Curso de Formação de Guarda-vidas Militares (CFGVM)
Manual do Participante
Pertence a
2010
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Lição 1 A ATIVIDADE DO GUARDA-VIDAS
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Descrever o motivo pelo qual existe o serviço de guarda-vidas, com base no material apresentado. 2. Descrever o histórico da atividade de Guarda-vidas no Mundo, no Brasil e em Santa Catarina, conforme histórico da atividade apresentado na apostila. 3. Citar a legislação que estabelece o aspecto legal da atividade de Guardavidas pelo CBMSC.
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1. Turismo em Santa Catarina Os hábitos voltados ao “turismo na natureza ou de natureza”, já existem há mais de dois milênios. Mas somente quando o turismo começou a ser visto como alvo de estudos científicos é que começaram a surgir inúmeras definições, tanto para turismo quanto para turista, afirma Barretto, que revela ser de 1911 a primeira definição de turismo, como sendo um “[...] conceito que compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, país ou Estado”. Talvez não por coincidência, mas tendo a primeira definição de turismo destaque para os aspectos econômicos, já havia ali vestígios de que o lazer viria a ser um grande negócio, vindo, mais tarde, a se tornar metaforicamente o que a escola norte-americana defende como indústria do turismo. Dentro do contexto social e cultural, o turismo reveste-se de grande importância, pois além de ampliar individualmente o ciclo de relacionamento de pessoas, possibilita maior incremento cultural pela comparação das diversas características regionais e/ou nacionais. Santa Catarina reúne diferentes características, determinando seu alto potencial turístico, onde se encontra uma variedade de atrações naturais raramente igualadas, que vão desde o litoral pontilhado das praias, passando pelos campos de Lages, até o oeste com suas estações termais. A questão cultural determinada pelas diferentes colonizações influi marcadamente na vocação turística do Estado. Na região do litoral norte estão localizados os mais belos recantos do sul do Brasil, especialmente Balneário Camboriú, Piçarras, Porto Belo e Itapema, pólos turísticos com rede hoteleira de alta categoria. Nessa região encontra-se ainda o município de Itajaí, que possui um dos três portos do Estado. No litoral centro localiza-se a Ilha de Santa Catarina, onde se situa Florianópolis, a capital do Estado, contando com inúmeras praias e a histórica ponte pênsil Hercílio Luz. Próximas à capital, localizam-se a Fortaleza da Ilha de Anhatomirim e as termas de Caldas da Imperatriz e Águas Mornas, conhecidas nacional e internacionalmente pela alta temperatura de suas águas radioativas com propriedades comprovadamente benéficas à saúde.
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No sul do Estado está Laguna, cidade tombada pela ESPHAN, palco da República Juliana; e os municípios de Garopaba, Jaguaruna e Içara, que possuem belas praias e lagoas com colônias de pescadores. Ainda no sul, outras atrações são os balneários hidrominerais Termas do Gravatal e Termas da Guarda. Ruschmann afirma que “... a inter-relação entre o turismo e o meio ambiente é incontestável, uma vez que este último constitui a matéria-prima da atividade”. Isto justifica a demanda turística do Estado de Santa Catarina, a qual vem crescendo anualmente. Esta afirmação pode ser comprovada através de dados estatísticos do órgão oficial (SANTUR), sobre o movimento estimado de turistas em Santa Catarina. TABELA – Movimento estimado de turistas em Santa Catarina Período Nacionais Estrangeiros 1996 1.443.340 117.679 1997 1.997.620 266.816 1998 1.671.376 153.669 1999 1.993.630 292.905 2000 2.255.860 464.994 2001 2.194.522 568.663 2002 2.001.034 158.511 2003 2.114.133 198.712 2004 2.712.139 246.914 2005 2.570.651 202.211 2006 2.937.561 211.782 Fonte: Santa Catarina Turismo S.A - SANTUR.
TOTAL 1.561.019 2.264.436 1.825.045 2.286.535 2.720.854 2.763.185 2.159.545 2.312.845 2.959.053 2.772.862 3.149.343
Podemos observar que no período de 10 anos, entre 1996 e 2006, houve um grande crescimento turístico no Estado de Santa Catarina, dobrando o número de turistas. Segundo Carvalho “a taxa de acidentes com banhistas está associada ao nível de freqüência das praias, ou seja, quanto maior for o número de banhistas maior vai ser a probabilidade de ocorrer um acidente”. 2. Histórico da Atividade de Salvamento Aquático 2.1 No Mundo
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A Associação de Salvamento Aquático Chinkiang (Chinkiang Association for the Saving of Life), estabelecida na China em 1708, foi a primeira organização deste tipo que se tem conhecimento no mundo (SHANKS e COLS apud SZPILMAN, 2005). Esta organização desenvolveu torres de salvamento e materiais que pudessem ser utilizados com este propósito. Nos Países Baixos, em Amsterdã, nascia em 1767 a Sociedade para Salvar as Pessoas que se Afogam (Maatschappij tot Redding van Drenkelingen), com o principal objetivo de evitar a morte por afogamentos nos numerosos canais abertos existente na cidade. Esta sociedade permanece em existência até hoje e promove uma grande variedade de iniciativas na área de prevenção. Na Inglaterra, o esforço organizado para lidar com o salvamento aquático começou em 1774 e o uso de resgate com barcos foi iniciado somente em
1824.
Em
1787,
a
Sociedade
Humanitária
de
Massachusetts
(Massachusetts Humane Society) - EUA começou o processo do que viria a se tornar um movimento de salvamento aquático nos Estados Unidos e se tornaria o USLSS (United States Life-Saving Service) (SZPILMAN). O USLSS era composto de uma cadeia nacional extensa de torres de salvamento espalhadas pelo litoral, provida de pessoal guarda-vidas pelo governo Federal, à qual pertence o crédito de 170 mil vidas salvas. Em 1915, esta organização se juntou ao Revenue Cutter Service para se tornar a Guarda Costeira Americana. Foi somente em 1800 que a natação, hoje conhecida como banho de mar, começou a emergir como uma forma extremamente popular de recreação. Foram construídos recantos para o lazer nas praias, quando então rapidamente o problema afogamento surgiu. Foram implementados vários métodos de prevenção de afogamento, inclusive o uso de linhas de corda na água - cordas fixas nas quais os banhistas poderiam se agarrar (DE SOUZA, 2005). Em 1878, foi realizado o primeiro congresso mundial de Salvamento Aquático, em Marselha, uma cidade no sul da França. A necessidade de um fórum internacional, para troca de idéias e conhecimentos, foi rapidamente reconhecida a partir de então. Isto conduziu primeiramente ao estabelecimento da Federation Internationale de Sauvetage Aquatique (FIS) e então a formação da World Life Saving (WLS). Ambas as organizações foram estabelecidas para
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promover o salvamento aquático em águas fechadas (rios, piscinas e outros) e abertas (praias) em todo mundo. A Federação Internacional de Salvamento Aquático (FIS) foi fundada em 1910 em Saint-Ouen, uma cidade pequena perto de Paris, na França. Estavam dentre os países fundadores: Bélgica, Dinamarca, França, Grã- Bretanha, Luxemburgo, Suíça e Tunísia. Em 1993, a FIS já era composta por mais de 30 organizações nacionais de salvamento em todo mundo. A Organização Mundial de Salvamento (WLS) foi fundada em 24 março de 1971 em Cronulla, New South Wales, na Austrália. A constituição veio a ocorrer somente em 14 junho de 1977 com acordo formal entre os países fundadores: Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia, África do Sul e os Estados Unidos. Em 1993, a WLS contava com cerca de 20 países membros em todo o mundo. Em 24 de fevereiro de 1993, a FIS e a WLS foram fundidas em uma única organização: A Federation International Life Saving (ILS). A ILS foi constituída oficialmente em Cardiff, País de Gales, Reino Unido, em 3 de setembro de 1994. A partir de então, a ILS passou a ser a maior entidade mundial na área do salvamento aquático, contando com 67 países filiados, inclusive o Brasil, e mais 66 países que mantêm correspondência com a ILS (DE SOUZA, 2005). 2.2 No Brasil Segundo SZPILMAN (2005), a atividade de salvamento aquático no Brasil teve inicio na cidade do Rio de Janeiro, quando o Comodoro Wilbert E. Longfellow, em 1914, fundou na então capital da República, o Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha Americana. Nesta época, o objetivo era o de organizar e treinar Guarda-Vidas voluntários, que atuariam em postos de salvamento, não apenas no Rio de Janeiro, mas por todo país, supervisionando praias desguarnecidas. Sentindo a ineficiência de tal estratégia, adotou uma campanha em âmbito nacional, cujo slogan foi: "Toda Pessoa deve saber nadar e todo nadador deve saber salvar vidas", na tentativa de despertar a população para o problema da segurança nas praias de todo o Brasil. O Corpo Auxiliar de Salvamento (CAS) teve suas raízes no Serviço de Salvamento da
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Cruz Vermelha, criado pelo Decreto nº 1143 do Prefeito Amaro Cavalcante, em 10 de maio de 1917, funcionando no Dispensário da praia de Copacabana. Em 1939, o Dispensário de Copacabana foi transformado no Posto de Salvamento Ismael de Gusmão, em homenagem ao seu organizador. O crescimento demográfico explosivo, a intensa emigração para a cidade do Rio de Janeiro e a melhoria das condições de vida da população a partir dos anos cinqüenta, provocaram um aumento do contato do homem com o mar, alertando as autoridades da época para a necessidade da criação de um serviço de salvamento e resgate especializado em acidentes aquáticos. Criouse, então, em 1963, o Corpo Marítimo de Salvamento - Salvamar, subordinado à Secretaria de Segurança Pública, que iniciou suas atividades com um grupo pequeno de amadores recrutado entre pessoas com afinidade e experiência para este tipo de socorro na praia. Em 1967, foi aprovado e criado dentro da estrutura da Secretaria de Segurança Pública, o Centro de Instrução de Salvamento e Formação de Guarda-Vidas. No ano1975, por determinação da Secretaria de Segurança Pública, o Corpo Marítimo de Salvamento ficou vinculado ao Departamento Geral de Defesa Civil, cujo Diretor seria automaticamente o Comandante do Corpo de Bombeiros. Em 16 de outubro de 1984 foi ativado o Grupamento Marítimo (GMAR), com uma base operacional em Botafogo e 3 Sub-Grupamentos principais, mantendo em suas estruturas os Centros de Recuperação de Afogados. O primeiro esboço ou embrião de Serviço de Salvamento Aquático no Estado de São Paulo, institucionalmente, ocorreu na Cidade de Santos a partir do ano de 1921 (DUARTE, 1996). Ainda na década de 1920 foram estabelecidos postos, na Praia do José Menino (hoje o conhecido PBM-1201), bem como outros na Orla da Praia de Santos, os quais ficaram na época, a cargo dos Bombeiros Municipais. Em 1947 acontece a assimilação do Corpo de Bombeiros Municipal de Santos, pela então Força Publica do Estado de São Paulo (hoje Polícia Militar). Sendo que em conseqüência surge a 6ª Companhia do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, sediada em Santos.
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No ano de 1985, a 27 de dezembro, por força do Decreto Estadual nº 24.572, foi criado o 3º Grupamento de Busca e Salvamento (atual 17º Grupamento de Bombeiros), sendo então desmembrado do 6º Grupamento de Incêndio. No ano de 1989, foi iniciada a implantação do Projeto SALVAMAR, que consiste no planejamento dos meios necessários para uma efetiva proteção ao banhista. Por este projeto pode-se quantificar o efetivo necessário para uma proteção eficiente dos banhistas nas praias, bem como a quantidade de postos de salvamento, viaturas, meios de comunicação, entre tantos outros, levandose em consideração os dados estatísticos da época e as peculiaridades dos municípios (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, 2007). No Rio Grande do Sul a Brigada Militar, a partir de 1970, assumiu o Serviço de Salvamento Marítimo, até então realizado por pessoal contratado pelas Prefeituras Municipais, empregando para tal alguns homens dos seus quadros. 2.3 No Estado de Santa Catarina A atividade de salvamento aquático no Estado de Santa Catarina foi iniciada nos primórdios da década de 60, quando um balneário catarinense começou a se destacar no cenário nacional. Detentor de inúmeras belezas naturais o Balneário de Camboriú registrava a cada ano um número crescente de turistas em suas praias, porém como o balneário era desprovido do serviço de salvamento aquático infelizmente algumas vidas foram perdidas. Foi solicitado ao então Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Santa Catarina que passasse a exercer a prevenção e o atendimento emergencial aos banhistas que freqüentavam a praia de Balneário Camboriú. Atendendo a solicitação, o Corpo de Bombeiros Militar em 1962 enviou 12 homens para treinamento no estado de São Paulo, no Corpo de Bombeiros Militar em Santos, iniciando suas atividades no final daquele ano, na praia de Balneário Camboriú, com a denominação de Serviço de Salvamento Marítimo, permanecendo com esse nome até o ano de 1971.
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No dia 22 de Dezembro de 1971, através da lei nº 4.679, criou-se na estrutura do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina, a Companhia de Busca e Salvamento (CBS), com um efetivo inicial de 45 guarda-vidas, atuando exclusivamente em Balneário Camboriú. Nos anos que se seguiram a área de atuação da Companhia de Busca e Salvamento foi ampliada a outros Balneários do litoral catarinense. Devido ao crescente número de praias que necessitavam do serviço de Salvamento Aquático, houve também a necessidade do aumento do número de guarda-vidas, tanto que a Companhia de Busca e Salvamento foi elevada a categoria de Sub-Grupamento de Busca e Salvamento (SGBS), através da Lei nº 5.522, de 28 de fevereiro de 1979, cujo efetivo já era superior a 150 homens. No ano de 1983, através da Lei nº 6.216, cria-se o Grupamento de Busca e Salvamento - GBS. Em 1995, o GBS recebe a denominação de 3º Batalhão de Bombeiros Militar - 3º BBM. E finalmente no ano de 1997, com a transferência da sede do 3º BBM para a cidade de Blumenau, a OBM passa a se denominar 2ª Companhia de Bombeiros Militar do 1º Batalhão de Bombeiro Militar - Grupo de Busca e Salvamento. Essa transformação de Batalhão de Salvamento Aquático em Companhia reduzindo a sua área de atuação e seu efetivo, que no momento contava com aproximadamente 300 homens, foi necessária para a reestruturação do quadro de efetivo do Corpo de Bombeiros Militar no Estado. Com a extinção do GBS, o serviço de Salvamento Aquático foi desmembrado, ficando a área sul do Estado sob a responsabilidade da 3ª Companhia do 1º Batalhão de Bombeiros Militar (3ª/1ºBBM), com sede em Criciúma, a área Central, incluindo a Ilha, sob a responsabilidade da sede do 1º BBM, com sede em Florianópolis, e a área Norte, sob a responsabilidade do 3º BBM, com sede em Blumenau. Para suprir a falta de efetivo, a alternativa encontrada foi requisitar Bombeiros do interior de Estado para atuarem como guarda-vidas nas praias do litoral, bem como realizar parcerias com as Prefeituras Municipais, a fim de serem contratados guarda-vidas civis para atuarem em reforço ao guarda-vidas militares. No ano de 2002, através da Lei nº 12.470, o executivo estadual foi autorizado a contratar guarda-vidas civis, que sob supervisão dos guarda-vidas
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militares do Corpo de Bombeiros passaram a se engajar na atividade de salvamento aquático durante os meses de verão. Em 2006, com a criação de novos Batalhões de Bombeiros Militar, a 3ª/1ºBBM foi transformada em 4º BBM, com sede em Criciúma, ficando responsável pelo salvamento aquático, na área sul do Estado, o 1º BBM, com sede em Florianópolis, pela área Central, a área Norte ficou sob responsabilidade do 7º BBM, com sede em Itajaí, e o interior do Estado, os balneários estão sob a responsabilidade das Unidades dentro de suas circunscrições. 3. Aspectos legais A Atividade de Salvamento Aquático está, implicitamente, prevista na Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, em seu artigo 144: Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: ... V – polícias militares e corpos de bombeiros militares. ... § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, aos Corpos de Bombeiros Militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
A Constituição do Estado de Santa Catarina, de 5 de outubro de 1989, estabelece com mais propriedade e precisão a competência do Corpo de Bombeiros Militar, através do artigo 108, incisos I, VII e VIII (Artigo com redação dada pela Emenda Constitucional n. 33, de 13.6.2003): Art. 108. O Corpo de Bombeiros Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizado com base na hierarquia e disciplina, subordinado ao Governador do Estado, cabe, nos limites de sua competência, além de outras atribuições estabelecidas em lei:
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar I – realizar os serviços de prevenção de sinistros ou catástrofes, de combate a incêndio e de busca e salvamento de pessoas e bens e o atendimento pré-hospitalar; ... VII – estabelecer a prevenção balneária por salva-vidas; e VIII – prevenir acidentes e incêndios na orla marítima e fluvial.
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Lição 2
TRABALHO PREVENTIVO
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Identificar e sinalizar os riscos da praia segundo as normas internacionais da ILS(Federação Internacional de Salvamento Aquático). 2. Reconhecer e identificar uma vítima em potencial, utilizando a técnica de varredura visual na praia. 3. Citar cinco sinais de angústia de banhistas que estão em perigo, conforme o preconizado na apostila. 4. Citar dez dicas de segurança quanto ao serviço de Guarda-vidas.
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INTRODUÇÃO Para o guarda-vidas, o sentido da palavra salvar tem um sentido mais amplo do que o ato de pôr a salvo. Abrange a conservação, a preservação e a defesa da vida humana. Para tanto são necessárias ações de prevenção e de salvamento. Nos últimos anos difundiu-se entre os bombeiros a idéia de que mais vale prevenir do que atuar no salvamento. Procura-se trabalhar com a concepção de que um bom guarda-vidas é aquele que não necessita atuar por meio de ações de salvamento, ele evita as ocorrências antecipando-se aos riscos que um ser humano possa se envolver através de ações preventivas. De acordo com a Real Sociedade Australiana de Salvamento Aquático (Royal Life Saving Society Austrália), corroborando com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e com as conclusões do Congresso Mundial sobre Afogamento, todos os afogamentos são passíveis de serem prevenidos. A prevenção é considerada como a mais poderosa intervenção terapêutica e pode ser efetiva em mais de 85% dos casos de afogamento (BIERENS, ORLOWSKI e SZPILMAN, 2005).
AÇÃO PREVENTIVA É o conjunto de ações realizadas para ___________________
a
incidência ocorrências nas áreas protegidas por guarda-vidas civis ou militares. As ações serão realizadas através de emprego de pessoal e material adequado, seja no meio terrestre, aquático ou aéreo. O guarda-vidas inicia suas atividades diárias efetuando uma avaliação das _________________, a sinalização dos pontos de risco na orla da praia, observação e prevenção do setor ao qual é responsável. Além destas ainda podemos citar: _______________________________, rondas na orla da praia, patrulhamento com embarcações, comunicação via rádio e manutenção de
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equipamentos, como algumas das ações preventivas desenvolvidas durante o turno de serviço. A. Avaliação das condições do mar Após a observação das condições gerais do ambiente aquático e o reconhecimento dos perigos, o guarda vidas deve sinalizar o local e seus pontos críticos, tais como correntes de retorno e costões. Para isto faz-se uso, principalmente, de bandeiras e placas. As bandeiras são ferramentas de informação a banhistas, e se utilizadas apropriadamente, podem se tornar em um poderoso instrumento de prevenção (Federação Internacional de Salvamento Aquático). Com o propósito prático de informar sobre prevenção e segurança os banhistas, as bandeiras podem ainda incluir informações diversas tais como: esportes, condições metereológicas, e outras. Cabe destacar que as bandeiras não substituem a presença do guardavidas e sim constituem ferramentas de seu trabalho. A Federação Internacional de Salvamento Aquático (ILS), baseado na boa prática de seus membros ao redor do mundo estabeleceu uma padronização internacional de bandeiras, que tem como propósito informar as condições de áreas aquáticas tais como praias, rios, lagos e outras, a todos os banhistas, principalmente turistas. As bandeiras reduzem a barreira da língua, e a ocorrência de acidentes tais como o afogamento. A escolha das bandeiras levou em consideração as sinalizações mais utilizadas em todo mundo de forma a causar a menor contradição e confusão possível. O uso desta padronização é altamente encorajado pela ILS, mas o serviço de salvamento pode optar por escolher, nenhuma, uma, ou todas conforme melhor lhe convier. A ILS desencoraja fortemente o uso de bandeiras que informe o oposto a:
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Amarela - Risco médio. Ondas e correntes moderadas. Mal nadadores não devem entrar na água. Para outros devem ter cuidado.
