Revista
RÁDIO
Acelere os resultados de sua emissora em 2019 Um guia completo com dicas de especialistas para um Planejamento Estratégico imbatível
# 20
Radiodifusores ganham dinheiro com o streaming
Ed. Anual | 2018
Confira as dicas de quem já passou pelo processo
Nas nuvens
SINTONIZE
+ Vai migrar para o FM?
E D I T O R I A L C arta a o l eitor
carta ao
leitor 2018 foi um ano intenso, que levou ao limite as discussões sobre os rumos que a sociedade brasileira deve tomar nos próximos anos. Foi também um ano de resistência, que exigiu das empresas muita criatividade e jogo de cintura para superar cenários pessimistas tanto no campo econômico como na área política. Agora, todos os olhares estão voltados para 2019, na esperança de que o país reencontre a estabilidade tão necessária para o seu pleno desenvolvimento. Na radiodifusão não foi diferente. As empresas do setor tiveram que buscar caminhos para seguirem em frente, encontrando soluções para enfrentar grandes desafios. Como atrair mais anunciantes em um cenário de crise? Como gerar receita com as mídias digitais? Como encarar a migração para o FM? Foram algumas das perguntas mais recorrentes nos debates do setor. A Revista Sintonize buscou nesses temas inspiração para matérias que trouxessem respostas práticas para as dúvidas que estão no dia a dia dos radiodifusores e colaboradores das emissoras, ouvindo especialistas, buscando cases de sucesso e trazendo dicas úteis. Com esse viés, a Sintonize apresenta um Guia de Planejamento Estratégico para ajudar as emissoras a criarem sua estratégia para 2019, melhorando ainda mais seus resultados. A edição anual relembra ainda conquistas históricas alcançadas pelo setor em 2018, como a flexibilização da Voz do Brasil e a regulamentação da profissão de radialista, além de destacar importantes projetos desenvolvidos pela Aerp e pelo Sert-PR no decorrer do ano. Traz também uma palavra de ânimo do novo Governador do Paraná, Ratinho Jr, para os radiodifusores paranaenses, mostrando sua sintonia com o setor. E o que esperar para 2019? Um ano de expectativas positivas, muito trabalho e novos projetos que resultem em um novo patamar para a radiodifusão. Esse é o nosso norte! Núcleo Editorial
ERP Diretoria AERP Presidente ALEXANDRE BARROS GMC/Grupo Maringá de Comunicação Maringá PR Vice-President MICHEL MICHELETO Rádio Banda B/Curitiba PR Diretor Administrativo LUIZ BENITE Rádio Massa FM /Curitiba PR Diretor Financeiro ROGÉRIO AFONSO Rádio Transamérica Pop/Curitiba PR Diretor Comercial CEZAR TELLES Rádio Antena Sul FM /Castro PR Diretor Jurídico MÁRCIO MARTINS Rádio Tropical FM/ Rádio T/Ponta Grossa PR Diretor Institucional ILÍDIO COELHO SOBRINHO Rádio Ilustrada FM/Umuarama PR Diretor Técnico ROBERTO LANG Rádio Voz/Coronel Vivida PR Diretor de Comunicação CAIQUE AGUSTINI Rádio FM Verde Vale/União da Vitória PR Diretor de Televisão LEONARDO PETRELLI RIC TV/Curitiba PR Diretor Regional Capital-Litoral MARIANO LEMANSKI RPC TV/Curitiba PR Suplente AUGUSTO S. GONÇALVES OLIVEIRA Rádio Caiobá FM/Curitiba PR Diretor Regional Sudoeste ADIR SELESKI Rádio Princesa AM/Francisco Beltrão PR Suplente GIOVANNI PAGNOCELLI Rádio Vizinhança FM/ Dois Vizinhos PR
Diretoria SERT-PR Diretor Regional Oeste CRISTIANO KRAMES Rádio Graúna de Palotina/Palotina PR
Presidente Carlos Henrique Agustini Rádio FM Verde Vale/União da Vitória PR
Suplente MOACIR JOSÉ HANZEN Rádio Costa Oeste FM/São Miguel do Iguaçu PR
Vice-Presidente de Rádio Ilidio Coelho Sobrinho Rádio Ilustrada FM/Umuarama PR
Diretor Regional Centro Sul IVALDIR PERACHI Rádio Líder Sul FM/Laranjeiras do Sul PR Suplente MELANIE LISBOA TRICHES Rádio Vale do Mel/Irati PR Diretor Regional Norte JOÃO MIGUEL IGNÁCIO Rádio Cultura de Apucarana/Apucarana PR Suplente ANDRÉ FARIA Rádio Paiquerê /Londrina PR Diretor Regional Noroeste WALBER SOUZA GUIMARÃES JUNIOR Rádio Cianorte FM /Cianorte PR Suplente CLERMONT D´ÁVILA SOBRINHO Rádio Águas Claras FM/Goioerê PR Conselho Fiscal FLÁVIO GHELLERE JUNIOR Rádio Itaipu FM/Foz do Iguaçu PR ALEXANDRE MARQUES GUIMARÃES Rádio Vale do Sol FM/Santo Antônio da Platina PR JOÃO GARCIA Sociedade de Radiodifusão Padre Eduardo/ Terra Rica PR RENATO SILVA Rádio Colméia/Cascavel PR ELOI BONKOSKI Rádio Musical FM/ Campo Mourão PR HELENA MIYOKO MIURA DA COSTA Rádio Vale Verde FM/Jesuítas PR
Vice-Presidente de Televisão MARIANO LEMANSKI GRPCOM/Curitiba PR Diretor Administrativo ADIR JOEL SELESKI Rádio Princesa AM/Francisco Beltrão PR Diretor Secretário CÉZAR TELLES Rádio Antena Sul FM/Castro PR Primeira Tesoureira MARIA LÚCIA C. MAIA KOTSIFAS Rádio Maia FM/Maringá PR Segunda Tesoureira LAUREN LANG Rádio Máxima FM/Coronel Vivida PR Diretor Jurídico JOÃO MIGUEL IGNÁCIO Rádio Cultura Apucarana/Apucarana PR Diretor Técnico MARCIO MARTINS Rádio Tropical FM – Rádio T/Palmeira PR ROGÉRIO AFONSO Rádio Transamérica Pop/Curitiba PR IVALDIR PERACCHI Rádio Líder Sul FM/Laranjeiras do Sul PR MICHEL MICHELETO Rádio Banda B/Curitiba PR FLÁVIO GHELLERE JUNIOR Rádio Itaipu FM/Foz do Iguaçu PR HELENA MIYOKO DA COSTA Rádio Vale Verde FM/Jesuítas PR
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DAS EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO DO PARANÁ E DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO DO ESTADO DO PARANÁ. RUA MAL. HERMES, 1440 | AHÚ | CURITIBA-PR | 80540-290 I (41) 3250.1700 WWW.AERP.ORG.BR | WWW.SERTPR.ORG.BR REDAÇÃO: KARINA MAGOLBO, PATRICIA THOMAZ, MELISSA SAPATINI GUEDES E LIGIA GABRIELLI. DIAGRAMAÇÃO: DENIS GODOI JORNALISTA RESPONSÁVEL: KARINA MAGOLBO (MTB 4207/PR)
S
Sumá rio
U
M
Á
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Entrevista
10 Pesquisas de opinião, estratégias e audiência
Especial Capa
28 Quer alcançar bons resultados? Planeje-se!
Especial Mercado
18 Agilidade, conectividade e informação de cara nova 36 Profissionais do Rádio buscam novas habilidades e qualificação 44 Radiodifusores lucram com a internet
Especial Ideias
22 Os desafios e resultados da migração do AM para o FM 42 Coerência, verdade e simpatia
Especial Legislação
14 Atualização da profissão de radialista traz menos burocracia e mais segurança jurídica 38 Voz do Brasil: Flexível, pero no mucho
Especial Encontros Regionais 2018
50 Eventos envolveram emissoras de todo o Paraná
Artigos
12 Sua estação está pronta para a nova “Era do Rádio”? Daniel Starck
40 Em busca do mix perfeito Giovanna Leal Dalla Corte
Rápidas
54 Qual é o papel do rádio AM/FM para anunciantes? 55 Radio Show: o rádio está em seu melhor momento
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Palavra do Governador Eleito Ratinho Jr O novo governador do Paraná nasceu e cresceu no rádio. Ratinho Jr é radialista e conhece com propriedade os desafios do setor. Começou no meio como sonoplasta, ainda na adolescência, e contribuiu para consolidar o grupo de comunicação da família como um dos maiores do país. Pedimos a Ratinho Jr uma mensagem que demonstrasse seu compromisso com a radiodifusão do Paraná. Veja o que diz o Governador: “Quero aqui registrar meu respeito com a força do rádio. O rádio é a ferramenta de comunicação mais popular do mundo, onde o acesso é gratuito. As pessoas convivem diariamente com o rádio, com seus comunicadores, com essa maneira direta de falar e de ligar as pessoas ao veículo de comunicação. O rádio tem uma importância muito grande para o desenvolvimento de uma região, de um país e até de um estado, que é o caso do Paraná. O Paraná tem uma tradição de boas rádios, que realmente representam os anseios da sociedade e que fazem um trabalho de ser o olho clínico da população, defendendo os interesses da sociedade de uma maneira comum em todo o estado. Eu venho do rádio. A minha raiz, minha profissão, onde comecei desde minha adolescência como sonoplasta, foi dentro do rádio. Sei da importância que o rádio tem para a sociedade e
a importância que o rádio tem para as pessoas. É aquele amigo, aquele companheiro que informa, que automaticamente deixa mais lúcida as informações para o cidadão. Fico muito feliz de a Aerp, que é uma entidade que faz um trabalho de coordenação entre as rádios do Paraná, ter tanta credibilidade e cada vez mais potencializar o rádio paranaense perante toda a mídia nacional. Parabéns à Aerp! Parabéns aos radialistas, amigos de profissão! Parabéns aos donos de rádio que fazem do rádio paranaense essa força, esse patrimônio na comunicação de nosso estado perante o Brasil. Parabéns e me coloco à disposição sempre para fortalecer o nosso rádio, o rádio paranaense.”
Em encontro com as diretorias da Aerp e do Sert-PR, Ratinho Jr recebeu documento com as principais demandas do setor
C O T I D I A Cotidiano
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Você na Rádio
Tudo acontece por aqui O que você ouve, a gente vê
Por trás de cada entrevista, programa e locução, há uma equipe trabalhando para que o ouvinte fique cada vez mais satisfeito. A Sintonize captou alguns destes momentos para você.
Rádio Chopinzinho - Após 40 anos de história no AM, a Rádio Chopinzinho estreou no FM em novembro, com nova programação, novo estúdio e nova direção, passando a transmitir no prefixo 102,9 para mais de 50 municípios da região Sudoeste.
Escola de Locutores (Mix FM Maringá) - Com o projeto “Escola de Locutores”, a Rádio Mix FM Maringá promove ações para aproximar o público da profissão e descobrir novos talentos. Em agosto, a rádio montou um estúdio na Feira de Profissões da UEM, onde recebeu mais de 2 mil pessoas.
Rádio Costa Oeste - Em Santa Helena, o locutor Geovani Canabarro comanda o programa “Misturadão”, que vai ao ar nas tardes de segunda a sexta, na Rádio Costa Oeste.
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Rádio Educadora Uniguaçu - Em abril, a Rádio Educadora Uniguaçu inaugurou o novo estúdio para abrigar a emissora que migrou para o FM e ganhou nova programação.
Rádio Colmeia Cascavel -Equipe da Rádio Colmeia, de Cascavel, no show com o Padre Reginaldo Manzotti em comemoração aos 60 anos da emissora, comandada pelo radiodifusor Renato Silva.
Rádio Campo Aberto - A equipe da Rádio Campo Aberto de Laranjeiras do Sul está em festa. A emissora migrou para o FM! Desejamos muito sucesso nesta nova etapa!
Rádio Educadora Laranjeiras do Sul - Na migração para o FM, a Rádio Educadora, de Laranjeiras do Sul, ganhou um estúdio novo. A mudança fez parte das comemorações pelos 50 anos da emissora, comemorados no dia 31 de março.
