APOSTILA DE BOMBAS

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OBJETIVO DESTA APOSTILA Esta apostila destina-se a dar noções de teoria geral, características, operação, manobras, emprego, manutenção e testes de bombas de combate a incêndio aos condutores e operadores do CBMDF.

- Conceito de Bombas: são dispositivos usados para impulsionar líquidos, desde um estado de baixa pressão estática a outro de maior pressão estática; isto pode ser conseguido das seguintes maneiras: a)fazendo atuar urna força sobre o líquido, através de um pistão de movimento alternado ou rotativo; b)pela transmissão de trabalho mecânico ao líquido, através de alertas giratórias.

TERMINOLOGIA DE BOMBAS 1. Impulsor - é o dispositivo da bomba centrífuga que se movimenta, a fim de impelir a água.


a) Essencialmente, o impulsor consiste de dois discos separados por palhetas curvadas, as quais forçam a água girar em torno deles, de modo que seja lançada para fora, em alta velocidade, pela ação da força centrífuga, ou seja, a força exercida do centro para a periferia.

2. Estágios - representam a quantidade de impulsores numa bomba centrifuga, os quais são usados em série, isto é, um em seguida ao outro; cada impulsor desenvolve parte da pressão total da bomba.


3.Válvula de transferência - é uma válvula que muda a operação da bomba, conforme sua posição em “volume” ou em “pressão”, a bomba de estágio único não a possui. a) Com a válvula de transferência posicionada em “volume”, cada um dos impulsores atua como urna bomba de estágio único, trabalhando em paralelo ou lado a lado. I - Cada impulsor recebe água pela introdução e expulsa-a pela expedição da bomba. II - Portanto, em paralelo, os impulsores da bomba debitam grande volume de água. b) Com a válvula de transferência posicionada em “pressão” os impulsores atuam em série, ou seja, a descarga de um impulsor é lançada na introdução de outro, conseqüentemente dobrando a pressão. c) A válvula de transferência é ligada a vários modelos de bomba, por um dos processos seguintes: I - haste: quando puxada, a bomba funcionará em série e, quando empurrada, a bomba funcionará em paralelo;

II - volante: quando girado no sentido anti-horário, a bomba funcionará em paralelo; no sentido horário, em série. 4. Válvula de alívio - é uma válvula automática, para manter a rotação do motor e estabilizar a pressão da bomba quando a válvula descarga (expedição) ou esguicho for fechado. a) A válvula de alivio estabiliza a pressão pela devolução do fluxo de descarga para a introdução da bomba. b)Para que a válvula de alívio mantenha estabilizada a pressão de trabalho, um outro


dispositivo ajustável manualmente é acionado à pressão desejada; este dispositivo denominase “controle da válvula de alívio”.

5. Válvula de paragem - nas bombas de dois estágios há válvulas de paragem do fluxo d’água, em balanço, na passagem da sucção do segundo estágio.

a. As válvulas de paragem estão localizadas, uma em cada lado da bomba, entre o tubo de sucção e o corpo de bomba. b. Estas válvulas de paragem, em balanço, abrem-se automaticamente quando a bomba trabalha em paralelo (em volume), e se fecham quando a bomba trabalha em série (em pressão).

6. Caixa de transferência

- contém uma engrenagem destinada ao impulsionamento de bomba, mediante o aproveitamento da força motriz da viatura a qual lhe é transferida, pelo deslocamento de uma alavanca sincronizada com a engrenagem de

deslizamento, na caixa de câmbio da viatura.

7.Escorvamento - é a operação que retira o ar contido no interior da bomba


principal e mangote de sucção, produzindo assim o vácuo. a) Isto permite à p permite à pressão atmosférica atuar sobre a superfície do manancial de água e empurrá-la ao mangote de sucção e bomba principal.

8. Bomba de escorvamento

- é uma bomba auxiliar que produz o vácuo

necessário à escorva da bomba principal.

9. Válvula de escorva - é urna válvula tipo gatilho, a qual aciona um registro localizado entre a bomba de escorvamento e a bomba principal; permanece sempre fechada, exceto quando é feito o escorvamento.