FIGURA : Bandeira Amarela
Vermelha - Alto risco. Ondas e correntes fortes. Todos os nadadores devem ser desencorajados a entrar na água. Todos que entrarem na água devem ter grande atenção e cuidado. FIGURA : Bandeira Vermelha
A ILS ainda aponta algumas recomendações e informações que auxiliarão no correto emprego das sinalizações: - As sinalizações devem ser utilizadas somente por profissionais. - Devem estar de preferência elevadas e afixadas a uma haste a 2 m do solo em local bem visível e não devem ser obstruídas por quaisquer outras estruturas ou vegetação. - As sinalizações vermelho e amarelo são em geral extensivos a toda praia e não devem ser postos juntos. - As sinalizações podem sofrer mudanças durante o dia. - Recomenda-se que o público receba estas informações através de brochuras, folders, ou similar. - Devem ser afixadas na entrada ou em local bem visível ao público. - O texto deve ser o mais simples e objetivo possível. - Outras informações importantes tais como horários de funcionamento e facilidades locais, podem ser colocadas no quadro. Determinadas organizações, responsáveis pelo serviço de prevenção e salvamento aquático, adotam algumas das bandeiras propostas pela ILS, complementado-as com outras, conforme suas necessidades e peculiaridades.
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Assim é o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que adota na sinalização as seguintes bandeiras (SANTOS; FARIAS; MELO, 1999):
_______________________
(MAR
PERIGOSO):
mar perigoso, sem condições de banho, embora com assistência de guarda-vidas.
BANDEIRA AMARELA (MAR RUIM): mar ruim, atenção, banho com restrições e com assistência de guarda-vidas.
____________________ (MAR BOM): mar calmo, condições plenas de banho e com assistência de guardavidas.
LOCAL PERIGOSO
____________________:
local
impróprio
para
banho, presença de perigo. As placas, como mencionadas anteriormente, podem também ser utilizadas como forma de sinalização, representando um meio eficiente para indicar e informar aos banhistas as condições do ambiente aquático e seus perigos. Algumas corporações responsáveis pelo serviço de salvamento aquático adotam placas de advertência, sendo colocadas nos locais de acesso e em frente aos perigos (FIGURAS 16 e 17).
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Placa de advertência I.
Placa de advertência II.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina na Operação Veraneio de 2006/2007, em estudo piloto, empregou placas de advertência na sinalização do ambiente aquático e seus perigos.
Placa de advertência III. B. Patrulhamento ou Ronda É a ação preventiva desenvolvida a pé, com viaturas, aeronaves ou com a utilização de embarcações. A área a ser protegida pelo efetivo de serviço em um posto de salvamento é de ____________para cada lado a partir do posto de salvamento. A ronda consiste em deslocamentos pela área protegida da orla pelo guarda-vidas devidamente uniformizado, realizada sempre ______________,
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sendo obrigatório além dos equipamentos de uso individual (nadadeira, apito, etc), além do transporte de um ____________. Durante a ronda o guarda-vidas deve sempre manter a sua atenção voltada para os locais perigosos identificados na praia, evitando perder o contato visual com o posto de salvamento. Caso haja rádios HT disponíveis no posto de salvamento é indicado a realização da ronda munido deste equipamento a fim de facilitar o contato com o posto. Quando os balneários estiverem providos de embarcações, o guardavidas poderá realizar patrulhamento embarcado desde que o comandante do posto de salvamento avalie ser conveniente para o serviço este tipo de fiscalização,
porém
a
região
de
deslocamento
deverá
ser
após
a
_____________________ haja vista a dificuldade de visualizar os banhistas na linha de arrebentação. O condutor deverá possuir a _____________ requerida para o tipo de embarcação, e durante os patrulhamentos condutor e socorrista deverão estar utilizando _________________________. Uma das missões da equipe embarcada é fiscalizar e impedir que as embarcações com propulsão a motor de se aproximarem das praias aquém dos 200 metros permitidos pela legislação da Marinha do Brasil. Essa equipe também pode atuar nos casos de afogamento observados, em auxílio aos guarda-vidas oriundos da faixa de areia. Na utilização de aeronaves (Helicóptero) no patrulhamento, são realizados deslocamentos aéreos, sobre as praias, de uma equipe composta de um piloto, um co-piloto, um socorrista e um guarda-vidas. A atuação da equipe consiste em realizar patrulhamento nas praias na área de sua abrangência e/ou quando solicitados para auxílio em salvamento ou transporte de vítima. A aeronave fica em sua base, aguardando a solicitação, através do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros Militar (COBOM). No patrulhamento o guarda-vidas deverá estar equipado com materiais de observação, comunicação e outros, que permitam uma pronta atuação de resgate.
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C. Observação A equipe de guarda-vidas deverá manter a ________________________ durante todo o turno de serviço a fim de identificar situações emergenciais envolvendo os banhistas. Para facilitar a observação em terra, o guarda-vidas deverá estar posicionado em uma plataforma elevada que lhe possibilite ampliar o seu campo visual, normalmente a própria torre do posto de salvamento ou cadeirão posicionado na faixa de areia oferecem essa condição. Constatada a necessidade de intervenção, o guarda-vidas aciona a equipe de serviço para o tipo de salvamento requerido. Para tanto, é de suma importância que a observação seja realizada tendo à disposição um eficiente meio de comunicação entre os guarda-vidas e, em casos mais complexos, entre postos e o COBOM. A comunicação entre os integrantes de uma mesma equipe poderá ser realizada através de uma sinalização ____________, utilizando-se apitos. A equipe deverá manter, pelo menos, um guarda-vidas como observador fixo, em nível mais elevado, pois os demais, apesar de executarem outras ações preventivas deverão, também, observar o mar. Quando da observação os Guarda-vidas deverão fazer a varredura visual e identificar possíveis vítimas. São características de possíveis vítimas: 1. Extremos da idade (crianças e idosos); 2. Pessoas obesas, cansadas ou alcoolizadas; 3. Pessoas utilizando objetos flutuantes; 4. Pessoas com comportamento de estranho ao ambiente (roupas, sapatos, em grupo); 5. Distraídos e namorando dentro da água;
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Afogamentos seguidos de morte de acordo com a faixa etária
10
2
6
13
Até 10 anos De 11 a 20 an os De 21 a 30 an os De 31 a 40 an os De 41 a 50 an os Acima de 50 an os Não id entificada
31
23 23
Afogamentos seguidos de morte de acordo com o sexo 12
Masculino Feminino
96
O guarda-vidas deve estar atento também a algumas características de que uma pessoa está se afogando ou em perigo, para tanto deve observar as pessoas na água e seu comportamento. 1. São características de pessoas se afogando: 2. Nadar sem se deslocar; 3. Onda encobre o rosto e o cabelo na face e ela não o retira; 4. Nadar contra a corrente de retorno; 5. Expressão facial assustada ou desesperada; 6. Nadar em pé sem bater as pernas, afunda e volta e volta a flutuar em pé;
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D. Orientação aos banhistas Dentre as várias missões dos guarda-vidas uma das mais significativas e importantes é a prestação de informações de comportamento aos banhistas, fazendo com que as suas atitudes na praia evitem a exposição a riscos. Ela é realizada durante as rondas na área protegida através da distribuição de folhetos explicativos ou folders, bem como através do convívio diário. Considerando que anualmente verifica-se o aumento progressivo do número de turistas estrangeiros na orla marítima catarinense, se faz necessário que todo o material informativo distribuído nos balneário pelos guarda-vidas seja elaborado em pelo menos dois idiomas, português e espanhol, haja vista que a grande massa de estrangeiros que visitam o Estado é oriunda de paises do MERCOSUL. Por outro lado este material informativo deve ser disponibilizado em locais de circulação pública como hotéis, restaurantes, bares, terminais rodoviários, portais turísticos, postos policiais, etc., a fim de ampliar a disponibilização da informação sobre os perigos do mar de tal forma que ao chegar na praia o banhista já possua uma noção básica sobre os perigos existentes naquele ambiente e quais são as formas de sinalização destes pelos guarda-vidas.
E. DICAS DE SEGURANÇA As orientações quanto ao comportamento e as condutas a serem adotadas pelos banhistas em qualquer ambiente aquático são universalmente salientadas, e devem ser repassadas pelos guarda-vidas: - Nadar sempre perto de um guarda-vidas. - Perguntar ao guarda-vidas o melhor local para o banho. - Não superestimar a capacidade de nadar, 46,6% dos afogados crêem que sabem nadar. - Ter sempre atenção com as crianças. - Nadar longe de pedras, estacas ou piers. - Evitar ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes do banho de mar ou rio.
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- Crianças perdidas: leve-as ao posto de guarda-vidas. - Nunca tentar salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo. Muitas pessoas morrem desta forma. - Ao pescar em pedras, observar antes se a onda pode alcançá-lo. - Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. - Manter-se afastado de animais marinhos como água-viva e caravelas.
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Lição 3
NOÇÕES DO AMBIENTE MARINHO
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Citar os diferentes tipos de praias e suas características dinâmicas conforme o modelo Brasileiro.
2. Citar três perigos que cada tipo de praia oferece ao banhista, conforme sua característica. 3. Citar os perigos permanentes e não permanentes associados ao banho de mar, conforme a doutrina Australiana e Brasileira.
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INTRODUÇÃO Para trabalhar na prevenção em acidentes aquáticos, faz-se necessário compreender como é estruturado tal ambiente, bem como reconhecer os perigos e riscos que o mesmo oferece aos banhistas.
O MEIO AMBIENTE COSTEIRO O meio ambiente costeiro é uma das partes mais dinâmicas da face da Terra. Ele contém todos os quatro elementos da qual a Terra é composta: A atmosfera, a hidrosfera ou oceano, a litosfera ou superfície terrestre e a biosfera. À medida que os quatro elementos interagem na costa, produzem uma grande ação no sistema costeiro, estendendo desde a superfície da maré, nos costões e na areia da praia.
ONDAS Ondas geradas pelo vento (Wind waves) Wind waves são ondas geradas pelo sopro do vento sobre o oceano. Elas são ondas que ocorrem naquilo que é chamado área geradora de ondas, como tal elas são chamadas de vagas (sea waves). Quatro fatores determinam o tamanho da Wind waves: - Velocidade do vento – As ondas aumentam de acordo com o aumento da intensidade do vento; - Duração do vento – Um longo sopro do vento, com uma velocidade constante e direção, o tamanho das ondas começam a aumentar, até que uma completa elevação do mar estará formada, que é o máximo tamanho do mar para uma determinada velocidade e duração. - Direção do vento – Determinará, juntamente com a força de Coriolis, a direção da onda; - Profundidade da água – É importante onde o mar está raso pois causará a fricção e possibilidade de quebra.
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ONDAS As ondas do mar são ondas de superfície que ocorrem nos oceanos. São provocadas pelo vento que cria forças de pressão e fricção que perturbam o equilíbrio da superfície dos oceanos. O vento transfere parte da sua energia para a água através da fricção entre o vento e a água. Isso faz com que as partículas à superfície tenham um movimento elíptico, que é uma combinação de ondas longitudinais (para a frente e para trás) e transversais (para cima e para baixo).
A uma distância da praia em que o fundo está a uma distância igual a cerca de metade do comprimento de onda, os movimentos orbitais dos níveis mais profundos começam a ser restringidos porque a água já não se pode mover verticalmente; apenas se pode mover para a frente e para trás, na
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horizontal. Um pouco acima, a água já pode se mover um pouco verticalmente e as órbitas passam de circulares a elípticas. À superfície, as órbitas podem ainda ser circulares.
Este fenômeno de distorção das órbitas, que se dá quando as ondas sentem o fundo, faz com que a onda seja retardada, diminuindo o comprimento de onda de propagação, porque a distância à próxima crista vai diminuindo. Como resultado, a água que chega acumula-se e faz com que a crista da onda cresça e se torne mais angulosa. A inclinação da onda (a razão entre a sua altura e o comprimento de onda) aumenta até que, ao chegar a um valor de cerca de 1/7, a água já não se consegue suportar a si própria e a onda rebenta. A profundidade da água é então cerca de 1,3 vezes a altura da onda (a distância vertical entre um vale e a crista que se lhe segue).
A distância à costa em que este fenômeno ocorre depende da inclinação do fundo. Se o fundo da costa for muito inclinado, muitas ondas pequenas rebentarão na costa. Se o fundo é mais suavemente inclinado, as ondas rebentarão mais longe. Por isso, o sítio de rebentação das ondas é um bom indício para sabermos qual é a profundidade da água.
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PRAIA Praia consiste no depósito de sedimentos pelas ondas. Embora a maioria das pessoas entenda como praia somente aquela parte claramente visível, situada acima da linha da água, ela é bem mais ampla, tendo seu início onde a atividade das ondas alcança o fundo até o limite onde as ondas alcançam a face da praia. Bancos de areia e canais estão freqüentemente presentes na zona de surfe, mas obscurecido pelas ondas e pela arrebentação.
Zonação hidrodinâmica e morfológica tipicamente observada em uma praia arenosa oceânica
Zona de Arrebentação – É aquela porção do perfil praial caracterizada pela dissipação energética da onda sobre a praia, de acordo com o seguinte processo: ao aproximar-se de águas progressivamente mais rasas, as ondas incidentes tendem a instabilizar-se até que a velocidade na crista da onda exceda a velocidade de grupo da mesma, ponto no qual quebrará. Evidências empíricas demonstram que a quebra ocorre quando a profundidade aproximase da altura de onda. Zona de Surfe – É a zona que se estende do ponto de arrebentação da onda até o ponto onde a água atinge a praia. Sua caracterização em uma praia depende do tipo de quebra.
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Zona de Espraiamento – Pode ser identificada como sendo aquela região da praia delimitada entre a máxima e a mínima excursão dos vagalhões sobre a face praial.
TIPOS DE PRAIAS Praias geralmente se encaixam em um dos cinco tipos existentes didaticamente de acordo com a teoria Australiana e três tipos de acordo com a teoria acadêmica Brasileira.
Praia Dissipativa: Normalmente é formada por areia fina e a sua profundidade aumenta lentamente. Por causa dessa inclinação muito suave, as ondas começam a quebrar relativamente longe da beira da praia. As praias dissipativas ocorrem da combinação de ondas grandes e areia fina, possuem uma zona de surfe muito desenvolvida, muitas vezes com dois ou três bancos de areia paralelos à praia, com cavas rasas entre eles. A face da praia é composta por areia fina e normalmente uma faixa de areia larga. A areia é firme, sendo possível transitar com veículos. As ondas são normalmente altas e do tipo deslizantes no banco de areia mais distante da praia, reformam-se entre os bancos e quebram novamente nos bancos seguintes. Esta é uma maneira da onda dissipar sua energia na zona de surfe, a qual normalmente é superior a 300 m, podendo alcançar os 500 m. Por isso o nome original de “praia dissipativa
Praias Intermediárias A mais visível característica das praias intermediárias é a presença de uma zona de surfe com bancos de areia e correntes de retorno. Normalmente elas são mais extensas do que as praias refletivas e possuem altura de onda entre 0,5 a 2,5 m. Possuem outras características tais como: - A face praial é composta de material com granulometria média;
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- Presença de bancos submersos como forma de armazenamento de sedimento na zona de surfe; - Presença de correntes de retorno associadas aos bancos submersos.
Praias de Refletivas Elas são caracterizadas por escarpas, faixa de areia estreita e normalmente compostas por areia grossa e ondas baixas e normalmente existe a presença de cúspides. A sua morfologia é um produto de vários fatores. Primeiro, as ondas baixas quebram numa profundidade rasa (<1m); segundo, devido a areia grossa a praia torna-se íngrime, afundando rapidamente muito próximo à face da praia; terceiro, devido as ondas quebrarem na face da praia, elas despendem todas as suas energias numa distância muito curta. Muita dessa energia vai para a zona de espraiamento na face da praia, deslocando uma grande quantidade de água na face da praia, retornando muito rapidamente (refluxo) em direção ao mar, como uma reflexão da onda, motivo pelo qual é conhecida como onda refletiva. As praias refletivas não possuem zona de surfe ou é muito estreita e não possuem bancos de areia
Perigos associados às praias e ao banho de mar A praia apesar de ser é um local de grande atração e lazer apresenta-se potencialmente perigosa. Perigos das Praias Refletivas: Devido às ondas pequenas e localizações muitas vezes protegidas, elas conferem uma relativa segurança para o banho. Contudo, como qualquer água, principalmente se existir ondas e correntes, há a presença de perigos que podem causar problemas aos banhistas, as quais são: - Face da praia escarpada – Pode ser um problema para bebês, pessoas idosas e deficientes físicos; - Forte fluxo e refluxo das ondas na face da praia – As ondas que chegam e voltam podem derrubar as pessoas que estão próximas à água;
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- Variação brusca de profundidade – Repentino aprofundamento, saindo rapidamente das águas rasas e indo para águas profundas; - Profundidade das águas – A ausência de bancos de areia significa que as águas são profundas muito próximas à margem, que pode ser um problema para quem não sabe nadar e para crianças; - Os maiores perigos aparecem quando as ondas excedem a um metro e as quebras na face da praia possuem muita força.
Perigos das Praias Intermediárias: - Correntes de Retorno; - Canais alimentadores das correntes de retorno (rip feeder channels) – As correntes próximas à praia carregam a água para dentro das correntes de retorno e esta, para o mar aberto; - Quebra das ondas – Nos bancos de areia, as ondas quebram com mais força se a maré estiver baixa, muitas vezes como perigosos “caixotes”; - Ondas Altas – Quando as ondas excedem 1 metro, tanto a quebra da onda quanto as correntes são intensificadas.
Perigos das Praias Dissipativas: - A largura da zona de surfe e as altas ondas, associadas com a praia dissipativa mantêm a maioria dos banhistas próxima à margem e dentro da zona de surfe. Neste local ela é relativamente segura, apesar de não estar livre de algumas surpresas. No meio e fora da zona de surfe, somente para banhistas e surfistas experientes. - Canais – Normalmente localizados no sentido praia - alto mar, podendo estar também localizados paralelos ou diagonais à praia, apresentam freqüentemente correntes de retorno, principalmente com ondas baixas (menores de 1,5m); - Interior da zona de surfe – Deve-se tomar cuidado com as ondas para que elas não derrubem e arrastem o banhista. No retorno da
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onda é comum ocorrer um fluxo de água em direção ao mar (repuxo), principalmente rente ao fundo, o qual pode derrubar um banhista, principalmente se for crianças;
Para SHORT e HOGAN (apud MOCELLIN, 2006), “os perigos de zona costeira estão geralmente relacionados à estrutura e características do ambiente”. Os perigos naturais associados ao banho de mar podem ser divididos em permanentes e não permanentes.
Perigos associados ao banho de mar
PERMANENTES
NÃO PERMANENTES
Zona de águas profundas
Buracos
Obstáculos (molhes, costões, naufrágios, etc)
Arrebentação das ondas
Desembocaduras de rios e lagoas
Repuxos Correntes Organismos marinhos Poluição
Os perigos permanentes, por serem mais facilmente evitados, oferecem maior perigo aos usuários mais desatentos e àqueles que superestimam suas habilidades. Em zonas de águas profundas pode-se perder o apoio dos pés e submergir; qualquer obstáculo (molhe, trapiche, destroço, rocha ou recife) pode favorecer a presença de buracos e formar correntes mais fortes, além de representar perigo de choques e ferimentos; o encontro de rios e lagoas com o mar modifica as ondas, as correntes e o relevo do fundo da praia.
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Profundidade da Água Toda água profunda é um perigo potencial de afogamento para quem não sabe nadar ou que tenham pouca experiência. Água na altura do joelho pode ser um problema para bebês ou crianças. Água na altura do peito pode ser perigoso para quem não sabe nadar, bem como para nadadores em pânico. Na presença de correntes de retorno, somente é possível andar contra ela quando a água estiver abaixo da altura do peito. Deve-se tomar muito cuidado quando a profundidade ultrapassa a altura da cintura, principalmente se existir a presença de crianças.