Esta seção da Sintonize é dedicada a você, radiodifusor. Envie sua foto do dia a dia da rádio, bem descontraída, para compartilhar seu cotidiano de trabalho para: assessoria.comunicacao@aerp.org.br, com o título VOCÊ NA RÁDIO.
Rádio Jornal Assis (Massa FM) - De cara nova! A Rádio Jornal AM 1470, de Assis Chateubriand, migrou para o FM e agora é Massa FM 91.5. A inauguração da nova rádio aconteceu no dia 10 de maio.
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Entrevista
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I
“O rádio desempenha um papel fundamental no cotidiano do brasileiro” A Sintonize entrevistou o diretor
de diferentes players do mercado
metodologias que complementem a
comercial da Kantar Ibope Media,
(proprietários de mídia, plataformas,
medição atual”.
Rodrigo Cierco. Ele ressaltou a
fornecedores, etc.) é um desafio. É
De acordo com Cierco, a audiência
importância das pesquisas para
importante explorar os conjuntos
do meio rádio é ampla, mas ao
o meio rádio. “Não só pesquisa
de dados em busca de insights”,
mesmo tempo, pulverizada pela
de audiência, mas assuntos
Diferenças
grande quantidade de emissoras
complementares são importantes
Nas pesquisas de rádio não são
em cada um dos mercados. Além
para dar um rumo para a emissora
utilizadas as mesmas metodologias
disso, existe uma necessidade de
como o perfil dos ouvintes por
usadas para os canais de TV.
avaliação da audiência por targets
horário, locutor, programa”.
Cierco explicou que as medições
específicos e nos mais variados
Para ele, as pesquisas também
de audiência estão cada vez mais
tipos de emissoras e “tamanhos”
orientam as equipes de marketing
híbridas. “Para acompanhar este
de audiência. “A metodologia
e comercial para trabalhos de
movimento, implantamos nos
recall, além da agilidade, rapidez e
divulgação da marca. “Tomar
últimos anos novas formas de
possibilidade de medir a evolução
decisões com base em dados é
abordagem na metodologia recall
da audiência diariamente, permite a
muito mais do que ter acesso a
para o rádio – a pesquisa online e
construção de grandes amostras e,
alguns números, é preciso levar
em ponto de fluxo. Paralelamente à
em paralelo, a combinação de várias
em consideração a qualidade e a
manutenção da pesquisa por recall/
formas de abordagem do público –
transparência dessas informações.
retrospectiva, temos estudado, em
em casa, pela internet, por telefone
Administrar a massa de dados
conjunto com o mercado, novas
e em ponto de fluxo”.
atualmente disponível, proveniente
abordagens e eventualmente outras
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S
T A Rodrigo Cierco, diretor comercial do Kantar Ibope Media, fala sobre as pesquisas de opinião, estratégias e audiência Sintonize - Na sua opinião, tanto as agências como as emissoras utilizam de fato as pesquisas para tomada de decisão? A falta de um padrão prejudica a análise dos dados? Tomar decisões com base em dados é muito mais do que ter acesso a alguns números, é preciso levar em consideração a qualidade e a transparência dessas informações. Administrar a massa de dados atualmente disponível, proveniente de diferentes players do mercado (proprietários de mídia, plataformas, fornecedores, etc.) é um desafio. Explorar conjuntos de dados em busca de insights que levarão ao sucesso nos negócios sempre exigiu uma habilidade rara. Quando os conjuntos de dados em questão vêm de várias fontes desconexas, a complexidade aumenta. Sintonize - Como as emissoras pequenas, que não têm recursos para contratar institutos de pesquisa, podem mensurar o comportamento da audiência?
Temos, por exemplo, uma parceria com o Fenapro que oferece condições mais atrativas aos seus afiliados. Além disso, disponibilizamos continuamente informações sobre o meio e o mercado de mídia. O Book de Rádio, por exemplo, oferece um panorama completo sobre o meio e os ouvintes nas 13 regiões metropolitanas onde a audiência é aferida. Sintonize - Diversas pesquisas já comprovaram a força do rádio, a mobilidade do meio, a confiabilidade, o alcance e a agilidade. Diante dessa realidade, como o rádio pode utilizar esses diferenciais para fomentar mais anúncios no meio? O rádio desempenha um papel fundamental no cotidiano do brasileiro. É abrangente e alcança 86% da população brasileira, o que contribui para que anunciantes consigam atingir o seu público em cada mercado. Além disso, o rádio se adaptou muito bem ao momento atual, procurando cada vez mais se integrar
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Rodrigo Cierco
com outras plataformas, mostrando o seu valor para planejamentos crossmídia. Sintonize - O meio rádio está em transformação, assim como os hábitos de consumo de mídia dos ouvintes. Que dicas você pode dar para uma emissora pequena se estruturar e desenvolver uma estratégia de posicionamento que traga resultados? Muitas emissoras e agências, às vezes por falta de oportunidade, não sabem quais soluções ou prestadores de serviços estão disponíveis para ajudar a desenvolver seus planos de negócios. O ideal é que o acesso a dados e insights de qualidade aconteçam cada vez mais cedo no planejamento, em vez de serem utilizados somente para contextualizar uma perspectiva. Conhecer o público e preparar conteúdos relevantes que atendam às necessidades desses consumidores é a base de toda estratégia de sucesso.
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Colunista
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Sua estação está pronta para a nova “Era do Rádio”? O
rádio está muito próximo de decretar que vive um novo auge, tendo o avanço tecnológico como um importante aliado nessa consolidação. Alcance do meio que ultrapassa a marca de 90% em vários países (como aqui e nos EUA) superando outras mídias, além da convergência entre plataformas, são fatores que reforçam o momento positivo. Mas não serão todas as rádios que viverão essa nova “Era do Rádio”, pois é preciso saber aproveitar esse novo momento. Por exemplo: as tais “Smart speaker” viraram uma febre, acessórios que têm ampliado de forma significativa a sua presença nos lares dos EUA. E o rádio de lá vê esse avanço como uma boa possibilidade de elevar ainda mais a sua presença em ambientes domésticos. Mas para isso é necessário que o rádio esteja presente nesses dispositivos, com streaming e aplicativos compatíveis com as caixas. O sistema é simples e por isso empolga: via comando de voz é possível pedir para que a caixa se conecte com uma rádio ou programa, função que utiliza aplicativos para fazer essa “ligação”. Pensando nisso, as FMs dos EUA já incluíram essa informação junto com os seus prefixos. Exemplo: “91.7 FM e diga X FM para a sua smart speaker”. E o mundo “online” não está apenas nas casas.
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Daniel Starck
Portal tudoradio.com
Carros conectados podem mudar os hábitos de consumo de mídia nos veículos. E o rádio dos EUA já participa da “brincadeira”, com aplicativos compatíveis com esses novos ambientes, além de trabalhar de forma intensiva o próprio FM nos veículos (foco na melhor experiência possível: sinal forte, uso indispensável do RDS e alta qualidade de áudio). Além de aplicativos compatíveis, há uma preocupação com a formatação de gêneros. É através de um artístico competitivo e alinhado comercialmente que gera essa onda positiva de audiência. Isso mantém em alta o interesse do público pelo rádio, seja via FM/AM, aplicativos, mídias sociais, etc. O mercado tem acompanhado os formatos de maior apelo e a partir disso oferecido as linhas mais desejadas pelo público e anunciantes. Quanto mais rádios atuarem em diferentes formatos, maior será a cobertura do meio. Tudo isso está em discussão no Brasil, como uma melhor presença do rádio como multiplataforma, além da possibilidade de monetizar em diversos ambientes. Porém, tudo isso passa por pesquisas de hábitos de consumo e investimento on e off-lines. Por isso, é possível que a nova “Era do Rádio” não seja para todas as rádios. Mas será para a sua, correto?
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Interativo gratuito e ao vivo Inscreva-se gratuitamente: aerp.org.br/ensinoead
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E S P E C I A L Le g i sl a ção
Atualização da regulamentação da profissão de radialista traz menos burocracia e mais segurança jurídica A
evidentemente obsoleta, com várias funções do antigo decreto já inexistentes e outras defasadas pelo avanço da tecnologia - do analógico para o digital. Para o presidente do Sert-PR, Caique Agustini, o decreto representa o caminho para a resolução de problemas que há décadas permeavam a radiodifusão. “Em razão da desatualização, várias das funções listadas no antigo decreto já nem existem mais e outras estão defasadas em decorrência da multifuncionalidade trazida pelo avanço da tecnologia. O novo quadro descreve funções mais adequadas à realidade do século 21, deixando para trás equipamentos e funções ultrapassadas e não exclusivas da radiodifusão.” O presidente da Aerp, Alexandre Barros, destaca que o rádio está em evolução constante. “Não cabem quase 100 funções em uma mesma profissão. O decreto trouxe avanços para os radialistas, para as empresas de radiodifusão e para os ouvintes”. Na antiga lei, havia 94 funções a serem exercidas por radialistas. Agora, estas funções diminuíram para 25 - praticamente 1/4
tecnologia e a internet transformaram a forma como os meios de comunicação lidam com o público. O rádio, que já era móvel devido a sua miniaturização, tornou-se onipresente na vida do ouvinte: está no carro, no celular, no computador, nos canais de televisão a cabo e claro, nos aparelhos tradicionais. Apesar da intensa evolução tecnológica pela qual o setor da radiodifusão passou nas últimas décadas, a legislação que regulamenta a profissão de radialista permanecia a mesma desde 1979, quando entrou em vigor. O decreto que atualizou a legislação, assinado pelo presidente Michel Temer em abril de 2018, atualiza o Quadro de Funções da Lei do Radialista. A Aerp e o Sert-PR sempre defenderam a ideia de evolução e atualização das funções desses profissionais, pois colabora com a preservação da atividade dos radialistas e traz segurança jurídica para as empresas do setor. A regulação das atividades de radialistas foi baseada, há 39 anos, nos equipamentos e na prática diária da época. Ou seja, a lei estava 14
Ainda de acordo com Leão, ao defender a atualização da lei, o setor promove a subsistência da própria atividade da radiodifusão: “as empresas poderiam terceirizar a mão de obra contratando produtoras de conteúdo, o que seria uma via legal, mas está lutando para preservar a atividade, porém regulamentada de acordo com a realidade atual”. Patricia Guimarães, do escritório Gama e Lima & Guimarães, consultora jurídica da Fenaert, ressalta que é preciso uma revisão completa dos enquadramentos de quadros e salários das empresas. “É preciso olhar para dentro de casa e compreender quais foram as alterações em cada função profissional. Olhar as descrições de funções no papel e o que eles fazem de fato. É preciso “reorganizar a casa”, principalmente de quem antes trabalhava de 5 a 6 horas e agora pode trabalhar 8, e de quem recebia acúmulo de função e agora a função não existe mais. A principal pergunta é: o que eu faço com essa pessoa que estava aqui há 20 anos, em uma condição que agora não existe mais?”
do que havia antes. A justificativa para as mudanças foi a atualização ocupacional e a correção das defasagens geradas pelo avanço tecnológico. As inovações estão nas denominações e funções das atividades dos radialistas, agrupando funções que antes eram fragmentadas, extinguindo as que não são mais necessárias e criando novas ocupações que surgiram nos últimos anos. Um dos progressos mais evidentes está na unificação das sete funções de locutor em uma só. Desenvolvimento Segundo o presidente da Fenaert, Guliver Leão, a atualização das funções não vai gerar demissões. Pelo contrário, vai permitir o desenvolvimento e capacitação dos profissionais para trabalhar com novas tecnologias e plataformas de comunicação. “A atualização é importante tanto para as empresas, que terão segurança jurídica para atuar, como para os funcionários, que se adaptarão a uma nova realidade de mercado”, salienta. 15
E S P E C I A L Le g i sl a ção
Confira as principais mudanças promovidas pelo decreto Nº 9329/2018, elencadas pelo advogado Carlos Roberto Ribas Santiago, consultor jurídico do Sert-PR: O atestado de capacitação profissional exigido para o registro do Radialista poderá ser fornecido por: Entidade pública ou serviço social autônomo que tenha por objetivo promover a formação ou o treinamento de pessoal especializado necessário às atividades de radiodifusão; Entidade sindical representativa dos trabalhadores da categoria profissional; Entidade sindical patronal do setor econômico, ou empresa que englobe em seu objeto social as atividades que desdobram da profissão de Radialista.
prejuízo direto, indireto, presente ou futuro. A alteração das funções em que se desdobram as atividades e os setores da profissão de Radialista estabelecidas (a que se refere o § 4º, artigo 4º, do Decreto 84.134/1979), reduzindo de 94 funções para 25 funções. Segundo o novo quadro das funções da profissão de radialistas, é comunicador todo aquele que apresenta, pelo rádio ou pela televisão, noticiosos, programas e eventos, realiza entrevistas e faz comentários das pautas, com apoio e operação de equipamentos de conteúdo audiovisual em diversas mídias, e presta informações técnicas relativas à produção e aos temas abordados.