10. Manômetro - é geralmente graduado em libras por polegada (psi) ou quilograma força por centímetro quadrado (kgf/cm2).


a) É conectado ao tubo de expedição para indicar a pressão de descarga da bomba. b)Denomina-se manômetro composto ou manovacuômetro quando há graduação de pressão em psi ou kgf/cm2 e vácuo em polegadas de mercúrio (pol/Hg) ou milímetro de mercúrio (mm/Hg). c) O manovacuômetro é conectado no tubo de introdução da bomba para indicar o vácuo quando feita a sucção de água em manancial situado em nível inferior à bomba ou, a pressão de descarga do hidrante que alimenta a bomba.

TEORIA GERAL DE BOMBAS Principio de funcionamento das bombas

l)a altura que a bomba pode fazer a sucção de um manancial situado em nível inferior ao dela é determinada pela pressão atmosférica. a) A pressão atmosférica é o peso da camada de ar que envolve a terra sobre um centímetro quadrado ou uma polegada quadrada de superfície igual, respectivamente, a 1 kgf/cm2 ou 14,7 psi (pounds for square incich-libras por polegada quadrada) ao nível do mar. Obs: 1 kgf/cm2 = 1 atm = 1bar = 14,7 psi ou lbs = 10 m.c.a = 760 mm/Hg. b) para cada 300 metros de elevação tendo como referência o nível do mar, o peso da atmosfera diminui aproximadamente 0,04 kgf/cm2 (0,5 psi); portanto, ao nível do mar, a água pode ser succionada a uma altura superior às regiões montanhosas. A cada 300 metros de altitude a pressão atmosférica diminui em 0,04 atm 0,5 psi Obs: Brasília está a 1.200 metros de altitude em relação ao nível do mar, motivo pelo qual, as bombas de escorva só arrastam água a um desnível de 6 metros, em relação a viatura. c) A pressão atmosférica é a força que eleva a água para a bomba, a qual produz vácuo em seu interior e, posteriormente adiciona a pressão necessária d) A bomba não eleva a água e sim cria uma diferença entre a pressão interna da canalização e a pressão atmosférica, pressão esta que determina a altura que a água será elevada no mangote de sucção. e)O peso de um metro de coluna d’água é igual a 0,1 kgf/cm2 e de 10 metros é igual a 1 kgf/cm2. f) A pressão atmosférica ao nível do mar é igual a 1 kgf/cm2; portanto, caso a bomba tenha uma escorva perfeita ela elevará a água a 10 metros de um nível inferior a ela.

BOMBA CENTRÍFUGA Como o nome indica, a bomba. Centrífuga opera pelo principio da força que tende a impelir um objeto para fora do centro de rotação, ou seja, a força centrífuga,o elemento girante no interior da carcaça de uma bomba centrífuga transfere o movimento de rotação


para a massa de água

contida na carcaça; desta forma a água é forçada para fora da carcaça através da abertura de saída, devido a força centrífuga. A diferença de pressão criada, em consequência possibilita a pressão atmosférica a forçar mais água. Para dentro da carcaça através da abertura de entrada. Este processo continua enquanto perdurar o movimento do rotor. E enquanto for possível a alimentação de água. Na bomba centrífuga, as palhetas ou impulsores girando no interior de uma carcaça estanque puxam o líquido para dentro, através da abertura central de entrada, e por meio da força centrífuga o líquido é atirado para fora através da abertura de saída localizada na periferia da carcaça. A maioria das bombas usadas nas modernas viaturas Auto Bomba é do tipo centrífuga. Isto se deve a sua simplicidade de construção e flexibilidade no uso. - A bomba centrífuga tem a capacidade de cumular sua pressão com a pressão da água que lhe é fornecida, Exemplo: supondo que uma pressão de 10,5 Kgf/cm2 (150 psi) seja necessária para uma linha de mangueira na frente de combate a incêndio e, o hidrante a ser usado tenha um fluxo de água com 3,5 Kgf/cm2 (50 psi); a bomba aproveitará estes 3,5 Kgf/cm2 de pressão no hidrante e somente precisará desenvolver a diferença em pressão, ou seja, 7,0 Kgf/cm2.

A bomba centrífuga compõe-se de: 1. Uma carcaça fixa em formato de voluto (espiral) tendo abertura central para admissão e saída tangencial. 2. Um rotor (impelidor ou impulsor), móvel, dotado de palhetas, que em geral ficam protegidas por dois discos (rotor fechado), O rotor é a parte móvel da bomba. 3. Um eixo de transmissão que recebe potência de um motor auxiliar.


As palhetas das bombas centrífugas possuem curvaturas dirigidas em sentido contrário ao da rotação.