Correntes na Zona de Surfe e Correntes de Retorno As correntes na zona de surfe, particularmente as correntes de retorno, são os maiores perigos para a maioria dos banhistas e são responsáveis por cerca de 90% dos acidentes. Elas são difíceis de serem localizadas por banhistas inexperientes e quando são apanhados por uma delas, geralmente entram em pânico. As correntes de retorno são perigos costeiros que expõem diariamente em risco a segurança a e vida das pessoas. A literatura salienta que são amplificadas quando a maré está vazando (baixando). Como visto anteriormente as ondas transportam energia para a costa, mas não é a energia da onda que move os grãos sedimentares e altera a morfologia, mas sim o movimento da água. Há muitas correntes na zona costeira, de variadas forças e direções e estas interagem umas com as outras tornando sua análise muito difícil. Sendo classificadas em correntes longitudinais à costa e correntes tranversais à costa. Correntes de retorno ou rips são caracterizadas por fluxos estreitos, posicionados normal ou obliquamente em relação à costa. Parte da energia dissipada pelas ondas incidentes na zona de surfe é transferida para a geração de correntes costeiras tanto longitudinais (longshore currents) como transversais (correntes de retorno, rip currents ou rips) as quais, necessariamente, tem sua ocorrência limitada à zona de surfe. Estas correntes
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representam importantes agentes transportadores de sedimento na zona de surfe, gerando campos de velocidade efetivos na modificação do relevo praial
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Lição 4 EDUCAÇÃO FÍSICA
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Conceituar atividade física; 2. Citar cinco benefícios dos exercícios de alongamento. 3. Identificar os benefícios da corrida na areia de praia.
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INTRODUÇÃO
No desporto moderno, quando um atleta ou uma equipe são laureados em uma competição de alto nível, torna-se bastante difícil imaginar o conjunto de variáveis que contribuíram decisivamente para aquela vitória. A esse conjunto de variáveis, acionado por um grande número de pessoas formando ao todo uma equipe e que tem como objetivo principal o êxito nas competições, denomina-se Treinamento Desportivo. Não diferente deste pensamento, no âmbito interno do Corpo de Bombeiros Militar de SC, faz-se necessário que a tropa esteja em constante preparação física, visando estar sempre preparada para desempenhar as atividades operacionais do cotidiano profissional Bombeiro Militar, bem como, buscar a cada período preestabelecido, aprimorar seu condicionamento, tendo em vista as atividades de guarda-vidas desempenhadas no litoral catarinense, por ocasião da Operação Veraneio. CONCEITOS
Atividade Física: é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Assim, a quantidade de energia necessária à realização de determinado movimento corporal deverá traduzir o nível de pratica da atividade física exigido por esse mesmo movimento.
Exercício físico: é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e manutenção de um ou mais componentes da aptidão física. Caracteriza-se pela duração, intensidade e freqüência dos movimentos apresentando algum progresso.
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Sedentário: quando o gasto energético real é inferior a pelo menos dez por cento a mais que o gasto energético estipulado, ou seja, menos de 500 cal por semana segundo a OMS.
Ativo: quando o gasto energético real está entre dez e cinqüenta por cento a mais do gasto energético estipulado, ou seja, entre 500 e 1.500 cal por semana segundo a OMS.
Atleta: quando o gasto energético real é superior a sessenta por cento a mais do gasto energético estipulado. Excesso de Peso e Obesidade: é definida tão somente como aquela condição na qual apenas a quantidade de gordura corporal ultrapassa os índices desejados, enquanto que o excesso de peso refere-se à condição em que o peso corporal como um todo excede a determinados limites.
Sobrepeso: excesso corporal, total ou parcial, de tecido adiposo ou massa magra, de forma negativa para o sistema cardiovascular. Constata-se um sobrepeso através do cálculo do índice da massa corporal (IMC). AQUECIMENTO E ALONGAMENTO
Antes da prática de qualquer atividade física, sugerimos a realização de alguns minutos de aquecimento seguidos de alongamento. Sua importância está principalmente no fato de estimular uma maior circulação sangüínea no corpo, proporcionando uma maior oxigenação do mesmo, principalmente dos grupos musculares, além de “preparar” as articulações para saírem de uma fase de repouso. O alongamento no término da natação mostra-se eficaz principalmente ao ser realizado nas regiões com maior acumulo de tensão. Por exemplo: o nado de aproximação ou crawl pólo, assim como a remada no surfe, induz o seu praticante a permanecer um bom tempo com a coluna cervical em hiper-extensão. Isso acaba sobrecarregando e provocando
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excesso de tensão na região do trapézio e ainda enfraquecendo a musculatura da região abdominal. Sugere-se então a realização de movimentos que compensem essa tensão. No caso do exemplo citado, um bom alongamento seria o de flexão da cabeça, permanecendo-se por alguns instantes com o queixo tocando o peito ou ainda, deitado, em decúbito dorsal, flexionar o tronco e os joelhos ao mesmo tempo abraçando-os por alguns segundos e mantendo o queixo entre os joelhos.
BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO
1. Evita ou elimina encurtamento musculotendíneo; 2. Diminui o risco de alguns tipos de lesão músculo - articular; 3. Aumenta e/ou mantém a flexibilidade; 4. Elimina ou reduz o incômodo dos nódulos musculares; 5. Aumenta o relaxamento muscular e melhora a circulação sangüínea; 6. Melhora a coordenação e evita a utilização de esforços adicionais no trabalho e no desporto; 7. Reduz a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita mais economicamente a força dos músculos agonistas; 8. Libera a rigidez e possibilita melhorar a simetria muscular; 9. Evita e/ou elimina problemas posturais que alteram o centro de gravidade, provocando adaptação muscular.
TIPOS DE ALONGAMENTO E CARACTERÍSTICAS Alongamento Estático – determinado pelo alcance de uma amplitude de movimento do grupo músculo - articular lentamente, mantendo-se uma postura com tensão muscular; Alongamento Passivo – é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos, companheiros), estando o praticante numa posição passiva, isto é, com descontração muscular e com boa posição do sistema músculo articular;
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Alongamento Dinâmico – determinado pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando-se a força dos músculos agonistas e o relaxamento dos músculos antagonistas; Alongamento Balístico – movimento composto no qual a 1ª fase é um movimento de força continua em que se usa um movimento acelerado pela contração concêntrica dos músculos agonistas, sem o impedimento de contração dos antagonistas. A 2ª fase é um movimento em inércia sem contração muscular. Na amplitude final do movimento desacelera-se, deixando a resistência por conta dos ligamentos e músculos alongados, fornecendo resposta elástica; Facilitação Muscular Neuropróprioceptiva (FNP) – em geral, combinam alternadamente
contração
e
relaxamento
dos
músculos
agonistas
e
antagonistas. EXERCÍCIO MUSCULAR LOCALIZADO – EML
ALGUNS EXERCÍCIOS E SEUS GRUPOS MUSCULARES MAIS ATUANTES
Apoio de frente sobre o solo (com abertura das mãos um pouco maior que a distância dos ombros) - Peitoral maior e menor, porções clavicular e esternal, coracobraquial, deltóide anterior, serrátil e tríceps braquial;
Flexão do tronco com os membros inferiores elevados - Reto maior do abdome, obliquo maior e obliquo menor;
Flexão do tronco com os joelhos fletidos - Reto maior do abdome, obliquo maior, obliquo menor, serrátil, vasto lateral, bíceps cural;
Mergulho na paralela alta com os cotovelos juntos - Deltóide anterior, peitoral maior e menor, porção clavicular, coracobraquial, trapézio IV, subclávio, tríceps braquial;
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Puxada na barra pela frente com pegada direta (supinada) - Peitoral maior, porção esternal, dorsal largo, redondo maior, deltóide posterior, trapézio IV, subclávio, peitoral menor, bíceps braquial, braquial e braquiorradial;
Puxada na barra pela frente com pegada inversa (pronada) - Peitoral maior, porção esternal, dorsal largo, redondo maior, deltóide posterior, trapézio IV, subclávio, peitoral menor, bíceps braquial, braquial e braquiorradial;
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO E EXERCÍCIOS DE APNÉIA
Não só dentro da água, mas também fora dela, existem possibilidades para a realização de exercício de respiração. Durante a prática de natação, a forma mais eficaz de respirar é inspirar pela boca (evitando-se assim a inalação da água/afogamento) e expirar pela boca e pelo nariz. Diferente disso, fora da água, a maneira mais adequada para a realização da respiração é inspirar pelo nariz, filtrando, aquecendo e umedecendo o ar antes deste chegar aos pulmões e expirar pela boca e nariz. Um exercício eficaz e relaxante para trabalhar a respiração e a concentração, chamada no yôga de pránáyáma, consiste em dividir-se a respiração em quatro momentos ou tempos, sendo eles destinados da seguinte forma: primeiro tempo – inspiração, segundo tempo – retenção com ar; terceiro tempo – expiração e; quarto tempo – retenção sem ar. É um tipo de respiração com a participação da musculatura abdominal, intercostal e torácica, promovendo um aproveitamento muito maior da capacidade pulmonar. Este exercício pode ser realizado com diversas variações determinando-se o período de permanência em cada tempo de acordo com a vontade do praticante e sua realização pode surtir bons efeitos na natação e conseqüentemente no salvamento aquático. Esta prática pode ser combinada ainda com os exercícios de alongamento.
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Uma outra variação deste exercício pode ser feita na borda de uma piscina ou até mesmo no mar, fazendo a respiração de dois tempos, inspirando fora da água e em seguida submergindo o rosto. Esta é a apnéia estática. Exercícios de apnéia podem ser realizados ainda com o auxílio de pesos, onde o praticante mergulha até o fundo e transporta o peso (pedra ou anilha) pela distância que puder/quiser. Este exercício é também chamado de “deep run” ou corrida profunda. Ressaltamos aqui a importância de que exercícios que envolvam apnéia devem sempre que possível ser realizados sob a visão de outras pessoas evitando-se acidentes.
SURFE O constante envolvimento do praticante do surfe com o ambiente de trabalho do Guarda-Vidas, faz do surfe uma excelente escolha por parte de quem o pratica, seja com o uso de prancha tradicional, pranchão ou body board, tendo em vista o conhecimento dos mais diversos fatores ambientais que o surfista acaba adquirindo, dentre eles a análise das condições do mar, a facilidade para identificação de correntes de retorno e outros mais. Além disso, a prancha é um grande flutuador e pode ser eficaz para a realização de um salvamento. Não são poucos os casos em que surfistas auxiliaram no resgate de banhistas ou de outros surfistas que perderam suas pranchas. Cabe aqui então, fazermos duas ressalvas aos praticantes do surfe: 1 – esteja sempre utilizando a cordinha que o prende à prancha (também chamada de “strep” ou “lash”), pois você poderá ter que utilizá-la em algum momento inesperado para realizar um salvamento; 2 – esteja sempre preparado para sair da água nadando, caso tenha que oferecer sua prancha a outra pessoa para que esta saia da água. Outro ponto que não podemos deixar de citar neste tópico fica por conta da pratica de surfe com o pranchão de resgate. A sua utilização não deve ser destinada apenas para a realização do resgate em si, mas também para a
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prática de surfe, proporcionando assim a chance do Guarda-Vidas de habituarse cada vez mais com o material. Entretanto, devem-se respeitar os momentos para sua utilização e ainda mais os cuidados com sua manutenção. SURFE DE PEITO OU “JACARÉ” O surfe de peito é também uma ótima opção para manter o condicionamento físico, proporcionando ao seu praticante momentos de intensidades variadas na natação, sendo dividido em: 1 – deslocamento até a zona de surfe ou travessia da arrebentação – momento de curta duração caracterizado por ser um exercício de capacidade e potência anaeróbia; 2 – posicionamento na zona de surfe – corresponde ao maior tempo de permanência do praticante e varia de acordo com o intervalo entre as séries de ondas e o posicionamento correto no “pico”. Caracterizado por ser um exercício aeróbio. Durante este momento, se o praticante estiver sem nadadeira, a pernada estilo polo mostra-se eficaz; 3 – entrada na onda – movimento de “explosão” e curtíssima duração caracterizado por ser um exercício de potência anaeróbia, e; 4 – o deslize na onda em si – caso o praticante esteja de nadadeiras, é indicado que esteja usando também um par de ligas, material que mantém as nadadeiras mais firmes aos pés, evitando perdê-las.
CORRIDA NA AREIA DA PRAIA
Por apresentar um piso distinto dos tradicionais para a prática de corrida, alguns aspectos devem ser levados em conta quando tratamos da referida atividade na praia. Dependendo do tipo de formação (refletivas/de tombo, intermediárias ou dissipativas/rasas), estas podem apresentar um piso firme, com a areia bem compactada ou não, apresentando a areia mais solta, mole ou fofa. Além disso, algumas praias, normalmente as refletivas/de tombo, apresentam declividade significante, dificultando para a prática da corrida.
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As praias de areia compactada podem acabar sobrecarregando em excesso as articulações do tornozelo e do joelho por terem que suportar maior impacto, entretanto não oferecem tantos riscos de entorse se comparadas às praias de tombo. Nestas, devemos nos atentar com possíveis obstáculos no caminho como buracos e desníveis muito acentuados. Sendo assim, evite correr em locais desnivelados, pois isto além de ser prejudicial para as articulações dos membros inferiores e poder causar lesões, é também prejudicial para sua coluna vertebral e; quando possível, procure correr utilizando tênis, diminuindo assim a sobrecarga de impacto nas articulações dos tornozelos e joelhos.
OUTRAS POSSIBILIDADES DE ATIVIDADES FÍSICAS Atividades lúdico-recreativas – Que desenvolvam nos alunos auto-confiança, confiança nos demais e o trabalho em grupo, por exemplo no mar retornarem de mãos dadas da zona de arrebentação até a beira da praia realizando pernada de costas; Exercícios de fortalecimento das articulações do joelho – Corrida em alta velocidade e curta distancia (de 5 a 10 metros) estática, para frente, para trás e para os lados; Ginástica calistênica – com características da EF militar (exercícios de flexionamento ativo e outros como “polichinelo” e agachamento a fundo, exercícios intercalados com a corrida desenvolvendo trabalho de coordenação juntos, etc).
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Lição 5
NATAÇÃO APLICADA
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Aperfeiçoar as técnicas de natação voltadas para o salvamento aquático; 2) Realizar exercícios para manutenção de apnéia.
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NATAÇÃO E SALVAMENTO AQUÁTICO
Nado de aproximação ou crawl-polo A natação realizada para a realização de um resgate (nado de aproximação ou crawl-polo) difere-se daquela praticada em outras situações, ou seja, a necessidade de permanecer com a(s) vítima(s) sob o seu campo de visão exige que o Guarda-Vidas nade até ela com o rosto fora da água, mantendo
a
coluna
cervical
em
hiper-extensão,
dificultando
o
deslocamento/deslize. Entretanto esta dificuldade será compensada através do uso das nadadeiras. Estas por sua vez, irão proporcionar ao Guarda-Vidas maior velocidade de deslocamento. Para melhor compreensão da diferença entre nadar com o rosto fora ou dentro da água, sugerimos a realização do educativo de pernada com o auxilio de um flutuador. Ao manter-se com a coluna cervical em hiper-extensão, observe a tendência do quadril em afundar, exigindo assim, maior intensidade no movimento de perna.
A pernada do polo aquático Assim como os diversos estilos de natação, o pólo aquático também oferece para realização do serviço de salvamento aquático uma importante ferramenta. Referimos-nos aqui ao estilo de pernada que mantém o seu corpo praticamente em flutuação estática. Esse tipo de pernada também pode ser de grande utilidade para o auto-socorro e é uma ótima alternativa para ser realizada em aulas de natação, principalmente com crianças. No salvamento aquático ela mostra sua eficácia no momento da abordagem da vítima, que às vezes pode ser mais que uma. Nesses casos pode haver a necessidade de o Guarda-Vidas permanecer segurando as vítimas até a chegada de um outro Guarda-Vidas, para então dar-se continuidade ao salvamento. Uma outra situação aparece quando a vítima se apresenta em pânico, tentando usar o Guarda-Vidas como flutuador, submergindo-o. Nesses momentos a pernada do pólo aquático pode ser bastante eficaz.
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A referida pernada consiste na realização de movimentos circulares alternados da perna, no sentido lateral-medial, ou seja, a perna esquerda realiza o movimento circular no sentido horário alternando com a perna direita que realiza o mesmo movimento, porem em sentido anti-horário. O praticante deve ainda manter o tronco na posição vertical e as coxas flexionadas a 90° movimentando apenas as pernas e pés, mantendo-se assim sobre a superfície da água tendo suas mãos disponíveis para segurar as vítimas. Pernada tesoura ou reboque descalço – A necessidade em se utilizar um dos braços para o reboque da vitima e, principalmente o peso desta, proporcionará ao Guarda-Vidas um pouco mais de dificuldade para o seu deslocamento. Além disso, a ausência das nadadeiras exige ainda um movimento de pernas que lhe dê maior propulsão. Dessa forma, apresentamos como alternativa para deslocamento, o batimento de pernas no estilo “tesoura”, o qual possui duas fases: Fase de recuperação: com o corpo lateralizado, o praticante deve trazer o joelho de um dos membros inferiores próximo ao peito, flexionando a articulação coxo-femoral e também o joelho. No mesmo momento, o calcanhar do outro membro inferior deve ser levado em direção a nádega, realizando-se então um movimento de flexão do joelho e extensão da articulação coxofemoral. Fase de propulsão: estando os membros inferiores encolhidos, a fase de propulsão inicia quando os membros inferiores voltam a serem estendidos, num movimento rápido e circular que se encerra assim que os mesmos estiverem alinhados com o resto do corpo."
A pernada do nado estilo peito Considerando a grande semelhança entre a pernada do nado “tesoura” e a pernada do nado peito, diferindo-se estas basicamente pela posição do corpo, não podemos deixar de citar aqui a vantagem sobre o domínio desse estilo de nado, apesar de durante o curso, não haver tempo em demasia para a sua prática. Sendo assim, reforçamos a importância da prática do nado estilo
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peito, mesmo que em outras ocasiões. Outro ponto que torna eficaz o domínio sobre a pernada de peito no Curso de Formação de Guarda-Vidas é a realização da apnéia dinâmica (25m horizontais), pois para a realização deste exercício a referida pernada pode mostrar-se eficiente.
O nado estilo crawl
A respiração O domínio da respiração durante o deslocamento na água é de fundamental importância durante o salvamento, portanto o cuidado com a posição ventral, a necessidade de preservar o equilíbrio geral do nado, a preocupação de não oferecer uma resistência frontal importante, a fisiologia respiratória, a cadência dos movimentos dos braços, a tática de percurso, todos esses elementos constituem imperativos para o nadador. Tecnicamente, a maneira mais eficaz para a realização da respiração durante o nado crawl é a respiração lateral. Este movimento apresenta-se como o mais adequado devido ao fato de o nadador não precisar hiperestender sua coluna cervical, fazendo com que seu quadril tenda a afundar. Ao invés disso, a respiração é feita lateralmente, de preferência alternando-a nos dois lados a cada 3 ou 5 braçadas (R3 ou R5), com um leve movimento de rotação lateral da cabeça. Apesar da necessidade de manter a vítima sob seu campo de visão, não são raros os momentos, principalmente quando a distância a ser percorrida é relativamente grande, em que o Guarda-Vidas põe o rosto dentro da água. Nesses casos, salientamos que seja realizada a respiração frontal, pois assim o Guarda-Vidas terá maior oportunidade de voltar a visualizar a vítima. Os ritmos respiratórios adotados vão depender, em grande parte, da maior ou menor capacidade do nadador para repor o déficit de oxigênio. Os mais comumente observados são: respiração unilateral a cada ciclo de braço (R-2, R-4, etc.), ou respiração bilateral feita alternativamente à direita e depois à esquerda.(R-3, R-5,etc.)
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O movimento de braços Basicamente o movimento se divide em parte aérea e parte submersa.
Parte aérea Este momento da braçada deve ser entendido como descanso e relaxamento muscular, além de servir como preparação para a entrada da mão na água e o início da parte submersa. Os pontos principais são: o gesto deve ser solto e veloz iniciando-se na coxa; o braço sai semi-estendido; o cotovelo se eleva mais alto que os dedos e se movimenta relaxadamente, até a passagem da mão pelo cotovelo, quando deverá ser arremessado para a água, procurando uma entrada em um ângulo melhor e mais hidrodinâmico possível; as pontas dos dedos atingem a água por primeiro, em seguida o antebraço e logo após o braço.
Parte submersa Ele se caracteriza por três momentos distintos: Apoio, Puxada e Empurrada.
Apoio: Depois da entrada da mão na água, finalizando a parte aérea, antebraço e o braço procuram atingir um ângulo bem aberto, neste momento o polegar ainda está orientado para baixo. Neste momento, a palma da mão gira ficando voltada para o fundo e sente a primeira resistência da água (apoio); isto a mais ou menos 20 cm da superfície. Puxada: Esta fase se inicia no momento em que após o apoio fazemos uma leve flexão do pulso buscando encontrar o apoio. O ângulo entre braço e antebraço, tendo o cotovelo como vértice, deverá ficar entre 90 e 120º. O movimento deverá seguir a linha média do corpo até o momento de máxima flexão do cotovelo.
