PROJETO “LER E ESCREVER”
ESCOLA EB 2, 3 DE RIO TINTO - AERT
2016 -2017
Projeto Ler e Escrever
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PROJETO “LER E ESCREVER”
AERT ESCOLA EB 2, 3 DE RIO TINTO 2016 -2017
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FICHA TÉCNICA Edição: AERT – Escola EB 2,3 de Rio Tinto
Coordenação: Anabela Silva, Maria José Peixoto, Sara Pereira
Arranjo gráfico e montagem: Anabela Silva
Informatização: Anabela Silva e Maria do Rosário Pinto
Data: Junho 2017
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“Nada está feito enquanto resta alguma coisa para fazer.” Romain Roland
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ÍNDICE Páginas
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1º Ciclo
7
2º Ciclo
11
3º Ciclo
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PREFÁCIO O Projeto Ler e Escrever é um projeto pedagógico com cerca de oito anos que pretende, entre outros, desenvolver a competência da leitura e da escrita; desenvolver a criatividade e a linguagem visual e combater o insucesso escolar global. Dada a sua importância na melhoria das aprendizagens dos alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos de ensino do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto (AERT), ele é parte integrante do Plano de Melhoria de Português. Os trabalhos apresentados foram elaborados no âmbito da disciplina de Português e abarcam temáticas e tipologias diversificadas. A seleção e a correção dos textos foram da responsabilidade dos professores titulares das turmas. As imagens que ilustram a maioria dos textos foram retirados da internet e adaptados pelas responsáveis do projeto. Terminado o processo de elaboração deste projeto, a equipa coordenadora agradece a colaboração de todos quantos o tornaram possível, é que “Mais vale agir na disposição de nos arrependermos do que arrependermo-nos de nada termos feito” (Giovani Boccaccio).
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S. Martinho
No dia do S. Martinho Comem-se castanhas e bebe-se vinho Como sou pequenino A mãe faz-me um belo suminho.
Todos à volta da fogueira, As castanhas a crepitar E todos na brincadeira As brasas vão saltar.
À noite já cansados Vão para casa descansar De rostos enfarruscados Um bom banho vão tomar.
Lara Pereira Magalhães 3º A – EB1 de Alto de Soutelo
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A escola da minha avó
Quando a minha avó era pequena, ela andava numa escola que era diferente da minha. A escola ficava em Mozelos, no concelho de Paredes de Coura. A minha avó morava a dois quilómetros da escola e tinha de ir a pé. Aquela escola era uma casa normal e os meninos estudavam na sala. Os alunos ficavam sentados em carteiras de madeira. Na parede da sala, havia uma fotografia de Salazar e um crucifixo. Todos os dias de manhã, as crianças tinha de cantar o Hino Nacional de pé. A avó e outro menino eram os melhores alunos. O recreio era um jardim pequenino e a casa de banho era de madeira, não tinha água e ficava cá fora. Na minha opinião, a escola era difícil!
Leonor Pereira 3º A – EB1 de Alto de Soutelo
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O MAGUSTO
O nosso magusto vai Toda a escola animar Vamos lá para o recreio As castanhas assar.
Todos os meninos estão Mais alegres neste dia No recreio há fogueira O magusto é uma alegria!
Que cheirinho anda no ar! Cheiram bem as castanhinhas Juntos vamos lá lanchar Agora que estão quentinhas.
Leonor Caló Leitão Pinto 3º A – EB1 de Alto de Soutelo
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Sara Silva e Renata Pereira – 5º C
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Vencer o medo
Certo dia, o leão estava farto de ter medo do canto do galo e decidiu ir falar com ele. Quando chegou perto do galo pediu: - Olá, senhor galo, pode deixar de cantar? É que me mete muito medo! - Olhe, o meu canto é o despertador de toda a selva – disse o galo. – Se eu parar, os outros animais zangam-se comigo. - Hummm! Sei, mas assusto-me muito e fico cheio de medo. Não haverá uma solução?- perguntou o leão. O galo parou para pensar um pouco e afirmou: A outra possibilidade é ultrapassares o teu medo. - Mas como é que eu o ultrapasso? – perguntou o leão assustado. - Vá, eu ajudo. Quando ouvires o meu canto, respiras fundo e pensas noutra coisa. Vamos experimentar? – perguntou o galo. O leão entusiasmado exclamou: - Obrigado, és muito gentil! Passado um mês, o leão estava curado e nunca mais teve medo do canto do galo.
Beatriz Monteiro, nº 3 – 5ºA
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Lenda do Verão de S.Martinho
Num dia de tempestade, ia S. Martinho, valente soldado, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão. S. Martinho não hesitou: parou o cavalo e pousou a sua mão carinhosamente na mão do pobre. Em seguida, com a espada cortou a meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. Apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, o cavaleiro continuou o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se. O céu ficou límpido. E um sol de estio inundou a Terra de luz e calor. Para que nunca se apague da memória dos homens este ato de bondade, praticado pelo cavaleiro, dizse que nessa mesma época, todos os anos, pára por alguns dias o tempo frio.O céu fica azul e o sol reaparece quente e brilhante. É o Verão de S. Martinho.
Rancisco, nº 9 – 5º B (recolha)
Lenda de Rio Tinto
Começamos pelo ano de 824. O rei de Córdoba, Al-el-Roma, tentou reconquistar a cidade do Porto, atacando-a com um enorme exército. Durante a batalha o sangue dos Mouros era tanto que foi tingir um pequeno riacho que havia por perto. O riacho passou a ter uma cor de vinho (tinto), daí o nome de RIO TINTO que iria a ser o nome da vila em que o rio se insere.
Rancisco, nº 9 – 5º B (recolha)
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2016/2017 Lenda do Monte da Burra
Era uma vez um monte e, nesse monte, uma fábrica. Era uma vez uma fábrica, operários, marceneiros que, com as suas mãos hábeis, trabalhavam a madeira, dando corpo a uma tradição secular. Era uma vez crianças, muitas crianças…. Era uma vez um lavrador. Era uma vez a burra do lavrador. Um dia …. As crianças, descuidados, resolveram deitar fogo a uns papeis velhos, junto das instalações da marcenaria. Quando se aperceberam do perigo, era já demasiado tarde: a fogueira erguia-se em grossas labaredas, avançando devastadoras sobre a fábrica. Impotentes para vencer as chamas que, incontroláveis, iam arrasando todas os seus sonhos, os operários resolvem abandonar as instalações, pondo a salvo as suas vidas. Da marcenaria, apenas restavam cinzas. O lavrador passava por ali, de regresso a casa, conduzindo pela arreata a burra. Pressentindo o fogo, a burra ergueu ao ar o seu nariz sensível, aspirou intensamente o cheiro a queimado e fixou os olhos na enorme fogueira. Em vão tentou o lavrador obrigar a burra a seguir o seu caminho: quando mais o dono a puxava para longe do fogo tanto mais ela, teimosamente, num ato suicida, fincava as patas no solo. O lavrador resolveu pôr-se a salvo, abandonando-a à sorte que escolhera. Diz-se que quando no dia seguinte os operários voltaram ao local para verificar o que sobrava das seus postos de trabalho, encontraram, junto ás cinzas da fábrica, o corpo carbonizado da burra e que ali se deixar morrer, ficando ate ao fim a observar espetáculo único das chamas exuberantes. Mas o povo, que tem sempre razão, decidiu em memória da burra, mudar o nome desse local elevado para Monte da Burra, local onde hoje está instalada a Escola Básica 2,3 de Rio Tinto.
Recolha efetuada por Inês Castro, nº 10 – 5º B
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2016/2017 A árvore milagrosa
Era uma vez, em tempos muito antigos, uma árvore que crescia sem parar numa ilha muito pequenina do arquipélago do Japão. Certo dia, numa tarde cinzenta e fria de inverno, um homem dirigiu-se para a beira da árvore para tentar perceber o que se passava com ela, isto é, queria descobrir a razão para tal crescimento. Enquanto a observava, o homem verteu acidentalmente um pouco da bebida que levava e a árvore começou a crescer, a crescer mais e mais… e as suas raízes começaram a pôr em causa a existência da própria ilha: as casas, os postos médicos, as escolas e as esquadras estavam danificados e, muitos deles, quase a ruir. Cansada de assistir tristemente à destruição da sua ilha, a população reuniu e decidiu cortar a árvore rapidamente. E assim fez. Após o seu abate, a população aproveitou a madeira para a reconstrução de alguns edifícios e extraiu um muco, até aí desconhecido, e que brotava abundantemente da árvore, para ser estudado pelos cientistas. Depois de vários estudos e de testes em animais, os cientistas descobriram um novo medicamento que curava a tristeza, a depressão, o conformismo humano e a que deram o nome de “Arcura”. A partir desse momento, a alegria e a felicidade reinavam na vida das pessoas daquela pequena ilha japonesa.
Trabalho do 5º B Francisco Madureira, Jaime Nunes, Martim Carvalho, Matilde Hilário (Texto) Bárbara Faria e Miguel Martins (Ilustração)
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A formirafa
A formirafa é metade formiga e metade girafa. A formirafa detesta sair da linha mas, quando se cansa, prefere sair, comer folhas das árvores mais altas e beber uma água bem fresquinha. Todas as formigas a invejam por ser a que transporta sempre mais comida, ser a mais inteligente e ser única. Imagina saires e veres este enorme ser a comer as folhas da tua árvore.
Renata, nº 19 - 5º C
O câoguru
Eu sou um cãoguru Que adora ladrar e saltar Tenho cabeça de cão E corpo de canguru.
Ana Marisa, nº 2 – 5º C Maria Inês, nº 19 – 5º C
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2016/2017 A árvore
Era uma vez, em tempos muito antigos, no arquipélago do Japão, uma árvore enorme que crescia numa ilha muito pequenina. Os dias iam passando e ela crescia mais e mais e já ultrapassava as nuvens. Sempre que a árvore tentava falar com alguém, todos fugiam dela por ser gigantesca e assustadora. Por isso, passava os dias deprimida e sem vontade de viver. Um dia, apareceu na televisão um senhor, de seu nome Francisco, a pedir ajuda para a cura da árvore, para travar o seu crescimento. Ele disse ainda que toda a gente temia um grande terramoto, porque a árvore tinha um porte enorme e, sempre que os seus ramos caíam, o seu impacto no solo fazia tremer a terra. Nessas alturas, as pessoas choravam e fugiam dali a sete pés. E ela ficava cada vez mais triste e só… Ao ouvir este apelo, o Dr. Manuel Canaseca, um cientista brilhante, inventou um químico para impedir o crescimento da árvore e, se possível, fazê-la voltar ao seu tamanho natural. Quando este químico foi testado pela primeira vez, o resultado foi uma deceção. Então, o cientista fechou-se novamente no seu laboratório, dias e dias a trabalhar, e até descobrir a fórmula correta que travasse o crescimento da árvore. Entretanto, uma senhora resolveu ir falar com a árvore para perceber o que se passava com ela. Para isso, precisou de uma escada. - Porque cresces tanto? – perguntou-lhe Dª Sara. - Não sei! Só sei que estou muito feliz por ter alguém a falar comigo! Há já muito tempo que procuro um amigo, mas… - Então estás num dia de sorte! – exclamou uma criança que passeava por ali. – Serei tua amiga para sempre. Ao ouvir estas palavras, a árvore emocionou-se e, de tanta alegria, começou a diminuir de tamanho. Todos os que por ali passavam, ficaram espantados e a Dª Sara telefonou ao Dr. Manuel Canaseca para lhe contar o sucedido e comunicar-lhe que o antídoto já não era necessário. A partir desse dia a árvore ganhou vários amigos e toda a população da ilha passou a comunicar com ela e aprendeu a respeitá-la.
