Revista Sintonize nº 14

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Edição nº 14 | de Agosto a Novembro | 2015

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LIGA O RÁDIO, PIÁ! Pesquisa exclusiva, encomendada pela Aerp e pelo Sert/PR ao Ibope, mostra que o morador da Grande Curitiba ouve mais rádio que a média brasileira. Confira o perfil desse ouvinte!


+ CONTEÚDO + QUALIDADE AO SEU ALCANCE


DIRETORIA AERP

DIRETORIA SERT-PR

EXPEDIENTE Revista da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado do Paraná Rua Marechal Hermes, 1440 – Ahú | CEP 80540-290 | Curitiba/PR | Telefone: (41) 3252-1700 | www.aerp.org.br | www.sertpr.org.br Conselho Editorial: Márcio Villela e Carlos Henrique Agustini Redação: Jaqueline Carrara, Karina Magolbo e Carla Gaspar Edição: Jaqueline Carrara e Karina Magolbo Edição de imagem: Ana Carla Jablonski Design e diagramação: Centro de Comunicação – Iara Amaral Infográficos: Jaqueline Carrara Fotos: Bigstock e arquivo Aerp Jornalistas responsáveis: Jaqueline Carrara | MTB 6089/PR e Karina Magolbo | MTB: 4207/PR


PALAVRA DO PRESIDENTE O que quer a audiência do rádio e da televisão? Quais são os anseios dos profissionais da radiodifusão? Que oportunidades existem e para onde caminham os negócios da comunicação? Nosso setor possui muito mais perguntas do que respostas neste momento de adversidades. As dificuldades no âmbito político e econômico aumentam nossa sensação de sobreviver no caos. Caos que se apresenta diariamente ao sermos agredidos por uma carga tributária injusta e que segue galopante. Uma legislação tão absurda, incapaz de distinguir com clareza o certo do errado e que nos joga muitas vezes à margem da lei e nos braços de uma justiça que muito trabalha, mas que não tem condições eficientes para produzir resultados com a velocidade que precisamos. Nós, que combatemos a radiodifusão ilegal e irregular há tanto tempo e com tantas armas, conhecemos bem o resultado desta falta de respeito à lei e ordem, e reconhecemos o estímulo à marginalização deste nosso negócio secular e que é essencial no desenvolvimento da vida em sociedade. Porém, a história da humanidade mostra que são em momentos difíceis como este, que o ser humano demonstra seu melhor lado. Aqui no Paraná vivemos este momento. Os radiodifusores paranaenses têm buscado aperfeiçoamento técnico e treinamento de suas equipes, fortalecendo suas emissoras e seus negócios. Amparando-se em entidades fortes e robustas, envidando os melhores esforços possíveis para fomentar condições mais favoráveis ao apaixonante mundo da radiodifusão. E, mesmo assim, há muito por fazer. Por isso, prosseguimos ampliando as ferramentas de trabalho e educação profissional disponibilizadas, criando laços necessários para o avanço da radiodifusão, ampliando nosso mercado de atuação e desenvolvendo serviços que possam balizar as demandas e os gargalos do setor, como o Censo Econômico e Relatório Social, em conjunto com a AERP. Entramos na reta final das batalhas enfrentadas em 2015 nos reunindo em Foz do Iguaçu para mais um Congresso Estadual. Aproveite este momento de entrosamento para trocar experiências, compartilhar conosco suas expectativas e também para dar sua contribuição para respondermos as perguntas iniciais desta mensagem. Vamos juntos construir uma radiodifusão mais saudável, justa e próspera.

CAIQUE AGUSTINI Presidente Sert/PR SINTONIZE 4


PALAVRA DO PRESIDENTE Nesta edição, trazemos para os radiodifusores paranaenses um conteúdo histórico sobre o nosso rádio: a primeira pesquisa encomendada pela Aerp e pelo Sert/PR, a fim de dar início a um mapeamento inédito do perfil dos ouvintes paranaenses. Em tempos do marketing 3.0 - sobre o qual também falamos nesta revista - conhecer nosso público, com o máximo de detalhes e sensibilidade para entender seus comportamentos e ideias, é um dos grandes desafios do nosso meio. Pela intimidade tão peculiar do rádio, o risco de nos acomodarmos na percepção de que já somos próximos o bastante de nossos ouvintes pode se tornar a armadilha que nos manterá estagnados em práticas de mídia ultrapassadas. Por meio de projetos e ações, a Aerp tem mostrado o quanto inovação e criatividade são conceitos que precisam entrar definitivamente para as práticas do dia-a-dia dos radiodifusores. O rádio vem conseguindo ser tradicional, sem ser antiquado; concorrente, sem revanchismos; informal, sem perder a credibilidade; presente, sem tirar os olhos do futuro. E nós? O quanto estamos atualizados e realmente preparados para compreender e interagir com esses novos tempos? O fato é que o rádio deixou de ser apenas aquele aparelhinho quadrado: consolidou-se como uma forma de produção, um tipo de conteúdo; muito mais do que uma plataforma ou um acessório na sala de casa. O rádio, que já era móvel devido à sua miniaturização, conquistou a oportunidade de se transformar em um meio quase onipresente na vida do ouvinte: está no carro, no celular, no computador, nos canais de televisão a cabo e, claro, nos aparelhos tradicionais. Potencializar essas conquistas cabe a cada radiodifusor e sua disposição em enxergar as possibilidades e aproveitar o que melhor existe ao seu alcance. As informações que trazemos nesta publicação indicam alguns dos percursos que podem agilizar o acesso a essa nova realidade, assim como facilitar o trajeto de quem já entendeu qual é o rumo. Para continuarmos abrindo esses caminhos, precisamos ter sempre em mente que é essa nossa capacidade de inovação o que nos coloca em vantagem, e é nossa rapidez de adaptação às mudanças que se tornará o grande fator diferencial competitivo.

MÁRCIO VILLELA Presidente AERP

SINTONIZE 5


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09

26

SUMÁRIO

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19 09 MAIS DE 10 MIL INSCRITOS NO EAD 13 COMO O CENSO ECONÔMICO PODE GERAR RECEITA PARA SUA EMISSORA? 17 ESTABILIDADE NO INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO MARCA PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015

19 CAPA: OUVINTE À VISTA! 26 CONVERGÊNCIA RÁDIO E INTERNET: UM CAMINHO SEM VOLTA 30 ESSA TAL TECNOLOGIA


38 34

66 48

30

42

34 DESCUBRA A REDE AERP DE NOTÍCIAS! 38 MARKETING CULTURAL 42 A FORÇA DO RÁDIO NAS AÇÕES SOLIDÁRIAS 48 INTEGRAÇÃO

SEÇÕES

66 GESTÃO 54 GALERIA 69 SERT/PR 78 ASSOCIADOS 82 ANIVERSARIANTES


EDITORIA

S facebook.com/aerpassociacao INTONIZE 8


CAPACITAÇÃO

Mais de 10 mil inscritos no

Projeto EAD A qualificação e a capacitação são fundamentais no rádio e na TV A iniciativa do projeto EaD partiu da Aerp e contou com apoio da Abert, a fim de proporcionar ao meio rádio aprimoramento da capacitação e maior atualização de seus colaboradores. De acordo com dados da Abert, a maioria dos cerca de 100 mil trabalhadores em radiodifusão no país não tem nem o ensino médio completo. Assim, os temas abordados pelos cursos EaD procuram abranger as diferentes áreas de uma emissora. SINTONIZE 9


EDITORIA CAPACITAÇÃO Com o projeto EaD abordamos assuntos relevantes e atuais pertinentes à radiodifusão. Márcio Villela, presidente Aerp De abril de 2013 a outubro de 2015, a sequência de 27 cursos realizados discutiu assuntos como práticas comerciais, planejamento estratégico, gestão de pessoas, diferentes técnicas de locução e linguagem, marketing, aspectos jurídicos, programação artística, entre outros. Nesse pouco mais de um ano, foram mais de 10 mil pessoas inscritas. Para o presidente da Aerp, Márcio Villela, a educação a distancia oferece um modelo de aquisição de conhecimento que alterou toda uma percepção tradicional sobre o processo de aprendizagem. “Com o projeto EaD abordamos assuntos relevantes e atuais pertinentes à radiodifusão, proporcionamos a troca de experiências entre profissionais atuantes no mercado,

difundindo conhecimentos e criamos novas oportunidades”. Segundo o presidente da Abert, Daniel Slaviero, chegar à marca de 10 mil inscritos nos seminários online da Abert e Aerp mostra como o radiodifusor considera importantes a qualificação e a capacitação na área de rádio e TV. “Nosso compromisso é valorizar o profissional da comunicação, preparando os radiodifusores para os desafios propostos. Temos ainda como objetivo orientá-los sobre o mercado atual do setor, assim como atualizá-los sobre as regras e legislações que norteiam a radiodifusão brasileira. Muito gratificante perceber que, após alguns meses, estamos atingindo nosso objetivo de fortalecer os profissionais de rádio e televisão”.

Eu participei do EaD!

“Sempre acompanho os seminários do EAD e parabenizo a Aerp. Continuem fazendo porque, para nós, é muito importante. Vale a pena acompanhar sempre”. Stefano Junior - Rádio Sant Ana/Ponta Grossa/PR

“Parabéns pelos ótimos cursos. Participo de quase todos”. Rogério Victar - Rádio Vale do Tietê/São Paulo/SP

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“Parabéns pela escolha do tema. Excelente e Oportuno”. (Opinião sobre o seminário Incentivo à cultura e a Lei Rouanet) João Garcia - Rádio Guairacá/Terra Rica/PR

“Parabéns pelo curso! Essa é uma ótima oportunidade de estarmos melhorando ainda mais a nossa programação” João Diego - Rádio Colméia/Cascavel/PR

História Embora possa parecer que se trata de uma inovação, o Ensino a Distância é uma modalidade que está presente no mundo já há algum tempo, pois, tem-se notícia que o primeiro curso por correspondência nos Estados Unidos foi de taquigrafia no ano de 1728. No Brasil, após a criação da Radiodifusão pelo Ministério da Educação, essa modalidade começou a ganhar corpo, pois, o aluno tinha um material impresso e acompanhava as aulas pelo rádio. Com o passar do tempo e com o avanço da tecnologia, os cursos à distância passaram a ser transmitidos via TV, isso já na década de 60, através da TV Educativa. Nos anos 90, a Fundação Roberto Marinho colocou no ar para milhões de brasileiros o Telecurso 1º e 2º graus, passando depois a ser denominado como Telecurso 2000. Apesar da oferta ter aumen-

tado nos últimos tempos, o EAD é pouco conhecida pela população em geral. Para o doutor em informática e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Henrique Oliveira da Silva, essa realidade pode ser atribuída a dois fatores principais, o primeiro refere-se a questão da Inclusão Digital, termo que indica a necessidade que a população ainda tem de se apropriar do uso de artefatos tecnológicos no seu dia a dia. O segundo fator reside na resistência em aceitar a educação à distância com uma modalidade válida e eficiente. “A sociedade, que em sua maioria foi educada no modelo presencial, tem muita dificuldade em compreender a proposta de aprendizagem da modalidade EAD que, ao contrário do modelo presencial, depende da iniciativa do aluno em construir sua própria dinâmica de aprendizagem, o que presume disciplina e autonomia”, ressalta.