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O Empurre: O empurre é orientado sem a menor descontinuidade, da frente para trás, quando a mão passa, no plano vertical, dos ombros ela se encontra no prolongamento do antebraço. O ombro correspondente e o cotovelo penetram então profundamente na água.
Movimento de pernas O trabalho realizado pelas pernas no crawl é um movimento alternado na direção vertical, iniciando um, antes que o outro termine, de modo que as ações não percam continuidade, o movimento se inicia com joelho e coxa estendidos.
Coordenação da respiração e movimentos de pernas e braços A sincronização da respiração com os movimentos propulsores dos braços e das pernas é um fator determinante para o ritmo do nado. Muitas vezes acontece de os nadadores serem, ao mesmo tempo, os mais rápidos em educativos específicos de braços e/ou pernas e, no entanto, não apresentarem tanta eficiência no nado completo. Este fato caracteriza a necessidade em se enfatizar não apenas a aprendizagem motora parcial da natação, mas principalmente a aprendizagem motora global, ou seja, a natação num todo. Aqui salientamos a importância de que ao iniciar o Curso de Formação de Guarda-Vidas, os participantes já possuam certo domínio da natação, pois para alguns, o tempo do curso destinado para a referida prática pode não ser o suficiente. Tão importante quanto isso, é a continuidade da prática após o curso, buscando tornar os movimentos de respiração, braçada, pernada e todo esse conjunto, cada vez mais eficazes e realizando-os de uma forma natural.
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO E EXERCÍCIOS DE APNÉIA
Não só dentro da água, mas também fora dela, existem possibilidades para a realização de exercício de respiração. Durante a prática de natação, a forma mais eficaz de respirar é inspirar pela boca (evitando-se assim a inalação da água/afogamento) e expirar pela boca e pelo nariz. Diferente disso, fora da
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água, a maneira mais adequada para a realização da respiração é inspirar pelo nariz, filtrando, aquecendo e umedecendo o ar antes deste chegar aos pulmões e expirar pela boca e nariz. Um exercício eficaz e relaxante para trabalhar a respiração e a concentração, chamada no yôga de pránáyáma, consiste em dividir-se a respiração em quatro momentos ou tempos, sendo eles destinados da seguinte forma: primeiro tempo – inspiração, segundo tempo – retenção com ar; terceiro tempo – expiração e; quarto tempo – retenção sem ar. É um tipo de respiração com a participação da musculatura abdominal, intercostal e torácica, promovendo um aproveitamento muito maior da capacidade pulmonar. Este exercício pode ser realizado com diversas variações determinando-se o período de permanência em cada tempo de acordo com a vontade do praticante e sua realização pode surtir bons efeitos na natação e conseqüentemente no salvamento aquático. Esta prática pode ser combinada ainda com os exercícios de alongamento. Uma outra variação deste exercício pode ser feita na borda de uma piscina ou até mesmo no mar, fazendo a respiração de dois tempos, inspirando fora da água e em seguida submergindo o rosto. Esta é a apnéia estática. Exercícios de apnéia podem ser realizados ainda com o auxílio de pesos, onde o praticante mergulha até o fundo e transporta o peso (pedra ou anilha) pela distância que puder/quiser. Este exercício é também chamado de “deep run” ou corrida profunda. Ressaltamos aqui a importância de que exercícios que envolvam apnéia devem sempre que possível ser realizados sob a visão de outras pessoas evitando-se acidentes.
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ANEXO A TREINAMENTOS DE NATAÇÃO APLICADA
TREINO A: a) 300 – 600 metros nadando 70% - freqüência 160 -170; b) 150 metros educativo patada dupla com prancha. Focalizar deslize na água; c) 150 metros educativo patada dupla sem prancha. Alongando bem a braçada; d) 150 metros educativo de finalização de braçada, sem efetuar recuperação de braçada (submersa). Somente o dedo mínimo sai da água.; e) 200 metros 50m/50m, elevação de cotovelos, ponta dos dedos na água e ponta dos dedos no ombro; f) 150m rotação de quadril, pode ser utilizado prancha nas mãos; g) 400m 150m/150m/100m, perna crawl, perna costas, perna tesoura, sucessivamente; h) Pernada alternada, noções, 15 minutos para adaptação da técnica; i) 200m crawl polo ( aproximação de vitimas); j) 10 tiros de 50m - a cada 1'10''. resistência limiar.
TREINO B:
a) 300 metros nadando 70% - freqüência 160 -170;b) 200 metros 50m/50m/50m/50m R2, R3, R4, R5 respectivamente;
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c) 200 metros crawl polo (aproximação); d) 150 metros patada dupla com prancha; e) 200 metros 25m/25m braço direito, braço esquerdo, respectivamente; f) 150 metros rotação de quadril com prancha; g) 300 metros 150m/150m perna crawl, perna tesoura; h) 20 minutos pernada alternada; i) 10 tiros de 50 metros a cada 1 minuto, limiar. (trabalho de ritmo). *R2, R3 ,R4, R5 – significa que a cada 2, 3 , 4 , 5 braçadas se realiza uma respiração. *Patada Dupla – As duas mãos juntas na frente do corpo, segurando a prancha. Faz-se uma braçada de cada vez, sendo que as mãos sempre tem que terminar unidas para que se possa efetuar outra braçada. Nadando normal. *Rotação de Quadril (educativo) – a cada finalização de braçada o corpo fica totalmente lateralizado, conta-se até “3”, para efetuar outra braçada, e assim sucessivamente.
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ANEXO B EDUCATIVOS E SEUS OBJETIVOS: EXPLICAÇÃO DA TÉCNICA.
PATADA DUPLA COM E SEM PRANCHA: Esse educativo serve para aperfeiçoar a entrada das mãos na água, o alongamento da braçada, e principalmente o ganho de deslize na água, aumentando assim, o aproveitamento da braçada.
FINALIZAÇÃO DE BRAÇADA SAINDO SOMENTE OS DEDOS MÍNIMOS DA ÁGUA E SEM RECUPERAÇÃO DE BRAÇADA FORA D'ÁGUA, SENDO ESTA SUBMERSA: Objetiva o aperfeiçoamento da técnica de finalização da braçada, sendo esta uma das partes mais importantes do nado, pois é justamente quando se finaliza a mesma, que se tem ganho de velocidade.
ELEVAÇÃO DE COTOVELOS ARRASTANDO A PONTA DOS DEDOS NA ÁGUA (VASSOURINHA): muito utilizado para pessoas que tem dificuldade na recuperação de braçada, aperfeiçoa a técnica fora d'água, corrigindo assim, o cotovelo dos nadadores que elevam as mãos acima dos mesmos, aumentando a velocidade de recuperação da braçada. Auxilia na entrada das mãos na água.
ROTAÇÃO DE QUADRIL: Muito importante para a natação, pois, o nadador que possui uma boa rotação de quadril, tem uma braçada muito mais
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proveitosa, um deslize muito maior, e principalmente um desgaste físico reduzido. Propicia a utilização de todos os músculos do corpo.
RESPIRAÇÃO : Aumentar a capacidade aeróbica do nadador. R2, R4, ..., R8, são respirações unilaterais. Já R3, R5, etc, são respirações bilaterais, o que aperfeiçoa a técnica do nadador ao respirar para ambos os lados.
TRÊS BRAÇADAS EM CIMA E DUAS SUBMERSAS: educativo para auxiliar a ultrapassar a zona de arrebentação, aumenta a capacidade aeróbica do nadador. Treino 25 metros submerso: aumenta a apnéia do nadador.
BRAÇO DIREITO/ BRAÇO ESQUERDO: focaliza apenas a técnica em um dos braços, sendo mais fácil para o nadador corrigir a técnica distinta.
PERNADA TESOURA: Pernada de tração. Tecnicamente fácil de executar, e muito eficiente no reboque de vítimas sem nadadeiras.
PERNADA ALTERNADA (POLO): Pernada de sustentação. Muito eficiente para se sustentar na superfície sem o auxilio dos braços. Esta técnica aumenta o tempo de flutuabilidade do nadador. Sendo possível segurar mais de uma vitima na água com eficácia.
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Lição 6
RELAÇÕES HUMANAS E CONSCIENTIZAÇÃO TURÍSTICA
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Reconhecer a importância da imagem do serviço de Guarda-vidas para o Corpo de Bombeiros Militar e para a sociedade. 2. Citar cinco características desejadas e esperadas do perfil profissional e pessoal do Guarda-vidas. 3. Descrever as fases da atuação do Corpo de Bombeiros Militar no serviço de Guarda-vidas. 4. Citar cinco elementos que podem auxiliar na comunicação ou prejudicá-la.
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Relações Humanas e Consciência Turística ABORDAGEM AO PÚBLICO
Para se compreender a motivação humana, o primeiro passo é conhecimento do que provaca e dinamiza tal fenômeno. A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser chamadas de desejos, aspirações e objetivos individuais ou motivos. As necessidades humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e influenciam cada pessoa, determinando seus pensamentos e direcionando o seu comportamento, frente às diversas situações da vida. São fatores que formam a personalidade, pelos traços biológicos e psicológicos, pelas características
adquiridas
através
da
experiência
pessoal
da
sua
aprendizagem. Apesar das diferenças individuais, que regem o comportamento das pessoas, certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual as pessoas organizam seus comportamentos para obter satisfação. Para o autor Maslow, as necessidades humanas estão arranjadas em uma pirâmide de importância e de influência do comportamento humano. Necessidades Fisiológicas: são necessidades físicas ou impulsos básicos de sobrevivência, como as necessidades de alimentação (fome ou sede), de sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor). Denominadas biológicas ou básicas, que orientam a vida humana desde o momento do nascimento. Necessidades de Segurança: é o segundo nível das necessidades humanas. Levam as pessoas a terem necessidades de sentirem-se seguros, livre de ameaças, a protegerem-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. A fuga do perigo, o desejo de estabilidade. As necessidades de segurança têm grande importância, uma vez que as pessoas têm uma relação de dependência com o meio em questão.
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Necessidades Sociais: são as necessidades relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras pessoas. São as necessidades de associação de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança), se encontram relativamente satisfeitas. Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, com auto-avaliação e a auto-estima. Envolvem a auto-apreciação, a auto-confiança, necessidade de aprovação social e de reconhecimento de status, prestígio e de consideração. A satisfação dessas necessidades conduz o sentimento de auto-confiança, necessidade de aprovação social e de reconhecimento de status, prestígio e de consideração. A satisfação dessas necessidades conduz o sentimento de autoconfiança
de
valor,
força,
prestígio,
poder,
capacidade,
utilidade
e
independência. Necessidades de Realização: São as necessidades que levam cada indivíduo a realizar o seu próprio potencial e de se desenvolver continuamente ao longo da vida. Estão relacionadas com a plena realização daquilo que cada pessoa tem de potencial e de virtual, chegando ao ápice do seu ser. Quem trabalha diretamente com o público, é preciso buscá-lo como seu parceiro. O compromisso de servir a sociedade está interligado com a disposição de cada um em dar o melhor de si. No entanto, não é somente agindo de boa fé que o Corpo de Bombeiros será bem quisto. É necessário que todos tenham uma boa cordialidade, precisando gozar de uma auto-estima, não deixando ser influenciado por outras dificuldades (como por exemplo problemas pessoais), mantendo, sempre um bom relacionamento com o público e com os demais colegas.
Imagem..... A imagem é um fator determinante para a aquisição de um produto, de um destino. A imagem é vista como um conceito abstrato, que incorpora a influência de uma promoção veiculada no passado, a reputação do
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produto/marca e a prescrição de uma avaliação das alternativas. A imagem conota as expectativas das pessoas potenciais. No entanto, no turismo, a imagem é igualada a um jogo de expectativas sobre um lugar ou uma atividade existente, que procede a visita de um determinado local turístico. A imagem retrata o futuro da localidade. “Por opinião, entende-se que é a imagem que as pessoas têm de alguma coisa”. Ela resulta de todas as experiências, impressões e posições apresentadas em relação a alguma coisa. No entanto ela pode ser alterada, por isso, se faz necessário que cada integrante desta corporação fique atento com a abordagem, com a conduta diante das pessoas. Mesmo que tenha sido somente com uma pessoa, o fato de tratá-la mal pode passar adiante, contando o seu caso para outras pessoas, e outras, assim denegrindo a imagem de uma equipe toda, e da própria destinação turística. Qualquer um de nós, normalmente, se apresenta no mundo em dimensões. Na corporação: Como indivíduo: deseja-se que cada um cuide de seu corpo (pratica esportes, tenha uma vida saudável, ...)e de sua mente (tenha valores na vida, ...), seja positivo, tenha alto astral, acredite na sua potencialidade, seja um vencedor.
Com pessoas... Como membro de uma equipe de trabalho: espera que seja uma pessoa eficiente, que busque constantemente o aprimoramento profissional, amigo de seus companheiros, responsável dedicado, ... Vistos como profissionais, porque a Sociedade precisa de vocês. Como membro de uma família: na sua profissão, encontra-se a sua segunda família. Como membro de uma sociedade: ver o integrante desta corporação, como um reflexo da mesma, seja aonde estiver.
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Importante para o dia a dia... - Público: entender e atender suas necessidades com a procura da excelência; - Recursos Humanos: incentivar e valorizar o trabalho de todos os colegas, a qualificação e o crescimento profissional e pessoal; - Qualidade: buscar o aperfeiçoamento constante nos serviços prestados, nos processos de trabalho e nas relações profissionais; - Ética: atuar com elevado padrão de conduta, agindo com honestidade, justiça, dignidade e respeito, preservando a imagem do grupo; - Responsabilidade Social: ser útil à comunidade, com ela interagindo, respeitando e facilitando a melhor convivência social.
Normas e características desejadas e esperadas do perfil profissional e pessoal... - Flexibilidade: deve ser flexível, o que significa estar aberto para qualquer tipo de inovação, ou problemas e surpresas. Devem procurar
respostas
rápidas,
preocupando-se
com
questões
imediatas. - Versatilidade: além de suas funções habituais, não pode limitarse apenas a sua função “o de salvar vidas”, lembre-se que você é um profissional a serviço da comunidade, atendendo-lhes em qualquer situação. - Criatividade: seja um profissional que usa a criatividade. Encontre soluções para velhos e/ou novos problemas. Ser criativo nada mais é do que romper barreiras do hábito e buscar novas alternativas. Assumir riscos de forma calculada. - Princípio de moral: você deve ser extremamente sensível aos padrões éticos e à moral. - Liderança: espírito de liderança é fundamental ao profissional que tem que exercê-la com freqüência, tendo em vista as rápidas mudanças do cenário.
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- Apresentação pessoal: outro aspecto que destaca-se é a sua apresentação pessoal e a sua postura, pois isso afeta a imagem perante a outras pessoas. - Tomada de decisão: é fundamental a habilidade de tomar decisões, por mais simples que sejam, sobretudo no contato direto com o público. - Eficiência e eficácia: uma pessoa eficiente é aquela que consegue resultados à altura dos insumos usados para atingir resultados. Já na eficácia, é capacidade de escolher objetivos aprimorados. Uma pessoa eficaz é aquela que escolhe as coisas certas a serem feitas. - Comunicação: é muito importante saber se expressar com muita clareza, o que exige um bom poder de comunicação, tanto dentro do trabalho ou fora dele. - Trabalho em equipe: é fundamental a habilidade de trabalhar com equipe de pessoas. O relacionamento cordial com os demais membros, a participação ativa nas execuções das tarefas, na atuação firme, são requisitos mais importantes para o sucesso do trabalho em grupo. - Equilíbrio físico e emocional: trabalhar diretamente com o público geralmente causa estresse. Você deve reduzi-los a níveis controláveis, mantendo sempre sua integridade emocional e física.
A Atuação Pública do Corpo de Bombeiros ... O Corpo de bombeiro trabalha com três fases. São elas: 1ª Fase: Pré-incidente: esta fase enquadra-se a atuação de forma preventiva, onde há possibilidades do trabalho ter resultados cem por cento positivos. 2ª Fase: Incidente: aqui é quando ocorre o incidente propriamente dito. As chances de obter resultados inteiramente positivos, já não são de cem por cento, pois trata-se de salvar uma vida que passou por algum ocorrido. Aqui, temos que analisar os danos.
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3ª Fase: Pós-incidente: a avaliação dos resultados da atuação da corporação, positivo ou não. Tem-se a possibilidade de aprendizado. Em cada uma dessas fases a atuação, a abordagem diferencia-se. No entanto, a fase mais importante para a atuação é quando está se “PREVENINDO”, mas vocês podem se perguntar o por quê? Se a função que lhes compete é a de salvar as vidas dos cidadãos. Porquê o resultado pode ser 100% positivo. É aonde você tem 100% de chances de salvar vidas.
A comunicação.... Comunicação é, em síntese, a relação estabelecidas pela transmissão de estímulos e pelas respostas provocadas. O processo voluntário se dá quando a mensagem é transmitida de maneira consciente de uma pessoa para outra. Por exemplo: Pedro dá “Bom Dia” a Paulo, um colega de trabalho. Mas como não gosta de Paulo, Pedro, ao mesmo tempo, sorri com ironia, sem se dar conta disso. Neste caso a mensagem “lhe desejo um bom dia” (valor positivo) é suplantada pela mensagem “não gosto de você” (valor negativo). Sendo esta a mensagem que Paulo recebe. Comunicar é, portanto, o ato de tornar comum uma mensagem por meio de códigos verbais (com a fala) e/ou não verbais (com gestos ou expressões físicas/faciais). Para quem trabalha diretamente com o público, torna-se essencial a comunicação clara e de forma objetiva.
Alguns elementos que podem auxiliar na comunicação ou prejudicá-la.... Codificação: equivale a reunir ou transformar, num código conhecido a intenção da comunicação, ou, em outras palavras, a elaborar um sistema de signos. Geralmente usado para simplificar uma mensagem. Decodificação: é decifrar uma mensagem, uma operação que depende do repertório de cada pessoa. Há a linguagem infantil, a erudita, a visual, etc.
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muitos grupos sociais ou categorias profissionais acabam desenvolvendo formas de linguagem próprias, inacessíveis às demais pessoas, como a gíria. Exemplo: Imagine um surfista, abordar um empresário formal: Aloah! O mar tá “Crowded” – pode ser uma simpática observação de um surfista para outro. Porém o leigo realmente não irá entender o que o surfista quis dizer: “Oi! O mar está cheio de gente, está animado!”. Feedback: é outro elemento importante da comunicação. É o retorno, a resposta, correspondente à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se sua mensagem foi captada pelo receptor. Pode vir através de terceiros, em comentários, como por exemplo, o respaldo em que a mídia deu a tal caso. Linguagem verbal: esta utiliza-se de palavras. No processo de comunicação, muito da linguagem não verbal, também tem importância para a transmissão da mensagem. Mas no que se refere ao estritamente verbal, as dificuldades de entendimento ocorrem principalmente porque as palavras têm inúmeros significados. Comunicação não-verbal: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Na verdade movimentos faciais, corporais, gestos, olhares, apresentação e mesmo a entonação da voz também “falam”. Estes elementos podem variar muito de cultura para a cultura. Norma Social: tem funções específicas de regular e encandear a interação social. Como por exemplo, aperto de mão, abraços, acenos, etc.
ELEMENTOS NÃO VERBAIS Expressão facial: não é tarefa fácil de se avaliar as emoções de alguém apenas a partir de sua expressão fisionômica. Só se pode tentar uma avaliação quando há grandes discrepâncias entre diferentes sinais. Como por exemplo, um rosto aparentemente tranqüilo, mas com lábios apertados e pálidos, costuma indicar raiva, irritação contida. Movimento dos olhos: movimento desempenha um papel importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido pelo observador como prova de interesse. Mas em outro contexto, pode significar ameaça, provocação.
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Trejeitos e movimentos com a cabeça: os movimentos com a cabeça tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. Se a pessoa estiver entendendo a mensagem, ela pode expressar isto movendo a cabeça para cima e para baixo. Postura e movimento de corpo: movimentos corporais tendem a fornecer pistas mais seguras do que as expressões faciais, onde comunica atitudes concernentes a situação. Aparência: normalmente, a aparência de uma pessoa reflete o tipo de imagem que gostaria de passar. Por meio de vestuário, penteado, postura, gestos, modo de falar, etc. E outros componentes como os componentes não-verbais, que enquadrase a entonação da voz, as características emocionais.
