Apostila cbmerj

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMANDO DE BOMBEIROS DE ATIVIDADES ESPECIALIZADAS GRUPAMENTO TÉCNICO DE SUPRIMENTO DE ÁGUA PARA INCÊNDIO

MUDANÇA DE QBMP/9

2004

________________________________________________________________________ Rua Monsenhor Manoel Gomes, s/n.º - Caju – RJ – CEP: 20931-670 Tel.: (21) 3399-4310/ 4311/ 4312 / 2580-1234 E-mails: gtsai@cbmerj.rj.gov.br / ctsai@ig.com.br


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SUMÁRIO UNIDADE I – HISTÓRICO RESUMIDO DOS SERVIÇOS DE HIDRANTE UNIDADE II - ABASTECIMENTO 1 – DEFINIÇÃO 2 – FONTES DE CAPTAÇÃO 2.1 – CLASSIFICAÇÃO DE FONTES DE CAPTAÇÃO 3 - PONTOS DE CAPTAÇÃO 4 – MATERIAIS DE ABASTECIMENTO 4.1 – CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS DE ABASTECIMENTO UNIDADE III 1 - HIDRANTE DE COLUNA 1.1 – MANUTENÇÃO 1.2 - CÁLCULO DE VAZÃO EM HIDRANTE DE COLUNA UNIDADE IV 1 – BOMBAS DE INCÊNDIO 1.1 – DEFINIÇÃO 1.2 - CLASSIFICAÇÃO DE BOMBAS DE INCÊNDIO 2 – SISTEMA DE ESCORVA POR DESVIO DE GASES 3 - LIGAÇÕES DE BOMBAS 3.1 - LIGAÇÕES DE BOMBAS EM SÉRIE 3.2 - LIGAÇÕES DE BOMBAS EM PARALELO 4 – OPERAÇÕES DE ABASTECIMENTO 4.1 - EMPREGO DO AUTO-TANQUE 4.2 - ESTABELECIMENTO EM CISTERNAS 4.3 - ESTABELECIMENTO NO MAR 4.4 - ESTABELECIMENTO EM HIDRANTE DE COLUNA 5 - PROCEDIMENTOS PARA BOMBAS REBOQUE E PORTÁTEIS 5.1 – BOMBA ZUPPAN A EXPLOSÃO SOB RODAS 5.2 – MOTO BOMBA ESCORVANTE 5.3 – MOTO BOMBA SUBMERSÍVEL COM MANGOTE E CENTRÍFUGA UNIDADE V 1- CORRIDA DE ÁREA 1.1 – OBJETIVO 1.2 - MATERIAIS 1.3 – AÇÕES 1.4 - RELATÓRIO DIÁRIO 2


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UNIDADE VI 1 – LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 1.1 - MANUTENÇÃO E SUBISTITUIÇÃO DE HIDRANTE 2 - LISTAGEM DE ATIVIDADES DA QBMP/9 - HIDRANTE 2.1 - SOLDADO BM 2.1.1 - FUNÇÃO INTERNAS À OBM 2.1.2 - FUNÇÃO EXTERNAS À OBM 2.2 - CABO BM 2.2.1 - FUNÇÃO INTERNAS À OBM 2.2.2 - FUNÇÕES EXTERNAS À OBM 2.3 - FUNÇÃO DE SARGENTO BM 2.3.1 - FUNÇÕES INTERNAS À OBM 2.3.2 - FUNÇÕES EXTERNAS À OBM 2.4 - FUNÇÃO DE SARGENTO APERFEIÇOADO E SUB-TENENTE 2.4.1 - FUNÇÕES INTERNAS À OBM 2.4.2 - FUNÇÕES EXTERNAS À OBM UNIDADE VII 1 – APLICATIVO GTSAI 2 – JANELA PRINCIPAL 3 – CADASTRO DE CORRIDA DE ÁREA 3.1 - LOGRADOURO 3.1.1 - COMO PREENCHER CADA CAMPO 3.2 - HIDRANTES 3.2.1 - COMO PREENCHER CADA CAMPO 3.3 – ENDEREÇOS DE PONTOS CRITICOS E RECURSUSOS HÍDRICOS 3.3.1 - COMO PREENCHER CADA CAMPO 4 – CADASTRO DE CARROS-PIPA 4.1 - COMO PREENCHER CADA CAMPO 5 – LOCALIZAR LOGRADOUROS 5.1 - COMO VISUALIZAR OS RELATÓRIOS 6 – FORMULÁRIO DE CORRIDA DE ÁREA 7 – ENVIANDO RCA AO GTSAI 7.1 – PASSO 1 7.2 – PASSO 2 8 – SAIR DO PROGRAMA

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UNIDADE I HISTÓRICO RESUMIDO DO SERVIÇO DE HIDRANTES O Histórico do Serviço de Hidrantes tem sua origem diretamente relacionada com o crescimento dos Sistemas de Abastecimento D’água da cidade do Rio de Janeiro. É fácil perceber que as dificuldades no abastecimento produzem reflexos diretos na atuação do Corpo de Bombeiros Militar. Nos primórdios de nossa história, nossos soldados dirigiam-se para os locais de sinistros embarcados em pipas de reduzida capacidade, auxiliados pelos “aguadeiros”, espécie de profissional autônomo encarregado de distribuir água pela cidade em suas pipas d’água ambos por tração animal. O Decreto nº. 1.775 de 20/07/1856 obrigava esses profissionais a comparecer com suas pipas nos locais de incêndios. Para tanto, a Corporação indenizava-os pelos serviços prestados. Entretanto, com o advento do sistema de recalque, em que a demanda d’água era menor que a capacidade das bombas, tornou-se imprescindível o desenvolvimento de uma forma mais eficaz para o abastecimento nos locais de incêndios. A 17 de Julho de 1851, por força da colocação de bicas externas à distância regulares no curso dos encanamentos que já moldavam a rede de abastecimento público, foi publicada como matéria do Jornal do Comércio o seguinte teor: (...)"A experiência tinha por fim conhecer até que altura subia-se a água do encanamento geral desta cidade, só força de sua pressão. Adaptada uma mangueira de couro à bica da Rua Alecrim, esquina da Rua direita, elevou-se a água a uma altura de um sobrado de dois andares, isto é, chegou a mesma elevação que chegaria sendo lançada por uma bomba de incêndio. ... No caso de incêndio, não se perderá tempo de ir buscar água a grandes distâncias e as bicas próximas funcionarão como outras tantas bombas(...)” A idéia de manobras de água, ainda que bastante insípida, já começava a se fazer presente. Assim, foi introduzido, a partir daquele ano, a colocação de bicas externas, à distância regulares no curso dos encanamentos que já moldavam a rede de abastecimento público. O surgimento dos hidrantes na Inglaterra e a consagração de seu uso nos demais países da Europa e nos Estados Unidos da América levaram à introdução desses aparelhos à nossa rede. Em 1871 quando a cidade já contava com a distribuição de água através de redes de ferros fundidos, foram instalados os nossos três primeiros hidrantes subterrâneos (na época foram batizados de registros), nos seguintes locais: Casa da Moeda, Casa de Detenção e Arsenal de Guerra. Face ao fato, o Corpo de Bombeiros Militar passou a valer-se da rede de abastecimento público para enfrentar os sinistros. Em 02 de Julho de 1876 era criado o Serviço de Registro da Corporação, cuja finalidade exclusiva era tratar do suprimento D’água das bombas em locais de incêndios. Devido ao desenvolvimento crescente da cidade e de todo complexo urbano, em 1881 a rede já contava com 218 hidrantes instalados ao longo de seu curso. Nas fileiras do Corpo de Bombeiros Militar a importância desse serviço tornou-se tão evidente que, para pertencer àquele setor era necessário conhecimento do sistema de abastecimento e manobras, localização de registro, conhecimentos topográficos da cidade, rapidez de raciocínio e boa memória. Assim, formou-se uma verdadeira elite na Corporação, tão importante que por volta de 1926, o conhecimento dos sistemas de manobras d’água passou a ser requisito para promoção, tanto de Sargentos quanto de Oficiais. Anos mais tarde, já em 1945, foi idealizado pelo então 1º Ten BM Hugo de Freitas, o primeiro Hidrante de Coluna, fator determinante para que aquele serviço passasse a ser denominado Serviço de Hidrantes. Tudo fluía harmoniosamente quando, em 1961, com mudança da Capital Federal para Brasília, a transferência para a nova Capital de grande parte do pessoal qualificado nessa atividade foi, marcadamente, danosa para a nossa Corporação. Apesar do esforço concentrado daqueles que aqui permaneceram, a decadência do serviço foi tamanha que originou (a partir de 1971) a paralisação quase que total da conservação e manutenção de hidrantes que, embora fosse atribuição específica da CEDAG (decreto 5.096 de 05/10/71), era realizado de forma brilhante pelo nosso serviço de hidrantes. Da mesma maneira, por motivos geopolíticos, foi-nos vedado a participação no serviço de manobra d’água.