Lidiana Martins, Maria Inês Vieira, Marisa Silva e Marta Barbosa, 5º C
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O LADRÃO MISTERIOSO
Num belo dia de maio, de sol brilhante e de muito calor, cinco amigos (todos eles do 5.ºE) – a Ana, a Rita, o Afonso, o João e o Rúben – resolveram ir almoçar juntos ao Mc Donald’s de Rio Tinto. De repente, depois de devidamente instalados e quando já saboreavam as iguarias escolhidas, ouviram um barulho vindo das traseiras do estabelecimento e pararam de comer, para irem ver o que se estaria a passar. O mais destemido de todos era o Afonso que, sem qualquer receio, correu para o local onde parecia ter tido origem o tal barulho. Porém, nada descobriram que permitisse perceber o que tinha causado o tal ruído. Estavam quase a desistir dessas suas buscas quando a Ana, sempre astuta, descobriu uma porta com um buraco no meio, o que os deixou a todos muito espantados. Depois de muito pensarem e argumentarem, decidiram entrar. Tratava-se, afinal, de um portal do tempo (!) e foram parar a uma casa muito velha onde vivia uma senhora bastante idosa, viúva (tomaram conhecimento disso mais tarde), Gage de seu nome, e que tinha como único companheiro um papagaio cinzento, chamado James. O papagaio estava visivelmente muito triste porque, vieram os cinco amigos a saber de imediato, lhe tinham roubado as 3000 moedas de ouro que ele tinha descoberto na casa do senhor Joseph Brand, irmão da senhora Gage, entretanto falecido. Por sua vez, a viúva, tendo sabido do roubo das moedas que herdara de seu irmão, decidiu pedir ajuda aos cinco amigos acabados de chegar, implorando-lhes que encontrassem o seu dinheiro. Sem hesitar, a Ana, a Rita, o Afonso, o João e o Rúben, todos juntos, dirigiram-se até à floresta que rodeava a casa da senhora Gage, em busca do ladrão. De olhos bem abertos e de ouvidos bem à escuta, procuraram, procuraram, procuraram…e acabaram por encontrar uma fada. Era bela como uma princesa e todos ficaram deslumbrados ao vê-la. Até o Rúben, por momentos, se esqueceu da sua querida Márcia que deixara no Monte da Burra. Admirada com a presença dos cinco amigos, a fada perguntou-lhes: ― Vocês são os cinco aventureiros que vão atrás do ladrão das 3000 moedas de ouro? ― Sim, somos nós! ― responderam os cinco a uma só voz. ― E tu quem és? ― questionou a Rita, sempre curiosa. ― Sou a fada Oriana, a responsável por esta floresta. ― Ah! Então, podes ajudar-nos a descobrir o ladrão! ― exclamou a Rúben, que conhecia bem os poderes da fada Oriana. ― Sabes quem é ele? ― perguntou o Afonso, antes mesmo que a fada Oriana tivesse podido responder ao Rúben. ― Sei, o ladrão é o príncipe Nabo, da Terra da Mailândia ― disse a fada. ― Já ouviram falar nele? AERT
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― Sim, sabemos! Ainda há pouco tempo lemos uma história sobre ele, escrita por Ilse Losa. Sem mais demoras, e com a ajuda da fada Oriana, prosseguiram então todos em busca do ladrão. Caminharam muito, durante longas horas. Acabaram por encontrar uma gruta e, como estava já a escurecer, decidiram aí acampar e permanecer até ao dia seguinte. Assim que amanheceu, partiram de novo à procura do ladrão, no propósito de recuperarem as moedas da senhora Gage e do papagaio James. Pouco tinham ainda andado quando, junto a um regato de águas cristalinas, vislumbraram uma casa grande e muito bonita. Decidiram imediatamente ir observá-la mais de perto e rapidamente decidiram também nela entrar. No seu interior, dormindo, estava o príncipe Nabo. Pé ante pé, os cinco aventureiros, em parceria com a fada Oriana, começaram a andar pela casa bem devagar, para evitar qualquer ruído que acordasse o príncipe. Todavia, um deles, o desastrado João, pisou um patinho de borracha que, chiando, fez acordar o ladrão. Desataram todos em enorme correria para fugirem do príncipe Nabo, mas a fada Oriana, esperta e poderosa, com a sua varinha de condão, congelou-o. Mais tranquilos, foram todos procurar as moedas roubadas, percorrendo toda a casa, de alto a baixo. ― Estão aqui! ― gritou passado algum tempo o Afonso, que tinha encontrado o tesouro no interior da viola do músico António, ou seja, do príncipe Nabo, ou seja, do príncipe Austero. E assim todos ficaram muito felizes e com a ajuda da fada Oriana rapidamente devolveram as moedas à viúva e ao seu papagaio. Também com a ajuda da fada Oriana, a Ana, a Rita, o Afonso, o João e o Rúben regressaram ao Mc Donald’s de Rio Tinto. Porém, como era bastante tarde e estavam com receio que os pais lhes aplicassem algum castigo, regressaram rapidamente a suas casas, sãos e salvos, e muito satisfeitos com a aventura que tinham acabado de protagonizar.
Afonso de Barros Monteiro, 5.ºE
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UMA DESCOBERTA SURPREENDENTE A Verdadeira História de Oriana e Austero
Certo dia, o príncipe Austero, ao passar por um dos muitos corredores do seu Castelo da Mailândia, ouviu alguns dos empregados a falarem de uma fada, Oriana de seu nome, a qual era bastante conhecida, tanto pela sua beleza ímpar como pelos seus imensos poderes. Ora, o príncipe, como andava atormentado com alguns problemas pessoais, tendo escutado que ela vivia na floresta do Reino das Fadas – reino este que não distava muito do Reino da Mailândia – resolveu ir até lá pedir-lhe ajuda. Assim, e logo na manhã seguinte, sem dizer nada a ninguém, pegou num dos seus melhores cavalos e pôs-se a caminho. Cavalgou, cavalgou, cavalgou… e, sob um sol poente, chegou finalmente ao Reino das Fadas. Foi procurar uma boa estalagem para descansar e pernoitar e, também, onde alojar o seu cavalo e dar-lhe boa água e boa comida. Mal conseguiu dormir nessa noite, tamanha era a sua expectativa e vontade de encontrar Oriana. Por isso, mal o sol despertou, Austero saiu da estalagem e foi percorrer as ruas daquela cidade mágica, capital daquele reino igualmente mágico, batendo de porta em porta, em busca da fada. Porém, ele quase nada sabia acerca de Oriana; apenas que era uma fada e que vivia naquele reino onde viviam muitas fadas. Também não sabia que ela não dormia na cidade, mas sim na floresta, no tronco de um carvalho. Andava o príncipe Austero nessas suas diligências, à procura de Oriana, quando, de súbito, como que por acaso, lhe apareceu uma lindíssima rapariga que se aproximou dele e afirmou: ― Olá! Ouvi dizer que anda um belo príncipe à minha procura! Será o senhor? E o príncipe, surpreendido, respondeu-lhe: ― Olá! Sim, devo ser eu esse príncipe a que te referes. Sou o príncipe Austero, da Terra da Mailândia. E podes tratar-me por tu. Como ouvi falar muito bem de ti, resolvi vir à tua procura para te conhecer. E percebo que não és só inteligente! Pelo que vejo, deves ser a fada mais bonita do mundo! Ao ouvir tais palavras, a fada Oriana, um pouco envergonhada, exclamou: ― Oh, por favor, não exageres! Já tive bastantes problemas, e bem graves, por me terem elogiado assim tanto e eu ter acreditado em todos esses elogios! E o príncipe, desde logo muito apaixonado por Oriana, continuou: ― Oooooooh! Percebo, então, que não sou o único a reparar na tua imensa beleza! Mas se não queres que continue a falar no assunto, respeitarei a tua vontade. Então, Oriana, mais tranquila, prosseguiu a sua conversa com o príncipe:
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― Obrigada! Queres ir dar um passeio, conhecer a minha floresta e a minha mãe? Repentinamente, antes mesmo que o príncipe Austero pudesse responder a Oriana, ouviu-se uma voz muito ríspida e esganiçada atrás deles, afirmando: ― Ah! Afinal estás aqui, Austero!!! Sabes há quanto tempo ando à tua procura??? E antes de mais, meu querido príncipe com queixo em forma de nabo, se tu tencionares ir com ela à floresta e ver a sua rica mãezinha, eu também vou! E não se fala mais no assunto!!! Perante aquele discurso azedo, o príncipe Austero, muito atrapalhado e muito corado que nem o seu amigo príncipe Partuk, respondeu: ― Claro que nos podes acompanhar, minha querida princesa Beatriz! Nem sabes as saudades que já tinha de ti. E lá foram os três, em passeio pela floresta do Reino das Fadas. Depois de já terem caminhado bastante, tendo visto grande parte daquele maravilhoso espaço cuidado pela fada e tendo conhecido a velha da floresta, o moleiro e os seus onze filhos, o lenhador e muitos outros dos seus habitantes, chegaram à casa da mãe de Oriana. Aqui, depois de feitas as apresentações, além de puderem descansar, foi-lhes oferecido um fantástico lanche. Tão extraordinário que até as chávenas e os pratos falavam, o que deixou o príncipe deveras intrigado! ― Olá, pareces um belo príncipe! ― disse-lhe uma das chávenas. Austero, muito surpreendido, deu um ar de riso, sem bem saber o que havia de fazer ou dizer. Mas aquilo ficou-lhe na memória. Era mesmo um reino mágico aquele em que se encontrava! Entretanto, chegou o tempo de partir. O príncipe Austero e a princesa Beatriz tinham que regressar à Mailândia, pois o reino não podia ficar ao desgoverno. Oriana acompanhou-os até à cidade e aí se despediram. O tempo foi passando… A cada novo dia, tornava-se mais evidente que a fada Oriana e o príncipe Austero estavam crescentemente apaixonados um pelo outro, sempre a trocarem mensagens através do telemóvel e no facebook e com telefonemas a toda a hora. Apercebendo-se disso, a princesa Beatriz estava também a cada novo dia mais e mais ciumenta. Incapazes de se manterem à distância, o príncipe Austero e Oriana acabaram por combinar, em sigilo absoluto, um novo encontro em casa da mãe desta, a senhora Gage, que tinha deixado, há já alguns anos, a sua aldeia de Spilsby para vir morar mais perto da filha. E assim fizeram.