Saber Escutar e Ouvir... Para o processo de comunicação, é necessário que as pessoas entrem num consenso, que se compreendam mutuamente. É preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de informação dada e a quantidade de informação recebida. Conseguindo escutar: Tem que querer escutar Impedir que ruídos externos ou internos distorçam a mensagem Prestar a atenção Ser flexível Resistir a distrações Deixar de lado preconceito e preferências Demonstrar respeito e aceitação
Barreiras a uma Comunicação Eficaz... Dificuldades de expressão Timidez/medo de se expressar Falta de carisma (não consegue prender a atenção) Suposições
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Excesso de intermediários Sentimentos Diferenças de percepção Hostilidade Status Entre outros.
Diferenças individuais... Cada ser humano é único e distinto. Desde o seu nascimento, possui características próprias, que, com o passar dos anos, se desenvolvem e se acentuam, num processo acumulativo de experiências vividas. Por isso, cada ser humano tem uma personalidade única e exclusiva. Personalidade: é o conjunto de características que definem uma pessoa e igual só a ela mesma. São características biológicas, psíquicas e sociais.
Causadores das Diferentes Individuais... Constituição
física
(sexo,
acuidade
sensorial
–
diferentes
capacidades de utilizar dos seis sentidos: tato, audição, etc. Traços psicológicos: inteligência, aptidões, emoções. Experiências vividas Grupo social e nível cultural a que pertence. Interesses e motivações pessoais. Comportamento – pode ajudar ou atrapalhar uma pessoa. Paciência + compreensão = profissionalismo. Exercício – Traçando o perfil do público 1 – O que é segurança na praia? 2 – Quem é o público? 3 – São todos vítimas potenciais? 4 – Quais as características deste público? 5 – Como previni-los?
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Quem é o turista? Certamente é um viajante, um passageiro, imprevisível, e sobretudo um desconhecido. Varia personalidade, maneira de viver, principalmente, nas razões que o trouxeram. Ele tem várias expectativas, desejos e busca todas as regalias, serviços e pessoal treinado a sua disposição, principalmente em se tratando da prestação de serviços, tanto privado como público. Suas características: São pessoas que ficam por um curto período de tempo; Estão a procura do lazer, do repouso, apreciação da natureza, exercitar-se, procuram o turismo ecológico, religioso, de compras, negócios, de saúde, etc.); Estão livres das obrigações diárias de sua vida cotidiana; Viajam sozinhos, família, ou grupos; Procuram por qualidade de vida; Pela diversão (como destinos de sol/praia, “busca do verde”, vida noturna, compras, gastronomia, etc.) Procuram por destinos que ofereçam segurança; Alguns
refugiam-se
dos
grandes
tumultos
dos
grandes
aglomerados urbanos; Não estão acostumados com a
“cultura turística” (em relação ao
comportamento de forma alienada, a preservação do meio ambiente, etc.); Não gostam de ser interferidos; Procuram certos destinos pelas drogas, pelas bebidas, pelo sexo; Possuem aspectos diferenciais sócio-econômicos (renda, idade, educação, etc.) Entre outros, ...
Suas expectativas... Ver tudo funcionando a tempo e a hora, tudo perfeitamente bem;
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Receber das pessoas que trabalham diretamente com o público um tratamento cortês, educado, atento, atencioso, interessado em satisfazer seus desejos e necessidades; Ter confiança nos profissionais que o atendem; Não querem ser interferidos. No entanto estes “turistas” estão sujeitos a situações de risco: Encontram-se mais expostos às situações de risco envolvendo sua nacionalidade, religião, grupo étnico; Estão num destino do qual não conhecem a cultura, talvez o idioma; São alvos muito atraentes (carregam dinheiros, câmeras, etc.) Envolvem-se em comportamentos de riscos (nadar em lugares proibido, não respeitar as sinalizações de alerta, usam drogas, consomem bebidas alcoólicas, etc.) Não estão familiarizados com a língua/dialetos e os costumes; Não tem a sua disposição grupos de suporte local; Muitas vezes visto pela comunidade local como agressoras das suas culturas e insensíveis às normas e costumes locais; Trazem consigo noções de segurança e do papel das autoridades de segurança baseadas nas suas experiências no local de origem/residência.
Na 2ª fase – no incidente... Exercício – Traçando o perfil do público 1. Quem são as vítimas? Infantil, jovens, adultos... 2. Quem são as pessoas que estão presentes junto à vítima? (cenário) – familiares, curiosos, colegas, mídia...
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Na 3ª fase... 1. Para onde foi a vítima? 2. O que aconteceu com ela? Como? Quando? 3. Quem era a vítima? Da onde? Aqui é que vem a importância do preenchimento do questionário.
Tentou-se traçar uma tipologia do perfil do público que vocês tem o contato diariamente. Não pretendeu-se limitar aqui, a tipologia dos indivíduos, ou de situações. O que pretendeu-se, foi mostrá-los que existe a possibilidade de abordar e prevenir os diversos públicos.
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Lição 07 RECUPERAÇÃO DE AFOGADOS
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Proceder a avaliação inicial de um paciente vítima de afogamento; 2. Citar os seis graus de classificação de afogados, segundo o apresentado no manual; 3. Citar os procedimentos pré-hospitalares para cada grau da classificação de afogados; 4. Enumerar as demais lesões provocadas pelo calor, que podem ocorrer em um ambiente praial e os acidentes com seres marinhos.
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RECUPERAÇÃO DE AFOGADOS
AVALIAÇÃO DO PACIENTE Numa situação de urgência/emergência, a vítima não poderá receber os cuidados adequados se seus problemas não forem corretamente identificados. Portanto, a avaliação do paciente deverá ser realizada pelos guarda-vidas para identificar possíveis lesões (traumas) e doenças (emergências médicas) ou ambas.
AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE O processo de avaliação geral do paciente divide-se cinco fases distintas, a saber: Avaliação/ Dimensionamento da cena; Avaliação inicial; Avaliação Dirigida; Avaliação física detalhada (opcional); e Avaliação ou assistência continuada.
1. AVALIAÇÃO/DIMENSIONAMENTO DA CENA Todo atendimento deverá iniciar-se pelo dimensionamento (avaliação) da cena da emergência. Esta rápida avaliação do cenário da emergência inclui:
1. A revisão das informações iniciais; 2. A
adoção
de
medidas
de
proteção
universais); 3. A verificação das condições de segurança: 4. Segurança pessoal; 5. Segurança da vítima;
pessoal
(precauções
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6. Segurança de terceiros (familiares, testemunhas e curiosos); 7. A verificação do número de vítimas e da necessidade do acionamento de recursos adicionais.
2. AVALIAÇÃO INICIAL A avaliação inicial da vítima é o próximo passo do guarda-vidas após a avaliação do local da ocorrência. Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo no momento da abordagem da vítima, mesmo dentro d`água.
A avaliação inicial deve ser executada na seguinte seqüência: 1. Forme uma impressão geral da vítima; 2. Avalie o nível de consciência (status mental - Escala AVDI); 3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas e a coluna cervical; 4. Avalie a respiração; 5. Avalie a circulação (presença de pulso carotídeo palpável e hemorragias graves); 6. Decida a prioridade para o transporte do paciente (Escala CIPE).
APRESENTAÇÃO DO GUARDA-VIDAS
Diga seu nome; Identifique-se como guarda-vidas tecnicamente habilitado para ajudar; Pergunte à vítima se você pode ajudá-la.
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância, são: - Vias aéreas ( A ) - Respiração ( B ) - Circulação ( C )
AFOGAMENTO É grande a confusão da definição do termo afogamento na língua inglesa. O uso do termo “near-drowning” traduzido como “quase-afogamento” é
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ainda hoje erradamente utilizado e significam afogados que não falecem até 24 h após o incidente e o termo “drowning” as vítimas que falecem em até 24 h. Esta nomenclatura subestima o número total de óbitos por afogamento nos países da língua Inglesa resultando em um grande erro no perfil epidemiológico. Vários autores demonstraram sua preocupação quanto a esta definição imprecisa em uso, mostrando que ela esta em desacordo com os parâmetros prognósticos internacionais definidos em “Utstein-style” (1996). Em Agosto de 2000, com a edição dos novos “Guidelines” da “American Heart Association” aprovados pelo ILCOR, e com a realização do Congresso Mundial de Afogamento em 2002 realizado na Holanda, o termo quase-afogamento caiu definitivamente em desuso. A nova definição de afogamento é apresentada logo abaixo. Esta informação ajuda no diagnóstico e na terapia corretos. Afogamento (Drowning): aspiração de liquido não corporal por submersão ou imersão. Resgate: Pessoa resgatada da água sem sinais de aspiração líquida. Já
Cadáver:
morte
por
afogamento
sem
chances
de
iniciar
ressuscitação, comprovada por tempo de submersão maior que 1 hora ou sinais evidentes de morte a mais de 1 hora (rigidez cadavérica, livores, ou decomposição corporal).
MECANISMO DA LESÃO Nos acidentes por submersão, independentemente da causa, o fator principal que leva o indivíduo à morte é a hipóxia. Lembrar sempre que o indivíduo quase afogado pode ter outras lesões associadas, como fraturas e ferimentos.
Inicialmente,
a
vítima
em
contato
com
a
água
prende
voluntariamente a respiração e faz movimentos de todo o corpo, tentando desesperadamente nadar ou agarrar-se a alguma coisa. Nessa fase, pode haver aspiração de pequena quantidade de água que, em contato com a laringe, por reflexo parassimpático, promove constrição das vias aéreas superiores e, em 10 a 15% dos casos, produzem laringoespasmo tão severo,
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que impede a entrada de ar e água na árvore respiratória, até que a vítima seja resgatada ou perca a consciência e morra. Se não ocorrer o salvamento até essa fase, a vítima que prender a respiração atingirá seu limite e fará movimentos respiratórios involuntários, aspirando grande quantidade de água. Essa entrada de grande quantidade de água nos pulmões piora a constrição das vias aéreas e haverá perda do surfactante (que mantém os alvéolos abertos) e alteração na permeabilidade dos capilares pulmonares, com extravasamento de líquidos para os alvéolos e espaço intersticial (edema pulmonar). Esses fatos levam à diminuição da capacidade de expansão pulmonar, além de impedir a troca gasosa normal. Após essas fases iniciais, enquanto a quantidade de água aspirada não seja muito grande, na fase de descompensação, os movimentos diafragmáticos involuntários aumentam a aspiração de líquidos e os movimentos de deglutição, com vômitos na seqüência. Ocorre inundação total dos pulmões com perda de consciência, apnéia e conseqüente morte. As complicações tardias dos indivíduos que sobrevivem ao episódio de submersão são aquelas decorrentes da aspiração de água (edema pulmonar, infecções graves), que levam a vítima à morte. Nos acidentes em água doce ou salgada, as alterações pulmonares nos indivíduos que sobrevivem são praticamente iguais, ou seja, a presença da água doce ou salgada nos pulmões leva a alterações que causam a hipóxia.
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CAUSAS DE AFOGAMENTO Afogamento Primário – É o tipo mais comum, não apresentando em seu mecanismo nenhum fator incidental ou patológico que possa ter desencadeado o acidente. Afogamento Secundário – É a denominação utilizada para o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita. Ocorre em 13% dos casos de afogamento, como exemplo: Uso de Drogas (36.2%) (quase sempre por álcool), crise convulsiva (18.1%), traumas (16.3%), doenças cardiopulmonares (14.1%), mergulho livre ou autônomo (3.7%), e outros (homicídio, suicídio, lipotimias, cãibras, hidrocussão) (11.6%). O uso do álcool é considerado como o fator mais importante na causa de afogamento secundário
CLASSIFICAÇÃO DE AFOGADOS GRAU 1 – TOSSE SEM ESPUMA NA BOCA OU NARIZ Procedimentos: 1. Repouso, aquecimento, e tranqüilização. Usualmente não há necessidade de oxigênio ou atendimento médico GRAU 2 – POUCA ESPUMA NA BOCA/NARIZ Procedimentos: 1. Oxigênio - 5 litros/min via máscara facial. 2. Repouso, aquecimento, e tranqüilização. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Observação hospitalar por 6 a 48 h.
GRAU 3 - GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ COM PULSO RADIAL PALPÁVEL Procedimentos: 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Posição lateral de segurança sob o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco. 3. Acione a ambulância para levar ao hospital (CTI).
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GRAU 4 - GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ SEM PULSO RADIAL PALPÁVEL Procedimentos: 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Observe a respiração com atenção, pois pode ocorrer parada. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação em hospital - CTI com urgência. GRAU 5 - PARADA RESPIRATÓRIA ISOLADA Procedimentos: 1. Inicie imediatamente a ventilação artificial de emergência 2. Mantenha a ventilação artificial de 12 a 20 MRPM com oferta de O2 a uma dosagem de 15 LPM até retorno espontâneo da respiração. Cheque o pulso regularmente. 3. Após retorno da ventilação trate como Grau 4 GRAU 6 - PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA Procedimentos: 1. Ressuscitação Cárdio-Pulmonar – manobras preconizadas pela AHA, até retornar a função cárdio-pulmonar, chegar uma ambulância ou a exaustão do guarda-vidas. 2. Use o desfibrilador automático se houver. 3. Não dar soco no precórdio – sem efetividade comprovada. 4. Não comprimir o abdome – facilita a ocorrência de vômitos 5. A RCP deve ser mantida com temperatura Corporal acima de 34º C. 6. Inicie a RCP sempre quando: submersão menor que 1 hora ou desconhecido e em PCR sem rigidez cadavérica; decomposição corporal ou livores. 7. Após o sucesso da RCP, a vítima deve ser acompanhada com cuidado pois pode haver outra parada dentro dos primeiros 30 minutos, trate como Grau 4.
EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS - LESÕES PROVOCADAS PELO CALOR 1. CÃIBRAS PELO CALOR: Sinais e sintomas: Cãibras musculares severas, usualmente nas pernas e abdome; Cansaço físico; Tontura e, às vezes, desmaio. Tratamento pré-hospitalar: 1. ______________________________________; 2. ______________________________________; 3. Massagear os músculos com cãibras ou aplicar simples pressão sobre eles.
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Aplicar toalhas úmidas sobre os músculos mais doloridos provoca alívio extra.
GOLPE DE CALOR (INSOLAÇÃO) O golpe de calor é uma doença que pode pôr a vida em perigo, que deriva de uma prolongada exposição ao calor e na qual uma pessoa não pode suar o suficiente para fazer descer a sua temperatura corporal. O golpe de calor pode provocar alterações permanentes ou a morte se não for tratado de imediato. Uma temperatura de 41ºC é muito grave e uma temperatura de apenas 1ºC a mais costuma ser mortal. Rapidamente poderá verificar-se uma lesão permanente nos órgãos internos, como o cérebro, chegando muitas vezes a ser fatal. Os idosos e os que sofrem de uma doença debilitante, incluindo os alcoólicos, tendem a ser os mais prejudicados. Geralmente, o diagnóstico de golpe de calor baseia-se nos sintomas Sinais e Sintomas: ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Cefaléia; ________________________; ______________________; Pele quente, avermelhada e geralmente seca; Taquicardia; _________________; ________________; ________________; Sede; _________________; Ansiedade; Parestesia.
Tratamento Pré-Hospitalar: 1. Esfriar rapidamente a vítima. Retirá-la do local, remover as roupas, aplicar toalhas molhadas sobre a vítima. Devemos normalizar a temperatura para evitar que suas células cerebrais morram. 2. Solução de reidratação oral, com 1 a 2 litros em 2 a 4hs se estiver consciente; 3. Aplicar bolsas de gelo sob as axilas, nos pulsos e atrás dos joelhos e também próximos aos lados do pescoço;
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4. Se possível, providenciar a imersão da vítima em uma banheira d’água e esfriar a água com gelo; 5. Transporte imediato para ambiente hospitalar.
SÍNDROME DE IMERSÃO Seu nome correto é "hidrocussão" ou Síndrome de Imersão (Immersion syndrome). É um acidente provocado pela súbita exposição à água com uma temperatura 5º C abaixo da corporal. Pode ocorrer, portanto em temperaturas da água tão "quentes" quanto 31º C, freqüentemente presente em nosso litoral ou em piscinas, ou até mesmo em um banho de chuveiro. Quanto maior a diferença de temperatura, e mais súbita a exposição, maior a possibilidade de sua ocorrência. Este súbito contato com a água mais fria que o nosso corpo estimula uma parte do sistema autônomo (vagal) produzindo então uma arritmia cardíaca ou na pior das hipóteses a parada cardiorrespiratória (PCR). A arritmia cardíaca reduz a capacidade do coração em bombear sangue produzindo então a queda súbita da pressão arterial e a conseqüente perda da consciência. Como estas situações ocorrem geralmente dentro da água, o afogamento é a conseqüência imediata deste acidente, e a morte é o resultado final, caso esta vítima não seja imediatamente socorrida.
O "choque térmico" pode ser reduzido ou evitado se molharmos a face e a cabeça antes de mergulhar. QUEIMADURAS POR ÁGUAS- VIVAS OU CARAVELAS As águas-vivas e caravelas são muito comuns em nossas praias por preferirem as águas com fundo arenoso. Sua maior incidência, em nosso litoral, ocorre no verão, e principalmente durante as tempestades e ressacas quando podem atingir algumas praias em grande número. Geralmente, flutuam calmamente na superfície e apesar de se deslocarem ,estão em grande parte, à mercê das correntes e ondas. Para capturar seu alimento, elas inoculam sua peçonha através dos nematocistos. Cada nematocisto possui uma pequena cápsula arredondada contendo a peçonha, e uma ponta que é projetada para fora ao entrar em contato com a vítima. Cada água viva possui milhares de nematocistos prontos para serem disparados ao entrar em contato com a pele humana. Sinais e Sintomas: – Os mais comuns são as urticárias e queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a 24 horas; – Nos casos mais graves, podem ocorrer dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras, e outros que vão desde a dificuldade respiratória até as arritmias cardíacas, paralisia, delírio e convulsão
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– A morte é rara mas pode ocorrer por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da intoxicação ou de anafilaxia Tratamento pré-hospitalar: 1. Não permitir que a vítima coce o local; 2. Se possível remover cuidadosamente os tentáculos aderidos, e NUNCA esfregar a região atingida pois aumenta o rompimento dos nematocistos; 3. Lavar abundantemente a região atingida com a água do mar para remover ao máximo os nematocistos e os tentáculos aderidos à pele. Não utilize água doce, pois ela pode romper (por osmose) os nematocistos que ainda não descarregaram sua peçonha; 4. Lavar a região, sem esfregar, com ácido acético a 5% (vinagre) por cerca de 5 a 10 minutos e alternar com água do mar por 2 a 3 vezes. O vinagre desativa os nematocistos ainda íntegros e neutraliza a peçonha, mas não tem ação sobre a dor; 5. Caso a dor continue, use compressas geladas no local; 6. Havendo reação alérgica ou inflamatória importante a vítima deverá ser conduzida para atendimento médico.
AFOGAMENTO - CLASSIFICAÇÃO e TRATAMENTO - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST Set. 1997
Cheque a resposta da vítima ainda dentro da água Vítima consciente: resgate até a praia ou borda da piscina sem outro procedimento; Vítima inconsciente - Água rasa: abra as vias aéreas, cheque a respiração, e inicie o boca-a-boca se necessário e resgate até área seca. Água funda: Use sempre equipamento quando com 1 guarda-vidas. Coloque a face da vítima para fora da água e abra as vias aéreas. Se não houver respiração, inicie a ventilação boca-a-boca imediatamente de 12 a 20/min até alcançar área seca(*). Não cheque sinais de circulação dentro da água, somente se a distancia à área seca for longe ou se chegar em água rasa. Se não houver circulação não inicie as compressões dentro da água, resgate o mais rápido possível para área seca sem outros procedimentos.
Transporte da água para área seca com a cabeça da vítima acima do tronco
(exceto em casos de hipotermia severa) com
vias aéreas desobstruídas
Em área seca - cabeça da vítima no mesmo nível do tronco (em praias inclinadas na posição paralela a água) Não perca tempo tentando retirar água do pulmão. A posição da cabeça mais baixa que o tronco aumenta a ocorrência de vômitos e regurgitação, retardando o início da ventilação e oxigenação, prejudicando a vítima. Em praias inclinadas coloque a vítima inicialmente paralela a linha da água com o ventre para cima. O guarda-vidas deve ficar neste momento de costas para o mar com a cabeça da vítima voltada para o seu lado esquerdo facilitando as manobras de PCR sem queda sobre a vítima e a posterior colocação da vítima viva em posição lateral de segurança sob o lado direito, quando então o guarda-vidas fica de frente para o mar aguardando o socorro médico chegar.