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Ainda neste ano, publicava-se nota em Boletim no Comando-Geral (11/11/1971), determinando que a Diretoria de Engenharia (atual DGST), não mais exigisse do particular a instalação de hidrantes defronte às edificações, como pré-requisito para a obtenção de sua aprovação junto ao CBMERJ. Assim, o que já estava ruim, piorou, pois, em 1974 houve a fusão dos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, fator que contribuiu para pulverização do serviço, visto que houve a necessidade de transferência daqueles poucos especialistas para o interior do Estado, em virtude da expansão física da Corporação. Novamente, por motivos políticos, o Serviço de Hidrantes foi desativado, através do Decreto-lei nº. 195 de 26/06/75, às vésperas de completar 100 anos de existência, passando suas atividades a serem exercidas pela 4ª Seção da DST. Criou-se desta forma um período muito ruim para o Serviço de Abastecimento D’água para incêndios. Ratificando o Decreto 5096 de 05/10/71, foi aprovado em 15 de Janeiro de 1976 o Decreto nº. 533 que estabelecia à CEDAE competência de operar e conservar a rede de abastecimento público e ao Corpo de Bombeiros Militar apenas a utilização dos registros de hidrantes de sua rede distribuidora, em caso de incêndios. A 20 de Maio desse ano, foi criado pelo então Governador Chagas Freitas, através do Decreto-lei nº. 716 as Qualificações de Bombeiro-Militar, sendo que a especialidade de hidrantes não fora incluída nesta listagem. Somente em 1978, através do Decreto-lei nº. 2.144 de 11/10/78 (com dois anos de atraso), criava-se a QBMP/9 - HIDRANTES, restabelecendo-se a justiça, em consideração aos serviços prestados por nossos antepassados. Dois anos mais tarde, a 12 de Agosto de 1980, publicou-se em Boletim ostensivo da Corporação o Decreto nº. 3372 sobre a criação e efetivação das Subseções de Hidrantes com objetivo de revitalizar o antigo serviço. Mas o essencial já havia se perdido: o orgulho, a dedicação e o amor, repassados geração a geração, durante quase 100 anos de existência. Assim, nos posteriores seis anos que se seguiram, observou-se um hiato onde nada fora feito para resgatar a antiga posição de destaque do Serviço de Hidrantes, em extremo contraste com outros serviços executados pela Corporação que, no entanto, padecia em termos de suprimento d’água nos locais de incêndios. Foi quando a 17 de fevereiro de 1986, por ocasião do terrível incêndio do edifício “Andorinhas”, a sensibilidade dos homens que compunham o alto comando da Corporação se curvou definitivamente para reverter à questão do Hidrante. Neste episódio a habitual coragem dos Bombeiros recebeu um espaço significante nos veículos da imprensa e, apesar das 25 vidas que a população amargou, fomos reconhecidos como heróis que superavam todas as dificuldades e adversidade com abnegação e destemor. Entretanto, mais do que nunca, detectamos em nossos bastidores que o suprimento d’água fora falho e desorganizado e que, dos hidrantes existentes nas proximidades, apenas dois foram utilizados, visto que os demais se encontravam em péssimo estado de conservação, incorrendo para que o volume de água necessário para tal operação só fosse atingido após preciosa perda de tempo. Assim, a 10 de março daquele ano, o Comando-Geral propôs à IGPM, através de documentos circunstanciados, a ativação de uma nova OBM, em caráter experimental que se ateria unicamente na irradiação de doutrina específica de Hidrante para toda a Corporação. Entretanto a burocracia foi tamanha que somente após um ano, no dia 25 de Junho de 1987 foi criado em caráter experimental o Núcleo de Grupamento de Suprimento de Água para Incêndio NGSAI, que foi ativado definitivamente em 01 de Setembro naquele ano. Logo a seguir, a 27 de Novembro, o Boletim do Comando-Geral, com bases nas exigências do COSCIP, definia quais as edificações que deveriam possui obrigatoriamente, em suas proximidades, um Hidrante de Coluna instalado junto à rede pública de abastecimento. Mas a criação, por si só, do NGSAI não viria a resolver as questões mais básicas daquele serviço. Até mesmo pelo seu caráter itinerante, com mudanças constantes de endereços, faltava ao Núcleo uma Legitimidade, um compromisso mais firme que o tornasse verdadeiro e principal herdeiro do Serviço de Hidrantes. Assim, para que o NGSI não figurasse como sendo apenas mais uma das inúmeras unidades operacionais, em 1990 sua sede foi definitivamente instalada no QCG, sendo que a 05 de dezembro daquele ano, assumia-lhe o comando o Cel BM Lacerda, um dos poucos Oficiais Superiores remanescente do antigo Serviço de Hidrante. Em Fevereiro de 1991, em virtude da ascensão hierárquica do seu comandante sobre o comandante do CBAM, o NGSAI passava a estar subordinado diretamente ao Comando-Geral da 5


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Corporação e, mais tarde, de acordo com o Boletim do Comando-Geral nº 152 de 22/10/91, por ter sua estrutura organizacional considerada super-dimensionada foi ele transformado em Centro de Suprimento D’água para Incêndio, CSAI. Entretanto, o CSAI não vingou como órgão centralizador da doutrina de suprimento d’água, fator que desestimulava cada vez mais aqueles que dedicavam boa parte de sua vida profissional a esta importante missão. E com o efetivo cada vez mais reduzido e desprestigiado (chegou a contar com 10 Oficiais), o CSAI também não resistiu a pressões e, principalmente, ao descaso do Comando-Geral da Corporação, sendo desativado a 05 de Novembro de 1993, passando seus Oficiais (Cap BM Lobo, 1º Ten BM Fidelino e o 1º Ten BM Ribamar) a pertencerem ao efetivo da Diretoria de Serviços Técnicos, conforme se fez público no Bol Comando-Geral nº 205. E quando se pensava que a fase negra ressurgiria no âmbito da QBMP/9, ocorre a reativação, através do Boletim. nº. 019 de 31/01/94, dentro da estrutura organizacional da DST, do Centro Técnico de Suprimento D’água para Incêndio (CTSAI), instalado no Quartel do ComandoGeral, com sua estrutura organizacional totalmente reformulada, objetivando implementação de uma nova dinâmica de atuação com o intuito de, fundamentalmente, resgatar o conceito do Serviço de Hidrantes como um dos pilares de sustentação da Corporação. Sob o comando do Cap BM Veloso, tendo como auxiliar o 1º Ten BM Ribamar e com o apoio fundamental do Ten Cel BM Carvalho e o Cel BM Leão (Subdiretor e Diretor na DST, respectivamente), o CTSAI buscou promover, em primeiro plano, a recuperação da auto-estima dos especialistas em hidrantes para que, em segundo plano, a própria Corporação voltasse a ter admiração e respeito por esses profissionais e pelo nosso serviço. Hoje, o GTSAI, sediado na Rua Monsenhor Manuel Gomes, s/ n°, Caju, atua em vários campos, todos relacionados ao mister de Suprimento D’água para Incêndio, sendo que um deles, talvez o mais importante, é voltado para a instrução e ensino, binômio fundamental para a conscientização das novas gerações sobre a importância deste nobre, porém árduo serviço. Assim é o serviço de Hidrante. Seja você parte dessa Instituição.