Não houve qualquer alteração na jornada de trabalho do radialista que continua de 5(cinco) horas para os setores de autoria e de locução; de 6(seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento de registros visuais, agora audiovisuais; 7(sete) horas para os setores de cenografia e caracterização e 8(oito) horas para os demais setores.
Continua em vigor o artigo 16 do decreto 84.134/79, no que se refere ao acúmulo de funções, apenas que limitado, agora, aos novos setores em que se desdobram as atividades dos radialistas.
O eventual enquadramento do radialista nas novas funções em que se desdobram as suas atividades dependerá de um exame caso a caso, já que as consequências são as mais diversas e específicas. De qualquer maneira, qualquer alteração contratual deve ser realizada com o consentimento do empregado (mediante termo aditivo ao contrato) e sem que lhe cause qualquer
O decreto 9.329/2018 que alterou o quadro das funções e setores da profissão de radialista foi publicado no Diário Oficial da União de 05.04.2018. Assim sendo, a adequação à lei deveria ter como marco inicial essa publicação e seu desatendimento implica em risco, tanto maior quanto mais demorada a medida.
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Veja as novas funções de radialistas trazidas pelo Decreto 9.329/18: NOVO QUADRO DE FUNÇÕES DE RADIALISTAS CONFORME DECRETO Nº 9.329 FR 04/04/2018. ATIVIDADE
SETORES
CBO
DENOMINAÇÃO
ADM. Autoria
Autor-roteirista
2622-35
Diretor Artístico ou de Produção
2622-25
Diretor de Programação
Rádio 2622-10 TV 2622-15
Diretor de Programas
2619-05
Continuista
3744-25
Diretor de Imagens TV
3741-55
Analista Musical
2621-15
Produtor de Rádio e TV
Produz programas de rádio e televisão de qualquer gênero, inclusive telenoticioso ou esportivo.
3732-20
Coordenador de Elenco
Responsável pela convocação e pela orientação de elenco, pela distribuição do material aos atores e aos figurantes e pelas providências e pelos cuidados exigidos pelo elenco que não sejam de natureza artística.
Operador de Dublagem
Responsável pela coordenação ou pela execução da atividade de dublagem de filmes e produções estrangeiras.
Comunicador
Apresenta, pelo rádio ou pela televisão, noticiosos, programas e eventos, realiza entrevistas e faz comentários das pautas, com apoio e operação de equipamentos de conteúdo audiovisual em diversas mídias, e presta informações técnicas relativas à produção e aos temas abordados.
Produção
PRODUÇÃO
Interpretação
Dublagem
Locução
2617-15
Caracterização
Responsável pela execução dos programas e pela supervisão do processo de recrutamento e seleção do pessoal necessário à produção, principalmente quanto à escolha dos produtores e dos coordenadores de programas, os quais, depois de prontos, serão disponibilizados ao diretor de programação. Responsável final pela transmissão dos programas da emissora, com vistas à sua qualidade e à adequação dos horários de transmissão. Responsável pelo planejamento e pela condução das gravações e pelo gerenciamento das equipes e dos recursos, de forma a atender os planos de gravação definidos. Planeja e controla a continuidade lógica das cenas, os personagens, a caracterização, a ambientação e a cenografia. Garante o andamento das cenas e das matérias nos programas gravados ou ao vivo, seleciona as imagens e os efeitos, participa das definições de desenho de câmera e dimensionamento de equipamentos e direciona o enquadramento e a movimentação das câmeras.
Realiza a pesquisa musical, seleciona o repertório, cadastra os áudios para a elaboração da programação musical, organiza as playlists, cria os filtros em função do perfil de audiência e monta e implementa a programação musical gerada para a execução.
Fugurinista
Cria e desenha as roupas necessárias à produção e supervisiona a sua confecção.
3742-05
Cenotécnico
Responsável pela construção e pela montagem dos cenários, de acordo com as especificações determinadas pela produção.
2623-25
Cenógrafo
Desenvolve o projeto do cenário de acordo com o conceito artístico do projeto de cenografia definido.
3732-30
Supervisor Técnico
3741-50
Sonoplastia
3731-40
Controlador de Programação
Acompanha e realiza as operações de seleção, checagem e comutação de canais de alimentação relativas à grade de programação, monitora a sua evolução e as suas necessidades de ajustes, prepara os mapas de programação e estabelece os horários e a sequência da transmissão, inclusive quanto à inserção adequada dos comerciais.
3731-35
Operador de Controle Mestre (master)
Opera o controle mestre, seleciona, checa e comuta diversos canais de alimentação, conforme os roteiros de programação e os comerciais, e faz as adaptações de conteúdo necessárias para exibição
3744-05
Editor de Mídia Audiovisual
Formata a narrativa do produto por meio de imagens e áudio, em apoio ao processo de finalização e preparação das mídias.
3721-10
Iluminador
Cenografia
DIREÇÃO
Tratamentos de Registros Sonoros e Audiovisuais
Desenvolve roteiros a partir de obras originais ou adaptações para a realização de programas ou séries de programas.
2615-05
Direção
TÉCNICA
DESCRIÇÃO
Planeja, desenvolve e executa a gestão de recursos técnicos, financeiros e humanos e lidera as Controlador de Operações equipes de tecnologia, a fim de alcançar as metas estabelecidas.
3731-45
Responsável pelo bom funcionamento dos equipamentos em operação necessários às emissões, gravações, transporte e recepção de sinais e transmissões de uma emissora de rádio ou televisão. Planeja, desenvolve e executa o desenho sonoro de uma produção e opera os equipamentos de áudio para assegurar a concepção e a narrativa do produto.
Monta, prepara e opera os sistemas de iluminação, cria os setups nas mesas de comando de iluminação e acerta o posicionamento de refletores e luminárias no set de gravação.
Assistente de Operações Executa a montagem, transporta os recursos e apoia a operação de captação de áudio ou imagem e a iluminação. Audiovisuais
3721-15
Operador de Câmera
3731-05
Operador de Mídia Audiovisual
3731-30
Técnico Sistemas Audiovisuais
Prepara e opera o equipamento de captação de imagens, por meio de diversas tecnologias, realiza os enquadramentos, além dos ajustes de foco e níveis de qualidade de áudio. Prepara e opera os equipamentos de gravação, exibição e reprodução de conteúdo audiovisual em diversas mídias e armazena os conteúdos de forma apropriada para utilização posterior. Realiza o planejamento dos recursos necessários, a configuração dos sistemas e a operação de plataformas utilizadas na produção, no arquivo e na transmissão de programas para garantir a operacionalidade de sua gravação e exibição.
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Agilidade, conectividade e informação de cara nova Novos conteúdos, mais colunistas e coberturas especiais. A Rede Aerp de Notícias passou por uma ampla revitalização e está de cara nova, oferecendo produtos e soluções diferenciadas aos associados. A programação foi modernizada, oferecendo muita informação regionalizada ao logo o dia. Outra inovação é a possibilidade das associadas solicitarem para a Rede Aerp participações, ao vivo, dos repórteres de Curitiba, quando estes acompanham fatos jornalísticos factuais na capital. A jornalista Ligia Gabrielli assumiu a direção de jornalismo com a missão de implementar os novos projetos e atender as demandas dos radiodifusores, principalmente, no que diz respeito a produção de conteúdos relevantes e garantindo periodicidade para que todos possam contar com a rede. “A partir das mudanças, buscamos fortalecer a programação das emissoras através de conteúdos jornalísticos ágeis e relevantes para que as associadas possam inovar nas produções regionais”, explica. Novos colunistas fazem parte da equipe trazendo diariamente dicas, informações e orientações sobre saúde, educação, comportamento, finanças, empreendedorismo e meio ambiente. “A qualidade dos temas abordados e a regularidade dos conteúdos são nossos pilares. Foram meses de pesquisas e estudos, ouvindo as emissoras, compreendendo as demandas que nascem a cada dia”, conta a jornalista Patricia Thomaz, responsável pelo projeto de reestruturação. A plástica mudou e está mais moderna, com no-
vas vinhetas, porém sempre respeitando a identidade regional de cada rádio. As emissoras também podem solicitar assinaturas e chamadas personalizadas com o nome das suas rádios. “A revitalização da Rede Aerp demonstra o nosso comprometimento em ouvir o radiodifusor e oferecer serviços de qualidade, que o ajudem a se despontar e a tornar o meio cada vez mais competitivo”, afirmou o presidente da Aerp, Alexandre Barros.
Especial
Reportagens e coberturas especiais também estão na nova grade. Nas Eleições 2018, a Rede Aerp inovou ao fazer uma ampla cobertura jornalística, com rodada de entrevistas com os principais candidatos ao Governo do Paraná e programas especiais, mostrando, em tempo real, a votação e a apuração dos votos em todo o estado. Em uma parceria com a Ciclano, para transmissão via streaming, os programas foram transmitidos ao vivo e permitiram agilidade e conexão em rede, com a participação de mais de 80 emissoras de todo o Paraná. A integração também contou com boletins e entradas especiais de profissionais das associadas do interior. Para oferecer mais oportunidades de comercialização e autonomia financeira às emissoras, os associados tiveram acesso a um modelo de Plano Comercial da cobertura das Eleições 2018. Muitas emissoras aproveitaram os conteúdos para firmar novas parcerias comerciais. Em 2019, a Rede Aerp contará com um mídia kit que será disponibilizado às emissoras para estimular a busca por parceiros locais. 18
Totalmente revitalizada, a Rede Aerp de Notícias conta com coberturas especiais e conteúdos inéditos (da esquerda para a direita) Patricia Thomaz e Ligia Gabrielli.
Segundo Adilson Azevedo, gerente das emissoras Menina FM de Pranchita e Aquarela FM de Realeza, a cobertura das eleições foi uma grande oportunidade para as emissoras. Wellington Basso, da Rádio Educadora de Wenceslau Braz, também contou que as transmissões foram um grande diferencial competitivo. Semanalmente, a Rede Aerp também oferece reportagens sobre a região Sul do País. Em uma parceira com as associações e sindicatos que formam o grupo G-Sul (PR, SC e RS), a coluna “Sul em Destaque” contempla fatos que unem as três regiões. Outro projeto importante desta revitalização é o Especial Verão, com a produção de boletins, entrevistas e programas especiais que valorizam o setor do turismo e o comércio em geral e levam informação relevante aos ouvintes.
Durante as transmissões nas Eleições 2018, o facebook da Aerp registrou números recordes: 16 mil pessoas alcançadas na rodada de entrevistas com os candidatos e 12 mil no dia da votação e apuração. E as transmissões não pararam por aí. A cada semana, a equipe tem explorado um novo formato digital, permitindo mais espaço para a criatividade e inovação, compreendendo que as novas mídias podem agregar e fortalecer o meio rádio.
Como utilizar
A Rede Aerp de Notícias é uma provedora de conteúdos exclusivos de alta qualidade para as rádios associadas, que podem veicular gratuitamente o material após o cadastro no portal. Para as emissoras que não são associadas, o portal oferece a oportunidade de acessar por meio de uma assinatura mensal. A Rede Aerp tem a estrutura de uma emissora profissional com estúdio e equipamentos modernos e uma equipe capacitada e experiente. O portal que abriga os conteúdos para download é moderno e fácil de usar.
Redes Sociais
Olhar para o rádio além das ondas sonoras é mais um desafio diário para a equipe da Rede Aerp. Por isso, a cada nova ação, o foco tem sido explorar o potencial do rádio fora do ambiente tradicional. Assim, as coberturas contam com transmissões pelas plataformas digitais e alcançam audiência inédita.