Sem resposta Cuidado ao abrir as vias aéreas, se houver suspeita de trauma da coluna cervical(1%) - use técnicas especiais.
Cheque a resposta da vítima
Cheque a respiração - Abra as vias aéreas - veja, sinta e ouça a respiração Não RESPIRAÇÃO PRESENTE ?
Faça 2 ventilações boca-aboca e cheque sinais de circulação
Sinais de Circulação Presente ?
Sim
Já Cadáve r Não Inicie RCP, acione IML
Não
Grau 6 (93%) Inicie a RCP completa com 15 compressões e alterne com 2 ventilações até retornar a função cardio-pulmonar, ou a chegada da ambulância ou a exaustão do guardavidas. Após o sucesso da
ausente
PEQUENA PULSO RADIAL PALPÁVEL ?
Grau 4 (19.4%) 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Observe a respiração com atenção, pois pode ocorrer parada. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação no CTI com urgência.
Resgate(0.0 %)
ESPUMA NA BOCA/NARIZ
Grau 5 (44%)
Após retorno da respiração e do pulso trate como grau 4
na boca e nariz
Sim
Não
Continue o bocaa-boca de 12 a 20 p/min até o retorno da respiração norma
Cheque tosse e espuma
GRANDE QUANTIDADE DE
(Reação a ventilação ou movimentos) Não Sim Tempo de submersão > 1 h, ou Rigidez cadavérica, decomposição corporal e/ou livores.
Suporte Básico de Vida Szpilman 2001
respondeu
QUANTIDADE DE ESPUMA NA BOCA/NARIZ
Sim
Grau 3 (5.2%) 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Posição lateral de segurança sob o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco. 3. Acione a ambulância para levar ao hospital (CTI).
Avalie e libere do próprio local do acidente sem tratamento
TOSSE, SEM ESPUMA NA BOCA/NARIZ
Grau 2 (0.6%) 1. Oxigênio 5 litros/min via cânula nasal. 2. Repouso, aquecimento e tranqüilização da vítima. 3. Observação no hospital por 6 a 48 horas.
Grau 1(0.0%) 1. Repouso, aquecimento e tranqüilização da vítima. 2. Usualmente não há necessidade de oxigênio ou atendimento médico
RCP, acompanhe com cuidado pois pode haver outra parada dentro dos primeiros 30 minutos. Algoritmo 2: A manobra de Heimlich só esta indicada em forte suspeita de obstrução de vias aéreas por corpo estranho; Não existe diferença no tratamento entre afogamentos de água doce e mar.(*) A ventilação ainda dentro da água no grau 5 reduz a mortalidade em quase 50%; Ao lado do grau de afogamento a mortalidade em percentual (%).; PCR (Parada Cárdio-pulmonar); Referencias com o autor <szpilman@ccard.com.br> <www.szpilman.com>
Hospitalização
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Lição 8
SALVAMENTO AQUÁTICO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Relacionar a importância do serviço de salvamento aquático; 2) Citar pelo menos três missões que o guarda-vidas deve executar quando de serviço; 3) Citar as fases do salvamento aquático; 4) Executar as técnicas adequadas para desvencilhar-se de uma vítima que durante a abordagem o agarrou; 5) Executar com precisão salvamentos com a utilização de life belt e prancha de salvamento. 6) Citar os tipos de reboque de vítima mais comuns praticados pelos guarda-vidas
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SALVAMENTO AQUÁTICO
2.
IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE SALVAMENTO AQUÁTICO O guarda-vidas não está nas praias somente para salvar vidas, mas
principalmente para guardá-las, atuando continuamente na prevenção, evitando que o banhista seja arrastado pela corrente de retorno. Muitas vezes, o guarda-vidas é o único representante da administração pública na praia, sendo solicitado para prestar informações diversas, como reclamações referentes a cachorros na praia, jogo de futebol, pescaria em área de banho, embarcações próximas à faixa de areia ou pranchas de surf que oferecem perigo aos banhistas, além de ter a importante missão de proteger os banhistas do perigo do mar, entre eles: a)
;
b)
;
c)
.
PARTES ESSENCIAIS DE UM SOCORRO Reconheça a necessidade do socorro. Chame por ajuda ou avise alguém antes de iniciar o socorro. Decida o local por onde irá atingir a vítima e o material que irá utilizar. Aborde a vítima com a estratégia mais adequada e mais segura. Transporte à vítima até a praia ou chame por ajuda mais adequada a situação Durante o resgate, o guarda-vidas deve manter-se calmo, julgar e decidir a cada etapa
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do resgate, e acima de tudo não se expor ou ao paciente a riscos desnecessários.
O SOCORRO Para avaliar o risco e o método de resgate a ser utilizado, o guarda-vidas deve avaliar: As condições do mar As condições da(s) vítima(s) O equipamento disponível para o resgate A disponibilidade e habilidade dos recursos humanos para o resgate. Sempre comunicar estar partindo para um resgate.
ENTRADA NO MAR Ao visualizar o afogado em necessidade de ajuda, avalie: 1. Qual o meio mais rápido e seguro para você e para sua vítima? Geralmente a corrente de retorno (vala) é o meio mais rápido, entretanto as vezes pode ser mais rápido entrar por um banco de areia ou um costão. 2. Qual o material de salvamento que você dispõe que vai lhe ser mais útil para ajudar no salvamento? 3. A nadadeira deve ser um material obrigatório no socorro e só deve ser dispensada em casos excepcionais.
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APROXIMAÇÃO DO AFOGADO É a aproximação do guarda-vidas ao afogado podendo ser realizado pelo nado de aproximação ou através de outros meios quando se utiliza equipamento de salvamento como helicópteros ou barcos. A aproximação deve ser feita pelo local mais seguro para o socorrista e a vítima. A aproximação do guarda-vidas até a vítima deverá ser feita em nado de “aproximação”, que é uma variante do nado estilo “craw”. Neste estilo a cabeça do socorrista deverá ficar para fora da água, de forma a facilitar a visualização da vítima. A vantagem dessa variante consiste na maior velocidade de deslocamento e na maior garantia de não se perder o afogado de vista.
ABORDAGEM DO AFOGADO É o contato do guarda-vidas e/ou dos meios de salvamento com a vítima. Esta abordagem deve levar em consideração o estado da vítima: Vítimas inconscientes: abordagem direta. Caso o guarda-vidas tenha algum material de salvamento este será utilizado após a abordagem corporal da vítima. Vítimas conscientes e tranqüilas: aborde a vítima de longe explicando-a como você socorrista irá fazer para ajudar. Vítimas conscientes e desesperadas: O socorrista deve oferecer o material de salvamento (rescue-can, rescue-tube, pranchão e outros) antes de entrar na zona de contato corporal com a vítima. Caso o socorrista não possua material, a abordagem deve ser realizada, parando-se a 2 m antes da vítima, mergulhando por baixo dela para que a abordagem seja pelo dorso da vítima, reduzindo o risco de lesões. A técnica recomenda que a abordagem seja feita pelas costas da vítima, o que evitará que ela se agarre ao guarda-vidas. Entretanto, isto não ocorre com facilidade, pois a vítima, instintivamente, estará sempre voltada para o guarda- vidas.
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Importante ressaltar, que durante a abordagem da vítima esta poderá agarrar o guarda-vidas, sendo necessário a aplicação de algumas técnicas para desvencilhar-se dela. No entanto a que ressaltar que a ILS, preconiza que existem três procedimentos que o guarda-vidas nunca pode realizar, que são: nunca agredir a vítima; nunca afunda ou afogar a vítima e nunca perder o contato com a vítima. Quando a vítima agarrar o guarda-vidas pelos cabelos Segure a mão da vítima oposta a que o guarda-vidas for utilizar com o polegar sobre a parte posterior da mão da vítima e os demais dedos por baixo da mão, fazendo um giro da mão da vítima de forma a gira todo o braço. Com a outra mão, o guarda-vidas seguro na parte anterior do braço da vítima, o mesmo em que a mão está sendo segura, e auxilia no giro do corpo da mesma e fazendo a pegada por baixo da axila e queijo, na posição para o reboque.
Quando a vítima agarrar o guarda-vidas no pescoço Deverá o guarda-vidas passa um dos braços por entre os braços da vítima segurando com sua mão na mão oposta da vítima, pelo lado posterior e com o mesmo braço, colocando o seu antebraço entre os antebraços da vítima e girando a mão da vítima e forçando o braço dela com seu de forma a fazê-la soltar seu pescoço. Enquanto isso a outra mão do guarda-vidas segura à vítima pelas costas e auxilia no giro do corpo da mesma e fazendo a pegada por baixo da axila e queijo, na posição para o reboque.
Quando a vítima abraçar o guarda-vidas por cima dos braços Deverá o guarda-vidas segurar fortemente com ambas as mãos, na altura dos quadris da vítima sobre as cristas ilíacas, fazendo pressão com a ponta do polegar, empurrar com força a vítima para frente e para cima. A tendência natural do movimento é fazer com que o guarda-vidas deslize para baixo entre
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os braços da vítima. Em seguida, sem perder o contato, e ainda segurando a vítima pelos quadris, efetuar o giro, de maneira a colocá-la de costas para a tomada de posição de reboque.
Quando a vítima abraçar o guarda-vidas por baixo dos braços Como o guarda-vidas tem livre as mãos, deverá colocar uma delas sob a região mentoniana (queixo) da vítima e a empurrar com força para cima e para o lado oposto da outra mão sua. Isto a obrigará a afrouxar os braços, quando então o guarda-vidas irá girar a vítima com o auxílio da outra mão que estará na parte posterior da escápula, para a tomada de posição de reboque.
PRIMEIRA AVALIAÇÃO E REBOQUE NA ÁGUA CONSCIENTE OU INCONSCIENTE SEM MATERIAL É aquele salvamento que se caracteriza pela ação de um ou mais guarda-vidas, sem utilização de equipamento de proteção individual, de flutuação, ou de tração, no resgate da vítima. Nos dias de hoje apenas se admite um socorro sem material em casos excepcionais onde o socorrista encontra-se no local, mas não esta em trabalho. Todos os guarda-vidas devem sempre estar portando nadadeiras durante serviço. Embora por alguns não seja considerada como material de salvamento, e sim uma extensão do uniforme obrigatório do guarda-vidas. Descrevemos abaixo o salvamento sem equipamentos considerando a nadadeira como parte do uniforme do guarda-vidas. SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA ÁGUA: A necessidade de suporte básico de vida ainda dentro da água depende do estado de consciência da vítima. Para vítimas conscientes ou sabidamente vivas (movimentando-se) não há necessidade do suporte básico de vida na água e somente quando chegar a areia. Para vítimas inconscientes o suporte básico de vida ainda dentro da água pode reduzir a possibilidade de morte em 50%, o que o torna em um procedimento de vital importância.
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RESGATE É a retirada da vítima do meio líquido para a área seca (areia), geralmente realizada através do nado de reboque.
NADO DE REBOQUE - É o nado utilizado para o reboque de uma vítima. Caracteriza-se pela posição lateral que o guarda-vidas assume na superfície da água, trazendo a vítima sempre voltada para cima, mantendo-se as vias aéreas fora da água. É dividido em dois movimentos: Pernada: Chamada de “pernada de tesoura”. Partindo da posição totalmente estendida, o guarda-vidas recolhe as pernas, de maneira que a perna mais próxima da superfície da água se dobre trazendo o joelho o mais próximo do peito, enquanto a outra perna se flete tentando tocar o glúteo com o calcanhar. Após o recolhimento, ambas as pernas se alongarão na maior amplitude possível, havendo então um violento movimento de impulsão, ao fim do qual as pernas deverão estar unidas e esticadas, próximo a linha da água, deixando o corpo totalmente estendido. Braçada: Simultaneamente ao movimento das pernas, o braço que estiver submerso tracionará a água no momento em que as pernas estiverem se encolhendo, e se esticará quando ocorrer a impulsão da pernada. O braço deve descrever um oito por ocasião do tracionamento. O outro braço esta na posição de reboque segurando a vítima por cima do peito até a mão do socorrista alcançar a axila ou o peitoral contralateral fornecendo maior firmeza ao socorrista. Tipos de Reboque 1) Reboque da Cruz Vermelha: O guarda-vidas tomará a posição de reboque, o que consiste em passar o braço esquerdo (ou direito) sobre o ombro esquerdo (ou direito), colocando a mão esquerda (ou direita) sob a axila direita
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(ou esquerda) do afogado, colocando-o em posição horizontal, de costas e com apoio no quadril do guarda-vidas. Em conseqüência desta posição de reboque, a vítima estará dominada, permanecendo com as vias aéreas fora d’água; fato este que a faz sentir-se mais segura. O guarda-vidas deverá conversar com a vítima acalmando-a e reforçando o fato dela estar segura e viva conseguindo desta forma sua ajuda batendo os pés. Como o guarda-vidas terá um braço e ambas as pernas livres, nadará lateralmente.
2) Reboque pelas axilas: Reboque fixando-se o braço sob a axila e a mão na
nuca, tomando a posição anteriormente descrita. É a maneira mais favorável para se rebocar uma vítima em pânico, pois esta posição praticamente imobiliza um braço da vítima e deixa o outro sem condições de agarrar o socorrista. Pode ser realizado por um ou dois guarda vidas. Só deve ser realizada em casos de vítimas conscientes e agitadas. 3) Reboque pelo queixo: É o mais cômodo e fácil para o guarda vidas, entretanto somente poderá ser aplicado em vítimas absolutamente calmas e confiantes, como nadadores cansados, por exemplo, ou mesmo em longos percursos. 4) Reboque pelo punho: Esta técnica poderá ser utilizada em vítimas passivas e é a seqüência natural de uma aproximação pela frente e pela
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superfície. Após a vítima ser virada de costas, o braço que está rebocando deverá manter-se reto ao puxar a vítima, verificando sempre para que sua cabeça esteja fora da água. Ajustando a maneira de virar o pulso de vítima, seu rosto ficará na superfície. Se o contato inicial foi na axila ou queixo da vítima, o guarda-vidas deverá posicioná-la dando fortes pernadas enquanto usa um dos braços para colocar o braço correspondente da vítima para trás. Segura o pulso com firmeza na posição correta e inicia o reboque pelo pulso. Se as condições da água, o tamanho e peso da vítima não favorecerem este método ou se a vítima estiver agitada, o socorrista deverá estar preparado para mudar o tipo de reboque.
Transporte É a retirada da vítima do meio líquido, até um local seguro e que possibilite ofertar a vítima o atendimento requerido. Durante o transporte deverá ser observado se as vias aéreas permanecem pérveas.
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Reanimação São
as
técnicas
executadas
pelo
guarda-vidas,
visando
o
restabelecimento dos sinais vitais da vítima. Interessante salientar, que quando houver possibilidade e a vítima necessitar, a reanimação deverá ser executada também durante as fases de abordagem e reboque, desde que seja viável e o guarda-vidas esteja portando o equipamento de proteção individual requerido para a manobra.
TIPOS DE SALVAMENTO O tipo do salvamento dependerá do estado da vítima e do meio onde se está realizando o salvamento, além dos equipamentos empregados. Salvamento simples É aquele que se caracteriza pela utilização apenas da nadadeira como equipamento de proteção individual. A técnica recomenda que a abordagem seja feita pelas costas da vítima, o que evitará que ela se agarre ao guarda-vidas. Entretanto, isto não ocorre com facilidade, pois a vítima, instintivamente, estará sempre voltada para o guarda-vidas. No caso de ocorrer à aproximação pelas costas, deverá o guarda-vidas, simplesmente, tomar a posição de reboque, o que consiste em passar o braço esquerdo ou direito pela axila esquerda ou direita do afogado, apoiando a mão
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espalmada sobre o peito da vítima, colocando-a em posição horizontal, de costas e com apoio no quadril do guarda-vidas. Quando a aproximação for feita pela frente da vítima, deverá o guardavidas
evitar
que
seja
agarrado;
para
tanto
deverá
mergulhar
a
aproximadamente dois metros da vítima e, com os olhos abertos, contorná-la, emergindo às suas costas e tomando a posição de reboque, anteriormente descrita.
Salvamento com equipamento É aquele que se caracteriza pela ação de um ou mais guarda-vidas, com a utilização de equipamentos de flutuação, a fim auxiliá-lo no resgate da vítima. Dentre esses equipamentos de flutuação destacamos: life belt (rescue tube), prancha de salvamento e rescue can. Salvamento com life belt (rescue-tube) O life belt tem capacidade de sustentar uma ou duas pessoas e é peça indispensável a qualquer equipe de salvamento no mar ou águas agitadas. A entrada no mar é realizada correndo, sendo que ao atingir a água o guarda-vidas solta o life belt, nadando em direção da vítima, sem desviar a atenção do lugar onde ela está. Nos casos em que a vítima esteja consciente, o life belt pode ser entregue diretamente a ela e posteriormente preso em seu tórax pelo guardavidas, caso contrário, o guarda-vidas deve realizar o canivete, imobilizá-la com uma das pegadas de reboque, e depois fixar o cinto, porém se a vítima estiver agitada e em pânico, o guarda-vidas, por precaução, para não ser puxado pela vítima, soltará a alça que o prende ao life belt, depois de abordar e acalmar a vítima, o guarda-vidas recolocará a alça sobre o corpo e iniciará o reboque da vítima até a praia. O guarda-vidas deverá dar uma atenção especial ao controle das vias aéreas, tendo em vista a distância que poderá formar entre a vítima e o guardavidas.
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Foto: Life-Belt
Salvamento com pranchas É aquele em que o guarda-vidas efetua o salvamento com o auxílio de uma prancha, possibilitando, chegar mais rápido à vítima e garantir um ponto de sustentação. A aproximação da vítima deverá ser feita por qualquer um dos lados, onde o guarda-vidas oferecerá a prancha à vítima consciente, se a vítima estiver inconsciente, o guarda-vidas abordará a vítima colocando a prancha entre ambos com as quilhas voltadas para cima, pegando-a pelas mãos, após os braços da vítima serem colocados sobre a prancha, desvire-a para a posição normal. Posteriormente o guarda-vidas deve acertar a vítima na prancha e finalmente deitar-se entre as pernas da vítima, iniciando o reboque remando com os braços na direção da praia. Interessante salientar, que as pranchas utilizadas no salvamento, são apropriadas para este fim, pois são maiores e possuem maior capacidade de flutuação, características que diferencia uma prancha de salvamento e uma prancha de surf, justamente por apresentar esta característica a sua utilização é limitada de acordo com as condições do mar.
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Foto: Pranchão de Salvamento
Salvamento com rescue can Este equipamento apresenta algumas desvantagens em relação ao life belt, porém nos salvamentos em que a vitimas estiver consciente ele se mostra também eficaz. Cabe esclarecer, que a principal desvantagem deste equipamento é que a vítima precisa segurá-lo para ser rebocada.
Foto: Rescue can
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Salvamento com embarcação É o salvamento realizado com a utilização de embarcação, neste tipo de salvamento a abordagem da vítima poderá ser com a própria embarcação, que deverá ser pelas laterais (bombordo ou boreste), entretanto, devem ser tomados os devidos cuidados para evitar um choque da embarcação e principalmente para a hélice não atingir a vítima. Poderá, ainda, ser realizada pelo guarda-vidas que se lançará na água, pegando a vítima e conduzindo-a para o bordo da embarcação, ou poderá ser através de lançamento de um equipamento de flutuação ou de tração.
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Lição 9
LEGISLAÇÃO DO TRÁFEGO MARÍTIMO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Citar pelo menos três tipos de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e Recreio; 2) Estabelecer quais são os limites (distâncias) para uso de embarcações nas áreas seletivas para a navegação; 3) Citar três procedimentos que devem ser observados por condutores de embarcações com dispositivos rebocados.
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1. PRAIA Art. 10 da Lei Federal 7.661/88 - As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado sempre, livre acesso, a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse da Segurança Nacional, ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.
2. TRÂNSITO PERIGOSO DE EMBARCAÇÕES
Art. 34 da Lei de Contravenções Penais - Dirigir veículos na via pública ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia.
Pena: Prisão simples, de 15 (quinze) dias a 03 (três) meses, ou multa.
3. NORMAN
Normas da autoridade marítima.
4. LESTA
Lei Nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.
4. RLESTA Decreto No 2.596, de 18 de maio de 1998, que regulamenta a Lei no 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional.