GTSAI - CAJÚ

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UNIDADE II ABASTECIMENTO 1 – DEFINIÇÃO Compreende-se por abastecimento o ato de canalizar a água desde sua fonte de captação até o local onde ela é consumida, e, no conceito profissional de BOMBEIRO MILITAR, define-se como sendo a operação de captação de água em fontes diversas, até as bombas de incêndios da Corporação. 2 – FONTES DE CAPTAÇÃO Compreendem-se por fontes de captação ou de abastecimento os locais onde se verificam acentuado volume de água disponível, nos quais o Corpo de Bombeiros possa se valer para suprir as suas bombas de incêndio. 2.1 – CLASSIFICAÇÃO DE FONTES DE CAPTAÇÃO: As fontes de captação são classificadas em NATURAIS e ARTIFICIAIS. a) FONTES NATURAIS: São aquelas em que não se verifica a participação de trabalho humano para represar a água, por exemplo: • LAGO - Considerável extensão de água cercada de terra; • LAGOA - Pequeno lago; • MAR - Água salgada em que, imaginariamente, se subdividem os oceanos; • RIO - Curso natural de água doce que deságua noutro rio, no mar ou no oceano. b) FONTES ARTIFICIAIS: São aquelas em que se verifica a participação do trabalho humano para represar a água como, por exemplo: • AÇUDE - Barragem de pedra e cal que se faz nos rios para represar água. • CANAL - Córrego artificial que se destina à intercomunicação de mares ou condução de águas pluviais aos locais mais distantes, visando principalmente à irrigação ou o uso industrial; • CISTERNA - Depósitos de água construídos no subsolo do estabelecimento comercial ou industrial cuja finalidade é regular e suprir a caixa d’água superior; • REPRESA - Construção feita no curso de um rio, cuja finalidade é reter o fluxo da água, a fim de suprir o sistema de abastecimento hídrico ou elétrico de uma determinada localidade. Serve para o lazer ou criação de peixes. • POÇO - Cavidade aberta na terra cuja finalidade é reter a água que aflora no subsolo daquele local. 3 - PONTOS DE CAPTAÇÃO Mananciais cuja limitação de seu volume de água nos leve a presumir que poderá se esgotar antes de extinção total de um incêndio, ou que não produzirá o volume necessário para fazer frente ao mesmo como, por exemplo: • RTI - Definida de acordo com as normas previstas no COSCIP; • CISTERNA - Depósitos de água construídos no subsolo do estabelecimento residencial cuja finalidade é regular e suprir a caixa d’água superior; • CASTELO D’ÁGUA – Reservatório de água elevado e localizado, geralmente, fora da projeção da construção, destinado a abastecer uma edificação ou agrupamento de edificações; • HIDRANTES DE COLUNA – aparelhos instalados na rede de distribuição de água da cidade e como podem estar conectados a uma rede de abastecimento que não possua água, é considerado como ponto de captação. 7


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4 – MATERIAIS DE ABASTECIMENTO São o conjunto de peças, ferramentas, aparelhos, encanamentos, dispositivos e apetrechos em geral de que se utilizam os bombeiros para aduzir a água de uma fonte de captação qualquer até as bocas de admissão das bombas de incêndio do Corpo de Bombeiros. Vale dizer que o militar da QBMP/09 e o Oficial de Suprimento de Água, quando conhecedores dos pontos de manobra de suas áreas operacionais, são capazes de realizar o que chamamos de “manobras de água”, com o objetivo de desviar água de uma determinada secção da rede de abastecimento público para outra com carga insuficiente para atender a esta demanda nas operações de combate à incêndio. 4.1 – CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS DE ABASTECIMENTO De acordo com o porte e utilização, os materiais de abastecimento são classificados em FIXOS e PORTÁTEIS. a) MATERIAIS DE ABASTECIMENTO FIXO: Enquadram-se neste grupo os elementos componentes do sistema de abastecimento público, assim como aqueles integrantes das canalizações e redes preventivas das edificações e estabelecimentos comerciais e industriais, bem como, os de finalidade mista, previstos no COSCIP. Considerando-se o local onde podemos encontrá-los, subdividimos este grupo em dois subgrupos distintos, a saber: • DE VIA PÚBLICA; • DE EDIFICAÇÕES. a.1) FIXOS DE VIA PÚBLICA • HIDRANTES – são aparelhos ligados aos encanamentos de abastecimento de água, permitindo a adaptação das bombas e mangueiras para o serviço de extinção de incêndio. a.2) FIXO DE EDIFICAÇÃO • ABRIGO – compartimento muito visível existente em prédios e indústrias destinados ao acondicionamento de hidrantes e de equipamentos de combate a incêndio; • CAIXA D'ÁGUA SUPERIOR – reservatório de água existente sobre o último pavimento cuja função é abastecer a edificação. Nos casos de edificações dotadas de canalização preventiva, a caixa d'água deverá possuir reserva técnica de incêndio; • CISTERNA – depósito de água construído no subsolo da edificação, estabelecimento comercial, industrial, residencial, etc., cuja finalidade é regular e suprir a caixa d'água superior; • CAIXA DE INCÊNDIO – o mesmo que ABRIGO, no entanto composto de 02 (duas) mangueiras de e 01 (um) esguicho regulável, conforme previsto no COSCIP; • CANALIZAÇÃO PREVENTIVA – consiste no conjunto de tubulações que partindo da reserva técnica de incêndio das caixas d'água, deixam um ou mais hidrantes em cada pavimento, e, ao chegar à parte externa da edificação, termina em um hidrante de fachada ou recalque; • REDE DE "SPRINKLERS" – sua função é a de extinguir um incêndio no seu início, rápido e automaticamente, antes que tenha tempo de se alastrar e causar quaisquer estragos. O equipamento, portanto, é desenhado para proteger cada parte de um prédio onde exista a possibilidade de incêndio, sendo o objetivo de especial atenção os espaços acima dos forros falsos e escadas, onde um incêndio despercebido se alastra rapidamente, ficando fora de controle. a.3 MATERIAL DE ABASTECIMENTO PORTÁTIL: Consiste em todo ferramental, peças, aparelhos, dispositivos e apetrechos que podem ser transportados por um único elemento da guarnição, ou, em alguns casos, por um reduzido grupo. Esse material, quando não faz parte do equipamento individual do bombeiro, permanecem em viaturas operacionais, acondicionados em gavetas, caixas ou suportes.