Quer acessar o conteúdo da Rede Aerp? Visite: www.redeaerpdenoticias.com.br 19
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Participe do Censo EconĂ´mico
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5 razões para participar do Censo Econômico Participe do Censo Econômico. Para que cada emissora informe seus dados mensalmente basta entrar em “Serviços” no portal da Aerp. Com isso, poderemos avaliar o comportamento de mercado e sazonalidades eventuais, proporcionando informações estratégicas para as emissoras associadas.
Os indicadores apresentam a realidade e o potencial da radiodifusão
Separamos cinco razões para você participar do Censo:
1 Fortalece o meio rádio; 2 As informações são uma referência para o mercado publicitário, com o sigilo absoluto dos dados;
3 Com o Censo Econômico é possível
avaliar a sazonalidade e o comportamento do mercado;
O Censo Econômico traz números concretos que demonstram os índices da Radiodifusão Paranaense, destacando o volume de investimentos realizados em mídia, tecnologia e recursos humanos no Estado. Uma iniciativa da Aerp em parceira com o Sert-PR, o projeto é modelo e referência em nível nacional e aponta indicadores importantes para o setor. Para o presidente da Aerp, Alexandre Barros, o Projeto Censo Econômico tem uma grande relevância no cenário publicitário e nos investimentos de mídia de massa. “Por meio dele, o radiodifusor poder mensurar o crescimento econômico da sua emissora e traçar planos para novos investimentos. Com a interatividade e a mobilidade disponibilizada pelas novas mídias, o rádio passa a ganhar ainda mais destaque devido a sua tendência de integração com o meio digital. É importante estar atento às tendências de mercado”, explica. Já o presidente do Sert-PR, Caique Agustini, destaca a importância do radiodifusor conhecer sua própria realidade e compará-la por região. “É uma grande oportunidade para evoluirmos em nossos negócios individualmente, transformando nossa atividade coletiva em algo muito mais saudável, sustentável, efetivo e, principalmente, mais rentável”.
4 Os dados são fundamentais para novas ações estratégicas de mercado;
5 Na plataforma, sua emissora reúne
informações estratégicas para um planejamento dinâmico.
Como participar? Para participar é rápido, fácil e gratuito, basta acessar o Portal da Aerp (www.aerp.org.br) e na barra “Serviços” entrar no Censo Econômico. As informações cadastradas são de absoluto sigilo. A contribuição de todas as emissoras associadas é fundamental para o desenvolvimento do projeto. Se a sua emissora ainda não faz parte, solicite seu acesso através do email censo@aerp.org. br, ou pelo telefone, (41) 3252-1700. 21
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AM>FM
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Os desafios e resultados da migração do AM para o FM Diversas emissoras AM passaram ou estão prestes a passar por um importante e decisivo momento. Veja como foi a preparação, as dificuldades e quais as dicas para quem está passando pelo processo
Quase 500 emissoras em todo o Brasil já migraram do AM para o FM desde 2013 quando foi assinado o decreto nº 8.139. Segundo levantamento do tudoradio.com, a mais recente migrante AM-FM a ser cadastrada é a Rádio Folha FM 100.3 de Boa Vista, a primeira AM a estrear em FM de Roraima. O Paraná é o estado que continua com o processo de migração AM-FM mais avançado, com 66 emissoras migrantes. A mais recente delas foi a Massa FM 97.9 de Céu Azul. A estação é originada da antiga Rádio União, que operava em 1510 AM. São Paulo, estado que conta com uma situação um pouco mais complicada quanto ao espaço no espectro FM convencional (entre 88.1 FM e 107.9 FM), tem 57 emissoras que migraram. Minas Gerais (com 54 rádios) e Santa Catarina (48) aparecem na sequência. 23
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A preparação para a migração
pretendíamos realizar o processo todo sem a necessidade de buscarmos aporte financeiro de outras fontes. A parcimônia e o esforço de vendas foram fundamentais para que atingíssemos o objetivo”, conclui.
Enfrentando as dificuldades
Até que a migração seja concluída e a emissora comece a obter os ganhos com a mudança de frequência, há um longo caminho a ser percorrido. Conversamos com alguns radiodifusores que nos contaram como foi o processo. Duas emissoras da Rede Bom Jesus de Comunicação passaram pelo processo de migração: Difusora América de Chopinzinho e a Club de Palmas. Cada uma delas exigiu estratégias diferenciadas ao longo do caminho. De acordo com o diretor da Rede Bom Jesus de Comunicação, Pe. Valdecir Bressani, o trabalho começou logo após a publicação do decreto que possibilitava a migração de AM para FM. “A partir da decisão pela migração foi a vez do Engenheiro Roberson de Oliveira preparar o projeto técnico atendendo à realidade de cada emissora e ao mesmo tempo um projeto que fosse economicamente viável. Após a aprovação dos investimentos a serem feitos, deliberados pela diretoria, enquanto aguardávamos o agendamento por parte do Ministério das Comunicações para a assinatura do contrato, foram feitos os orçamentos dos equipamentos necessários e realizadas as reformas necessárias nos novos estúdios”, explica Bressani. Já Jorge Telles, diretor de jornalismo da Rádio Cultura 94 FM de Guarapuava, ressalta o planejamento estratégico como principal passo na preparação para o FM. “Logo após a assinatura do Decreto de Migração, ocorrido em novembro de 2013, realizamos um planejamento estratégico visando a migração”. Outros dois fatores citados por Telles, além da parte financeira, foram a sobriedade e o esforço de vendas. “O aspecto econômico-financeiro foi o principal foco do planejamento, pois
Para Bressani, a maior preocupação foi a financeira. “Toda a mudança gera insegurança. Tivemos a preocupação com o alto investimento financeiro na migração e como isso seria absorvido na atual conjuntura econômica. Nosso planejamento impôs datas e com isso enfrentamos também o problema com o atraso na entrega de alguns equipamentos”. Outra dificuldade, para Bressani, foi se desligar do AM. “A maior e mais dolorida de todas as dificuldades foi a devolução do canal AM ao Ministério das Comunicações, depois de tantas histórias, de inúmeros e significativos serviços prestados à sociedade por mais de 40 anos”, relembra. As questões burocráticas foram citadas por Telles como um dos grandes desafios enfrentados no processo de migração para o FM. “A burocracia, a demora na tramitação de projetos, a dúvida no investimento, por exemplo, o que comprar – já que são muitas as opções, foram algumas de nossas dificuldades”.
Ouvintes e anunciantes
A migração exige uma análise profunda da emissora. Bressani lembra que para cada emissora foi pensada uma estratégia. “Realizamos uma profunda análise da realidade 24
de audiência, além da parte financeira e do espaço de mercado de cada emissora, o que nos permitiu compreender que cada emissora deveria ter estratégias diferentes no processo de migração”. O Pe. Valdecir ressalta que na Rádio Difusora América de Chopinzinho foi preciso mudar, em parte, o foco do público alvo. “Até então, as duas emissoras locais estavam focadas no público adulto, com isso buscamos um novo público, trazendo para a audiência também o público jovem que estava ouvindo mais as rádios vizinhas e menos a nossa. A estratégia foi a reconstrução quase que total da emissora”. Bressani reforça que mudou inclusive a marca. “Queríamos ser vistos de forma diferente pela comunidade e assim optamos por mudar inclusive a marca da emissora que passou a ser identificada como Extra FM. Repaginamos toda a programação, o estúdio, a fachada. Contratamos dois novos locutores que pudessem ajudar a construir um novo rosto para a emissora que foi a primeira a migrar no Sudoeste do Paraná e uma das primeiras do Paraná”. Já na Rádio Club de Palmas a estratégia foi diferente. “A audiência era boa e não desejávamos uma nova rádio, mas nos propomos a oferecer aos nossos ouvintes uma qualidade ainda melhor de nossos serviços. A estratégia adotada foi de modernizar a programação, mantendo aquilo que estava dando certo. Por isso, foi uma transição mais calma”, conta Bressani. Foram poucas as mudanças naRádio Cultura 94 FM de Guarapuava. “Nossa emissora já tinha o jornalismo como carro chefe da programação. Contratamos dois jornalistas e ampliamos nossa atuação nesta área”, explica Telles. O diretor de jornalismo da emissora diz que não queria perder sua essência e, por esse motivo, não mudou a programação. “Não poderíamos abandonar o público que há mais de 40 anos nos acompanhava. Entendemos que numa praça onde quase a totalidade das emissoras optaram por uma programação musical, de
entretenimento, deveríamos seguir o mesmo caminho que tínhamos com a nossa AM”.
A área de abrangência e negócios
A área de abrangência sempre é importante para qualquer emissora. Para Pe. Valdecir Bressani, quem fala para mais pessoas e chega mais longe tem maior oferta de mercado. Na Club de Palmas, não houve muita alteração de cobertura real. “O nosso sinal ganhou em qualidade, diminuiu as interferências e com isso ganhamos novos ouvintes”, esclarece. Jorge Telles, diretor de jornalismo da Rádio Cultura 94 FM de Guarapuava, conta que também não houve diminuição da abrangência com a migração. “Por termos optado, diante da possibilidade que nos foi oferecida, em colocar no ar uma emissora classe especial, com potência alta, a abrangência não chegou a diminuir muito. Outro destaque é o fato de a nossa comercialização ser basicamente local. Com isso, a pequena mudança na abrangência não chegou a influenciar nos negócios”.
Padre Bressani
Rádio Difusora América de Chopinzinho PR
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Jorge Telles
Rádio Cultura 94 FM de Guarapuava PR
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Levantamento aponta que 95% das emissoras consideram positiva a migração AM-FM Uma pesquisa encomendada pela ABERT sobre a satisfação das rádios no processo de migração de AM para FM, no Brasil, aponta que 95% das emissoras consideram positiva a mudança. De acordo com a associação, foram pesquisadas 100 rádios que já participaram do processo de migração AM-FM. O grau de satisfação com a faixa FM chega a 81%: 33% das rádios disseram que estão satisfeitas e 48% se dizem muito satisfeitas. A pesquisa mostrou ainda que 54% das emissoras entrevistadas relataram algum tipo de dificuldade durante a migração e a burocracia no processo foi apontada como a principal causa.
O levantamento descobriu ainda que 55% dos entrevistados consideraram alto o valor pago pela nova outorga, 39% acharam justo e apenas 1% considerou o preço barato. Na maioria das rádios, o número de empregados foi mantido e a predominância é de um quadro de até 10 funcionários. Em relação à potência e cobertura de sinal, a maioria das rádios se disse satisfeita com o resultado, porém o índice geral de satisfação ficou abaixo do mínimo aceitável, de 80%. 61% disseram estar satisfeitas/ muito satisfeitas com a nova potência e 69%, com a nova cobertura da rádio. (Fonte Abert)
Das 100 emissoras ouvidas, 57% relataram que houve aumento da receita após o funcionamento na nova faixa. De acordo com a pesquisa ABERT/DataCenso, o aumento médio da receita foi de 51%. Para 64% das rádios, a audiência também aumentou.
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Dicas importantes para quem está migrando Elabore o projeto com antecedência. É importante ter com clareza quem é o seu público (ouvinte). Se este processo apontar para a necessidade de uma tomada de decisão que exija redirecionar seu público, reposicionar sua marca, reorganizar sua equipe, esta é a hora.
Prepare todos os colaboradores da emissora. É fundamental todos estarem preparados para responder questões referentes à migração.
Definir com antecedência os equipamentos a serem adquiridos. Assim, é possível evitar atropelos e atrasos. Alguns equipamentos como torre e transmissor dependem de um razoável tempo para fabricação, entrega e instalação.
Amplie suas parcerias para maior aproximação com os ouvintes. Participe de eventos, atividades esportivas, culturais, religiosas que acontecem na cidade e região.
Avise os ouvintes. Antes de migrar, avise na programação que a emissora vai mudar.
Após a migração, é importante divulgar a nova marca. Invista na divulgação em outros veículos como revistas, associações comerciais da região, outdoor, etc.
Analise sua praça. Foco nas vendas. Elabore o planejamento estratégico da futura emissora FM.