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Como combinado, alguns dias depois, lá se voltaram a ver Austero e Oriana na floresta. Encontraram, todavia, a senhora Gage muito doente, de tal modo que esta julgava mesmo que estaria prestes a morrer. Perante isso, e apercebendo-se da paixão que existia entre a filha e o príncipe Austero, a senhora Gage acabou por lhes dizer que ambos eram seus filhos, ou seja, que Austero e Oriana eram irmãos. Mais lhes contou ainda que, devido à sua pobreza de então, não podendo sustentar aquele seu filho, tinha entregue Austero ao rei da Mailândia que o adotou (segredo de que ninguém tinha conhecimento, à exceção da senhora Gage e do próprio rei, falecido há alguns anos). Ao ouvirem esta história terrível assim narrada, a tristeza inundou os rostos e os corações de Austero e de Oriana, pois estavam apaixonados um pelo outro e aquele passou a ser um amor impossível. Mais tarde, contudo, viriam a recuperar dessa surpresa e viriam a ficar felicíssimos com a sua nova condição de irmãos – ambos tinham sido, até então, filhos únicos e sempre haviam desejado ter vários irmãos. A senhora Gage, entretanto, recuperou do seu problema de saúde e todos ficaram felizes e viveram por muitos e longos anos no Castelo da Mailândia (sem que a floresta tenha sido, no entanto, abandonada pela fada Oriana). Inês Neves de Carvalho, 5.ºF
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UMA MISSÃO ESPECIAL
Estávamos em pleno século XXIX, quando uma equipa da NASA, liderada por Austero, príncipe da Mailândia, foi convocada para uma missão super, híper, mega importante – eliminar um vírus tóxico (transparente) que transformava os seres humanos em Aliens mutantes. Esse vírus fora criado pelo maquiavélico Destroyer que pretendia transformar o nosso planeta, mas foi travado a tempo pelo esquadrão das forças espaciais. A missão era altamente arriscada! O vírus só poderia ser aniquilado no planeta Zonitron, pois era o único local que possuía as características necessárias à sua destruição (azoto e nitrogénio). O líquido era transportado num frasco. Porém, o facto de ser transparente como a água, e de poder ser confundido, fazia com que fosse necessário muito cuidado para que não ocorresse um acidente de dimensões catastróficas. Austero reuniu a sua equipa e transmitiu todas as informações essenciais ao bom sucesso da missão, reforçando a absoluta importância de cuidados acrescidos na segurança e no transporte do frasco. Por essa razão, o mesmo foi colocado num compartimento especial que fora criado dentro da nave destinada a esta também especial missão. O único problema era James, o papagaio que incorporava esta equipa espacial, o qual, apesar de ser a sua mascote, era um desassossego completo. Voava de um lado para o outro sem parar, sempre a gritar, com a sua voz esganiçada, “Não está ninguém em casa!”, “Não está ninguém em casa!”. Entretanto, apesar de todos os cuidados, algo de anormal e inesperado começou a acontecer… ― O que se passa aqui? ― perguntou o capitão Austero. ― Algo estranho, meu capitão… A sala especial está aberta e o frasco caído no chão! ― exclamou um dos membros da tripulação. ― E onde anda o James? Já há algum tempo que não o vejo! ― constatou Austero. Sem mais tempo a perder, revistaram toda a nave e perceberam que James se tinha transformado num Alien. A missão estava arruinada! Austero reuniu a equipa de emergência e, sem mais demoras, delinearam um plano: ir à Terra dos Trinta Mil Habitantes, governada pelo seu amigo príncipe Ali-Gato, colher uma pétala da maior flor do mundo (que só ali existia), a fim de produzirem um antídoto.
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― Não se preocupe, meu capitão! Nós conseguiremos! ― afirmou confiante um dos elementos da equipa. ― Sei que sim! Somos capazes! Vamos lá, equipa! ― disse Austero. Dirigindo-se de imediato à Terra dos Trinta Mil Habitantes e aí chegados, pegaram em todo o equipamento necessário: luvas, coletes, capacetes… agruparam-se e partiram em busca da pétala desejada. Ao fim de algum tempo de procura, lá encontraram o que procuravam. Retiraram a pétala com todos os cuidados para não a danificarem e começaram imediatamente a produzir o antídoto, com a pétala, naturalmente, água potável e, por fim, uma colher de morfina em pó. Parte da missão estava concluída. O antídoto estava criado! Agora, importava segurar James, o Alien, para lhe aplicar esse mesmo antídoto, esperar que surtisse efeito e, assim, terem a sua mascote de volta. Então, agarraram nele com vigor e deram-lhe uma injeção com aquele líquido que continha a fórmula de cura. Passados breves minutos, uma transformação incrível foi verificada – o Alien desapareceu e deu lugar a James, que estava visivelmente feliz por voltar ao seu estado normal de papagaio. Depois de muitas aventuras e desventuras, apesar de tudo o que sucedeu e da missão ter sofrido algumas alterações imprevistas, esta viria a ser bem sucedida. A nave espacial voltou à base e a sua equipa voltou com mais uma aventura para recordar. E Austero e James tinham muito que contar!
Irina Pimenta Cardoso, 5.ºF
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O retrato físico e psicológico Esta personagem chama-se Paulo e tem trinta e quatro anos. O Paulo é de estatura média e magro, o seu rosto é oval de pele pálida, e tem uma barba e bigode bem longos. Os seus cabelos são castanhos, sedosos e compridos, por isso usa um rabo de cavalo, o seu nariz é comprido e afiado. Os seus olhos eram pequenos mas expressivos, a sua boca fina, pequena e rosada e usa óculos e um fato bem sofisticado. Era uma pessoa séria e decidida, porém, às vezes, era também um pouco hipócrita. No meu ponto de vista, ele é uma pessoa bem exigente, organizada e introvertida.
Bianca Bonifácio Pereira, nº 1 - 5ºG
A personagem que eu vejo chama-se Joseph Forland e tem quarenta e oito anos. Tem um rosto oval. O seu cabelo é comprido, preto e está apanhado. Os seus olhos são pequenos e de cor castanha. O seu nariz é grosso e empinado. A sua boca é pequena e fina, à volta, está coberta de barba até ao fim do rosto, e nos olhos tem uns óculos pretos. Os seus ombros são grandes, capaz de suportar algum peso, os seus braços são fortes e grandes, as suas mãos são largas e está de braços cruzados. Ele está vestido com um fato preto. O Joseph é um grande autor de teatro para crianças e nunca se cansa fazer isso. Ele é simpático, responsável, divertido e ajuda todos à sua volta. Por fim, penso que esta personagem é muito aplicada no que faz, impaciente mas tem uma vida feliz.
Filipa Santos, nº 5 - - 5º G AERT
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O retrato físico e psicológico
O João tem 39 anos, ele é muito forte e alto, tem barba preta, olhos pretos e cabelo castanho, normalmente, ele usa óculos. Ele é muito inteligente, bonito, adora jogar ténis desde criança e sempre foi muito carinhoso com os pais, avós e filhos. Ele é um jornalista curioso como todos os outros. Adora levar os filhos todos os dias à escola, pelo menos quando pode, porque jornalista é uma profissão em que se trabalha muito. Finalmente, na minha opinião, quando está feliz, ele mostra a felicidade toda à família! Também compra sempre o jornal para estar informado do que se passa no mundo.
Júlio César Freitas Almeida, nº 11 - 5º G
Esta pessoa chama-se António e tem 46 anos. O António tem o cabelo curto de cor preta, tem também olhos pequenos de cor preta. Ele tem o nariz fino e arrebitado. Os lábios dele são finos. Ele tem uma barba grande que vai até aos ombros. O António é uma pessoas simpática, sorridente e amigável, também é uma pessoa dramática e umpouco rabugenta às vezes. Na minha opinião, ninguem é perfeito, eu sei que ele pode mudar ao longo do tempo os seus defeitos, mas enquanto isso acho que ele é uma boa pessoa, que vai ter muita sorte agora e no futuro.
Luna Pereira,nº 14 - 5.º G AERT
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2016/2017 Entrevista a…
Hoje vamos entrevistar a Lua para ficarmos a conhecer melhor algumas das suas características e gostos. Entrevistador: Dona Lua, qual é o seu diâmetro? Lua: O meu diâmetro médio é de 3476 quilómetros. Entrevistador: A que distância se encontra da Terra? Lua: A distância mínima é 356 375 quilómetros e a máxima é 406 720 quilómetros. Entrevistador: Pode dizer-nos quais as suas temperaturas? Lua: As minhas temperaturas vão desde os 120 graus centígrados de dia até aos 170 graus centígrados de noite. Entrevistador: Da sua experiência de “vida aérea,” tem algo que gostaria de partilhar? Lua: Ah!!!! Como sabe, tenho uma posição privilegiada e daqui vejo maravilhas. Gosto muito de ver as cidades à noite, não imagina o quanto é belo!!!!! Entrevistador: Dona Lua, muito obrigado pela sua entrevista. Alexandre Ferreira, nº 1 - 5º H Entrevista à Lua Gonçalo - Quanto tempo demoras a dar a volta à Terra? Lua - Demoro 27,3 dias a dar a volta a Terra. Gonçalo - Qual é a tua distância da Terra? Lua - A minha distância da Terra é de 378 000 Km. Gonçalo - Qual é a tua temperatura de dia e de noite? Lua - De dia sou quente e de noite sou fria. Gonçalo - Qual é a direção da tua órbita? Lua - É de 27,3 graus Gonçalo - Quantas fases tens? Lua – Tenho quatro: a Lua Cheia, a Lua Nova, o Quarto Minguante e o Quarto Crescente. Gonçalo – Obrigado, Lua, por me teres dado esta oportunidade. Gonçalo Carvalho, nº 4 – 5º H
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2016/2017
Entrevista a…
Ao falar com o gato Jeremias, no dia da entrevista a seres vivos, fiquei surpreendida com o seu dia-a-dia, “Dormir, dormir e dormir”! - Muito boa tarde, senhor Jeremias! Qual é a sua raça? - Muito boa tarde! Sou de raça Chartreux, mas, gostaria de ser da raça do gato da Cleópatra, assim, poderia ser o seu gato. - O que gosta de fazer? - Gosto de dormir todo o dia, mas ainda me dedico a escalar paredes, subir para os móveis, andar pelas mesas e cadeiras, rasgar cortinados, entre tantas outras coisas. Também gosto de comer, daí precisar de fazer uma dieta. - Sempre é verdade que os gatos gostam de peixe? - Os gatos gostam de peixe, mas gostam também de outros alimentos. O facto de dizerem que só gostamos de peixe, na realidade não passa de um mito. - É 28octurno? - Sim, em algumas noites, vou para junto da minha dona e nas outras vou ter com a minha namorada, a gata da vizinha. Muito obrigado por nos ter recebido e desculpe interromper a sua sesta.
Inês Pimenta, 5º H
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2016/2017
O elefante e o leão
Depois de conversar com o elefante, o leão pensou que Júpiter nada queria fazer por ele, pelo que deveria enfrentar o seu medo. Quando encontrou o galo disse: - Galo, sem ofensa, mas... acho… que cantas muito mal. - É por isso que sempre que começo a cantar foges? - Sim, as tuas letras são sempre Có-có-ró-có-có e, isso, põe-me muito nervoso. - Disse o leão muito tímido. - Bem, ok. Não és o primeiro a queixar-te, pelos vistos toda a gente está cansada do meu cantar. Será que é por cantar muito cedo? - Bem… Talvez… Achas que podes cantar um pouco mais tarde e em casa? – Propôs o leão. - Ok, vou pensar nisso. Afinal todos pensam o mesmo. Acho que não é medo do meu cantar, mas sim medo de enfrentar um novo dia. Estão a ficar cá uns preguiçosos!!!! O leão feliz por ter enfrentado o seu medo lembrou-se do elefante e do medo que este tinha de insetos. Quando o encontrou disse-lhe: - Olá elefante, andava mesmo à tua procura. Tens de enfrentar o teu medo, tal como fiz com o canto do galo. - Oh… com as moscas!!!!! - Olha, está já ali uma. Vai lá e fala com ela. – Incentivou o leão. - Tens razão, vou lá. – Disse o elefante todo resoluto - Mosca, podes parar de estar sempre atrás de mim. – Pediu o elefante – É que me pões nervoso. - Nervoso ou medroso? - Vá lá … Não te custa nada deixares de me seguir, pareces a minha sombra. E eu mereço uma sombra maior, não apenas de uma mosquita. - OK. – Respondeu a mosca - Mas…. já agora… podemos fazer um acordo e não voltar a chatear ninguém. E assim o elefante e o leão enfrentaram e superaram os seus medos.
Jorge Silva, nº 10 - 5º H
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2016/2017
Entrevista a um Caniche branco
Hoje vamos entrevistar o caniche branco. Esta entrevista tem como objetivo dar a conhecer melhor esta raça de cães.
Entrevistador: Boa tarde, caniche branco. Está tudo bem? Caniche branco: Boa tarde! Sim, está tudo bem. Entrevistador: Pode começar por nos dizer qual a origem da sua raça? Caniche branco. A minha raça é de origem francesa. Tradicionalmente, nós eramos cães de caça, mas depois passamos a ser cães de companhia. Também fomos muito usados nos circos. Entrevistador: Quais as variedades da sua raça? Caniche branco: Existem quatro variedades da raça: grande; médio; miniatura e Toy. Entrevistador: E qual é a sua raça? Caniche branco: Eu sou um Toy. Entrevistador: Só existem caniches brancos? Caniche branco: Não. Há brancos, pretos, castanhos, creme, prata, azul e cor de pêssego. Entrevistador: A sua raça é fácil de cuidar? Caniche branco: Sim e também somos muito ágeis e muito meiguinhos. Entrevistador: Muito obrigada por ter respondido às minhas perguntas. Eu gostei de o entrevistar e espero que volte. Caniche branco: Eu também gostei muito.
Mariana Mesquita, nº 15 - 5º H
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2016/2017
A importância da escola na vida de cada um Ainda há bem pouco tempo atrás, no século XX, a taxa de analfabetismo em Portugal era bastante elevada. Com introdução da escolaridade obrigatória até aos dezoito anos, a diminuição deste problema tem sido evidente (25,7% em 1970 contra 5,2 % em 2001, por exemplo). Na verdade, a escola oferece sabedoria e conhecimentos a todos os que a frequentam, tornando-os mais competentes e capazes para enfrentar as adversidades do dia-a-dia. Ela ensina-nos a tomar decisões e a fazer escolhas, dá-nos sentido crítico e autonomia, ajuda-nos a preparar o nosso futuro. Para além disso, ela proporciona-nos momentos de convívio, de diversão e partilha que nos trazem muita felicidade e bem-estar. Tal como eu considero a escola muito importante para mim, penso que todos também a deveriam achar muito importante e interessante para o seu crescimento e ambições futuras. Deixaria, apenas, algumas sugestões de melhoria com vista a torna-la mais apelativa, como o aumento de 31octurno31es lúdicas, quando possível, no exterior da sala de aula, e a duração mais longa dos recreios/intervalos.
Ana Garrido Oliveira, n´º 2 – 6º A
A Importância da Escola na Vida de Cada Um
A escola é um bem a que todas as crianças deveriam ter acesso, pois ela é fundamental nas suas/nossas vidas. É na escola que recebemos uma grande parte dos nossos conhecimentos. Nela aprendemos a ler, a escrever, a resolver problemas… Nela aprendemos a ser autónomos, críticos, firmes nas nossas decisões… Frequentar a escola significa evoluir ano após ano, é ganhar novas e melhores competências, é preparar um futuro melhor, é a concretização de sonhos. Sonhemos, então… Helena Azevedo, nº 6 – 6 A
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2016/2017
A Gatanha (Gato | Aranha) A gatanha tem sete vidas como um gato e adora subir as paredes como uma aranha. Ela não passa frio com o seu pelo quente e, quando está em perigo, faz uma teia e escala-a para não ser apanhada. Quando está com fome, caça as suas presas com as unhas compridas e prende-as rapidamente na sua teia.
Leonor Castro, nº 11 – 6º A
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2016/2017
O pássaro
O pássaro piava, piava ao som do vento, piava ao calor do sol, piava ao cheiro da terra e do mar … Como era bom a cantar!Com penas coloridas laranjas e vermelhas, não havia ninguém que não o quisesse beijar.
Num dia de muito calor o pássaro voou, voou e nunca mais voltou!
Atravessou mares, Cruzou oceanos, Viajou por ribeiras e rios viu sorrisos e terras de encantar.
João Pires, nº 13 - 6ºB
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2016/2017
POEMA DO TELEMÓVEL
De manhã bem cedo,
Levou o meu telemóvel
acordou uma menina
para a beira da panela
cujo nome eu cá sei
como ela é tão desastrada
porque ela é minha filha
deixou-o cair dentro dela
Chama-se Ana Macedo
Foi a chorar para a minha beira
ainda é pequenina
como se viesse pedir desculpa
já mexe no telemóvel
mas eu fui cruel
sem autorização minha
e meti-lhe toda a culpa
Hoje de manhã fui à cozinha,
Quando foi para a escola
fui fazer o pequeno-almoço
desatou a chorar
para a minha princesinha
porque eu, pai dela não a quis desculpar
Ela pediu o telemóvel e foi fazer um chá
Quando ela foi para casa
naquela panela velha
continuou a chorar
que era do meu papá
mas como pai dela tive de a acarinhar.
Artur e Gonçalo, 6ºC
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2016/2017
A Biologia
A Biologia estuda a vida E também é uma ciência Ao longo do tempo melhorou Graças a muita paciência. Esta ciência abrange, todas as formas de vida das mais pequenas às maiores E as que mais se arranje. A Biologia estuda o que é a vida, Como funciona e porque é assim Pedimos que nos expliquem à Marie Curie, ao Milu e ao Tintim. Graças a ela adquirimos Novos e muitos conhecimentos Antes de existir a ciência Não sabíamos contar os tempos
Pedro Dias, nº 17 - 6ºC Henrique Afonso, nº 10 - 6ºC
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2016/2017
O passarinho
Lá vai um passarinho à procura de um lugar, procura um sítio quente para se poder abrigar.
Na rua está muito frio, está cansado de correr. Despacha-te passarinho, Que começa a chover.
Gonçalo Freitas, nº 11 - 6ºD
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2016/2017 Jack Sparrow e Búzio em «A batalha épica»
Num dia cinzento, estava Jack acompanhado de Búzio no Pérola Negra. O mar estava revolto e, a certa altura, um homem é puxado borda fora. - O que se passa?! - perguntou Jack. - É o kraken - sussurrou Gibbs. - Preparem os canhões! - ordenou Jack. Braken ergueu os tentáculos e zás! danificou o navio. - Disparem - gritou Jack. Trás, Trás, BOOM! Os canhões disparavam e as balas soltavam-se a alta velocidade. Kraken ficou sem quatro tentáculos dos oito que tinha. A certa altura os dois inimigos atacam-se ao mesmo tempo! Será que o barco se afundou? Não, foram vitoriosos! - Finalmente, derrotamos kraken - gritou a tripulação. Nesse momento, puxaram o corpo do polvo gigante, entraram dentro dele e encontraram milhares de tesouros! Búzio encontrou um mapa misterioso: - Jack, anda cá. - O que foi? - Isto aqui é um mapa da Ilha Vulcão Sete! Tem pistas para encontrar o famoso colar de estrelas! - Vamos até lá - sugeriu Jack. E assim os nossos heróis e a sua tripulação partem para a maior aventura de sempre. Jorge Antunes, nº 13 - 6º D
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2016/2017 O aventureiro
De um lado para o outro, à procura de aventuras um pássaro colorido apressa-se a voar.
Com a mala a tiracolo e pescoço bem levantado, está pronto para a ação este pequeno valentão.
Faça sol ou faça chuva, seja noite ou dia, será sempre uma aventura, um momento de magia.
Rafaela Teixeira, nº 17 – 6ºD
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2016/2017 Aventura inesquecível
Estava eu sentada na minha cadeira de escritório, quando bateram à porta. Era uma carta para mim, abri-a, e lá estava escrito o seguinte: “Cara investigadora Carolina, queremos convidá-la a vir até à China. Ontem à tarde, vimos uma criatura inédita que parecia meio panda, meio urso pardo. Era toda castanha, com grandes manchas brancas e nelas pequenas pintas pretas; resumindo, uma criatura incrível. Queríamos saber se estava interessada em investigar esta criatura fora do normal.” Pensei muito no assunto e, por fim, decidi ir. Fiz as malas e, no dia seguinte, já estava na China. Fui ter com a pessoa que me escreveu a carta e perguntei-lhe: -Onde posso encontrar essa criatura? - Ali, depois das muralhas, há uma floresta de bambú. Foi para aqueles lados que vimos o animal. respondeu-me o senhor. Fui até à floresta de bambú, procurei, procurei, mas nada encontrei. Fiquei lá a acampar. No dia seguinte, fui procurar de novo e acabei por a encontrar!.. Era linda! Aproximei-me, e consegui tocar-lhe. O pelo era felpudo, fofinho e macio. As suas cores belas e o seu focinho encantavam qualquer um. Estudei-a, no seu ambiente, durante uns dias. Depois, informei a comunidade científica acerca da minha investigação. Passado um tempo, lembrei-me de lhe dar um nome, e chamei-lhe “panda pardo”. Carolina Rubim Rosa Marranita, nº5 - 7ºF
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2016/2017 Museu de Louvre
O Museu do Louvre, localiza-se no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Quem o visita pode observar inúmeras obras de arte, famosas em todo o mundo, como por exemplo, o retrato de Mona Lisa ou Gioconda, as esculturas da Vitória de Samotrácia e a Vénus de Milo, bem como enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas. É um museu que se distingue de todos os outros pela sua imagem e arquitetura do edifício, composta por diversos géneros de estilos arquitetónicos (barroca, classica, moderna, renascentista,etc..), concentrando num único edificio toda a beleza dos diversos estilos referidos. Quando nos encontramos junto do mesmo e o observamos atentamente, a sua imponência provoca emoções só possiveis por nos encontrarmos ali presentes. Alguns alunos do 8ª ano, inclusive eu, visitamos algumas partes do museu de Louvre, como por exemplo a parte das antiguidades egípcias, foi como se tivéssemos viajado até ao Egito, uma civilização antiga com mais de 3.300 anos antes de Cristo, e lá pudemos ver o famoso Escriba, múmias egípcias, a galeria das Esfinges, entre outras imponentes obras. Vimos, ainda, obras lindíssimas e conhecidas em todo o mundo, bem como a parte das joias de Luis XIV onde pudemos ver realmente do que tanto se fala sobre ele, ao visitar percebemos no luxo e a garndiosidade em que viva... Adoramos tudo o que conseguimos ver e adoraríamos repetir a experiência !
Suas recordaçoes permanecerão nas vidas de todos aqueles que lá estiveram presentes.
Ana Rita Pereira, nº 3 - 8ºB
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2016/2017 Torre Eiffel
A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas do mundo. A Torre Eiffel foi construída por Gustavo Eiffel para a Exibição Universal de 1889, em Paris, realizada na data do centenário da Revolução Francesa. Uma estrutura revolucionária para a época. A torre possui 324 metros de altura e fica cerca de 15 centímetros maior no verão, devido à dilatação do ferro. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova Iorque, Estados Unidos. Não incluindo as antenas de transmissão, a Torre é a segunda estrutura mais alta da França, atrás apenas do Viaduto de Millau concluído em 2004. Ainda hoje, é um dos principais símbolos de Paris e da França. A Torre levou dois anos para ser concluída e foi inaugurada pelo Príncipe de Gales que, posteriormente, tornou-se o Rei Eduardo VII do Reino Unido. A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris. Seu estatuto de ícone é tão determinado que ainda serve como um símbolo para todo o país, como quando ela foi usada como o logotipo da candidatura francesa para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 1992. A torre tem três níveis para os visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem sanitários e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante.
Cláudia Dinis, nº 6 - 8 ªB
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2016/2017 Arco do Triunfo
O Arco do Triunfo é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares do Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, no encontro da avenida Champs-Élysées. Nas extremidades das avenidas encontram-se a Praça da Concórdia e na outra La Defense. O monumento foi concebido por Jean Chalgrin. O Arco do Triunfo faz parte do Eixo Histórico - uma série de monumentos e grandes vias públicas num percurso que vai desde o pátio do Louvre até ao Grande Arco de la Défense. O Arco do Triunfo representa as glórias e as conquistas do Primeiro Império Francês, sob a liderança de Napoleão Bonaparte. Na minha opinião, o interesse do arco do triunfo reside na sua história, naquilo que representa para o povo francês. É impressionante a exposição militar, que pode ser visitada no arco do triunfo e que nos dá a conhecer a forma de vestir dos Generais e de outros militares da época de Napoleão.
Diogo Nogueira, nº9 – 8º B
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2016/2017 BASÍLICA SACRÉ COEUR
A Basílica do Sagrado Coração (Sacré Coeur) é uma das igrejas mais importantes e conhecidas em Paris. Está localizada no alto de Montmartre, uma colina de 130 metros de altura de onde se pode contemplar uma vista magnífica de Paris. Quando chegamos à basílica, encontramos umas escadas enormes com muitos turistas a tirar fotos e a subir para visitar o local. Na entrada toda a gente é revistada por uma questão de segurança. A sua história…
A ideia de construir um templo dedicado ao Sagrado Coração surgiu depois da guerra FrancoPrussiana, como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse às investidas do exército alemão. O arquiteto Paul Abadie projetou a basílica depois de vencer um concurso com mais de 77 arquitetos, mas ele morreu logo após o início da obra. O estilo é marcado por influências românicas e bizantinas e foi construído em mármore. Muitos elementos da basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos, é adornado por duas estátuas de Santa Joana D'Arc e do Rei São Luís IX e o sino de dezanove toneladas. A construção começou em 1875 e foi concluída em 1914. Achei esta visita muito interessante, gostei muito da basílica, da sua arquitetura e, principalmente, dos detalhes nos tetos e da sua vista. AERT
Filipa Merêncio, nº11 - 8ºB Página 44
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2016/2017 A catedral de Notre-Dame
Um pouco da sua historia: No lugar da catedral merovíngia, o bispo Maurice de Sully coloca, em 1163, a primeira pedra da catedral de Notredame de Paris, audacioso projeto cuja construção durou cerca de 200 anos. As suas dimensões gigantescas, sem equivalente, superam as catedrais de Amiens e de Reims de 1230, as torres culminam a 69 metros. Notre-Dame será o maior edifício religioso ocidental até meados do séc. XIII. Durante a revolução, a estatuaria é danificada. A parir de 1845, os arquitetos Viollet-le-Due e Lassus estão encarregados da restauração de Notre-Dame e refazem a decoração esculpida. Desde 1991, a catedral está inscrita no património mundial da Unesco no sítio “Paris, margens do Sena”.
A minha opinião sobre a visita:
Achei
esta
visita
muito
interessante porque nos transporta até à nossa infância, pois o corcunda de Notre-Dame
vivia
nestas
torres.
Aconselho a subida até ao topo, pois oferece um belo panorama sobre o rio Sena e suas pontes e, ao mesmo tempo, uma vista maravilhosa sobre Paris. As partes de que mais gostei nesta visita foram as gárgulas (que aparecem no filme do corcunda), o campanário, a vista do cimo da torre sul e a beleza da fachada ocidental.
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2016/2017
(fachada ocidental) - fotografia em grupo
Informações práticas: Duração: cerca de 50 min; A subida efetua-se em grupos de 20 pessoas; Não há casas de banho; 400 degraus sem elevador; Visitas adaptadas para pessoas deficientes. Francisca Andrade, nº 12 – 8ª B
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2016/2017 Visita à EuroDisney
No dia 3 de Abril, fizemos uma visita à EuroDisney. A EuroDisney é um parque de diversões muito famoso pela magia que proporciona a crianças e adultos que visitam este espaço encantado.
Fig. 1 - Castelo das Princesas da Disney.
Fig. 2- Algumas personagens da Disney
Estivemos desde as 10:00 horas até às 18:00. Quando chegamos à EuroDisney, ficamos muito admirados, porque realmente não tem comparação o que vemos nas imagens com o que sentimos ao vivo, é outra magia e outra sensação. Como o espaço era bastante grande, dividimo-nos em 4 grupos, e marcámos um ponto de referência para nos encontrarmos à hora combinada. Tentamos aproveitar ao máximo aquele dia, pois é um parque de diversões tão grande e tão divertido que sabiamos que não iamos conseguir andar em todas as atrações. Algumas das diversões onde tentamos andar estavam fechadas por problemas técnicos ou devido ao clima dos dias anteriores, então tivemos que optar por outras diversões semelhantes. No final da tarde, assistimos a um desfile alegórico das personagens da Disney, o que realmente foi ainda mais mágico, pois estávamos a ver as nossas personagens preferidas de infância. Foi um dia único que recordaremos com muita emoção. Para quem está a pensar em ir à EuroDisney, recomendo que vá porque realmente aquilo foi uma experiência de que nunca nos vamos esquecer. Acreditem que é bem diferente estar a ver fotografias da EuroDisney ou estar fisicamente a sentir o momento e toda a magia. Inês Maganinho, nº 15 - 8B AERT
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2016/2017 Museu de Perfume, Fragonard Paris
Foi no dia 5 abril que ocorreu a visita ao Museu do Perfume, em Paris. Todos os alunos que participaram na visita foram bem recebidos pelo simpático guia, Sr. Francisco. Foi, sem dúvida, uma ótima experiência que esclareceu as dúvidas que, eventualmente, poderiam surgir sobre diversos aspetos relacionados com o processo de elaboração de um perfume. Foi explicada a origem do perfume de forma clara e, também, o processo através do qual se formam as fragâncias foi mostrado acompanhado das máquinas onde a magia acontece. O olfato dos alunos e professores foi posto à prova quando o guia passou um pequeno frasco que continha um doce e exótico cheiro, qua mais tarde descobriram ser maracujá. Descobriram, também que o perfume tem notas, o que foi deveras curioso, porque ninguém imaginava que algo como notas pudesse ser aplicado no caso das fragâncias. A visita continuou e várias histórias foram contadas, para explicar o uso do perfume em determinadas épocas assim como os pequenos objetos que apareciam em exposição. Foi explicada a diferença entre água de toilette, água de perfume e perfume. Deu-se por terminada a vista quando foi possível cheirar os perfumes que eram da autoria da magnífica casa e foi oferecida uma pequena amostra como recordação do curioso museu. Foi uma experiencia única, afinal não é todos os dias que se pode estar num lugar tão bom como o grande Museu do Perfume.
Maria Silva, nº15 - 8ºA
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2016/2017 Bâteaux-Mouches
O cais de embarque dos Bateaux-Mouches encontra-se perto da Ponte de l’Alma, no Porto da Conférence. Os barcos partem deste ponto para navegar no Sena rumo à Catedral de Notre-Dame de Paris, passando assim diante do Museu do Louvre, o Hôtel de Ville (Paços do Concelho) e a Conciergerie. Procede-se à inversão de marcha perto do Institut du Monde Arabe (Instituto do Mundo Árabe). Poderá admirar de mais perto a Catedral de Notre-Dame quando passaremos pela passagem da Monnaie, pequeno braço do Sena entre a Île de la Cité (Ilha da Cidade) e a margem esquerda. O cruzeiro prossegue de seguida ao longo do Museu de Orsay e da Assembleia Nacional, rumo à Torre Eiffel. No entanto, salienta-se que o capitão poderá alterar a rota consoante a altura do Sena. Bâteau-Mouche (francês para barco-mosca) é um tipo de embarcação desenhada para servir como plataforma de visita turística, navegando em águas abrigadas (habitualmente rios), em que o convés superior é aberto ou tem uma cobertura transparente, para os passageiros poderem apreciar a paisagem. Os mais conhecidos são os que circulam no rio Sena em Paris, e de onde a designação originalmente apareceu. Na realidade, o termo é uma marca registada da Compagnie des Bateaux Mouches, a principal operadora deste tipo de embarcações no Sena. Esta viagem foi bastante informativa, sendo esta uma boa maneira de conhecer alguns monumentos da cidade maravilhosa, que é Paris. A minha parte favorita da viagem foi quando estávamos a passar por Île de la Cité (Ilha da Cidade), pois dava para ver as várias pessoas a sair e a entrar da ilha. Um dos melhores dias que tivemos em Paris.
Martim Teixeira, nº18 – 8ºB
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2016/2017 Moulin Rouge
O « Moulin Rouge»( em português significa Moinho Vermelho) é um cabaré tradicional, construído no ano de 1889 por Josep Oller, que já era proprietário anteriormente do Paris Olympia. Localiza-se na zona de Pigalle, no Boulevard de Clichy, ao pé de Montmartre, em Paris, França. É famoso por ter no terraço do seu edifício um grande moinho vermelho,cujas pás do moinho se movem. O Moulin Rouge é um símbolo emblemático da noite parisiense, e tem uma rica história ligada à boémia da cidade. Há mais de cem anos que o Moulin Rouge é um lugar de "visita obrigatória" para muitos turistas. O Moulin Rouge continua a oferecer na atualidade uma grande variedade de espetáculos para todos aqueles que querem evocar o ambiente boémio da Belle Époque e que ainda está presente no interior da sala de espetáculos. Não obstante, o estilo e o nome do Moulin Rouge de Paris foram imitados por muitos clubes de variedades e salas de espetáculos em todo o mundo. O Moulin Rouge é um famoso ponto turístico, em Paris, quer para quem apenas o observa de dia ou de noite sem entrar, quer para quem frequenta os cabarés. Uma das suas características, que mais chama à atenção, é o próprio moinho que, quer faça chuva, quer faça sol, está sempre a rodar.
Paulo Silva, nº 19 - 8ºB
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2016/2017 Place Pigalle
A Place Pigalle é uma praça pública situada no 9º arrondissement de Paris, entre o Boulevard de Clichy e o Boulevard de Rochechouart, perto de Sacré-Cœur, ao pé da colina de Montmartre. O lugar tem nome do seu escultor, Jean-Baptiste Pigalle (1714-1785), e é o distrito mais conhecido do Quartier Pigalle. A praça e as ruas circundantes eram, no final do século XIX, um bairro de estúdios de pintores e cafés literários, dos quais o mais famoso era o Nouvelle Athènes. A Place Pigalle inspirou uma canção célebre de Georges Ulmer: "Un p'tit jet d'eau, une station de métro, entourée de bistrots, Pigalle ...". ("Um pequeno esguicho de água, uma estação de metro, cercado por bares, Pigalle ...") "Place Pigalle" é também o título de uma canção escrita por Alex Alstone e Maurice Chevalier. Foi gravado por Chevalier com orquestra (Jacques Hélian, maestro) em Paris, a 9 de abril de 1946. Esta praça, por ser um ponto central entre alguns dos principais sítios turísticos, é muito importante, quer para atravessar, quer para observar.
Paulo Silva, nº 19 - 8ºB
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2016/2017
A joia da coroa do Porto Ponte D. Luís I a joia mais brilhante da coroa A Ponte D. Luís I é uma das joias da coroa da cidade invicta. A sua brilhante estrutura atrai turistas de todo o mundo. Concorreram à construção da obra cujo concurso foi lançado em 1880, franceses em grande número. De entre todos, foi escolhido o projeto de Théophile Sevrig, que conseguiu vencer o seu antigo patrão Gustave Eiffel. Segundo a lenda D. Luís I não esteve presente na inauguração, o que fez com que o povo do Porto entendesse a sua ausência como um ato desrespeitoso, retirando-lhe o “ Dom “ do respetivo nome, o que parece não ser verdade segundo o narrador de “Lugares de Lisboa e Porto DN “o rei esteve presente na inauguração em Outubro de 1887 dando-lhe o seu nome próprio à ponte (Ponte D. Luís I).
O arquiteto Leopold Valentin esmerou-se na arquitetura da ponte. Esta, no total tem um comprimento de 385,25 metros, tem um peso de 3045 toneladas e um arco de 172 metros.
A Ponte D. luís I é muito famosa, pois a sua arquitetura magnífica chama a atenção de turistas, mais um motivo de orgulho para a cidade do Porto. Não deixe de a atravessar! Fontes: Wikipédia, Lugares de Lisboa e Porto, Google Imagens. Daniel Silva Nº7; Beatriz Ribeiro Nº4; Martim Teixeira Nº18; João Rodrigues Nº16 – 8º B AERT
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2016/2017 A Constelação do Dragão! Qualquer turista que visite a cidade do Porto, para além de degustar um cálice de vinho do Porto nas caves, ouvir um concerto na Casa da Música, admirar a cidade do cimo da torre dos Clérigos ou passear pela Foz, tem obrigatoriamente de visitar o Estádio do Dragão e o Museu do Futebol Clube do Porto. O Estádio do Dragão teve a cerimónia inaugural a 26 de novembro de 2003, com a equipa espanhola FC Barcelona a ser derrotada pela equipa da casa, FC Porto , nesse primeiro jogo. Posteriormente acolheu o jogo de abertura do Euro 2004 entre Portugal e Grécia. Este estádio moderno, funcional e cómodo tem sido palco de inúmeros
eventos desportivos e culturais, como por exemplo, concertos de bandas e cantores internacionais. Miguel Salgado é o arquiteto responsável por este estádio, que é considerado um dos mais bonitos da atualidade e que tem uma capacidade para 50.035 espetadores. Uma visita ao Estádio do Dragão não fica completa sem uma visita ao fantástico Museu do FC Porto. O Museu FC Porto abriu a 26 de outubro 2013 ao público, sendo inaugurado oficialmente a 28 de setembro 2013, a data de comemoração dos 120 anos do FC Porto. O Museu FC Porto é o lugar que acolhe todos os troféus e que condensa a história deste clube. Mal o visitante entra no museu , é recebido pela constelação do Dragão, uma reprodução feita com os troféus do clube. Numa sala do museu os visitantes podem maravilhar-se com as camisolas de todas as estrelas deste clube e, para conhecer os três séculos da História do clube, basta seguir o caminho das estrelas. A zona oriental do Porto ganhou uma nova dimensão com a construção deste estádio, que passou a constar de todos os roteiros turísticos, podendo ser visitado às segundas à tarde e de terça a domingo das 10 às 19.
João Pinto, nº13 - 8ºC AERT
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2016/2017
A Lontra Marinha A lontra marinha (Lutra) tem como principais características a pelagem acastanhada, uma longa cauda e membros curtos. Esta pode pesar entre 5 a 15 Kg e pode medir entre 90 a 120 cm. Este animal alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos e quando há falta desses, alimenta-se de pequenos pássaros e roedores. Atualmente, a lontra marinha encontra-se em várias zonas da Europa, sendo a costa ocidental o seu habitat em Portugal. Esta encontra-se em vias de extinção devido à destruição do seu habitat marinho, à sua caça ilegal, e aos afogamentos em redes de pesca e atropelamentos. Este animal marinho tem sido protegido, assegurando-se o caudal dos rios e melhorando a eficácia de fiscalização sobre a captura, abate e envenenamento do animal. A lontra é necessária porque é responsável pela manutenção do stoque de peixes nos rios e também porque existem parasitas nos rios que sem a lontra é possível que estes migrem até aos humanos.
Ana Moura, nº2 - 8ºE Francisca Barreiros, nº9 - 8ºE
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2016/2017
Águia-Perdigueira
A Águia-Perdigueira é um animal de tamanho médio, com asas amplas, curtas e redondas, o peso dela está entre 1,5 Kg a 2Kg. A sua cauda é longa, proporcionada e apresenta uma forma ampla. Tem uma plumagem dorsal castanho-escura, entre os ombros encontra-se uma mancha pálida que aumenta com a idade, um bico cinzento e patas amarelas. Ainda é possível encontrar este animal nas planícies do Sul do país, geralmente em grutas e cavernas situadas em penhascos. A Águia-Perdigueira encontra-se em vias de extinção devido à perseguição humana através do abate a tiro e da utilização de iscos envenenados.
Alice Monteiro, nº 1 – 8º E Rui Pedro Matos, nº 21 – 8º E
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2016/2017 A tartaruga marinha (Texto expositivo)
A tartaruga marinha pode ter mais de dois metros de comprimento embora a média se fique pelos 90 centímetros e a sua expectativa de vida estima-se entre os 47 e os 67 anos. A cor da pele varia entre amarelo e castanho, a carapaça é tipicamente castanha-avermelhada e o peso médio é de 135 kg. A tartaruga marinha pertence à família Cheloniidae e são omnívoros ou seja alimentam-se de invertebrados. Surgem em toda a costa portuguesa, incluindo nas ilhas, habitualmente mais na costa algarvia que faz parte da sua rota migratória. Esta espécie encontra-se em vias de extinção, por várias razões, por vezes afogam-se quando, ficam presas em redes de arraste, quando colidem com barcos, e quando são introduzidos predadores exóticos que os colocam em perigo. Também são caças sendo utilizadas para alimento, ou seu óleo que por sua vez é utilizado para abastecer lampiões e lamparinas e que serve de matéria-prima para cosméticos. Perante o facto de a tartaruga-marinha estar perto da extinção, foram tomadas medidas para a proteger, tais como, dispositivos colocados nas redes que as exclui das redes de pesca, o que lhes proporciona uma via de escape caso fiquem presas, e campanhas de limpeza de praias, pois as praias de desova são essenciais para a sua reprodução, estão espalhadas em certas regiões. A existência da tartaruga-marinha é necessária para o bom funcionamento de várias situações, por exemplo: - Os ecossistemas terrestres que beneficiam da energia dos filhotes da tartaruga que depois é transferida para o sal, a vegetação e fauna locais; - Este animal basicamente contribui também para a reciclagem de nutrientes, já para não mencionar a infinidade de peixes, crustáceos, moluscos, esponjas, formações geológicas, barcos de areia, algas, corais e recifes que dependem dela.
Catarina Freitas, nº5 - 8ºE Diana Queirós, nº8 - 8ºE
AERT
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2016/2017
Novas tecnologias: aproximam-nos ou isolam-nos?
Vivemos num mundo rodeado por novas tecnologias. Será que essas novas tecnologias nos aproximam ou isolam-nos? Na atualidade, existe um novo mundo de tecnologias. Essas, como por exemplo a internet, as redes sociais, etc tornam-nos mais isolados ou próximos?
Antigamente, brincávamos muito no recreio às apanhadas, às escondidas, etc, agora no intervalo estamos sempre nos telemóveis a jogar, ou simplesmente nas redes sociais a ver o que os outros postam e, às vezes, a atualizar o nosso perfil! De facto, até na escola isso acontece. Eu lembro-me que antigamente se fazia a chamada e os sumários no livro de ponto, agora tudo isso se regista nos computadores! Às vezes os professores mostram-nos “coisas” da internet nas aulas e antigamente isso não acontecia! Por um lado, as tecnologias podem-nos aproximar, por exemplo, às vezes, gravo muitos videos e tiro muitas fotos com os meus colegas, sempre que qualquer “coisa” acontecer, para eu ter uma recordação deles! E também, o final de cada ano letivo, eu faço um video com fotos nossas, para lhes agradecer a amizade e mostrar que aquele ano letivo valeu a pena! De facto, vivemos num mundo de novas tecnologias… será que nos aproximam ou isolam? Cabe a cada um de nós gerir a sua utilização de forma responsável e decidir!
Ana Rita Ferreira, nº5 - 8ºF
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2016/2017
Valongo, 28 de junho de 2016 - Uma aventura daquelas inesquecíveis. (Página de um Diário)
Hoje de manhã, decidi aventurar-me num trilho no monte de Sta. Justa! Caminhei uns três minutos até entrar no percurso. Atravessei uma ponte, por cima de um riacho! Salpicos gelados molharam-me as pernas. Um pouco à frente, encontrei um arbusto com amoras, deliciei-me! Decidi subir por um passadiço de xisto, encantado fiquei! A transição entre o azul do céu e o verde das árvores era fenomenal. De repente, a minha felicidade desapareceu rapidamente de mim. Fui possuído pelo medo assim que vi um besouro gigante que voava até mim e comecei a fugir. Corri, corri, corri até que cheguei a uma zona sem saída, cheguei a uma antiga gruta de ouro romana! O besouro vinha até mim, tinha que enfrentar a minha fobia para sair dali, então o fiz. Ele avançava rapidamente, peguei numa pedra grande, acertando-lhe em cheio, retirei-me de imediato, não queria que aquilo tornasse a acontecer. Fiquei triste pelo desfecho do besouro, mas feliz por vencer a minha fobia! Até amanhã, diário.
Diogo Pimenta, 8ºH
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2016/2017
Novas tecnologias Aproximam-nos ou isolam-nos?
A tecnologia, o milagre do pensamento que nos fez chegar até onde estamos hoje (tomemos por exemplo o carro que incorpora várias descobertas e avanços, o aço datado do século XVIII, o motor de combustão, a borracha, entre outros…). A questão é que as novas tecnologias como a Internet e os telemóveis aproximam-nos ou afastam-nos? A Internet começou nos anos 70 com a ARPANET para fins militares, mas desde esses tempos tornouse um produto de consumo, de uso próprio. Muitos jovens hoje em dia estão expostos à Internet e às novas tecnologias e longe estão os tempos em que a família se sentava à volta da televisão.´ É um facto: a Internet aumenta o sedentarismo não só de jovens, mas de todas as classes etárias. Em vez de irem ter com os amigos, os mais novos trocam mensagens, não havendo o contacto pessoal que outrora existia. Já mergulhámos demasiado fundo no oceano que é a tecnologia? Seria capaz de viver sem comodidades chamadas de “básicas” hoje em dia? Será que aqueles que criámos se irão virar contra nós? Será que na nossa busca incessante por informação perderemos a nossa habilidade de sentir, como humanos? Só o tempo dirá… Se quer mudar o mundo, comece por si, faça algo que goste: levante-se e diga “Não”! Defenda a sua causa! Quem sabe se será um dia você a pagar o preço do progresso… José Brás, 8ºF
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2016/2017
Páginas com vida
Esta história já se passou há algum tempo. Estava eu em casa, quando resolvi consultar o discionário... Abri a estante para revelar uma bagunça. A estante era branca mas, no interior, a pintura estava descascada e as prateleiras albergavam teias de aranha. Um cheiro pútrido invadiu as minhas narinas. Camadas após camadas de pó tinham-se apoderado de toda a estante, tornando a sua cor branca num cinzento claro. Entre uma coleção derrubada de "Sherlock Holmes" e uma lista telefónica condenada a apodrecer ali, encontrei o que procurava. O dicionário em si não me lembro como estava, mas de certeza que não era em bom estado. De repente, murmurou algo, que já esqueci, mas que me assustou na altura. Não lhe respondi, mas ele disse, desta vez mais alto "Ajuda!". Relutante, perguntei o que precisava e ele, numa voz áspera daquelas de quem já muitos anos viveu, respondeu-me: "Fui substituído! Mais ninguém me quer!". Inquiri-me sobre o que ele dizia... "Como poderia um livro que fala sobre tudo ser substítuido?". A resposta veio à minha cabeça como que se fosse transmitida telepaticamente. O pobre coitado não era atualizado há pelo menos trinta anos. "Salva-me! Fui substítuido por dicionários digitais!"... Talvez não tenha dito isso, mas foi o que eu entendi. Enquanto eu ponderava sobre a situação, ele lamentava-se. Aí percebi que não me devia preocupar com ele, tal como tudo, foi substituído por outros. É o ciclo da vida. O seu formato era agora obsoleto e, sem mais demoras, atirei-o para o lixo, ainda ouvindo os seus gritos apavorados. No entanto, percebendo o meu erro, voltei ao lixo, limpei o pó da sua capa e voltei a colocá-lo na estante para uso futuro. José Brás, 8ºF
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2016/2017
Trás-os-Montes, 14 de janeiro de 2017 Querido irmão:
Como estás? Espero que estejas bem. Desculpa a demora desde a última carta que te escrevi, tenho andado um pouco ocupada com os ensaios para o espetáculo. Tal como sabes, este fim de semana vim para Trás-os-Montes com o Simão para casa dos nossos primos. A Maria e a Jéssica já lá estavam desde a semana passada. Temo-nos divertido imenso. Ontem, fomos todos dar uma volta por um bosque e nem imaginas o que aconteceu! Ainda era cedo, portanto decidimos explorar o bosque. A certa altura, vimos um lago com umas árvores e plantas à volta. Era de facto uma vista lindíssima! Sentámo-nos todos à volta do lago a conversar. A dada altura, eu senti uma picada no cóxis, mas não dei importância. Passado cerca de uma hora começou-me a doer muito e a sentir muitas cãibras, mas pensei que fosse só de estar sentada há muito tempo e sugeri que nos levantássemos e fôssemos caminhar. Quando me levantei, não consegui! Não tinha força nenhuma! Tive de ir ao hospital! Quando lá chegamos, fui logo atendida e disseram-me que tinha sido picada por um lacrau! Estou em casa medicada desde essa altura. Bem, aguardo pela tua resposta. Beijinhos enormes da mana.
Sofia Moutinho, 8º H
AERT
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Poema
Traço sinais vermelhos sobre os teus olhos ausentes, Pois a minha vida contigo é sempre diferente. Os meus dias são mais felizes, Sempre que ouço o que me dizes.
Quero fazer contigo, O que a primavera faz com as cerejeiras. Tu és o meu abrigo, E adoro quando me beijas.
Estar contigo é o que eu desejo, A curva dos teus olhos abraça o meu coração. A tua voz é suave como um beijo, És tu quem controla a minha respiração.
Ana Catarina Ramos, nº 2 - 9ºC
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Lumiar
Há sempre uma hora para sentirmos. Uma hora para mudar. Desentendido faz-te vivo.
______________________________________________________________________ Não consigo entender os momentos em que me sinto triste. Não sei como explicar, mas os meus estados de espiríto têm horas, minutos ou dias. Não consigo entender aquela expressão que as pessoas dizem: "Hoje acordaste com os pés de fora", porque então a minha cama deve ser curta demais para o meu tamanho ou apenas os meus pés não gostam do calor dos cobertores naquelas noites em que, quando olhas pelas frinchas da persiana, consegues sentir alguns grilos a cantar ou vês uns carros que na tua cabeça não deviam de estar a passar ali, àquela hora. Sou aquela pessoa que acorda sempre maldisposta e não entendo o porquê, talvez seja pelo facto de eu sonhar todas as noites... Às vezes com coisas que nunca pensei que o meu cérebro pudesse assimilar ou assumir como algo meu, pois afinal, temos de aprender que tudo o que nós sonhamos de uma maneira ou de outra, começa apartir daquele momento a fazer parte de nós. Quem nunca, depois de uma noite de sono, não fica um dia inteiro a pensar no que tinha sonhado nessa mesma noite? "Por que raio é que eu sonhei com aquilo?" É a tal pergunta que todos os sonhadores fazem, em silêncio, a si próprios. Em tal aspeto eu gosto disso, quer dizer que estou vivo e que tenho imaginação para, algumas vezes, sonhar com coisas tão ridículas que diminuem um pouco o meu Q.I. Acho que ainda não tive oportunidade de me apresentar (apesar de não gostar, nem ser muito bom com esse tipo de coisas) podem chamar-me de Ilusão. Todos os meus sentimentos são uma ilusão, daí serem confusos. Já pensaste que de um minuto para o outro, conseguimos mudar drasticamente de humor? Por exemplo: ficas chateado por a tua mãe não entender os teus gostos, mas lembras-te de que amanhã vais ao shopping com os teus amigos e puf! Como por um ato de magia, a tua tristeza foge do trono deixando a felicidade apoderar-se do reino.
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2016/2017
Na minha idade, não devia de estar a escrever sobre sentimentos, eu sei, mas há algo de íntimo que me chama para uma realidade alternativa em que os sentimentos não são geridos e sim naturais, daí eu estar a escrever, com 14 anos, sobre emoções tão fortes como olhar lá para fora e ver que está a nevar. Com 14 anos, devia de estar a preocupar-me com os estudos, eu sei, na escola ou agarrado aos livros a estudar Os Lusíadas ou o Auto da Barca do Inferno, mas na escola prefiro fazer outro tipo de atividade: adoro conhecer, reclamar, gostar, desdenhar e confrontar-me com novas personalidades. Sinceramente, quanto mais fortes e opostas melhor, são as que me dão mais adrenalina e curiosidade. E os olhos, os olhos são como se fossem a imagem de marca de cada personalidade. Imagina uma pessoa super envergonhada. Como achas que serão os olhos dela? Olhos baixos, nervosos, escuros e confusos. Perfeito! Não quero que este pequeno "livro" fique muito repetitivo então, passando mesmo à história principal, vamos começar pelos meus olhos a ficarem irritados com o fumo produzido por um fumador na esplanada de um bar. Um bar à frente da praia. Estava eu, a minha mãe e o meu pai. Nesse momento, pensei que fumar era uma das últimas coisas presentes na minha lista de desejos. Como é que alguém pode ter o prazer de estar a "afundar" a sua vida numa atmosfera cinzenta? A destruir os seus pulmões? Pensei também que fumar deve ser mesmo um vício horrível, pois mesmo com aquelas imagens terríveis que vêm nos pacotes dos mesmos, as pessoas não conseguem ter noção, ou se calhar até têm, mas, mesmo assim, é impossível pararem de sustentar aquele ciclo que apenas consiste em levar um embrulho venenoso de forma cilíndrica à boca, respirar e expirar. E tantos vícios maliciosos que andam por aí e as pessoas gostam de, mais uma vez, se "afundarem" neles. Com os meus dedos fiz uma pequena prisão que siginificava todos esses vícios. Aqueles que nunca deviam de ter saído dessa mesmo jaula e contaminado todas as pessoas que pudessem apanhar. E isso não é pior. O pior é quando existem os "mensageiros" nesse ramo e que são bastante influentes. Esse veneno passa de mão em mão até que, no último passe, existe uma morte. E essas tais pessoas que foram passando o cigarro de mão em mão não têm nem a noção que foram cumplices daquilo, foram cumplices de, mais uma vez, morrer alguém às custas de um vício tão forte, tão cruel e insignificante. Uma coisa horrível. Senti-me desiludido. Desiludido principalmente com a consciência das pessoas atualmente. Ridículo. Mas como é que eu posso ter a esperança que um jogo de palavras como este que estou agora aqui, fechado no quarto a produzir, possa vir a ajudar este problema quando nem com as tais imagens, nem com os cartazes por toda a parte, só conseguem minurar uma pequeníssima parte deste grande problema? Desistir nunca é solução, mas para ganhar também é preciso esforço e temos de ser nós os primeiros a tirar partido disso e ter coragem para ir em frente e, não interessa o tamanho do problema com que queremos lutar, o que interessa é nunca desistir. E é aí que muita gente falha, eu, por exemplo, sentado no sofá mesmo de cabeça nas nuvens, já vi publicidades de comprimidos para "Ajudar a combater a vontade de fumar". Senti-me estupefacto. A vontade de fumar, não se combate com ainda mais drogas e químicos ingeridos e injetos no nosso corpo, mas sim com o controlo de mentalidade que cada um tem. Sim, é verdade que existem pessoas com menor controlo que outras, mas isso também se treina, e é uma espécie de treino diferente do que correr todos os dias de manhã, não, é um treino de auto-controlo e superioridade. AERT
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2016/2017
Ao pensar nos vícios em que o mundo está integrado, fez-me pensar no futuro. Wow! Acho que isso é uma das piores coisas que alguém pode pensar... Haverá coisa mais incerta que o nosso próprio futuro? Quase que é tão incerto como adivinharmos com o que é que vamos sonhar esta noite. Senti-me baralhado. Senti-me bem. Baralhado por ter 14 anos, andar no 9º ano, sensivelmente nos fins do 2º período, e ainda não estar exatamente ciente do que vou seguir como área profissional. Talvez humanidades, adoro escrever, adoro poesia, um bom drama ou até mesmo línguas. Sou apaixonado por inglês, língua universal e que, se a soubermos misturar bem com o português, quase que criamos a nossa própria língua e isso pode ficar uma marca do nosso ADN. E artes? Também adoro desenhar, pintar etc. Mas será que não é muito cansativo passar a vida sempre a fazer a mesma coisa? A partir do momento em que fiz esta pergunta a mim próprio, o meu cérebro explodiu num imenso mar de confusão! Em qualquer profissão que nós escolhermos, vamos fazer isso para a vida! Senti-me assustado. Como é possível? Aguentar uma vida inteira concentrado apenas num universo, apenas num foco, apenas como "uma utilidade". Foi aí que eu pensei que isso não dava para mim e não interessa a profissão que escolhesse ia fartar-me de fazer sempre o mesmo no 3º dia de trabalho. Então porque não, por exemplo, tirar um curso numa faculdade de línguas e depois, como part-time sei lá, fazer quadros? Acho que foi uma boa idea. Com o empregado do café a vir trazer as bebidas à nossa mesa, um sumo de laranja para mim, consegui olhar para a expressão facial dele. Parecia uma pessoa um pouco monótona. A única função dele era receber os pedidos das pessoas e fazer com que os mesmos se realizassem, ou seja, levar bebidas e tremoços às mesas. Mais uma coisa que não fazia parte da minha lista. Perguntei à minha mãe que profissões achava que combinavam comigo e ela respondeu: - Calma! Ainda é muito cedo para pensares nisso... Como? Como assim? " Ainda é muito cedo "? Estou no 9º ano, pelo menos preciso de saber a área que quero escolher! Pensar numa exata profissão, aí sim, concordo que ainda será muito cedo, mas tenho de começar a tomar decisões o mais rápido possível. Gosto de português e história. Gosto de escrever e desenhar. Talvez humanidades? Acho que seria uma boa escolha, afinal, escrever é uma coisa que eu faço muito regularmente e acho que já adquiri o tal "jeito" para o fazer. Mas ainda me sinto um pouco pesado sabendo que tenho artes às costas. Há qualquer coisa que me fascina no "mundo suburbano" das artes, aqueles quadros maravilhosos, pinturas de todas as cores ou até mesmo criação de artefatos e objetos totalmente inovadores e criativos, mas também tenho de pensar numa coisa muito importante que é o emprego e as portas que se poderão abrir ao escolher a área/profissão, e sei que artes ( pelo menos no meu país ) em vez de ser um tal "mundo suburbano" é uma pequena aldeia onde a habitação é extremamente reduzida. Humanidades. Acho que consigo. Gosto. Tenho imensas coisas e histórias na minha cabeça que preciso de contar e partilhar com quem quiser. Não sei se também já disse, mas eu componho algumas letras de canções. Sim, canções. Componho sobre o meu quotidiano, os meus amigos, basicamente tudo o que me rodeia e é uma forma de eu me expressar sem qualquer consentimento, daí eu também pensar que é algo de "privado". Acho que me sentiria um pouco mais à vontade AERT
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ao expor um livro do que uma letra de uma música feita por mim, não é que eu não ache que muita gente não se identificaria com as minhas letras, é que eu também sei que outras poderiam sentir-se insultadas. Ainda no café, depois do que a minha mãe tinha dito, fiquei a pensar do tipo: "Será que ainda é mesmo cedo?". Senti-me irritado. Meu Deus! Estamos em plena primavera, eu com a boca molhada e com perfume a laranja, e já a pensar nos estudos. Através de um dos vidros daquela esplanada consegui ver o mar lá ao fundo, uma das coisas que mais gosto de observar, não só observar como também nadar nele. Aposto que um bom mergulho naquele céu húmido seria bem mais refrescante do que o meu sumo de laranja. De seguida, voltamos para a praia onde estavam as nossas coisas protegidas do sol. Os meus membros quase choravam com a vontade tão grande de entrar naquele mar tão azul. Quase tão azul como os olhos dos meus sonhos. Mudei de pensamento e corri. Corri para o mar, corri, corri, corri tanto que quase me esqueçia de tirar a camisola. Não quero mais nada a não ser ficar sozinho no mar. Mergulhar neste verão de diversão e sossego. Não me preocupar com nada, pois sei que o que estivesse para vir, decisões, confusões ou mesmo indecisões vinham numa hora certa para se sentarem no trono da minha mente em vez da felicidade. Mas agora não, não quis abrir as portas do meu castelo e bem confortável e recebida está a felicidade e despreocupação que, finalmente, depois de uma longa bebida de pensamentos, ocupou o reino inteiro e transportou-me para o meu lugar de entretenimento. O mar. A tristeza do racocínio antes dada como principal fonte da história, foi lumiada, provando assim, que há sempre um momento que mudamos de opinião tão facilmente como as ondas deste oceano. Por isso, não quero já pensar no meu futuro, porque ele se fará com o tempo, também com decisões e muitas dores de cabeça, mas, principalmente, com tempo e diversão.
Diogo Russo - 9ºE
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Auto da Barca do Inferno (Texto de opinião)
Se eu tivesse que escolher uma personagem do Auto da Barca do Inferno para interpretar, seria o Parvo, pois este simboliza os ingénuos, os que socialmente não têm representação. Também por não entrar em nenhuma das barcas, e limitar-se a ficar à entrada da barca da Glória, para poder criticar todos os que lá apareciam. Eu manteria o destino final de todas as personagens menos o do Enforcado, visto que este acreditou no que Garcia Moniz lhe dissera. As críticas que eu achei mais injustas foram as do Enforcado e do Judeu, e as que achei mais justas foram as do Corregedor e Procurador por não terem agido com justiça e imparcialidade e por receberem subornos, e do Frade por saber dançar, praticar esgrima e ter mulher, ou seja, ter desrespeitado os votos de castidade e de pobreza. Eu recomendaria a leitura do auto a um amigo ou familiar por se poder adaptar à atualidade, criticar a sociedade de outra maneira e também por ser um auto divertido.
Inês Fernandes nº8 - 9ºE
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2016/2017
Auto da Barca do Inferno Maria Leal
Chega ao cais uma mulher a cantar, cheia de maquilhagem e um microfone. Diabo- Quem vem aí? Maria Leal- A mais nova musa da música portuguesa. Diabo- Nem nova, nem musa! Quando morreste, bateste com a cabeça? Maria Leal- Desculpe? Encantei milhares, enchi salas com os meus espetáculos, e não menti sobre a minha idade. Diabo- Ah! Desculpai a minha ignorância. Quereis ajuda para subir na barca, minha senhora? Maria Leal- Senhora? Eu sou uma menina! Tento nessa língua ! Diabo- Subi logo... Maria Leal- Espera!!! Para onde vamos? Diabo- Para um lugar onde vais poder fazer os teus espetáculos e ninguém se poderá queixar... Para o inferno! Maria Leal- Inferno?!!!! Mas eu não fiz nada de mal... Não cometi nenhum crime. Diabo- Não ?! E aquelas fotos em que posavas “sexy” e aquelas tuas danças “sensuais”? Quantos ficaram cegos? Os preços absurdos para os teus concertos em playback, e as pessoas que deixavas surdas com essa tua voz? Maria Leal - Nunca me senti tão humilhada ! Vou falar com aquele senhor ali.
Maria corre até à barca do anjo a chorar. Maria Leal - Por favor, deixa-me entrar! Nunca fiz nada de mal, apenas não sou apreciada. Anjo- E como quereis ser apreciada ? A voz não ajuda... E o visual muito menos. Maria Leal – Mas já melhorei... Já alterei o visual. Anjo – E a voz? Maria Leal – Eu canto baixinho... Anjo – Está bem. Entrai, já fostes muito humilhada. Mas, aqui não irás cantar! Senão mando-vos de volta para o inferno.
João Vitor Soares nº12 - 9º E
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2016/2017
Carta a Gil Vicente
Rio Tinto, 7 de março de 2017 Caro Gil Vicente,
Escrevo-lhe esta carta para, primeiramente, parabenizá-lo pelas suas magníficas obras que, devido ao seu alto teor crítico, ainda são estudadas e debatidas, cerca de quinhentos anos após a sua escrita.
Mesmo sendo uma obra notável a vários níveis, gostaria de focar na sua intemporalidade crítica. Depois de quase cinco séculos, os vícios sociais por si tão criticados ainda são amplamente visíveis, com apenas algumas mudanças nos grupos socias.
Toda a promiscuidade e prostituição encaixadas na Alcoviteira, estão agora distribuídas pela sociedade, de modo, por vezes, assustador.
O materialismo, presente no Fidalgo e no Onzeneiro, está agora em todos os grupos, em parte devido à crescente e ambiciosa melhoria de vida.
Surgiu um novo grupo, os políticos, na democracia, considerada por muitos a melhor entre as piores hipóteses, que de um modo geral, reúnem a maioria do que criticou.
Gostaria de o felicitar mais uma vez pelos seus trabalhos e de o informar sobre alguns assuntos de que certamente não possui ainda conhecimento. Cumprimentos, De um aluno
Pedro Rocha, nº20 - 9ºE
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2016/2017
A obra de Gil Vicente (Texto de opinião)
Ao longo de toda a obra de Gil Vicente, várias personagens são acusadas do que fizeram em vida. Se fosse possível interpretar uma delas, escolheria, sem sombra de dúvida, Joane, pois quando em palco, insultou veemente o Diabo e várias personagens, disse verdades não agradáveis à sociedade recorrendo ao humor e, mesmo assim, sempre foi defendido pelo Anjo. Todas as condenações foram devidamente justificadas, sendo que a que mais custou a aceitar, foi a do Enforcado, pois foi julgado pela maldade alheia já que era inocente e influenciável. Sem qualquer hesitação, as críticas mais pertinentes ocorreram durante a cena do Fidalgo, do Frade, e do Corregedor e Procurador, visto que colocaram "em jogo" todas as classes sociais mais importantes e supostamente dignas, expondo toda a corrupção, materialismo, tirania e vaidade "por detrás dos panos". A obra é bastante reveladora e, mesmo tendo sido escrita no século XVI, ainda se mostra muito atual, já que ainda conseguimos assistir a muitos desses vícios, incluindo em nós mesmos, tão criticados por Gil Vicente. Considero que, esta obra, pela sua intemporalidade crítica, seja lida por todos aqueles que despertaram o seu espirito critico face à sociedade.
Pedro Rocha nº20 - 9ºE
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