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• ADAPTADOR – peça metálica de formato cilíndrico cuja finalidade é unir dutos com extremidades de conexão diferentes e diâmetros iguais; • APARELHO DE REGISTRO – tubo metálico em formato de "T", possuindo na base do segmento vertical uma boca com rosca fêmea grossa de 2 1/2" de diâmetro e nas extremidades do segmento horizontal, duas saídas de 2¹/²", dotadas de válvulas e de rosca macho grossa. A finalidade desse aparelho é permitir, quando acoplado ao hidrante subterrâneo, que o mesmo funcione semelhante a um hidrante de coluna que possuísse apenas as duas saídas de 2 1/2"; • ARRUELA DE BORRACHA – artefato de borracha em forma anelar, cuja função é atuar imprensada entre a conexão de duas peças hidráulicas, impedindo assim o vazamento da água ou entrada de ar no sistema; • BALDE – recipiente plástico ou metálico, provido de alça destinado ao transporte de pequenos volumes de água; • BOMBA PORTÁTIL – bomba de pequeno porte, que pode ser transportada por reduzido número de elementos, utilizada para abastecimento das viaturas de combate a incêndios; • CHAVE DE COLUNA – ferramenta confeccionada em ferro fundido, cujo formato é o de uma haste provida de curvaturas do tipo meia lua nas extremidades, ambas possuindo ressalto interno e medindo, respectivamente 2 1/2" e 4" com finalidade de auxiliar no rosqueamento dos tampões dos hidrantes de coluna; • CHAVE DE DISCO – ferramenta em formato de "T" confeccionada em ferro fundido possuindo na base da haste vertical um conjunto circular móvel com seções quadradas de vários tamanhos com a finalidade de abrir e fechar os registros de hidrantes de coluna • CHAVE DE MANGOTE – ferramenta metálica com formato de interrogação, possuindo um orifício circular na extremidade da curvatura, a qual pode medir 2¹/²”, 4", 4¹/²”, 5" ou 6". Sua utilização se dá nas operações de conexão ou desconexão de mangotes; • CHAVE DE MANGUEIRA – Constituída de uma haste de ferro provida na extremidade de uma curvatura do tipo meia lua de 1¹/²” e 2¹/²” com ressalto interno. Seu uso se dá nas operações de conexão de mangueiras dotadas de junta Storz; • CHAVE DE SAIA – ferramenta em forma de "T" confeccionada em ferro fundido possuindo na extremidade vertical um maciço, provido de cavidade quadrada na base circular. Sua finalidade é abrir e fechar os registros dos hidrantes. Para se abrir registros de tamanhos diferentes ao da base utilizam-se das luvas de registro. • CHAVE DE UNHA – ferramenta de pequeno porte confeccionada em ferro fundido cuja finalidade é remover ou apertar os parafusos e porcas nos hidrantes subterrâneos. • COLETOR – é uma conexão tubular mecânica em forma de "Y" provido de duas entradas e de uma saída, sendo todas de rosca macho grossa, medindo 2¹/²" de diâmetro. Sua função é aumentar a vazão da linha principal, através do aproveitamento da água captada em dois pontos diferentes. • COLHER DE PEDREIRO – ferramenta confeccionada em lâmina de ferro, com formato de uma pequena pá triangular provida de cabo em "L" revestido de madeira. Sua utilização acontece na limpeza das caixas dos hidrantes de fachada, subterrâneos e dos registros dos hidrantes de coluna. • LUVA DE REGISTRO – peça que consiste de pequeno maciço tronco piramidal em ferro fundido, possuindo na face da base uma cavidade do mesmo formato. Sua função é ampliar ou reduzir a seção do pistão do registro do hidrante, quando este não se encaixa, devidamente à chave de saia. • MANGOTE – tubo flexível de lona de mangueira em espiral de aço, tendo nas extremidades juntas metálicas rosca fêmea e em sua circunferência externa ressaltos denominados munhões. Seu comprimento varia, regularmente, de 3 a 6 m e seu diâmetro pode ser de 2¹/²”, 4", 5" ou 6". Seu emprego se dá na ligação entre o ponto de captação e a unidade propulsora. • SACA TAMPÃO – ferramenta confeccionada em ferro, que se constitui de uma haste soldada ao centro da parte externa de um semicírculo de 2¹/²”, o qual possui, em suas extremidades, pequenas cavidades que se encaixam aos munhões dos tampões dos hidrantes subterrâneos ou de fachada. • UNIÃO DUPLO-FÊMEA - Peça metálica de formato cilíndrico, de 2 ½” de diâmetro, com extremidades móveis providas de munhões e de rosca fêmea grossa. Sua utilização ocorre na conexão entre dutos providos de conexões dotadas de rosca grossa de 2¹/²”. • UNIÃO DUPLO-MACHO - Peça metálica de formato cilíndrico de 2¹/²” de diâmetro, com extremidades móveis providas de munhões ou ainda inteiriça, com anel sextavado ao centro e rosca macho grossa. Sua utilização se dá na conexão entre dutos providos de extremidades de conexões dotadas de rosca fêmea grossa de 2¹/²”.

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• TAMPÃO – peça metálica em formato de tampa circular que pode ser provida de munhões e de rosca fêmea grossa ou storz de 1 1/2", 2 1/2" ou 4", para os casos de vedação dos bocais dos hidrantes subterrâneos e de bocas admissoras das viaturas, ou ainda, confeccionado em ferro e provido de cavidades externas com diâmetro de 2¹/²” e 4"para os casos de vedação das bocas dos hidrantes de coluna. • RALO DE MANGOTE – peça confeccionada em tela metálica de corpo cilíndrico, possuindo na extremidade superior rosca fêmea nos vários diâmetros de mangote ou à válvula de retenção. Sua função é proteger o corpo da bomba durante a sucção de água, contra a entrada de granulados e detritos do sistema. • REDUÇÃO – peça metálica de formato cilíndrico cuja finalidade é unir dutos com extremidade de conexões de diâmetros diferentes e demais características iguais ou diferentes. • VÁLVULA DE RETENÇÃO – peça metálica adaptável ao mangote, de formato cilíndrico dotado de rosca fêmea grossa na parte superior, tendo por dentro um ressalto circular, no qual se assenta um tampão interno móvel. Atualmente, as válvulas de retenção, já vêm providas de gradeamento que funciona como ralo. Sua função é reter a coluna d'água no interior do mangote, ou seja, permite que a água prossiga em apenas um sentido.

UNIDADE III 1 - HIDRANTE DE COLUNA CARACTERÍSTICAS Entrada de água Tomada de água Massa do hidrante: Material empregado Pintura Pressão Máxima de Serviço Componentes do Registro

l00 mm 2 1/2" = 60mm, 5 fios 4" = 100mm, 4 fios 91Kg Latão fundido Tinta Esmalte Vermelho (Norma CBMERJ) 10Kg F/cm2 Luva de pistão Pistão ou Haste Sobre –posta Gaxeta Arruela Castanha Comporta Posta

1.1 - MANUTENÇÃO 1° ESCALÃO: Descarga, limpeza, aplicação de lubrificantes e pintura. 2° ESCALÃO: Colocação de tampões, descobrimento de registro, colocação de caixa de registro, , substituição do hidrante e remanejamento do hidrante. 3° ESCALÃO: Instalação completa de hidrante, substituição de gaxeta, substituição do registro, remanejamento do encanamento. 1.2 - CÁLCULO DE VAZÃO EM HIDRANTE DE COLUNA Para calcular a vazão de um hidrante siga os passos abaixo descritos. No caso da lâmina d'água ocupar toda a seção da Boca Expulsora: a) Deverá ser conectado à tomada d'água de 2 1/2", um tubo de aproximadamente 40 cm de comprimento; b) Deverá ser procedida a descarga no hidrante; 10


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c) Deverá ser medida a distância horizontal entre o ponto de saída e o ponto onde a água toca no solo; d) Esta medida deverá ser convertida em vazão (L/min) de acordo com a tabela nº 2; e) A vazão encontrada deverá ser colocada na coluna correspondente do anexo 3. No caso da lâmina d'água ocupar parcialmente a seção da boca expulsora: a) Repetir, os mesmos procedimentos referidos nos itens a, b e c do caso anterior; b) Deverá ser obtida a relação entre D (diâmetro da tomada d'água) e H (altura da lâmina d'água); c) De acordo com tal relação, consultar a tabela nº. 1 para se obter o fator de multiplicação correspondente; d) Multiplicar o valor da distância do jato encontrada pelo fator de multiplicação obtido; e) De posse desta nova medida, proceder de acordo com os itens d e e do caso anterior. TABELA Nº. 1 H/D 0,95 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,65 0,60 0,55 0,50

FATOR DE MULTIPLICAÇÃO 0,981 0,948 0,905 0,857 0,805 0,747 0,688 0,627 0,564 0,500

TABELA Nº. 2 DISTÂNCIA DO JATO (metro)

VAZÃO (Litro/min) S= 2 1/2"

VAZÃO (Litro/min) S = 4”

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20 2,40 2,60 2,80

127,20 159,00 190,80 222,60 254,40 286,20 318,00 349,80 381,60 413,40 445,20 477,00 508,80 540,60 572,40 604,20 636,00 763,20 890,40 1017,60 1144,80 1272,00 1399,20 1526,40 1653,60 1780,00

325,60 407,00 488,40 569,80 651,20 732,60 814,00 895,40 976,80 1058,20 1139,60 1221,00 1302,40 1383,80 1465,20 1546,60 1628,00 1953,60 2279,20 2604,80 2930,40 3256,00 3581,60 3907,20 4232,80 4558,40 11