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Quer alcançar bons resultados? Planeje-se! Criamos um passo a passo para ajudar sua emissora a planejar estratégias imbatíveis!
Experiência sensorial Um dos pontos altos do Congresso foi o vídeo de abertura,do queplanejamento utilizou a tecnologia Não há como negar a importância da projeção mapeada - a mesma usada nospara o sucesso de um negócio. Ainda assim, muitas dos jogos olímpicos de 2016 - mostrando a empresas sentem dificuldade em como desenhar sua evolução do rádio meio, hoje presente múltiplas plataformas. estratégia para atingirem bons resultados e acabam “Utilizamos o que há de mais moderno em deixando de lado essa importante ferramenta. termos de tecnologia para que a abertura mostrasse o espírito de modernidade Pensando nessa necessidade, convidamos doistrazido pelo Congresso”, afirmou Aldo Maluespecialistas na área para nos ajudar a construir um celli, proprietário da agência Canal/MKT, Guia de Planejamento que, Estratégico a foi por meio de pensado uma parceriapara inédita, a responsável produção e apoio na orrealidade das emissoras de pela radiodifusão. ganização do evento e nas estratégias para Edson Carneiro, CEO do Grupo Massa, e Marcelo redução de custos e humanização de todo o Romaniewicz, especialista em estratégia, dão dicas processo.
importantes para que o planejamento seja, de fato, colocado em prática pela empresa. Confira o que fazer em cada uma das etapas!
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Resultados EstratĂŠgia Objetivos DiagnĂłstico
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Para aonde queremos ir e em quanto tempo?
Esse é o ponto de partida. Reúna sua equipe para identificar fatores internos e externos que poderão afetar a conquista de seus objetivos. “Eu não vou fazer um planejamento estratégico sozinho. Preciso abrir essa caixa e fazer uma análise interna”, orienta Carneiro.
Objetivos
Diagnóstico
Onde estamos?
Depois de entender onde sua empresa está, é preciso definir um ponto de chegada. Para isso, a equipe precisa projetar metas futuras de faturamento, rentabilidade e posicionamento no mercado.
É hora de analisar o momento atual da emissora, identificar seu público-alvo, seus concorrentes, saber qual o seu posicionamento, reconhecer seus pontos fortes e suas limitações.
“No final das contas, é isso que preciso: sair do ponto A para o ponto B. Preciso crescer, melhorar meu processo, torná-lo mais eficiente. Daí penso nos meu objetivos macros para que possa desdobrar isso em metas”, exemplifica Carneiro.
É a chamada “Análise SWOT”, que permite verificar as forças (strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats).
Para Romaniewicz, é importante “identificar quais os obstáculos para alcançar os patamares desejados e, a partir daí, monitorar estes itens que nos farão superar isso”.
Outra ferramenta sugerida nesta análise é a do “triângulo de ouro do posicionamento”, que considera os três vértices: potenciais do seu produto/empresa, posicionamento da concorrência e expectativa do seu público-alvo. “O que tenho de bom, o que meu concorrente está entregando e o que o meu consumidor quer”, explica Romaniewicz. “Cruzando esses três pontos, você pode buscar uma estratégia que lhe diferencie”, complementa.
Mas qual o melhor caminho para alcançar os objetivos? Metas realistas e passíveis de serem alcançadas ou metas mais desafiadoras? Para Romaniewicz, “os objetivos têm que incluir também os desafios intangíveis como imagem de marca, reputação e relacionamento. As metas têm que ser consequência de uma estratégia pensada para a organização como um todo. Por isso, algumas vezes devem ser realistas para não gerar frustração. Outras vezes, podem estar atreladas a objetivos mais inovadores onde pensar em metas ‘fora da caixa’ pode ser importante”.
Novamente, a participação do time da emissora é fundamental: “faça essa conversa com sua equipe e busque um caminho de diferenciação”, sugere o estrategista. E o que não pode faltar em um bom diagnóstico?
O engajamento da equipe é fundamental para que metas e prazos possam ser cumpridos. “Hoje, no mundo dos negócios, não existe mais o eu, somo nós. A dificuldade é: fazer o alinhamento em todas as camadas da gestão. Do dono da rádio até aquele profissional que de alguma maneira toma a decisão direta ou indiretamente. Esse é o maior desafio”, destaca Carneiro. “A informação tem que percorrer a empresa. Temos que disseminar esses objetivos, quais são as metas que precisamos destrinchar para atingi-los. As pessoas precisam entender o que deve ser feito”, complementa.
Reúna todas as informações possíveis sobre seu mercado e seu público. Elas serão fundamentais para a tomada de decisão. “O entendimento dos hábitos e atitudes atuais do público-alvo e um panorama futuro das tendências de comportamento que podem influenciar o negócio”, indica Romaniewicz. “Quanto mais informações eu puder captar, mais assertividade para atingir meu resultado eu vou ter. Esse é o olhar que temos que ter num mercado tão incerto quanto o nosso, que exige tanto do empresário e que exige criatividade dos seus gestores para superar dificuldades”, complementa Carneiro.
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Estamos no caminho certo?
É hora de traçar seu plano de ação e responder as perguntas-chave: o que fazer? Como fazer? Em qual prazo será feito? Quem serão os profissionais responsáveis? Qual será o custo da execução?
Estratégia definida, objetivos e metas traçados, plano de ação sendo executado, é hora de monitorar seus resultados. Para Romaniewicz, as métricas devem ser compatíveis com os objetivos e com os obstáculos para que eles sejam atingidos. Podem ser variadas, desde que sempre coerentes, e nem sempre estão atreladas a valores monetários.
Resultados
Estratégia
Como chegaremos lá?
“A palavra estratégia tem a ver com direcionamento e a palavra planejamento tem a ver com a execução. Eu preciso pensar nessa estratégia para poder aplicar um plano de direcionamento para buscar meu resultado”, aponta Carneiro.
“Se um objetivo é, por exemplo, estar mais próximo da comunidade (audiência e anunciantes) as métricas podem estar relacionadas à geração de conteúdo mais relevante ou alimentação de uma rede de relacionamentos constante e ampla”, exemplifica.
Para ele, é preciso que a equipe dimensione suas ações pensando não só no ouvinte, mas também no anunciante. “O interessante no meio rádio é que você tem um público que consome e outro que compra. O desafio é colocar o alinhamento estratégico para que todos entendam de fato qual é o negócio, que não é só o anunciante, mas também o ouvinte”, destaca.
Para Carneiro, o acompanhamento deve ser mensal. “Uma vez por mês nós chamamos os gestores que participam da tomada de decisão e compartilhamos os números de receita, despesa, pensando no que podemos melhorar”, pontua.
É o momento de programar os projetos e alternativas que tornem o negócio viável. “Tenho que pensar em buscar publicidade, mas não é só nisso. Tenho que pensar nos projetos e em outras alternativas que viabilizem o meu tamanho. Esse deve ser um processo constante. Atrair ouvintes através de projetos para dentro do seu negócio”, aponta Carneiro.
“Quem não mede, não gerencia. Quem não gerencia, não tem metas. Portanto, gerenciar é atingir metas. Se eu não estou medindo, não estou gerenciando, então preciso fazer alguma coisa”, complementa Carneiro. Conselho dado também por Romaniewicz: “precisa medir, conversar com as pessoas, sair da rádio e ir para a rua. Quando se toma a atitude de ouvir, você começa a monitorar o que está acontecendo e ajusta seu produto para entregar novamente”, aponta.
Qual a dica para traçar estratégias mais viáveis e assertivas? “Dedo no pulso do mercado. Acompanhar as inovações do setor, boas práticas da categoria, comportamento da audiência e do consumo do meio”, aponta Romaniewicz.
Enfim, para ter sucesso no planejamento de sua emissora é preciso saber aonde se quer chegar e se cercar de todos os recursos e informações relevantes para trilhar esse caminho, como conclui Carneiro: “todo grande navegador sabe onde fica o norte e o que fazer para chegar até lá”.
A experiência da equipe também conta muito nesta etapa. “É muito importante engajar os públicos internos, muitas vezes com mais de uma competência e especialização”, ressalta. O alinhamento com a equipe pode fazer a diferença. “As empresas precisam entender quem são as pessoas que participam do negócio, que tomam as decisões no dia a dia. Temos que trazer essas pessoas para dentro do processo”, orienta Carneiro.
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Checklist para um Planejamento Estratégico impecável Coloque em prática as dicas dos especialistas. Para ajudá-lo a iniciar o planejamento estratégico para o próximo ano de maneira impecável, fizemos um pequeno checklist para orientar suas próximas ações. Confira:
Análise de mercado – Não comece a planejar nada sem conhecer seu mercado profundamente. Para isso, busque informações como: Quais são as oportunidades do seu mercado no momento? Quais são as ameaças do seu mercado no momento? Quem são seus principais concorrentes? No que seus concorrentes são melhores do que você? Que lições seus concorrentes ensinaram para você no último ano? Como você pode utilizar as lições ensinadas por seus concorrentes no Planejamento Estratégico? No que seus concorrentes são piores que você? O que você precisa fazer para continuar se destacando de seus concorrentes nessas áreas?
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Debate com os envolvidos no Planejamento Estratégico – não é algo para ser feito em um final de tarde, em um final de semana. O processo do Planejamento Estratégico é, eminentemente, analítico. Então, é fundamental conversar e debater com os membros da equipe para definir que rumos seguir. Estes são alguns exemplos de debates que você pode provocar: Como podemos nos tornar ainda mais fortes nas nossas forças (o diferencial da emissora) e amenizar nossas fraquezas? Quais são as lições que podemos aprender com nossos concorrentes? Como podemos colocá-las em prática? Que rumos você acha que deveríamos seguir nos próximos meses e anos? Onde você nos enxerga no futuro?
Baseie-se em dados, não em impressões ou suposições: A equipe comercial está preparada para responder as objeções dos clientes? Qual era a meta de vendas para o ano? Ela foi atingida? Na comparação com os anos anteriores, o resultado foi melhor ou pior? O que precisamos fazer daqui em diante para melhorar isso? O vendedor está sendo atencioso e assessorando o cliente? O vendedor tem o contato direto entre a realidade da audiência da emissora com o target que o anunciante quer buscar. Por exemplo: ao visitar um cliente em uma loja de bairro, só por andar poucas quadras, o vendedor consegue perceber se sua emissora é bem recebida por ali. Qual é a taxa de recomendação dos seus clientes? Esse nível é melhor ou pior do que o medido nos anos anteriores? O que pode fazer para melhorar?
Estabeleça indicadores – com indicadores bem definidos, você poderá avaliar se o que foi acordado no planejamento está sendo cumprido e, também, analisar os resultados e depois rever o planejamento e os rumos da emissora. Os indicadores variam de acordo com seus objetivos, mas estas são algumas opções:
se voluntariam e se interessam por essa possibilidade. Valores baixos ou em queda podem ser reflexo de uma qualidade ruim. Índice de influência em redes sociais - É uma forma de avaliar se a estratégia para engajamento no Facebook, Twitter ou Instagram está indo bem. Para calcular, basta dividir o número de curtidas pela quantidade de postagens feitas. É possível calcular também o índice de compartilhamento nas redes sociais. Basta adaptar a mesma fórmula trocando curtidas por compartilhamentos ou retuítes.
Alcance da transmissão - Para medir esse indicador de capacidade é preciso considerar não apenas a potência do equipamento utilizado pela rádio, mas também alguns fatores geográficos — dependendo do relevo e da área onde o equipamento está instalado, sua eficiência pode ser reduzida.
Renda média por ouvinte - Esse é um indicador de desempenho que pode medir, dentre outros, o trabalho da equipe de vendas de anúncios. Já conhecendo o tamanho da audiência e os valores arrecadados com publicidade é possível estimar quanto cada um desses ouvintes contribui em renda para a rádio. Basta dividir a arrecadação com anúncios pela audiência total. Com isso, também é possível estimar como a renda poderia melhorar aumentando o público da rádio. Esse indicador também pode ser usado em programas individuais.
