25768-RJ) Gisele Bastos (MTB 3823-PR) Diagramação e ilustrações: Aline da Silva Prete Fotografia & Capa: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)
Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer contato@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 Centro - CEP 20021-130 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 Fax: (21) 2262-1691 Editado em OUTUBRO/2009 Fotolitos & Impressão: Ingrafoto
Editorial O Departamento de Controle do Espaço Aéreo foi classificado como o maior e principal cliente – ou seja – a maior fonte de demanda do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), segundo o Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, no 1º Encontro de Comunicação Social do DECEA, que reuniu, em agosto, os elos das OM subordinadas – ligados à essa atividade. Essa impressão do CECOMSAER ficou gravada na nossa missão de comunicar, o que nos incita a querer sempre falar sobre as nossas atuações no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), divulgando tudo o que dá segurança e conforto aos nossos usuários. Uma frase que marcou a abertura desse evento veio do Brigadeiro-do-Ar Carlos Vuyk de Aquino, presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), afirmando que “quando nos tornamos conhecidos, somos fortalecidos e, fortes, somos melhores". É por isso que a revista Aeroespaço – como um dos canais de informação do DECEA – nas mãos de nosso público interno se torna instrumento valioso, mostrando o que somos, o que fazemos e porque fazemos. Assim, revela para a sociedade em geral, todas as inovações que estão ocorrendo no SISCEAB. Nesta edição 38, uma das novidades tecnológicas na área de segurança da navegação aérea é o Sistema de Tratamento de Visualização de Dados (STVD) do Centro de Controle de Área do Atlântico (ACC-AO) – localizado no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), que entrou em operação no dia 23 de julho. O Sistema está proporcionando uma mudança estrutural na formação dos controladores de tráfego aéreo e operadores de comunicações do órgão. Isso alterou significativamente a rotina dos pilotos civis e militares.
Através de um software, as aeronaves que cruzam o oceano rumo à Europa ou à África poderão manter contato com o órgão de controle através da transmissão de dados digitais emitidos via satélite, com integração à FIR Recife. Trata-se de uma verdadeira revolução que veio para preencher uma lacuna que até então existia nesta área. Outra importante notícia divulgada na edição atual é que o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) compõe, agora, um seleto grupo do Comando da Aeronáutica que tem o status de Instituição Científica e Tecnológica. A titulação trouxe a prerrogativa de utilização do Núcleo de Inovação Tecnológica do CTA (NIT) em associação com instituições afins da Aeronáutica para gerenciar sua política de inovação - promovendo a Ciência e Tecnologia no âmbito do DECEA. Estamos, com essas inovações e modernizações, convivendo em nossas Organizações Subordinadas, com genialidade, ousadia e inovação de nosso efetivo. Exemplo disso acontece no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista (DTCEABV), que completará 30 anos em outubro. Lá existe uma complexidade de sistemas informatizados, equipamentos modernos e, acima de tudo, homens e mulheres que se dedicam à missão de fazer voar. Por isso o DTCEA-BV está na capa e nas páginas da seção “Conhecendo o DTCEA” desta edição, por incorporar técnica, entusiasmo e profissionalismo, desde a sua implantação, em 1979, até os dias de hoje. E é dessa forma que o 1T Cezar Furtado, em seu artigo “Gestão de Talentos”, na página 14, vê o trabalho silencioso dos técnicos do SISCEAB, que inovam, mantendo a excelência e o profissionalismo – concordando com o pensamento que a direção-geral do DECEA tem do seu efetivo. Então, vamos nos conhecer e nos fortalecer com as páginas desta edição. Boa leitura!
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA
Reportagem Especial
ACC Atlântico
A liderança do Brasil no cenário do controle do espaço aéreo na América do Sul O Centro de Controle de Área do Atlântico (ACC-AO) é o órgão que faz o controle das aeronaves que cruzam o oceano Atlântico e coordena os movimentos aéreos que chegam e saem da América do Sul, vindo ou com destino à Europa e à África, em colaboração estreita com demais ACC vizinhos. O projeto ACC Atlântico foi elaborado, visando à segurança e ao incremento das comunicações entre pilotos e controladores nessa travessia, e só se tornou viável através da participação de um grupo forte e seleto de Organizações Militares, como o DECEA, e diversas outras empresas. 4 AEROESPAÇO
A
ligação entre o continente sulamericano com os continentes asiático, europeu e africano, encontra na travessia do oceano atlântico um grande desafio. Com a invenção do avião e o crescente desenvolvimento do transporte aéreo no planeta, o oceano Atlântico continuou sendo uma barreira formidável a ser vencida e, mesmo com velocidades muito superiores às antigas caravelas, continua exigindo, ainda hoje, uma grande quantidade de horas de voo para ser transposto. A evolução das telecomunicações e o avanço conquistado no desenvolvimento de modernos auxílios à navegação aérea, em particular os grandes radares de rota, por certo minimizaram algumas das dificuldades, porém, atravessar esta área de mais de 13 milhões de km² (se contarmos apenas a área de responsabilidade do Brasil) em mais de oito horas de voo (em média) sem escalas, sobre tal imensidão de água, pode, à primeira vista, causar certo desconforto para pilotos e passageiros. Certamente, no passado, essas dúvidas assumiam um tom mais grave, em face da precariedade dos meios de vigilância e proteção existentes. Há, ainda, a destacar que o próprio controle do tráfego aéreo sempre foi uma preocupação conduzida com o maior cuidado pelos órgãos de controle de cada continente, porque em dado momento, as aeronaves indo e vindo vão se cruzar sobre o oceano e, como não era possível visualizá-las, havia que se ter certeza de que estariam em níveis de voo diferentes, evitando, assim, qualquer possibilidade de colisão. Este fato desencadeava uma série de medidas cautelares quanto às autorizações (aprovações dos planos de voo), dentre elas o aumento da separação (vertical, lateral e longitudinal) entre as aeronaves. O órgão que faz o controle das aeronaves que cruzam o Atlântico é o Centro de Controle de Área Atlântico
(ACC-AO). Ele está localizado no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), em Recife, e faz o papel de coordenador dos movimentos aéreos que chegam e saem da América do Sul, vindo ou com destino à Europa e à África, em colaboração estreita com demais ACC vizinhos. Até julho de 2008, a travessia do Atlântico era controlada pelo ACC-AO apenas por mensagens de posição fornecidas pelas próprias aeronaves em HF (high freqüency – alta frequência), faixa de frequência para comunicação em que se utiliza a ionosfera como refletor, por conseguinte, com alcance ilimitado, mas clareza nem sempre aceitável. A partir dessa data, como parte da transição para o FANS (Future Air Navigation System), o CINDACTA III recebeu, testou e começou a operar o ACW (ADS/CPDLC Workstation – Automatic Dependent Surveillance / Controller Pilot Data Link Communication Workstation), sistema de tratamento e visualização de dados (STVD) COTS (comercial off the shelf) adaptado para utilização no ACC-AO. Esse sistema, ainda que não integrado às regiões de informação de voo (FIR) nacionais adjacentes, mesmo a FIR Recife, permitiu a inserção do Brasil no rol de países utilizadores de datalink para o serviço de controle de tráfego aéreo.
Assim, o ambiente foi preparado para a introdução da mudança mais completa, o STVD do ACC-AO integrado, totalmente desenvolvido no Brasil.
Uma história de sombra e luz Com a evolução da aviação mundial, sem dúvida, manter a segurança dos voos é uma das prioridades, principalmente no que diz respeito aos mais longos e arriscados. Este é o caso das rotas que cruzam os oceanos. Visando à esta segurança e ao incremento das comunicações entre pilotos e controladores, foi elaborado o Projeto do ACC Atlântico, que só se tornou viável através da participação de um grupo forte e seleto de Organizações Militares e diversas empresas. No topo desta lista está o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), responsável pela concepção, especificação, definição dos requisitos e de procedimentos operacionais e normatização. À Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), coube o planejamento executivo, acompanhamento dos testes e fiscalização do produto entregue. Algumas empresas aéreas se prontificaram a realizar testes e
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O cérebro do ACC-AO
treinamentos operacionais, uma vez que passariam a ser clientes diretos do ACC-AO. À Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (Atech) ficou a responsabilidade de conceber o software do sistema e implementar os testes, atendendo aos requisitos estabelecidos. Em 2001, iniciou-se um projeto de inserção de novas funcionalidades nos sistemas de controle de tráfego aéreo. Um acordo foi assinado com a empresa Aeronautical Radio Incorporation (Arinc), com o intuito de viabilizar testes de comunicação digital com aeronaves durante o desenvolvimento de seus voos. Já em 2002, o DECEA participou do desenvolvimento do protótipo do ACCAO. Esta decisão foi de suma importância, uma vez que o Brasil sedia o Centro de Controle de Área em questão e que o programa de telecomunicação aplicado no novo sistema é nacional.
dos sistemas automatizados para os órgãos brasileiros de prestações de serviços de tráfego aéreo, a Atech iniciou, desde 2001, a integração em seus sistemas das novas tecnologias que têm sido preconizadas dentro do programa CNS/ATM (Comunicações, Navegação e Vigilância / Gerência de Tráfego Aéreo). Dentro do seu Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, a Atech tem o objetivo de garantir a evolução tecnológica permanente de seus sistemas, incorporando o que de mais moderno existe atualmente nesta área. Este objetivo coincidiu com a criação do ACC-AO, proporcionando a disponibilização para este centro de produtos modernos e que já estão em operação em Recife. Devido ao seu pioneirismo, estes sistemas passaram por uma fase de validação operacional onde, inicialmente, os operadores tiveram a oportunidade de
Mais que uma novidade tecnológica na área de segurança da navegação aérea, o novo STVD do ACC Atlântico, que entrou em operação no dia 23 de julho do corrente ano, proporcionou uma mudança estrutural na formação dos controladores de tráfego aéreo e operadores de comunicações do órgão e alterou significativamente a rotina dos pilotos civis e militares. Através de um software produzido pela Atech para o Comando da Aeronáutica, as aeronaves que cruzam o oceano rumo à Europa ou à África poderão manter contato com o órgão de controle através da transmissão de dados digitais emitidos via satélite, com integração à FIR Recife. Trata-se de uma verdadeira revolução que veio para preencher uma lacuna que até então existia nesta área. Como responsável pelo fornecimento
Contexto do ACC
Link SITA
AIS
Aeronaves comerciais
Informações Aeronáuticas STP
STR
SGD
ADS/CPDLC AIDO TEC
MET & AIS
BDS
STVD ACC-AO
Sistema de Tratamento e Visualização de Dados do Centro de Controle do Atlântico
ACCs brasileiros
Centros de Controle de Área
Controlador & Assistente
OPMET & BIA Banco Operacional de Dados Meteorológicos
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Banco de Informações Meteorológicas
Operador PLN
ACCs internacionais Centros de Controle de Área
SOP
CGNA
Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea
COpM
Centro de Operações Militares
utilizar e se familiarizar com os novos recursos disponíveis. Em seguida, foi verificada a adequação das soluções adotadas, bem como identificadas melhorias desejáveis, apresentadas pelos operadores. A partir desta realimentação foram consolidadas as especificações finais do sistema, buscando-se a solução mais adequada para a realidade brasileira e que melhor atendia às expectativas do DECEA e, obviamente, dos usuários do espaço aéreo. A escolha da Atech para ser responsável pela implementação do programa do ACC-AO tem relação com a sua experiência no fornecimento de sistemas complexos para os órgãos de prestação de serviços de tráfego aéreo no Brasil. Deve-se ressaltar, também, os aspectos de desenvolvimento de tecnologia nacional, a economia de divisas com a eliminação da necessidade de aquisição de soluções prontas de fornecedores internacionais, bem como a possibilidade de se ter um produto moldado às necessidades do País. Para o desenvolvimento do projeto, a Atech reuniu uma equipe formada por especialistas em software e em gerenciamento de tráfego aéreo, responsáveis pela conceituação do sistema e está cumprindo um papel estratégico definido pelo Comando da Aeronáutica, ou seja, o de promover e garantir o domínio deste tipo de conhecimento no País. Além disso, deve ser ressaltada a participação de empresas aéreas nos processos de validação e testes, uma vez que suas aeronaves passaram a interagir diretamente com este sistema. A equipe foi reforçada com a participação dos operadores e especialistas da CISCEA - com a transferência do sistema para campo - reunindo-se, assim, as condições necessárias para a consolidação das especificações do sistema.
Evolução Contínua O software do ACC Atlântico é uma evolução do utilizado no CINDACTA I, o qual foi um up grade do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). No caso do ACC-AO a diferença principal corresponde à disponibilização das ferramentas Vigilância Dependente Automática (ADS) e Comunicação entre Piloto e Controlador via Enlace de Dados (CPDLC), que permitem uma interação direta entre os sistemas de bordo das aeronaves e os de solo. Alguns profissionais que participaram do desenvolvimento do software do Sivam e CINDACTA I, também fizeram o do ACC-AO. Considerando que cada sistema é uma evolução do anterior, é fundamental a reutilização da equipe. Isso permite ganhos em prazos, custos e qualidade. Este projeto torna viável que os novos recursos introduzidos no sistema, como parte do CNS/ATM, estejam disponíveis em todos os centros de controle brasileiros. Isto à medida em que se efetiva a transição do SISCEAB para sistemas CNS/ATM em nosso País. A disponibilização dos novos recursos significa, também, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados, garantindo, assim, uma maior capacidade e eficiência para o sistema e uma maior segurança para as operações. Como as regiões Oceânicas são as mais carentes de recursos para navegação e comunicação, elas foram as primeiras a se beneficiarem destes desenvolvimentos. O novo sistema dispõe de recursos até então desconhecidos pelos controladores e pilotos, por isso há uma grande necessidade de treinamento deste pessoal. Os recursos já estão inseridos nos novos simuladores de treinamento, uma vez que são parte integrante dos equipamentos de bordo das aeronaves modernas. No caso dos controladores de tráfego aéreo, estes passaram por um treinamento específico, de forma a se
habilitarem a operar o novo sistema. Os novos recursos disponibilizados são parte do CNS/ATM, que deverá estar operacional em todo o mundo, segundo cronogramas estabelecidos pelos países componentes de cada região da ICAO e negociados com esta instituição. Isto inclui os países da América do Sul, que deverão implantá-lo segundo o mesmo cronograma que está sendo seguido pelo Brasil. Como é pioneiro e único na região no desenvolvimento deste tipo de sistema, o Brasil é o único país do grupo com capacidade para fornecê-lo aos vizinhos. Entretanto, neste mercado estaremos competindo com fornecedores de outros continentes e tudo dependerá das vantagens comerciais e técnicas que pudermos oferecer aos potenciais compradores.
A Era da Comunicação Digital A ADS-C (Vigilância Dependente Automática por Contrato), através de comunicações via enlace de dados confiáveis e sistemas de navegação precisos, propicia a visualização das aeronaves em um ambiente não radar. Isso provê serviços de vigilância no espaço aéreo oceânico e em outras áreas nas quais o serviço de controle de tráfego aéreo radar não pode ser prestado. Assim, permite que a transmissão automática da posição das aeronaves, com esta funcionalidade, substitua os informes de posição dos pilotos. A outra inovação, numa área onde as comunicações só eram possíveis em alta frequência (HF), estando sujeitas a diversas fontes de interferências de acordo com a época do ano, é a implantação do novo conceito de comunicações, a CPDLC. É uma aplicação de enlace de dados que provê um meio de comunicação direta entre piloto e controlador. Uma funcionalidade que garantirá a comunicação entre as aeronaves e os órgãos de controle de tráfego aéreo (ATC), através da
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utilização de mensagens padronizadas (pré-formatadas), que podem ser selecionadas através de um menu, permitindo uma seleção rápida e eficiente das mensagens mais adequadas. Possui, ainda, uma opção de texto livre, que permite o intercâmbio de informações não incluídas nas mensagens pré-formatadas. A CPDLC propiciará uma melhoria significativa na capacidade de comunicações para operações em rota, notadamente nas áreas oceânicas. Proporcionará, ainda, uma significativa redução da carga de trabalho do controlador, facilitando o contato solo/ ar/solo, ao permitir que um mesmo controlador seja capaz de prestar simultaneamente os serviços de tráfego aéreo (ATS) a um maior número de aeronaves, aumentando a capacidade do espaço aéreo. A utilização do CPDLC trará inúmeras vantagens para a navegação aérea sobre a FIR nacional, cujos limites laterais representam a área de responsabilidade operacional coberta pelo ACC Atlântico. Entre as vantagens da utilização do CPDLC estão as seguintes: - substituição da comunicação oral entre piloto e controlador pela comunicação digital; - contato feito inicialmente pela aeronave, pois a conexão CPDLC é solicitada pelo órgão de ATC; - duas conexões possíveis simultaneamente (uma ativa com o centro ATC com controle efetivo e outra em stand by com o próximo centro ATC); - são previstas mensagens para todas as comunicações entre piloto e controlador; - conexão ativa é desfeita pelo centro atual, após hand-off (transferência de controle de um ACC para outro); - piloto pode solicitar clearances (autorizações de tráfego aéreo); - possibilidade de mensagem de texto livre, se necessário; e - transferência de comunicação entre centros por transmissão de dados digitais (data link) no lugar da voz.
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Revoluções do ar O dinamismo trazido por este novo sistema de comunicação digital entre piloto e ACC permite verdadeiras revoluções no fluxo das aeronaves que cruzam o Atlântico. Atualmente, a falta de precisão da posição exata ocupada pelas aeronaves obriga a adoção de uma distribuição nas aerovias que mantém uma separação horizontal de 80 milhas entre os aviões, garantindo a segurança dos voos. Como consequência da implantação do novo sistema do ACC-AO, estas distâncias poderão diminuir, em um futuro próximo, o que implicará no aumento do número de aeronaves que voam no mesmo horário. Esta nova perspectiva poderá incrementar os setores econômicos do turismo e dos negócios empresariais, com a habilitação de novas rotas e novos horários. Em caso de acidentes com queda em alto mar, pode-se visualizar a importância deste sistema de comunicação digital em tempo real: a interface entre piloto e órgão de controle terá tamanha qualidade que simplificará as buscas, diminuindo a área de atuação das equipes de salvamento.
Segurança e agilidade: satisfação em voar Para que os clientes preferenciais do ACC Atlântico, empresas aéreas que navegam no corredor EUR/SAM (Europa – América do Sul) possam usufruir de vantagens trazidas pelo novo sistema, terão necessariamente que equipar adequadamente suas aeronaves. Os equipamentos exigidos são os FANS - que permitem que a aeronave seja cooperativa, participando ativamente da comunicação digital piloto/controlador. As linhas aéreas que voam neste corredor já estão instalando os equipamentos em suas aeronaves e a tendência é que as novas aeronaves já venham com os mesmos instalados de fábrica. A indicação da existência do FANS nas aeronaves aparece na relação de equipamentos do plano de voo. O sistema de comunicação digital do
ACC-AO funciona da seguinte maneira: os dados digitalizados são enviados da aeronave para o satélite e deste são repassados para um processador (que pertence à empresa SITA, possuindo sede somente em Singapura e Canadá). Através deste processador, os dados digitais são coletados, tratados e disponibilizados na rede interna da Aeronáutica. As aeronaves que não possuem o equipamento FANS operam usando o sistema HF, que trabalha com a emissão de informações faladas através de ondas de rádio de alta frequência e pela chamada “pista navegada”, criada pelo próprio controlador e que tem por base as informações obtidas através da comunicação HF entre a aeronave e o ACC, com o intuito de identificar a aeronave no console. As aeronaves que possuem equipamentos capazes de estabelecer comunicação digital aparecem na tela do controlador em uma apresentação gráfica diferente das que não possuem.
O futuro voa sobre os oceanos As pessoas trafegam pelos ares cruzando mares todos os dias e só transladam pelo mundo por terem a confiança de que suas vidas estão protegidas pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). E é com este espírito desafiador, capaz e eficiente, que o Comando da Aeronáutica, através do DECEA, presta este inestimável serviço à Nação e reafirma a liderança do Brasil no cenário do controle do espaço aéreo na América do Sul. Texto original de Telma Penteado (ago/2003), adaptado por Daisy Meireles e revisado por TenenteCoronel-Engenheiro José Antonio da Motta Matinha, ex-chefe da Divisão Técnica do CINDACTA III (abr/2009) e, finalmente, atualizado pelo Tenente-Coronel-Aviador Mario Luis Ribeiro Santos, chefe da Divisão de Operacões do CINDACTA III (set/2009).
Quem
é?
Botelho
1S BET
Certamente todos, em algum momento, já ouviram a seguinte frase: “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”. De fato. Como é possível ver a imagem de uma pessoa no monitor da televisão? Como a voz do locutor sai pela caixa de som do rádio? E, em tempos de globalização, como a notícia chega instantaneamente aos computadores conectados em todo o mundo? Qual a lógica? Qual o mecanismo empregado? Entrevistado por Gisele Bastos Fotos de Fábio Maciel
A chave mestra é o conhecimento A maioria das pessoas talvez não faça a mínima questão de descobrir os porquês, de entender o funcionamento lógico das coisas. Mas nem todos são assim. Alguns são impelidos a descobrir, criar, inventar, e passam a vida buscando respostas para as perguntas que se sentem motivados a fazer. Assim nasceram os inventores, e surgiram as facilidades de que o século XXI desfruta. A luz elétrica, o telefone, o computador, e tantos outros elementos que auxiliam a vida de milhares de pessoas todos os dias. Facilidades que surgiram do questionamento de poucos. Esse incitamento às descobertas, a saber os porquês foi o que sempre norteou a vida de Claudio de Sousa Botelho, o Primeiro Sargento Botelho, Especialista em Eletrônica do Destacamento de Controle do
Espaço Aéreo Telemática do Rio de Janeiro (DTCEATM-RJ). O segundo filho, dentre os cinco de Dona Maria das Graças e Seu Nelson, passou sua infância no bairro de Inhaúma, zona norte do Rio de Janeiro, e desde pequeno gostava muito de leitura. Aos seis anos de idade leu seus primeiros compêndios e, embora seu gosto sempre tenha sido pelas Ciências Exatas, todo tipo de informação despertava seu interesse. Biologia, Química, Física, Bioquímica, Biofísica, Geologia. “Desde criança estudava para satisfazer alguma coisa minha!”, lembra. Na hora do recreio na escola, Botelho era frequentador assíduo da biblioteca. “Para uma criança de sete anos a teoria de eletromagnetismo não é muito natural, mas eu buscava livros técnicos para adultos,
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1S Botelho substituindo modem de sinal radar
era meio menino maluquinho”, lembra. Sua curiosidade natural o levou a entender o funcionamento do corpo humano, as combinações químicas que fazem com que moléculas se encaixem para formar novas substâncias, os minerais presentes na composição da Terra. E, quem pensa que por conta deste interesse pelo saber, o guri Botelho não brincava, se engana. Só que sua brincadeira não era convencional. Ele reproduzia elementos que despertassem sua atenção, como uma máquina de capturar fantasmas de um seriado que assistiu na TV na década de 70. A incessante busca pelo conhecimento o levou a um livro de capa amarela que marcou sua infância. Foi seu primeiro compêndio de eletrônica. “Era fascinante, finalmente entendi como as pecinhas funcionavam. Como já tinha lido sobre física, química, elétrons, eletrólise, oxigênio, hidrogênio, pilhas em série, tinha uma ideia de eletricidade e não tive dificuldade para entender”. Com o desejo de desvendar os mistérios por trás dos monitores de TV, Botelho deu asas à imaginação e começou a pôr seus conhecimentos em prática. O primeiro aparelho que desmontou foi um rádio da família, mas uma experiência marcante foi o desenvolvimento de uma pilha. “Quando inventou a pilha, Alexander Volta usou uma placa de cobre e feltro encharcado em salmoura, repetindo este processo em camadas fez a pilha. Queria matar minha curiosidade e fiz esta experiência. Com 11 anos já tinha o meu primeiro ferro de solda”, contou. O desafio dos inventores, que apesar da falta de recursos faziam grandes descobertas, o
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incentivava a prosseguir em sua busca pelo conhecimento. As revistas de eletrônica que traziam projetos prontos não interessavam, Botelho queria criar suas próprias invenções. Depois de aprender eletrônica começou a executar pequenos consertos e a receber pelo seu trabalho. O menino não tinha nenhum medo de não obter sucesso em sua empreitada, a palavra difícil tinha um outro sentido em seu dicionário pessoal: desafio. “Não foi planejado, não tracei parâmetros, tinha amigos, irmãos que me traziam coisas para consertar. Walkman, aparelho de som, foi uma bola de neve. Tinha que comprar material para reposição e pedia uma taxa simbólica, mas quando comecei a fazer consertos mais complicados, analisei o mercado e comecei a cobrar. Com o que ganhava comprei ferramentas, livros e revistas de eletrônica”. A paixão pela eletrônica foi determinante na escolha de sua vocação profissional. Avaliando as possibilidades do momento, Botelho optou pelo concurso da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada na cidade de Guaratinguetá, interior de São Paulo. Em janeiro de 1991, realizou um sonho, a formação que anteriormente adquiriu nos sebos e bibliotecas agora estava ao alcance de suas mãos. “Nunca tinha tido aula sobre eletrônica, estava feliz da vida. Era um curso pesado, mas tive a vantagem de ter estudado antes”. Durante o curso, Botelho foi apresentado a uma nova realidade até então desconhecida. “A parte sobre radar e aviônica foi novidade. Instrumentos voltados à aerovave, altímetro, localizer, transponder, NDB (Non Directional Beacon, o mesmo que Rádio-Farol Não Direcional), e vários equipamentos ligados à aviação”. E, no
“Não queria ficar restrito ao trabalho, sempre tive compulsão pelo saber, não é obrigação, é minha índole. Se houvesse uma necessidade e eu tivesse este conhecimento repassava esta informação. Levo muito a sério o que faço”. último período, Botelho pôs em prática um novo talento. “Decidi aprender a tocar violão; comprei um instrumento da marca Tonante bem baratinho, revistas nas bancas e aprendi a tocar”, descreveu. Quando se formou na Escola, viu a oportunidade de dar uma virada em sua vida profissional. Sua escolha foi pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Alegre (DTCEA-PA), para trabalhar no aeroporto. Lá, entre tantas atribuições, fez conserto de transmissores VHF, passou cabos de pista em dutos, atuou com centrais telefônicas e fez manutenção de Multiplex – equipamento de telecomunicações que otimiza o meio de comunicação. Para especializar-se participou de vários cursos de capacitação. “A telefonia começou por osmose, o dia-a-dia e a experiência dos colegas mais antigos me deram subsídios para atuar também nesta área. Agreguei minha experiência em eletrônica ao meu serviço diário, o que me permitiu sanar alguns problemas”, conta. Com este espírito investigativo, Botelho resolveu a questão da central telefônica TF-2 – rede telefônica operacional usada nas salas AIS, torre de controle, APP (Centro de Controle de Aproximação) e ACC (Centro de Controle de Área) – que parou de funcionar. “O modelo da central era o ESK400, que era composta de relés e matrizes de diodos. Localizei o relé defeituoso e tentei adquirir um substituto, como não consegui, desenrolei sua bobina de fio esmaltado de cobre até encontrar o ponto da ruptura; fiz uma soldagem e o rebobinei novamente, tudo à mão. Esta central funcionou até o dia em que foi substituída por uma digital”. O detalhe é que este relé era grande e ocupava muito espaço
Botelho incentiva o filho nos caminhos da eletrônica
na sala, que ficou totalmente preenchida com a fiação desenrolada. Ainda em Porto Alegre fez cursos sobre Central Telefônica Digital, Modem, Rádio-enlace e Multiplex Digitais. Com tanto conhecimento, desenvolveu uma solução que revolucionou o tráfego de mensagens entre as organizações militares, até então feito via REDE-FAB e CCAM (Centro de Comutação Automática de Mensagens) antigo, com máquinas telegráficas espalhadas pelo País. A dificuldade em encontrar peças para reposição para as máquinas telex fez com que Botelho se engajasse em um projeto ímpar para a Força Aérea: ligar um computador pessoal à rede telex, substituindo o aparelho. O plano foi dividido em duas partes, o desenvolvimento do software, conduzido pelo Tenente Sandro, do DTCEA-PA, e a criação de uma interface de hardware, de responsabilidade de Botelho. “Juntamos nossas ‘metades’ do projeto e o resultado foi muito bom, funcionou na sala AIS do DTCEA-PA por um longo período. Isto nos rendeu um convite para apresentar o projeto à autoridades da então DEPV (Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo), hoje DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Parte do que desenvolvi nesta experiência, apliquei no primeiro hardware para o sistema ATIS, sanando os problemas que existiam no acionamento dos transceptores de VHF, quando feito via canal de multiplex”. Paralelamente aos cabos de fiação e as centrais telefônicas, Botelho desenvolveu uma carreira artística. Tocava por hobbie, aprendeu a desenhar, escreveu contos, compôs músicas. Muitas mudanças ocorreram em seus oito anos na terra do chimarrão: casou-se com Gizelle,
sua namorada de infância, e teve dois filhos, Jessica e Claudio, hoje com 17 e 11 anos, respectivamente. Mas a situação crítica de saúde do filho, à época com dois anos, fez com que fosse necessário o retorno para o Rio de Janeiro. “Minha transferência para climas mais quentes tornouse imprescindível, já que meu filho sofria muito com o frio. O uso de inalador e nebulizações era rotina, assim como frequentes visitas à emergência do Hospital de Aeronáutica de Canoas”. Em junho de 2000, Botelho retorna à sua cidade natal diretamente para o DTCEATM-RJ. Além de atuar com novos equipamentos de microondas e multiplex, em telefonia começou a trabalhar com a Central MD110. “Trabalhei com esta central por três anos, até fazer o curso de operação e manutenção, treinamento ministrado pelo fabricante. Aliás, se nada mudou, ainda sou o único graduado a ter o curso avançado da MD110 na FAB”, destaca. A experiência teórica e prática de Botelho nesta central trouxe grande ganho para a Aeronáutica. Botelho foi responsável pela integração física das redes TF-2, TF-3 e TF-4 (VoIP) e RTCAER (Rede Telefônica do Comando da Aeronáutica), ocorrida há alguns anos. Fisicamente cada uma das centrais telefônicas - TF1, TF2, TF3, TF4 e RTCAER - tinha um canal separado, ou seja, o pagamento era feito pela utilização de cada canal individualmente, o custo era altíssimo. A conversão das redes para uma central única, a MD 110, representou uma economia sem precedentes para a FAB. A solução partiu da inquietação de Botelho em alcançar mais este desafio. “Para evitar conflitos
fiz um recurso de mascaramento de número e acionamento automático de outros números. Os ramais da rede de comando discavam automaticamente sem que o usuário percebesse”. Para as demais redes, Botelho usou a truncagem numérica e fez uma conversão para que outro ramal fosse acionado e assim foram usadas combinações numéricas para que não houvesse conflito entre as redes. “As redes já existiam, mas estavam separadas por centrais diferentes. O isolamento criado entre as centrais é tão seguro que está funcionando até hoje”, revelou. Com o resultado deste trabalho, toda a canalização analógica foi absorvida pelas novas centrais. As centrais eram digitais, só que a comunicação entre elas era analógica, havia problemas de temporização, completar ligação era mais demorado, a qualidade era sofrível, hoje existe uma nuvem digital. Aumentou a possibilidade de mais pessoas falarem ao mesmo tempo, a capacidade foi multiplicada. Em aproximadamente dois meses, Botelho foi para Belém, Recife, Brasília, Porto Alegre, São Paulo e São José dos Campos para fazer esta mesma conversão nestas localidades, estratégicas por abrangerem uma área geográfica que atende às demais regiões brasileiras. Dono de um talento incontestável, desde os tempos de Porto Alegre já dividia seus conhecimentos e tornou-se instrutor de treinamentos e cursos sobre Multiplex, Rádio Enlace, Modem, Telefonia, Central Telefônica e tantos outros. “Não queria ficar restrito ao trabalho, sempre tive compulsão pelo saber, não é obrigação, é minha índole. Se houvesse uma necessidade e eu tivesse este conhecimento repassava esta informação. Levo muito a sério o que faço”. Os 18 anos de serviços prestados à FAB e, em especial, ao DECEA, trouxeram avanços e benefícios singulares para os usuários internos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Como agradecimento ao apoio e à dedicação deste profissional totalmente devotado ao trabalho e aos desafios diários, o 1S recebeu, em 25 de março de 2007, a Medalha Bartolomeu de Gusmão, concedida aos militares e civis do Comando da Aeronáutica que tenham prestado serviços relevantes à FAB. Definitivamente não restam dúvidas sobre este mérito. AEROESPAÇO 11
Diálogo e transparência para somar forças Por Daniel Marinho / Fotos de Luiz Eduardo Perez
DECEA recebe associações e companhias aéreas, estimulando decisões colaborativas
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Em mais uma iniciativa de interação com os usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) recebeu, no dia 27 de agosto, representantes das principais companhias aéreas brasileiras e das mais importantes associações do ramo. A reunião veio, mais uma vez, ao encontro dos anseios do Departamento, que vem buscando uma maior e permanente relação com as organizações da atividade, partindo da premissa que grifa a relevância da abertura ao diálogo, da transparência das ações e da cooperação interorganizacional para o objetivo maior do Sistema: a eficácia e a segurança do transporte aéreo brasileiro. Tam, Varig/Gol, Azul, Taf, Total, Líder Aviação, Absa Cargo, Varig Log, além da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) e do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), enviaram seus representantes ao auditório do DECEA,
que assistiram às palestras e debateram junto ao órgão central do SISCEAB, os principais projetos e questões afetas ao tráfego aéreo com vistas ao aperfeiçoamento dos processos e às soluções por meio de decisões colaborativas. Para o Brigadeiro-do-Ar Hélio Severino da Silva Filho, chefe do Subdepartamento de Administração do DECEA (SDAD), que abriu o evento em nome do DiretorGeral, além de uma grande oportunidade de mostrar a todos os trabalhos que vem sendo executados e os planejamentos da organização, este encontro é singular: “Trata-se de uma oportunidade ímpar onde os senhores também terão a oportunidade de tirar algumas dúvidas e fazerem os questionamentos que quiserem. Ou seja, acho que é uma abertura diferente”, afirmou o Brigadeiro. Na reunião, a segunda do gênero em 2009, a equipe da Divisão de Gerenciamento de Navegação Aérea (D-GNA), do Subdepartamento de Operações (SDOP), falou sobre os principais planejamentos e projetos do DECEA. Nela foram também anunciadas e debatidas
Com a abertura de sua agenda aos encontros das companhias aéreas e organizações do ramo, o DECEA ratifica, mais uma vez, a importância dada à manutenção de um diálogo permanente entre o órgão central e os usuários do SISCEAB e do compromisso da transparência e da cooperação entre estas instituições perante a sociedade brasileira questões relacionadas aos assuntos mais demandados pelos usuários e operadores do ramo, tais quais: Comunicações por Enlace de Dados (CPDLC) e de Vigilância Dependente Automática (ADS); redimensionamento de Região de Informação de Voo (ou FIR, do inglês Flight Information Region); elaboração de procedimentos de navegação aérea;
gerenciamento de risco; Ponto Limite de Autorização (ou CLP do inglês Clearance Limit Point); além da Navegação Baseada em Performance (ou PBN do inglês Performance Based Navigation), em fase de implantação no Brasil pelo DECEA, com início de operação previsto para abril do ano que vem, em Brasília e Recife. De acordo com o chefe da D-GNA, Tenente-Coronel Esteves, se num primeiro momento o objetivo era somente o de dar conhecimento, de modo às empresas se programarem, este novo encontro selava uma nova etapa: “ter conhecimento, programar-se e eventualmente questionar para, se for o caso, possibilitar uma ação nossa no sentido de adequar um rumo de um determinado planejamento”, destacou. A iniciativa, no entanto, não termina por aí e já faz parte do calendário da organização. Está prevista uma próxima reunião para o final do ano, provavelmente em novembro ou dezembro e a intenção, a princípio, é manter os encontros num intervalo quadrimestral.
Representantes de companhias aéreas e organizações do ramo assistem à palestra do DECEA. No detalhe, Brigadeiro Hélio abre a reunião
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A Gestão de Talentos Por Cézar Furtado – 1T QOEA Com
A sociedade moderna é exigente, impondo mundial e definitivamente seu ritmo de competição e exigência, fazendo com que os mais audaciosos se consolidem em suas áreas de atuação Após a mudança promovida pela Revolução Industrial inglesa no século XVIII, o mundo tornou-se o cenário de contínuas transformações tecnológicas. Dentre essas inovações destacaram-se a máquina a vapor, as grandes embarcações, o automóvel e aquela que até os dias de hoje ainda nos fascina: o avião. No âmbito nacional vislumbramos orgulhosos que essa fascinante inovação foi materializada graças à genialidade de Alberto Santos Dumont em 23 de outubro de 1906 em sua improvável decolagem auto-propulsada, solitariamente a bordo
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do 14 Bis, colocando o Brasil definitivamente no cenário tecnológico mundial. Focados nesse turbilhão de inovações que se sucederam, constatamos com alegria que sempre ao centro de tudo estavam as geniais presenças de pioneiros e de pessoas de grande valor. A sociedade moderna é exigente, impondo mundial e definitivamente seu ritmo de competição e de eficiência, fazendo com que os mais audaciosos se consolidem em suas áreas de atuação. Nesse aspecto, destaca-se a gigante e eficiente Microsoft em nível mundial, de-
finitivamente impondo uma nova mentalidade no trato com os então Recursos Humanos, apostando em suas genialidades. Essa nova forma de pensamento gerou, transitoriamente, adaptação ao nome para Gestão de Pessoas, e hoje está efetivamente consagrada como Gestão de Talentos. São os diversos e geniais talentos, que tornam o nosso dia-a-dia um incansável redescobrir. Esse precioso material humano reflete a alma de uma organização e, correta-
SO BET Kaspary e as interfaces ópticas para canais de voz via sistema Multiplex
mente gerenciados, proporciona grande sinergia de pensamentos e atitudes. Em uma visita realizada a uma renomada fábrica de aviões adepta a essa filosofia, perguntaram a um funcionário da limpeza: - Senhor, qual é a sua função aqui? Sem hesitar ele respondeu: - Eu produzo aviões! Imersos nessa mesma sociedade competitiva e dispostos a conhecer e aprimorar seus métodos e serviços, os homens e mulheres do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), fascinados, encararam muito bem essa nova filosofia, inovando audaciosamente e aprimorando em todos os campos de atuação. Apesar de sermos essencialmente milita-
SGT Larssen e o seu sistema auxiliar de resfriamento por pulverização de água nos evaporadores dos aparelhos SELF de refrigeração da KT-RADAR do DTCEA-PA
res e termos nossos olhos sempre voltados prioritariamente para o cumprimento de nossa missão, os desafios nos atraem e tornam audaciosos e, com isso, muito mais eficientes. Ousamos aprimorar consagradas técnicas de manutenção, adequar equipamentos e dispositivos a necessidades específicas, corrigir sistemas de refrigeração e de eletromecânica, tornando-os mais eficazes e econômicos. Na área dos softwares temos vários e, dentre eles, o Serviço Automático de Informação Digital em uma Terminal (DATIS), instalado nas torres de controle, e o Sistema de Controle de Inoperâncias (SCI) - consagrado como um ágil e eficiente mecanismo de gerenciamento. Todos são
produtos genuinamente SISCEAB. Nossos técnicos trabalham silenciosamente inovando, mantendo com excelência e com extremo profissionalismo todos os nossos equipamentos e sistemas, comungando exatamente com o pensamento audacioso de Santos Dumont, o de sempre ir mais além. Nos dias de hoje, ser chefe de um setor técnico do SISCEAB não é somente gerenciar meios e pessoas. É conviver com a genialidade, com a ousadia e com a constante inovação. Chefiar uma equipe técnica é gerenciar talentos, é canalizar pensamentos e, principalmente, corações para que a missão do SISCEAB e da Força Aérea Brasileira alce cada vez mais voos mais altos. Estar à frente de um grupo de pessoas geniais e perfeitamente sintonizadas com a responsabilidade da nossa missão pode ser sintetizada em uma frase-resposta muito comum no ambiente técnico, quando o improvável foi mais uma vez superado. - Chefe, pane morta!
Por Cézar Furtado 1T QOEA Com
SO SEM RR Luís Alberto e o sistema de pré-aquecimento externo (peça cinza) para Grupos Geradores
O autor é chefe da Seção Técnica do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo em Porto Alegre (DTCEA-PA). Já trabalhou no SRPV-SP, SRPV-RJ, DECEA D-NAV. Também foi chefe da Seção Técnica do DTCEA-Canoas-RS. AEROESPAÇO 15
1º Encontro de Comunicação Social do DECEA
Por Daisy Meireles Fotos de Luiz Eduardo Perez, Luis Filipe Bastos e Fábio Maciel
A importância da Comunicação Social e de seus mecanismos de atuação estão despertando a atenção do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) - que com sua dinâmica técnica e operacional cumpre sua missão com o apoio de mais de 13.500 pessoas para a importância desta atividade em seu ambiente organizacional.
A amplitude de pessoas e espaços regionais - que naturalmente incorporam características muito particulares - já seria motivo mais do que suficiente para que o SISCEAB se mobilizasse para exercer uma comunicação interna eficaz e efetiva e, para fundamentar esse conceito, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, através de sua Assessoria de Comunicação (Ascom) promoveu o 1º Encontro de Comunicação Social do DECEA, realizado nos dias 05 a 07 de agosto, no prédio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) - no Rio de Janeiro. No Encontro que reuniu 47 representantes das Seções de Comunicação Social de 14 OM
A equipe da ASCOM/DECEA motivada com o Encontro que reuniu os elos de Comunicação Social
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subordinadas ao DECEA - buscou-se integrar procedimentos de Comunicação Social em todos os níveis de atuação e estreitar o relacionamento com os órgãos regionais - sendo difundidos conceitos doutrinários em sintonia com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). Na abertura, o Brigadeiro-do-Ar Carlos Vuyk de Aquino, presidente da CISCEA - representando o Tenente-Brigadeirodo-Ar Ramon Borges Cardoso, diretorgeral do DECEA -, elogiou o trabalho que a Assessoria de Comunicação Social do Departamento vem desenvolvendo. "Considero muito importante a iniciativa de juntar os elos para trocar experiências. Isso resulta em conhecimento e crescimento”. Na opinião do Brigadeiro Aquino, todos do SISCEAB vivenciamos nos últimos três anos - no controle do espaço aéreo brasileiro - situações adversas, mas as ações de Comunicação trouxeram uma abertura de grandes oportunidades e novos desafios. "Toda a estrutura do DECEA entendeu a importância da atividade de Comunicação Social e - assim - nos fortalecemos com o conhecimento do que somos, do que fazemos e porque fazemos. Quando nos tornamos conhecidos, somos fortalecidos e, fortes, somos melhores" - afirmou o presidente da CISCEA. No primeiro dia, o Encontro teve a participação de representantes do CECOMSAER, com apresentação de quatro palestras. O Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez (chefe do CECOMSAER) falou do DECEA como maior e principal cliente do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. A importância da comunicação interna
e o processo de autoconhecimento da Unidade e do seu efetivo foram assuntos apresentados pelo chefe do CECOMSAER, que explicou o funcionamento da política de Comunicação do Comando da Aeronáutica. Durante a apresentação foram divulgados os produtos de comunicação do CECOMSAER, como a Rádio Força Aérea (91,1 FM) e o Manual de Eventos, bem como o Manual de Redação da FAB – a ser lançado em 2010. Uma das sugestões do brigadeiro Bermudez foi aproveitar as oportunidades para divulgar a instituição. Deu exemplo do filme "Segurança Nacional", que discute a vigilância das fronteiras brasileiras, a lei do abate e o projeto Sivam - uma oportunidade que o COMAER teve de se tornar mais conhecido do público. A segunda palestra do dia foi proferida pelo Tenente-Coronel Aviador HENRY Wilson Munhoz Wender, chefe da Divisão de Relacionamento com a Imprensa, que defendeu o tema “Administração da notícia em tempos de crise” – contando suas experiências como porta-voz do COMAER. "Construindo pontes" foi o gancho que o Tenente-coronel Henry usou para falar da construção da imagem do DECEA. “Imagem se constrói com ações pró-ativas” – destacando a importância de se relacionar bem tanto com a Imprensa quanto com o público interno. Em seguida, o Tenente Jornalista Alessando Paulo da SILVA, da Divisão de Planejamento; que apresentou os "Fundamentos da Comunicação" para o público, deu dicas para envio de releases e sugestões de pauta para o CECOMSAER e seus veículos de Comunicação (revista Aerovisão, Notaer, Rádio Força Aérea). A 1º Tenente NÍVEA Maia de Melo, da Divisão de Produção e Divulgação, foi a quarta representante do CECOMSAER a se apresentar ao público. “Elaboração de Projetos” foi o tema escolhido pela tenente, que deu uma visão básica sobre planejamento e considerou as necessidades e as soluções para os problemas. No segundo dia, o Tenente Silva defendeu outro tema de interesse do público do Encontro, intitulado “Operações psicológicas e a notícia midiática”. A palestra tinha o objetivo de mostrar os elementos de operações psicológicas aplicáveis no dia a dia das seções de Comunicação Social.
As boas-vindas do Coronel Esteves – assessor de Comunicação Social do DECEA – reconhecidamente feliz com o evento
Ten Cel Henry falando das oportunidades da crise
Brig Bermudez incentivando a aproveitar as oportunidades para que o público-alvo conheça o DECEA
No workshop de fotojornalismo, 18 fotógrafos compartilharam experiências
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A dinâmica de elos provocou interação de forma divertida
A Ten Nívea abordou o tema “Elaboração de Projetos” Na foto acima o Ten Silva, que apresentou duas palestras, sempre dando dicas para os elos
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O assessor de Comunicação do DECEA, CoronelAviador R1 Paullo Sergio Barbosa ESTEVES, muito feliz com a realização do encontro, declarou nas boas-vindas que: “Parte do meu coração se regozija, pois conseguimos juntar os elos de Comunicação Social do DECEA, um sonho acalentado há muito anos” . Além de contar suas experiências no CECOMSAER com entusiasmo, o Coronel Esteves apresentou a equipe da Ascom do DECEA e falou das atividades desenvolvidas pela Assessoria. “Tenho certeza de que todos nós vamos sair vitoriosos desse Encontro. Todos vamos ganhar” – afirmou com veemência o assessor – e deu um recado aos participantes: “Duas virtudes são fundamentais para desempenhar comunicação social: perseverança e paciência” - baseado na sua experiência. Em sua apresentação o Assessor de Comunicação Social do DECEA falou da importância do trabalho dos elos de Comunicação das OM subordinadas e explanou de forma didática e objetiva conceitos filosóficos da atividade como a razão de pertencer e a necessidade do “ aprender a ver” como um dos atributos esperados do comunicador social. Paralelamente ao Encontro, no segundo dia, aconteceu o Workshop de Fotojornalismo, presenciado por 18 fotógrafos das Unidades – que compartilharam suas experiências e aprenderam técnicas de iluminação e de fotografias. No auditório principal, outra parte da equipe da Ascom apresentou os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela Assessoria, como a revista
Aeroespaço, o novo visual da intraer e Internet do DECEA, a pesquisa de clima organizacional para os graduados e a introdução do trabalho de Relações Públicas no Departamento. Houve, ainda, uma dinâmica de grupo, coordenada pela psicóloga Rosângela Cassano de Castro - o que integrou de forma divertida todos os elos de Comunicação do DECEA. No terceiro e último dia, o fotógrafo Luiz Perez fez uma avaliação do workshop de fotografia e apresentou a palestra "Fotografia é Comunicação" - citando alguns exemplos de concepção erradas em fotografias, consequencias de iluminação inadequada e falta de enquadramento. A palestra final ficou a cargo do Cel Esteves, que surpreendeu a todos com o tema: “Anomia e a ciência do fracasso” - uma abordagem inquietante, moderna e atualizada dos sintomas que acometem as organizações e que podem levá-las ao fracasso, desde que não estejam aptas a se autoexaminarem constantemente e a agir com vigor e oportunidade para eliminar suas falhas. Finalizando o Encontro, quatro Unidades apresentaram o trabalho desenvolvido na área de Comunicação Social com sucesso. Destaques para o 1º GCC, o CINDACTA II, o SRPV-SP e o ICEA que - voluntariamente - falaram sobre as atividades de suas organizações e do envolvimento importante de seus comandantes na área de Comunicação. No encerramento, todos fizeram uma avaliação do evento. O resultado, de um modo geral, foi positivo e servirá de subsídio para formatação dos próximos Encontros promovidos pelo DECEA.
Depoimentos: "O Encontro foi muito bom e útil para nossa atuação como elo de comunicação social do DECEA." 1º Ten QOEA CTA José Carlos Bastos Souza - 3º/1º GCC "Adorei participar do Encontro. A ideia já nasceu vencedora. O mais bacana de tudo foi ver que tudo o que ocorreu foi resultado de um trabalho de equipe." 3S QESA SAD Francisco Souza Aguiar - CCA-BR "Primeiramente gostaria de parabenizar a todos pelo sucesso do evento. Para nós do ICEA, tenham certeza de que foi de grande valia... Profissionalmente, foi muito motivador ver a paixão com que o Coronel Esteves conduz o trabalho, o que contagia toda a equipe, que também demonstra o mesmo sentimento em todas as suas ações. Estão todos de parabéns! Se fosse continuar escreveria um livro, justamente motivado pelo clima que se estabeleceu neste encontro... o que mais me marcou foi a qualidade do relacionamento interpessoal que permeia tudo que se viu no Encontro" 2º Ten QOEA CTA Roberto Márcio dos Santos - ICEA "Tenha certeza que este evento foi marcante para todos os seus participantes, principalmente pelos detalhes em sua organização, que pudemos perceber... é uma pena que os CCAs, provavelmente, estarão ausentes nos próximos Encontros de Comunicação Social do DECEA, a não ser que sejamos lembrados como OM convidadas, extra SISCOMSAE. Fica a sugestão." 1º Ten SVA Jailton da Silva Gomes - CCA-SJ
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ICEA comemora 1º ano como Instituição Científica e Tecnológica O Instituto de Controle do Espaço Aéreo canaliza vertente de pesquisas para manter a tecnologia de ponta e a posição de vanguarda em questões relativas ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro Por Gisele Bastos Fotos de Aline Prete
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Um conceito de inovação tecnológica a descreve como “a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo, que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado”. A promulgação da Lei de Inovação instituiu uma série de normas e regulamentos e foi um marco para a pesquisa no Brasil. O tema ora listado faz parte da missão do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), responsável pela capacitação de recursos humanos e a realização de
pesquisas e desenvolvimento no âmbito do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Com este espírito empreendedor, o ICEA foi elevado à Instituição Científica e Tecnológica (ICT) dentro do Comando da Aeronáutica (COMAER) – pela Portaria Nº 57/SDE de 08 de julho de 2008, do então ComandoGeral de Tecnologia Aeroespacial (CTA). A titulação trouxe a prerrogativa de utilização do Núcleo de Inovação Tecnológica do CTA (NIT) em associação com instituições afins da Aeronáutica para gerenciar sua política de inovação. O ICEA compõe agora um seleto grupo do Comando da Aeronáutica que tem o status de Instituição Científica e Tecnológica, ao lado do Centro de Lançamento da
Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN); do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão; do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e o Grupo Especial de Ensaios em Voo (GEEV), estes últimos situados em São José dos Campos (SP), no Campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
Investigação e pesquisa A titulação como ICT agregou ao Instituto a execução de atividades de pesquisa básica ou aplicada – científica ou tecnológica. A primeira refere-se à compreensão de fenômenos para o desenvolvimento de novos produtos, processos ou sistemas, enquanto a outra prioriza o desenvolvimento ou aprimoramento do produto final. A Lei de Inovação Tecnológica, 10.973, promulgada no dia 2 de dezembro de 2004, dispõe sobre os incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica
no ambiente produtivo com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País. Foi regulamentada pelo Decreto n° 5.563, de 11 de outubro de 2005. O Decreto delibera sobre incentivos à inovação e à pesquisa no ambiente produtivo e caracteriza o pesquisador como ocupante de cargo efetivo, militar ou público, e o inventor independente como pessoa física, inventor ou autor. Destaque para o artigo 3°, no qual é feita menção de intercâmbio de informações, relacionando empresas nacionais, ICT e organizações de direito privado, sem fins lucrativos, voltadas para atividades de pesquisa e desenvolvimento. Sem, é claro, perder o enfoque no processo de inovação e geração de produtos. Na prática, isto significa aumentar qualidade e recursos em áreas que priorizem o Sistema. Para exemplificar, na área de Tecnologias de Informação e Comunicação, há a possibilidade de desenvolvimento de softwares e conteúdo inovador para novas mídias – TV Digital, aparelhos celulares e novos dispositivos de acesso à Internet e de comunicação sem fio. Já na área de Programas Estratégicos estão incluídos programas que podem ser aplicados no SISCEAB, como o desenvolvi-
mento, a integração e a implantação de sistemas de posicionamento georreferenciado; navegação, controle e guiamento, incluindo simuladores e propulsão de artefatos; e desenvolvimento de tecnologias e artefatos de detecção de ondas eletromagnéticas, monitoramento, controle, interceptação e bloqueio de comunicações, imagens e sinais. “Esperamos enunciar, no campo da pesquisa, propostas para a evolução e para o aperfeiçoamento contínuo de nosso inovador Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro”, destacou o diretor do ICEA, Coronel-Aviador Paulo Roberto Sigaud Ferraz, em seu discurso comemorativo ao aniversário do Instituto. A solenidade – que aconteceu no dia 25 de agosto – marcou a celebração de 49 anos do ICEA, 31 anos de pesquisa e o primeiro ano como ICT. Na ocasião foram lançados o selo e o carimbo comemorativos, com participação de diversas autoridades militares. Destaque para o diretor-geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Cleonilson Nicácio Silva; o chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA, Brigadeiro-do-Ar Helio Severino da Silva Filho – representando o diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso, e
Autoridades presentes à solenidade comemorativa aos 49 anos do ICEA
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o diretor do ICEA, que salientou: “O selo e o carimbo, ora postos em circulação, marcam e divulgam um futuro já presente de realizações, junto ao Núcleo de Inovação Tecnológica do DCTA (NIT CTA/IFI), sempre em associação com as demais ICT do COMAER e da comunidade aeronáutica nacional e internacional. Tudo isso em permanente busca do efetivo Controle do Espaço Aéreo e do fortalecimento do Poder Aeroespacial Brasileiro”. Uma missão que vem sendo largamente executada ao longo dos quase 50 anos do Instituto de Controle do Espaço Aéreo para elevar o nível dos elementos usados pelo SISCEAB, visando otimização de recursos, melhor aproveitamento de pessoal e a livre produção acadêmica. “Temos que investir em educação, em conhecimento. O ICEA está ao lado de instituições de altíssimo nível no País, caminhamos para a igualdade. Vamos promover a Ciência e Tecnologia aplicada a um produto, com metodologia científica, para fomentar a indústria e preservar a propriedade intelectual”, finalizou o Coronel Ferraz.
Uma história marcada pelo sucesso Em 1981, quando criada no Instituto de Proteção ao Voo (IPV) – nome anterior a ICEA, que perdurou por 26 anos –, a Divisão de Estudos e Projetos (P&D) descobriu sua vocação no desenvolvimento de simuladores. O então IPV deixou de ser consumidor para se tornar habilitado a desenvolver tecnologia. O projeto embrionário começou no ano seguinte. Foram cinco anos até que o desenvolvimento de um Sistema de Simulação Radar para Área Terminal (SISAT 1.0) fosse concluído. Desafio alcançado, o próximo passo foi em 1989, a elaboração do software Simulador Radar de Baixo Custo (SRBC) – hoje presente na versão SRBC 3.2 –, usado nos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA) e em grande parte dos Destacamentos subordinados, além de
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alguns países da América Latina. Em 1990, a parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) rendeu mais um êxito, o desenvolvimento do Simulador de Controle de Aeródromo, usado durante sete anos na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá, São Paulo. Um ano depois, a invenção foi o Simulador de Recalada (VHF DF), o SIREC, concebido para o treinamento de controladores de tráfego aéreo da região Amazônica para encontrar aeronaves perdidas. O ano de 1992 marcou a criação do Simulador de Radar de Precisão (SIPAR) – utilizado nas bases que operam o Radar de Aproximação de Precisão (PAR) – e do Simulador Radar de Área Terminal (SIRAT) – utilizado para simular o funcionamento de um radar, enviando o sinal de pista para a console. No ano seguinte, 1993, a prioridade foi o desenvolvimento do Terminal de Apresentação Radar com Imagem Sintética (TARIS), uma console de baixo custo para ser colocada nas torres de controle. Muitos anos se passaram e, entre as inúmeras frentes de pesquisas e estudos atualmente encontrados no ICEA, alguns exemplos: Desenvolvimento de uma interface digital para substituir o equipamento FACIT, utilizado no 1º GCC, de modo a garantir o funcionamento dos Radares
no Teatro de Operações; Desenvolvimento de uma nova versão do VISIR (Visualizador de Imagem Radar), atendendo a necessidade de operação Anti-Aérea; Desenvolvimento de um protótipo, que conecta o equipamento DALIA, utilizado para a coleta de dados da aeronave patrulha P-95A a um microcomputador embarcado; Implantação do Sistema de Previsão Numérica do Tempo em Alta Resolução para Áreas Limitadas (PNTAR) – feito através de um convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o DECEA –, Programa de Modelagem Numérica do Tempo (PMNT), Programa de Mineração de Dados (PMD), e Projeto do Sistema de Gerência do Ensino, via web, versão 1.1. É importante frisar que os simuladores desenvolvidos pelo ICEA estão espalhados por unidades em todo o Brasil, oferecendo a condição de que cada usuário exerça sua atividade com competência e qualificação. Foto: 3S Roberto (ICEA)
Lançamento do selo e do carimbo comemorativos Na foto acima, Coronel Ferraz lê a Ordem do Dia alusiva ao Aniversário do ICEA
Conhecendo o DTCEA-BV Boa Vista-RR Por Daisy Meireles / Fotos de Luiz Eduardo Perez
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2T QOEA COM Gotelip e 1T CTA Daniel auxiliam o Cap William no DTCEA-BV
No Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista (DTCEA-BV) existe uma complexidade de sistemas informatizados, equipamentos modernos e, acima de tudo, homens e mulheres que se dedicam à missão de fazer voar. Muito mais do que um conjunto de meios físicos, infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, o Destacamento incorpora técnica, entusiasmo e profissionalismo, desde a sua implantação, em 1979, até os dias de hoje, quanto - então -, completa 30 anos de atividade. Nessas três décadas, houve uma grande evolução, tanto em avanço tecnológico, quanto modernização dos equipamentos de auxílio à navegação aérea. Na qualificação dos técnicos, que hoje utilizam recursos computacionais para efetuarem a manutenção desses equipamentos, também vemos processo de atualização. O DTCEA-BV tem por missão o provimento dos serviços de Meteorologia, Comunicações, Informações Aeronáuticas, Controle de Tráfego Aéreo e Auxílio-Rádio à Navegação Aérea. Isso vem proporcionando, de forma ininterrupta e regular, a segurança e a eficiência do fluxo de tráfego no espaço aéreo sob sua responsabilidade. Tem, ainda, atribuição de realizar as manutenções preventivas e corretivas nos sistemas de telecomunicações, detecção, proteção ao tráfego aéreo e sensoriamento meteorológico instalados nos sítios sob sua administração. Houve - nos últimos anos - um aumento no movimento de aeronaves comerciais na região, o que projeta uma tendência que exigirá mais e mais deste DTCEA, solidário com o desenvolvimento crescente do Estado de Roraima. Suas instalações ficam em três prédios distintos: o comando da Unidade está localizado no segundo andar do terminal do aeroporto internacional de Boa Vista, a KT/KF NDB estão localizadas em um outro prédio, bem em frente ao aeroporto, e o radar LP23 fica do outro lado da pista de pouso, próximo à Base Aérea de Boa Vista (BABV), a quem o DTCEA-BV está ligado administrativamente. Operacionalmente, o Destacamento está subordinado ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV).
A vila dos oficiais e, no detalhe, o clube
fevereiro de 2003. Na época em que foi criado, suas atividades de controle do espaço aéreo eram realizadas de forma modesta, com transmissão de planos de voo, informações meteorológicas e uma estação rádio. Em meados da década de 80, em função da ativação da BABV – que completa 25 anos também em outubro, e do crescente fluxo de aeronaves que voavam para garimpos no interior do estado, o aeródromo local chegou a apresentar um dos maiores movimentos de aeronaves do País. Os meios de detecção foram instalados em 1994, constituindo-se de uma estação radar LP-23M associado a um radar secundário RSM-970, ambos de fabricação francesa, que mantêm sob vigilância constante um espaço aéreo de aproximadamente 200 milhas náuticas em torno de Boa Vista. Inserido no Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), o DTCEA-BV realiza, dentro de sua área de responsabilidade, o controle do tráfego aéreo de aviação comercial e geral e, ainda, presta apoio operacional ao Quarto Centro de Operações
Uma história de 30 anos A Portaria n° 1.351/GM3 - em 30 de outubro de 1979 - criou o Destacamento de Proteção ao Voo de Boa Vista (DPV-BV), que teve sua denominação alterada para Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista (DTCEA-BV), em 27 de
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A orla do Rio Branco e seus restaurantes típicos
O efetivo comprometido na formatura
Militares (COpM4) do CINDACTA IV, provendo meios para que a missão do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv) seja realizada, garantindo a soberania do espaço aéreo nesta região da Amazônia.
Ações atuais O Destacamento dispõe de vários equipamentos de auxílios à navegação aérea, dentre eles: Sistema de Aproximação e Pouso por Instrumentos (ILS - Instruments Landing System), VOR (VHF - Omnidirecional Range), Radiofarol não direcional (NDB – Non-directional Beacon), equipamento Medidor de Distância (DME – Distance Measure Equipament), equipamentos de Radiodeterminação (Radar Primário Bidimensional de longo alcance LP 23, Radar Secundário de longo alcance RSM 970S). Possui também sistemas de telecomunicações (VHF, UHF, SATCOM, Enlace de dados e voz com o Centro Amazônico), sistema de força com GRUGERS, USCA e UPS. Além disso, a rede de computadores permite o acesso à Intranet e Internet. Foi implementada, na gestão atual, a reforma das instalações da área
A seção Administrativa do Destacamento
administrativa, da Sala AIS e da TWR-BV (torre de controle). A rede intranet foi ampliada, através da interligação da sala técnica com a KT/KF NDB, garagem e almoxarifado, por meio de fibra ótica. Às metas atuais somam-se a retomada da modernização do Radar LP-23/RSM970 na sua fase III e a instalação do DVOR (VOR Doppler) em substituição ao VOR. Por se tratar de equipamento digital, o DVOR possui melhor precisão e tem menor consumo de energia, traduzindo-se em um auxílio que oferece maior segurança ao tráfego aéreo. Isso trará redução do custo de operação e manutenção da infraestrutura de navegação aérea nacional. O equipamento vai substituir o atual VOR (VHF - Omnidirecional Range) e a estação NDB (AuxílioRádio de Navegação Aérea de Solo). Esta última tem previsão de desativação em 2012. A instalação do DVOR segue cronograma da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) - que teve início em setembro de 2009 e ocorre sem afetar a segurança operacional da área correlata. O DVOR apresenta um alcance em torno de 200nm e uma precisão oito vezes mais apurada que o equipamento VOR atual. Estas implementações estão sendo gerenciadas pelo Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA.
Surucuru, um caso à parte Envolto em uma aldeia indígena, dentro do Quarto Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) do Exército Brasileiro, está a Unidade de Telecomunicações (UT) de Surucucu, apoiada técnica e operacionalmente pelo DTCEA-BV, na manutenção preventiva e corretiva aos equipamentos citados a seguir: - V/UHF – que possibilitam a comunicação de aeronaves na área de fronteira do espaço aéreo brasileiro com a Venezuela, num raio de aproximadamente 250 milhas; - Sistema de Enlace Satcom – que torna viável a comunicação via satélite com outras unidades e monitoramento remoto dos equipamentos existentes na UT; - Estação Meteorológica Eletrônica de Superfície – que faz a coleta de dados meteorológicos que são enviados para o CINDACTA IV, através do Sistema Satcom; - Dois grupos Geradores de Energia Elétrica - reabastecidos pelo DTCEA-BV, mensalmente, com quatro
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mil litros de óleo diesel, que chega à UT Surucucu em aeronaves da FAB. Ressalta-se que a casa de força da UT Surucucu funciona 24 horas por dia e consome cerca de 120 litros de óleo diesel por dia.
Um efetivo comprometido O DTCEA de Boa Vista conta com valorosos profissionais, entre militares e civis, no seu efetivo. São 78 pessoas (um Capitão, dois Tenentes, 11 Suboficiais, 39 Sargentos; quatro Cabos; 18 Soldados e três civis), distribuídos nas áreas administrativa, técnica e operacional. Foram obtidos, no último ano, um índice de disponibilidade dos auxílios à navegação aérea de 98%, graças ao grandioso e eficiente plano de manutenções preventivas realizadas nesses equipamentos pelo efetivo. A equipe técnica realiza, com um profissionalismo esmerado, serviços de caráter ininterrupto, objetivando a manutenção de uma infraestrutura tecnológica existente ao redor do aeroporto. A Subseção de Suprimento tem como principal objetivo prestar o apoio necessário a todo pessoal da área técnica e operacional, visando o perfeito funcionamento dos equipamentos do sistema de controle do espaço aéreo, com a finalidade de oferecer aos usuários da aviação a segurança almejada durante a sua passagem pela cidade. O DTCEA-BV desempenha várias atividades relacionadas com o SISCEAB. Entre essas uma de vital relevância é o Gerenciamento de Inoperâncias no seu âmbito com fundamento legal. A sua finalidade é definir os procedimentos para o gerenciamento das informações referentes às inoperâncias dos equipamentos e sistemas em uso no SISCEAB, de forma a possibilitar ao
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Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) a supervisão e fiscalização da operacionalidade dos Sistemas instalados. Este gerenciamento é feito online abrangendo todo o País através do SCI (Sistema de Controle de Inoperância). A TWR atingiu uma média de controle de 9.541 pousos e decolagens de aeronaves no ano passado, de acordo com o sistema estatístico de tráfego aéreo, originado do Banco de Informações de Movimentos de Tráfego Aéreo (BIMTRA), sob responsabilidade do SDOP do DECEA.