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UNIDADE IV 1 – BOMBAS DE INCÊNDIO 1.1 – DEFINIÇÃO São máquinas hidráulicas destinadas a aspiração e comprimir ou recalcar a água com a pressão necessária ao serviço de extinção de incêndio. São empregadas, também, para esgotar a água de locais inundados, afim de facilitar os trabalhos de busca e salvamento. 1.2 – CLASSIFICAÇÃO DE BOMBAS DE INCÊNDIO QUANTO AO FUNCIONAMENTO: a) BOMBAS CENTRÍFUGAS: são aquelas compostas com rotor no corpo da bomba. A pressurização da água se dá quando ela chega ao centro do rotor e é projetada para a periferia pela ação da força centrífuga escapando com pressão pelo tubo de saída. Quanto maior for a velocidade do rotor, maior será a pressão da água expedida. A bomba centrífuga necessita de um dispositivo auxiliar, para desfazer o vácuo, no início do funcionamento quando a água não chega espontaneamente ao corpo de bomba (escorva). b) BOMBAS DE ENGRENAGENS: Com o movimento de duas engrenagens de grandes dentes engraxados, no interior do corpo de bomba, sendo uma delas motriz, o ar é retirado pelos interstícios dos dentes de cada engrenagem, que sobem, lateralmente, e não podem retornar pelo centro em virtude dos mesmos interstícios descerem ocupados pelos dentes da outra. Extraído o ar da parte inferior do corpo de bomba chamada câmara de admissão e de mangote, a água penetra na bomba. QUANTO À CAPACIDADE: a) Pequena Vazão: Capacidade até 2.250 l. por minuto. b) Grande Vazão: Capacidade superior a 2.250 l por minuto. QUANTO À FONTE DE ENERGIA: a) Motor à Explosão b) Motor Elétrico QUANTO AO TRANSPORTE: a) Portátil b) Reboque c) Automóvel (Auto-Bomba)

2 – SISTEMA DE ESCORVA POR DESVIO DE GASES Utiliza o princípio do “Tubo de Venturi” (arrastamento por diferença de pressão) para retirar o ar do interior do mangote do corpo de bomba, fazendo assim a escorva. OBSERVAÇÃO: Golpe de Aríete: É uma onda de sobrepressão causada pelo fechamento drástico de uma válvula, que se propaga por toda tubulação, podendo causar danificação da tubulação, estouro de mangueira ou problemas no corpo de bomba.

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3 - LIGAÇÕES DE BOMBAS 3.1 - LIGAÇÕES DE BOMBAS EM SÉRIE Esse procedimento é bastante útil quando a distância entre a fonte de abastecimento e a viatura de combate a incêndio for superior a 300m. Sabe-se que há perda de carga no deslocamento da água pelo interior da mangueira. Desta forma, quando a água chegar à boca de admissão da viatura, já não apresentará uma pressão ideal para que haja um equilíbrio de vazão entre a entrada e saída de água, no interior do reservatório de água. Como recurso para evitar essas perdas e, conseqüentemente, proporcionar maior rapidez no processo de abastecimento, usamos o procedimento de ligações de bombas em série, ou seja, colocamos 2 ou 3 bombas ao longo da ligação, a fim de que a pressão de água seja aumentada pela bomba subseqüente sempre que houver necessidade. Para tanto, utilizamos uma regra simples: se junto a fonte de abastecimento for uma bomba reboque, utiliza-se uma bomba portátil a cada 300 m (20 mangueiras) e caso esteja junto a fonte de abastecimento uma bomba portátil, utiliza-se uma a cada 105 m (7 mangueiras), considerando o terreno plano. Este tipo de ligação proporciona um aumento da pressão em seu interior, permanecendo inalterada sua vazão. 3.2 - LIGAÇÕES DE BOMBAS EM PARALELO Este procedimento é bastante útil como forma de reforçar o abastecimento em relação ao volume de água. A ligação de bombas em paralelo está intimamente ligada à presença de duas fontes distintas de abastecimento. Assim, com a presença de duas bombas ligadas às suas respectivas fontes, o Operador de hidrante utiliza o coletor para somar suas vazões e aumentar, conseqüentemente, o volume de entrada água na ligação final, que vai até a boca de admissão da viatura que está dando o efetivo combate ao incêndio. Nota-se neste procedimento que apesar do aumento de vazão, a pressão interna na ligação final permanece inalterada. 4 – OPERAÇÕES DE ABASTECIMENTO Para o bom desenvolvimento da extinção de um incêndio, muitas vezes torna-se necessária uma perfeita sincronização entre o abastecimento e a tática de combate empregada, uma vez que a água não pode faltar no local. Para tanto é necessário que sejamos racionais e rápidos quanto às providências a serem tomadas nas operações de abastecimento. A seguir, veremos alguns tipos desta operação que deve ser realizada conforme as circunstâncias do local sinistrado. 4.1 - EMPREGO DO AUTO-TANQUE O Auto-Tanque é uma viatura de apoio utilizado nos grandes incêndios e em locais com deficiência de água. Esta viatura poderá ser utilizada diretamente ligada ao ABI ou ABT, isto é, sua boca de expulsão será ligada à boca de admissão de um ABT ou ABI quando se verificar cuidadosamente que a quantidade de água existente satisfaz as necessidades de combate ao fogo. Podemos ainda utilizar esta viatura num processo constante de revezamento nos casos em que haja necessidade de reabastecimento de viaturas de incêndio, bem como podemos acionar a TR ou carros-pipa existentes em empresas particular ou pública da área de ação da OBM para fazer o revezamento de viaturas no local sinistrado. 4.2 - ESTABELECIMENTO EM CISTERNAS Compete ao empregado de hidrante, as seguintes operações, para o estabelecimento da viatura em cisterna: 1. Conectar o ralo de mangote ao mangote; 2. Introduzir o mangote na cisterna pela extremidade que contém o ralo. Deverá haver no mínimo água suficiente para cobrir o ralo do mangote; 3. Conectar a outra extremidade do mangote, à boca de admissão da bomba; 4. Dar “Pronto o estabelecimento” ao motorista, para que ele opere o corpo de bomba.

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4.3 - ESTABELECIMENTO NO MAR É a operação realizada por Bombeiros-Militares para captação de água do mar, quando se necessita de uma fonte permanente, para operações de combate a incêndio. Quando a altura e o nível do mar permitem sucção direta, poderemos estabelecer no mar, mas, não havendo a possibilidade, precisaremos que se leve um bote com uma bomba-portátil à praia até determinada altura, a fim de que, já dentro do bote ou barco possa ser estabelecida, com a finalidade de sucção ou levantamento d’água para abastecimento de viaturas. Com uma ou mais mangueiras, será a ligação da boca de expulsão da bomba, até a boca de admissão de viaturas. Para o estabelecimento em um rio, como o nível da água é baixo, necessário se torna, represar a água em uma lona e utilizar o mangote.

PROCEDIMENTO: 1. Coloca-se o barco próximo à água; 2. Põe-se a bomba no interior do barco, fixando-a ao mesmo utilizando os cabos solteiros; 3. Adapta-se o mangote e mangueiras nas bocas de admissão e expulsão respectivamente; 4. Amarra-se o conjunto mangote-ralo à bóia, caso seja necessário, para que o mesmo não toque o fundo, evitando assim a sucção de detritos; 5. Coloca-se a bomba em funcionamento e empurra-se o barco para água; 6. Faz-se a escorva, caso seja necessário, para que possa se formar a coluna d’água; 7. Aumenta-se a aceleração para que a água seja lançada, concluindo-se assim a operação.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS DURANTE A OPERAÇÃO 1. Verificar as condições de funcionamento da bomba; 2. Verificar o ajuste das conexões do mangote para evitar entrada de ar, que será prejudicial ao funcionamento ( a entrada de ar não permite a aspiração); 3. Fazer a escorva caso seja necessário; 4. Colocar uma proteção entre a bomba e o barco para evitar que as trepidações da bomba danifiquem o barco; 5. Fixar o magote de forma que este não aspire detritos; 6. Providenciar para que o material utilizado esteja em boas condições e em mão. 7. Após a execução dos trabalhos não deixar de lavar todo o material utilizado, evitando a corrosão do mesmo.