Índice de engajamento em programas ao vivo - Um índice simples que pode ser usado tanto para entender melhor sua audiência como para avaliar a qualidade da sua programação. Em programas ao vivo, em que o ouvinte pode participar de alguma forma, é útil manter uma medição de quantos deles
Percentual da grade monetizada – Para levantar esse indicador, basta pegar as horas de programação semanal e avaliar quantas dessas horas estão com anúncios. Com isso, chegamos a um valor em porcentagem de quanto da grade está realmente dando dinheiro. Quanto mais próximo de 100%, melhor.
Audiência geral - É uma métrica bem direta — quanto maior o número da audiência, melhor.
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RĂĄdio no Celular Gasta menos bateria e nĂŁo precisa de internet
VANTAGENS DE TER UM CELULAR COM RÁDIO:
• Rádio no celular é grátis. • Economiza bateria. • Não precisa de internet. • Não precisa baixar aplicativo.
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Profissionais do rádio buscam novas habilidades e qualificação
S
aber como lidar com o avanço tecnológico, conhecer as estratégias para atuar em um mercado cada vez mais competitivo e entender as mudanças no comportamento dos ouvintes e nas formas de consumo dos conteúdos são exigências cada vez mais presentes na rotina de quem trabalha no meio rádio.
Aerp, Abert e Fenaert, que promove a permuta de vagas nos cursos por anúncios nas rádios participantes, já beneficiou cerca de 246 alunos de pós-graduação em Gestão de Empresas de Radiodifusão, Bacharelado em Jornalismo e Bacharelado em Comunicação Social, segundo balanço divulgado pelo grupo de ensino.
Cada vez mais, os profissionais das emissoras estão buscando se aperfeiçoar em áreas que fogem da formação tradicional, expandindo seus conhecimentos para qualificações voltadas para a gestão e participando de cursos de atualização. Prova disso é a grande adesão desses profissionais aos cursos em EaD promovidos pela Aerp em parceria com a Abert, que ao longo dos últimos cinco anos envolveram cerca de 20 mil participantes de todo o Brasil.
Bruno Dias, assistente de direção e produtor das rádios Maringá FM, CBN e Mix FM Maringá, trabalha na área há cinco anos e viu no curso de pós-graduação a oportunidade de se especializar. “Foi uma experiência incrível. Atendeu minhas expectativas e foi muito produtivo, pois tive contato com professores e convidados que conhecem bem o mundo do rádio”, avalia.
Trocando spots por conhecimento
O mercado de radiodifusão evolui a passos largos com o avanço da tecnologia e com a necessidade do rádio se tornar cada vez mais multiplataforma. O curso também acompanha essa evolução, como comenta a professora doutora Cláudia Patrícia Garcia
Teoria x prática
Outra importante iniciativa de qualificação registrou números positivos nos últimos dois anos. A parceria entre o Grupo Uninter,
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Pampolini, coordenadora de Pós-Graduação da Área de Negócios do Grupo Uninter. “O curso foi pensado para atender esta demanda junto às mídias sociais, promoção e ações de eventos, melhorar a interatividade com a comunidade na qual o rádio está inserido, configuração de texto e vídeos que atendam as novas propostas das mídias”, explica. Além de preparar o aluno para atuar em múltiplas plataformas, o curso traz conhecimentos nas áreas de gestão das emissoras, planejamento, marketing e promoção de eventos.
suas experiências cotidianas profissionais para seus trabalhos de conclusão de curso. “Foram mais de 40 trabalhos focados na área de atuação dos estudantes. Isto tornou a relação entre a prática e a teoria uma realidade efetiva para o curso”, comenta.
Conheça algumas instituições que oferecem cursos na área de radiodifusão
Uninter: Pós-Graduação em Gestão de Empresas de Radiodifusão
Foi na área de eventos que Bruno Dias apresentou seu projeto de conclusão de curso. Ele também destaca a importância desse aprendizado no seu dia a dia. “Apliquei o conhecimento adquirido em planejamento estratégico na produção e organização da Barraca Universitária, buscando aprimorar a divulgação, parcerias e gestão inteligente de custos de diversos materiais essenciais ao evento”, aponta. O professor doutor Guilherme Gonçalves de Carvalho, coordenador adjunto do curso de pós-graduação, relata que os alunos trazem
Sert-SC/Sebrae-SC: Curso de Marketing para Rádio e TV
EaD Aerp/Abert: Seminários ao vivo sobre radiodifusão
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Flexível, pero no mucho
quando temos transmissão de jogos, mantemos a Voz do Brasil das 19 às 20h”, complementa. Próximos passos Apesar do avanço trazido pela flexibilização, muitas emissoras defendem a extinção do programa ou uma ampliação da faixa horária de transmissão, que hoje é das 19h às 22h. “O programa, embora tenha melhorado nos últimos anos, não desperta interesse. Os números de audiência comprovam”, aponta o superintendente da Rádio Caiobá FM, Paulo Roberto Oliveira. A possibilidade de ampliação da flexibilização é defendida pela Abert. A entidade busca que o governo federal regulamente a lei e indique em que casos essa ampliação seria possível. “A flexibilização da Voz do Brasil entre 19h e 22h já foi uma grande vitória do setor, mas ainda temos outro desafio pela frente. É muito importante que o Executivo regulamente o dispositivo da Lei e amplie o período de flexibilização em casos excepcionais”, destaca o diretor geral Cristiano Flores. A expectativa da Abert é que a regulamentação aponte para a possibilidade de ampliação da faixa horária nos dias em que as emissoras estejam transmitindo jogos de futebol, eventos culturais ou grandes coberturas, como no caso de tragédias, por exemplo. Medida que seria comemorada por emissoras com programação esportiva. “Entendo que a extinção é um pouco difícil, mas o ideal seria a flexibilização até as 24h, assim, as emissoras que transmitem jogos poderão transmiti-los integralmente”, aponta Rogério Afonso. É esperar para ver e torcer para que essa nova etapa não demore tanto.
Os radiodifusores brasileiros comemoraram em 2018 uma conquista histórica: a flexibilização do programa “Voz do Brasil”. Graças à aprovação de um projeto de lei que tramitou por 15 anos no Congresso Nacional. Com a mudança, as rádios comerciais agora podem optar pela veiculação do programa fora das 19h, tendo a chance de conquistar mais ouvintes e anunciantes neste horário que é considerado nobre para o rádio. A mudança foi adotada pela grande maioria das rádios que já sentem o impacto positivo da ampliação do tempo de permanência da audiência nesta faixa horária. Estudo recente divulgado pela Kantar IBOPE Media mostra que um dos picos de audiência durante os deslocamentos (seja por carro ou outro tipo de trajeto) ocorre às 19h. Não sendo obrigada a interromper sua programação neste horário, a emissora consegue estender a audiência de programas que se iniciam a tarde e atingir ouvintes que estão se deslocando neste período. É o que vem ocorrendo com a rádio Transamérica Pop de Curitiba. “Aumentou a nossa audiência na faixa horária das 19 às 20hs”, afirma o diretor Rogério Afonso. A emissora passou a transmitir o programa a partir das 20h. “Somente
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Giovanna Leal Dalla Corte
Consultora de Mídia Ex-Presidente do Grupo de Mídia do Paraná (Gestão 2016/2018)
sua força agora através de multiplataformas, que atingem mais consumidores simultaneamente, seja por meio da sintonia ou por novos formatos atrelados com a internet ou mesmo em ações de merchandising em locais de grande concentração. O momento correto para falar com o público está determinando o resultado de uma campanha. As pessoas não consomem mais um produto ou serviço de forma isolada, por isso, para comunicar com vários públicos distintos, os anúncios também precisam ser diferentes, em linguagem e conteúdo. Os números atuais mostram muito bem a penetração do rádio em todas as faixas etárias e classes sociais. Os dados oficiais de compra também demonstram a força do meio. Fazer um planejamento sem pensar em rádio utilizando suas multiplataformas pode ser um grande erro de mídia. Cada uma das mídias tem a sua importância num planejamento de comunicação, pois o foco sempre será atingir o consumidor, e hoje ele está ligado, ou desligado ou escondido atrás de uma das milhares tecnologias inventadas diariamente. Reinventar-se sempre é preciso, seja como meio de comunicação ou como profissional de mídia.
oje, nos deparamos com uma geração bombardeada por informações, porém com menos tempo para tomar decisões. Se quisermos atrair a atenção dos consumidores, precisamos ser mais assertivos na interação e na velocidade da entrega do conteúdo em qualquer meio. O mundo mudou muito rápido, onde vários veículos tiveram que se reinventar para sobreviver. O investimento na TV ainda ultrapassa os 50% no Brasil, mas já vemos uma migração maior para campanhas pensadas estrategicamente e em busca de nichos específicos de mercado. Assim como a indústria do entretenimento, a informação está, cada vez mais, criando um conteúdo para vários públicos diferentes e a publicidade tem que se desdobrar para perceber e utilizar todos os canais existentes com um público cada vez mais plural, interativo e exigente. Para desenvolver uma estratégia multiplataforma é necessário agregar o conhecimento em várias áreas. Hoje, não adianta mais só o conteúdo principal, tem que pensar nos periféricos. Historicamente, o rádio sempre desenvolveu um papel importante e cada vez mais tem mostrado 40
Sala de Reuniões Aerp Reservas gratuitas para associados
Veja mais fotos
A sede da AERP, próxima ao Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, em Curitiba, oferece às emissoras associadas um espaço para reuniões, com recursos audiovisuais, wi-fi e serviços de sala (café e água), sem qualquer custo. E os benefícios vão além, já que a sede conta ainda com jardins externos e um clima de tranquilidade. Ligue e agende seu horário:
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Coerência, verdade e simpatia Para ter sucesso na locução, o comunicador precisa desenvolver diversas habilidades, além de ser criativo e saber explorar a exposição das redes sociais a favor do rádio
“O comunicador tem que fazer seu programa pensando sempre em cada ouvinte. A linguagem tem que ser em primeira pessoa. O locutor que consegue fazer cada ouvinte se sentir único, ganha confiança”, afirma a diretora artística Jany Lima, que comanda as rádios Mix e Maringá FM, de Maringá. A habilidade de se comunicar de forma autêntica e verdadeira pode ser um talento natural ou fruto de muito treinamento. Para o professor de locução do Senac SP, Wagner Ferraz, “o profissional de rádio precisa falar com propriedade do assunto que aborda. Estudar o conteúdo para ter fluência em seu discurso é a única forma de convencer o ouvinte. É um testemunhal para o ouvinte se envolver”, indica. Simpatia e naturalidade também ajudam na aproximação com o ouvinte. “Imagina você ir trabalhar
O radialista Zé Bettio, que faleceu em agosto deste ano, é um dos exemplos mais clássicos de como a autenticidade e a verdade são fundamentais para fortalecer o vínculo entre o comunicador e o ouvinte. Pai de bordões como “acorda, joga água nele” e “gordo, ô gordo!”, Zé Bettio conversava com o ouvinte como se fosse seu vizinho ou alguém da família. E foi assim, de um jeito simples e verdadeiro, que conquistou uma legião de fãs nas rádios por onde passou e moldou várias gerações de radialistas. A construção dessa relação de proximidade passa pela linguagem.
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Pedimos para nossos entrevistados darem dicas para comunicadores que, mais do que nunca, precisam apresentar bons resultados também nas redes sociais. Confira o que eles disseram:
Dicas de Jany Lima: A dica é a coerência. A audiência tem uma impressão da marca da rádio e do comunicador, essa identidade precisa ser fortalecida pelas postagens nas redes sociais, nunca desconstruída. Evite publicações íntimas demais, exposição desnecessária, posicionamentos políticos e religiosos. Isso serve para postagens em perfis pessoais também. Sempre dê exclusividade para o dial, depois o assunto vai para a internet. Seja criativo. Mostre os bastidores da emissora, porque o ouvinte gosta da humanização: ver o rosto da recepcionista, conhecer a equipe, ver um pouco do dia a dia.
em um sábado de sol onde a maioria está se divertindo? Uma locução bem humorada contagia. Comprar um produto ou ideia é mais fácil assim”, ressalta o professor. Vitrine virtual Zé Bettio era avesso a fotografias – preferia não expor sua imagem para não “quebrar” a magia do rádio. Também não conviveu com a era de superexposição trazida pela popularização da internet e com o boom das redes sociais. Ele não precisou se preocupar com isso, mas os comunicadores de hoje, sim. Mas como se preparar para essa nova realidade? “Não têm fórmulas novas e sim novas formas de apresentar o que já existe. Isso sim é criatividade”, afirma Ferraz, que já ocupou os microfones de diversas rádios da capital paulista, como Mix FM, Antena 1, Band AM e Jovem Pan.