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EDITORIA CAPACITAÇÃO

Comprometimento Muitos se perguntam: qual a melhor forma de se beneficiar com os cursos a distância? A professora doutora Marineli J. Meier, responsável pela Coordenação de Integração de Políticas de Educação a Distância do CIPEAD/ PROGRAD/UFPR, explica que é fundamental que o estudante entenda o que é uma Educação mediada por tecnologias educacionais. “É preciso planejar e viabilizar um tempo para estudo, também é essencial explorar todas as ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas

(fóruns, chat, emails, tele aulas, etc.), bem como, todos os recursos educacionais disponibilizadas (textos, vídeos aulas, áudios), fóruns, e- book, entre outros”. Outro ponto muito importante destacado pela professora Marineli é o aluno sair da passividade. “Nossa educação ainda é pautada num modelo tradicional de ensino, no qual o “aluno” é passivo. O EaD requer “estudantes” ativos, autônomos, protagonistas do processo ensino aprendizagem, envolvidos e comprometidos com sua formação”, reforça.

Quais os benefícios? É inquestionável que o modelo de educação a distancia possibilita a inclusão de pessoas à educação, pois através da tecnologia o conhecimento pode chegar a localidades remotas do Brasil. Além disso, o aluno tem o acesso à educação mais flexível, com a opção de gerenciar com auto-

nomia o seu horário e o seu local de estudo, conforme suas necessidades. Isso permite que muitas pessoas, por questões de distância geográfica, horários de trabalho ou por outras razões não puderam ou não podem cursar o ensino presencial, possam aprimorar seus conhecimentos.

Veja outras vantagens de estudar a distância: Mobilidade: o participante não precisa se preocupar com o deslocamento. Qualquer lugar com uma conexão de internet se torna uma sala de aula funcional.

Acessibilidade: os cursos online reduzem custos associados com o mantenimento de salas de aula e realização de palestras.

Flexibilidade: Ensino online permite que estudantes revisem materiais de palestras e façam a leitura de materiais fundamentais em sua própria casa, em vez de apenas durante a palestra.

Aceitação: uma pesquisa realizada pela sociedade de gestão em Recursos Humanos (Society of Human Resourse Management) mostra que 87% dos colaboradores concordam que cursos online são vistos de forma mais favorável do que há cinco anos.

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CENSO ECONÔMICO

Como o Censo Econômico

pode gerar receita para sua emissora?

Com a participação maciça dos radiodifusores, o faturamento entre os meses de janeiro a agosto de 2015 cresceu, comparado ao mesmo período de 2014, em quase 25%.

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EDITORIA CENSO ECONÔMICO Os indicadores do Cens o Ec o n ô m i c o r e p r e s e n t a m a realidade e o potencial da radiodifusão frente a outros meios. Uma pro va disso é o aumento de emissoras que aderiram ao p r o j e t o. H o j e s ã o 16 0 e m i s soras.Para o presidente da A e r p, M á r c i o V i l l e l a , e s s a par ticipação maciça ajudou a elevar o faturamento do p r i m e i r o s e m e s t r e d e 2015 e m q u a s e 25% , c o m p a r a do ao primeiro semestre de 2014 . “ To d o s n ó s s a b e m o s

que a maioria das grandes empresas e anunciantes planejam seu investimento nos meios de comunicação através do bolo publicitá r i o q u e e n c o n t r a m n o m e rc a d o. L o g o, s e o R á d i o t e m um percentual significativo n e s t e b o l o, r e c e b e r á u m i n vestimento na mesma pro p o r ç ã o. N a r e a l i d a d e , o R á d i o n ã o t e m a p e n a s o s 4 . 5% que dizem. O percentual é b e m m a i o r, c a b e a n ó s d e m o n s t r a r e s s a f o r ç a”.

Uma prova dis s o é o aume nto de e mis soras que ade r iram ao proje to. Hoje s ão 16 0 e miss oras.

Olhando ao redor Os investimentos publicitários em mídia alcançaram o montante de R$ 60,1 bilhões no primeiro semestre de 2015. Os dados, extraídos do relatório do Ibope Media, mostram que o mercado de publicidade teve um desempenho praticamente estável, na comparação com o primeiro semestre de 2014. O valor registrado pelo Ibope Media neste ano é 0,8% maior do que o movimentado nos

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primeiros seis meses de 2014, período em que o mercado encontrava-se até mais aquecido por conta dos investimentos da Copa do Mundo. De acordo com a avaliação do Ibope, apesar do atual cenário brasileiro inspirar cautela aos anunciantes, algumas categorias apresentaram crescimento nos investimentos em mídia, como os setores de carnes, higiene pessoal e beleza e produtos farmacêuticos.


Veja a participação de cada meio no bolo publicitário, segundo o Ibope Media: TV Aberta

R$ 33,152 bilhões

55%

Jornais

R$ 7,804 bilhões

13%

TV Paga

R$ 6,175 bilhões

10%

Internet

R$ 4,421 bilhões

7%

TV (Merchandising)

R$ 3,049 bilhões

5%

Revista

R$ 2,406 bilhões

4%

Rádio

R$ 2,382 bilhões

4%

Cinema

R$ 358 milhões

1%

Mobiliário Urbano

R$ 314 milhões

1%

Outdoor

R$ 57 milhões

0%

E agora, sem o Inter-Meios, como é que fica? O projeto brasileiro intitulado Inter-Meios, iniciativa do grupo Meio & Mensagem para publicação de informações sobre investimento em mídias e publicidade, foi interrompido após 25. O informe estava sendo usado pelos principais canais de televisão brasileiros para sistematizar seus tipos de mercado.

A negativa de empresas globais de tecnologia como Google e Facebook em mostrar seu faturamento (que cresceu com o advento da Internet), causou a quebra da “reciprocidade entre os meios”, de acordo com algumas entidades representativas de empresas de mídia.

Continuidade Mas, mesmo sem o Inter-Meios, a Aerp irá continuar com o projeto do Censo Econômico. Para Márcio Villela, o projeto é essencial. “Em qualquer negócio, a estatística é ferramenta fundamental para poder traçar planos, além de projetar metas para o futuro. Vamos seguir com o Censo, pois ele se tornou um canal importante do mercado radiodifusor e um meio seguro para se buscar informações”.

As informações do Censo Econômico são concisas, específicas e eficazes, fornecendo, assim, subsídios imprescindíveis para a tomada de decisão. “Analisando os dados, os radiodifusores podem definir melhor suas metas, avaliar sua performance e atuar na melhoria contínua de suas estratégias de mercado”, conclui Villela.

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EDITORIA CENSO ECONÔMICO

Comparativo do período de janeiro a agosto de 2014 e 2015

SSINTONIZE INTONIZE16 16


SINTONIZE INTONIZE 17 17


EDITORIA ECONOMIA

Estabilidade no investimento publicitário marca o primeiro semestre de 2015 Os investimentos publicitários realizados no primeiro semestre de 2015 se mantiveram estáveis e permaneceram no mesmo patamar de 2014. Isso porque, sem o apelo comercial que a Copa do Mundo proporcionou na primeira metade do ano passado, e com um mercado anunciante mais cauteloso, não houve crescimento. De acordo com dados do Ibope Media, a partir de pesquisa regular de monitoramento dos investimentos nos principais meios de comunicação e mercados do país, foram investidos neste período R$ 60,1 bilhões em mídia; valor supeSINTONIZE 18

rior 0,8% em relação ao aferido nos seis primeiros meses de 2014. Para Rita Romero, diretora executiva do Ibope Media, mesmo com um cenário econômico delicado, algumas categorias de produto apresentaram crescimentos expressivos no período, como o de Carnes, Produtos Farmacêuticos e de Higiene Pessoal e Beleza. “Historicamente, os investimentos em mídia no primeiro semestre são mais moderados em comparação com a última metade do ano, porém esperamos um segundo semestre mais aquecido para o mercado publicitário”, diz a executiva.


A culpa é da economia. É mesmo? Em épocas como as que estamos vivendo atualmente, é muito comum ouvir as pessoas dizerem que não estão indo bem “por causa da crise” ou porque a “economia não está ajudando”. O fato é que se você analisar, mesmo em mercado recessivos, muitas empresas ainda conseguem crescer. Qual é o diferencial delas? Por que elas não estão culpando a crise? A resposta está na preparação que elas tiveram antes de a crise acontecer. O crescimento real não acontece de uma hora para outra, e sim passo a passo – independente do mercado. Para Sidney Bohrer de Aguiar, diretor da SBA Associados e consultor em gestão e gestão estratégica e humana, primeiramente os radiodifusores devem entender a posição da empresa. “Dois indica-

dores são extremamente relevantes nesse momento e devem ser analisados com muito cuidado: situação do caixa e posicionamento no mercado”, explica. Segundo Aguiar, é necessário analisar a qualidade do investimento feito em publicidade e adequar. “Não é o mesmo modelo que se usa quando se está em crescimento. Nesse momento é preciso rever qual o custo benefício desse investimento. Se eu tiver forte concorrência, é importante investir. Se não tiver concorrência, qual a importância de investir? O radiodifusor precisa lembrar que uma coisa é a emissora estar competindo por espaço e clientes outra é estar expandindo. A publicidade é uma das estratégias para tudo isso”, ressalta.

Cinco dicas para aumentar a lucratividade: 1. Investir forte no diferencial competitivo que tem em relação aos outros. 2. Ter como foco o foco do cliente. Estar muito atento, penetrar fundo nas expectativas e aspirações, identificar precisamente o que os clientes querem, e aí atender e se possível superar estas expectativas, assegurando o encantamento.

3. Avaliar com mais rigidez o custo das ações a serem desenvolvidas. 4. Reforçar o conceito de parceria que existe entre o cliente e a rádio. Crie eventos, pense em estratégias de promoção que possam atrair mais clientes, como co-patrocinar um evento ou show, por exemplo. 5. Redobrar os esforços na área comercial. É indispensável estar mais próximo dos prospects (possíveis clientes).

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CAPA

OUVINTE À VISTA! Como Curitiba e região metropolitana vêem o rádio?E como você vê esse seu público? Pesquisa exclusiva , encomendada pela Aerp e pelo Sert/PR ao Ibope, abre a oportunidade de enxergar mais de perto hábitos e comportamentos do ouvinte na capital paranaense

Pela primeira vez no Paraná, as rádios da capital e região metropolitana uniram-se para entender melhor o perfil dos ouvintes da Grande Curitiba. Por solicitação da Aerp e do Sert/PR, o Ibope realizou uma pesquisa exclusiva sobre o perfil do consumidor de rádio na região. O mapeamento utilizou a metodologia do Target Group Index, que permite gerar mais de um bilhão de cruzamentos e combinações de informações a respeito de consumo e mídia.

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31% preferem as AM

73%

43% sintonizaram por pelo menos cinco dias

sintonizaram emissoras nos últimos sete dias

Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

A primeira constatação já deixa claro o quanto o meio está presente no dia-a-dia da capital paranaense: o hábito de ouvir rádio dos curitibanos é maior do que a média brasileira. O Ibope verificou que 73% dos moradores da região sintonizaram seus aparelhos nos últimos sete dias, enquanto no país o número é de 70%. O interesse da Grande Curitiba pelas emissoras AM também difere bem do restante do Brasil. Por aqui, a preferência pelas rádios de Amplitude Modulada é

31% maior que a média nacional. E quando se analisa especificamente esse interesse, vê-se que o maior consumo está entre as classes D e E (20% do total de pessoas nessas classes) e entre os mais velhos, acima de 65 anos (32% da faixa etária). Fazendo o recorte para os maiores consumos de FM, o cenário muda completamente. Os ouvintes dessa frequência se destacam nas classes A e B (71% do total na Grande Curitiba) e na faixa entre 25 e 34 anos (76%).

Olá, nosso ouvinte! Para chegar aos resultados, a pesquisa do Ibope trabalhou com uma representatividade de 79% da população e 98% dos domicílios de Curitiba e mais 17 municípios da região metropolitana. As entrevistas ocorreram entre fevereiro de 2014 e março de 2015. No geral, o estudo comprova que o ouvinte de rádio na Grande Curitiba é casado (52%), tra-

balha (62%), tem pelo menos o ensino médio completo (70%, sendo que 30% são de graduados e pós-graduados) e conta com renda familiar média de R$ 3767. Entre esses ouvintes, 43% disseram ouvir rádio mais que cinco dias na semana. Os ouvintes mais fiéis do meio estão nas classes D e E. Nesse perfil, estão a maior porcentagem dos que ouvem rádio dia-

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CAPA

O ouvinte da Grande Curitiba

é casado

52%

trabalha

62%

ao menos ensino médio completo

70%

renda familiar média

43% ouvem rádio mais que 5 dias na semana!

R$ 3.767 Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

riamente (22% do total curitibano) e também os que mais ficam com o aparelho ligado durante o dia (duas horas e 59 minutos). Para prender a atenção desses e dos demais ouvintes, os programas mais apontados na pesquisa são o esporte ao vivo e as radionovelas, que chegam a manter o ouvinte ligado por mais de três horas. Embora se entretendo por mais tempo com essa programação, os noticiários ainda são os conteúdos ouvidos mais frequente-

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mente no rádio. Especificamente na Grande Curitiba, as notícias locais (44%), policiais (31%) e internacionais (31%) são mais procuradas do que pelo geral dos brasileiros. De fato, os dados refletem as principais razões que levam o curitibano a consumir o meio e que também o colocam acima da média nacional: obter informação (51%), busca por entretenimento (41%), passar o tempo (16%) e como companhia (14%).


Meio preferido para ouvir rádio

37%

10% a mais que os brasileiros!

69%

12%

Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

Você, que nos ouve aí no trânsito A pesquisa ainda confirma que o horário prime do rádio acontece logo no início do dia. A partir daí, o ouvinte permanece com seus aparelhos ligados até cerca de 11h da manhã, quando a audiência vai gradativamente caindo. No início da noite (por volta de 18h), Curitiba chega a ultrapassar o total Brasil. Esse comportamento mais diferenciado do nosso ouvinte

também ocorre quando o assunto é o meio favorito para ouvir rádio. Embora a maioria ainda prefira sintonizar as emissoras em um aparelho comum (69%), o gosto por escutar rádio dentro do carro chega a ser 10% maior que o restante dos brasileiros; somam 37% dos entrevistados. Celulares com acesso direto à sintonia de FMs totalizam 12% da preferência dos ouvintes.

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CAPA

Ouvinte do rádio online

65% classes A e B

37% entre 25 e 34 anos Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

Clique aqui para sintonizar Uma singularidade da pesquisa encomendada pela Aerp e pelo Sert/PR está na análise do comportamento do ouvinte do rádio online e a convergência com outras mídias. Os jovens adultos (entre 25 e 34 anos) são os precursores desse hábito (37%), também bastante concentrado nas classes AB (65%). Já a curva de audiência do rádio online é bastante diferente da conferida no rádio offline. O pico começa a partir das 9h e se mantém de maneira regular até as 22h. Ou seja, nosso ouvinte conectado passa praticamente o dia todo sintonizado, sendo que esse consumo chega a ser significativamente

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maior que a média nacional no início da noite (18h às 20h) e também no fim (22h às 24h). Com as tecnologias cada vez mais popularizadas, o uso simultâneo do rádio com outros meios em Curitiba destaca que os novos canais não excluem os mais antigos; pelo contrário, complementam-se. Em nossa capital e região metropolitana, são 29% dos ouvintes escutando rádio ao mesmo tempo em que navegam pela internet, assistem televisão ou lêem jornais. Dentro desse perfil, as classes D e E (39%) e os adolescentes (35%) ficam acima da média da região.


Para o presidente da Aerp, Márcio Villela, a diversidade das informações coletadas pela pesquisa vai muito além da compilação de dados valiosos para as práticas comerciais das emissoras paranaenses. A iniciativa mostra que o rádio continua influente no cotidiano do cidadão e que vem ganhando cada vez mais relevância pelos novos contornos que assume. “Saímos de

um rádio de massa, em que os ouvintes eram vistos de forma passiva e padronizada, para chegar a modelos onde se busca cada vez mais personalizar ao máximo os conteúdos pelos comportamentos e exigências do público. Conhecer a fundo quem é esse ouvinte e como se relaciona com o meio é um passo fundamental para os novos rumos do rádio”, avalia o presidente.

“A música constitui parte importante em minha vida.” Brasil 65% | Curitiba 69% dos ouvintes

Convergência

29%

escutam rádio ao mesmo tempo em que navegam pela internet, assistem televisão ou lêem jornais

EXTRA!

Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

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CAPA

Audiência pela manhã

37%

Horário de pico (10h)

58%

Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

Telespectadores do rádio Um dos grandes destaques nos dados da pesquisa Ibope encomendada pela Aerp e pelo Ser t /PR é o que mostra o quanto o rádio ainda se apresenta como mídia fundamental para o dia-a-dia do brasileiro. No período da manhã, a audiência do meio ultrapassa a T V, chegando a uma diferença de mais de 20% no horário de pico. Por volta das 10h, o rádio registra uma média de 58% de audiência na Grande Curitiba, contra 37% da televisão. Essas informações ganham ainda mais valor quando se analisa o formato que vem sendo adotado pelos programas matutinos das telinhas. Estudiosos já constataram que muitos conteúdos televisivos desse horário estão cada vez mais próximos do per fil de abordagem do rádio. Fernando Morgado, professor e pesquisador da área – que inclusive já ministrou curso EaD pela Aerp – é categórico ao falar sobre esse compor tamento da mídia . “A T V está perdendo audiência e está buscando no rádio como falar com as pessoas. Isso mostra a força do meio e como é fundamental as emissoras reforçarem o que já fazem de melhor”, afirma.

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Adolescentes e o tempo médio com rádio ligado

2h31

Grande Curitiba

1h54 Brasil

Fonte: Target Group Index, BrY15w2+Y16w1

O adolescente de hoje ouve rádio? Claro! Entre as muitas peculiaridades do ouvinte de Curitiba e re gião metropolitana, está o envolvimento de nossos adolescentes com o rádio. De acordo com a pesquisa Ibope encomendada pela Aerp e pelo Ser t /PR, eles ficam mais tempo ligado em suas emissoras preferidas que a média brasileira. Enquanto no país os adolescentes não passam de 1h54 por dia, na região da nossa capital, esse tempo médio é de 2h31. De fato, esse compor tamento do jovem com relação ao rádio já vem sido discutido por impor tantes entidades. A própria Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) colocou como tema do Dia Mundial do Rádio deste ano “O Jovem e o Rádio”. Segundo o consultor da Organização, Leandro Pereira França, “a Unesco busca encorajar uma programação voltada para os jovens, que vá além dos programas de música e entretenimento, que inclua os jovens como entrevistados, como membros de suas equipes, como produtores de conteúdo para desenvolver programas feitos por jovens para jovens”, afirmou em entrevista à rádio ONU, em fevereiro deste ano.

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IDEIAS

Convergência

rádio e internet um caminho sem volta

Para quem ainda pensa que a informação pela internet veio para desbancar meios de comunicação como o rádio, um recado: essa percepção está completamente equivocada. Longe de serem concorrentes, rádio e internet são, de fato, convergentes. A prática daquelas empresas de comunicação que apostam nisso todos os dias mostra que quem oferece conteúdo de qualidade consegue atrair atenção. E o motivo é simples: rádio e internet são os meios que levam informação às pessoas de forma mais rápida possível e, por isso, se completam. As empresas de comunicação que tiveram essa visão lá atrás hoje colhem frutos dessa aposta. É o caso da Rádio e Portal Banda B. Consolidada há 16 anos como a uma das três rádios de maior audiência de SINTONIZE 28

Curitiba , entre AMs e FMs (público de 25+), a Rádio Banda B decidiu em 2010 que todo aquele volume de informação que ia ao ar durante 24 horas de transmissão local ao vivo, teria que migrar também para a internet. Nascia então o Portal Banda B (www.bandab.com.br), com a missão de atrair um novo público e oferecer aos ouvintes cativos uma nova opção de informação. Tudo com a agilidade, a confiança e a cara da Rádio Banda B. “Começamos com uma equipe pequena, mas voltada inteiramente para as notícias da web. Não de forma isolada da rádio, pelo contrário.


Lançamos o desafio e, aos poucos, e com a liberdade que a direção da emissora nos deu, conseguimos imprimir no Portal o mesmo ritmo de informação oferecido pela rádio. O sucesso veio da mescla de profissionais experientes com os mais jovens, aliada a um forte trabalho nas redes sociais”, explica a coordenadora do Portal Banda B, a jornalista Denise Mello. Hoje o mesmo sucesso alcançado na Rádio Banda B é compartilhado pelo Portal com números impressionantes para seus cinco anos de vida. Em média, o Portal Banda B tem atualmente 200 mil acessos/dia e um total de 2,2 milhões de visitantes/únicos/mensais. Ao todo, são cerca de 6 milhões acessos mensais e mais de 23 milhões de páginas vistas no período. “Conquistamos tanto o internauta que tem no Portal a referência de fonte de notícias com foco em Curitiba e região, quanto conseguimos passar ao ouvinte da Rádio a referência de um meio a mais de comunicação à disposição dele para interagir. Sempre com a cara da Banda B. Isso é convergência de mídia”, diz a coordenadora.

O sucesso veio da mescla de profissionais experientes com os mais jovens, aliada a um forte trabalho nas redes sociais. Denise Mello, coordenadora do Portal Banda B

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IDEIAS

Equipe de jornalismo do Portal da Banda B tem o desafio de tratar as informações no mesmo ritmo do rádio

A convergência da rádio com a internet é, sem dúvida, o caminho para atender a sede por notícias em tempo real.

Outro fator importante na convergência de mídias é a possibilidade de atrair um novo público. Ao analisar o perfil dos ouvintes da Rádio Banda B na comparação com perfil dos internautas do Portal, é possível ver que são diferentes e se completam. Enquanto na rádio a imensa maioria do público tem mais de 25 anos, no portal a grande concentração de público acontece em duas faixas: de 25 a 34 anos e também de 18 a 24 anos (ver gráfico ao lado). Em relação ao faturaSINTONIZE 30

mento, o Portal Banda B consegue hoje se autossustentar e também gera renda por meio do Classificados Banda B, um portal de negócios com oferta de empregos, carros, imóveis e outros bens lançado dentro da plataforma web da emissora.

Só ida A convergência de mídias é um caminho sem volta e pesquisas comprovam isso. A Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, encomendada pela Secretaria de Comunicação So-


Pensar o futuro do rádio e dos portais de notícia nos faz, necessariamente, pensar em conteúdo de qualidade. Denise Mello

cial da Presidência da República (SECOM), mostrou que, apesar da televisão seguir como meio de comunicação predominante, o brasileiro já gasta cinco horas do seu dia conectado à internet e praticamente a metade dos brasileiros (48%) usa internet. E com um detalhe: a mesma pesquisa mostra que o rádio continua como o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros. Quem trabalha com as duas mídias está bem à frente na preferência do público.“A

convergência da rádio com a internet é, sem dúvida, o caminho para atender a sede por notícias em tempo real, com credibilidade e numa linguagem cada vez mais informal. Porém, é importante ressaltar que só os que, de fato, oferecem conteúdo atraente aos ouvintes e internautas vão sobreviver. Pensar o futuro do rádio e dos portais de notícia nos faz, necessariamente, pensar em conteúdo de qualidade. Porque se você não faz isso, alguém no dial ao lado ou num

Segundo Denise Mello, a Banda B conseguiu conquistar tanto o internauta quanto o ouvinte da Rádio. “Sempre com a cara da Banda B. Isso é convergência de mídia”, afirma.

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MOBILIZE-SE

Essa tal

tecnologia

A todo momento, ouvimos que a tecnologia é um caminho sem volta, que precisamos estar sempre atualizados. No dia-a-dia de quem vive da comunicação, essas frases passam de recomendações a regras de sobrevivência. Mas será que sua emissora realmente entende e está preparada para esse novo momento? Você está mesmo atualizado?

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Informar, entreter e surpreender um público cada vez mais exigente é tarefa que não tem manual de instrução. É preciso estar atento às especificidades de seu público e saber aproveitar as oportunidades para incrementar sua atuação. Veja o exemplo da Rádio Lumen FM. A emissora curitibana soube do aplicativo Mobilize-se, criado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para que todas as rádios pudessem ter seu aplicativo exclusivo, integrar-se a emissoras de todo o país e oferecer ao ouvinte um diferencial para que ele se mantenha sintonizado em qualquer momento. A Lumen FM foi uma das primeiras 500 rádios que garantiram seu aplicativo gratuito e então passou a divulgar a novidade entre seu público. Resultado: centenas de downloads em poucos meses. A psicóloga Dana Farias de Oliveira está entre esses ouvintes. Com uma vida corrida,

É preciso estar atento às especificidades de seu público e saber aproveitar as oportunidades para incrementar sua atuação.

como a maioria das pessoas atualmente, ela faz questão de estar bem informada e por isso precisa aproveitar cada segundo de seu tempo. Ela gosta de rádio e também de interagir com quem está produzindo a notícia e o entretenimento que consome. Assim, usava muito o aplicativo WhatsApp para se comunicar com os radialistas e participar dos programas da Lumen FM. Com o passar do tempo, ela sentiu a necessidade de ter um app mobile em que pudesse ouvir a programação de forma mais prática. Quando o aplicativo foi lançado, não teve dúvidas e foi uma das primeiras a baixar, pois aprova esse tipo de abordagem das emissoras. “Como minha vida é muito corrida, nem sempre tenho tempo de ligar o rádio para ouvir os programas. Com o app é muito mais fácil; em qualquer lugar eu consigo ouvir. Acho muito importante as emissoras se modernizarem, isso aproxima o ouvinte”, comenta Dana.

O aplicativo exclusivo do Mobilize-se possui uma interface simples e bem dinâmica.

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MOBILIZE-SE

Faça as contas Em pesquisa realizada pela Abert, foi constatado que apenas 1300 das 4700 rádios existentes no país tinham aplicativos para iOS e Android. Dados compreensíveis, visto que para uma emissora desenvolver seu próprio aplicativo, os custos iniciais giram em torno de R$3 mil, sem contar as taxas de manutenção cobradas mensalmente. No Mobilize-se, a Abert cobre os custos iniciais e ainda paga os primeiros seis meses de manutenção para a rádio. Apenas o segundo semestre deve ser pago pela emissora, totalizando um salário mínimo por ano.

Para as emissoras que já possuem seu próprio aplicativo, o Mobilize-se ainda disponibiliza um “Aplicativo Integrador”; também único e gratuito. Pelo integrador, os ouvintes podem ter acesso ao áudio de emissoras de todo o Brasil, ao vivo, abrindo oportunidade para que conheçam novas opções de programação, de diferentes culturas. Já são quase mil emissoras integradas.

O aplicativo exclusivo do Mobilize-se possui uma interface simples e bem dinâmica. É o único com chat ilimitado entre ouvinte e emissora. Possui espaços de publicidade compartilhada, gerenciada pela emissora ou pela administradora do projeto, que podem gerar

É possível buscar as emissoras por nome, gênero, sintonia, cidade, estado ou região. Além disso, cada rádio tem uma tela única, onde o ouvinte pode baixar o aplicativo exclusivo da emissora ou ter mais informações e interatividade com suas favoritas.

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faturamentos para as emissoras. Uma oportunidade única para experiência mobile completa das rádios e dos ouvintes.


Aperte o

Play !

Depois do lançamento do Mobilize-se mobile, agora é a vez de uma versão web: o Mobilize-se Play. Com ele, a emissora fica disponível não apenas em smartphones e tablets, mas também em computadores e notebooks. Basta que o ouvinte acesse o site www.mobilize-se.net.br/PLAY. Fácil de usar e com uma interface muito parecida com os famosos serviços streaming de música digital, o Mobilize-se Play filtra as rádios por gênero musical, região e as mais tocadas. Nessa versão desktop, o ouvinte tem a opção de criar um cadastro com senha e login e assim marcar como favorita as rádios que mais gosta; toda vez que entrar novamente, já estará gravado. Simples, fácil e rápido. Certamente, uma estratégia que fortalece o rádio e mostra que o veículo vai muito além do aparelho de anteninha. Cresce a divulgação do meio, populariza-se entre os mais jovens e multiplica o número de ouvintes ao oferecer opção para os que passam grande parte do dia à frente do computador e querem a praticidade de encontrar tudo em um mesmo lugar.

Tudo bem

explicadinho

Aplicativo ou app: No contexto dos smartphones, ”apps” (abreviação da palavra aplicativos) são os programas que você pode instalar em seu celular, ou seja, a tela que mostra a previsão do tempo, os joguinhos ou a sua rádio favorita. Cada tipo de celular tem uma tecnologia diferente. Basicamente, pode-se classificar em: iPhone, com o sistema iOS, e os celulares que rodam Android. Assim, para um app funcionar, ele deve ser desenvolvido para a tecnologia que está presente no celular. Ou seja, um app precisa ter uma versão para iPhone e outra versão para Android. O Mobilize-se tem todas! Streaming: a tecnologia é uma forma de transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo através de redes. Por meio do serviço, é possível assistir a filmes ou escutar música sem a necessidade de fazer download, o que torna mais rápido o acesso aos conteúdos online. Vários serviços de músicas digitais (como Spotify, Deezer, Rdio) são grandes representantes dessa tecnologia, em que o usuário controla inclusive a exibição, pausando, avançando ou retrocedendo a música. Versão web/desktop: é quando algum aplicativo pode ser acessado diretamente em um computador comum, a partir da internet. O caso do Mobilize-se Play!

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ÚNICA E NOSSA

Descubra a rede

AERP de notícias

Sua emissora possui uma equipe profissional de jornalismo, que possa apurar e noticiar diariamente as informações mais importantes para sua região? Ela pode ter! Chegar cedo, procurar saber o que vem acontecendo com sua comunidade, estado e país; produzir notícias, gravar jornal e boletins, entrevistar dentro e fora dos estúdios; essa é uma rotina comum da redação de grandes rádios, e também é assim que há três anos funciona a Rede Aerp de Noticias. Esse trabalho que vem sendo desenvolvido e incrementado nos últimos anos é o responsável por garantir que entidades como Ministério Público e Tribunal de

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Contas – entre outras 11 – sintam a confiança suficiente para buscar parceria com a Aerp e firmar compromisso com um jornalismo de qualidade. Um dos carros-chefe da credibilidade e do profissionalismo da Rede é o jornal Paraná de Hoje. Dividido em três blocos de dez minutos cada, o informativo é disponibilizado às emissoras filiadas um pouco antes das 12h, de segunda a sexta, para que as rádios possam transmiti-lo sempre no mesmo horário e o mais atualizado possível. Em média, dez emissoras de rádios do interior do estado ajudam na

montagem desse jornal, fornecendo material e informações sobre suas regiões. No Brasil, apenas a Aerp conta com uma estrutura de estúdio e equipamentos, além de equipe com profissionais capacitados e experientes, para prestar um serviço desse tipo para seus associados. O portal que abriga os conteúdos para download é moderno e fácil de usar, incluindo relação de emissoras associadas, interação com as redes sociais, informações sobre os parceiros e outras opções. Tudo pensado para agilizar o dia-a-dia das rádios paranaenses.

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ÚNICA E NOSSA A Rádio Princesa AM, de Francisco Beltrão, é uma das emissoras que se beneficiam do serviço prestado pela Rede. Além de enviar seus próprios conteúdos para fazer parte do Paraná de Hoje, a Princesa também transmite diariamente o Jornal para sua região. O locutor Lucas Carniel comenta como é importante essa ferramenta para as rádios, “Começamos a usar os conteúdos da Rede Aerp há cerca de dois anos, quando percebemos que ele ficou mais dinâmico e principalmente mais regionalizado, com notícias de todas as regiões do Paraná”, afirma o locutor da Princesa AM, Lucas Carniel. “Antes a gente aqui de Francisco Beltrão não sabia o que acontecia no norte pioneiro, era uma realidade muito longe da nossa. Agora não; temos notícias de todas as regiões e isso cativou o público, que gosta muito do jornal e acompanha todos os dias”, faz questão de acrescentar.

Para o diretor de Jornalismo da Rede Aerp, Adilson Arantes, suprir essas necessidades de forma democrática e mais próxima das comunidades é uma das tarefas mais desafiadoras do projeto. “Produzir conteúdo para um público tão vasto e diferente quanto a abrangência do Paraná é sempre um desafio. O trabalho da Rede Aerp de Notícias é justamente centralizar em um único espaço tudo o que de mais relevante acontece no estado e distribuir para todas as regiões, com uma marca inquestionável de credibilidade e pluralidade de ideias”, diz. Atualmente 249 emissoras estão integradas à Rede Aerp, podendo assim utilizar qualquer um dos conteúdos disponibilizados no portal. Para fazer parte desse grupo, basta estar em dia com as mensalidades, cadastrar-se e seguir os passos no site www.redeaerpdenoticias.com.br.

Presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Ivan Bonilha, e Márcio Villela fecham parceria para produção de conteúdos

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Termo de Cooperação com Ministério Público foi assinado em setembro com participação do promotor Eduardo Cambi

Esse trabalho que vem sendo desenvolvido e incrementado nos últimos anos é o responsável por garantir que entidades como Ministério Público e Tribunal de Contas – entre outras 11 – sintam a confiança suficiente para buscar parceria com a Aerp e firmar compromisso com um jornalismo de qualidade.

NOSSOS PARCEIROS!

NOSSOS PROGRAMAS!

Assembleia Legislativa do Paraná

Tribunal de Contas do Estado

Complexo Pequeno Príncipe

Ações que Salvam Vidas

Conselho Regional de Enfermagem

Água e Energia

do Paraná (Coren/PR)

Contas Públicas

Conselho Regional de Educação

COREN Informa

Física da 9ª Região (Cref9/PR)

Cuidando do seu Dinheiro

Detran/PR

Curto e Grosso

Instituto Paranaense de Assistência

Direitos do Consumidor

Técnica e Extensão Rural

Expresso Cidadão

(Emater)

Fala Doutor Boletim

Instituto Paranaense de Direito Elei-

Fala Doutor Entrevista

toral (Iprade)

Falando de Segurança

Itaipu Binacional

no Trânsito

Ministério Público do Paraná

Fato Gerador

OAB/PR

Giro de Notícias

Pequeno Cotolengo Paranaense

Paraná de Hoje

Sindicato dos Auditores Fiscais da

Por Dentro das Diferenças

Receita do Estado do Paraná

Prosa e Viola

(Sindafep)

Saúde em Movimento

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DICAS

Marketing

cultural Você sabe o que é? Como usar? Quais as vantagens? Que tal experimentar?

Para uma rádio garantir sua sustentabilidade financeira, é preciso criar estratégias comerciais que vão além da simples venda de inserções. Por isso, os departamentos comerciais vivem uma constante busca pelo novo, pelo diferente que conquiste seu público e, assim, seus anunciantes. Mas hoje conhecer e acompanhar as exigências dos ouvintes tornou-se tão essencial quanto desafiador. Os atuais rumos do marketing mundial dão algumas dicas de como melhor dialogar e entender os comportamentos desse público. No mais recente modelo de gestão, o Marketing 3.0, o consumidor deixou de comprar para satisfazer suas necessidades básicas. Nesse momento, ele adquire um produto levando em conta seu emocional, deixando o racional praticamente SINTONIZE 40

de lado. Assim, fala-se agora de envolvimento e valores, não mais de meras necessidades. Segundo Philip Kotler, o estudioso que é referência no mundo do marketing, essa estratégia centrada no ser humano – que leva em conta seus sentimentos, emoções e princípios – tem como ideia central “melhorar a vida dos consumidores, não apenas vender algo para eles. Marketing é muito mais do que saber usar técnicas de pesquisa e de promoção; o objetivo final é ter um consumidor satisfeito e encantado. É assim que se conquistam e se mantêm clientes. Isso não mudou e nunca vai mudar”, afirmou em entrevista à revista Exame no ano passado. Mas como então aproximar-se ainda mais dos nossos ouvintes e sermos uma boa companhia?


Lucro e cultura na mesma rima Tendências da comunicação já constataram que, ao se conectar com princípios e valores, uma marca consegue gerar identificação e engajamento com seu público. Assim também deve ser com as rádios. Ações que provoquem boas sensações e experiências podem entrelaçar a emissora a seu ouvinte e, assim, despertar maior interesse dos anunciantes. Nessa linha, o marketing cultural, se bem executado, pode ser uma grande estratégia. Ele vem ganhando força no meio empresarial porque apresenta soluções relativamente baratas a três novas exigências do mercado: necessidade de destacar sua marca entre as demais; diversificação das ferramentas de comunicação para ampliar as possibilidades de impactar seu público; e associação a causas e valores que criem maior intimidade entre o cliente e o produto/serviço. De acordo com o Sebrae (em conteúdo extraído de seus temas de gestão disponíveis em portal), “marketing cultural é toda ação de marketing que usa a cultura como veículo de comunicação para se difundir nome, produto/serviço ou fixar imagem de uma empresa. Com base nos objetivos estabelecidos pela empresa detentora da marca, esse tipo específico de marketing pode construir ou reposicionar imagem, agregar valor, potencia-

lizar atributos reconhecidos e estabelecer uma aproximação entre empresa, comunidade, clientes e públicos de interesse”. As rádios Folha e Igapó FM, de Londrina, já entenderam o valor (financeiro e conceitual) de sempre estar por perto de momentos que despertam o bem-estar de seus ouvintes. De acordo com o diretor comercial das emissoras, Danilo Menon, ao patrocinar e promover shows, apresentações em teatros, eventos de esportes e até mesmo filantrópicos, o retorno do público é visível. “A audiência na rádio e nas redes sociais das rádios aumenta significativamente com promoções de shows e eventos em geral; e vem também um retorno comercial muito bom, que incentiva a participarmos cada vez mais. Já os eventos filantrópicos são patrocinados com o intuito de ajudar a sociedade e poder participar mais da vida da comunidade, seria como ‘devolver’ um bem prestado, já que eles nos presenteiam sempre com sua audiência”, avalia o diretor. Por isso que associar a imagem institucional a um projeto cultural pode ser importante diferencial para sua emissora. Além de tomar para si os mesmos valores da ação, ainda amplia a forma como a rádio se comunica com seu público-alvo e mostra para a sociedade que não está encastelada em torno da sua lucratividade e de seus negócios. SINTONIZE 41 41 SINTONIZE


DICAS

10 dicas

para o bom marketing cultural

1

Não se pode apresentar um projeto para uma empresa (possível patrocinadora) sem conhecê-la antecipadamente. É preciso saber o que ela faz, o que produz e o que já patrocinou. Este PERFIL DE EMPRESAS PATROCINADORAS vai ajudar você a conhecer melhor as empresas.

2

Todo bom projeto é composto basicamente por: uma apresentação sucinta, uma descrição técnica (como vai ser realizado), um orçamento enxuto, um cronograma de execução e um de desembolso, um currículo dos proponentes e técnicos, uma descrição objetiva dos “retornos propostos ao patrocinador” e anexos (bem escolhidos). Mas um dos elementos principais é a carta de apresentação do projeto, que deve ser personalizada,plenamente identificada com a empresa que se pretende transformar em parceira da nossa proposta.

3

O MARKETING CULTURAL precisa considerar todas as etapas do Ciclo da Produção Cultural: a inspiração que se transforma em idéia, a idéia que é planejada e vira um projeto, o projeto que passa por uma estratégia de marketing para chegar ao mercado, a negociação até o contrato, a produção (equipe, capacidade de realização, melhor época de realização, local, etc) e o planejamento da mídia, para chegar ao público que deseja atingir, cujo perfil deve ser conhecido antecipadamente e com a máxima clareza.

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MARKETING CULTURAL é uma estratégia de troca: troca-se recursos de patrocínio por retorno institucional (e também por abatimentos nos impostos da empresa, quando se utiliza as leis de incentivo fiscal à cultura). A empresa, ao fortalecer sua imagem pela simpatia que estabelece com o público e a sociedade em geral, também aumenta a venda de seus produtos ou serviços.

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5

Todo projeto se viabiliza através de uma Rede de Parcerias. Forme a sua.

6

Lembre-se sempre: quando acreditamos realmente em alguma coisa com benefício social, todos colaboram para que ela aconteça.

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9 10

O mercado cultural vai muito além do que se imagina: ele possui interfacescom o turismo cultural, gastronomia típica, educação, área social, ciência e tecnologia, urbanismo, lazer, saúde, comunicação, artesanato e muitas outras áreas indispensáveis ao desenvolvimento humano, econômico e social.

Um projeto cultural com interface social pode fornecer ao patrocinador, além de incentivos fiscais, mídia espontânea e benefícios definitivos para as pessoas envolvidas, como o desenvolvimento da criatividade, autoestima, relacionamento e segurança. Um projeto apenas social não oferece tudo isso e pode cair no paternalismo filantrópico.

Ao patrocinar novos talentos, uma empresa agrega à sua marca o valor de quem sabe “apostar no futuro”.

Muitas empresas escolhem uma área apenas de patrocínio, outras definem um critério para todas as áreas, por exemplo: “projetos que valorizem a identidade cultural do local onde atuam”. Outras partem para grandes eventos de massa. Cada caso é um caso.

(Fonte: www.sebrae.com.br | 50 Dicas de Marketing Cultural | Autor: Fernando Portella)

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

A força do rádio nas ações

solidárias

O compromisso das emissoras vai além da informação; ele transparece na prestação de serviços e na atuação junto às populações

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O rádio ensina, o rádio educa, o rádio diverte e entretém, acompanha a vida diária e o cotidiano de quem o ouve. Mas, uma de suas marcas é a atuação social permanente. Para o professor de comunicação do Grupo UNINTER, Valdir Cruz, o rádio, por ser um veículo barato e prático, está sempre próximo da população, não importando sua classe social. “Entre todos os meios de comunicação, incluindo a internet no celular, o rádio é o mais prático, já que exige apenas um sentido para ser captado, a audição. Assim, o rádio é fundamental para o fortalecimento da cidadania, oferecendo entretenimento, cultura, educação e informação”, explica.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Voluntários da Ação Solidária Rádio Celinauta

A agilidade foi outro ponto destacado por Valdir. Para ele o rádio tem uma função social natural. “Basta um celular e já se tem notícia de qualquer lugar do planeta. Assim, a função social do rádio tem mil e uma utilidades: informa, entretém, forma culturalmente e divulga a nossa língua e o nosso jeito aos mais distantes rincões. Muitas rádios, por falta de um profissional qualificado, desconhecem o potencial e a utilidade social do veículo”, ressalta. Todos os dias as emissoras exercem a cidadania e estabelecem laços sociais mais amplos com a sociedade. Seu papel mobilizador é muito grande. Para Márcio Villela, presidente da Aerp, o dia a dia do rádio é marcado por ações sociais. “Assim como o dinamismo e a interatividade, o papel social está sempre presente. O Relatório Social registra e propaga o exercício social e responsável da radiodifusão em prol da cidadania”.

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Rádio e Cidadania No início do segundo semestre, cerca de 80 voluntários, de Pato Branco e região, passaram o sábado todo, em Xanxerê/PR, para ajudar na reconstrução da cidade. A Ação Solidária, organizada pela Fundação Cultural Celinauta e pela Paróquia São Pedro, possibilitou a voluntários oferecer um dia de serviço na reconstrução de casas na cidade atingida por um tornado com ventos superiores a 250 km/h. A Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina afirmou que os prejuízos superaram os 100 milhões de reais. Cerca de duas mil pessoas ficaram desabrigadas e 1.500 imóveis residenciais, industriais e comerciais foram atingidos com destruição, total ou parcial.