As bombas centrífugas podem ser de estágio simples ou de múltiplos estágios: a) A bomba centrifuga de um estágio(simples) consiste de impulsor, eixo do impulsor e corpo da bomba I - A água penetra na bomba pelo centro do impulsor e, é arremessada contra a face interna da carcaça da bomba pela rápida rotação do impulsor, daí, a água é conduzida ao tubo de descarga II - Desde que a bomba centrífuga tenha capacidade de cumular a pressão da água fornecida, é possível operar várias bombas centrífugas em série, bombeando água da expedição da uma para a introdução da outra aumentando-se rapidamente, a pressão da última bomba da série, sem exigir maior rotação dos impulsores b) As bombas de incêndio são construídas de tal forma que duas ou três unidades de um estágio são conectadas no mesmo corpo de bomba, formando uma bomba de múltiplos estágios. I - A bomba de incêndio mais comum é a de dois estágios. II - Nas bombas de múltiplos estágios há possibilidade de operação tanto em série como em paralelo (bomba do ABT Scania). 1.Quando a bomba de dois estágios é operada em paralelo(volume) cada impulsor recebe água ao mesmo tempo da sua sucção e descarrega-a no mesmo tubo de expedição O resultado é a combinação da capacidade do dois impulsores. Nas operações em série(pressão) a descarga do primeiro impulsor é desviada para a introdução do segundo. 2. A mudança de operação de paralelo para série é feita pela movimentação da válvula de


transferência, que quando acionada muda a posição das válvulas (V1) localizada na expedição do impulsor A e da válvula (V2) localizada no tubo de introdução do impulsor B.

TIPOS DE ROTORES: Podem ser; abertos, semi-abertos e fechados. 1. Os abertos são apropriados para bombear líquidos com impurezas. 2. Os semi-abertos são próprios para bombear líquidos contendo materiais fibrosos e alguns sólidos. 3. Fechados são mais comuns próprios para bombear líquidos com poucas ou nenhuma impurezas.

BOMBA DE ESCORVAMENTO Como já falamos anteriormente, escorvamento é a operação de retirada do ar contido no interior da bomba principal e seu mangote, produzindo assim um vácuo. Para que isto seja realizado, faz-se necessário uma bomba de escorvamento (bomba auxiliar), pois as bombas centrífugas dependem da rotação dos impulsores para pressurizar a água e, não têm a capacidade de extrair o ar por si só; portanto, não são de deslocamento positivo e devem ser dotadas de uma bomba de escorva para succionar água. O sistema de escorva de uma bomba centrifuga pode ser: 1. Sistema de escorva por meio de bomba de deslocamento positivo - Realizado por bomba rotativa de engrenagem e bomba de palhetas 2. Sistema de escorva por meio de vácuo - Utiliza o vácuo no tubo de admissão do motor, para reduzir a pressão interna no corpo da bomba; é nada mais que um tubo ligado entre o corpo da bomba e o tubo de admissão do motor, com uma válvula de paragem entre ambos; para prevenir que a entrada de água no motor, um pequeno tanque de segurança é instalado junto a válvula de paragem. 3. Sistema de escorva por desvio de gases - É um dispositivo que canaliza os gases da combustão do motor através de uni “Venturi”(tubo com umi estrangulamento cilíndrico ao centro, do qual deriva outro tubo de pequeno diâmetro), construído numa câmara de ejeção. O tubo Venturi é ligado a bomba por um cano curto e de pequeno diâmetro, como os gases da combustão são forçados através do Venturi, há produção de vácuo parcial na câmara de ejeção, o que provoca o arrastamento do ar do interior da bomba e, conseqüentemente a redução da pressão interna do corpo da bomba.

VÁLVULA DE ESCORVA A. A válvula de escorva é montada entre a bomba de escorvamento e a bomba principal e permanece sempre fechada, exceto quando a bomba principal está sendo escorvada.


B. A finalidade da válvula de escorva é prevenir que a água alcance a bomba de escorvamento, enquanto a bomba principal está sendo operada. C. A válvula de escorva é necessária em todas as bombas centrifugas, independente do tipo de escorva usado. D. Na maioria das bombas, a válvula de escorva é operada manualmente, entretanto alguns tipos de bombas com sistema de escorva elas são combinadas. E. As bombas de escorva do tipo rotativa são lubrificadas com óleo de viscosidade média (SAE 30). I - Isto é possível pela instalação de um tubo entre o reservatório e a introdução da bomba de escorva. II - O fluxo de óleo é controlado por uma válvula no tubo, a qual permite que uma adequada quantidade de óleo alcance a bomba de escorva. III - Um pequeno orifício é feito na região superior do tubo para eliminar o sifão originado no sistema, enquanto está sendo operado. A figura abaixo ilustra o sistema automático de lubrificação para bomba de escorva.