Dicas de Wagner Ferraz: Hoje em dia, os ouvintes passaram a ser telespectadores, então cuide de sua imagem como cuida de sua voz. A responsabilidade aumentou, somos formadores de opinião. Cuidado com o que posta e opina. Temos de ser imparciais, laicos, sem times de futebol assumidos ou partidos políticos. Seja provocativo. Coloque seu ouvinte para participar e dizer o que pensa, sem influenciar.
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Radiodifusores lucram com a internet O streaming é uma ótima maneira para aproximar os ouvintes, além de alavancar sua audiência e gerar receita Com as mudanças na forma de consumo, a maioria das rádios que utilizam a tecnologia tradicional, ou seja, por frequência modulada, foram se adaptando e também transmitem sua programação em streaming, ao vivo ou não. A praticidade desse tipo de transmissão atrai cada vez mais ouvintes, com isso a tendência é que cresça cada vez mais.
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O que é preciso para fazer streaming?
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Como monetizar?
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Além de equipamentos apropriados, o primeiro passo é entender que o é streaming. A tecnologia streaming é uma forma de transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo através de redes. Por meio do serviço, é possível assistir a filmes ou escutar a programação do rádio sem a necessidade de fazer download, o que torna mais rápido o acesso aos conteúdos online. O streaming se desenvolveu no Brasil nos últimos anos, principalmente pela melhora em um dos seus principais pré-requisitos: a velocidade das conexões com a internet. Com isso, os dados são armazenados temporariamente na máquina e vão sendo exibidos ao usuário em velocidade quase instantânea. O streaming está mudando a maneira de ouvir rádio e as fontes de receita das emissoras. Mas, antes de começar, é preciso se preparar. O diretor do departamento digital da 98 FM em São Paulo, Ricardo Impellizieri, explica que é importante ter um link de internet dedicado dimensionado adequadamente para cada tipo de streaming. “O ideal é ter uma conexão ponto a ponto com o provedor do streaming”. Outro desafio, segundo Antonio Manoel Brito, coproprietário da JB FM no Rio de Janeiro, é conhecer o seu público e saber o que ele quer consumir. “A primeira e mais importante regra é o streaming ser de fácil acesso. É bom não esquecer que a qualidade dos áudios e os conteúdos relevantes que buscam a sinergia com o produto do offline são fatores determinantes”, explicou. De acordo com Michel Micheleto, proprietário da Rádio Banda B em Curitiba, os ouvintes conectados são exigentes. “Eles têm toda a internet na mão para comparar e confirmar se o seu conteúdo é relevante ou não”.
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A monetização é um grande desafio, de acordo com Ricardo Impellizieri, porque o rádio é um veículo tradicional que não adotou as ferramentas e a dinâmica que o digital trouxe para o mercado publicitário. “Agências e anunciantes negociam e gerenciam as campanhas de forma totalmente distintas do offline”. Antonio Manoel Brito destaca o áudio digital. “Ele oferece aos anunciantes a vantagem de se conectar com o seu público-alvo de uma forma única e personalizada. Diferente do modelo tradicional de spots, o áudio digital permite a entrega do anúncio segmentado por região, sexo, idade, dispositivo e comportamento”, explica. Outra vantagem, segundo Antonio, é um relatório de pós-venda das impressões que mostra o dia e horário em que o anúncio foi entregue. “A tecnologia nos permite ter duas grades paralelas de programação e comercialização. Além disso, podemos oferecer uma venda adicional dos três segmentos do Grupo JBFM: JBFM (adulta qualificada), Rio FM (popular) e Rádio Cidade (jovem) através do streaming. A forma mais recente de monetização é a Pré-roll, explica Michel Micheleto, na qual a emissora pode oferecer a intervenção de um bloco comercial ou inserções programadas para veicularem somente no streaming. “Durante um programa, a emissora pode veicular um material unicamente pelo streaming ou, ainda, veicular um bloco comercial no ar e outro, para um público mais específico, no streaming”.
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As vantagens do streaming de vídeo
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Os recursos de vídeo disponíveis hoje nas redes sociais como Facebook Live e YouTube proporcionam uma oportunidade para as rádios divulgarem promoções e conteúdo exclusivos. O vídeo dá uma visibilidade para as personalidades do rádio e uma entrega a mais para os anunciantes. Muitas emissoras estão realizando ações. Um exemplo é o que fez a Alfa FM. “Lançamos uma webserie onde rodávamos pelos melhores restaurantes da cidade. Esta ação, feita em conjunto com a rádio e a Citroen foi um sucesso”, explicou Ricardo Impellizieri. Michel Micheleto destaca que o vídeo aproxima um pouco mais o ouvinte da emissora, além de atrair uma audiência que não escuta o rádio. “Os conteúdos acabam ganhando mais complementos, por exemplo: no momento em que a rádio Banda B transmite uma notícia via live, é possível apresentar imagens do acontecimento em questão”.
É possível acompanhar a audiência? $
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Sim! A Internet mudou a maneira como as emissoras interagem com os ouvintes. Antonio Manoel Brito ressalta que hoje existem ferramentas para aferir a medição do streaming hora a hora. “Na programação musical, por exemplo, a aceitação ou não de uma música é realizada em tempo real. No streaming, podemos acompanhar, também em tempo real, dados como horários de pico de audiência, ouvintes simultâneos e usuários únicos dentro de qualquer período determinado”, explica. Michel Micheleto esclarece que os sistemas e servidores que cedem o streaming mostram os números de ouvintes em determinado período, inclusive em tempo real, além de outras informações muito importantes como: cidades de onde vem a audiência, tempo de audiência e por qual equipamento acessam o streaming. “A interação se dá através do canal onde se hospeda o seu streaming. Se for no site/portal, basta abrir um canal de comunicação com o ouvinte - salas de chat, mensagens privadas e/ou post públicos que permitem a troca de mensagens com o seu ouvinte. Quando se trata de aplicativos, alguns modelos permitem o envio de mensagens instantâneas diretamente no WhatsApp da emissora, e-mail ou outras redes sociais”.
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$ Michel Micheleto Rádio Banda B
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$ Ricardo Impellizieri Alfa FM
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Antonio Manoel Brito JB FM
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Cuidados ao fazer streaming Por mais que pareça muito simples ter um microfone, se conectar à internet, ter uma boa ideia e muita força de vontade para fazer streaming, há fatores que podem ser determinantes. Confira as dicas de nossos entrevistados:
O principal cuidado para se fazer ou contratar um streaming, é a escolha de uma empresa ou servidor que apresente estabilidade de sua transmissão. Não condiz ter o melhor som, sendo que a transmissão não se mantém estável. Diante de toda concorrência de entretenimento no mercado digital, qualquer atraso na entrega do produto pode gerar uma perda de audiência difícil de recuperar. É fundamental trabalhar com uma empresa que garanta a reprodução da sua grade com qualidade e segurança. Escolha um fornecedor de streaming com suporte eficiente quando precisar. Além disso, esse fornecedor deve oferecer recursos de métricas e monetização em tempo real. Busque por um aplicativo que apresente rapidez, leveza e não ocupe tanto espaço no celular. Isso facilita que as pessoas baixem e o mantenham no celular. Considere todas as formas, disposições, layout e agilidade do play no seu site e/ou portal. Sempre facilite para que o ouvinte dê o play e se mantenha conectado.
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Estratégias para gerar mais engajamento O streaming de áudio ao vivo é uma boa forma de fortalecer a conexão com seu público, já que os ouvintes participam em tempo real. Essa estratégia pode aumentar bastante o engajamento com o seu público. Confira as dicas dos entrevistados: A emissora precisa entender com quem ela quer interagir e se adaptar aos diferentes formatos dos diferentes canais e incorporar elementos de outros meios. Por exemplo, stories no Instagram para divulgar um artista, programa, ou apenas entreter o ouvinte. Posts cruzados (Instagram, Twitter, Facebook) na conta dos locutores e convidados também aumentam e muito o engajamento. Depois do ao vivo terminado, faça pequenas edições para entregar via streaming on demand para seu público. Sempre tem uma parcela da audiência que não consegue acompanhar o “ao vivo” e, uma outra parcela, que está fora da praça principal e até mesmo fora do país em fusos horários diferentes. A venda programática ajuda a aumentar o valor do conteúdo na medida em que o ouvinte é exposto a anunciantes que lhe interessam e são menos expostos à propaganda repetitiva. É fundamental que os ouvintes tenham acesso fácil dentro do site e do aplicativo na hora de acessar o streaming. O tempo de conexão, por exemplo, tem que ser de no máximo até 5 segundos para reprodução do áudio. É importante também garantir parcerias com outros players no mercado de áudio online, já que quanto mais players distribuindo a programação na internet, maior o número de conexões totais que você vai poder oferecer para o anunciante.
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Eventos envolveram emissoras de todo o Paraná
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om um olhar para o futuro e ampla discussão sobre as mudanças presentes da área de radiodifusão, os Encontros Regionais, promovidos pela Aerp e pelo Sert-PR, envolveram mais de 350 radiodifusores e profissionais de Rádio e TV de todo o Paraná entre os meses de abril e junho de 2018. Passando por Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Curitiba, Cascavel e Francisco Beltrão, os eventos levaram às emissoras informações e sugestões para melhoria de processos, inovações de formatos e novas formas de abordagem para enfrentar desafios do seu cotidiano. O ciclo de palestras contou com especialistas em áreas estratégicas como vendas e mídias sociais, além de tratar de temas regionais e esclarecer aspectos jurídicos importantes vivenciados pelas emissoras no decorrer do ano com o período eleitoral e mudanças na legislação trabalhista. “Tivemos uma excelente adesão em todas as regiões, com um grande envolvimento dos participantes que interagiram com os palestrantes e saíram dos eventos com muitas novidades para aplicar na rádio e ideias para melhorar seu desempenho, lucratividade e audiência”, comemorou Alexandre Barros, presidente da Aerp.
Para Caique Agustini, presidente do Sert-PR, os Encontros Regionais contribuem para a união do setor em torno de temas relevantes. “A radiodifusão será tanto mais forte quanto mais unida ela estiver. Aqui no Paraná, estamos vivendo esse cenário. Somos um dos bons estados onde o radiodifusor se une em torno das suas entidades. Elas são a mesa correta de discussão e o Sert e a Aerp continuam fazendo esse papel”, destacou. Qualificação e network Na avaliação dos participantes, os Encontros Regionais mais uma vez trouxeram conteúdos relevantes e úteis para o setor. “Foi muito proveitoso, principalmente sobre as mídias digitais, que são coisas novas que estão vindo junto com o rádio”, avaliou Camila Buf, colaboradora da Rádio Jovem Pan de Cascavel. Para Rafael Soares, da Rádio Colmeia FM, de Maringá, os Encontros Regionais são importantes por promoverem o contato entre os profissionais da área. “Além de termos novas bagagens para levarmos para a emissora, é um momento para nos relacionarmos com os amigos radiodifusores. É sempre muito produtivo”.
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A edição de 2018 também foi marcada pelas homenagens a radiodifusores que contribuíram para o desenvolvimento do setor no Paraná. Foram momentos emocionantes, de resgate da história do rádio e reconhecimento a importantes nomes da radiodifusão paranaense.
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7 4. José Linhares (Ilha do Mel FM). 5. Zélia Scharan representando seus pais Maria e Nilson de Oliveira (Mundi FM). 6. Marcelo Requena, representando o ex-presidente Leonardo Petrelli. 7. Ilídio C. Sobrinho (Ilustrada FM) e Pe. Inácio, representando Ephraim Machado (Caiuá FM), de Paranavaí.
1. Entrega da homenagem ao ex-presidente Márcio Villela. 2. Representantes recebem homenagem de João Samoel Jensen (Educadora Uniguaçu FM) em Ponta Grossa. 3. Paulo Pimentel, ex-presidente da Aerp, homenageado em Curitiba.