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5. HABILITAÇÃO DOS CONDUTORES DE EMBARCAÇÃO
As exigências de nível de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e Recreio são:
Veleiro - para embarcações miúdas à vela, empregadas em águas interiores; Motonauta - para as motoaquáticas, empregadas em águas interiores; Arrais-amador - para qualquer embarcação dentro dos limites da Navegação Interior; Mestre-Amador - para qualquer embarcação na Navegação Costeira; Capitão-Amador - qualquer embarcação, sem limitações geográficas.
As Carteiras de Habilitação expedidas por autoridades marítimas estrangeiras são aceitas no Brasil.
6. DEFINIÇÕES
Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para operar embarcações de esporte e/ou recreio, em caráter não profissional;
Áreas de Navegação - São as áreas onde uma embarcação empreende uma singradura ou navegação, e são dividas em: A) Mar Aberto - a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas. Para efeitos de aplicação estas áreas de navegação de mar aberto são subdivididas nos seguintes tipos: 1) Navegação costeira - aquela realizada dentro dos limites de visibilidade da costa (DVC) até a distância de 20 milhas; e 2) Navegação oceânica - consideradas sem restrições (SR), aquela realizada além das 20 milhas da costa.
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B) Interior - a realizada em águas consideradas abrigadas. As áreas de navegação interior são subdivididas nos seguintes tipos: 1) Área 1 - Áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.
2) Área 2 - Áreas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das embarcações
Embarcação Miúda - São consideradas embarcações miúdas aquelas: a) Com comprimento inferior ou igual a cinco (5) metros; ou b) Com comprimento superior a cinco (5) metros que apresentem as seguintes características: convés aberto, convés fechado mas sem cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este não exceda 30 HP.
7. ÁREAS SELETIVAS PARA A NAVEGAÇÃO
A) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os seguintes limites, em áreas com freqüência de banhistas:
● Embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a partir de cem (100) metros da linha base;
● Embarcações de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, páraquedas e painéis de publicidade, poderão trafegar a partir de duzentos (200) metros da linha base;
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B) Embarcações de propulsão a motor ou à vela poderão se aproximar da linha base para fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente. Toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 (três) nós, preservando a segurança dos banhistas;
C) As embarcações de aluguel (banana boat, plana sub etc) que operam nas imediações das praias e margens, deverão ter suas áreas de operação perfeitamente delimitadas, por meio de bóias, pelos proprietários das embarcações, sendo essas áreas devidamente aprovadas pela Capitânia dos Portos (CP) / Delegacia da Capitania dos Portos (DL) Agência da Capitania dos Portos (AG). A atividade deverá ser autorizada pelas autoridades competentes sendo os seus limites então estabelecidos;
D) Compete ao poder público estadual e, especialmente, ao municipal, através dos planos decorrentes do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, Plano Diretor, Plano de Zoneamento, Plano de Uso e Ocupação etc, estabelecer os diversos usos para os diferentes trechos de praias ou margens, demarcando as áreas, em terra, para jogos e banhistas, bem como, na água, as áreas de banhistas e de prática de esportes náuticos. Poderão, ainda, estabelecer, nessas imediações, áreas restritas ou proibidas à operação de equipamentos destinados ao entretenimento aquático, inclusive rebocados. O uso de pranchas de “surf” e “wind-surf” somente será permitido nas áreas especialmente estabelecidas para essa finalidade; e
E) Em princípio, a extremidade navegável das praias, ou outra área determinada pelo poder público competente, é o local destinado ao lançamento ou recolhimento de embarcações da água ou embarque e desembarque de pessoas ou material, devendo ser perfeitamente delimitada e indicada por sinalização aprovada pela Autoridade Marítima. O fundeio nessa área será permitido
apenas
pelo
tempo
mínimo
necessário
ao
embarque
ou
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desembarque de pessoal, material ou para as fainas (procedimentos) de recolhimento ou lançamento da embarcação; .
8. ÁREAS DE SEGURANÇA
Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas consideradas de segurança:
1. A menos de duzentos (200) metros das instalações militares; 2. Áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas, cujos limites serão fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pelo reservatório de água, em coordenação com o CP, DL ou AG da área; 3. Fundeadouros de navios mercantes; 4. Canais de acesso aos portos; 5. Proximidades das instalações do porto; 6. A menos de 500 (quinhentos) metros das plataformas de petróleo; 7. Áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes; e 8. As áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas, conforme estabelecido no item anterior.
9. SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA
a) A busca e salvamento de vida humana em perigo a bordo de embarcações no mar, nos portos e nas vias navegáveis interiores, obedecem à legislação específica estabelecida pelo Comando de Operações Navais; b) Qualquer pessoa, especialmente, o Comandante da embarcação, é obrigada, desde que o possa fazer sem perigo para sua embarcação, tripulantes e passageiros, a socorrer quem estiver em perigo de vida no mar, nos portos ou nas vias navegáveis interiores;
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c) Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existência de vida humana em perigo no mar, nos portos ou vias navegáveis interiores, deverá comunicar imediatamente o fato à CP/DL/AG ou Autoridade Naval, mais próxima; d) Nada será devido pela pessoa socorrida, independentemente de sua nacionalidade, posição social e das circunstâncias em que for encontrada.
10. ATIVIDADES COM DISPOSITIVOS REBOCADOS
As atividades esportivas ou de recreio no mar ou nas áreas interiores que envolvam a utilização de dispositivos rebocados, tais como esqui-aquático, páraquedas ou qualquer outro, serão consideradas de forma correlatas as das atividades com embarcações de esporte e/ou recreio, no que couber a Autoridade Marítima. Na prática dessas atividades deverão ser observadas, dentre outras, as seguintes condições:
a) A prática do esqui aquático e o reboque de dispositivo flutuante tipo bóia cilíndrica (banana boat), plana sub, kitesurf, páraquedas, painéis de publicidade e similares são atividades cujo controle, nos aspectos de diversões públicas e comerciais, está na esfera dos órgãos competentes do município e do estado;
b) No que diz respeito a segurança da navegação e preservação da integridade física de banhistas, a utilização dos dispositivos rebocados e a prática de esqui aquático deverão ser realizadas além de duzentos (200) metros da linha base e mantida a uma distância de, no mínimo, uma vez o comprimento do cabo de reboque, das demais embarcações em movimento ou fundeadas;
c) O estabelecimento das áreas destinadas à utilização dos dispositivos reboca-dos e à prática de esqui aquático em rios, lagos, canais e lagoas cabe às autoridades municipais ou estaduais, em coordenação com o CP, DL ou AG da área, de modo a não interferir no lazer dos banhistas;
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d) A embarcação rebocadora deverá, além de seu condutor, dispor de um outro tripulante a bordo, para observar o esquiador e/ou o dispositivo rebocado, de modo a que o responsável pela condução possa estar com sua atenção permanentemente voltada para as manobras da embarcação;
e) As embarcações rebocadoras, quando operadas comercialmente, não poderão ser classificadas como embarcações de esporte e/ou recreio e deverão possuir, obrigatoriamente, um protetor de hélice, a partir de 31/12/2005;
g) As fainas de embarque e desembarque de utilizadores de qualquer atividade que possa interferir na navegação deverão ser realizadas, preferencialmente, em atracadouros, cais ou trapiches que ofereçam plenas condições de segurança, sendo que admite-se o embarque em praias apenas quando em local demarcado com bóias e reservado para essa finalidade e desde que a segurança dos banhistas e utilizadores dos equipamentos esteja assegurada;
h) O uso do colete salva-vidas é obrigatório para todos os utilizadores de dispositivos rebocados.
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AVALIAÇÃO
1. Cite três tipos de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e Recreio.
2. Defina quais são os limites (distâncias) para uso de embarcações nas áreas seletivas para a navegação.
3. Cite três procedimentos que devem ser observados por condutores de embarcações com dispositivos rebocados.
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Lição 10 COORDENAÇÃO DO SERVIÇO DE GUARDA-VIDAS
OBJETIVOS Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Conhecer nos pormenores o conteúdo da cartilha dos guarda-vidas civis e, primar pelo seu cumprimento. 2. Conhecer nos pormenores a Legislação Estadual que versa sobre a contratação temporária e prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil. 3. Conhecer nos pormenores a Legislação Estadual que regulamenta a Lei nº 13.880/06 que versa sobre a contratação temporária e prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil. 4. Conhecer nos pormenores a Portaria do Corpo de Bombeiros Militar de SC que regula os Exames de Habilidade Específica para Guarda-vidas civis.
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ESTADO DE SANTA CATARINA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS 3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)
CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA A CONDUTA DE GUARDA-VIDAS CIVIS
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FLORIANÓPOLIS – SC – SET/2007
ÍNDICE
1. PRÉ- REQUISITOS
3
2. FORMAÇÃO
3
3. CONTRATAÇÃO
3
4. REGIME DE TRABALHO
3
5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS
4
Condicionamento emocional
4
Condicionamento técnico
4
Condicionamento físico
4
6. FILOSOFIA DE TRABALHO
5
7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS
5
8. PADRÃO DE CONDUTA
5
9. APRESENTAÇÃO PESSOAL
6
10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES
8
11. CÓDIGO DISCIPLINAR
9
12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS
10
13. ANEXO “A”
11
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ESTADO DE SANTA CATARINA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS 3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB) CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA A CONDUTA DE GUARDA-VIDAS CIVIS 1. PRÉ- REQUISITOS 1. Boa saúde, comprovada por exame de saúde e atestado médico; 2. Bom preparo físico, comprovado através de teste de aptidão física (TAF); 3. Bom preparo técnico, comprovado através de avaliação por instrutores do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC); 4. Bons antecedentes, comprovados através de Folha Corrida do Fórum de domicílio; 5. Curso de formação de guarda-vidas civil, comprovado pelo certificado de conclusão com aproveitamento fornecido pelo CBMSC; 6. Preenchimento de cadastro com dados pessoais; 7. Possuir equipamentos individuais tais como: apito, nadadeiras, óculos de proteção e protetor solar. 2. FORMAÇÃO ● Os guarda-vidas civis, de ambos os sexos, deverão ser formados em curso específico ministrado por instrutores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina. 3. CONTRATAÇÃO 1) Os guarda-vidas civis após o término do curso de formação poderão ser convocados pelo governo estadual a trabalhar de forma voluntária recebendo por turno trabalhado, uma ajuda de custo a título de indenização por suas despesas, em consonância com o estabelecido nos §§ 1º e 2º, do Art 6º da Lei Estadual Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006; 2) Os guarda-vidas civis poderão ainda ser contratados pelo governo municipal ou pela iniciativa privada; 3) O prazo de contratação ficará a cargo do contratante. 4. REGIME DE TRABALHO
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Ao guarda-vidas civil que aderir ao serviço voluntário ou for contratado, existirão duas possibilidades de jornada de trabalho, a serem definidas de acordo com o planejamento do Comando do Corpo de Bombeiros Militar. Estas jornadas compreendem: turnos de 06 (seis) até 09 (horas) horas diárias e turnos de no mínimo 09 (nove) horas diárias. Os horários de início e término do serviço, bem como os horários de almoço serão regulados pelo bombeiro militar comandante do posto de salvamento ou comandante da praia, atendendo as peculiaridades de cada localidade. O comandante da praia é o guarda-vidas militar do Corpo de Bombeiros Militar mais antigo no local, que responde pelo serviço de salvamento aquático da praia.
5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS CIVIL Condicionamento emocional: O perfeito equilíbrio emocional é fundamental para o pleno exercício de uma atividade, principalmente, aquela considerada emergencial e de elevado risco. Devido as características particulares da atividade, o guarda-vidas civil mantém um estreito relacionamento com o público, cabendo a ele informar, orientar e socorrer. Um bom guarda-vidas civil deverá ter espírito de liderança, sociabilidade, autoconfiança e saber exercer sua autoridade. Condicionamento técnico: O condicionamento técnico deverá ser realizado constantemente de forma a manter o guarda–vidas civil apto a desempenhar suas atividades. Esse condicionamento é adquirido através de atividades relacionadas com a função, e tem por objetivo a fixação das técnicas adquiridas na fase de formação (curso), ampliando-se, em função de novos conhecimentos e experiências obtidas. Antes de assumir o serviço no posto salvamento, o guarda-vidas civil deverá ser orientado no que diz respeito às atividades do serviço, bem como as características do local a ser monitorado. Deverão, ainda, ser repassadas aos guarda-vidas civis, as seguintes informações: - Funcionamento da estrutura administrativa e a quem está subordinado; - Funcionamento do sistema de comunicação e emergência; - Extensão da área de atuação e profundidade da praia; - Áreas de riscos e perigos existentes; - Horários de maior freqüência de banhistas; - Número estimado de público. Condicionamento físico: O condicionamento físico é um fator preponderante para o bom desempenho da atividade de guarda-vidas. As condições físicas ideais do guarda-vidas, deverão ser mantidas através de exercícios
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6.
específicos. O guarda-vidas deverá executar uma série de exercícios condizentes com a exigência do serviço. Ela pode variar em função de diversos fatores, tais como: carga horária de trabalho, relevo do local, fluxo de banhistas e outros. O plano de condicionamento físico dos guarda-vidas tem como objetivos a preparação física e a adaptação do homem ao meio, procurando a manutenção das condições físicas básicas para o dia-a-dia de seu serviço, devendo ser executado, exercícios respiratórios, corridas, exercícios de resistência muscular localizada , exercícios de alongamento e natação. O plano deverá prever seções de atividades físicas de até 60 (sessenta) minutos, desde que as condições de serviço assim o permitam. No anexo “A” é apresentado um “quadro de modelos de condicionamento físico dos guarda-vidas”, no qual poderão ser escolhidos os tipos de exercícios para se montar uma sessão . Cada guarda-vidas civil é responsável pela constante manutenção e aprimoramento de sua condição física. FILOSOFIA DE TRABALHO Estar sempre preparado nos aspectos psicológicos, técnicos e físicos; Ser conhecedor de sua atividade; Saber identificar os pontos críticos do seu local de trabalho; Executar a prevenção sempre que necessário; Atender o público com afeição e cordialidade; Manter-se sempre atento aos banhistas; Conservar o posto de guarda-vidas limpo e organizado; Manter os equipamentos individuais e coletivos sempre limpos e em condições de uso; Estar atento aos pontos críticos, procurando atuar preventivamente; Acatar as orientações e determinações do bombeiro militar comandante da praia; Entender que a coordenação, a orientação e a fiscalização do serviço é tarefa do Corpo de Bombeiros Militar e será exercida por seus integrantes; Conhecer, praticar e atender as normas técnicas pré-estabelecidas, assumindo inteira responsabilidade por seus atos.
7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS O guarda-vidas é um profissional especialista. Algumas qualidades são necessárias para esta atividade, em função dos riscos potenciais que a cercam. Não basta querer ser um guarda-vidas, querer vestir a camisa, se o candidato não possuir afinidades com o meio onde irá trabalhar, seja em praias, lagoas, rios, piscinas de clubes, hotéis e parques aquáticos. Este profissional deve possuir uma série de qualidades, pois será o responsável pela segurança de pessoas que, na sua grande maioria, desconhecem os perigos do lazer no meio líquido. A prática tem
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demonstrado que não é qualquer pessoa que possui afinidade para esta função. São qualidades natas ou adquiridas que caracterizam o bom guardavidas: boa apresentação pessoal; vigor físico; sociabilidade; disciplina; coragem; iniciativa; entusiasmo; modéstia; bom humor; integridade; lealdade; companheirismo e humildade.
8. PADRÃO DE CONDUTA Apresentar-se ao trabalho limpo, asseado e bem disposto, livre de influência de álcool ou outra substância química que cause dependência, tais como narcóticos, drogas ou alucinógenos; Cumprir com rigor os horários estabelecidos nas escalas de serviço; Primar pela cordialidade e respeito aos companheiros; Usar linguagem simples e correta, evitando gírias e vulgaridades especialmente as de baixo calão; Atender as pessoas com presteza e cortesia, passando-lhes a informação que buscam com correção e objetividade; Dedicar especial carinho às crianças e aos idosos. Os alertas e as chamadas de atenção aos banhistas devem ser educativas/orientativas; Manter-se sempre bem postado, com o uniforme alinhado e completo; Ao percorrer a praia para a prevenção, demonstre energia, alegria e satisfação, cumprimente as pessoas, retribua os gestos de amizade e consideração; O guarda-vidas vende a imagem da saúde, o hábito de fumar não combina com ela; Nos restaurantes, utilize sempre calção ou agasalho; Procure saber quem são as pessoas que se aproximam de você. Companhia de gente suspeita e de conduta estranha compromete a imagem do guarda-vidas; Alguém tem a responsabilidade de comandar a atividade, atenda suas orientações e ordens; Dispense o uso de chicletes durante o serviço, ele transmite uma impressão negativa e debochada. 9. APRESENTAÇÃO PESSOAL GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO MASCULINO: Quanto ao estilo de cabelo e penteado 1) O cabelo deve estar sempre limpo, penteado e curto (similar ao padrão militar); 2) Os produtos utilizados no cabelo devem ter uma aparência natural e saudável; 3) Não é permitido cores de cabelos que sejam extravagantes ou chamativas; 4) Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos. Quanto ao bigode e a barba:
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Os bigodes que ultrapassam o canto da boca, só serão permitidos se bem aparados e bem cuidados; Nenhum outro tipo de pelo facial será permitido; Todos devem apresentar-se diariamente no início do expediente bem barbeados, do início das costeletas até o queixo e abaixo do lábio; As costeletas devem ser bem aparadas e cuidadas, tendo como limite o lóbulo da orelha.
Quanto aos adereços: São admitidos medalhas desde que discretas, um anel por mão, um relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou pontas metálicas; Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através de perfurações. Quanto as unhas: Devem estar sempre limpas e bem aparadas. Quanto a higiene pessoal: De forma geral deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado, procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância. Quanto ao uso do uniforme: ● Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo que todo o material de confecção destas vestimentas é de tecido com característica de secagem rápida para evitar a permanência de tecido molhado. ● Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o agasalho padrão, utilizar um moleton ou jaqueta de cor discreta e preferencialmente sem estampas. GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO FEMININO: Quanto ao estilo de cabelo e penteado Devem cuidar para que seus cabelos estejam sempre penteados; Preferencialmente, o cabelo deverá ser curto, caso ultrapasse os ombros, deve estar preso de modo a não cobrir o rosto e atrapalhar a visão durante o salvamento/resgate; Os produtos para os cabelos, se usados, devem manter uma aparência natural; Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos, ou estilo que mantenha raspados parte ou todo o cabelo. Quanto ao tingimento dos cabelos: ● Poderá ser feito desde que se adote um padrão natural, não sendo permitido o branqueamento ou coloração extravagante.