4.4 - ESTABELECIMENTO EM HIDRANTE DE COLUNA Este estabelecimento é feito pelo bombeiro “operador de hidrante”, da seguinte maneira: 1. Verifica se o hidrante está bem fixado à rede de abastecimento; 2. Retira o tampão do hidrante; 3. Abre o registro para dar descarga no hidrante, retirando a areia e outros detritos, até que a água deixe de sair ferruginosa; 4. Feche o registro; 5. Atarraxar o mangote na tomada d’água do hidrante, verificando se ficou bem vedado; 7. Atarraxar a outra extremidade do mangote na boca de admissão da bomba e abre totalmente o registro do hidrante.

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4.5 - ESTABELECIMENTO EM HIDRANTE DE FACHADA Esta operação é feita para utilização da rede fixa de preventivo contra incêndio das edificações, no que diz respeito à reserva técnica de incêndio. Entretanto, muitas vezes, o Corpo de Bombeiros utiliza uma quantidade d’água superior ao previsto na RTI. Assim, para que se evite um prejuízo maior ao condomínio do prédio (uma vez que foi extrapolada a cota de utilização, cabendo a ele arcar com as despesas do consumo de água, em geral), recomenda-se que o operador de hidrante faça com que o Comandante do Socorro anote, em seu quesito de incêndio, a quantidade aproximada de água, através do intervalo de tempo para que a Corporação se resguarde de qualquer problema e o condomínio tenha possibilidade de requerer junto à Companhia de águas, o abatimento daquele consumo extra. A seguir, é descrito o procedimento visto que o “operador de hidrante” deve executar, na ação de abastecimento da viatura, utilizando-se da rede preventiva: 1. Verificar se a rede preventiva está em funcionamento, abrindo-se o Registro do Hidrante de Fachada o que fará com que o fecho situado na sua boca de expulsão sofra um deslocamento, fator que possibilitará a descarga da rede; 2. Após fechar o registro, será procedida a adaptação do material a ser utilizado para o abastecimento, de acordo com as especificações (diâmetro e rosqueamento) da rede preventiva. 3. Feita adaptação, levará a outra extremidade da ligação até a boca de admissão da viatura; 4. Finalmente deverá ser aberto o registro para que o abastecimento se concretize. OBSERVAÇÕES: a) Caso a rede preventiva seja formada por encanamentos de 1”, deverá o empregado de hidrante providenciar outras fontes para que o abastecimento seja satisfatório. b) Normalmente serão utilizados os seguintes materiais: Adaptações (geral), saca-tampão, gancho, colher de pedreiro, chave de mangueira, mangueira de 2 ½”; c) No caso em que o registro do hidrante de fachada não se encontre em condições de uso, deverá ser utilizado o preventivo situado no 1º andar da edificação, devendo ser anotada tal situação; d) No caso em que, .ao ser executado corretamente o procedimento para a descarga e verificando-se a falta de água, deverá o executor na companhia do zelador, subir até a casa de bombas para verificar se o registro geral está ou não fechado. 5 - PROCEDIMENTOS PARA BOMBAS REBOQUE E PORTÁTEIS 5.1 – BOMBA ZUPPAN A EXPLOSÃO SOB RODAS 1. Verificar óleo do motor (completar); 2. Verificar combustível (completar); 3. Colocando ralo com válvula de retenção no mangote, caso seja em poço ou cisternas ou conectar o mangote em hidrante de coluna ou preventivo fixo. 4. Adaptar e ajustar o mangote na boca de admissão da bomba (verifique a vedação); 5. Ligar a Bomba (antes verificar a aceleração), apertando o botão de ignição; 6. Abrir válvula borboleta da tubulação de escorva (mantendo as válvulas de expulsões fechadas); 7. Forçando a alavanca da escorva para baixo e verificar o manômetro e o ladrão (feito isto libere o corpo de bomba levantando a alavanca de engrenagem, desengrenando). 8. Escorva Pronta 9. Feche a válvula borboleta e abra o registro da boca de expulsão que irá utilizar.

OBSERVAÇÃO: Ao termino das operações, desligue a bomba e desconecte os materiais. Faça a manutenção do material, guarde em seu local.

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5.2 – MOTO BOMBA ESCORVANTE (PORTÁTIL) 1. Verificar óleo do motor (completar); 2. Verificar combustível (completar); 3. Colocar o mangote no ponto de captação; 4. Conectar o mangote na boca de admissão da bomba; 5. Conectar mangueiras na boca de expulsão; 6. Retirar a tampa do reservatório do corpo de bomba e encher com água; 7. Colocar a tampa do reservatório; 8. Abrir válvula do combustível; 9. Verificar aceleração; 10. Ajustar afogador; 11. Ligar a bomba; (on) 12. Puxar a corda do rotor até que pegue; 13. Acelerar e aguardar a escorva automática. OBSERVAÇÃO: Ao término das operações, fechar a válvula do combustível deixando queimar até a bomba morrer. Em seguida desligar a mesma (off), retirando o mangote da ligação e mangueiras, retirando e abrindo a válvula de escoamento do reservatório, e deixar toda a água escorrer, a seguir recoloque a tampa. Faça a manutenção preventiva do material. 5.3 – MOTO BOMBA SUBMERSÍVEL COM MANGOTE E CENTRÍFUGA 1. Verificar óleo do motor (completar); 2. Verificar combustível (completar); 3. Colocar a bomba no ponto ou fonte de captação, lembrar que a mangueira de 2 ½” já fica adaptada na boca de expulsão da bomba; 4. Abrir válvula do combustível; 5. Verificar aceleração; 6. Ajustar afogador; 7. Ligar a bomba; (on) 8. Puxar a corda do rotor até que pegue; 9. Acelerar e aguardar a escorva automática.

OBSERVAÇÃO: Ao término das operações, fechar a válvula do combustível deixando queimar até a bomba morrer. Em seguida desligue a mesma (off), retirando as mangueiras da ligação, retirando o eixo e a centrífuga do fundo do ponto de captação, e deixar toda a água escorrer do material. Faça a manutenção preventiva do material.

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UNIDADE V 1- CORRIDA DE ÁREA 1.1 - OBJETIVO Localizar e cadastrar dados, nas áreas operacionais das diversas OBM, de forma prévia, a fim de que, possam embasar o plano de operações nas emergências e em outras situações as operações de Bombeiro Militar. 1.2 - MATERIAIS a) Na corrida de área os BM deverão ter em mãos: - Prancheta; - Caneta e/ou lápis; e - Formulários de Cadastramento de Logradouros b) Também deverão dispor de material operacional para proceder a manutenção e os testes nos hidrantes de coluna: - Colher de Pedreiro; - Chave de Disco; - Chave de Coluna; - Graxa; - Guia de Ruas - Luvas; - Mapa; - Metro; -Tinta; e -Trincha. 1.3 - AÇÕES Durante a corrida de área, a patrulha de reconhecimento deverá verificar, anotar e proceder as seguintes ações: a) Localização de hidrantes; b) Necessidade de implantação de hidrantes; c) Características geográficas e estruturais do local; d) Recursos hídricos disponíveis; e) Itinerário principal e alternativo; f ) Teste de descarga em hidrante de recalque; g) Manutenção de 1º escalão; e h) Pontos críticos detectados. 1.4 - RELATÓRIO DIÁRIO O relatório diário, que consiste no Formulário de Logradouro, deverá ser preenchido por cada patrulha de reconhecimento, que deverá percorrer a área nos dias, respectivos. A coletânea dos formulários preenchidos ao longo de cada trimestre será consolidada com a confecção do Relatório de Corrida de Área (RCA), a ser preenchido conforme modelo anexo. Aplicativo e modelo de formulário.

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UNIDADE VI 1 – LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 1.1 - MANUTENÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE HIDRANTE Decreto nº 553 de 16 de janeiro de 1976 – DOERJ de 19 de janeiro de 1976. “Art. 3º - Compete, privativamente, à Companhia Estadual de Água e Esgoto – CEDAE, operar, manter e executar reparos e modificações nas canalizações e instalações dos serviços públicos de água e esgoto sanitário, bem como fazer obras e serviços necessários a sua ampliação e melhoria, na área de sua jurisdição.” “Art. 11 – Os agentes habilitados do Corpo de Bombeiros, poderão, em caso de incêndio, operar os registros e hidrantes da rede distribuidora. § 1º - O Corpo de Bombeiros comunicará, obrigatoriamente à CEDAE, em 24 (vinte e quatro) horas, as operações efetuadas nos termos deste artigo. § 2º - A CEDAE, de acordo com o Corpo de Bombeiros dotará os logradouros públicos, que dispõem de rede distribuidora de CEDAE, dos hidrantes necessários.”

COSCIP, Decreto 897 de 21 de setembro de 1976. “Art. 23 – Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e mantém o sistema de abastecimento d’água da localidade. Parágrafo único – O Corpo de Bombeiros, através de suas Seções e Subseções de Hidrantes, fará anualmente, junto a cada órgão de que trata este artigo, a provisão dos hidrantes a serem instalados no ano seguinte.” 2 - LISTAGEM DE ATIVIDADES INERENTES AOS MILITARES DA QBMP/9 - HIDRANTE 2.1 - Soldado BM 2.1.1 - Funções internas à OBM: a) Manusear as fichas de logradouros com os dados técnicos; b) Realizar diariamente a conferência de material e preencher relatório de alterações; c) Preencher o relatório de alterações de abastecimento; d) Manter organizados os arquivos com as fichas de logradouros e dados técnicos de abastecimento; e) Datilografar partes, ofícios e documentos oficiais relativos à SS. Hidrante; f ) Executar a manutenção e a limpeza dos materiais de abastecimento; g) Manusear as fichas de controle e revisão de materiais operacionais e administrativos.

2.1.2 - Funções externas à OBM: a) Identificar os logradouros públicos de sua área de atuação; b) Indicar o melhor itinerário até o local de evento; c) Executar o serviço de manutenção de 1º escalão em H.C.; d) Operar a bomba portátil; e) Providenciar água para suprir a continuidade do combate ao incêndio; f ) Identificar o estado de funcionamento dos Hidrantes de recalque das conciliações preventivas prediais; g) Identificar e anotar as alterações encontradas nos hidrantes urbanos; i) Estabelecer a bomba no mar, rios e outras fontes de água alternativas. 18


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2.2 - Cabo BM 2.2.1 - Funções internas à OBM: a) Entrar diariamente em contato com o DAE de sua área para confecção do Boletim D’água; b) Fazer croquis de logradouros; c) Realizar o cadastramento das Empresas Transportadoras de águas da sua área de atuação; d) Cadastrar cisternas e piscinas por suas características de atuação; e) Confeccionar estatísticas de manutenção de Hidrantes de Coluna; f ) Preencher as Ordens de Serviços (O.S.) de acordo com a orientação de seu Chefe; 2.2.2 - Funções externas à OBM: a) Localizar as cisternas e piscinas com suas características a utilização; b) Executar a manutenção de 2º Escalão em Hidrantes de Coluna; c) Executar as manobras de abastecimento em que são utilizadas duas ou mais fontes simultaneamente; d) Zelar pela boa apresentação e aplicabilidade dos materiais necessários utilizados em locais de incêndio; e) Fazer a conferência dos materiais utilizados. 3 - Função de Sargento BM 3.3.1 - Funções internas à OBM: a) Identificar e cadastrar itinerários alternativos para a chegada do socorro nos logradouros em estudo; b) Fiscalizar e corrigir as anotações dos relatórios diários confeccionados pela patrulha de reconhecimento; c) Assinalar nas cartas e mapas, os pontos críticos e recursos hidráulicos de sua área; d) Monitorar as instruções teóricas e práticas que incentivem a criatividade, memorização e a reciclagem da tropa; e) Desenvolver o cronograma de trabalho através das Ordens de Serviço (O.S).; f ) Controlar a movimentação do material carga da Subseção de Hidrante; g) Controlar a movimentação do material operacional e peças de reposição em uso pela equipe de manutenção; h) Fornecer todos os subsídios necessários para a confecção do aditamento trimestral; i) Manter em dia a documentação referente à Ss Hid.; j) Preencher o RMCA, sob orientação do Chefe da Ss Hid.; l) Relacionar pessoal e equipar viatura para execução das O.S.; m) Cientificar, por escrito, o recolhimento de Hidrantes de Coluna. e materiais cedidos pela CEDAE; n) Zelar pela apresentação e disciplina de seus subordinados; o) Atualizar, continuamente, o mapa de materiais, preenchendo fichas e confeccionando cautelas; p) Zelar pela limpeza e segurança da Ss Hid.; q) Repassar ao pessoal de serviço as informações obtidas pelo Boletim d’água. 3.3.2 - Funções externas à OBM: a) Fiscalizar as manutenções de 1º, 2º e 3º escalões de Hidrante de Coluna; b) Chefiar e orientar os trabalhos da patrulha de reconhecimento e da equipe de manutenção; c) Identificar os diversos pontos críticos e respectivas características previstas, d) Identificar e localizar as principais fontes de captação d’água de sua área operacional; e) Dar ciência ao Comandante do Socorro das manobras executadas pela equipe da CEDAE; f ) Organizar e orientar a chegada de viaturas transportadoras de água, com a finalidade de otimizar suas participações; g) Identificar e localizar as principais tubulações integrantes do sistema de abastecimento público de sua área operacional;

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4 - Função de Sargento Aperfeiçoado e Sub-Tenente 4.1 - Funções internas: a) Manter contatos com o DETRAN sobre Direção e condições de trânsito de logradouros de sua área; b) Elaborar croquis de pontos críticos, dando maior destaque aos sistemas preventivos; c) Substituir, eventualmente, o Chefe da Subseção de Hidrante; d) Executar os planos de atuação de desabastecimento generalizado em sua área. 4.2 - Funções externas: a) Fazer levantamento das necessidades para implantação de Hidrante de Coluna em sua área de ação; b) Percorrer os DAE, reservatórios, bombas elevatórias a fim de atualizar os dados de abastecimento de sua área; c) Assessorar o Comandante do Socorro, no que tange ao suprimento de água no local do incêndio e no contato com os órgãos de apoio para o mesmo fim.

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UNIDADE VII 1- APLICATIVO GTSAI O aplicativo GTSAI consiste num banco de dados criado através do Access 97 (.mdb), destinado a armazenar as informações advindas da Corrida de Área, objetivando uma visão rápida dos pontos críticos e recursos hídricos de um logradouro que quando bem cadastrado possibilita um implemento de eficiência nos socorros prestados a incêndios de um modo geral, uma vez que a guarnição já partirá da OBM ciente de todos os detalhes do logradouro sinistrado. Esta nova versão possui uma interface mais fácil e com menos botões tornando mais simples a operação de cadastro e contamos ainda, com um localizador que busca rapidamente todas as informações cadastradas no banco de dados relativo ao logradouro em questão. 2 - JANELA PRINCIPAL

Ativa o sistema de cadastro de logradouro Abre o cadastro de empresas de carros-pipa da OBM

Ativa o sistema de busca de logradouro

Exibe um modelo de formulário de C.A. para impressão.

Fecha o aplicativo e retorna para o Windows

Cria um novo banco de dados que deve ser nomeado como “RCA”.

Colhe as informações do seu banco de dados e envia para o novo criado, que posteriormente deve ser enviado ao GTSAI

3 – CADASTRO DE CORRIDA DE ÁREA Serão cadastrados os logradouros e características administrativas e de trânsito; os hidrantes, e as características dos estabelecimentos relevantes do logradouro identificando o endereço de pontos críticos e recursos hídricos.

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3.1 - LOGRADOURO Ao abrir a janela Logradouro o usuário poderá incluir ou até atualizar informações de seu novo Relatório de Corrida de Área (RCA) de um logradouro já cadastrado, usando os botões do rodapé da tela.

Informa como preencher o campo.

Passa para a tela de cadastro de hidrantes. Veja observações.

Informa como preencher o campo. Localiza um registro existente para atualização.

Salva as atualizações feitas.

3.1.1 – COMO PREENCHER CADA CAMPO CÓDIGO: No campo código deverá ser preenchido com número que identifica a Unidade acrescida do número de ordem de cada registro a ser controlado pela própria OBM. Portanto o código da 10ª rua cadastrada do 5º GBM terá a seguinte aparência: 5 (Número da Unidade) GBM - 010 (Número de ordem do logradouro) = 5GBM-010 Tratando-se de um Destacamento, como por exemplo, 1º DBM do 5º GBM informações da 28ª rua terá o código com a seguinte aparência: DBM1/15 (Número da Unidade) - 028 (Número de ordem do logradouro)= DBM1/15-028 Em fim tratando-se de uma Unidade Especializada o código da 10ª rua cadastrada do GBS, por exemplo, terá a seguinte aparência: GBS (Nome da Unidade) - 010 (Número de ordem do logradouro) = GBS-010 TIPO: Deverá constar o tipo de logradouro. Exemplo: Rua, Avenida, Travessa, Beco, etc. NOME: Deverá constar o nome do logradouro, ou seja, o nome da rua. BAIRRO: Deverá constar o nome do bairro em que está localizado o logradouro.

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MUNICÍPIO: Deverá constar o nome do município. INÍCIO: Deverá constar o nome do logradouro que está localizado no início logradouro que está sendo cadastrado. FINAL: Deverá constar o nome do logradouro que está localizado no fim logradouro que está sendo cadastrado. RA: Deverá constar o nome da Região Administrativa em que está inserido o logradouro. DP: Deverá constar a Delegacia Policial responsável pela área em que está localizado o logradouro. DAE: Deverá constar o Distrito de Água e Esgoto responsável pela área em que está localizado o logradouro. OBM: Deverá constar a Organização Bombeiro Militar responsável pela área em que está localizado o logradouro. NOME DA OBM: Deverá constar o bairro onde se localiza a OBM responsável pela área em que está localizado o logradouro. ITINERÁRIO PRINCIPAL: Deverá constar detalhadamente o percurso mais rápido até o logradouro. ITINERÁRIO ALTERNATIVO: Deverá constar detalhadamente o percurso alternativo até o logradouro. CARACTERÍSTICA DE TRÂNSITO: Deveram constar todos os detalhes descritos no formulário de corrida de área, sem abster nenhum deles, pois eles são de extrema importância para o deslocamento do socorro para o local e o seu estabelecimento. 3.2 - HIDRANTES Aqui serão colocadas as informações dos hidrantes de coluna ou subterrâneos, localizados num determinado logradouro. Abre um novo campo de preenchimento.

Salva as atualizações que possam ser feitas.

Localiza um registro existente para atualização.

Passa para a tela de cadastro de Pontos Críticos e Recursos Hídricos.

3.2.1 – COMO PREENCHER CADA CAMPO CÓDIGO: No campo código deverá ser preenchido com o mesmo código registrado no logradouro. Se este procedimento não for feito, o registro não será indexado ao logradouro correto e isso comprometerá todo o sistema de informação já cadastrado.

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TIPO DE HIDRANTE: Deverá constar o tipo de hidrante cadastrado. Exemplos: coluna, subterrâneo. ENDEREÇO: Deverá constar o endereço completo do local ao qual o hidrante está instalado. VAZÃO: Deverá constar a vazão do hidrante. SITUAÇÃO DE HIDRANTE: Deverá constar uma descrição do estado em que está o hidrante. Caso esteja ele inoperante relatar o motivo. 3.3 - ENDEREÇOS DE PONTOS CRÍTICOS E RECURSOS HÍDRICOS Aqui serão colocadas as informações dos de pontos críticos e recursos hídricos de acordo com o RCA.

Salva as atualizações que possam ser feitas.

Fecha o sistema de cadastro e retorna a tela inicial.

Abre um novo campo de preenchimento.

Localiza um registro existente para atualização.

Passa para a tela de cadastro de logradouros

3.3.1 – COMO PREENCHER CADA CAMPO CÓDIGO: No campo código deverá ser preenchido com o mesmo código registrado no logradouro. Se este procedimento não for feito, o registro não será indexado ao logradouro correto e isso comprometerá todo o sistema de informação já cadastrado. ENDEREÇO: Deverá constar o endereço completo do local ao qual o hidrante está instalado. CARACTERÍSTICAS: Deveram constar todos os detalhes descritos no formulário de corrida de área, sem abster nenhum deles, pois eles são de extrema importância para o reconhecimento do estabelecimento relatado no endereço.

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4 - CADASTRO DE CARROS-PIPA Serão cadastradas as empresas de carros-pipas de empresas públicas ou privadas existentes na área da OBM. Para um rápido acionamento caso se faça necessário.

Exclui um registro que possa estar obsoleto.

Exibe um relatório que pode ser impresso.

Fecha o sistema de cadastro.

Abre um novo campo de preenchimento.

Localiza um registro existente para atualização.

Salva as atualizações que possam ser feitas.

4.1 – COMO PREENCHER CADA CAMPO OBM: Deverá constar a Organização Bombeiro Militar responsável pela área em que esta localizada a empresa de abastecimento. EMPRESA: Deverá constar o nome da empresa de carros-pipa. ENDEREÇO: Deverá constar o endereço completo da empresa. TELEFONE: Deverá constar o DDD e o telefone da empresa.

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5 - LOCALIZAR LOGRADOUROS Ao abrir a janela localizar logradouros o usuário poderá fazer consultas localizando um determinado logradouro e imprimir relatórios de logradouros e dos endereços cadastrados com suas características.

Código do logradouro localizado. Logradouro procurado. Exibe um relatório que pode ser impresso.

Fecha o sistema de cadastro.

Para executar a busca de um logradouro basta digitar no campo “DIGITE O NOME” o logradouro a ser localizado e instantaneamente aparecerão todas as características na tela abaixo. Também aparecerá na caixa de texto uma relação de outras possíveis ruas. 5.1 – COMO VISUALIZAR OS RELATÓRIOS Para visualizar os relatórios é necessário preencher o código do logradouro que será solicitado. O código aparecerá à esquerda da rua localizada e deve ser digitado conforme o disposto abaixo.

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Apostila QBMP/9 – Hidrante – GTSAI /CBMERJ

6 - FORMULÁRIO DE CORRIDA DE ÁREA Esta função permitirá uma impressão de um Formulário sintetizado de Corrida de Área para logradouros a serem percorridos.

7 - ENVIANDO RCA AO GTSAI Através desta ferramenta, que aparece na tela inicial do Aplicativo GTSAI, você poderá gravar todas as informações digitadas e remetê-las através da internet ou disquete, devendo para tanto antes de fazer as cópias, criar um banco de dados vazio de nome RCA.mdb na unidade C:\GTSAI. Seguem abaixo todos os procedimentos para a realização:

Passo 1

Passo 2

7.1 – PASSO 1 Micro com Access 2.0, 97, 2000 ou XP. Criar banco de dados com o nome RCA na unidade C:\GTSAI • • • • •

Iniciar / programas / Access Arquivo / novo banco de dados Nome do arquivo: RCA.mdb, unidade de disco: C:\GTSAI OK Arquivo / sair

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Apostila QBMP/9 – Hidrante – GTSAI /CBMERJ

7.2 – PASSO 2 • • •

Abrir o Aplicativo GTSAI.mdb Clicar em Enviar RCA Responder OK para todas perguntas.

Cópia das informações para o programa o GTSAI. • • • •

Inserir o disquete no driver e abrir a unidade A: Abrir RCA.mdb. Clicar no botão: Anexar dados em C:/GTSAI/GTSAI.MDB. Responder OK para todas as perguntas.

8 - SAIR DO PROGRAMA Através deste botão, que aparece na tela inicial do aplicativo GTSAI, você poderá após concluir suas ações, sair do aplicativo. OBSERVAÇÕES: 1. O botão próximo deverá ser acionado sempre em que se preencher por completo uma página. 2. Para a locomoção entre os campos pode-se usar a tecla “tab” do teclado. 3. Todos os registros devem ser feitos com o máximo de cuidado, pois uma informação errada pode mudar toda a característica de um logradouro. 4. As informações de como preencher cada campo estão em caixas de texto, na barra de status e nesta apostila. 5. Todas as dúvidas, sugestões e observações devem ser reportadas ao GTSAI.

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