TRABALHO DAS BOMBAS 1.As mangueiras são geralmente fabricadas em lances de 15 metros, porém, para os cálculos de pressão, torna-se por base lances de 30 metros. 2.As bombas de incêndio são projetadas para quando se necessitar de pressões maiores do que a bomba é capaz de fornecer, esse aumento de pressão possa ser obtido pela redução no volume de água bombeada. 3. Em síntese, o funcionamento de uma bomba de incêndio exige que se aumentando a pressão, se diminua o volume e vice-versa. 4. Isto pode ser facilmente entendido pelo fato de que uma determinada pressão equivale ao trabalho necessário para elevar um certo volume de água a uma desejada altura. Ex.: a elevação de um litro de água a dois metros, representa o dobro do trabalho necessário para elevar um litro de água a um metro, por outro lado, elevar dois litros de água a um metro equivale a elevar um litro a dois metros. 5. Muitas bombas de incêndio são construídas, com dois estágios: um descarrega o máximo de água à pressão normal (paralelo); o outro bombeia menor volume de água à pressão mais elevada(série). a. O operador deve saber qual o estágio a ser usado, para obter o resultado desejado, conforme a situação. b. E responsabilidade do operador da bomba suprir adequadamente as linhas de mangueiras em operação; logicamente, ele deve ser orientado pelo CMT do socorro, porém, na prática tal missão é atribuição isolada do operador da bomba, ou seja, o motorista da auto bomba. 6. Em muitas situações as operações de bombeamento exigem a utilização simultânea de diversas fontes de abastecimento dentro de sua área de trabalho. a. Deve-se saber, aproximadamente, a quantidade de água disponível em cada fonte, os mangotes e acessórios necessários, bem como todos os tipos de hidrantes


(subterrâneo ou de coluna), inclusive a quantidade de expedições. b.Outra fase do operador se relaciona com o controle da pressão da bomba. I - O movimento da água no interior da mangueira envolve uma energia muito grande. II - Quando a velocidade da água é subitamente reduzida, como no caso do fechamento rápido do esguicho, ocorrem elevações perigosas de pressão, as quais se não controladas adequadamente, podem causar o rompimento da mangueira, sérias avarias nas bombas ou incidentes à guarnição de incêndio, principalmente quando o homem estiver trabalhando em escada ou outro lugar em que o manejo da mangueira se torne mais difícil. III - Por essa razão as bombas normais possuem um dispositivo automático de segurança(válvula de retorno/alivio) que limita a elevação de pressão a 2 Kgf/cm2 (30 psi) acima daquela do trabalho estabelecido, quando as linhas são fechadas. IV - Os construtores de bombas empregam dois métodos para o controle automático de elevação de pressão: 1. através de uma válvula de retorno, instalada de maneira a controlar a pressão pela abertura de um desvio, quando ela exceder à estabelecida pelo operador. 2. através de um limitador de rotação do motor, que atua quando ocorre uma elevação brusca de pressão. V-A primeira obrigação do operador da bomba é certificar-se do funcionamento do controle automático de elevação de pressão, de maneira que ele esteja em condições e operar a qualquer tempo e regulado à pressão adequada tão logo a bomba seja colocada em funcionamento.

CAVITACÃO É a formação de bolhas de vapor d’água em uma canalização de baixa pressão. Recomenda-se cuidados especiais na operação, principalmente quando se bombeia água contra grandes pressões (grandes alturas geométricas e/ou elevadas perdas de carga). Pode ocorrer que a bomba fique operando com rotação muito elevada para uma dada vazão, que didaticamente interpretamos: “a bomba está solicitando urna vazão na sucção superior à que é possível para aquela canalização”. Então a pressão começa a cair na entrada da bomba, podendo acarretar a cavitação. Tal fato pode ocorrer mesmo que a bomba esteja estabelecida em hidrante, no caso em que o mesmo não tenha pressão satisfatória. O operador deve então acompanhar e controlar o funcionamento da bomba, atentando para o ponto a partir do qual o aumento de rotação não é seguido de um aumento da. vazão, como também da pressão no manômetro. Este ponto indica risco de cavitação.