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8. Ricardo Spinosa (Paiquerê FM), JB Faria (Paiquerê AM), Benedito Sydinor Pessoa (Arapongas) e Waurides Brevilheri (Cornélio Procópio). 9. Tamara Savaris, representando o avô Antonio Savaris (Itaipu FM). 10. Renato Silva (Colmeia FM). 11. Agustinho Seleski, fundador da Aerp.
12. Lauri Vedana (Difusora Elite). 13. Ex-presidente Valdir Pagnoncelli (Educadora AM/Dois Vizinhos). 14. Ex-presidente Roberto Lang (Voz do Sudoeste). 15. Ex-presidente Cezar Telles (Antena Sul FM).
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Qual é o papel do rádio AM/FM para anunciantes? Pesquisas têm comprovado que o rádio AM/FM vive uma fase muito positiva
Empresa rastreia os hábitos de se ouvir rádio
Estudos realizados em território norte-americano visam explicar para que finalidade e para quem é destinada a mídia de rádio, esta que tem ampliado o alcance de campanhas que também estão em outras plataformas de mídia. Multiplataforma é a resposta. Um formato de mídia complementa o outro, ou seja, uma campanha será bem sucedida se conseguir usar as mais diversas plataformas possíveis, mas respeitando o tipo de linguagem e alcance de cada veículo / canal. Algumas emissoras de rádio dos Estados Unidos estão adotando uma nova abordagem em termos de vendas para grandes anunciantes que possuem verbas em bilhões de dólares. Em vez de depreciar a TV, os vendedores estão sugerindo que os profissionais de marketing transfiram parte de seu orçamento de TV para o rádio, a fim de obter mais “rodagem” de suas compras na TV. Os estudos apontam também que uma das razões pelas quais o todo é muitas vezes maior que a soma das partes é que o rádio e a televisão alcançam públicos diferentes. Os ouvintes de rádio estão mais jovens, os telespectadores são mais velhos nos Estados Unidos. O rádio é basicamente uma mídia fora de casa, cujo período de consumo no horário nobre é durante o dia. A TV é principalmente uma mídia doméstica e é consumida principalmente à noite, assim como ocorre no Brasil. (Fonte: tudoradio.com)
Os rádios conectados fornecem informações valiosas ao mercado
Na esteira de melhorar as experiências dos ouvintes e dos anunciantes, a General Motors (GM, conhecida pela linha automotiva Chevrolet) realizou um teste durante três meses para ampliar a segmentação da publicidade no rádio. Segundo a reportagem do USA Today, a montadora quer ganhar dinheiro com a compreensão dos hábitos de escuta de seus carros. E para isso contou com a ajuda de 90 mil motoristas em Los Angeles e Chicago. Líderes da GM acreditam que os hábitos de escuta reais são mais preditivos do comportamento do consumidor do que o que a montadora pode colher através de pesquisas. “Os atuais sistemas de classificação baseiam-se em diários ou Personal People Meters (PPM), que têm muitas limitações, incluindo pequenas amostras”, disse Jim Cain, porta-voz da GM. “Os rádios conectados geram dados que permitem que mais mercados de rádio sejam medidos e fornecem outras informações valiosas”. (Fonte: tudoradio.com, com informações do USA Today e da GM) 54
Radio Show: o rádio está em seu melhor momento
Rádio impacta 86% da população, indica estudo da Kantar IBOPE Media
Grandes nomes do meio nos Estados Unidos discutiram as alternativas para o veículo
Meio é considerado ágil, confiável e compreensível
O Book de Rádio 2018, 5ª edição do estudo anual, mediu o perfil e comportamento de ouvintes de 13 regiões metropolitanas brasileiras entre abril e junho. “O atual cenário da nossa sociedade facilita a difusão de notícias falsas e a disseminação de temas que influenciam processos políticos e sociais pelo mundo inteiro. Ter acesso a informações com credibilidade se torna uma vantagem. Neste momento, a agilidade e a simplicidade do rádio se tornam grandes aliadas do meio. 83% dos entrevistados, por exemplo, acreditam que os programas e boletins de rádio são fáceis de entender e 74% que a cobertura jornalística desses programas oferece comentários e análises com profundidade”, explica Rita Romero, diretora de Business Insights and Development da Kantar IBOPE Media. O levantamento destaca ainda duas características importantes do meio rádio: abrangência e intimidade. “Ao mesmo tempo em que é um meio de difusão de informação em massa, o rádio tem o poder de conversar com cada ouvinte”, aponta a CEO da Kantar IBOPE Media no Brasil, Melissa Vogel. Características que também são consideradas fundamentais para o planejamento de mídia. Segundo o levantamento, o rádio absorveu 4,4% do share de investimento publicitário no período, recebendo quase 3 milhões de inserções publicitárias de 7.987 anunciantes.
A tecnologia também alterou fundamentalmente a forma como a publicidade é comprada e vendida, graças à influência do Facebook e do Google e sua capacidade de fornecer maior acesso à informação do que o rádio atualmente. “A expectativa entre os anunciantes é que eles querem acesso a muito mais informações do que nós fornecemos. Eles não querem esperar um mês ou dois meses para obter resultados, querem em tempo real em um painel”, disse o CEO da iHeartMedia, Bob Pittman. Alguns anunciantes de bilhões de dólares estão reavaliando seus gastos de mídia depois de passarem ao digital e não ver o esperado aumento nas vendas. “Adivinha? Foi mais mensurável, mas não mais eficaz”, disse Pittman. Ele também observou que o rádio tem um alcance maior do que são considerados os três grandes conjuntos de dados na mídia hoje: Google, Facebook e Amazon. “O rádio abrange todos os três, por isso devemos ser capazes de construir um conjunto de dados para o negócio de rádio que seja maior do que esses três, que não é tão fechado e é mais eficaz no final”, disse ele. Isso não só daria dados de atribuição de rádio para compartilhar com os anunciantes, mas também a segmentação por público-alvo, que se ajusta à maneira como os anunciantes compram a mídia hoje. (Fonte: tudoradio.com)
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O presidente do Sert-PR, Caique Agustini, participou do 7º Seminário do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Santa Catarina, realizado em Gaspar/SC. Durante o evento, foi escolhida a nova diretoria da entidade catarinense para o triênio 2019/2021.
A Aerp e o Sert-PR se vestiram de rosa para falar sobre a prevenção ao Câncer de Mama. A advogada Valéria Lopes, ex-presidente e voluntária da Associação das Amigas da Mama, mostrou como ainda precisamos avançar para que o direito à prevenção seja assegurado a todas as brasileiras. Participaram do encontro Malu Villela e as radiodifusoras Melanie Lisbôa Triches e Carol Chab.
O presidente da Aerp, Alexandre Barros, liderou uma comitiva de radiodifusores que foi recebida pelo Secretário de Radiodifusão do MCTIC, Moises Queiroz Moreira. No encontro, que contou com a participação dos Deputados Federais Ricardo Barros e Evandro Roman, foram discutidos processos de rádios paranaenses em trâmite no Ministério.
No Dia das Crianças, a homenagem veio em forma de reportagem especial feita pela Rede Aerp de Notícias. Os alunos do CEI Raoul Wallenberg e da Escola Estadual Aline Picheth descobriram como funciona um estúdio de rádio e soltaram a voz narrando notícias que fizeram em sala de aula. O encantamento das crianças foi contagiante, mostrando como é importante envolver e formar novas gerações de apaixonados pelo Rádio!
Foi renovado o convênio com a Copel e a Aerp até junho de 2019. A parceria é mantida há 29 anos e envolve mais de 300 emissoras paranaenses associadas à entidade.
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Em agosto, tomaram posse os novos membros do Conselho Superior da Abert, entre eles o presidente do Sert-PR, Caique Agustini. “Esta é uma grande oportunidade para colocarmos os desafios da radiodifusão paranaense na pauta nacional”, destacou Caique.
Os Radiodifusores paranaenses estiveram em Las Vegas, na NAB Show, e conferiram as novidades do setor. Na foto, Ivaldir e Inês Perachi, Helena Miyoto, Gicélia e Roberto Lang, Rogério Afonso, Elias Augustinho e Carlos Henrique Koop.
No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em maio, a Aerp e o Sert-PR reforçaram a parceria para divulgação de ações e medidas de proteção à criança e ao adolescente em evento que reuniu autoridades do poder público do Paraná.
Rádios de Curitiba e região se reuniram na Aerp para, juntas, discutirem o mercado da comunicação na capital. Nesta edição da Top 10, o ex-presidente da Aerp, Marcio Villela, apresentou um panorama do mercado da comunicação, compartilhando cases de sucesso, apresentando ideias e os novos desafios enfrentados pelos radiodifusores. Numa iniciativa inédita, as entidades que representam as emissoras de Rádio e TV do Sul do país – Aerp, Acaert, Agert , Sert-PR, Sert-SC e SindirádiosRS – se uniram e lançaram o “GSul”, um movimento que visa integrar e fortalecer os três estados. Na foto: Carlos Alberto Ross, pres. Sert-SC, Ary dos Santos, pres. Sindirádios, Roberto Cervo, o Melão, pres. Agert, André Dias, diretor institucional da Abratel, Marcelo Petrelli, Paulo Tonet, presidente da Abert e Alexandre Barros, pres. Aerp.
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VANTAGENS DE SER UM ASSOCIADO SERT-PR
A missão do Sindicato é buscar o estudo, defesa, coordenação e representação legal e em juízo dos interesses da categoria das Empresas de Rádio e Televisão na base territorial do Estado do Paraná. É o que temos feito, buscando incessantemente a manutenção da ordem na radiodifusão paranaense.
LISTAMOS ALGUMAS AÇÕES E SERVIÇOS QUE O SINDICATO OFERECE AOS SEUS REPRESENTADOS: CONVENÇÕES COLETIVAS
O fortalecimento do nível nas discussões das convenções coletivas: Com a Reforma Trabalhista, novos desafios se apresentam para as agremiações patronais e funcionais, uma vez que novas regras de contratação e modalidades de prestação de serviços são apresentadas às entidades. Nosso suporte legal na área trabalhista tem que ser mantido para que possamos dar o devido atendimento aos nossos associados.
ASSESSORIA JURÍDICA
Consultoria profissional especializada na radiodifusão, esclarecendo dúvidas sobre a legislação que envolve o setor, além de protocolar e acompanhar processos junto aos órgãos públicos em Brasília.
ASSESSORIA TÉCNICA
Desenvolvimento de manuais claros e simples sobre o dia a dia da radiodifusão, sempre levando às emissoras informações mais relevantes e qualificadas disponíveis, além de orientações técnicas prestadas diretamente por engenheiros de telecomunicações.
COMBATE ÀS EMISSORAS QUE ATUAM NA IRREGULARIDADE:
Atuação intensa no combate às emissoras piratas, clandestinas e comunitárias que abusam de suas prerrogativas, resultando em 133 ações contra rádios comunitárias e 04 ações contra TVs Educativas. Atuação também no combate ao uso criminoso de radiofrequências nas fronteiras do país, que
resultou na criação do Fórum de Interferência em Rádio, com apoio de órgãos nacionais e argentinos.
LUTA PELO FIM DA COBRANÇA DO SIMULCASTING:
Ação judicial contra o ECAD pedindo a ilegalidade na cobrança da taxa de “simulcasting” para as emissoras de todo o estado, com decisão favorável em duas instâncias. Após julgamento do TJPR a favor do ECAD, o SERT entrou com recurso junto ao STJ, pedindo a nulidade da decisão. (Ação tramitando).
APOIO NOS PROCESSOS DE MIGRAÇÃO DO AM PARA O FM:
Participação ativa nos processos de emissoras paranaenses, esclarecendo dúvidas e atuando como interlocutor junto ao MCTIC.
REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ÁREA DA RADIODIFUSÃO:
Promoção de Encontros Regionais e dos Congressos Paranaenses de Radiodifusão, em parceria com a AERP, com o objetivo de levar aos profissionais e executivos das emissoras conteúdos relevantes e informações pertinentes para o desenvolvimento do setor.
Prepare-se!
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CONGRESSO PARANAENSE DE RADIODIFUSÃO
em Curitiba
25,26 E 27 DE SETEMBRO DE 2019 Realização: