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Sistema MGCA PAR 2000T
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Uma experiência muito rica
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Uma família contínua
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Lutamos como treinamos
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Missão
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Canção
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Selo Jubileu de Pérola
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Heráldica
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Os três morcegos pioneiros
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Histórico
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A história contada pelos comandantes do 3º/1º GCC
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A estrutura organizacional do 3º/1º GCC
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O 3º/1º GCC no contexto da Guarnição da Aeronáutica em Natal
Expediente Revista Especial Comemorativa ao Jubileu de Pérola do 3º/1º GCC - Esquadrão Morcego, produzida pela Assessoria de Comunicação Social do DECEA Diretor-Geral: Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho Comandante do 3º/1º GCC: Major Aviador Dan Marshal Assessor de Comunicação Social do DECEA: Coronel Aviador Reformado Paullo Sergio Barbosa Esteves Oficial de Comunicação Social do 3º/1º GCC: 1º Tenente QOEA SUP Dixon da Silva Penha Coordenação Editorial: Daisy Meireles (RJ 21523 JP) Diagramação/Projeto Gráfico: Filipe Bastos (RJ 26888 JD) Fotos: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930 RF) Editado em: Março de 2015
2 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Uma experiência muito rica Por Major Aviador Dan MARSHAL 16º Comandante do Esquadrão Morcego A soberania da Pátria começa com o domínio dos céus! O Esquadrão Morcego há 30 anos vem cumprindo sua missão seja no controle de aproximação de precisão, no controle das áreas de instrução das Unidades Aéreas sediadas na Base Aérea de Natal (BANT), responsáveis pela formação dos pilotos de combate da Força Aérea Brasileira, nas missões de combate além do alcance visual (BVR), bem como nas operações em sede ou desdobradas. Nesses dois últimos anos, vivi uma experiência muito rica à frente do Esquadrão Morcego. Profissionais altamente comprometidos com a missão e com os valores do Esquadrão e da Força Aérea Brasileira, militares e civis, atuando nas áreas administrativa, técnica e operacional, não mediram esforços para atingir a excelência profissional. Durante a operação Cabo Branco 3, realizada em novembro de 2014, em João Pessoa, tive o prazer de realizar o voo de inspeção e homologar o sistema completo sem quaisquer dificuldades, possibilitando a entrada em operação no dia seguinte, já com as aproximações das aeronaves Learjet do Primeiro Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (1º/6º GAv), Esquilo do Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação (1º/11º GAv) e Super Tucano do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv). A operação foi cumprida com louvor! Além dessa, diversas foram as operações nas quais os Morcegos atuaram bravamente, destacando-se: Copa das Confederações, CRUZEX Flight 2013, Copa do Mundo, BVR, dentre outras. Na área de capacitação, o efetivo realizou diversos cursos essenciais para o emprego, a manutenção e a gestão. Destaco que pela primeira vez foi realizado em sede o curso CTP-010, voltado a desenvolver a proficiência linguística dos controladores de voo no tocante à utilização do inglês aeronáutico, exigência estabelecida pela International Civil Aviation Organization (ICAO). Na área técnica, foram desenvolvidos diversos projetos importantes para o cumprimento da missão de forma mais eficiente, destacando-se: centrais de refrigeração, instalação de pontos de fixação nos shelters técnico e operacional
para içá-los evitando o transporte rebocado, a adaptação das antenas V-UHF, dentre outros. Em função da intensa participação de controladores e técnicos nas diversas operações realizadas no País, a área administrativa proporcionou um excelente apoio ao homem, facilitando sobremaneira a execução de tais missões. Em parceria com o setor de Material, proporcionou um elevado nível de execução orçamentária, cumprindo-se o planejado e aprovado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Destaco o apoio irrestrito prestado pela BANT durante estas três décadas e, em especial, nesses dois últimos anos pelo convívio harmonioso e colaborativo. Ao Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC - Esquadrão Mestre), o agradecimento especial pelas orientações seguras e oportunas durante o meu comando; pelo tratamento amistoso e profissional dispensado por todos os que compõem o 1º GCC, além da interação e da sinergia gerada no convívio com os demais Esquadrões GCC (Profeta, Aranha, Mangrulho e Zagal). Ao DECEA e ao Alto-Comando da Aeronáutica, o agradecimento pela confiança depositada e pela oportunidade ímpar concedida de comandar tão gloriosa Unidade. Aos meus comandados, agradeço pela lealdade, espírito de corpo, comprometimento e, acima de tudo, pelo profissionalismo. A principal característica dos militares e civis do 3º/1º GCC é o compartilhamento de um sentimento comum: o de pertencer a uma família – a Família Morcego! Contem sempre comigo! 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 3
Uma família contínua Por Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael RODRIGUES FILHO Diretor-Geral do DECEA
Falar do Esquadrão Morcego e dos seus 30 anos em Natal é atestar a capacidade de continuidade da missão e do trabalho em equipe. A história do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC) relatada por seus comandantes nas páginas desta edição é prova deste trabalho de continuidade, de sucesso e de superações. Cada comandante tem suas peculiaridades e o Esquadrão as suas fases. Cada ação de um comandante tinha um objetivo, mas representava, sempre, uma sequência da responsabilidade do líder antecessor. A transferência formal da responsabilidade de um comandante para outro representava a capacidade - apesar das dificuldades - de trabalhar com desdobramento gratificante, usufruindo do profissionalismo herdado em cada membro do efetivo que continuava na missão. Ao mesmo tempo, o comandante sucessor expressava a alegria de servir à Unidade, apoiado pelo efetivo que continuava a trabalhar com o vigor de sempre. É muito bom saber dessas histórias, ler depoimentos de pessoas e conhecer exemplos de vida que nos mostram que as mudanças e investimentos foram necessários para o bem da missão do Esquadrão e do seu efetivo. Todas as decisões tomadas pelos 16 comandantes foram relativamente simples, mas sempre apaixonantes e com sabedoria. Reconheço a luta de cada um deles, grandes incentivadores do crescimento profissional do efetivo. Cada um cumpriu sua missão e encerrou o comando com êxito e audácia, dentro do planejamento. Percebo, também, com os depoimentos dos excomandantes e dos pioneiros - que a administração dos recursos investidos pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) no 3º/1º GCC foi bem conduzida e de forma eficiente, tanto é que a 4 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
alegria de pertencer à família Morcego é quase visível ao ler os depoimentos. E sei, acima de tudo, que todo bom comandante tem fiéis comandados. E é isso que quero retratar aqui neste texto. Realmente, a missão do 3º/1º GCC tem sido cumprida pelo efetivo técnico, operacional e administrativo com excelência e destaco o comprometimento e o amor que cada membro do Morcego tem pela Unidade. As manutenções, as revitalizações, o apoio ao efetivo nos deslocamentos para as dezenas de missões, as decisões acertadas, o investimento na cultura organizacional, a aplicação de recursos no aprimoramento profissional dos militares - tudo isso fez com que o Esquadrão Morcego seja capaz de desempenhar todas as missões de controle com todo o sucesso que lhe é devido. Parabenizo a todos os membros da família Morcego pelo jubileu de pérola e desejo que cada ano seja comemorado como vitória de uma guerra real. E que cada comandante respeite a história dos antecessores e valorize todos os militares e civis como membro da família Morcego, pois eles fazem a missão acontecer.
Lutamos como treinamos Por Tenente-Coronel Aviador André Gustavo Fernandes PEÇANHA Comandante do 1º GCC
A palavra aniversário significa "o que volta todos os anos" e certamente comemoramos todos anualmente a felicidade da existência desta Unidade muito importante na Força Aérea Brasileira (FAB): O Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC). Fazendo uma correlação com a missão do 3º/1º GCC, temos a importante tarefa de fazer com que os nossos pilotos voltem ou retornem seguros à sua caserna, podendo desfrutar novamente do convívio com seus companheiros de Unidade e com sua família. Este regresso seguro representa o cuidado com o que há de mais precioso em nossa organização, que é o ser humano; neste caso aquele que pilota a aeronave, o símbolo de nossa Força Aérea, que tanto nos orgulha e a quem cumpre a defesa da soberania de nossa pátria. Nestes dois anos em que acompanhei o Esquadrão Morcego, pude observar uma grande dedicação por parte de todos do efetivo, desde o mais moderno ao mais antigo, sempre buscando com dedicação cumprir as tarefas determinadas. Foi assim na recuperação de diversos equipamentos VHF de comunicação para apoio à Operação Cruzex, material que foi instalado no interior do Rio Grande do Norte para ampliar a segurança de nossas aeronaves e das aeronaves estrangeiras em voo. No deslocamento da Unidade para João Pessoa - Paraíba, observamos a incansável busca da operacionalidade, tratando um treinamento como se fosse uma situação real, pois sabemos que lutamos como treinamos e o Esquadrão Morcego, como em sua canção, está sempre pronto a controlar. Recentemente, o Esquadrão Morcego foi extremamente solidário, apoiando sua unidade irmã, o 5º/1º GCC - Esquadrão Zagal, para Porto Velho - Rondônia, fornecendo suporte de pessoal e material para que o deslocamento ocorresse com fluidez e segurança,
ampliando o alcance operacional e tático da família GCC. No dia a dia, a Unidade labuta em formar os nossos pilotos recém-chegados da Academia da Força Aérea (AFA), pilotos de todas as aviações. Tem, ainda, o dever de bem formar estes destemidos aviadores no domínio do PAR (Radar de Aproximação de Precisão), pois um dia - mesmo com o tempo fechado e com as condições climáticas desfavoráveis - esses pilotos terão certeza de que podem contar com controladores atualizados e técnicos capacitados que farão com que seu retorno seja realizado com precisão e destreza. É realmente um orgulho ombrear com militares de tão elevado conhecimento e dedicação, que possuem em seus corações a real noção do que deve ser feito em prol de uma Aeronáutica cada vez melhor e mais profissional. Parabéns, meus companheiros de jornada! Aprendi muito com cada um de vocês. Sinto-me orgulhoso desta amizade e da consideração demonstradas nestes dois anos de ações conjuntas. Tenham certeza de que o Esquadrão Morcego é uma Unidade diferenciada e que os serviços prestados são fundamentais para que cada voo ocorra com segurança e profissionalismo, tudo isso fundamentado em sólidos 30 anos de existência dedicados à FAB e ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 5
Missão
Instalar, operar e manter, em nível orgânico, um Sistema Transportável de Controle de Aproximação de Precisão.
6 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Canção Letra e música do 1S QSS SEM WALDEMIR DELMIRO MENDES FILHO
Destemidos pra cumprir o seu dever Esquadrão Morcego, sois o guardião Garantindo a aterrissagem dos alados Sempre pronto a cumprir vossa missão Seja no controle e na aproximação Destreza na mobilidade, precisão Defendendo até com a vida sua bandeira A bandeira soberana da nação Braço armado do DECEA Nosso lema vamos sempre ecoar Ei, guerreiros, sempre avante! Esquadrão Morcego pronto a controlar (bis) Esquadrão Morcego, siga seu labor Do seu berço nordestino, defensor Estendendo suas asas guardiãs O opíparo morcego em seu afã O Terceiro do Primeiro GCC Esquadrão de muita garra e destemor Com amor e de caráter varonil Sempre alerta em defesa do Brasil Braço armado do DECEA Nosso lema vamos sempre ecoar Ei, guerreiros, sempre avante! Esquadrão Morcego pronto a controlar (bis) 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 7
Selo Comemorativo
A bolacha comemorativa, concebida para comemorar a passagem dos 30 anos do Esquadrão Morcego, criado no ano de 1985, foi ornamentada com as cores que remetem às da bandeira do Brasil, sendo que a predominância do azul ultramar representa uma das diversas tonalidades estampadas nos equipamentos operados pela Unidade. A Bolacha carrega na sua parte branca inferior a sigla 3º/1º GCC que é o designativo do 3º esquadrão subordinado ao 1º Grupo de Comunicações e Controle. Tal sigla repousa abaixo de um ornamento arquitetônico representativo do Forte dos Reis Magos, símbolo que remete à cidade de Natal no Rio Grande do Norte onde se encontra em estado permanente de alerta o Esquadrão Morcego. Uma majestosa estrela cadente, partindo do flanco sinistro para o flanco destro, descrevendo uma trajetória definida e rigorosamente medida, simboliza a estrela guia que orientou os três Reis Magos ao seu destino sublime no primeiro Natal que a humanidade conheceu, porém também simboliza a última fase da aproximação de uma aeronave, ao logo da trajetória 8 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
do PAR, quando a mesma é rigorosamente controlada e salvaguardada pelos profissionais “morcegos”. Na parte superior da bolacha repousa o Gládio Alado, símbolo da Força Aérea Brasileira. No coração aparece um escopo-radar estilizado, representando uma das ferramentas básicas utilizadas pelo Esquadrão para cumprir a missão institucional a ele delegada. Por fim, a figura de um morcego, sobrevoa de forma aguerrida simbolizando o espírito do Esquadrão, por ele representado.
Cerimônia de Lançamento do selo pelos Correios
Heráldica Escudo francês, com o chefe em blau (azul ultramar), representando um dos vários tons dos metais dos equipamentos da Unidade, em função da prudência, abnegação e conhecimento que os mesmos exigem do homem para sua operação. Carregando, ainda, a sigla da Organização "3º/1º GCC", em prata (branco), ladeada à destra e à sinistra por duas estrelas cadentes também em prata, representando os dois antigos Esquadrões (1º ECA e 2º ECA - Primeiro e Segundo Esquadrões de Controle e Alarme), de onde surgiu o atual Grupo. Campo em blau (azul cerúleo), tendo à destra, abaixo do chefe, o Gládio Alado em jalne (amarelo), símbolo da Força Aérea Brasileira (FAB). No coração aparece um escopo-radar em prata, representando a capacidade dominante do sensor básico do Esquadrão no controle aéreo. Sobrepondo-se ao Radar aparece uma estrela cadente em prata, partindo do flanco sinistro para o flanco destro, descrevendo uma trajetória definida e rigorosamente medida, simbolizando a última fase terminal, quando a aeronave é recolhida através de um preciso processo de aproximação. A cauda da estrela encontra-se frisada internamente por linhas em sable (preto) e externamente por linhas em goles (vermelho), significando este esmalte o espírito guerreiro do "3º/1º". Acompanha ainda, externamente à cauda, um tracejado em prata. Contorna o escudo um filete em jalne, designativo do comando de oficial da FAB. 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 9
Os três morcegos pioneiros Conheça a trajetória de três pioneiros, testemunhas do alicerce, da construção e das operações de sucesso do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC). Roni, Elione e Gevaldo contribuíram de várias formas para a consolidação do 3º/1º GCC e participaram das mudanças do ambiente organizacional ao longo dos anos. 10 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Um militar e dois civis. Dois homens e uma mulher. Um gaúcho e dois potiguares. Semelhanças e diferenças formam o perfil desses três trabalhadores que são sempre lembrados e homenageados pelos comandantes em diferentes épocas. Roni, Elione e Gevaldo enriquecem a história do 3º/1º GCC em Natal. A história de Gevaldo é contada a partir de sua entrada como soldado no 7º Batalhão de Engenharia do Exército, em 1977. Após quatro anos, saiu do Exército, foi à procura de emprego e trabalhou no açougue de um supermercado. Pouco tempo depois conseguiu uma vaga como auxiliar de serviços gerais na Andrade Gutierrez, construtora que estava edificando o prédio do 3º/1º GCC. Seguiu na obra, dando suporte técnico como operador de KF e eletricista para a empresa italiana Selênia, hoje Alênia. Fazia o trabalho de quatro pessoas e por isso era bem visto pelos italianos. Conseguiu permanecer no emprego até fevereiro de 1985,quando foi finalizado o contrato da empresa. Tinha no coração o desejo de trabalhar diretamente no Esquadrão. Estava completamente apaixonado por aquele mundo eletrônico. O comandante era o então Capitão Telles Ribeiro, que lutou pela contratação efetiva de Gevaldo como funcionário público, pediu que ele ficasse trabalhando até que se resolvesse a situação. Gevaldo não arredava o pé do Esquadrão e aceitou o convite do comandante. Foi u m período de aprendizado e de longa espera. Recebia cestas básicas e doações dos militares do Esquadrão. Só um ano depois conse-
guiu ser contratado e participar da primeira missão do Esquadrão, dando suporte técnico durante a implantação do 5º/1º GCC - Zagal. Hoje é um profissional especializado e versátil. Trabalha como motorista, soldador e eletricista. Em todas as manobras que participa, além do seu trabalho
[ [ O nome Morcego retrata bem o perfil desses três pioneiros: não têm hora para estar a postos e assumir suas funções em prol da missão.
técnico e de orientador. Hoje, Major Roni trabalha no gerenciamento da logística de operações militares. "Continuo totalmente envolvido e motivado, mesmo em atividade administrativa" - revela . Ele lembra da ativação do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Natal (DTCEA-NT) e das ações do 3º/1º GCC no
operacional de montagem da
Controle de Terminal Radar em
antena do radar, faz questão de
Natal. "O trabalho em conjunto
ser o churrasqueiro oficial das missões. "Tenho muito orgulho de trabalhar para a FAB e principalmente para o Esquadrão Morcego. Aqui tenho uma família!" A trajetória do Major Roni no Esquadrão começa em
foi um sucesso, pois foi o primeiro radar que funcionou com Controlador de Tráfego Aéreo". Major Roni já foi graduado-padrão do Esquadrão e agraciado com Medalha Mérito Aeronáutico. Em 1986, aos 24 anos, Elione trabalhava como
1984, quando era Segundo Sargento. Chegou ao 3º/1º
professora da rede estadual do Rio Grande do Norte,
GCC para exercer a função de técnico de três radares:
no período noturno. Queria mudar sua vida e prestou
PAR-2080, ATCR-33 e SI-7 - tendo sido capacitado na
concurso para a Universidade Federal do Rio Grande
Itália, no ano anterior.
do Norte (UFRN), sendo classificada. Porém, sua
Veio transferido do Segundo Esquadrão de Controle
vaga foi destinada à Base Aérea de Natal - e tinha que
e Alarme (2º ECA) - de Canoas - RS, hoje, Segundo
escolher entre o GITE (Grupo de Instrução Tática e
Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e
Especializada), o Hospital e o 3º/1º GCC.
Controle (2º/1º GCC). Em 1987, participou da primeira operação do Esqua-
"Aqui era último lugar que eu queria trabalhar, mas hoje, se me perguntarem: 'quer sair?' - eu digo que
drão: Operaer, em Boa Vista (RR), quando foram utili-
não. Eu amo esse Esquadrão e trabalho no melhor
zados os Sistemas Radar MGCA e o Móvel PAR 2080.
lugar do mundo. Adoro o meu local de trabalho. Tiro
Posteriormente, participou diretamente de diver-
férias e fico ligando para cá, perguntando se estão
sas outras operações do Esquadrão Morcego com o
precisando de mim, se está tudo bem! Não consigo
MGCA em Chapecó (SC), PortoVelho (RO), Mossoró
me ver longe do Esquadrão" - conta a secretária do
(RN), João Pessoa (PB) e Cuité (PB).
Seção de Pessoal.
Ficou no 3º/1º GCC até 1993, quando foi fazer o
Elione diz que foi muito bem recebida pelo coman-
curso para oficial. No ano seguinte, 1994, formou-se
dante da época, Major Miguel. "Eu era a segunda
2º Tenente.
mulher a entrar para o Esquadrão e sempre fui muito
Em 1995 foi designado para o Parque de Material da Aeronáutica de São Paulo (PAMA-SP), permanecendo até 2002 - quando retornou ao 3º/1º GCC, como 1º Tenente. Continuou trabalhando na ativa até 2008, quando seguiu para a reserva remunerada como Major. Em 2009 voltou a trabalhar como TTC (Trabalho por Tempo Certo) no Esquadrão, assumindo a chefia da Seção de Material (S4), devido à sua experiência de
respeitada por todos. Assim, a atenção comigo era redobrada" - revela. A placa de funcionário civil padrão é revezada, ano após ano com Gevaldo, pois são os únicos civis do Esquadrão Morcego. Também foi agraciada com a Medalha Mérito Bartolomeu de Gusmão, da qual tem muito orgulho. Elione completa, em março de 2015, 29 anos de serviço. Em época de missões, faz de tudo para que as 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 11
Ordens de Serviço saiam em dia. "É uma correria, mas não descanso até que tudo fique pronto". "Todos os comandantes acrescentaram ao Esquadrão, uns na área social, outros na operacional, mas todos colocaram a mão na massa e fizeram crescer essa estrutura e nos ajudam a contar a história do Morcego. Eles passaram, mas nós ficamos cuidando do que eles plantaram e estamos fazendo crescer" declara Roni. "Um inicia um processo, o outro conclui e um terceiro comandante colhe os frutos da implementação do primeiro", complementa Elione. E Gevaldo acrecenta: "Se alguém semeou é porque o anterior plantou". Eles relatam os feitos dos comandantes: novas salas de aulas, a ativação da OCOAM, aquisição do novo radar e muito mais. Quando perguntei sobre a troca do nome do Esquadrão - de Pastor para Morcego - os três começam a
Gevaldo Carneiro de Souza, 59 anos, nasceu em Macaíba (RN). Francisca Elione de Souza Rodrigues Pereira, 51 anos, Santa Cruz, RN. Roni Luiz Childt, 55 anos, natural de Arroio Grande (RS). 12 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
contar juntos, um interrompe o outro. Mas Gevaldo conta sua versão não oficial da história: "uma vez a gente se reuniu para uma confraternização. A velha churrasqueira havia muito tempo estava sem ser usada. O grupo estava conversando justamente sobre a necessidade de ter um nome mais significativo, como o Profeta e o Mangrulho. Fui limpar a churrasqueira e de repente um bando de morcegos saiu voando em disparada. É isso! Esquadrão Morcego, riram todos". Mas a versão oficial está contada pelo comandante da época, Major Eiras, na página 26. Não era só o nome, o Morcego tinha tudo a ver com o 3º/1º GCC: porque ele sai à caça em qualquer período do dia, como o 3º/1º GCC. Ele consegue localizar os obstáculos, assim como o radar do Esquadrão. E o nome Morcego retrata bem o perfil desses três pioneiros: não têm hora para estar a postos e assumir suas funções em prol da missão.
Histórico Ativado em 17 de janeiro de 1985, através da Portaria Reservada nº 062/GM3, o então 1º ECT (Esquadrão de Controle e Telecomunicações) recebeu de fábricas italianas um Radar de Vigilância Primário (ATCR-33), um Radar Secundário (SIR-7) e um Radar de Aproximação de Precisão (PAR-2080). Constituído por Comando, Seção de Operações, Seção de Pessoal, Seção de Material, Seção de Inteligência e Seção de Instrução, o 1º ECT teve os primeiros componentes de Cabo Branco - 2010 seu efetivo oriundos de várias Unidades da Força Aérea Brasileira, entre elas, o Primeiro e o Segundo Esquadrões de Alarme (1º e 2º ECA). Parnamirim, no Rio Grande do Norte, foi o município escolhido para instalar o sítio sede, pelo fato de o Comando Aéreo de Treinamento (CATRE) ser uma Organização destinada ao preparo de equipagens de combate, tendo no seu aeródromo um grande volume de tráfego, o que possibilitaria o treinamento dos controladores e dos pilotos no nível das necessidades
Operacionais da Força Aérea Brasileira. Em 11 de setembro de 1985, por meio da Portaria nº R-422/GM3, o 1º ECT teve sua denominação alterada para 3º/1º GCC (Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle) e nasceu com a missão precípua de instalar, operar e manter, a nível orgânico, um sistema transportável de controle de aproximação de precisão. O primeiro deslocamento do Esquadrão ocorreu em 1987, com os radares italianos sendo o local de operação a Base Aérea de Boa Vista e, já com os radares americanos, no Aeroporto de João Pessoa, em 2014. Entre 1987 e 2014 foram realizados ainda desdobramentos, com operações e exercícios militares, nas seguintes sedes: Chapecó-SC, Porto Velho-RO, Currais Novos-RN, Lages-RN, Porto Seguro-BA, Mossoró-RN, Feira de Santana-BA, Recife-PE, Cuité-PB e João Pessoa-PB. A partir de 2011, em cumprimento à determinação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Esquadrão Morcego ativou no seu sítio Radar, um
Antigo Sítio Radar
Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM), integrando à sua missão, o serviço de Con30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 13
Cabo Branco - 2010
trole da Circulação Operacional Militar na sua área de jurisdição. As atribuições deste Órgão foram definidas em uma Carta de Acordo Operacional, cuja confecção foi realizada em trabalho conjunto do próprio Esquadrão com o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), a Seção de Controle de Operações Aéreas Militares de Natal (SCOAM-NT) e o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv), unidade de formação dos Pilotos de Caça da Força Aérea. Para a ativação e a operacionalização do OCOAM-NT foi montada uma estrutura no Shelter PAR utilizando o Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (DA/COM), enlace de comunicações, sistema de meteorologia, gravação de voz (Audiosoft) e o 14 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Cabo Branco - 2010
SGTC (Sistema de Gerenciamento de Torre de Controle), todos estes integrados e mantidos pela equipe técnica, o que trouxe um enorme ganho operacional ao Esquadrão, passando à sua responsabilidade o controle das aeronaves militares nas áreas de instrução e a realização de todos os Voos da Circulação Operacional Militar (VOCOM) nas mais diversas missões operacionais da unidade aérea. A relevância deste momento ainda está relacionada ao processo de desativação do Sistema MGCA-NT (Mobile Ground Control Approach – Natal), em virtude da substituição por um novo e moderno Sistema PAR2000-
Inauguração OCOAM
-T. Esta modernização, além de proporcionar melhores meios para a condução da missão, aumentou a sua capacidade operacional, permitindo-o operar a partir de qualquer ponto do nosso país, realizando um perfeito controle radar na área de operação, um preciso serviço de alarme antecipado contra ameaças aéreas e garantindo um recolhimento seguro das nossas aeronaves, mesmo sob as mais adversas condições de visibilidade. Ao longo de sua história o Esquadrão Morcego mostrou confiabilidade e disponibilidade de seus equipamentos na operação do MGCA-NT, composto pelos radares ATCR-33, SIR-7 e PAR2080, nas mais diversas operações e
Chegada do PAR 2000
exercícios de que participou, isto graças às suas equipes de manutenção que ao longo deste tempo tiveram a capacidade e destreza de intervir nos equipamentos, realizando mais de 900 manutenções preventivas e outras tantas manutenções corretivas, para realizar mais de 10.000 aproximações de precisão no decorrer destes anos, atuando nas Oficinas Elétrica, Eletromecânica, Radar, Laboratório de Eletrônica, todas assessoradas pela equipe de suprimento que trabalha com mais de 5.000 PN (Part Number), para assegurar e garantir as manutenções realizadas nos equipamentos do Esquadrão Morcego. Estes dois fatos, a ativação do OCOAM-NT e a modernização dos seus equipamentos,
Cabo Branco - 2013
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 15
Cabo Branco - 2013
tornaram o 3º/1º GCC um Esquadrão de Controle e Esquadrão de Controle e Alarme. Os técnicos e controladores do 3º/1º estão capacitados para uma atuação em conflito armado e isto está alinhado perfeitamente com o Plano Estratégico Militar da Aeronáutica, na prestação de serviço para as Unidades da Força Aérea que venham a ter necessidade dos serviços prestados pelo Esquadrão Morcego, tanto em treinamento das Unidades Aéreas como em 16 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
um conflito armado se este vier a ocorrer em qualquer parte do território nacional ou em outro país. O sistema MGCA para ter a sua operação garantida teve que passar nestes 30 anos de existência por mais de 2500 manutenções preventivas realizadas nos equipamentos do 3º/1º GCC pelos técnicos que passaram pelo Esquadrão nas especialidades de Eletrônica (BET), Elétrica (SEL), Eletromecânica (SEM) com apoio do Suprimento (SUP).
O 3º/1º GCC tem a capacidade de desdobrar seus meios
montá-los no local selecionado para as missões. Essas
em todo o território nacional e sua participação é extre-
etapas são realizadas em poucos dias. Em seguida, o
mamente importante em uma operação militar, devido
Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) faz as visto-
à sua capacidade de obter, através de seus radares,
rias e libera os equipamentos para uso na operação.
a visualização das aeronaves envolvidas no teatro de operações militares. Seu grande desafio é desmontar seus equipamentos,
E a história continua ... o Morcego segue voando em várias direções, procurando cumprir sua missão com idealismo e precisão.
transportá-los, utilizando os meios aéreo ou terrestre e 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 17
A história contada pelos c Desde 17 de janeiro de 1985, quando foi criado o Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC), 16 militares já passaram pela experiência de comandar um grupo capacitado em instalar, operar e manter, em nível orgânico, um sistema de aproximação de precisão. Nesses de 30 anos eles fizeram e contaram histórias de um Esquadrão formado por técnicos e controladores. Cada comandante, com sua experiência profissional, contribuiu para o elevado nível de compromisso de cada membro do Esquadrão Morcego nesses 30 anos de atividade. Em 2015, quando se comemora-se o Jubileu de Pérola do Esquadrão, a história merece ser recontada pelos Majores Aviadores que comandaram o 3º/1º GCC. Hoje, com outras patentes da ativa ou da reserva, revelam sua visão individualmente, exceto o segundo comandante, Major Aviador Celso Gonçalves Garcia, falecido em 4 de dezembro de 2009, mas que também contribuiu e faz parte do enredo de sucesso do 3º/1º GCC. Então, vamos às histórias: O primeiro comandante Antônio Guilherme TELLES RIBEIRO - que fez sua gestão de 23 de janeiro de 1985 até 25 de abril do mesmo ano, nos conta como vê, 30 anos depois daqueles primeiros dias, quando a Força Aérea idealizou e o encarregou de dar vida ao Esquadrão. Tratou-se de um dos mais eficazes investimentos realizados, com retorno, quase imediato, na medida em que ofereceu maior segurança ao tráfego aéreo na terminal de Natal e possibilitou trazer a salvo (recolhimento) muitos pilotos que se encontravam em situação de emergência no céu dos potiguares. "Somente foi possível ultrapassar essa primeira etapa, em tão pouco tempo e com eficiência, porque havia a consciência da força que residia no verdadeiro trabalho em equipe. É uma sensação muito agradável de chegar a esta etapa com a consciência do dever cumprido", conta. Exerceu o cargo de oficial de operações do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv) até o mês de janeiro de 2004, quando foi designado para ser o coordenador de implantação do Primeiro Esquadrão de Controle (1º ECT). Concluída a implantação, em fevereiro de 1985, foi designado para ser o seu primeiro comandante. Com a mudança de governo e a escolha de Tancredo
18 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Neves para o cargo de Presidente da República, Telles Ribeiro foi transferido para o gabinete do ministro da Aeronáutica em Brasília, em abril de 1985. "Pode parecer um tempo relativamente curto, um ano e três meses, mas, em verdade, foi uma das missões de grandes desafios e de maior significado para a minha carreira profissional. Pude oferecer toda a minha capacidade intelectual e profissional, aprender com alguns dos mais importantes projetistas/técnicos de sistemas eletrônicos da Itália e com uma plêiade de representantes de nossa gente, vindo de todo território nacional, grandes profissionais da Força Aérea, totalmente dedicados à missão que nos fora confiada" - declara. E continua contando sua parte na história do Esquadrão com entusiasmo de um desbravador: "O que se viu foi um mundo de gente trabalhando febrilmente numa instituição viva, respirando e transpirando o seu
comandantes do 3º/1º GCC dia-a-dia. Eram profissionais que juntavam as suas atitudes em um clima emocional que impulsionava, sustentava e comovia. Alguma coisa que transcendendo a matéria, havia se enraizado no espírito de todos. Algo de grande. Algo que justificava os sacrifícios e não era possível se medir e nem se trocar por qualquer bem material". O que exatamente? O serviço à Pátria? O eterno desafio? A consciência do cumprimento do dever? O levar a missão a termo? Por que? Por uma espécie de coragem moral? Por perspectiva de um dia melhorar?
Primeiro efetivo do 3º/1º GCC
"Por tudo isso um pouco. Mas, sobretudo, pela fé, pela convicção e pelo amor à profissão. Por sabê-la útil à coletividade e à Nação. Por se comprazer em servir. Por desejar fortalecer a instituição. Pelo engajamento moral na hipoteca de suas existências em benefício dos demais. Pelo comprometimento com o futuro da organização. Pelo seu aperfeiçoamento, pela pureza de sua doutrina, pelo renovar de suas consciências, pelo dever de contribuir decisivamente para o engrandecimento da Pátria. E, primordialmente, por um agente poderosíssimo e uma matéria prima capaz de inflamar corações e dirigir esforços: o idealismo" - responde Telles Ribeiro. Assim foi dado vida à organização, ao Esquadrão Pastor, que mudou seu nome para Morcego, e que agora completa 30 anos. "Ela é parte de cada um de nós e representa o nosso esforço em oferecer o que tivemos de melhor!" - finaliza o primeiro comandante.
MIGUEL Márcio Duarte Martins, como segundo comandante, recebeu, em 25 de abril de 1985, de seu antecessor, quase todas as obras físicas do esquadrão e sítio radar prontas. "Tudo feito com muito esmero e capricho. A sede do Esquadrão era o que de melhor eu já tinha visto até então nas unidades por onde passei, tanto no quesito conforto, como no funcional", revela Miguel. Apesar de ainda ter tido contato com a construtora, principalmente nas obras do sítio, o esforço maior durante sua gestão foi voltado para a área operacional. Procurou consolidar o Esquadrão em uma Unidade de fato operacional, capaz de cumprir integralmente sua missão, qual seja, instalação, operação e manutenção, em nível orgânico, de um sistema de controle de aproximação de precisão transportável. Para isso, dedicou maior esforço na confecção de manuais, criação de doutrinas, capacitação e treinamento de pessoal, tanto os da área operacional, como os da técnica, criação de rotinas, enfim, no estabelecimento das ferramentas que permitissem o efetivo cumprir a missão atribuída. Neste sentido, cursos foram efetuados nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs), no então Centro Técnico Aeroes-
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 19
pacial (CTA), no Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) e em outras organizações da Força Aérea Brasileira (FAB). Aproveitando o intenso tráfego aéreo em Natal, devido aos voos de instrução, os controladores treinaram exaustivamente as aproximações, principalmente as de precisão, diurnas e noturnas. Mesmo em condições visuais, e desde que a ordem da missão aérea permitisse, aproximações eram treinadas, o que serviu, além de treinamento, para criar, também, uma confiança recíproca entre pilotos e controladores. Em 1986, no 1º semestre, foi realizada em Natal, a 1ª Operaer, operação de vulto da FAB, na qual o Esquadrão participou ativamente. Além disso, os controladores do Esquadrão participaram de várias operações realizadas em outras localidades, por outras Unidades, incorporando-se aos seus efetivos. Isto agregou experiência maior aos oficiais e sargentos. Em novembro de 1985, o pessoal e as atividades do Destacamento de Proteção ao Voo de Natal (DPVNT), até então responsável pela operação da torre de controle, ficaram diretamente subordinados ao Esquadrão. "Com isso, a interação dos controladores posicionados no shelter com os controladores da torre aumentou muito e a coordenação no controle do tráfego se estabeleceu de forma tranquila", revela Miguel. Os técnicos de manutenção, além das revisões previstas para cada radar, que eram feitas rotineiramente de acordo com o estabelecido pelos fabricantes, chegaram a treinar a desmontagem, carregamento de shelters, como se um deslocamento do Esquadrão estivesse em curso, e remontagem dos equipamentos. Isto mais de uma vez! Administrativamente, as rotinas também foram estabelecidas. Padrões de conduta foram fixados por meio de Normas-Padrão de Ação (NPA) e reuniões. Formaturas semanais, competições esportivas e reuniões sociais periódicas, além de outras ações de caráter motivador, como escolha de graduado padrão, foram realizadas, trazendo maior espírito de corpo ao efetivo, o que proporcionou incremento na produtividade. Em setembro de 1985, a denominação do Esquadrão foi alterada de 1º Esquadrão de Controle e Telecomunicações para Terceiro Esquadrão do Primeiro 20 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC). Em seu comando, abril de 1986, foi criado o emblema designativo do esquadrão, com a colaboração de vários elementos do efetivo. "De todas as lembranças que tenho do meu tempo como comandante do 3º/1º GCC, a melhor de todas está relacionada às pessoas com quem convivi no período. Todas, sem exceção, contribuíram para que as metas propostas fossem atingidas. Como se diz popularmente, ´todos vestiram a camisa` em todas as atividades. Cada um, dentro de seu conhecimento e capacidade, dedicou-se a colaborar, seja operacional, técnica ou administrativamente, seguindo as diretrizes superiores e buscando, com suas sugestões e trabalho, aprimorar cada uma das tarefas atribuídas" - revela o ex-comandante. Foi tanta integração e tão intensa a busca dos objetivos propostos, que ele afirma: "Vivemos uma verdadeira família GCC". Major Aviador Celso Gonçalves GARCIA - (in memoriam) - o terceiro comandante, atuou de 20 de janeiro de 1987 a 20 de janeiro de 1989.
João Batista Pereira GOMES - o quarto comandante, que atuou de 20 de janeiro de 1989 a 20 de janeiro de 1991, diz que tentou cumprir, da melhor maneira possível, a missão que lhe fora atribuída naquele período. "Se consegui resolver alguns problemas, enquanto era o comandante do Esquadrão, não fiz nada além do que dar continuidade àquilo que meus antecessores haviam iniciado. Tenho absoluta certeza de que todos os comandantes do 3º/1º GCC, ao seu tempo, fizeram tudo o que
estava ao alcance, para dar continuidade às atividades afetas ao nosso querido Esquadrão." Quando assumiu o comando do 3º/1º GCC, o Esquadrão estava operando com limitações. O radar de controle de área estava com apenas uma das consoles de visualização em funcionamento, em virtude de problemas com as cartas eletrônicas que, naquela época, tinham que seguir para a Itália, a fim de serem consertadas. Além disso, o Grupo Gerador de Energia Elétrica (No-Break) também estava inoperante, devido a problemas no motor elétrico - que deveria acionar o motor diesel a ele acoplado. Em decorrência, não era possível utilizar a energia elétrica comercial, por motivo de segurança do sistema de proteção ao voo e, para manter um mínimo operacional de vigilância radar, eram obrigados a operar direto com geração elétrica via motor diesel. "Devido a esses problemas, o controle de voo sob vigilância radar ficava restrito a poucas horas diárias, dificultando a instrução dos novos controladores e mantenedores, bem como o apoio às unidades aéreas sediadas no Comando Aéreo de Treinamento (CATRE). Além disso, a operação com motor a diesel acarretava uma despesa considerável de combustível para a então Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV)" - conta. O problema do grupo gerador foi resolvido graças à intervenção da Seção de Material do Comando do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e ao trabalho altamente qualificado dos nossos sargentos mantenedores, que impressionaram positivamente os técnicos da empresa contratada para a realização dos serviços. "Uma vez disponibilizada a energia elétrica comercial, nossos técnicos – usando de muita criatividade - fizeram uma adaptação no sistema de filtro de óleo do grupo gerador diesel, fato esse que propiciou considerável economia de recursos, uma vez que o elemento filtrante era importado e, a partir de então, passamos a usar um produto nacional similar" - revela o ex-comandante. Como as cartas eletrônicas que seguiam para a Itália demoravam alguns meses para serem devolvidas, os técnicos foram autorizados a abrir uma das cartas para verificação dos seus componentes (C.I. – Circuitos Integrados). Em contato com uma micro-
Manobra Calango I - Mossoró (RN), 2004
empresa de materiais eletrônicos do Rio de Janeiro, que emprestou um equipamento chamado T.I.C. (Test in circuit), os técnicos descobriram quais componentes estavam em pane e lograram êxito ao consertar a referida carta eletrônica. "Esse procedimento foi levado ao conhecimento do Diretor de Material da DEPV, o que nos rendeu um bom puxão de orelhas, pois havíamos extrapolado o nível de manutenção do Esquadrão. Mas valeu a pena, pois a DEPV acabou adquirindo vários equipamentos (TIC) e os distribuiu para os setores de manutenção dos demais esquadrões do GCC", revela Gomes. Uma vez que o Radar estava funcionando a pleno, precisavam de novos técnicos de manutenção, mas o contrato com a empresa Italiana que havia formado os mantenedores já havia expirado. Montaram, então, um grupo de instrutores do próprio Esquadrão, que havia realizado o curso na Itália. Obtiveram autorização do comando do 1º GCC para ministrar um curso de formação dos novos técnicos na própria unidade. "Para nossa felicidade, aliado ao conhecimento dos técnicos/instrutores formados na Itália e ao contato direto com os equipamentos em operação plena, os novos técnicos superaram as expectativas e pudemos reforçar nossa equipe de manutenção com profissionais de alto gabarito". Fato idêntico ocorreu com os controladores de voo, pois com a operação plena do radar, havia mais horas disponíveis para a instrução dos novos controladores e a manutenção operacional dos mais antigos. Se no setor operacional conseguiram superar vários obstáculos, nada mais justo do que proporcionar aos companheiros de lida um espaço de descontração, para 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 21
a realização de encontros sociais. Assim, graças ao esforço conjunto dos componentes do Esquadrão e à contribuição de muitos amigos lotados nas unidades sediadas no CATRE, conseguiram inaugurar a “Toca do Morcego”, onde realizavam churrascos e outras reuniões sociais. "Era esse o nosso ponto de encontro para os moEfetivo do 3º/1º GCC, 1997 mentos de lazer" - conta com orgulho. "Em virtude de seguidas transferências, depois que passei o comando do Esquadrão não tive mais oportunidade de acompanhar o dia-a-dia da unidade. Portanto, não posso inferir que os frutos das minhas contribuições continuaram saborosos ao correr dos anos. Como comandante do 3º/1º GCC fiz aquilo que, do alto da minha experiência de Major novinho, achava correto fazer, e me sinto realizado. Só tenho a agradecer a lealdade, o apoio, a consideração e a amizade que tive de todo o efetivo do Esquadrão, durante os dois anos que ali passei. Essa é a maior lembrança que trago no fundo do meu coração" - finaliza Gomes. O quinto comandante, Francisco Leite de ALBUQUERQUE Neto, conta sua experiência no comando do 3º/1º GCC, exercida no período de 20 de janeiro de 1991 a 20 de janeiro de 1993. "Tive a sorte de os dois
equipamentos, bem como o pessoal de manutenção participou das atividades de apoio aos controladores durante a operação. Esta atuação conjunta foi responsável pelo bom desempenho do Esquadrão" - conta Albuquerque. Foi desenvolvido, em conjunto com a empresa Selvagem, que constrói bugues, um sistema que parecia um jogo da velha em estrutura de aço com elevadores mecânicos, o que tornou o 3º/1º GCC um esquadrão autônomo na montagem e no içamento das antenas do radar ATCR-33. Com isto, não precisaram alugar gruas para a montagem fora de sede. Foi exatamente o que aconteceu em Chapecó, onde não existia qualquer unidade da Força Aérea ou do Exército para apoiá-los. Albuquerque conta que as paradas para manutenção deixaram de ser realizadas em dias fixos durante o expediente e passaram a ser realizadas somente quando os esquadrões do CATRE não estavam operando. "A melhor lembrança que tenho do comando no Esquadrão é que havia sérias restrições de combustível para viaturas naquela época. Para conseguir que
radares não terem parado
a manutenção fosse realizada de madrugada ou tarde
um único dia por pane
da noite, precisávamos de apoio de condução para os
durante os dois anos em que comandei o Esquadrão.
mantenedores e não existia transporte público de Na-
Participamos da Operaer em Chapecó (SC) e, na
tal para Parnamirim, a partir de determinados horá-
ocasião montamos e desmontamos os radares em
rios. Assim, rapidamente, a cota de combustível para
tempo inferior ao previsto pelo fabricante. Devido
as viaturas do Esquadrão acabaram. Conseguimos
ao efetivo limitado, os controladores participaram
uma autorização para usar o combustível dos grupos
efetivamente na montagem e na desmontagem dos
geradores de emergência, que não estavam sob as
22 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Manobra em Porto Velho, 1993
limitações das viaturas. Decisão simples que ajudou a garantir a disponibilidade de 100% e a operação dos radares sempre que houvesse uma tripulação do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv) voando!" - conta. Por último, levou sua moto para a operação em Chapecó dentro de um C-130 que carregava equipamentos e pessoal. Como não tinham apoio de outras unidades em Chapecó e o radar ficava distante da cidade, a moto foi muito útil. "Era a vez do 3º/1º GCC se deslocar, mas haveria uma operação no CATRE no mesmo período da Operaer. Se a principal missão era apoiar o CATRE, então, a opção natural seria deslocar o 5º/1º GCC, comandado à época pelo Pinheiro, e nós ficaríamos em Natal". Na eminência de perder a oportunidade de deslocar o Esquadrão pela primeira vez, Albuquerque sugeriu que o 5º/1º GCC se deslocasse para Natal. Assim, o CATRE não ficaria desassistido e eles continuariam seguindo para Chapecó. Assim, os C-130 que levariam o 5º/1º GCC para Chapecó passariam praticamente sobre Natal. Logo, o custo de horas de voo não se alteraria e eles poderiam testar a mobilidade de dois Esquadrões ao invés de um. "Liguei para o Pinheiro e ele topou. Só faltava con-
radares com destino a Chapecó. Na volta, nos trouxeram de Chapecó, carregaram os radares do 5º/1º em Natal e levaram de volta para Fortaleza". No dia seguinte à chegada em Chapecó, chovia muito e precisavam montar os radares. Alguns equipamentos não poderiam ser expostos a chuva, então a opção era esperar pela estiagem. "A tal da frente fria! isto não existe no Nordeste. Bem, a operação não ia ser adiada por causa da chuva! Aquilo me agoniava, a chuva não passava e fazia frio. Nós ali, debaixo de uma barraca, esperando. Resolvi, então, improvisar uma tenda entre dois contêineres para o pessoal poder iniciar a montagem. Olhei em volta e não consegui me decidir a quem pediria para sair da barraca, na chuva e no frio, sem casaco (pessoal do Nordeste não carrega esta peça de vestuário inútil!) para pegar cordas, lona e uma escada para subir no contêiner. Resolvi, eu mesmo fazer. Sai e comecei o trabalho. Logo, vários integrantes do Esquadrão vieram me ajudar, e em pouco tempo, estávamos todos encharcados, mas a tenda estava pronta e a montagem finalmente começou" - conta Albuquerque. Ao voltar para a barraca, o comandante encontrou toalhas e um lanche, que alguém teve a iniciativa de pegar no hotel! "Foi um dos meus melhores dias na Força!" - revela Albuquerque, finalizando sua história. O sexto comandante, MARIUS Celso Freitas Pereira, atuou de 20 janeiro de 1993 a 20 de janeiro de 1995. "Passados quase 20 anos, tenho a convicção de que nos dois anos de comando, contribuí de forma profissional, para
vencer o Soares - o então comandante do 1º GCC, que
o aperfeiçoamento em todas as áreas de atuação
teria que vender a ideia de gastar o dobro de diárias
do Esquadrão. Assim, posso dizer com segurança,
para fazer a mesma operação. Diárias, o velho trau-
que o Esquadrão cumpriu, com êxito, sua missão",
ma da Força Aérea! Ficou decidido: os C-130 foram a
revela Marius.
Fortaleza, carregaram o 5º/1º GCC e trouxeram para Natal. Descarregaram o 5º/1º e carregaram nossos
Ele destaca que durante seu comando, aperfeiçoaram um sistema próprio para montagem das 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 23
Cito, por exemplo, o deslocamento para Porto Velho, quando todo o efetivo trabalhou quase 24 horas por dia, na desmontagem, embalagem, carregamento, descarregamento e montagem dos radares e equipamentos. Esses eventos foram realizados em Natal, em Porto Velho e novamente em Natal, no regresso da operação. Por vezes debaixo de fortes chuvas e na maior parte sob sol escaldante. Vale ressaltar que em nenhum momento deixou de reinar o entusiasmo e o profissionalismo dos componentes do Esquadrão". Como realização pessoal, ele acredita que todo Participantes do Curso Radar PAR P2080, Milão - Itália
oficial da Força Aérea teria, como ele teve, a satisfação de comandar um Esquadrão do Grupo de Comu-
antenas do radar, que dispensava o uso de guindas-
nicações e Controle. "Guardo com carinho a foto com
te, equipamento que por vezes não tínham acesso,
todo o efetivo, tirada na frente do Esquadrão. No
dependendo do local de deslocamento. Esse siste-
lado profissional, adquiri conhecimentos em todas as
ma permitiu grande independência do esquadrão
áreas de atuação do Esquadrão, incluindo a realização
em seus deslocamentos.
do curso de chefe controlador de operações aéreas
Nesse período, o Esquadrão Morcego realizou um
militares", finaliza.
deslocamento para Porto Velho (RO), com todo o equipamento operacional. Foram cinco viagens de ida
Durante a gestão do
e mais cinco de volta em aeronaves C-130, totalmente
sétimo comandante
carregadas com radares, shelters de equipamentos,
Paulo Cirillo VANAZZI, no
veículos, pessoal etc.
período de 20 de janeiro
"Durante um mês, o Esquadrão operou na capital de Rondônia, assumindo o controle de aproximação. Apesar de algumas adversidades, previsíveis para um evento desta magnitude, a operação foi coroada de êxito. O Esquadrão operou com o radar de controle de aproximação e com o radar de precisão (PAR), realizando todo o controle de tráfego aéreo na terminal PV, tanto civil quanto das operações aéreas militares". Marius conta que o maior benefício para o efetivo em seu comando foi a união que o Esquadrão assumiu, a partir do convívio salutar entre todos, militares e civis. "Foram dois anos gratificantes na minha
de 1995 até 20 de Janeiro de 1997, o Esquadrão focou na manutenção operacional e na capacitação do pessoal. "Foi um comando muito prazeroso. Os desafios - devido a falta de verba para realização dos objetivos - fez com que nossa criatividade se destacasse", revela Vanazzi. Ele conta que, numa operação de controle do espaço aéreo, realizada no Nordeste, onde estavam deslocados em Lages, RN, o ar-condicionado do equipamento não suportou o intenso calor. A equipe, então, usando sua criatividade, conseguiu adaptar aparelhos
carreira. Posso afirmar que cada dia no comando do
de ar-condicionado doméstico para auxiliar na refrige-
3º/1º GCC foi de aprendizado e de troca de experi-
ração do radar. Devido a esta iniciativa, a operacionali-
ências com os meus comandados. Lembro-me com
dade se manteve e continuaram fazendo os controles
orgulho do espírito de corpo que reinava no Esqua-
de interceptação das aeronaves de combate.
drão. Nos momentos em que se fazia necessário, todo o efetivo, indistintamente, participava das atividades. 24 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Ocorreu também, durante seu comando, a Operação Tiger II, de 21 a 29 de outubro de 1995, quando
houve o intercâmbio entre a FAB e a Força Aérea dos Estados Unidos. "Nossos controladores de operações militares mantiveram, durante este período intenso, contatos operacional e cultural com os operadores daquele país, o que proporcionou, para ambos, um amadurecimento operacional" - destaca Vanazzi. Eduardo Antônio CARCAVALLO Filho comandou o Esquadrão de 20 de janeiro de 1997 até 22 de janeiro de 1999, sendo o oitavo comandante. Ele conta que a solenidade de passagem de comando foi presidida pelo então Brigadeiro Ailton dos Santos Pohlmann, Diretor de Operações do DECEA. Um fato engraçado do qual jamais vai esquecer é que, no dia da solenidade em que assumiu o Comando, seu filho estava impossível. "Ele tinha acabado de completar quatro anos e ninguém conseguia segurá-lo. Corria por todo lado e deu até cambalhotas na grama durante a solenidade, na frente da tropa, ao lado do Brigadeiro Pohlmann. Foi difícil segurar o riso". "Foi uma época interessante. Tive um excelente apoio, tanto do chefe do CATRE, o então Coronel Aviador Rossato, quanto do chefe da Divisão Administrativa, Coronel Aviador Luiz Fernandes de Oliveira. Formávamos, ao lado do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Natal (DTCEA-NT), um núcleo de modernidade no meio de uma terra abandonada, como era conhecido o setor Oeste do CATRE". O trabalho nesse setor demandava muitos deslocamentos ao setor leste, onde estava o comando e toda a infraestrutura de apoio da Organização. Durante seu período de comando o foco foi tornar o Esquadrão mais operacional, desenvolvendo soluções para os principais problemas técnicos que enfrentavam. Carcavallo destaca as ações que foram necessárias naquele período: "Substituímos as unidades de climatização dos shelters do Sistema MGCA, pois as originais não conseguiam fazer frente à forte radiação solar das terras potiguares. Desenvolvemos, também, coberturas que aliviassem a
incidência solar sobre esses shelters. Realizamos manutenção em diversos cartões eletrônicos dos sistemas dos radares, onde contei com o apoio de grandes amigos com quem tive a honra de trabalhar em Canoas (RS), os então Sargentos Cardoso e Delagnese, e em Natal, com o Sargento Junglas. Fizemos, ainda, adaptação das bases dos radares ATCR-33 e P-2080 para operação em terreno não preparado, dispensando as complicadas sapatas de concreto". Em 1998, receberam um caminhão Munch, equipado com braço articulado capaz de erguer os diferentes módulos do nosso sistema MGCA. Nesse ano, o Esquadrão participou de duas operações: Mistral, em sede, e outra patrocinada pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), na região de Currais Novos, RN. "Foi uma experiência ímpar, pois envolveu todo o efetivo. Trabalhamos madrugada adentro para montar o ATCR-33 numa região muito pedregosa. Foi a primeira vez que esse radar operou sobre plataformas metálicas (não concretadas). Creio ser essa a melhor lembrança que tenho do meu período de Comando". Quando em sede o efetivo operacional participava das escalas do DTCEA-NT, na operação do Controle de Aproximação (APP-NT). "Era uma forma prática de manter o efetivo treinado mesmo em épocas de dificuldades técnicas com o nosso equipamento" - revela. Durante seu comando, considerando que as instalações do 3º/1º GCC eram relativamente novas e bem cuidadas, Carcavallo procurou apoiar o CATRE em algu-
Manobra Calango I, Mossoró (RN), 2004
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 25
mas demandas. "Havia diversos prédios com telhados comprometidos, dentre eles o refeitório dos sargentos, no setor leste e dois prédios no setor oeste que outrora (dezenas de anos atrás) haviam abrigado instalações da Panair. Dizem que nesses últimos se hospedou o lendário Jean Mermoz, piloto da companhia francesa Aéropostale, um ícone da aviação mundial. Promovi, então, obras de recuperação nesses edifícios, além de renovar outros que passamos a utilizar como oficinas". Conduziu, também, com o apoio dos soldados, a recuperação de outro importante sítio histórico: o cinema ao ar livre do setor leste do CATRE. "Revitalizamos e impermeabilizamos os telhados do palco e da sala de projeções. Essa ação foi bastante oportuna, concluída a tempo de viabilizar o lançamento nacional do filme ´For All – O Trampolim da Vitória´, que contou com a presença da maioria de seus atores. Foi uma grande festa, numa noite de gala". O final do comando de Carcavallo foi marcado pelos preparativos para a Feira Aeronáutica Internacional de Natal, que ocorreu no início de 1999. A preparação e a adaptação do setor oeste do Catre para o evento foi bastante trabalhosa. Depois, passou o comando ao então Major Aviador Minelli, no final de janeiro de 1999. Em 22 de janeiro de 1999, Carlos MINELLI de Sá assume o comando, permanecendo até 15 de janeiro de 2001. Sua contribuição ao Esquadrão foi um resultado coletivo: "De fato eu sozinho não teria feito nada. O comando é uma posição - advém das decisões conjuntas - e é muito mais do que o individual". Nesses dois anos de comando, o Esquadrão conseguiu realizar uma reforma com baixo custo nas
Montagem do sítio radar
luntária, e no final passaram a ter excelente quorum. Para Minelli, o que ficou mais marcado operacionalmente em seu comando aconteceu em 2000, na Operação 500 Anos, realizada em Porto Seguro, na Bahia. "Montamos uma estratégia para que todos tivessem oportunidade de participar, ainda que em períodos curtos, e viver a Operação, que era a nossa essência como Unidade transportável" - conta. Minelli reconhece o trabalho dos militares nessa operação e conta que foi um grande desafio, pois montaram os equipamentos próximo à pista de pouso, sendo necessária a preparação do solo e apareceu uma série de óbices que foi resolvida com empenho e dedicação do efetivo. Ele mesmo não participou integralmente da Operação, justamente para dar oportunidade a outros de viver a experiência e, outro motivo foi a confiança que depositava em todos, o que lhe garantia que sua presença era indispensável. A Operação 500 anos foi um sucesso para o Esquadrão e receberam muitos elogios por parte de outras OM e de outros órgãos envolvidos com aquela missão em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Em sua gestão houve também aprimoramentos
instalações, o que melhorou o visual e isso tornou o
na proatividade das áreas de pessoal, operacional e
ambiente muito mais agradável para todos.
técnica, resultando num ambiente mais salutar, mais
Foi criado um espaço para sala de estar e começa-
dinâmico, mais profissional e mais harmonioso. Fato-
ram a praticar e promover com regularidade eventos
res estes que influenciaram diretamente, não apenas
comemorativos após o expediente, sempre aprovei-
no dia a dia, mas em todas as missões e operações
tando os aniversários mensais. A participação era vo-
em que foram engajados.
26 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Ele conta que sua melhor lembrança é exatamente a proatividade, o profissionalismo, o respeito e a harmonia que presenciava todos os dias no Esquadrão e que teve como ápice a Operação 500 anos: "Praticamente todos os elementos do Esquadrão puderam estar em Porto Seguro naquela ocasião e provar que o coletivo é sempre maior que o individual e as conquistas advindas do trabalho em grupo são sempre mais brilhantes e duradouras, pois mesclam lembranças múltiplas em que não apenas nos lembramos dos nossos feitos, mas que muitos se lembram disso" - descreve. Minelli revela que seu período no Esquadrão sempre será lembrado como primeira função de comando e não existe uma cartilha específica e objetiva de "como ser comandante". "A minha realização profissional e pessoal foi colar em prática, pela primeira vez, essas aptidões e perceber pelas respostas que recebi do efetivo do Esquadrão, os quais considero todos grandes amigos, e que me ensinaram na prática que a palavra comandar realmente significa 'mandar com. E duvido que alguma outra experiência profissional e pessoal seja tão preciosa como foi comandar o 3º/1º GCC" - finaliza o nono comandante.
Visita de inspeção do 1º GCC
Oficiais Aviadores da FAB. Diferentemente de hoje, em 2001 o APP-NT não possuía radar de Terminal dedicado para prestar esse serviço. Além disso, o Esquadrão passou a dividir com o DTCEA-NT a missão de realizar o controle do tráfego aéreo civil e militar da Terminal Natal, bem como controlar as missões nas áreas de instrução e os deslocamentos das aeronaves para Estande de Maxaranguape (RN). "O ano de 2001 foi particularmente gratificante para o 3º/1º GCC", revela Belchior. Isso porque, além de apoiar as Unidades Aéreas de instrução do CATRE, o Esquadrão participou ativamente dos desdobramen-
O décimo comandante foi Ronaldo Ney Telles BELCHIOR Oliveira Filho. Seu período de gestão foi de 15 de janeiro de 2001 a 15 de janeiro de 2003. Assumiu o comando no
tos para emprego das Unidades Aéreas em Natal, em especial de todas as Unidades de Caça e de Patrulha, sendo responsável pelo controle de tráfego aéreo nas áreas de instrução, emprego no Estande de Maxaranguape e o recolhimento PAR no retorno dessas missões, fossem diurnas ou noturnas. Em 2002, grandes mudanças ocorreram em Natal,
dia do seu aniversário.
o CATRE é desativado e ocorre a ativação da Base
"Para mim, em particular,
Aérea de Natal (BANT). No Esquadrão, o radar de
foi um grande presente de
Terminal ATCR-33 entra no seu ciclo de manutenção e
aniversário assumir o Comando do 3º/1º GCC naquele
é recolhido ao PAME-RJ para a verificação das partes
15 de janeiro de 2001".
móveis e pintura da antena, de forma que a Unidade
Belchior estava ciente do grande desafio que seria
ficou operando por seis meses no DTCEA-NT e reali-
estar à frente dos 52 militares e dois civis que for-
zando somente as missões com o PAR, fazendo cum-
mavam o Esquadrão, uma vez que, apesar de oriundo
prir o seu lema: “Missão cumprida, regresso seguro!”
da área de operações militares, até então não havia servido em uma Unidade do 1º GCC. Essa tarefa revestia-se de uma importância singu-
"Ao final de dois intensos anos, passei o comando com a satisfação do dever cumprido, porém saudoso dos maravilhosos anos em que convivi com profissio-
lar, uma vez que o então CATRE era o responsável
nais dedicados, militares diferenciados e de comandar
pela formação operacional de todos os Aspirantes à
o melhor Esquadrão do 1º GCC" - revela Belchior. 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 27
Domingos Teixeira EIRAS foi o 11º comandante e o que mudou o nome do Esquadrão Pastor para Morcego. Assumiu em 15 de janeiro de 2003 e deixou o comando em 16 de dezembro de 2004. Ele conta que, em 2002, trabalhava como Adjunto da Seção de Operações do 1º GCC, quando foi designado para assumir o comando do 3º/1º GCC. O Comando do 1º GCC, em 2002, demonstrava grande preocupação com o tempo de inoperância do Radar de Vigilância ATCR-33, que mobiliava o Esquadrão em Natal. A Empresa Omnisys Engenharia apresentou um orçamento visando o restabelecimento técnico do Radar, porém o DECEA determinou que o Esquadrão, por seus próprios meios, auxiliado pelo PAME-RJ, realizasse a intervenção técnica visando seu reparo. "Quando assumi o comando da Unidade fiquei incomodado com a decisão do Grande Comando, pois me perguntei: como o Esquadrão realizará uma intervenção técnica de manutenção Nível Parque para restabelecer o equipamento? No meu primeiro mês de comando percebi que o desafio de reparo do Radar ATCR-33 era na verdade uma grande oportunidade para mudar a cultura organizacional - dissonante da missão da Unidade", revela Eiras. Assim, sua contribuição foi liderar seus comandados na solução do problema, ser honesto ao lhes mostrar que o Esquadrão foi o principal responsável
problemas, que foram encarados como desafios e resolvidos concomitantemente, em sua maioria, com o principal problema. A maior motivação desses profissionais passou a ser: trabalhar em prol da missão do Esquadrão – simples. Sua passagem pelo Grupo permitiu identificar que tanto o 1º GCC quanto o 3º/1º GCC não tinham nome formalizados em documento. O 1º GCC chamava-se, informalmente, Morcego e o 3º/1º GCC, Pastor. Tanto os integrantes do Grupo como os do Esquadrão tinham desconhecimento desses nomes, pois não eram utilizados no cotidiano. Em reunião com o comandante do Grupo, Coronel Aviador José Alves Candez Neto, argumentou que o nome Morcego, referente ao Grupo, não abarcava a missão de todos os Esquadrões subordinados. "Se o nome Morcego era porque o animal possuía um radar, como ficaria representado o Esquadrão Profeta com essa designação, já que tem a responsabilidade de estabelecer as comunicações no Teatro de Operações e não tinha radar no seu acervo", argumentou. O segundo argumento foi de que o nome Morcego seria muito apropriado para o 3º/1º GCC, considerando sua missão de controlar o espaço aéreo por meio de radar. O Comandante do Grupo assentiu sem objeção e identificou a oportunidade de definir um nome para o 1º GCC, que passou a se chamar “Mestre”. Em seu comando foi realizada a Operação Calango I, em julho de 2004, em apoio ao Esquadrão Pacau, desdobrando o Radar de Vigilância ATCR-33 e o Radar de Aproximação de Precisão PAR 2230 para a cidade de Mossoró – RN. "Foi quando percebi um sentimento
pela inoperância do Radar e, a partir daquele momento, todos se tornariam a própria solução. Segundo ele, vários integrantes acreditaram, infelizmente outros não tiveram a mesma percepção. Alguns, ainda, foram transferidos para outras organizações da FAB, por não se alinharem às determinações do comandante. Eiras revela que a superação do problema técnico, alcançada em junho de 2004, cerca de ¾ do tempo em que comandou a Unidade, foi levada a efeito juntamente com o alinhamento entre a cultura organizacional e a missão da Unidade. Evidentemente que por trás de tamanho problema técnico havia outros 28 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Confraternização na Toca do Morcego
de plenitude operacional e técnica dos militares do Esquadrão, pois cumpríamos, integralmente, agora desdobrados, a missão da organização: operar, desdobrar e manter", relata Eiras. O Radar de Vigilância ATCR-33 estava inoperante há mais de um ano. O reparo consumiu cerca de 18 meses, evidenciando a complexidade da intervenção técnica necessária ao restabelecimento do equipamento. "O então Capitão Roni, chefe da Seção de Material da Unidade, foi o responsável pela coordenação das ações de manutenção e reparo de partes do Sistema no laboratório do Esquadrão e em empresas privadas. Concluído o restabelecimento técnico em meados de 2004, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) realizou o voo de restabelecimento operacional do Auxílio. Eiras conta que teve a oportunidade de participar daquele voo como Piloto Inspetor, momento de extrema importância para a Organização. "Vitória! o Esquadrão Morcego estava novamente pronto para cumprir sua missão!" - brada o ex-comandante Eiras. Devido ao universo e à intensidade de sensações e percepções vividas no cargo de comandante, Eiras fala de sua visão: "As realizações pessoais e profissionais se permeiam, sendo difícil dissociá-las. O 3º/1º GCC me possibilitou aplicar competências de oficial e de ser humano, bem como testar algumas qualidades que são imprescindíveis a qualquer militar: coragem, lealdade, honra, perseverança e ética. Agradeço ao Esquadrão pelos ensinamentos e carinho dispensados durante e após o meu comando. Aproveito para externar minha alegria e orgulho de ter gravado em minha alma os sentimentos de nobreza de homens leais que sabem ser comandados. Parabéns Esquadrão Morcego! " - finaliza. José Luiz Jardim GOUVEIA foi o 12º major aviador a assumir o comando do Esquadrão Morcego, de 16 de dezembro de 2004 a 4 de janeiro de 2007. "Recebi o comando do
Manobra em Chapecó (SC), 1991
dade do Esquadrão. Pois então o meu trabalho foi dar continuidade à bela história do 3º/1º GCC e contribuir para demonstrar sua capacidade operacional no cenário das operações aéreas em Natal" - descreve Gouveia. Ele reconhece que graças ao esforço permanente de todo o efetivo, eles alcançaram expressivas conquistas nas três áreas: administrativa, técnica e operacional. Na área administrativa passaram por uma intensa reforma na sede que envolveu um remodelação do auditório, hall de entrada, construção de estacionamento, ampliação do suprimento técnico, construção do prédio de apoio ao sítio radar, troca de todo o mobiliário e uma dezenas de investimentos que só foram possíveis graças ao apoio incondicional do 1º GCC, BANT e DECEA. Na área técnica, os intensos trabalhos de manutenção permitiram operar o radar e o PAR ao longo dos dois anos de comando do então Major Gouveia. Trabalhos importantes como a incorporação de novas centrais de ar condicionado, com um projeto desenvolvido pela própria equipe técnica, desde da concepção na prancheta até a sua construção foram realizados. "Esse belo trabalho foi reconhecido pelo próprio Grupo e mais tarde outras centrais foram construídas para os outros Esquadrões do 1º GCC", conta o ex-comandante. Um fato destacável no Esquadrão Morcego foi a perfeita harmonia entre a área técnica e a área
meu amigo Eiras, que fez
operacional. "Lembro-me que em um certo momento
um belíssimo trabalho de
passávamos por uma dificuldade de encontrar teclas
resgate da operacionali-
sobressalentes para a operação de nossas consoles 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 29
confiança nas reuniões diárias do por-do-sol", ressalta. No dia do check, o equipamento estava pronto para o voo do GEIV. Tudo funcionava normalmente, parte elétrica, climatização, comunicações e radares prontos para o voo de aprovação. Com a aeronave do GEIV no solo e o brifim realizado com o Piloto Inspetor, seria mais uma aferição simples para a homologação naquele sítio, já que os experientes operadores já haviam confirmado com o tráfego local a boa qualidade das imagens recebidas pelo PAR. "Para a nossa surpresa, o GEIV, após várias passaConstrução da sede do Esquadrão
gens no eixo de aproximação, pousa sem a aprovação do equipamento. Reunimo-nos todos (tripulantes,
e, num ato de profissionalismo e compromisso com a
operadores e técnicos) ao lado do radar. O equipa-
missão, um de nossos controladores buscou artesa-
mento não apresentava o desempenho requerido e
nalmente a solução, e em um espaço breve de tempo,
precisávamos entender o que estaria errado. Após al-
juntamente com a equipe técnica, recuperou a capaci-
guns ajustes, o comandante da aeronave decolou para
dade operacional do shelter. Isso nos trouxe à época
a série final de teste, pois não haveria mais disponi-
mais um belo exemplo da eficiência e dinamismo
bilidade para aeronave permanecer em João Pessoa,
daquela equipe", reconhece Gouveia.
precisava prosseguir sua missão em outra capital.
E por falar em eficiência, ele conta que durante os
Realizaram-se várias passagens sem o sucesso espe-
dois anos de seu comando, o Esquadrão Morcego teve
rado. A equipe estava frustrada com a possibilidade
a felicidade de demonstrar a capacidade de adestra-
de, após todo esforço empreendido no deslocamento,
mento de seus controladores em diversas operações
o radar PAR não ficar disponível para a operação. Sem
da FAB. Em especial destacou a excelente participa-
entender o que se passava e após todas as tentativas
ção na competição de Defesa Aérea em 2005, onde
em permanente contato com os operadores do GEIV,
o Morcego sagrou-se campeão, em parceria com
eu encerrava o papo-rádio com o comandante da
o Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação
aeronave que prosseguiria sem pouso para seu outro
(1º/4º GAv), também baseado em Natal. Na volta, os
destino. Foi quando olhamos a porta do shelter radar
controladores foram recebidos com festa na BANT.
abrir e com o clarão e o barulho peculiar, surgiu o
Gouveia revela que "as experiências mais marcantes
técnico radar, entre esbaforido e assustado, disse: -
são sempre aquelas vividas no calor do combate, os
Comandante, pede pro GEIV, por favor, fazer só mais
aprestamentos do Esquadrão, a preparação e execu-
uma passagem que eu tenho certeza que agora vai
ção dos deslocamento".
dar certo!" - conta Gouveia. E continua: "Com a con-
Em seu comando, foram realizadas duas importan-
fiança necessária demonstrada e com a fé de que não
tes operações fora de sede, fato que há muito não
seria ali abatida a moral do Esquadrão, fizeram mais
acontecia com o Morcego.
uma chamada no rádio e graças à amizade sempre
Ele conta que a primeira foi em apoio a Operação
existente entre as unidades do DECEA, o então Major
Calango do Esquadrão Pacau, em 2005, onde todo o
França, meu amigo, após breve silêncio rádio, disse: -
Esquadrão esteve envolvido e fora realizado em mo-
Zé, tem certeza que algo vai mudar?"
dal terrestre de todo o equipamento. O deslocamento
Sem ter havido tempo necessário para essa análi-
até João Pessoa e a montagem dos radares ocorriam
se, mas diante da equipe de controladores e técnicos
dentro do planejado e o dia do check do sistema se
olhando para ele, Gouveia respondeu: "Sim, agora vai
aproximava. "Trabalhando dia e noite, fato comum nas
dar ponto". Seguiram-se longos minutos de silêncio
operações do Morcego, a equipe técnica demonstrava
até a aeronave enquadrar mais uma final PAR. Dito
30 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
e feito, após o GEIV percorrer a rampa e o eixo com perfeição, o França perguntava: "O que foi que vocês fizeram? Está perfeito. O erro foi corrigido!" Foi um alívio geral, a operação estava garantida! Durante o ano de 2006, a 1ª Força Aérea (FAe I) se organizava para realizar uma grande operação com todos os seus esquadrões de instrução. O comandante do 3º/1º GCC, logo ao saber, pedira uma audiência com o comandante da FAe e apresentara uma proposta do Esquadrão Morcego para integrar seus radares ao teatro de operações. Desafio grandioso, já que haveria a necessidade de transporte dos radares no modal aéreo, de Natal até Salvador e, posteriormente, de Salvador a Feira de Santana por via terrestre. "Perseguíamos todas as etapas de preparação da missão que se realizaria ao final do mês de outubro. Durante esse processo, o Brasil recebia a trágica notícia do acidente na Gol na Serra do Cachimbo e, nessa hora, a FAB mobilizava todos os esforços para esta grandiosa operação de resgate", conta Gouveia. Às vésperas do deslocamento, os C-130 permaneciam empenhados em atender aquela operação, e o Esquadrão Morcego seguia sem perder a confiança, apesar dos diversos sinais de que seria impossível atender o deslocamento. "Mantínhamos a fé e cumpríamos o criterioso planejamento, pois precisávamos do C-130! A opção de seguirmos com todo o equipamento até Feira de Santana só com apoio terrestre era inviável naquela época, e já havia sido descartada. Ou íamos via aérea ou não sairíamos de Natal. Ligávamos quase que
diariamente para a Quinta Força Aérea (FAe V) e analisávamos o cenário do nosso atendimento. Nenhuma certeza, mas assumíamos diante do Esquadrão muita confiança e alimentávamos a esperança de que tudo daria certo" - revela. Um dia antes do deslocamento, o radar já se encontrava preparado para o transporte, no pátio do Correio Aéreo Nacional (CAN) na BANT, seriam utilizadas três pernadas de C-130. Porém, a FAB não tinha como atender e, assim, seguiam dia após dia, permanecendo em Natal, dentro do Esquadrão, replanejando e replanejando. Cada dia perdido se transformava em trabalho dobrado em Salvador e Feira de Santana. Eles perdiam tempo, mas não a confiança. "No quinto dia de espera, se não me engano, numa terça-feira, a FAe V finalmente mandara o primeiro avião e prometia os outros dois para as próximas 48 horas" - Gouveia relembra. Chegaram a Salvador e lá os caminhões iniciaram o transporte para Feira de Santana. Para completar, chovia torrencialmente na capital Baiana, mas eles nem tinham tempo para reclamar. Na chegada à Feira de Santana, iniciaram-se os trabalhos de preparação e a expectativa de chegada dos outros dois aviões em Salvador com o restante do equipamento. Na madrugada de quinta-feira, Gouveia se encontrava no pátio da Base Aérea de Salvador (BASV), aguardando a chegada do segundo avião vindo de Natal. Assim que pousou, ele seguiu para a cabine e cumprimentando os pilotos perguntou: - São vocês que vão voltar para Natal e trazer o equipamento que falta? Os pilotos se entreolharam e o comandante da aeronave respondeu: - Temos um Hércules em pane no Rio, acabamos de receber ordem da FAe V de seguir para lá. "Eram 3h da madrugada! eu não queria acreditar. Depois de tanta luta, se não fôssemos atendidos naquele dia, não teríamos mais tempo para montar o equipamento para o início da missão. Não tive dúvida: enquanto o descarregamento continuava debaixo de chuva, saí acordando nossos contatos no DECEA/ FAe/COMGAR e acho que muita gente antiga deve ter
Vestindo a camisa também na hora de confraternizar
recebido a ligação de madrugada sem entender até hoje. Onde um Major encontrara tanta coragem para 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 31
acordá-los no meio da madrugada?" - declara o ex-comandante. Após essas ligações, Gouveia foi para a cabine do avião decidido a não sair de lá até que o comandante da aeronave recebesse a contra-ordem e voltasse para Natal. "Deu certo. Já no final do desembarque, o oficial de operações da FAe me ligou e pediu que passasse o telefone para os pilotos. Percebi no olhar deles que a proa tinha mudado e o Morcego seria atendido!" Diante da situação, continua Gouveia, "vi o valor da Força Aérea naquela tripulação. No escuro da madrugada voltava para Natal e depois reaparecer com o restante do Esquadrão em Salvador ainda naquela manhã!" Foram cenas assim, muitas vezes nos bastidores das operações, que marcaram esse comandante. "Aprendi nesses dois anos a admirar os homens e mulheres que fazem da FAB a sua vida e do Esquadrão Morcego o caminho da realização pessoal e profissional. Morcego!" - brada Gouveia.
Passagem de Comando do Major Gomes para o Major Albuquerque
Encontrando a excelente base formada e graças à sua experiência operacional, pensou que talvez a área que pudesse agregar mais valor fosse esta e assim procurou fazer. Embora não tenha quebrado recordes no número de interceptações ou de aproximações PAR, ao longo de sua gestão, o Esquadrão obtive progresso no desempenho operacional da Unidade. "Sinto-me honrado mesmo por ter conseguido manter um ambiente de trabalho extremamente harmonioso e salutar. Acredito que a tradição de congraça-
O 13º comando do Mor-
mento nos aniversários dos dois Esquadrões, iniciada
cego foi de Carlos Henri-
na minha gestão com a inestimável parceria do então
que AFONSO Silva, que
Major Cláudio, à época comandante do 5º/1º GCC,
conta sua contribuição de
tenha contribuído para isso" - revela Afonso.
4 de janeiro de 2007 a 8 de janeiro de 2009.
Houve dois desdobramentos do radar para fora de sede durante o seu comando: um para Cuité e outro
Ele, de cara, diz que a
para Maxaranguape. A primeira para uma Especializex
tarefa não foi fácil. "Como
da FAe I e a segunda por sua iniciativa e coordenação.
abrir a caixa do tempo sem deixar escapar algumas lembranças importantes? Depois, como selecionar entre tantas remanescentes dentro daquela
"O mais importante não são as operações em si, são as estórias informais, aumentadas ou inventadas!" - confessa o ex-comandante. Sobre Cuité, ele diz que não pode falar muito. Uma
caixa somente poucas para destacar? Por fim, como
missão para a qual foi escalado pelo DECEA em outro
converter estas em palavras sem perder qualidade?"
lugar no mesmo período fez com ele participasse
- pergunta-se o ex- comandante.
apenas no primeiro dia do deslocamento e início da
O Esquadrão vinha alcançando muitas conquistas naquele passado recente, antes dele assumir o comando. "Em especial, destaco a recuperação da
montagem. Mas, uma curiosidade: era a primeira vez que as mulheres participavam de uma operação. "Houve um dia, durante a montagem do sistema,
disponibilidade técnica dos sistemas radar, durante a
em que todos os membros do Esquadrão, inclusive as
gestão do Eiras e a evolução qualitativa da infraestru-
mulheres, estavam em Cuité, exceto eu, que já tinha
tura e dos processos e administrativos, com o Gou-
voltado. Sabendo disso, deixaram um espaço vazio
veia. De fato, tudo já funcionava muito bem!" - elogia
entre os participantes para que eu fosse inserido na
Afonso.
foto depois, em uma montagem muito bem elaborada
32 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
pelo Sargento Luiz. Esta foto deve estar no acervo do Esquadrão" - declara Afonso, agradecido pela lembrança do efetivo. Afonso conta sobre a operação em Maxaranguape. "Bastaria dizer seu nome: Índio! Um tremendo programa de índio. A parte social foi muito prejudicada, por isso não há muitos causos. Mas dá pra citar dois deles: - O Cabo Isaías, da Comunicação Social, foi responsabilizado para fazer a cobertura fotográfica do processo de montagem do sítio radar. Tudo ia muito bem, até que o mandei embarcar na aeronave Regente da Base Aérea para fazer algumas fotos aéreas. De imediato, ficou pálido e todos em volta começaram a “mangar” da situação, pois ele tinha medo de voar. Entrei na brincadeira e insisti que ele voasse. Fomos para a aeronave, mas tive que interromper o voo antes do esperado, pois o militar da Aeronáutica mal conseguia controlar o pânico. Foi um dos principais assuntos de descontração naqueles dias seguintes, até que, quase voluntariamente, embarcou na aeronave Bandeirante do GEIV para o voo de inspeção do radar. Finalmente a tomada aérea foi concluída e esse seu limite, superado.
verdadeira intenção; alguns não acreditavam, outros reclamavam daqueles que antes estavam “piruando” a “suga”. Quando estavam todos em forma no pátio de estacionamento do aeródromo, de repente, o chuvisco virou um tremendo temporal. Não havia mais o que fazer, todos estávamos irremediavelmente molhados. Então o grupo se transformou numa “aeronave”. Eu, piloto, e o Sargento Steppan, controlador da Torre, fizemos o papo rádio. “Taxiamos” até cabeceira, alinhamos na pista principal e fizemos a “corrida de decolagem”, mas lamentavelmente tivemos que abortar na cabeceira oposta e fazer o “taxi” de regresso ao estacionamento. Ao todo, pouco mais de quatro quilômetros. Aí, da mesma forma que veio, a chuva parou. Essa manobra Índio esteve severamente ameaçada de não ocorrer por indisponibilidade de apoio para transporte aéreo de uma estação Telesat e de infraestrutura de campanha do Rio de Janeiro para Natal. Como lição aprendida e com a compreensão e ajuda do comandante do 1º GCC à época, então TenenteCoronel Jeronimo, iniciaram uma fase de capacitação do Esquadrão Morcego e dos demais esquadrões de controle radar para operarem fora de sede, indepen-
- Para um final de tarde que não havia programada atividade aérea a ser controlada, marquei uma sessão de educação física. Pouco antes do horário previsto, começou a chuviscar. Ninguém foi trocar o uniforme nem eu. Mas, na hora marcada, alguns começaram a sair das barracas e a debochar que não haveria “suga” por causa de uma chuvinha. Resolvi colocar todos em forma com o 10º uniforme e disse que iria cumprir a agenda.
Espírito empreendedor dos guerreiros do 3º/1º GCC
Não era esta a minha 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 33
dentemente da participação do Esquadrão Profeta. Todos passaram a ser dotados de meios próprios para enlace de comunicações. Sobre o assunto, Afonso acredita que essa capacidade tenha possibilitado os mais significativos benefícios operacionais alcançados nos últimos anos. "Comandar o Esquadrão foi um marco muito importante na minha vida profissional. Recordo vivamente algumas decisões tomadas, as quais influenciaram outras pessoas. Considero que esse senso de responsabilidade seja o maior amadurecimento que obtive naquela fase", revela Afonso. Também não esquece quão fundamentais foram as assessorias leais que recebeu. "Percebo que talvez devesse ter demonstrado mais gestos de reconhecimento e de agradecimento". Outro ponto que ele destaca é que esse era seu cargo durante a crise que ocorreu em 2007 e foi designado para, inicialmente, gerenciar o Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM) montado na área do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) e assumir a operação do Primeiro Centro de Operações Militares (COpM1), enquanto este iria controlar algumas porções do Centro de Controle de Aérea de Brasília (ACC-BS). "O planejamento evoluiu e eu passei a exercer outras funções relevantes naquela estrutura. O Esquadrão cedeu outros militares (controladores e técnicos) para atender àquela que foi uma das demandas mais críticas que eu vivenciei enquanto subordinado ao DECEA". No final, ele destaca: "Minha melhor lembrança é o convívio com o efetivo, em todo e qualquer momento!" NILBER Maia do Carmo comandou o Esquadrão Morcego de 8 de janeiro de 2009 a 21 de janeiro de 2011, sendo seu 14º comandante. Logo de início, Nilber
e mulheres extremamente unidos e dedicados no cumprimento da missão". Se pudesse resumir em apenas uma palavra, ele diria: família. "Pessoas que dedicavam grande parte de suas vidas em prol da Unidade. A satisfação pessoal de cada um era tão intensa que isso contagiava o ambiente de trabalho. Todos trabalhavam felizes e isso fez toda diferença" - descreve o ex-comandante. O ano de 2010 foi muito especial em seu comando, em função das comemorações dos 25 anos de criação do Esquadrão. Formatura e eventos sociais eternizaram aquele importante marco, quando o Esquadrão recebeu a visita do Diretor-Geral do DECEA na formatura e de ex-comandantes do 3º/1º GCC. O Jubileu de Prata da Unidade foi muito especial, pois no ano anterior, o DECEA chegou a estudar a possibilidade da desativação do Esquadrão, por questões estratégicas, fato que não aconteceu. "Durante as comemorações dos 25 anos, o então Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Ramon Borges Cardoso, me acenou com a continuidade da Unidade, bem como a compra de um novo e moderno radar para a operação do Esquadrão Morcego" - revela Nilber. Durante os dois anos de comando, ele procurou direcionar o foco no ser humano. Tinha a plena convicção que, proporcionando as melhores condições de trabalho ao efetivo a possibilidade de o trabalho ser feito com empenho e motivação seria grande. Para isso, investiu em reformas de piso, aquisição de
declara: "Ter comandado
mobiliário e viaturas. E, em consequência, a missão
o Esquadrão Morcego foi
foi cumprida da melhor forma.
uma grande honra pra mim. Tive a oportunidade de estar a frente de homens 34 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Chegada do PAR 2000T
Nos anos de 2009 e 2010, o Esquadrão fez dois deslocamentos com o equipamento PAR. No primei-
ro ano seguiram para Recife e, em 2010, para João Pessoa. Nas duas oportunidades, Nilber teve um imenso orgulho de presenciar operacionalidade, garra e espírito de corpo de todos. "Tenho certeza que ganhei muito mais com as experiências e ensinamentos que tive no Esquadrão. Fui muito abençoado lá. Cada um dos meus comandados me trouxe maturidade e alegria. Sinto-me recompensado e feliz por ter estado nesse time. A oportunidade de ter liderado o Esquadrão Morcego foi inesquecível" - encerra Nilber.
substituição pelo sistema P-2000T. Com a ativação no Sítio Radar, foi necessário aumentar a TLP de graduados de 12 para 13 controladores. Turola conta que na ativação da OCOAM, foi necessário coordenação com as unidades aéreas, principalmente com o 2º/5º GAv e, ainda, coordenação e confecção de acordos operacionais com o CINDACTA III, SCOAM-NT, DTCEA-NT e 2º/5°GAv. Em seu comando, o Esquadrão atingiu o ápice de sua operacionalidade, com o pleno cumprimento de sua missão atribuída além da agregação da nova missão de OCOAM-S.
De 21 de janeiro de 2011 a 10 de janeiro de 2013, o 15º comando do 3º/1º GCC ficou a cargo de Anderson da Costa TUROLA. Em seu comando, foi ativado o Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM), por determinação do DECEA, tendo em vista uma necessidade apresentada pelo COMGAR, que precisou transferir controladores do Terceiro Centro de Operações Militares (COpM-3) para o COMDABRA. Desta forma, o controle dos espaços aéreos condicionados da área de Natal e o controle da instrução de
O 16º comandante, Dan MARSHAL, deixou o 3º/1º GCC em 19 de dezembro de 2014, pouco antes das comemorações dos 30 anos do Esquadrão Morcego. Marshal ressalta que nesses dois últimos anos viveu uma experiência muito rica à frente do Esquadrão Morcego. "São profissionais altamente comprometidos com a missão e com os valores do Esquadrão e da Força Aérea Brasileira e que não mediram esforços para atingir a excelência profissional" - define.
Caça no 2º/5º GAv, passariam a ficar sob a responsabilidade do 3º/1º GCC. Essa ativação marcou a história do Morcego, que passou a exercer a função de Controle de Operações Aéreas Militares, além das suas atribuições de controle de aproximação e recolhimento de precisão. O 3º/1º GCC é o único Esquadrão que desempenha todas as missões afetas ao controle: Controle de Aproximação (APP), atua com OCOAM e executa o recolhimento de precisão (PAR). Na implantação do OCOAM, o Esquadrão Morcego teve apoio 1º GCC e do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), na coordenação e na transmissão da síntese radar da Terceira Região de Defesa Aeroespacial (RDA III). Só para esclarecer, a desativação do sistema MGCA já fazia parte do planejamento do DECEA, com a respectiva
Desativação do MGCA
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 35
Cabo Branco I (2010): A determinação ímpar do efetivo garantiu o cumprimento da missão
Ele conta que o 3º/1º GCC recebeu, após 28 anos de operação do sistema MGCA italiano, um moderno sistema de fabricação norte-americana, o MGCA PAR 2000T. A transição teve início no final de 2012, tendo sido recebido na íntegra em julho de 2013. Devido à desativação do sistema antigo, o Morcego passou dois anos sem operar fora de sede. Todavia, após seu recebimento completo (Radar Primário, Radar Secundário e PAR) foi possível realizar, em 2013, a operação Cabo Branco 2, na cidade de João Pessoa – PB. "Foi um momento muito importante, pois pela primeira vez se testava a desmobilização, transporte e mobilização do sistema, bem como sua operação em outra localidade" - detalha Marshal. Foi realizado um planejamento criterioso da operação que foi aprovado pelo 1º GCC. Inicialmente, a operação transcorria normalmente. Seis caminhões foram responsáveis por transportar o MGCA a João Pessoa. A fase de montagem foi concluída com êxito. O próximo passo seria o voo de inspeção a ser realizado pelo GEIV, homologando o sistema para operação. Marshal solicitou ao GEIV a possibilidade de realizar a inspeção como Piloto Inspetor. Após, aproximadamente, duas horas, haviam homologado a operação dos radares primário e secundário. Todavia, existia algum problema com o segmento final da rampa de 36 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
aproximação de precisão. "Como comandante do Esquadrão e da aeronave de inspeção, minha frustração não cabia na cabine" - revela Marshal. Foram realizados alguns ajustes, porém sem resultados positivos. Decidiram, então, pousar e rechecar todo o sistema. Marshall conta que os técnicos do Morcego checaram toda a parte de software, hardware, cablagem, alimentação e tudo mais que podia ser verificado. Resultado: finalizaram aquele primeiro dia sem receber sinais da rampa de aproximação no segmento final da mesma. "Depois de fazer contato com o fabricante, além do apoio dos técnicos do Esquadrão Zagal, que nos acompanhavam na operação, foram adotadas diversas medidas, incluindo substituição de placas, bem como a mudança de posição da antena. Assim, no segundo dia, decolamos novamente para realizar a inspeção do PAR. Mais uma vez, nossas tentativas foram frustradas" - conta o então comandante. A aeronave do GEIV precisava seguir com seu cronograma de inspeções e não poderia ficar mais em João Pessoa. Assim, a operação se restringiu ao controle da área terminal de João Pessoa, conforme Acordo Operacional firmado com o CINDACTA III. Todo o restante da operação transcorreu conforme o planejado, chegando o momento da desmontagem
cos dias, a operação em Natal retornou ao normal. Passados mais de quatro meses, já em 2014, após diversos estudos realizados pelo Esquadrão e também pelo 1º GCC no tocante às possíveis interferências eletromagnéticas na propagação do radar, receberam um relatório do fabricante apontando uma possível falha na inserção de dados relativos ao posicionamento da antena em João Pessoa. De imediato, coordenaram para indisponibilizar o PAR, inserindo os dados que estavam configurados por ocasião
Construção do 3º/1º GCC
da operação na Paraíba e confirmaram que o mesmo
e desmobilização na proa de Natal. Nesse momento, a expectativa aumentava, pois esperavam saber se o
problema surgiu em Natal. Alívio completo. Não havia
PAR voltaria a operar em Natal, uma vez que estava
problema com o sistema.
operando normalmente antes de sua saída. Caso posi-
Dessa forma, foi planejada uma nova operação em
tivo, os levaria a acreditar que havia algum problema
João Pessoa, denominada Cabo Branco 3, para no-
no sítio escolhido no aeroporto de João Pessoa. Os
vembro de 2014. "Dessa vez, tive o prazer de realizar
caminhões chegaram a Natal e foram direto para o
o voo de inspeção e homologar o sistema completo
sítio para a montagem. "A equipe estava desgastada,
sem quaisquer dificuldades, possibilitando a entrada
mas a esperança de que o sistema funcionasse era
em operação no dia seguinte, já com as aproximações
maior que o cansaço e a frustração" - revela Marshal.
de aeronaves Learjet do 1º/6º GAv, Esquilo do 1º/11º
Dito e feito: sistema montado e o Major Roni, chefe
GAv e Super Tucano do 2º/5º GAv. A operação foi
do Setor de Material, fez contato: “Comandante, siste-
cumprida com louvor!" - conta Marshal com muito
ma operando normalmente”.
orgulho.
O sentimento experimentado foi um misto de alívio
Marshal pas-
e preocupação, pois o sistema estava funcionando,
sou o comando
mas ainda não sabiam o que havia ocorrido. Assim
em dezembro de
sendo, Marshall tomou as medidas necessárias para
2014 para o Major
solicitar novo voo de inspeção para a homologação do
Aviador EDSON
sistema em sede. Além disso, todos os dados técni-
Luiz Vieira Neto,
cos e operacionais foram gravados e enviados para o
que recebe uma
fabricante nos Estados Unidos, para que houves-
Unidade pronta
se um parecer técnico formal do ocorrido, pois
para continuar
não poderiam ficar com um sistema que é feito
sua missão com
para ser empregado em qualquer localidade res-
orgulho e unida: a
trito dessa forma.
família Morcego.
Após o novo voo de inspeção, que ocorreu em pou30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 37
38 30ยบ Aniversรกrio Esquadrรฃo Morcego - 3ยบ/1ยบ GCC
A estrutura organizacional do Esquadrão Morcego O organograma do 3º/1º GCC retrata sua estrutura organizacional e revela a importância de cada setor, assim como as responsabilidades e as funções de seu efetivo.
Comandante
Secretaria do Comando
S1 - Seção de Pessoal
Adjunto Pessoal
S2 - Seção de Inteligência
OSCEA
S3 - Seção de Operações
S4 - Seção de Material
Adjunto Operações
Adjunto Material
S5 - Seção de Instrução e Atualização Técnica
S5 - Seção deTecnologia da Informação
Subseção Suprimento 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 39
Secretaria do Comando & Seção de Comunicação Social As duas seções estão diretamente ligadas ao comando do Esquadrão e atuam para cumprir a missão de integrar o efetivo e divulgar suas ações. A Secretaria do Comando está diretamente subordinada ao comandante, que elabora, controla e arquiva todos os documentos específicos do comandante. Faz também a coordenação de ações para elaborar e arquivar as Notas de Serviço afetas ao Esquadrão Morcego. A Secretaria possui, ainda, a incumbência de encaminhar, via Sistema Web Informatizado de Gestão Arquivista de Documentos da Aeronáutica (SIGADAER), a todos os setores do Esquadrão Morcego e demais Esquadrões subordinados ao 1º GCC, como também a todas as Unidades da Força Aérea Brasileira, desde que estas estejam interligadas na rede INTRAER, os mais variados tipos de documentos que por lá tramitam, tais como: fac-símiles, ofícios, encaminhamento eletrônico, partes pessoais, memorandos etc., utilizando-se do SIGADAER. Esse sistema surgiu da necessidade de integrar o controle na troca de documentos internos e externos dentro das Organizações Militares do Exército e, desde julho de 2007, a participação da Força Aérea Brasileira ao projeto passou a ser efetiva, passando a chamar-se na aeronáutica de SIGADAER. Mais conhecida como RP - Relações Públicas, a Seção de Comunicação Social - dentre as suas atribuições instituídas em Regimento Interno - assessora o comandante nos assuntos de imprensa e de comunicação social, como também o planejamento e a coordenação de ações em consonância com a legislação vigente, fazendo a devida integração com os elos do sistema, objetivando a execução da Política e do Plano de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica (COMAER). As atividades da seção são programar, acompanhar e coordenar as visitas, implementar os programas sociais e de integração do efetivo, controlar o material de propaganda, elaborar e divulgar o calendário de eventos, cartazes, folhetos, logotipos, símbolos, convites, cartilhas, Por 1T PSC Lizzie Trevilatto Fotos: Antonio Carlos Sampaiode eventos e divulgafolders e outros materiais 40 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
ção institucional de interesse do Esquadrão. Preocupa-se em difundir a Política de Comunicação Social do COMAER, em consonância com as diretrizes do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e da Assessoria de Comunicação Social do DECEA. O registro de fatos históricos é responsabilidade direta do Oficial de Comunicação Social e constitui-se em importante fonte de pesquisas historiográficas. Dessa forma, o Álbum Fotográfico, o Livro Histórico, e os boletins são as fontes mais conhecidas e consultadas da Organização, e a confiabilidade dos seus conteúdos está relacionada à qualidade dos mesmos e à utilização da metodologia adequada quando da sua elaboração e montagem. Em 26 de fevereiro de 2010, o Comandante da Aeronáutica instituiu o Sistema de Patrimônio Histórico e Cultural do Comando da Aeronáutica (SISCULT), tendo como seu órgão central o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER) e, nesse contexto, o 3º/1º GCC encontra-se inserido, uma vez que reconhece a importância da preservação, da pesquisa e da difusão do patrimônio cultural no âmbito do COMAER para toda a sociedade brasileira. Seções de Comando e Comunicação Social 1º Ten QOEA SUP DIXON da Silva Penha 3S Erenilson GADELHA do Nascimento S2 David HORIALLY Lins Pontes
Assessoria de Investigação e Prevenção de Acidentes e Incidentes do Controle do Espaço Aéreo O binômio Operacionalidade/Segurança Operacional necessita estar presente para assegurar a qualquer instituição a confiabilidade no cumprimento de sua missão. O Esquadrão Morcego iniciou a execução desse compromisso em sua doutrina em meados de 2011. Naquele ano, a ideia de "Segurança Operacional" começava a ser desenvolvida e sedimentada por seus militares. Era o primeiro passo rumo à excelência da prestação dos serviços de controle de voo à aviação militar.
Após alguns ajustes necessários para a implemen-
regras, normas e procedimentos, e suas formas de
tação desse novo conceito de Segurança Operacional
aplicação estão contempladas nos manuais do SGSO.
na Força Aérea Brasileira (FAB), o Esquadrão Morcego
A implantação desse sistema é mais uma etapa da
conseguiu sedimentar seus princípios com a elabo-
melhoria operacional do 3°/1° GCC, pois torna mais
ração do primeiro Documento de Gerenciamento do
eficaz o emprego de seus meios e equipamentos, du-
Risco a Segurança Operacional (DGRSO), referente à
rante a prestação dos serviços de controle de tráfego
operação do seu antigo Radar de Aproximação de Pre-
aéreo.
cisão - MGCA PAR 2080 (Italiano), o qual operou em Natal (RN) desde março de 1985. O ano de 2010 foi importante para o 3°/1° GCC,
Em 2012 foi implementado o Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares Subordinado (OCOAMS) para atendimento dos voos das Unidades Aéreas nas
pois marcou o início da implantação do Sistema de
áreas de instrução em Natal, quando foi iniciada a
Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO),
separação do Controle de Aproximação de Precisão
que define novos padrões de identificação, análise e
(PAR) e o Controle da Circulação Operacional Militar
tratamento dos riscos inerentes à atividade aérea.
(COM) em locais distintos.
Composto de quatro fases, o SGSO é uma ferra-
No Shelter Operacional operava apenas o PAR e não
menta que torna a atividade aérea e seu controle uma
mais o controle dos voos nas áreas de instrução. No
operação mais segura tanto para os tripulantes e
final de 2012, o 3º/1º GCC recebeu seu novo equipa-
passageiros, quanto para os prestadores dos serviços
mento de aproximação e precisão, o MGCA PAR2000T
de navegação aérea.
(americano), aposentando o antigo MGCA PAR2080.
A primeira fase é o planejamento, que define a
O novo PAR exigiu a elaboração de um documento -
forma como os requisitos do SGSO são integrados às
o DGRSO - que avaliasse o risco da sua operação em
atividades diárias do 3º/1º GCC, identificando as res-
sede e quando em deslocamento.
ponsabilidades e as atribuições funcionais do pessoal envolvido na implantação do sistema. O Gerenciamento do Risco é a segunda fase e a base do SGSO. Contempla a identificação reativa ou proativa dos perigos. O programa de Gerenciamento do Risco adotado pelo 3°/1º GCC é composto pelas seguintes fases sequenciais: identificação dos perigos,
Em 2013 foram elaborados o 2º e o 3º DGRSO, respectivamente operação em sede e deslocado para João Pessoa (PB). A concepção de "Segurança Operacional" sedimentava-se dentro da Unidade. Em outubro de 2014, o Esquadrão confeccionou o seu 4º DGRSO - deslocado para Campina Grande (PB). A Assessoria de Investigação e Prevenção de
avaliação dos riscos, mitigação dos riscos e comuni-
Acidentes e Incidentes do Controle do Espaço Aéreo
cação dos riscos.
(ASSIPACEA) tem por função executar as atividades
A terceira fase do SGSO, Identificação do Perigo e
de Prevenção, difundindo a filosofia do SIPAER (Siste-
Análise de Risco, representa uma ferramenta adicio-
ma de Investigação e Prevenção de Acidentes Aero-
nal de coleta de dados, sem depender dos operadores
náuticos), aplicada à segurança do controle do espaço
envolvidos na rotina diária. Dentre as ferramentas
aéreo, bem como coordenar a investigação de todos
pró-ativas já disponíveis no Sistema de Controle do
os incidentes e irregularidades do controle do espaço
Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) estão as Audito-
aéreo que tenham ocorrido durante a operação do
rias de Segurança, as Inspeções de Segurança Ope-
3º/1ºGCC, com base nas fontes de informações inter-
racional, as Vistorias de Segurança Operacional e o
nas ou solicitadas de outros órgãos.
Relatório de Prevenção.
A implementação e a condução das atividades de
A quarta e última fase é a Garantia e Promoção da
Segurança Operacional no Esquadrão foram conduzi-
Segurança Operacional, que envolve o monitoramen-
das inicialmente pelo Capitão QOEA CTA Bastos, até o
to regular de todos os aspectos das operações de
ano de 2013.
uma organização. Os processos de monitoramento da segurança devem estar em conformidade com as
A equipe atual vem monitorando a segurança operacional na atividade de controle de tráfego aéreo, 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 41
bem como difundindo aos demais militares, por meio de palestras e treinamentos, a importância de cada um dentro desta concepção.
to, da implementação e do monitoramento dos seus objetivos.” Os trabalhos de implantação do SGQ no 3º/1º GCC tiveram início em meados do ano de 2006, durante
ASSIPACEA
o comando do então Major Aviador José Luis Jardim
Cap QOEA CTA WILTON Romeiro Freire - Chefe
Gouveia, que vislumbrou a possibilidade de seguir a
1S BCT José Barros da Silva SEGUNDO - Auxiliar
corrente de pensamento do CINDACTA III, que vinha
1S BCT CLEYTON do Nascimento Nunes - Auxiliar
buscando a certificação formal para fins de aumentar
3S BCT WATSON Andrade de Melo Vieira - Auxiliar
a confiabilidade do usuários do sistema. Contando com a ajuda de profissionais do CINDACTA III, do IFI e sob a coordenação do então Major CTA José Roberto
Sistema de Gestão da Qualidade Os serviços prestados pelo Esquadrão Morcego são dignos de expressiva confiabilidade. Consolidando o caráter de busca constante da excelência do serviço prestado, o 3º/1º GCC possui um Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, baseado na Norma NBR ISO 9001:2008, desde 2008, com objetivo obter a satisfação do cliente do Serviço de Controle de Aproximação de Precisão (PAR) prestado pela Unidade, por meio da melhoria do próprio sistema e dos processos associados. O Esquadrão Morcego é uma das poucas unidades pertencentes ao SISCEAB detentoras deste Certificado, emitido pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), que atesta ao público usuário que os serviços prestados pelo Esquadrão Morcego são dignos de expressiva confiabilidade. Atualmente o índice de satisfação encontra-se em
Campos, o Esquadrão Morcego conquistou a primeira homologação do seu Sistema de Gestão da Qualidade em janeiro de 2007. Após passar por inúmeras e contínuas gestões de melhorias, característica inerente e importantíssima para qualquer SGQ, o Esquadrão Morcego possui processos mapeados, relacionados com as áreas operacional e técnica, homologados pelo IFI dentro de um escopo específico. A conquista desta certificação transmite aos usuários do Sistema de Aproximação de Precisão, operado pelo Esquadrão, o sentimento de que os serviços serão prestados com qualidade e confiabilidade superiores. Os objetivos adotados pela atual gestão são buscados pelo gerenciamento de metas e podem ser descritos pelos seguintes macroprocessos: 1º - PAR: “Manter o índice de satisfação dos clientes, referente ao serviço de Controle de Aproximação de Precisão ( PAR), igual ou superior a 85%.”
92% e o Esquadrão Morcego se empenha diariamente
2º - CAPACITAÇÃO: “Garantir a inclusão no Plano de
em melhorar este índice, sempre em prol da Seguran-
Capacitação de 100% dos cursos identificados como
ça do Espaço Aéreo.
essenciais para o cumprimento da missão do Esqua-
Tal certificado atesta o alto padrão de qualidade dos serviços prestados pela unidade, resumidos na seguinte política:
drão, bem como realizar as gestões necessárias para a sua consecução.” 3º - SEGURANÇA OPERACIONAL: “Manter o índice de
“Buscar a excelência na prestação eficaz do Serviço
0% de Acidentes/Incidentes Aeronáuticos e Inciden-
de Controle de Aproximação de Precisão Radar (PAR),
tes de Tráfego Aéreo relacionados com a prestação
em cumprimento ao que preconiza a ICA 100-19
do serviço de PAR, por meio das metas e indicadores
NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA OPERAÇÃO GCA e
previstos no Sistema de Gerenciamento da Segurança
as demais normas e Avisos/Acordos Operacionais que
Operacional (SGSO), no biênio 2013/2014”.
versam sobre a prestação deste serviço, com foco na
4º - QUALIDADE: "Assegurar o cumprimento das
satisfação do cliente, na manutenção da segurança
metas definidas neste macroprocesso, utilizando-
operacional e no aprimoramento contínuo do Sistema
-se de indicadores de desempenho adequados como
de Gestão da Qualidade, por meio do estabelecimen-
ferramentas de mensuração e análise, com foco na
42 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
S1 - Seção de Pessoal
satisfação do cliente, no biênio 2013/2014.” O trabalho contínuo e abdicado em busca destes objetivos é a peça fundamental para a manutenção da certificação. Anualmente, o Esquadrão é auditado por equipes internas e principalmente por profissionais do IFI que, ao final dos trabalhos de inspeção, atestam a qualidade dos serviços observados em formato de relatórios e, estando tudo enquadrado à luz da Norma ISO 9001:2008, emitem o certificado de homologação. Apesar de total formalidade, auditorias constantes, certificação e toda a gama de
Atender bem ao efetivo do Esquadrão Morcego é a grande busca da Seção de Pessoal. O desafio de responder aos anseios do efetivo com relação ao trâmite dos processos burocráticos que envolvem a parte profissional e pessoal de cada militar e de cada civil servindo no 3º/1º GCC é, sem dúvida, a razão primordial e norteadora da Seção de Pessoal (S1). Observando nossa missão – instalar, operar e manter, em nível orgânico, um sistema transportável de controle de aproximação de precisão – percebemos que mobilidade é um fator preponderante na rotina do Esquadrão e o dinamismo empregado para cumprirmos essa missão transforma o dia-a-dia da Seção de Pessoal em uma grande busca para superar o desafio de atender bem ao efetivo. Naturalmente, essa visão focada na satisfação dos nossos clientes não desvia do que regulamentam as publicações do Comando da Aeronáutica (COMAER), pois a Sessão de Pessoal mantém um assessoramento ao Comandante pautado nas orientações emanadas por diversos setores da Força Aérea Brasileira (FAB). Seja na confecção e na observância dos processos administrativos, seja no controle patrimonial, o conhecimento, a experiência e o estreito relacionamento com os setores da Base Aérea de Natal (BANT), assim como o ótimo contato com o Primeiro Grupo de
legislação que norteiam o SGQ, outrora implantado no Esquadrão Morcego, o grande fator responsável e diferenciador que têm contribuído de forma expressiva para que a qualidade do 3º/1º GCC aconteça é o fator humano. O alto padrão de dedicação, carinho e satisfação pelo trabalho gratificante tem sido o verdadeiro responsável e é o que impulsiona os profissionais a elevarem a qualidade do serviço a um patamar superior. As auditorias apenas atestam o trabalho de um Esquadrão que tem imenso prazer em bem cumprir bem a sua missão. 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 43
Comunicações e Controle (1º GCC), fazem com que a Seção de Pessoal do 3º/1º GCC transmita tranquilidade para os técnicos e controladores poderem auxiliar no regresso seguro de nossos vetores.
a coleta dos assuntos extraídos e das publicações recebidas; manter atualizado o banco de dados da área de Inteligência; organizar e controlar as publicações e os documentos sigilosos, conforme as instruções em vigor.
S1 - Sessão de Pessoal
O funcionamento da Seção de Inteligência está
Cap Av Petter Kaize FIEL da Silva - Chefe
inserido na Nota de Serviço (NS) 200/31GCC, de 23
1º Ten SUP DIXON da Silva Penha - Adjunto
ABR 2013, a qual, em consonância com as Normas
SO BCO Luiz Alberto de Oliveira FARIAS - Patrimônio
e Diretrizes instituídos pelo Sistema de Inteligência
1S SAD Henrique HUDSON de Souza - Encarregado
da Aeronáutica (SINTAER), descreve que o setor é
1S BCO R1 William BARROS Pereira da Silva Júnior -
responsável pelas ações que visem à produção de
Pessoal
conhecimentos úteis ao processo decisório, no asses-
3S SEM NAELSON Rodrigues Barbosa - Patrimônio
soramento do comando ao nível de Esquadrão; e das
3S SAD KLEMEK Martins da Mata - Pessoal
ações de contrainteligência.
CV Francisca ELIONE de Souza Rodrigues Pereira -
O SINTAER, constituído por elos diferenciados
Pessoal
segundo categorias, possui como Órgão Central o
CV MIGUEL Pedro da Silva - Patrimônio
Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER), que é o
S1 BSP MARCELO de Aquino Nascimento Silva - Au-
Órgão responsável pelo planejamento, orientação, co-
xiliar
ordenação e controle de toda a atividade de inteligên-
S1 SAD Tiago Felipe de SOUZA - Auxiliar
cia no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER).
S1 SAD CAIO CESAR Felipe da Silva - Auxiliar
Os elos são os setores de Inteligência (Seção, Sub-
S1 SAD VICTOR HUGO Rodrigues Barros de Albuquer-
seção e Assessoria) ativados nas estruturas organi-
que - Auxiliar
zacionais das Unidades da Força Aérea, sendo o 3º/1º
S2 NE Paulo HENRIQUE Santos de Sousa - Auxiliar
GCC, de acordo com a NSCA 200-1/2011, classificado de elo tipo “C”, por estar localizado em Natal e pertencer a área do Segundo Comando Aéreo Regional
S2 - Seção de Inteligência A eficiência, a eficácia e a efetividade de ações voltadas para a percepção e a identificação de ameaças asseguram o Esquadrão Morcego há 30 anos. A Seção de Inteligência do 3º/1º GCC, denominada S2, consta da estrutura da Unidade desde a sua criação. De acordo com o Art. 39 do RICA 21-109 (Regimento Interno do 1º GCC, aprovado pela Portaria DECEA Nº
(COMAR 2). O Esquadrão recebeu esta classificação por possuir suas atribuições predominantemente voltadas para a produção de conhecimentos cujo teor guarde relação com a sua missão, que é “instalar, operar e manter, em nível orgânico, um sistema transportável de controle de aproximação de precisão”. Após esta breve explanação sobre as atribuições da Seção de Inteligência do 3º/1º GCC, talvez, não para todos, mas para alguns, ainda permaneçam dúvidas a
99/DGCEA, de 03 ABR 2009, tem como competência:
respeito da colaboração do setor nesses 30 anos de
planejar, dirigir e controlar as atividades de Inteli-
existência do Esquadrão. Na tentativa de responder
gência, em consonância com as normas, diretrizes e
a este questionamento, convém que façamos uma
instruções pertinentes; participar do planejamento
viagem ao passado e busquemos na história a origem
dos exercícios e operações militares, em conjunto
do serviço de inteligência.
com a Seção de Operações; acompanhar e controlar
A atividade de inteligência surgiu antes de Cristo
o cumprimento das medidas previstas no Plano de
(AC), por ocasião da conquista da terra de Canaã,
Segurança Orgânica (PSO); cadastrar e controlar o
relatada no livro de Números 13:17-20: “Enviou-os,
pessoal quanto às credenciais de segurança; efetuar
pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes:
44 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
subi por aqui para o lado do sul, e subi à montanha: e vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito. E como é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam; se em arraiais, ou em fortalezas. Também como é a terra, se fértil ou estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra". Outro fato histórico provém do general, estrategis-
S2 - Seção de Inteligência Cap QOEA GDS R1 Gilson XIMENES Aragão - Chefe 3S SEL Nazareno Cosme de LIMA Junior - Auxiliar
S3 - Seção de Operações O Esquadrão Morcego participa ativa e continuamente, desde 1987, de manobras e exercícios fora de sede em apoio às diversas unidades aéreas e em
ta e filósofo chinês Sun Tzu – 500 AC: “Aquilo que é
operações combinadas com outras forças militares e
chamado conhecimento não pode ser obtido a partir
auxiliares, nacionais e estrangeiras.
dos espíritos, dos deuses, de analogias com eventos
A Seção de Operações (S3) do Terceiro Esqua-
passados, de cálculos. Tem que ser obtido a partir de
drão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle
homens que conheçam o inimigo”.
(3º/1º GCC) tem por função precípua planejar, dirigir
Como podemos observar, exemplos históricos con-
e controlar as atividades referentes ao emprego e à
firmam que a busca, pelo homem, por informações
operação dos meios orgânicos, à doutrina e ao con-
diferenciadas que lhe garantisse vantagem em suas
trole operacionais, em consonância com as normas,
decisões e ações remontam a antiguidade. Neste con-
diretrizes e instruções pertinentes.
texto, podemos afirmar que a atividade de inteligência
Além disso, também analisa os relatórios elabo-
surgiu e desenvolveu-se como um instrumento de
rados e recebidos, propondo as correções para as
assessoramento às estratégias militares, passando
discrepâncias apresentadas.
a ser utilizada, mais tarde, como instrumento de Es-
A S3 tem a responsabilidade de operar e manter,
tado. Baseado na assertiva de que, no âmbito interno
em nível orgânico, um sistema transportável de con-
da Organização, poderá em algum momento existir
trole de aproximação de precisão em qualquer parte
situações de vulnerabilidades com a segurança tanto
do território nacional, em conjunto com ASSIPACEA, a
pessoal como patrimonial, bem como em arquivos,
qual visa à segurança das operações desempenhadas
bancos de dados, processos e documentos, é tarefa
por este Esquadrão.
primária da Seção de Inteligência do 3º/1º GCC agir
A Seção de Operações do Esquadrão Morcego
de forma eficiente, eficaz e efetiva com ações vol-
possui o Certificado ISO 9001, fornecido pelo Instituto
tadas para a percepção e identificação de ameaças,
de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), que tem a
as quais, possivelmente, possam interferir no cum-
seguinte política da qualidade: Buscar a excelência na
primento da missão do Esquadrão, proporcionando,
prestação de serviço de Controle de Aproximação de
assim, assessoramento ao comandante nos proces-
Precisão Radar (PAR) em cumprimento ao que pre-
sos decisórios.
coniza a ICA 100-19 - Normas e Procedimentos para
Dessa forma, conclui-se que, a resposta ao questio-
Operação GCA e as demais normas e Avisos/Acordos
namento sobre a contribuição da S2 nos 30 anos de
Operacionais - que versam sobre a prestação deste
existência do Esquadrão Morcego, encontra-se no seu
serviço, com foco na satisfação do cliente, na manu-
próprio lema: "Missão cumprida Regresso seguro!"
tenção da segurança operacional e no aprimoramento
Ou seja, a Seção de Inteligência, juntamente com os
contínuo do Sistema de Gestão da Qualidade, por meio
demais setores da Organização, de forma integrada,
do estabelecido, da implementação e do monitora-
através do trabalho e da dedicação dos militares e
mento dos seus objetivos.
civis pertencentes aos seus efetivos, faz com que
Para o atendimento das missões supracitadas a Se-
realmente a missão seja cumprida e o regresso segu-
ção de Operações atualmente conta com 13 controla-
ro! Contribuindo, assim, para o engrandecimento da
dores que se revezam em turnos para atender ao PAR
Força Aérea Brasileira.
e ao OCOAM-NT. 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 45
A interação entre os Esquadrões do 1º GCC é mediada pelo Setor de Operações do 1° GCC em atendimento às diversas solicitações de apoio dos grandes Comandos para as diversas operações militares. O Setor de Operações, além das suas atribuições normais, mantém os controladores do esquadrão operacional no Controle da Circulação Aérea Geral (CAG), realizada no DTCEA-NT, participando das escalas operacionais do Controle de Aproximação (APP-NT). No tocante a operacionalidade dos CTA no controle dos voos militares, essa é proporcionada no atendimento da escala de voo diária das Unidades Aéreas sediadas em Natal. Quando fora de sede, também é efetiva a interação do CTA com as unidades aéreas participantes. Dentre as inúmeras operações militares que contaram com a participação do 3º/1º GCC, destacam-se: • OPERAER 87, em Boa Vista (RR), em 1987; • COMBINEX VII, em Lajes (RN), em 1996; • Operação 500 anos, em Porto Seguro (BA), em 2000; • Especializex, em Feira de Santana (BA), em 2006 • Especializex, em Cuité (PB), em 2007; • ENTRE-LAGOAS I, em Pelotas (RS), em 2007; • Todas as edições da Operação CRUZEX; • Exercício Operacional Cabo Branco, em João Pessoa (PB), em 2010 – última missão com deslocamento radar PAR 2080; • Especializex – Exercício Operacional HARES, em 2011. Os membros da Seção de Operações do Esquadrão Morcego exercem as seguintes funções: • Controle de tráfego aéreo da Circulação Aérea Geral (CAG) no APP-NT (Controle de Aproximação de Natal); • Controle de Aproximação Radar de Precisão, através do equipamento PAR-2080; 46 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
• Controle da Circulação Operacional Militar (COM), a partir do OCOAM-S (Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares - Subordinado); • Chefia de Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares; • Operador de Disponibilidade de Meios (ODM). A fim de cumprir as funções supracitadas, os operadores da Seção de Operações (S3) possuem as seguintes qualificações: • Controlador Radar em Área de Controle Terminal (APP); • Controlador de Aproximação Radar de Precisão (PAR); • Controlador de Tráfego Aéreo Militar (CTAM); • Controlador de Operações Aéreas Militares (COAM); • Ajudante de Chefe Controlador (AJCC); • Chefe Controlador (CC); • Operador de Disponibilidade de Meios (ODM). S3 - Seção de Operações Maj Av ADRIANO Geraldo Gonçalves Pereira - Chefe SO BCT Ari do VALLE Santos - Encarregado SO BCT Francisco RICARDO Bezerra Monteiro - Auxiliar SO BCT EDMILSON Rodrigues da Silva - Auxiliar 1S BCT Antonio Carlos AGUILAR - Auxiliar 1S BCT Thomas Michael STEPPAN - Auxiliar 1S BCT JEAN CARLOS Tavares Dantas- Auxiliar 2S BCT Flávio DIAS da Silva - Auxiliar
2S BCT Gilberto Ferrera La Spina DOURADO - Auxiliar 2S BCT DAVI Aguiar de Souza - Auxiliar
como auxiliares. Vale ressaltar, que o Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços (SILOMS), que
3S BCT Ana RAFAELA Jacob Catunda - Auxiliar
integra as organizações do Comando da Aeronáutica, é
3S BCT WILLIAM Regis Ruli - Auxiliar
utilizado em todas as tarefas executadas pela Subseção
3S BCT MAVIGNIEL Neves Moreira - Auxiliar
de Suprimento, tais como recebimento, armazenagem,
3S BCT GEORGES Luis Brito Pinheiro - Auxiliar
controle de estoque e expedição de itens pertencentes ao nosso acervo de equipamentos. Atuando com
S4 - Seção de Material Os Sistemas Radar e de Telecomunicações com seus
dedicação e precisão, o pessoal da logística provê ao corpo técnico-operacional as condições necessárias para atuar em segurança, sabendo que haverá suporte
acessórios eletromecânicos e de climatização garan-
suficiente e em tempo adequado para qualquer
tem pronta-resposta aos acionamentos para suporte
circunstância.
de mobilidade aos exercícios e operações militares. A Seção de Material (S4) é o setor responsável pela logística de suprimento e manutenção e pela mobilidade dos equipamentos do Esquadrão Morcego. A definição de sua incumbência cabe em apenas duas linhas, no entanto os seus desafios diários são gigantescos. Para vencê-los, o corpo técnico do setor conta com a experiência, a habilidade, a capacidade e o profissionalismo de oficiais especialistas em comunicações e em suprimento; graduados técnicos em suprimento, em eletrônica, em eletricidade, em eletromecânica e em comunicações. Todos empenhados em manter disponíveis os Sistemas Radar e de Telecomunicações
A função logística manutenção é desempenhada em meio a um ambiente de constante aprendizado. Devido à substituição em 2012 do Sistema MGCA PAR2080 pelo moderno Sistema MGCA PAR2000T a necessidade de adquirir novos conhecimentos se tornou imperiosa. O primeiro Sistema foi utilizado desde a criação do Esquadrão em 1985. O segundo, implantado em 2012, despertou em nossos técnicos o desejo de desbravar novos horizontes. Na implantação do PAR2000T pela CISCEA foi ministrado, por dois meses, um curso inicial de manutenção nas áreas de eletrônica, elétrica e eletromecânica. Partindo deste ponto e em conjunto com o Esquadrão irmão ZAGAL (5º/1º GCC), foram realiza-
com seus acessórios eletromecânicos e de climatização e garantir pronta-resposta aos acionamentos para suporte de mobilidade aos exercícios e operações militares. Na função logística suprimento, são diariamente desafiados a prover o material certo, na quantidade adequada e no menor tempo possível. Para tanto, contam com a habilidade e o profissionalismo de um oficial especialista e dois graduados técnicos em suprimento e ainda dois praças atuando 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 47
das diversas reuniões para nivelamento e difusão do conhecimento, para delineamento do conjunto maior
Técnica do Material 1S SEL Ivanildo Gomes do Rêgo - Encarregado da
e para elaboração dos tarefários de manutenção pre-
Seção de Elétrica
ventiva a serem cadastrados no SILOMS. Atualmente,
1S BSP Luciano Ramos Katzenstein - Auxiliar Subseção
com pouco mais de dois anos de implantação, obtém-
de Suprimento
-se 100% de disponibilidade dos equipamentos, fruto
1S BET Geraldo Ribeiro Júnior - Auxiliar à Seção Técni-
da capacidade adquirida e do planejamento, coordena-
ca do Material
ção e controle das manutenções no SILOMS.
1S BET Adeílton Rafael de Vasconcelos - Auxiliar à
Quanto à mobilidade, a equipe da Seção de Material já demonstrou do que é capaz. A Operação Cabo Branco II ocorrida em novembro de 2013 foi o primeiro deslocamento do Esquadrão com o novo Sistema MGCA. O sítio operacional deste exercício foi montado por aquela equipe em quatro dias. Foram disponibilizados à Seção de Operações e para o voo de homologação do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) os equipamentos para o controle de uma
Seção Técnica do Material 1S BCT Vlademir Ferreira Cruz - Encarregado da Seção de Material 2S SEL Alisson Soares de Almeida - Auxiliar à Seção Técnica do Material 2S BET Isabelle Oliveira de Carvalho - Auxiliar à Seção de Suprimento 2S SEL José Eduardo dos Santos Sales - Auxiliar à Seção de Elétrica 2S BET Eduardo Moraes de Paula - Auxiliar À Seção
área terminal de 30 milhas náuticas, para o controle
Técnica do Material
de aproximação de precisão (PAR), para o controle da
2S BET Erika Cristina Martins de Lima Querino - Auxi-
Circulação Operacional Militar e para comunicações
liar à Seção Técnica do Material
de voz e dados via Sistema TELESAT. Após planejar
3S SEL Israel Viana de Moura Júnior - Auxiliar à Seção
e coordenar tarefas indispensáveis ao deslocamento
Técnica do Material
terrestre e apronto do sítio por 45 dias, a eficiência
3S BCO Eliézer de Melo Barbosa Pires - Auxiliar à
e a eficácia na mobilidade, função precípua desta or-
Seção de Material
ganização, foi testada e comprovada. A Força Aérea Brasileira e o Brasil sabem, a partir de então, que podem contar com a disposição e disponibilidade do Esquadrão Morcego.