As vilas habitacionais e o hotel de trânsito As vilas habitacionais são administradas pela Prefeitura de Aeronáutica de Boa Vista (PABV), sediada nas instalações da BABV, e compõemse de 38 imóveis para Oficiais, mais 68 casas e 48 apartamentos para SO/SGT, destinados a atender não só ao efetivo do Destacamento, mas também às outra unidades da FAB sediadas em Boa Vista. A vila dos SO/SGT está distante 5km do Destacamento e a dos oficiais a 7km. O clube dos oficiais funciona no mesmo local da vila, com piscina, churrasqueira e pequena área de lazer. Há, ainda, a vila de CB e TF com seis casas, ao lado do prédio do NDB. Do efetivo do DTCEA, porém, residem hoje nas vilas: o comandante e 18 SO/SGT. Há dois oficiais, numa fila de 26; e 13 graduados, numa fila de 68 pessoas. O restante do efetivo de graduados optou pela não inscrição. Tanto as vilas quanto a sede do DTCEA, estão a 3km do Centro da Cidade. O Hotel de trânsito disponível é o da BABV, que conta com duas vagas individuais para Oficiais Generais; 30 para demais oficiais, distribuídas em dez suítes; e 54 vagas para SO/SGT, distribuídas em 13 suítes. Contamos, também, com o apoio dos hotéis do Exército, além de uma boa estrutura hoteleira na Cidade.
Boa Vista, terra do sol Construída à margem norte do rio Branco, Boa Vista é uma cidade planejada, projetada na forma de leque (inspirado no traçado de Paris), com largas vias duplicadas, vislumbrando um crescimento que já começa
a despontar. Tem mais de 250 mil habitantes e começa a receber investimentos significativos na área de construção civil, gerando emprego e renda. Carente de infraestrutura de água e esgoto em alguns bairros e com a economia sustentada, ainda, em boa parte pelo funcionalismo público, a cidade é voltada quase que exclusivamente para o comércio, importando, de outros Estados, quase tudo que consome. Aguarda as consequências positivas da melhoria nas estradas que a ligam com a cidade de Manaus e o país vizinho, a Venezuela (obras em conclusão). A instalação da Área de Livre Comércio (ALC), ocorrida em 2008, ainda não oferece resultados muito significativos para o consumidor. Já a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em andamento, deve trazer aumento na variedade e na quantidade dos produtos oferecidos no mercado local, alimentando a concorrência e, o que se espera, trazer uma queda nos preços das mercadorias e dos serviços. O custo de vida em Boa Vista ainda é alto, porém, já se observa, no decorrer do exercício de 2009, certa queda nos preços, principalmente durante as promoções, cada vez mais frequentes em função do aumento da concorrência e da baixa nos custos resultantes do funcionamento da ALC e da redução dos impostos promovida pelo Governo Federal. A cidade tem baixíssimos índices de violência, principalmente se considerarmos que estamos falando de uma capital. Em Boa Vista ainda se para em um sinal de trânsito, tarde da noite, sem se preocupar com o que está acontecendo à sua volta, ou ir à praça com seus filhos, deixando-os brincar à vontade e de forma despreocupada, sem as aflições das grandes cidades. As dificuldades de locomoção são muitas, pois há pouquíssimas linhas de ônibus regulares, com escassos veículos para atender a demanda, que é suprida por uma rede de lotação composta de aproximadamente 500 carros, devidamente registrados junto à prefeitura, que circulam por quase toda a cidade, executando trajetos diversos por um preço pouco maior que o de uma passagem de ônibus. O grande problema é que, além desses trajetos não estarem fixados para cobrir toda a cidade, permitindo que o motorista cobre duas ou mais passagens se o seu destino estiver fora do trajeto principal, o horário de funcionamento do serviço é das 07h às 20h em dias úteis; das 07h às 14h ao sábados; e das 07h às 12h aos domingos e feriados. Outra dificuldade de Boa Vista é o número
os quais o paciente militar ou dependente é encaminhado, quando não se pode resolver no ES. O efetivo da Aeronáutica pode contar, ainda, com uma vasta rede pública de saúde, tendo como maior colaborador, o HospitalGeral de Roraima (HGR), unidade de tratamento vinculada à UFRR - principalmente em casos de urgências - e o Hospital Maternidade, que dispõe de UTI Neonatal. Nova TWR (reformada) Cap William, o comandante
de voos (dois por dia), de que não permite a existência de disponibilidade de vagas que tragam a concorrência à tona e dificultam o ir e vir de quem quer sair de Boa Vista por via aérea. Os voos são para Manaus e servem de escala para outros destinos. Há, ainda, o voo para Georgtown (Guiana), uma vez por semana. Porém, é fácil o acesso à Venezuela e à Guiana pela estrada. A mais problemática das dificuldades é a falta de mão-de-obra qualificada, que faz com que o empresário traga pessoal de Manaus para executar tarefas específicas, mesmo quando a empresa é local. No lazer, há uma excelente estrutura pública nessa área, que oferece piscinas, quadras de esportes, pistas de bicicross, praças, área para grandes eventos como shows musicais e festas juninas; entre outros. Ainda comporta um centro de turismo, artesanato e geração de renda, bares com música ao vivo e restaurantes. Existem, também, boas casas de shows e bares que animam a vida noturna da cidade. Os principais points noturnos são: a praça das águas, com frequência tipicamente familiar e constantes atrações infanto-juvenis, além de diversos eventos públicos; há também o Circuito Ayrton Senna, que possui um excelente conjunto de equipamentos para a prática de esportes. A Orla Tawmanan, instalada sobre pilares à beira do rio Branco, composta de diversos bares e restaurantes, é muito frequentada por jovens e adultos de todas as faixas etárias como programação de final de semana ou para um happy-hour durante a semana. A cidade possui um cinema com quatro salas, onde são exibidos filmes que estão em cartaz nas melhores salas do País, caracterizando a atualidade cultural em que vive a sociedade boa-vistense. Conta, ainda, com o Palácio da Cultura Nenê Macaggi. Lá funciona a biblioteca pública e ocorrem exposições e outros eventos culturais.
Educação e Saúde A cidade conta com extensa rede pública de colégios com ensino fundamental até o médio. Aliado a estes estão ótimos colégios particulares, que juntos proporcionam ensino de boa qualidade por adotarem sistemas de ensino padronizados, oriundos do Sul e do Sudeste do País, e implantados na forma de apostilas, quais sejam: Objetivo, Positivo e Dom Bosco. Há também as escolas do Senai, Senac e Cefet - que atendem bem a demanda da cidade. Os militares contam para o ensino fundamental e médio com o Colégio Militar de Manaus (através do ensino à distância). Há aulas de apoio e três encontros semanais presenciais e as provas são aplicadas em Boa Vista e corrigidas em Manaus. Todo o processo é feito através do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII) em Manaus. Existem faculdades particulares, a Universidade Estadual de Roraima (UERR) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR), além do sistema de ensino à distância. O ensino superior vem apresentando melhoras significativas, principalmente no que tange a investimento em estrutura. A UFRR, ocupando uma área próxima ao aeroporto, teve quase que 50% de sua estrutura atual construída durante os últimos onze meses, evidenciando uma projeção de crescimento econômico que exigirá maior qualificação de mão-de-obra local. Quanto à estrutura médico-hospitalar, o efetivo é atendido pelo Esquadrão de Saúde (ES) da BABV, que possui serviços médicos ambulatoriais, odontológicos e laboratoriais. O atendimento odontológico é de excelente qualidade, prestado por especialistas qualificados, que atende à comunidade militar de forma bastante satisfatória. A Guarnição conta, também, com a estrutura de saúde do Exército e com um sistema de convênio com a UNIMED - permitindo o atendimento na rede de saúde privada de Boa Vista, com diversas especialidades, para
Relacionamento dos militares com a sociedade Há um convívio harmonioso e respeitoso dos militares com a sociedade Roraimense. Vestir farda em Boa Vista dá orgulho e não medo. A aproximação do efetivo militar com a sociedade é frequentemente estimulado pela BABV e pelo DTCEA-BV com a realização de eventos que permitem o comparecimento de convidados civis e com a participação do efetivo em campanhas de atendimentos às necessidades básicas de alimentação e saúde da população mais carente. Há, também, uma busca constante pela interação das famílias dos militares do Destacamento. São realizadas anualmente festas comemorativas, sempre com o envolvimento e a participação bastante expressiva do efetivo e seus familiares.
O comandante O Capitão Especialista em Comunicação João WILLIAM Beserra Filho está no comando do DTCEA-BV desde junho de 2007. É formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Amazônia (UTAM), hoje com a denominação de UEA. Natural de Jaguaruana (CE), William tem 41 anos, é um dos onze filhos de William (75 anos) e Ozanira (74). Casado há 16 anos com Ana Cristina, com quem tem dois filhos: Bruno (14 anos) e Williane (10). Sua carreira militar teve início em julho de 1986, como aluno da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR). Em 1988 concluiu o curso de Sargento e em 2000 formou-se Oficial Especialista, servindo no CINDACTA III, de onde tem ótimas recordações. Foi promovido ao atual posto em 25 de dezembro de 2008. Dentre as OM que já serviu, destacam-se o SRPV-MN e o DTCEA-EG (1992-1997), onde atuou como Supervisor do Centro Regional de Notam e Operador da Sala-AIS. Destaca, ainda, o CINDACTA III (2001-2007), onde atuou como chefe da seção de Radiodeterminação, chefe da secretaria da Divisão Técnica e Adjunto da Subdivisão de Auxílios à Navegação Aérea.
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