Rádio Celinauta Por conta da necessidade de mão de obra para a reconstrução em Xanxerê, a Direção da Rádio Celinauta, Movimento FM e TV Sudoeste, convocou voluntários a doar um dia de trabalho pela reconstrução dos imóveis atingidos. “A resposta à solicitação foi excelente”- afirmou Frei Neuri Reinisch, Diretor da Fundação. Cerca de 80 voluntários foram a Xanxerê e lá serviram o sábado inteiro, em várias frentes. Telhados refeitos, muros e paredes reerguidos, toneladas de entulho removido, tudo isto resultou de um gigantesco mutirão

de solidariedade. O pintor Claudemir Antônio passou o dia, de pincel na mão, devolvendo cor e proteção, interna e externa, a casas danificadas. “Estar na condição de poder ajudar é melhor do que na condição de precisar de ajuda” – reconheceu, ao final. Estava feliz em contribuir com sua especialidade com o povo irmão de Xanxerê. A viagem dos voluntários ao destino contou com o suporte da Prefeitura Municipal de Pato Branco, através da Brantur Turismo, e gentileza da Cattani Sul. A Direção da Fundação agradeceu a todos os integrantes desta jornada de ação voluntária, às mais das vezes, anônima e despretensiosa. “A experiência da gratuidade vivida em Xanxerê não tem preço. É crescimento para nossa equipe e para todos os voluntários, demonstração de que Pato Branco é sensível com o drama de tantos irmãos que tudo perderam, por conta do tornado que varreu, parcialmente, o município de Xanxerê”, concluiu Frei Neuri Reinisch, Diretor da Fundação Cultural Celinauta.

Nós estamos muito contentes com toda a organização e a resposta da comunidade guarapuavana que sempre corresponde ao chamado para a conscientização ambiental. Eva Schran, diretora regional do SESCAP-PR SINTONIZE 47


RESPONSABILIDADE SOCIAL

Voluntários da Ação Solidária em Xanxerê

Meio ambiente A campanha E-Lixo apoiada pelas rádios Cultura AM 560 e 93FM (Fundação Nossa Senhora de Belém), em Guarapuava/PR, arrecadou mais de 13,5 toneladas de equipamentos sem utilização. Durante uma semana, os participantes da ação levaram os eletrônicos sem uso para quatro pontos de arrecadação da cidade, um deles na Rua XV de Novembro, centro da cidade, em frente às emissoras. Durante quatro dias as rádios Cultura AM 560 e 93FM, veicularam chamadas gravadas na progra-

mação, com participações ao vivo de locutores direto dos locais de coleta, nos horários da manhã e tarde. De acordo com a diretora regional do SESCAP-PR organizadora da campanha, Eva Schran, o resultado é uma resposta da população e das parcerias que foram realizadas. “Nós estamos muito contentes com toda a organização e a resposta da comunidade guarapuavana que sempre corresponde ao chamado para a conscientização ambiental”, afirmou Eva.

O rádio é fundamental para o fortalecimento da cidadania, oferecendo entretenimento, cultura, educação e informação. Valdir Cruz, Professor de Comunicação

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Superação A Coleta de Guarapuava superou cidades como a capital paranaense Curitiba, que teve uma arrecadação de 8,6 toneladas. “A cada ano a gente percebe que o pessoal está mais consciente, preocupado com o meio ambiente e na busca pela qualidade de vida em todos os âmbitos”, disse. No momento em que os doadores levavam os equipamentos aos postos de coleta respondiam a algumas questões. Um dos dados que mostrou

como os guarapuavanos souberam da campanha revelou que mais de 94% dos participantes ouviram pelo rádio a chamada para as doações. “O meio para que a população esteja se preocupando e falando disso [meio ambiente], durante a semana, é a comunicação, como a Rádio Cultura”, afirmou. De acordo com Jorge Teles, da direção das emissoras, um dos focos das rádios sempre foi o cuidado e a conscientização relativos ao meio ambiente.

Mais de 94% dos participantes ouviram pelo rádio a chamada para as doações.

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ENCONTROS REGIONAIS

A sinergia esteve presente em todos os Encontros Regionais realizados em 2015 Profissionais e executivos das emissoras paranaenses compartilharam experiências e tiveram acesso a conteúdos exclusivos do setor

Em 2015, a Aerp, em parceria com o Sert/PR, realizou um ciclo de encontros com as emissoras de todo o estado, iniciados em março e finalizados em setembro. A integração e a troca de ideias permearam toda a programação.

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Aproximadamente 500 pessoas compareceram aos eventos, compartilharam experiências sobre o meio rádio, além de terem acesso a diferentes conteúdos com profissionais renomados no mercado. Para o presidente Márcio Villela os encontros possibilitaram a apresentação de novas ações, projetos, além da discussão de temas importantes para o crescimento do setor.

Compartilhar experiências Se você pudesse conversar pessoalmente sobre publicidade com um profissional que já tenha sido diretor de comunicação do Bame rindus e de marketing de O Boticário? E se ele fosse su-

per premiado dentro e fora do Brasil? Mais ainda, e se a gente levasse ele até você? Isso foi o que a AERP proporcionou aos participantes de cada Encontro Regional de 2015. Profissionais do rádio puderam ter contato dire to com Eloi Zanetti: consultor em marketing, comunicação corporativa e vendas; ambientalista, um dos idealizadores da Fundação O Boticário. Autor de vários livros, Zanet ti falou como ninguém sobre as possibilidades do rádio na criação de histó rias e envolvimento com os ouvintes. Uma de nossas ca rac terísticas únicas, que nos torna um meio fiel à tradição e, ao mesmo tempo, parceiro da inovação.

Apenas com colaboratividade, atenção aos diferentes pontos de vista e foco em resultados conjuntos é que manteremos e ampliaremos nossa força. Márcio Villela

Radiodifusores fizeram questão de participar e buscar integração e maior conhecimento

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ENCONTROS REGIONAIS Top 10

Interação

Todos os radiodifusores que participaram dos Encontros Regionais puderam se reunir para, juntos, discutirem o mercado da comunicação. A iniciativa de levar as discussões sobre as oportunidades abertas pela Top 10 a todos os encontros é uma proposição da Aerp, que vem incentivando o rádio paranaense a ser mais colaborativo e assim compartilhar desafios e ideias. Para Márcio Villela, presidente da Aerp, não foi fácil conciliar as diferenças entre as empresas e o histórico desgastado de competição. “Mas conseguimos, porque apenas com colaboratividade, atenção aos diferentes pontos de vista e foco em resultados conjuntos é que manteremos e ampliaremos nossa força”, ressaltou o presidente.

A representação jurídica viabilizada pela Aerp e pelo Ser t /PR diretamente em Brasília também provocou bastante interação entre os par ticipantes de todos os Encontros Regionais realizados ao longo deste ano. Junto com o engenheiro Elias Augustinho, o advogado responsável pela A ssessoria Jurídica dos radiodifusores paranaenses na capital fede ral, Rodolfo Machado Moura, debateu com os profissionais de Guaíra impor tantes questões sobre o funcionamento legal das emissoras e uma das principais preocupações do meio que é o processo de adaptação de outorga de AM para FM.

Radiodifusores reunidos no Encontro Regional de Guaíra

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Por que foi importante participar dos Encontros Regionais de 2015? Perguntamos para alguns participantes qual a importância de participar dos Encontros Regionais.Todos destacaram os temas e a troca de ideias. Confira. Os temas são muito importantes e atuais. É sempre muito bom estar com outros radiodifusores, para trocarmos ideias. Os problemas e desafios são, praticamente, os mesmos e caminhando juntos podemos crescer cada vez mais. Jorge Teles - Rádio Cultura de Guarapuava

É muito importante pelas informações. Destaco a parte jurídica, acho que devemos discutir mais este assunto. Cleudes Spada - Rádio Globo de Cascavel

A importância de participar é significativa. Nossas dificuldades podem ser sanadas no Encontro. O grande diferencial é poder reencontrar os amigos e tirar as dúvidas, como por exemplo, na parte jurídica. Adilson de Azevedo - Rádio Aquarela FM de Realeza

“Evento que ressalta a importância e responsabilidade de ser rádio. Estamos aqui para querer e fazer mais, tanto para o ouvinte, quanto para o anunciante e nossa emissora”. Giovani Giocondo Pagnoncelli - Rádio Vizi FM de Dois Vizinhos

“É fundamental participar. A explanação sobre as questões trabalhistas nos ajudou e esclareceu muitas dúvidas, assim como as demais palestras”. Cleudes Spada - diretora da Rádio Cidade AM

“Excepcional. Estive no encontro de Cascavel e em Guaíra. Os assuntos foram muito interessantes”. Jozias de Lima - Rádio Independência de Medianeira

“É um momento onde podemos nos atualizar e saber sobre as ações da Aerp. Além disso, podemos refletir sobre quais alternativas temos para nos destacarmos”. Paulo Wolf, da Rádio Poema de Pitanga

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ENCONTROS REGIONAIS

Regional Oeste Guaíra

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Regional Centro-Sul Guarapuava

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GALERIA A Aerp recebe periodicamente diversos convidados para conhecer os projetos desenvolvidos pela entidade e para conceder entrevistas exclusivas que compõem a grade de programação dos radiodifusores associados da Rede Aerp de Notícias. Confira!

Deputado federal Sérgio Souza em entrevista à Rede Aerp de Noticias.

A Aerp recebeu a visita do secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. Ele concedeu uma entrevista para a Rede Aerp de Notícias sobre a segurança no Paraná

Márcio Villela recebe a visita de Rodrigo Martinez e Oscar Martinez.

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O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacoia concedeu uma entrevista exclusiva para a Rede Aerp e Notícias. Em um interessante bate-papo, o procurador-geral deu uma verdadeira aula sobre as origens da corrupção no país e a importância da politização e conscientização ética dos brasileiros.

Elói Zanetti e Márcio Villela com Alberto Kloster Filho, da Rádio Educadora de GuajaráMirim (Rondônia). Ele esteve na Aerp para conhecer os projetos e trocar experiências.

A Aerp recebe a visita de José Carlos Nery e Julio Cézar Germano, representantes do Rotary Club Curitiba Marumby.

Daniel Pimentel, presidente da Abert, esteve em visita à associação e recebeu do presidente da Aerp, Márcio Villela, o convite para o 23º Congresso Paranaense de Radiodifusão

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GALERIA

O presidente do Sistema Fecomércio/PR, Darci Piana, esteve no estúdio da Rede Aerp de Notícias e deixou registrada suas opiniões, expectativas e avaliações sobre os rumos da economia

O deputado estadual Hussein Bakri em entrevista para a Rede Aerp de Notícias.

Adilson Arantes e o deputado estadual Tião Medeiros.

O presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, visitou a Aerp e concedeu uma entrevista para a Rede Aerp de Notícias.

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A Aerp recebeu a visita da associada Neide Zimmermann, proprietária, juntamente com o marido, Walter Zimmermann, da Rádio União de Céu Azul. Neide conheceu a estrutura da sede da Associação e aproveitou a ocasião para falar do livro, que em breve será lançado, sobre histórias da região oeste paranaense contadas pelas memórias da própria rádio. A autoria é de Walter Zimmermann.

O deputado estadual Ney Leprevost visitou a Aerp e concedeu uma entrevista para a Rede Aerp de Notícias.