CONSEQÜÊNCIA DA CAVITACÃO A cavitação pode causar: 1. Vibrações e ruídos intensos, devidos ao colapso das bolhas de vapor, logo que elas


alcançam a zona de pressão alta no interior da bomba. 2. Erosão cavital, devido à desagregação das partículas metálicos, provocados pelo impacto e implosão das bolhas; 3. Violenta queda das características da bomba. Sob cavitação uma bomba tem reduzido sua vazão e altura manométrica e portanto seu rendimento. Como medida preventiva para evitar a cavitação deve-se adotar unia ou mais de urna das medidas abaixo: A. Diminuir, se possível, a altura de aspiração; B. Reduzir as perdas de carga na canalização de aspiração (utilizando tubos de maior diâmetro, e diminuindo o número de conecções); C. Reduzir a pressão para diminuir a vazão ou usar uma boca móvel ou esguicho com requinte menor para se conseguir unia vazão menor à mesma pressão. D. Acelerar gradativamente observando o tacômetro do motor e o manômetro de pressão. E. Estar sempre atento para possíveis entradas de ar nas conecções.

SISTEMA DE REFRIGERACÃO DO MOTOR (INTERCAMBIADOR DE CALOR) Outra função importante do operador é manter o motor a uma temperatura de trabalho adequada. Isto significa que o operador deve saber qual é essa temperatura e, como usar o sistema de resfriamento para mantê-la. Alguns fabricantes oferecem Auto Bombas com sistema de resfriamento, a fim de obter maior eficiência nos dias mais quentes e reduzir o perigo do superaquecimento do motor. O operador de bomba mediante a leitura do termômetro do motor deve usar a válvula de resfriamento auxiliar, de modo a manter a temperatura do motor dentro de uni limite apropriado. E muito importante que o motor que aciona a bomba seja mantido na temperatura correta de operação. Para a maioria dos motores está entre 70 e 82° C. Um motor desgastará aproximadamente cinco vezes mais, se operar na faixa de temperatura a 37° C do que se operar na faixa de 70° e 82° C. Por esta razão a válvula termostática permanece fechada, impedindo a circulação da água no motor até que a temperatura de operação seja alcançada. Alguns modelos de auto bombas são equipados somente com um sistema de refrigeração por extravasamento. Isto é meramente uma pequena linha ligada entre a expedição da bomba e o radiador do motor. A água fria é misturada com a água quente e o excesso escoa pelo ladrão do radiador. Com este sistema de refrigeração o operador deve tomar muito cuidado para não resfriar muito rapidamente um motor excessivamente quente o que resulta00000000rá ou poderia resultar num trincamento do bloco. Outro perigo é abrir a linha de refrigeração completamente, especialmente quando operar em altas pressões. Isto resulta em forçar mais a água no radiador do que a capacidade de vazão do ladrão, ocasionando a ruptura do radiador ou das mangueiras. A maioria dos auto-bombas são equipados com um intercambiador de calor. Com o intercambiador de calor, a bomba resfria adequadamente a água do sistema de arrefecimento do motor sem misturar-se com a mesma. O intercambiador de calor consiste de uma serpentina de tubo de cobre envolta em uma carcaça de metal. A água fria é forçada da expedição para serpentina, transferindo parte do calor para a água que circula na serpentina, e em seguida após a troca de calor a água


é eliminada pelo ladrão da serpentina, não havendo desta forma contato direto entre a água oriunda do sistema de refrigeração forçado e a água do radiador. Este sistema de refrigeração elimina os perigos encontrados quando o sistema de refrigeração por extravasamento é utilizado. Outra vantagem é evitar que a água com impurezas penetre no radiador. Ocasionando o seu entupimento ou das câmaras de refrigeração do motor.

DRENOS As bombas possuem registros denominados “drenos” para o esvaziamento da água acumulada nas conecções, no corpo de bomba e nas tubulaçôes. Algumas bombas têm um dreno mestre que se destina ao corpo de bomba e suas conecções, enquanto outras têm drenos individuais para cada ligação. O operador de bomba deve saber a localização de todos os drenos, qual a posição de fechamento e abertura e, qual a parte da bomba é esvaziada quando acionados.

Importante: Após a utilização da bomba em qualquer situação, deve-se abrir os drenos, a fim de que toda a água que se encontra no interior da bomba seja eliminada, evitando assim futuros vazamentos na carcaça da bomba e tubulações, vazamentos estes causados pela corrosão do metal devido ao esquecimento de água no interior da bomba,.

EMPREGO DAS BOMBAS Três fatores influenciam na seleção da bomba em determinado incêndio, tais como: o volume de água existente a ser movimentado; o tempo disponível para se obter água no esguicho; a criteriosa utilização da água, da capacidade da bomba e da quantidade de linhas disponíveis. O condutor e operador devem considerar os fatores acima citados quando arma o material para o combate a incêndio. - A reserva de um tanque, através do emprego do mangotinho, pode extinguir rapidamente o mesmo incêndio que, cinco minutos mais tarde, não será dominado com o dobro ou mais de água, quando se perde tempo armando mangueiras e fazendo-se sucção de um manancial. - Entretanto, face à reduzida quantidade de água do tanque do auto-bomba, é necessário completá-lo com abastecimento através de uma linha: a) b) c) d)

armada em hidrante; armada em auto-tanque; armada em bomba, portátil ou não, operando em sucção; e proveniente de reservatório elevado, com aproveitamento da força da gravidade. A escolha adequada do sistema de combate a incêndio depende da possibilidade de se localizar uma simples peça do equipamento no momento preciso, quanto da capacidade de ação dos componentes da guarnição e das condições de eficiência da viatura. Quanto ao operador pode ele adotar os seguintes esquemas:


1 aumentar linhas de mangotinhos ou mangueiras, usando água do tanque do auto-bomba; 2. recalcar água provinda de hidrante; e 3. operar em sucção. Quando se usa a água do tanque auto bomba para alimentar linhas de mangotinhos ou mangueiras, é aconselhável posicionar o auto bomba tão próximo ao sinistro quanto seja possível e, em posição tal que permita a rápida retirada, quando necessária. -Esta é uma forma de ataque rápido que, usualmente, produz bons resultados. -Sabendo-se que a reserva do tanque é limitada, previsão deve ser feita para suplementar essa reserva, antes que ela se esgote. Obviamente, a quantidade de água que uma bomba pode descarregar depende, basicamente, das linhas adutoras que a abastecem.

MANÔMETROS Uma bomba padrão tem dois manômetros principais - o de pressão e o composto. O manômetro de pressão é montado no tubo de descarga da bomba e marca a pressão desenvolvida pela bomba em psi, Kgf/cm2 ou m.c.a. A maioria são calibrados de 10 em 10 psi, Kgf/cm2 ou m.c.a e lidos de zero a 400 psi, 30 Kgf/cm2 ou 300 m.c.a O manômetro composto (manovacuômetro), é montado no tubo de admissão. Ele marca tanto vácuo como pressão. Quando operando com suprimento sob pressão, ele marca a pressão residual em psi, Kgf/cm2 ou m.c.a. No caso de sucção, ele acusa pressão negativa, ou o vácuo desenvolvido na sucção da bomba. De zero para baixo, no manovacuôrnetro, a leitura é feita em pol/Hg, mm/Hg ou cm/Hg, comumente chamamos de polegadas, milímetros ou centímetros de mercúrio de vácuo. Como sabemos uma polegada equivale a 2,5 cm, então, uma pol/Hg de vácuo e equivalente a 25 mm/Hg ou 2,5 cm/Hg de vácuo e são equivalentes a 0,34 m de coluna de água. Na prática, comumente consideramos uma polegada , 2.5 cm ou 25 mm de vácuo igual à 0,30 m.c.a. Uma leitura de 10 pol/Hg, 250 mm/Hg ou 25 cm/Hg no manômetro composto indicará uma altura negativa ou elevação de 3 metros, razão pela qual a graduação de vácuo no manovacuômetro é calibrada somente até 30 pol/Hg. 760 mm/Hg ou 76 cm/Hg. Desta forma, como dissemos anteriormente, se 1 polegada equivale a 0,34 m.c.a, então, 30 pol/Hg que é a graduação máxima do manovacuômetro, equivale a 10,20 metros de elevação, se conseguíssemos um vácuo perfeito( 30 x 0.34 = 10,20).

OPERAÇÃO EM SUCÇÃO


A operação em sucção consiste em expelir o ar do interior do corpo da bomba principal, dos mangotes. tubos de conexão e demais acessórios, estabelecendo um vácuo parcial. Na operação em sucção, a bomba se abastece de água provinda de reservatório situado abaixo do nivelem que. ela se encontra. E unicamente a pressão do ar exterior que faz chegar água à bomba e. nunca a potência desta última. 1. Quando se faz vácuo no interior do mangote e do corpo de bomba, resulta uma diferença de pressão entre o interior e o exterior. 2. Sendo a pressão atmosférica maior, faz com que a água se eleve pelo interior do mangote e alcance o corpo de bomba. 3. A altura que a água pode ser elevada é limitada pela capacidade da bomba em retirar o ar de seu interior. 4. A pressão atmosférica normal ao nível do mar é de 1Kgf/cm2, equivalente a 1(urna) atmosfera. 14,7 psi, 760mm/Hg ou 10 m.c.a (metros de coluna d’água e, diminue a medida que aumenta a altitude. 5. Assim, a diferença de pressão interna do corpo de bomba será sempre menor que 760 mm/Hg. Teoricamente, uma bomba absolutamente perfeita poderia elevar uma coluna de água de 10,33 metros(equivalente em peso a 760 mm/Hg ao nível do mar); isto, entretanto, não pode ser conseguido com as bombas de incêndio em uso, por duas razões principais: 1.) nenhuma bomba de incêndio é capaz de produzir e manter vácuo perfeito; e 2.) a perda de carga no mangote reduz a capacidade de sucção real da bomba, necessária para vencer o peso da água elevada. Normas exigem que o sistema de escorva seja capaz de produzir 538 mm/Hg(7,5 m.c.a), ao nível do mar; porém, as especificações comuns, geralmente, exigem que a bomba possa operar em sucção usando os mangotes necessários para obter sua plena capacidade, com pelo menos três metros de desnível. É muito importante lembrar que o diâmetro e comprimento do mangote de sucção, constituem fatores de limitação: a quantidade de água que pode ser succionada e da altura de elevação máxima permitida. Por exemplo: urna bomba com capacidade média, usando dois lances de mangotes com 100 mm de diâmetro, pode ser succionar ao nível do mar, no máximo 2.000 1/min a cinco metros de altura; porém, se for necessário o emprego de três lances de mangotes com o mesmo diâmetro, para atingir o manancial e mantendo a mesma elevação de cinco metros, a vazão será menor devido ao aumento da perda de carga. a) A perda de carga pode ser reduzida com o uso de mangote de maior diâmetro. b) Quando em locais de grande altitude, devem ser usados mangotes de maior diâmetro, devido a diminuição da pressão atmosférica.

TESTES DE SUCÇÃO DE BOMBAS Procede-se o teste de sucção, observando o seguinte:


a) fechar as válvulas de descarga, tanque-bomba, bomba-tanque e drenos; b) apertar os tampões de sucção; c) engrenar a bomba e escorvar até que o manovacuômetro acuse cerca de 500 mm/Hg(6,92 m.ca) de vácuo; d) observar o manovacuômetro; se o vácuo cair mais que 250 mm/Hg(3,46 m.c.a) em 10 segundos; é a indicação certas de entradas de ar que devem ser eliminadas antes da bomba ser considerada em condições de serviço; e) vazamentos de ar podem ser detectados pelo ouvido, caso o motor esteja desligado; f) é aconselhável testes de sucção a intervalos relativamente freqüentes; isto pode ser feito conectando-se o mangote de sucção a bomba e colocando o tampão da introdução na extremidade do mangote, no lugar do ralo; e g) caso a entrada de ar possa ser detectada pelo teste de vácuo, é aconselhável testar a bomba hidrostáticamente; para fazer isto conectar a bomba numa fonte de água sob pressão e, verificar se há vazamentos.

Procedimento e cuidados: 1.) vazamentos de ar causarão alta rotação do motor em relação a pressão; 2.) matéria estranha nos impulsores causará alta rotação do motor e volume de água menor que o normal; 3.) quando trabalhando em sucção, não bombear de maneira a causar redemoinho em volta do ralo, pois irá permitir que o ar penetre na bomba, resultando numa operação irregular; caso mais água for necessária, tentar uma melhor imersão do ralo; 4.) inspecionar arruelas de borracha dos mangotes e dos tampões, desde que, matéria estranha sob estas arruelas ou falta delas causarão entrada de ar, o que pode impedir a obtenção de água quando trabalhando em sucção e, mesmo que se consiga água, causará uma irregular pulsação no jato.


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