CB BSP Adalberto Leandro da Silva - Auxiliar à Seção de Suprimento S1 BML Myke Jader Medeiros de Araújo - Auxiliar à Seção de Elétrica 21 BMA Francisco Soares Borges -Auxiliar à Seção de
S4 - Seção de Material
Material
Maj COM R1 RONI Luiz Schildt - Chefe
S2 NE Matheus Felipe de Souza - Auxiliar à Seção de Material S2 Flaviano Alves da Silva - Auxiliar à Seção de Suprimento S2 NE Abimael de Lima Inacio - Auxiliar à Seção de Material S2 NE Rodson Helias Nascimento da Silva - Auxiliar à Seção de Material S2 NE Diniz Tomaz Vannucci Diniz Tomaz - Auxiliar à Seção de Elétrica S2 NE Luan Marcelo Nogueira de Araújo - Auxiliar à Seção de Material CV GEVALDO Carneiro de Souza - Auxiliar à Seção de Material
Cap QOEA SUP MARCO ANTONIO Ferreira da Silva Adjunto Cap QOEA SUP R1 Jorge Antonio Santos CHAGAS - Chefe da Subseção de Suprimento SO SEM EVALDO dos Santos Fontes - Encarregado do Galpão SO BET Ricardo Silva Santos - Encarregado da Subseção Técnica SO BET R1 Edvaldo Silva Melo - Auxiliar Seção de Material 1S Gilson Soares de Araújo - Encarregado Subseção de Suprimento 1S BET Sérgio Luiz André de Oliveira - Auxiliar Seção
48 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
S5 - Seção de Instrução e Atualização Técnica Um reduto de qualidade e profissionalismo dedicado ao aprimoramento dos profissionais responsáveis pela garantia da segurança da aviação em tempos de paz e principalmente de guerra. O Esquadrão Morcego possui uma Seção de Instrução e Atualização Técnica (SIAT) - S5, que funciona aos moldes das demais seções de instrução, pertencentes ao SISCEAB e é responsável por planejar e controlar todas as atividades de capacitação técnica. A SIAT gerencia, em média, 100 indicações de cursos por ano, sendo os mesmos diretamente ligados ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), aos demais grandes comandos (COMGAP, DEPENS etc.) e até mesmo cursos externos à exemplo daqueles oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). A capacitação dos profissionais técnicos, operacionais e administrativos é essencial para a consecução das atividades realizadas pelo Esquadrão Morcego. A operação de sistemas avançados, tais como o PAR 2000T, gera inúmeras necessidades de capacitação e aprimoramento dos profissionais direta e indiretamente envolvidos na missão. Essas características tornam o trabalho da SIAT indispensável ao cumpri-
outras seções, teve espaço o novo Laboratório de Língua Inglesa, equipado com diversos computadores, material didático e demais aparatos necessários para apoiar o ensino e o treinamento. Nesta sala têm ocorrido aulas regulares de língua inglesa, quatro dias por semana, sendo que a missão do docente é manter os controladores e demais militares do Esquadrão em constante contato com o idioma estrangeiro. A finalidade de todo esse esforço é elevar o grau de proficiência em língua inglesa dos profissionais pertencentes ao Esquadrão e aumentar a segurança da circulação aérea sob responsabilidade de tais profissionais. Podemos destacar outras atividades de grande importância, gerenciadas pela SIAT tais como a aplicação do teste de aptidão física anual, instruções de tiro, controle e gerenciamento do efetivo de ATCs por ocasião da aplicação do teste de proficiência em língua inglesa, curso de inglês ATC (CTP-010) - que vem sendo oferecido pelo Esquadrão há dois anos. As atividades de gerenciamento da capacitação pertencem ao escopo do Sistema de Gestão da Qualidade implantado no Esquadrão à luz da Norma ISO 9001:2008, que tem a meta de "garantir a inclusão no Plano de Capacitação de 100% dos cursos identificados como essenciais para o cumprimento da
mento da atividade fim do Esquadrão. O conhecimento é uma das maiores ferramentas a serem utilizadas por aqueles que galgam a vitória em tempos de guerra ou a manutenção da paz em dias comuns. A missão da seção é viabilizar e facilitar o acesso a esta ferramenta. Desde 2013, o Esquadrão vem dispensando grandes esforços para investir na capacitação em língua inglesa dos profissionais ATC pertencentes ao efetivo. Naquele ano foram construídas novas dependências no prédio principal do 3º/1º GCC onde, entre 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 49
missão do Esquadrão, bem como realizar as gestões necessárias para a sua consecução.” O cumprimento de todas as funções e atribuições, acima descritas, torna a Seção de Instrução e Atualização Técnica do 3º/1º GCC um reduto de qualidade e profissionalismo dedicado ao aprimoramento dos profissionais responsáveis pela garantia da segurança da aviação em tempos de paz e principalmente de guerra. S5 - Seção de Instrução e Atualização Técnica Maj Av Gilberto de Moraes Corrêa Junior - Chefe 3S BMA Neuberto Rodrigues de Lima - Auxiliar CB BSP Cláudio Isaias da Silva - Auxiliar S2 NE Sânderson Paulo de Paiva Nunes - Auxiliar
S6 - Tecnologia da Informação Uma ferramenta de redução de custos e agilizadora no processamento de informação, aplicada em todos as atividades do Esquadrão Morcego, otimizando o relacionamento com o efetivo. A tecnologia está mudando de forma acelerada no mundo. E esse novo mundo será, em grande medida, moldado pela convergência digital, resultante da fusão das Tecnologias da Informação (TI), das telecomunicações e da multimídia. O fato é que a tecnologia passou a ser a mais poderosa alavanca de transformação da sociedade, em âmbito global, e continuará, sem dúvida, a produzir mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais. Desta forma, de que maneira a organização pode utilizar a Tecnologia da Informação de modo a desenvolver vantagens, e especificamente, listar os benefícios que o uso da Tecnologia da Informação pode trazer para uma Organização Militar alem de identificar as mudanças que podem ocorrer numa organização com o uso da Tecnologia da Informação? A integração da informação e do uso de novas tecnologias gera para as organizações militares um diálogo mais eficaz entre seus setores e também entre a OM e o COMAER. A TI dentro das OM é, atualmente, um dos principais recursos utilizados na geração da informação integrada, por permitir níveis de confia-
50 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
bilidade e rapidez exigidos para o seu uso eficiente e efetivo. Aliado aos avanços da informática e das telecomunicações surge a S6 - Seção da Tecnologia da Informação - que pode ser considerada uma ferramenta de redução de custos e agilizadora no processamento de informação e, cada vez mais, tem sido aplicada em todos os ramos da atividade humana, devido ao crescimento exponencial de seus recursos e habilidades. Diante deste cenário, todas as OM passaram a utilizar a TI principalmente para otimizar o relacionamento com o efetivo e com o COMAER, e não somente para otimizar processos repetitivos, reduzir despesas e agilizar tarefas. A história da vida é uma série de situações estáveis, pontuadas em intervalos raros por eventos importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima era estável. Desde o final do século XX vive-se um desses raros intervalos na história. Um intervalo cuja característica é a transformação da nossa “cultura material” pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza em torno na tecnologia da informação. Os avanços tecnológicos vêm dominando tanto a sociedade quanto as OM. A sociedade contemporânea passa por uma transformação ainda em fase de mapeamento de suas características principais e as organizações estão atualmente enfrentando um mercado tecnológico globalizante e turbulento, elas necessitam de informações oportunas e conhecimentos personalizados, para efetivamente auxiliar sua gestão de forma inteligente. Por essa razão, a disseminação das aplicações da S6 tornou-se mais próxima do cotidiano das organizações e das pessoas que nela trabalham. Em todos os grupos existe uma ou, eventualmente, um pequeno grupo de pessoas, que se destaca por seu conhecimento e sua habilidade técnica. Essas pessoas, possuidoras de uma capacidade analítica desenvolvida, em geral, adquiriram “know how” através de dedicação e perseverança, de um grande número de cursos que tenha frequentado, ou ambos. Conforme a tecnologia vai evoluindo e se tornando cada vez mais relevante para as pessoas, o investimento em TI ganha corpo. Mas é necessário preparo para dar conta das exigências e conseguir fazer com
que a equipe entregue resultados eficientes. Para isso a equipe da S6 possui profissionais com múltiplas habilidades, formação ampla e em constante atualização, pois o futuro não reserva espaço para profissionais de TI de nível básico dentro das unidades do COMAER. As características que diferenciam a equipe da S6 do 3°/1° GCC são as seguintes: • atenção - está atenta às necessidades do 3°/1°GCC e busca atualizar-se constantemente; • feedback - esse retorno também pode vir dos colegas de trabalho e de usuários dos recursos disponibilizados, com dicas sobre os pontos de melhoria; • desafios - profissionais de TI gostam de receber demandas que desafiam suas habilidades; • confiança - uma equipe só consegue funcionar bem quando há confiança entre os membros e a chefia, possibilitando que cada um entenda sua importância na engrenagem do 3°/1°GCC; • listas de tarefas bem definidas - a chefia enumera cada tarefa, fazendo com que o especialista entenda
a importância de cada uma delas e se sinta motivado para realizá-la e finalizá-la com êxito; • bem-estar - enfatiza a importância da qualidade de vida e o tempo dedicado aos hobbies no tempo livre é de extrema importância que neste tempo o especialista volte mais descontraído, leve, alegre e satisfeito ao trabalho; • otimização - procura monitorar o tempo no trabalho, por exemplo, dedica apenas algum período do seu dia para a leitura de e-mails - destina alguns minutos pela manhã no planejamento de suas tarefas do dia.
S6 – Seção de Tecnologia da Informação Cap QOEA COM Walter de Souza Fialho – Chefe SO BET Marcelo Silva Carneiro – Encarregado 1S BET Eric Leite CARVALHO – Auxiliar 2S SAD Ronaldo Tomaz de Aquino -Auxiliar 3S SIN Alan Klinger Sousa Alves - Auxiliar CB SAD José Rubens da Silva - Auxiliar
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 51
Cabo Branco III - uma missão
52 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
para comemorar os 30 anos
30ยบ Aniversรกrio Esquadrรฃo Morcego - 3ยบ/1ยบ GCC 53
Operação Cabo Branco 2014
Vitória de uma g 54 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
guerra simulada 30ยบ Aniversรกrio Esquadrรฃo Morcego - 3ยบ/1ยบ GCC 55
Deslocamento do Esquadrão Morcego para João Pessoa
Içamento do PAR 2000T
56 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
Montagem do PAR 2000T
Voo de inspeção para a homologação do sistema
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 57
O 3º/1º GCC no contexto da Guar A marca registrada do Esquadrão Morcego está impressa em cada decisão, em cada equipamento e, sobretudo, em cada integrante desta Unidade
A cidade de Natal - RN
Por Denise Fontes
de combate. O local possibilitava o treinamento dos controladores e dos pilotos diante das necessidades operacionais da Força Aérea Brasileira. Com a missão de instalar, operar e manter, em nível orgânico, um sistema transportável de controle de aproximação de precisão, as atividades do Primeiro Esquadrão de Controle e Telecomunicações (1º ECT) tiveram início em janeiro de 1985. Na época, o Esquadrão recebeu dois radares de terminal, primário e secundário, transportáveis e um radar de aproximação de precisão, de origem italiana. Em substituição ao 1º ECT, foi criado o Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e
Realizar o controle e a defesa aérea do território brasileiro não é tarefa fácil. Para que toda área seja vigiada e protegida, é necessário estar sempre alerta, com homens e radares, para fazer soar o alarme ao menor sinal de invasão de fronteiras. Ao longo das últimas três décadas, o Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle se destacou como referência pelo serviço prestado ao País. A ativação do Esquadrão permitiu grande economia de meios e garantiu uma maior segurança aos voos nos céus do Nordeste. Parnamirim, no Rio Grande do Norte, foi escolhida como sitio sede, porque o Comando Aéreo de Treinamento (CATRE), atual Base Aérea de Natal (BANT), sempre foi uma organização 3º/1º GCC - Esquadrão Morcego destinada ao preparo de equipagens 58 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
rnição da Aeronáutica em Natal
1º/11º GAv - Esquadrão Gavião
Controle, em setembro deste mesmo ano. Na BANT, um dos berços da aviação de caça no Rio Grande do Norte, o Esquadrão Morcego lançou seus alicerces. Entre seus hospedes, as unidades que desempenham tarefas operacionais de formação de pilotos de caça, de patrulha marítima, de transporte e de helicóptero, treinamentos de militares e segurança do espaço aéreo nacional. A Base Aérea de Natal é, desde a sua
dos pilotos na aviação de caça. • Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Natal (DTCEA-NT), organização que executa as atividades de proteção ao voo, mantendo a regularidade, a fluidez e principalmente a segurança do tráfego aéreo na região. • Primeira Força Aérea (I FAe), que concentra as unidades que formam os pilotos da FAB das diversas aviações em um único comando, tem como objetivos padronizar e supervisionar os programas de instrução dos pilotos. • Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), organização de ensino que ministra cursos para a formação e a especialização operacionais. • Prefeitura de Aeronáutica de Natal, unidade de apoio que administra as residências pertencentes à União, utilizadas pelos militares da Guarnição de Aeronáutica de Natal. É na Base Aérea de Natal que o 3º/1º GCC atua em total integração com as demais organizações. E para cumprir sua missão, ele conta com uma infraestru-
criação, uma organização que apóia outras unidades. Em sua história vários esquadrões já estiveram sediados e outros acabam de chegar. São eles: • Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (1º/5º GAv - Esquadrão Rumba), responsável pela formação dos pilotos de patrulha marítima e de transporte da FAB; • Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação (1º/11º GAv - Esquadrão Gavião) que forma os pilotos de helicóptero; • Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv - Esquadrão Joker), responsável pela especialização
Base Aérea de Natal
30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 59
tura complexa e com um efetivo de 78 homens e mulheres, entre civis e militares, altamente capacitados e empenhados. Em 2011, um marco na trajetória do Esquadrão: o grupo começou a operar o Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM), incluindo na sua missão, o serviço de Controle da Circulação Operacional Militar, agora na sua área de jurisdição. A relevância daquele momento estava ligado ao processo de desativação do Sistema MGCA italiano, sendo substituído pelo moderno Sistema MGCA PAR – 2000T, de origem norte-americana, recebido em junho de 2012. O novo equipamento trouxe maior rapidez e facili-
1º/5º GAv - Esquadrão Rumba
dade de deslocamento ao Esquadrão. A chegada do novo sistema inseriu o 3º/1º GCC no rol das unidades capazes de cumprir sua missão com maior eficiência e segurança. Marca registrada da organização. Imprescindíveis em qualquer organização, as Seções de Pessoal, Inteligência, Operações, Material, Instrução e Atualização Técnica, Tecnologia da Informação e Segurança Operacional formam os pilares de sustentação e de apoio, fundamentais ao funcionamento da estrutura do Esquadrão. Subordinado ao Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), o Esquadrão Morcego é responsável pelo recolhimento das aeronaves militares, contribuindo na capacitação dos pilotos recém-formados, tanto em sede quanto em qualquer ponto do territó-
DTCEA - NT
rio brasileiro. O Esquadrão está capacitado para receber as aeronaves e conduzi-las até um pouso seguro, sob quaisquer condições meteorológicas, garantindo a segurança da aeronave, por meio de equipamentos de alto desempenho e precisão. Para se ter uma ideia do volume desse trabalho, no decorrer de um ano cerca de 2.500 aeronaves militares são controladas pelo Esquadrão, considerando-se OCOAM e PAR. Com o objetivo de treinar e testar seus equipamentos, a Operação Cabo Branco é um exemplo das complexas demandas exigidas para a inserção do sistema MGCA em um teatro de operações. Tudo é feito para manter o esquadrão capacitado a oferecer uma pronta-resposta em caso de possíveis acionamentos 60 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
I FAe
Prefeitura de Aeronáutica de Natal
É exatamente nesse ponto que entram em cena os esquadrões do 1º GCC que, ao longo de todo ano, executam um trabalho fundamental para prover meios transportáveis de comunicação, controle e alarme aéreo. O 3º/1º GCC é um desses esquadrões. Em uma operação desse porte, a missão primordial é treinar a mobilidade e o adestramento técnico-operacional. Diante de imenso desafio, a mobilização começa cedo com um planejamento detalhado de todas as necessidades dos integrantes da manobra. Aqui, todo efetivo é envolvido no processo. Uma série de especialistas atua desde a desmontagem de seus equipamentos, deslocamento e montagem no local selecionado para a missão. Todas essas etapas são realizadas em poucos dias.
e, quando necessário, correções para que atendam aos parâmetros previstos. Durante a operação, para que o voo seja executado da decolagem ao pouso com total eficiência e segurança, os profissionais do 3º/1º GCC atuam em solo, realizando serviço de vigilância aérea do aeródromo onde está instalado e provendo vetoração das aeronaves para pouso sob condições de baixa visibilidade e teto. O controlador de voo ocupa uma posição estratégica no combate. Com uma visão privilegiada da ação e de posse de todos os dados, o militar fornece informações importantes para o piloto. Ele também treina o controle da aeronave de interceptação durante as medidas de policiamento do espaço aéreo. O esquadrão atua o ano inteiro para estar sempre pronto para operar, independente da necessidade que surgir. Ainda que sua base operacional esteja no Rio Grande do Norte, a unidade atua em todo o País, cumprindo inúmeras missões durante o ano. Muitas são as operações de relevância que contam com o suporte e a participação do 3º/1º GCC, como ÁGATA, ESPECIALIZEX, Copa do Mundo FIFA 2014 e todas as edições da CRUZEX, envolvendo esquadrões das unidades aéreas do Brasil e de forças aéreas estrangeiras. E esta tecnologia, aliada ao profissionalismo e à alta qualidade do trabalho executado, é mesmo a marca registrada do Esquadrão Morcego, impressa em cada decisão, em cada equipamento e, sobretudo, em cada integrante desta Unidade.
Para se ter uma noção da dimensão da operação, o radar de precisão PAR 2000-T, possui uma estrutura de cinco metros de altura e cerca de 30 toneladas. Ele tem a missão de guiar as aeronaves militares de uma distância em torno de trinta milhas náuticas até o seu ponto de toque da pista. Para compor a estrutura completa, ao radar se somam também os geradores de energia, os sistemas de comunicação VHF, UHF e satelital, além dos shelters, técnico e operacional, que abrigam seus especialistas. No ar, a aeronave-laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) avalia a qualidade dos sinais
Efetivo do Esquadrão Morcego
recebidos pelos radares, fazendo análises, medições 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC 61
"Missão cumprida
(grito de guerr 62 30º Aniversário Esquadrão Morcego - 3º/1º GCC
a...regresso seguro!"
ra dos Morcegos) 30ยบ Aniversรกrio Esquadrรฃo Morcego - 3ยบ/1ยบ GCC 63
64 30ยบ Aniversรกrio Esquadrรฃo Morcego - 3ยบ/1ยบ GCC