Dentro da parceria do Ministério Público do Estado do Paraná com a Aerp, a entidade recebeu a visita do Procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto, para uma entrevista na Rede Aerp de Notícias.

A presidente do Provopar, Carlise Kwiatkowski, com Adilson Arantes após a entrevista para a Rede Aerp de Notícias.

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GALERIA

Uma parceria entre a AERP e um dos maiores conglomerados educacionais do Brasil – o Grupo UNINTER começou a delinear a criação de uma especialização a distância para a área. A parceria foi assunto entre o presidente da Associação, Márcio Villela, e o fundador do Grupo, Wilson Picler, durante visita realizada à entidade.

A Aerp e o Sert/PR receberam Diógenes de Abreu Fagundes, presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Mato Grosso – SERTMT, e Renato Muzette. Eles foram recebidos pelo presidente do Sert/PR Caique Agustini.

A Aerp recebeu a visita do procurador de justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Criança, Adolescente e da Educação, Murillo José Digiácomo. Ele concedeu uma entrevista à Rede Aerp de Notícias.

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TOP 10 CURITIBA Em 2015 as rádios de Curitiba e região se reuniram para, juntas, discutirem o mercado da comunicação na capital. Durante o ano foram realizadas duas reuniões Top 10. Na segunda edição, realizada em setembro, estiveram presentes gestores de 14 rádios: 98FM, Band News, Banda B, Caiobá FM, Difusora AM, Mais AM, Massa FM, Mundo Livre, Ouro Verde, Rádio T, RB2, Tradição, Transamerica e Transamerica Light. Entre os principais assuntos, o atual cenário econômico e as consequências para os hábitos de consumo, desdobramentos da convergência de mídias, participação do rádio no bolo publicitário e muitas ideias para fortalecimento do meio.

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GALERIA ESPECIAL

40 anos de Aerp A mesma integração que a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná tanto estimulou ao longo de seus 40 anos foi a marca das comemorações de seu quadragésimo aniversário. Um grande encontro, realizado no dia 24 de julho, reuniu mais de 200 pessoas para celebrar a união das emissoras paranaenses e a força do meio rádio. Confira algumas fotos.

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GALERIA ESPECIAL

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GALERIA ESPECIAL

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EDITORIA GESTÃO

Aerp elege nova diretoria Novo presidente da entidade coloca migração das AM para FM como maior desafio e acredita na inovação como grande força para o meio A Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) elegeu, no dia 1º de outubro, a nova Diretoria Executiva e o novo Conselho Fiscal que conduzirão a entidade nos próximos dois anos. Fundada em 1975, a Associação reúne hoje mais de 350 emissoras de rádio e TV no estado. Sua atuação tem como objetivo oferecer o apoio necessário ao radiodifusor paranaense e estimular a união entre o meio para fortalecimento sistemático do setor. De acordo com o atual presidente, Márcio Villela – que fica à frente da Aerp até janeiro de 2016 -, a eleição marca o início de uma nova etapa, mas em continuidade à trajetória de inovação e assertividade aberta pela entidade nos últimos anos. “Enquanto muitos lamentavam o cenário da radiodifusão brasileira, nossa Associação preferiu voltar os olhos para o futuro e pautar o trabalho em ações inovadoras. Por meio de uma gestão estratégica e afirmativa, conseguimos colocar as emissoras do Paraná como referência nacional para maior valorização do nosso meio”, explica. O novo presidente eleito é de Maringá, norte do estado. Carlos Alexandre Rocha Barros, do Grupo MaSSINTONIZE INTONIZE 68 68

ringá FM, conhece bem a realidade da radiodifusão paranaense, já fez parte da diretoria da Associação e foi presidente do Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão do Paraná (Sert/PR). Com importante conhecimento sobre os atuais desafios do setor, Alexandre Barros acredita que o maior deles seja mesmo o impasse sobre a migração do AM para o FM. “Precisamos dar especial atenção a essa questão, pois o método de cálculo do preço para essas novas concessões está gerando muita apreensão em todo o meio. É preciso que as associações acompanhem de perto e se façam presentes nos debates e também em momentos decisórios. Certamente um grande desafio”, avalia Barros. Quanto a questões próprias do estado, o novo presidente ressalta que a renovação deva ser o maior conceito a ser trabalhado. “Mesmo dando continuidade ao trabalho do presidente Márcio, que foi brilhante e fez da nossa associação uma referência nacional, é preciso despertarmos novas lideranças. Existem muitas mentes criativas, pessoas brilhantes, que são do nosso meio e poderiam contribuir, mas não estão muito próximas de nossa associação. É preciso somar


cada vez mais para que não deixemos nosso futuro centralizado nas mãos de poucas pessoas”, incentiva Barros. A posse da nova Diretoria Executiva e do novo Conselho Fiscal será

realizada dia 29 de janeiro de 2016. Márcio Villela deixa a presidência da Aerp após ficar à frente da entidade por duas gestões (2012/2014 e 2014/2016). A partir do próximo ano, ele passa a ser diretor Institucional da Associação.

Novo presidente da Aerp a partir de 2016, Alexandre Barros, ao lado de Márcio Villela

DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Carlos Alexandre Rocha Barros Emissora: Grupo Maringá FM Cidade: Maringá Vice-Presidente: Cezar Telles Emissora: Rádio Antena Sul FM Cidade: Castro Diretor Administrativo: Márcio Martins Emissora: Rádio T Cidade: Ponta Grossa Diretor Financeiro: Rogério Afonso Emissora: Rádio Transamerica Cidade: Curitiba Diretor Comercial: Carlos Henrique Agustini Emissora: FM Verde Vale Cidade: União da Vitória Diretor Jurídico: José Heriberto Micheletto Emissora: Rádio Banda B Cidade: Curitiba Diretor Institucional: Márcio Villela Emissora: Rádio Tradição Cidade: Rio Branco do Sul Diretor Técnico: Roberto Lang Emissora: Rádio Voz do Sudoeste Cidade: Coronel Vivida Diretor de Comunicação: Luiz Benite Emissora: Rádio Massa FM Cidade: Curitiba

Emissora: Radio Caiobá FM Cidade: Curitiba Diretor Regional Norte: João Miguel Ignácio Emissora: Rádio Cultura de Apucarana Cidade: Apucarana Suplente: Andre Gustavo de Souza Faria Emissora: Rádio Paiquerê Cidade: Londrina Diretor Regional Noroeste: Ilídio Coelho Sobrinho Emissora: Radio FM Ilustrada Cidade: Umuarama Suplente: Walber Souza Guimarães Junior Emissora: Cianorte FM Cidade: Cianorte Diretor Regional Oeste: Moacir José Hanzen Emissora: Rádio Costa Oeste FM Cidade: São Miguel do Iguaçu Suplente: Nelso Rodrigues Emissora: Rádio Cultura de Foz do Iguaçu Cidade: Foz do Iguaçu Diretor Regional Centro-Sul: Ivaldir Perachi Emissora: Rádio Líder Sul Cidade: Laranjeiras do Sul Suplente: Melanie Lisboa Triches Emissora: Vale do Mel FM Cidade: Irati

Diretor de Televisão: Mariano Lemanski Emissora: GRPCom Cidade: Curitiba

Diretor Regional Sudoeste: Adir Seleski Emissora: Rádio Princesa Cidade: Francisco Beltrão Suplente: Giovanni Pagnocelli Emissora: Vizi FM Cidade: Dois Vizinhos

Diretor Regional Capital-Litoral: Leonardo Petrelli Emissora: TV Independência Cidade: Curitiba Suplente: Augusto Gonçalves Oliveira

CONSELHO FISCAL Flávio Ghellere Junior, Renato Silva, José F. Soares Linhares, Alexandre Marques Guimarães, Roberto Mongruel, Elói Bonkoski. SINTONIZE 69


AGORA SUA EMISSORA TEM ASSESSORIA JURÍDICA DIRETAMENTE EM BRASÍLIA!


Entendendo o

CADSEI

Como inserir uma petição no CADSEI? Elaboramos um passo a passo para ajudar a entender como mexer no novo sistema do MiniCom O CADSEI (Peticionamento Eletrônico) foi criado em 2014 pelo MiniCom e possibilita a cidadãos e empresas encaminhar documentos, receber ofícios e notificações do ministério de forma eletrônica. Ele é integrado ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), instituído pela portaria nº89 e o objetivo é facilitar a comunicação com o usuário externo. Como todas as comunicações e atos processuais em trâmite no ministério devem ser feitas por meio eletrônico, elaboramos um passo a passo para esclarecer as dúvidas mais frequentes.

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Como inserir uma petição no CADSEI De posse do cadastro da pessoa física e com a inclusão da pessoa Jurídica no sistema, acesse a página do CADSEI com seus dados. Para responder a um Ofício ou para enviar um documento ao Ministério das Comunicações, utilize o CADSEI. Para isso acesse o sistema.

Selecione “Peticionamento Eletrônico”

Escolha “Nova Petição Eletrônica”.

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Depois de clicar em “Nova Petição Eletrônica”, o Sistema abrirá uma nova tela com os campos para inserir as informações. Aqui você deve selecionar os campos assinalados com asterisco (*). No item seleção de “Protocolo existente”, selecione o item “não”. Em número de Protocolo, deixe em branco. Ao finalizar o preenchimento, não se esqueça de anexar o documento digitalizado. Como sugestão, no nome do arquivo do documento digitalizado a ser enviado, procure relacionar o ofício e o número do processo. Por exemplo: “resposta Of xxx-2015 proc 53xxx-123456-2015-xx”. Ao concluir no botão “enviar” o sistema irá gerar um número de protocolo que automaticamente será inserido em sua lista de petições, e um e-mail com a confirmação lhe será enviado.

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Minha rádio

está legal? Por mais experiência e conhecimento que você tenha sobre o dia-a-dia de sua rádio, às vezes a burocracia pode nos pegar desprevenidos. Até porque, ninguém é obrigado a saber de cor tantas normas e regulamentos que permeiam nossa atividade.

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Por isso, o Sert/PR e a Aerp oferecem aos associados a Assessoria Técnica – um portal onde você pode registrar suas dúvidas e conseguir a orientação adequada respondida por profissionais. Mas, como informação nunca é demais, que tal conhecer um pouco mais sobre procedimentos que ajudarão a manter sua rádio em dia com a legislação? As dicas que seguem foram elaboradas pelo engenheiro de Telecomunicações responsável pela Assessoria Técnica, Elias Agustinho. Confira!

Antes de tudo! O primeiro passo para evitar maiores dores de cabeça é verificar se as informações sobre sua emissora estão corretas no site da Anatel (www.anatel.gov.br). Confira atentamente as coordenadas geográficas, o endereço do estúdio e de correspondência. Caso algo esteja errado, fale com seu engenheiro ou peça orientação à Assessoria Técnica Sert/Aerp.

Castigo? As fiscalizações efetuadas pela Anatel têm o objetivo de manter as condições de instalação da emissora dentro dos padrões estabelecidos pelas normas técnicas e pela legislação. Estar legal é uma garantia também de que sua emissora valoriza a qualidade e age com ética e respeito. A fim de forçar o cumprimento dessas normas, foi criada a Portaria nº 112 de 23 de abril de 2013. O documento especifica como, quando e em quanto cada infração detectada na vistoria da emissora deverá ser penalizada. O objetivo é primariamente educativo, com penalização corretiva, mas, em caso de reincidência, poderá chegar até à cassação da outorga da emissora.

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Transmissor sempre em boa companhia O equipamento transmissor nunca deve estar sozinho! Junto dele, mantenha sempre cópia do Relatório de Conformidade (às radiações não-ionizantes), que demonstra que a emissora não traz prejuízos à população e a seus funcionários ao irradiar suas ondas eletromagnéticas. A ausência desse Relatório tem um sabor desagradável para a emissora, pois, além de acarretar 4 pontos (infração média) traz uma multa inconveniente de aproximadamente R$ 4500 (dependendo da classe da emissora e da localidade). A reincidência poderá custar o dobro desse valor!

O primeiro passo para evitar maiores dores de cabeça é verificar se as informações sobre sua emissora estão corretas no site da Anatel (www.anatel.gov.br).

Dicas de ouro! 1. Não divulgue o nome fantasia antes do seu uso estar aprovado pelo órgão regulador.

2. Todas as emissoras devem irradiar seu indicativo, nome fantasia, razão social e cidade de origem, pelo menos no início e no final de cada programa.

3. As emissoras em rede devem informar que estão retransmitindo a programação da rede, mencionando o indicativo, nome fantasia e cidade de origem, seguido da divulgação de seu próprio indicativo e dados da emissora.

4. As emissoras devem permanecer no ar, no mínimo, por 2/3 do período diário em que estão autorizadas a funcionar, sendo um mínimo de 16 horas. Este horário pode ser reduzido em 50%, durante cinco dias por mês, para manutenção.

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5. O tempo máximo destinado a publicidade comercial é de 25% do período diário de funcionamento, sendo, no máximo, 15 minutos por hora. 6. Deve ser transmitido conteúdo noticioso durante 5% do tempo diário de programação, no mínimo. (Para isso, você pode contar com apoio dos materiais produzidos pela Rede Aerp de Notícias! Confira matéria nesta edição)

7. As emissoras devem “irradiar”, diariamente, boletins ou avisos do serviço meteorológico.

8. O Código Florestal (Lei nº 4.771), em seu artigo 42, § 1º, estipula a obrigatoriedade da inclusão de programas de interesse florestal.

9. A emissora deve obedecer às instruções baixadas pela Justiça Eleitoral, referentes à propaganda eleitoral. A fiscalização é rigorosa e intensa. Os valores das multas são consideráveis! 10. A propaganda de medicamentos é controlada pela Anvisa, que tem multado diversas rádios por irregularidades, com valores expressivos. 11. É obrigatória a transmissão de programas educacionais, com duração de cinco horas semanais, no horário compreendido entre 7h e 17h.

12. As emissoras devem irradiar, com prioridade e gratuitamente, avisos expedidos por autoridades competentes em casos de perturbação da ordem pública, incêndio ou inundação, bem como os relacionados com acontecimentos imprevistos.

As emissoras devem “irradiar”, diariamente, boletins ou avisos do serviço meteorológico.

Mantenha-se legal! Em caso de dúvidas, procure a Assessoria Técnica (www.aerp.org.br/assessoriatecnica) ou acesse a cartilha disponível no site www.sertpr.org.br.

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Da esq. para dir. Fernando Morgado, Michel Micheleto, Ary dos Santos, Marise Hatke e Caíque Agostini

Sert/PR marcou presença no V Seminário do Sert/SC O evento debateu o futuro da radiodifusão catarinense O Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de Santa Catarina realizou, no primeiro semestre deste ano, o “V Seminário e Comemoração dos 35 anos do SERT/SC”. Com o tema “Presente e Futuro da Radiodifusão”, o evento foi realizado no Plaza Caldas da Imperatriz Resort & SPA, em Santo Amaro da Imperatriz. A presidente do sindicato, Marise Westphal Hartke, recebeu os mais de 150 participantes entre radiodifusores e empresários Catarinenses. Dentre as autoridades presentes estavam o Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Gilson José Botelho, representando o Governador Raimundo Colombo, o presidente da Associação Catarinense de Rádio e

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Televisão (ACAERT), Rubens Olbrisch, o presidente da Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (FENAERT), Ary Cauduro dos Santos, o gerente de Comunicação e Mercado do SEBRAE/SC, Wilson Sanches Rodrigues, o presidente do Sindicato da Empresas de Rádio e Televisão do Estado do Paraná (SERT/PR), Caique Agustini, e o Delegado Regional do Ministério das Comunicações em Santa Catarina, Carlos Lannes Duering. A presidente Marise destacou o convívio com todos os radiodifusores e os 35 anos da entidade. “É uma história muito bonita de dedicação e que a grande maioria aqui presente contribuiu para essa história acontecer, isso nos enche de orgulho e nos dá uma satisfação muito grande de ver o resultado desse trabalho”.


Debates

Inovação

Várias palestras foram ministradas durante o evento, e discutiram o futuro da radiodifusão catarinense. Fernando Morgado foi quem iniciou os debates com o tema “O rádio muito além do FM”. Morgado, que é pesquisador de mídia e comunicação, jornalista e professor, reforçou que para vencer os desafios impostos pelas novas tecnologias e pelo cenário econômico é imprescindível que o meio rádio permaneça unido. “O rádio só tem a crescer com as novas tecnologias. A luta do rádio é pelo tempo da sua audiência. É preciso colocar as redes sociais a seu favor, interagindo com a audiência e fazendo a marca ser vista”, destacou, completando que é preciso trabalhar a marca da emissora na cabeça do ouvinte, para que além de ouvir ele comente e dissemine a rádio.

A segunda e última palestra do V Seminário do SERT/SC foi ministrada pelo advogado, administrador de empresas e diretor de comunicação da Aerp Michel Micheleto, que trouxe para o publico o “Case Banda B – Como um veículo tradicional (Rádio AM) se expandiu para uma nova mídia”.

Sobre as novas mídias, o pesquisador relembrou que a internet reforça as qualidades do meio rádio, como a mobilidade, a interatividade e o alcance, e que o radiodifusor deve usar a internet para fazer uma junção com o rádio, pois ela mais complementa do que rouba os ouvintes. Fernando Morgado finalizou a palestra dizendo para os radiodifusores que ter um sindicato patronal é um grande beneficio para as emissoras, e no Brasil, alguns estados ainda não têm esse privilégio. Agradeceu pela troca de experiências, pois segundo ele, além dos ensinamentos que trouxe também aprendeu muito com os radiodifusores.

Micheleto é diretor da Rádio AM de Curitiba “Banda B”, meio que conquistou credibilidade dos ouvintes e informantes e é considerada uma rádio de referencia na capital paranaense. Micheleto explicou como conseguiu expandir a rádio AM para a mídia internet, que começou há mais ou menos 10 anos atrás, quando precisou inovar para não perder os ouvintes para o concorrente. Atualmente a Rádio Banda B possui dois portais na internet, um voltado para notícias e outro focado em esportes e conta com o ‘Banda B Classificados’, ideia que começou no rádio e se expandiu para web. Michel revelou que ainda esse ano entrará no ar o portal “Eu amo Curitiba”, site que será voltado tanto para o publico da cidade quanto para turistas, com informações, destaques e dicas da capital

O rádio só tem a crescer com as novas tecnologias. A luta do rádio é pelo tempo da sua audiência.

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ASSOCIADOS

Najuá FM promove

1º Passeio Ciclístico em

Irati

Cerca de 700 pessoas participaram do 1º Passeio Ciclístico promovido pela rádio Najuá FM, em parceria com a empresa Piru Bike, no município de Irati. Foram contabilizadas 557 inscrições, mas muitos iratienses se animaram a participar do evento assim que viram a onda de bicicletas pelas ruas da cidade. Foram sorteados brindes e distribuídos diversos prêmios: para a bicicleta mais enfeitada, o ciclista mais novo e também o mais velho. O passeio teve como ponto de partida a sede da rádio e os 100 primeiros participantes que chegassem à emissora também ganhavam camisetas. O percurso de cerca de três quilômetros envolveu as principais avenidas de Irati.

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Participantes decoraram as bikes

Homenagem O 1º Passeio Ciclístico prestou homenagem ao desportista iratiense Marcos Antonio Razera, falecido em maio deste ano, aos 48 anos, vítima de câncer. Razera era entusiasta da mountain bike e contribuía para a divulgação do esporte na cidade, além de ser um dos proprietários da Piru Bike. O evento com o lema “Eu quero pedalar com segurança”, também teve como objetivo incentivar o uso da bicicleta e pedir mais ciclofaixas em Irati. O maratonista Marcelo Duda levou a família toda para participar, e fez questão de lembrar do amigo falecido. “Estamos prestigiando o Marcos Antonio Razera, que é praticamente como se fosse um irmão meu. Tínhamos uma ligação muito grande, não só no meio do ciclismo, mas também no atletismo; em algumas provas, ele nos acompanhou, como numa maratona na cidade de Blumenau (SC). Acho que é justa a homenagem que vocês vêm fazendo para esse guerreiro do esporte iratiense, que se chama Marcos Antonio Razera”, conclui Duda.

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ASSOCIADOS

Equipe reunida após o evento.

Ampére e Interativa celebram Rádios

Dia do Cliente Para marcar o dia do Cliente, comemorado em setembro, as Rádios Ampére AM e Interativa FM, de Ampére, sudoeste do estado, realizaram uma grande festa para celebrar a parceria com os anunciantes. As emissoras reuniram seus clientes em um evento que teve show e uma palestra motivacional. Além de festejar o dia 15 de setembro, dedicado ao cliente, a promoção também serviu para apresentar as inovações que as empresas estão realizando para oferecer um serviço ainda melhor. “Foi um encontro para agradecermos a parceria que temos com as empresas que anunciam diariamente em nossas rádios e em datas especiais. Podemos retribuir um pouco essa parceria solida que temos e ainda proporcionar momentos de lazer e

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conhecimento”, frisou Reinoldo Netz, diretor. Um show com a dupla amperense Lucas e Diego recebeu o público e depois teve uma palestra com o consultor João Carlos de Oliveira, que é de Curitiba e é reconhecido nacionalmente pelo seu trabalho. Ele falou sobre “O fantástico sucesso de viver com mais qualidade de vida não é uma questão de sorte.” Por quase duas horas ele fez os participantes refletirem que vencer na vida não é apenas sorte, como o próprio titulo da palestra remete. “Para alcançar os objetivos dentro da empresa e na vida pessoal você tem que se dedicar, gostar do que faz, fazer algo diferente e jamais enaltecer somente os pontos negativos. Precisamos aproveitar as oportunidades que aparecem e sempre agradecer a Deus pelo que temos e somos.” Com seu jeito irreverente, mas ao mesmo tempo sério e direto, João Carlos também abordou que a crise que a economia atravessa não é nem a primeira e nem a última que será vivida. “Se ficarmos falando de crise certamente vamos ser engolidos pelos problemas. Desde criança meu pai sempre falou em crise, mas devemos enfrentar os problemas com motivação e jamais falar em crise.”

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