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Quanto a acessórios para cabelos: ● É aconselhado o uso de materiais como tiaras, presilhas ou elásticos, sempre em cores discretas, com o objetivo de prender o cabelo longe da face, não devendo agir como meio para chamar a atenção. Quanto ao uso de cosméticos: ● O uso de cosméticos deve dar um aspecto natural. Agindo como um complemento as cores da pele, não devendo ser muito brilhante. ● Sombras e delineadores devem ter tons discretos, assim como os batons. As cores dos cosméticos devem estar em consonância com o uniforme. Quanto as unhas: ● Devem estar sempre limpas, não devendo ser excessivamente compridas, mantendo um padrão entre si. O esmalte deve ter uma cor discreta, não sendo permitido o uso de adesivos, brilhos ou unhas artificiais. Quanto a adereços: ● É admitido o uso de medalhas desde que discretas, um anel por mão, um relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou pontas metálicas. ● Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através de perfurações. Quanto a higiene pessoal: ● De forma geral deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado, procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância. Quanto ao uso do uniforme: ● Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo que todo o material de confecção destas vestimentas é de tecido com característica de secagem rápida para evitar a permanência de tecido molhado. ● Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o agasalho padrão, utilizar um moleton ou jaqueta de cor discreta e preferencialmente sem estampas. 10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES Dependendo da natureza e da circunstâncias do incidente e do grau da falta, o contratante deve submeter o infrator às medidas disciplinares em vigor pela sua instituição, ou, caso estas não existam, sugerimos;
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Primeiramente: Advertência verbal (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente) Admitida para a correção de algo que esteja sendo executado de forma insatisfatória e que deva ser corrigido. Essa advertência poderá ser registrada na ficha pessoal do salva-vidas, contendo hora, local, data e tipo de falha cometida. ●
Ato contínuo: Advertência por escrito (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente) Admitida para registrar desempenhos ou atitudes que já tenham sido reprimidas verbalmente, ou que sejam de natureza grave. Deverão ser por escrito, assinadas pelo infrator, ficando anexadas na ficha pessoal do salvavidas. ●
Na seqüência: Suspensão para investigação (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente) Aplicada em caso de violações graves dos padrões de conduta, de procedimentos operacionais ou por conduta imprópria. Caso ocorra um incidente disciplinar grave, o guarda-vidas será suspenso para que sejam realizadas investigações. No processo o infrator terá direito a sua defesa e caso seja considerado culpado pela falha cometida, poderá ser excluído do programa de voluntariado ou rescindido seu contrato temporário. ●
Por último: Exclusão do programa de voluntariado ou rescisão do contrato temporário (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente) Aplicadas caso constatada a culpa após a suspensão para investigação. A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos comprometem sua condição física e moral, bem como refletem negativamente sobre a imagem da Corporação. 11. CÓDIGO DISCIPLINAR A conduta disciplinar do guarda-vidas é parte relevante, com reflexos na sua atividade profissional e poderá dependendo da natureza e da gravidade resultar em punição variando de uma simples advertência verbal até a demissão sumária. A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos comprometem sua condição física e moral. São condutas reprováveis: I - Uso de substâncias psicotrópicas, incluindo o uso de álcool (demissão);
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar II - Apresentar-se para o serviço sob efeito de álcool ou outra droga (demissão); III - Falta ao serviço para o qual encontrava-se escalado (1ª vez advertência escrita, 2ª vez suspensão, 3ª vez demissão); IV - Chegar atrasado ao serviço ou sair antes do horário (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); V - Abandonar o serviço (1ª suspensão, 2ª demissão); VI - Apresentar-se para o serviço sem os equipamentos ou sem o uniforme (chinelo, sunga, camiseta, calção) (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); VII -Namorar durante o horário de serviço ou distrair-se em conversas com amigos/conhecidos (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); VIII - Reincidir em faltas da mesma natureza ou de natureza diversa, constitui demonstração clara da falta de disposição para correção ou melhora de sua conduta (1ª advertência escrita, 2ª suspensão, 3ª demissão); XIX - Desrespeitar normas do serviço de salvamento aquático, regulamentadas pelo CBMSC (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); X - Usar linguagem de baixo calão na presença de banhistas ou ser descortês com os mesmos (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XI - Mascar chicletes ou fumar em público durante o trabalho (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XII – Desobedecer ou recusar cumprir ordem ou falhar em serviço que lhe foi prescrito (1ª advertência escrita, 2ª suspensão, 3ª demissão); XIII - Deixar o seu local de trabalho sem ter sido devidamente substituído ou sem permissão de seu superior (1ª advertência escrita, 2ª suspensão, 3ª demissão); XIV - Freqüentar local de almoço trajando somente sunga e camiseta (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XV - Durante rondas ou próximo ao posto, estar em companhia de indivíduos de má índole (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XVI – Permitir a entrada de pessoas estranhas ao serviço no posto de salvamento. (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XVII – Adotar condutas que publicamente comprometam a imagem do serviço de salvamento aquático durante e após o turno de serviço. (1ª suspensão, 2ª demissão); XVIII – Utilizar o posto de salvamento fora do horário de serviço como local de encontro de pessoas para prática de atos de origem duvidosa. (1ª suspensão, 2ª demissão); XIX – Demais condutas reprováveis previstas como transgressões disciplinares no RDPMSC deverão, naquilo que por analogia couber aos guarda-vidas civis, ser igualmente penalizadas.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar 12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS Caso ocorra algum problema em relação ao serviço, o guarda-vidas deve seguir os seguintes passos: 1) Encaminhar sua queixa, por escrito, ao superior imediato, o qual deverá solucioná-la dentro de um prazo de 48 horas. Caso a queixa envolva seu superior imediato, remete-se ao item 2; 2) Caso esteja insatisfeito com a decisão do seu superior imediato ou a queixa o envolva, dirija-se ao oficial ronda de praia, o qual dará sua decisão por escrito às partes envolvidas em até 48 horas; 3) Caso ainda insatisfeito com a decisão do oficial ronda, solicite o encaminhamento do processo ao comandante do serviço de salvamento aquático local. Em qualquer caso, o queixado deverá ter ciência da queixa, através de quem recebê-la. Obs. Assuntos referentes ao contrato ou condições de trabalho, devem ser resolvidos diretamente com o contratante.
Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007. ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA Cel BM Comandante Geral do CBMSC
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ANEXO “A” ATIVIDADES SEMANAIS
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Sáb.
Dom.
Alongamento
X X X
X X
X X
X X X
X X
X X X
X X
Aquecimento Corrida curta distância Corrida longa distância Corrida intervalada – (Circuit-training) Corrida de 200 metros Entrada e saída da água ( simulado) Jacaré Percurso – Natação (500 metros) Percurso – Costas (500 metros) Judô Aquático Salvamento com Pranchão Salvamento com Life-belt Treinamento de RCP/primeiros socorros
X X X X X
X X X X
X X
X X
X X X X X
X X X
X
X X
X X
X X
X X
X X X
X X
X X X
X
X
RECOMENDAÇÕES
Alongamento Aquecimento Corrida curta distância (1.800 metros) Corrida longa distância (3.200 metros) Corrida intervalada (Circuit-training) Corrida de 200 metros Entrada e saída da água (simulado) Jacaré Percurso – Natação (500 metros) Percurso – Costas (500 metros) Judô Aquático
Duração média de 15 min. Praticar antes e depois. Após o alongamento e antes da atividade principal. Serve para melhorar o condicionamento. Prepara para atividades que exijam resistência aeróbica. Serve para melhorar o condicionamento. Prepara para atividades que exijam resistência aeróbica. Corridas variadas, abdominais, apoios, etc. Desenvolve a agilidade e a velocidade. Condiciona para a atividade fim do salvamento aquático. Desenvolve as habilidades aquáticas e melhora a resistência localizada. Desenvolve a coordenação, a correção do nado estilo Crawn e a resistência aeróbica. Desenvolve a coordenação, a força e a resistência localizada. Desenvolve técnicas de desvencilhamento de vítimas.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar Salvamento com pranchão Salvamento com life-belt RCP e primeiros socorros
Capacita para a utilização de outros materiais utilizados em salvamento. Para aprimoramento da técnica de salvamento. Serve para aprimorar a técnica de ressuscitação e atualizar técnicas de primeiros socorros. Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007. ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA Cel BM Comandante Geral do CBMSC
LEI FEDERAL Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998 Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício. Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário. Art. 3o-A. Fica a União autorizada a conceder auxílio financeiro ao prestador de serviço voluntário com idade de dezesseis a vinte e quatro anos integrante de família com renda mensal per capita de até meio salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) (Regulamento) § 1o O auxílio financeiro a que se refere o caput terá valor de até R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) e será custeado com recursos da União por um período máximo de seis meses, sendo destinado preferencialmente: (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) I - aos jovens egressos de unidades prisionais ou que estejam cumprindo medidas sócio-educativas; e (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
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II - a grupos específicos de jovens trabalhadores submetidos a maiores taxas de desemprego. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) § 2o O auxílio financeiro será pago pelo órgão ou entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com recursos próprios. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) § 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o terceiro grau, bem como ao beneficiado pelo Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens - PNPE. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) § 2o O auxílio financeiro poderá ser pago por órgão ou entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com recursos próprios. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004) § 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o 2 o (segundo) grau. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004) § 4o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se família a unidade nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e mantendo sua economia pela contribuição de seus membros. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 19.2.1998
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LEI PROMULGADA Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006 Procedência: Governamental Natureza: MPV 129/06 – PCL 129/06 DO: 18.020 de 06/12/06 *Alterada pela Lei 14.606/08 Fonte - ALESC/Coord. Documentação
Dispõe sobre a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil e estabelece outras providências. Faço saber que o Governador do Estado, de acordo com o art. 51 da Constituição Estadual, adotou a Medida Provisória nº 129, de 13 de novembro de 2006, e eu, Deputado Julio Garcia, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, para os efeitos do disposto no § 8º do art. 311 do Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a promover a prestação de serviço voluntário e a contratação de guarda-vidas civis, ambas em caráter temporário, para execução da atividade de salvamento marítimo no litoral catarinense, em conformidade com o disposto na Lei federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, para o voluntário e, as leis trabalhistas para o contratado. § 1º Os guarda-vidas civis voluntários, contratados em caráter temporário, executarão suas atividades sempre supervisionados e em conjunto com um ou mais bombeiros militares aos quais estarão disciplinarmente subordinados. § 2º O número de guarda-vidas civis voluntários destinados a cada praia será definido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Art. 2º Os serviços voluntário e contratado serão efetuados nos meses de outubro a março, podendo ser estendidos ou reduzidos de acordo com a necessidade do serviço de salvamento aquático. Art. 3º As adesões ao serviço voluntário e as admissões dos contratados serão aceitas após aplicação de exames de habilidades específicas, definidos e efetuados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Art. 4º São condições para prestar o serviço voluntário de salvamento marítimo: I - ter no mínimo dezoito anos; II - apresentar negativa de antecedentes criminais; III - ter sanidade mental e capacidade física; IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e V - apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em cartório.
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Art. 5º São condições para ser contratado temporariamente: I - ter no mínimo dezoito anos; II - apresentar negativa de antecedentes criminais; III - ter sanidade mental e capacidade física; IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e V - ser aprovado em processo seletivo simplificado. Art. 6º Os voluntários que atuarem como guarda-vidas civis no serviço de salvamento aquático terão direito ao ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação, transporte e equipamentos e os contratados receberão salário como contraprestação do serviço prestado. § 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno trabalhado de seis a nove horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por cento) e o correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de 55% (cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de uma diária militar, paga ao soldado BM guarda-vidas.
LEI 14.606/08 (Art. 4º) – (DO. 18.518 de 31/12/08) “O § 1º do art. 6º da Lei nº 13.880, de 4 de dezembro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6º ............................................................................................................ § 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno trabalhado de seis a nove horas diárias, será de quarenta e cinco por cento do valor referente a uma diária militar paga ao soldado BM guarda-vidas, e o correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de setenta e cinco por cento do valor referente a uma diária militar paga ao soldado BM guarda-vidas. (NR)” § 2º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem por cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de 02 de março de 2006. Art. 7º Para ambas as modalidades de prestação de serviço o Estado providenciará seguro de vida e contra acidentes que por ventura possam ocorrer no desenvolvimento da atividade de salvamento aquático. Art. 8º O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina é responsável, de forma exclusiva e indelegável, pela formação e treinamento de todo e qualquer recurso humano civil envolvido na atividade de salvamento aquático, podendo homologar cursos de salvamento aquático realizados por outras instituições, se estes forem compatíveis com o currículo do curso desenvolvido pela corporação militar. Art. 9º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de trinta dias.
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Art. 10. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das dotações do Orçamento Geral do Estado. Art. 11. Ficam revogadas a Lei nº 12.470, de 11 de dezembro de 2002, e a Lei nº 13.536, de 04 de novembro de 2005. PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 04 de dezembro de 2006 DEPUTADO JULIO GARCIA Presidente
DECRETO No 4.849, de 11 de novembro de 2006 Regulamenta a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, usando da competência privativa que lhe confere o art. 71, incisos I e III da Constituição Estadual, D E C R E T A: Art. 1º Os guarda-vidas civis, voluntários ou contratados temporariamente, serão subordinados disciplinarmente ao bombeiro militar, sendo que na praia onde houver serviço de salvamento aquático, haverá sempre a presença de pelo menos 1 (um) bombeiro militar supervisionando e coordenando as atividades. Parágrafo único. Os guarda-vidas civis deverão observar, respeitar e estar subordinados ao respectivo regulamento disciplinar específico que rege a conduta dos mesmos, instituído pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Art. 2º O Corpo de Bombeiros Militar definirá a quantidade e distribuição de guarda-vidas voluntários destinados para o serviço de salvamento aquático, conforme avaliação técnica. Art. 3º A quantidade e distribuição dos guarda-vidas civis contratados temporariamente serão definidas conforme a necessidade do serviço, de acordo com avaliação técnica do Corpo de Bombeiros Militar. Art. 4º O termo de adesão ao serviço de salvamento aquático do Corpo de Bombeiros Militar obedecerá ao modelo constante no Anexo Único, deste Decreto.
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Art. 5º O processo seletivo simplificado, condição para a contratação temporária de guarda-vidas civis, aproveitará o resultado dos exames de habilidades específicas aplicados pelo Corpo de Bombeiros Militar. § 1º As admissões dos contratados temporariamente respeitarão a classificação pelo melhor índice técnico. § 2º Os valores relativos ao salário mensal dos contratados, bem como do ressarcimento aos voluntários correrão por conta de recursos ordinários do Orçamento Estadual. Art. 6º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno trabalhado de 6 (seis) a 9 (nove) horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por cento) e o correspondente ao turno de trabalho maior que 9 (nove) horas diárias será de 55% (cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de 1 (uma) diária militar, paga ao soldado BM guarda-vidas. Parágrafo único. O pagamento do ressarcimento aos voluntários, bem como do salário mensal dos contratados será efetuado através de ordem bancária, liquidada mediante a apresentação da escala de serviço e relatório de freqüência, referentes a períodos de até 15 (quinze) dias. Art. 7º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem por cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de 2 de março de 2006 e pago através de repasse de dotação orçamentária da Secretaria de Estado da Fazenda. Parágrafo único. Os guarda-vidas civis contratados temporariamente obedecerão a uma escala de serviço de 44 (quarenta e quatro) horas semanais. Art. 8º O seguro de vida e contra acidentes, pago pelo Estado, cobrirá os sinistros ocorridos no desenvolvimento da atividade de salvamento aquático com qualquer um dos guarda-vidas civis, voluntários ou contratados temporariamente. Art. 9º A formação de todo e qualquer recurso humano civil envolvido em serviços de salvamento aquático no Estado de Santa Catarina, será realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar, conforme programa de cursos desenvolvidos pela Instituição. § 1º O curso de formação de guarda-vidas civis conferirá aos mesmos a habilitação para o exercício da atividade de salvamento aquático e abrangerá o ensino de técnicas de salvamento aquático com a utilização de equipamentos básicos e técnicas básicas de atendimento pré-hospitalar. § 2º Os equipamentos básicos referidos no parágrafo anterior constituirse-ão de nadadeiras, flutuadores, pranchas e bóias de salvamento. § 3º As técnicas básicas de atendimento pré-hospitalar, aplicadas no serviço de salvamento aquático, constituir-se-ão em manobras de ressuscitação e suporte básico de vida, imobilizações e aplicações de curativos.
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§ 4º Aos guarda-vidas civis não será permitido realizar qualquer atividade para as quais não estejam habilitados pelo Corpo de Bombeiros Militar. § 5º Qualquer outra atividade de condução naval ou de viaturas está vedada aos guarda-vidas civis, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como auxiliares dos bombeiros militares que conduzam tais veículos. Art. 10. Considera-se legalmente habilitados para o exercício da função os guarda-vidas civis que forem aprovados em curso de formação de guarda-vidas civis realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, ou que obtiverem homologação de curso de salvamento aquático realizado em outra instituição, se este possuir compatibilidade com o currículo do curso desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar. Parágrafo único. A validade da habilitação será de 9 (nove) meses, em ambos os casos previstos neste artigo, sendo que, após este prazo, os guarda-vidas civis deverão realizar exames de habilidades específicas definidos e efetuados pelo Corpo de Bombeiros, para obter a revalidação por igual prazo. Art. 11. As condições para a prestação do serviço de salvamento, de que trata este Decreto, são as seguintes: I - para o serviço voluntário de salvamento marítimo: a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos; b) apresentar negativa de antecedentes criminais; c) ter sanidade mental e capacidade física; d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e e) apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em cartório. II – para a contratação temporária: a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos; b) apresentar negativa de antecedentes criminais; c) ter sanidade mental e capacidade física; d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e e) ser aprovado em processo seletivo simplificado. Art. 12. Entende-se por treinamento dos guarda-vidas civis, o programa de condicionamento físico e técnico, que possibilite a execução das atividades de salvamento aquático com qualidade e será realizado sempre que houver necessidade de aprimoramento técnico e/ou físico, conforme atualização dos protocolos estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Parágrafo único. Se os guarda-vidas civis estiverem afastados da atividade de salvamento aquático por um período superior a um ano, deverão ser submetidos ao treinamento previsto neste artigo, além da necessidade de realizarem as provas de habilidade específica a que se refere o art. 5º, deste Decreto.
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Art. 13. O regulamento disciplinar específico, que rege a conduta dos guarda-vidas civis, os exames de habilidades específicas para a adesão, admissão e revalidação da habilitação, os critérios para a classificação pelo melhor índice técnico e a formação de guarda-vidas civis, serão definidos através de Portaria expedida pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar. Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 15. Fica Revogado o Decreto nº 6.058, de 16 de dezembro de 2002. Florianópolis, 13 de novembro de 2006.
EDUARDO PINHO MOREIRA Governador do Estado
TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO DE SALVAMENTO AQUÁTICO
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Pessoa Jurídica de Direito Público CNPJ/MF 06.096.391/0001-76, situada à Rua Almirante Lamego, nº 381 – Centro, CEP 88015-600, Florianópolis/SC, neste ato representada pelo Sr (Comandante da OBM), doravante denominada CBMSC, e o Sr. (Nome completo do prestador do serviço voluntário, filiação, data de nascimento, naturalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço completo e telefone), doravante denominado Voluntário, celebram o presente Termo de Adesão, nos termos do Decreto Estadual nº 4849, de 11 de novembro de 2006, e das cláusulas seguintes: Cláusula Primeira – O Voluntário, por este Termo de Adesão, compromete-se a:
I - Auxiliar o CBMSC nas atividades de salvamento aquático; II - Apoiar o CBMSC no atendimento pré-hospitalar; III - Apoiar o CBMSC nas prevenções em eventos públicos diversos, realizados em balneários públicos ou proximidades; IV - Participar de outras atividades, mediante consentimento expresso do CBMSC; e V - Deixar de realizar uma ou mais atividades relacionadas acima, quando essa colocar em risco a sua integridade física, ou ainda, quando não se sentir apto a realizála.
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Cláusula Segunda – O Voluntário está ciente que, mesmo atuando como voluntário, não há exclusão da sua responsabilidade administrativa, civil ou penal, advindas de atos, omissões ou palavras durante a execução do serviço. Cláusula Terceira – O Voluntário está consciente da insalubridade, periculosidade e risco de vida a que está exposto durante o serviço. Cláusula Quarta – Durante o desempenho das atividades operacionais que ofereçam riscos à integridade física, o Voluntário, ainda que nas funções de apoio, deverá utilizar todos os equipamentos de proteção individual necessários. Cláusula Quinta – O presente Termo de Adesão tem prazo de duração indeterminado, podendo ser rescindido a qualquer tempo, mediante comunicação escrita de uma das partes a outra. Cláusula Sexta – O Voluntário declara ser conhecedor e aceita, por inteiro, o constante do Decreto Estadual nº 4.849, de 11 de novembro de 2006, ciente de que o serviço voluntário prestado ao CBMSC não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Por estarem acordes, as partes assinam o presente Termo, em 02 (duas) vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo: (Local e data) _________________________ Comandante TESTEMUNHAS:
_________________________ Prestador do Serviço Voluntário
__________________________ (Nome e CPF)
____________________________ (Nome e CPF)
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O COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições e com base no Inciso IV, do art 1° da portaria 1106/GAB/GEREH/SSP de 30 de setembro de 2003, combinado com art 2° e 3° do Decreto N° 525, de 29 de julho de 2003 e Decreto 014 de 23 junho de 2003. Resolve: PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003
1) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS EXAMES DE HABILIDADE ESPECÍFICA PARA ADESÃO, ADMISSÃO,CONTRATAÇÃO E REVALIDAÇÃO DE CERTIFICADO DOS GUARDA-VIDAS CIVIS, QUE ATUAREM DE ACORDO COM OS REGIMES PREVISTOS NA LEI 12.470, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2002, COMBINADO COM O ART 14 DO DECRETO N° 6.058, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2002. 2) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO POR ÍNDICE TÉCNICO DOS CANDIDATOS AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE GUARDA-VIDAS CIVIS ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA CEL CMT GERAL DO CBMSC
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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
EXAMES DE HABILIDADE ESPECÍFICA PARA OS GUARDA-VIDAS CIVIS (PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003)
REQUISITOS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES Os exames de habilidade específica para a adesão ou admissão e para a revalidação da habilitação, somente poderão ser realizados por guarda-vidas civis que possuam certificado de formação em curso de guarda-vidas ministrado ou reconhecido pelo CBPMSC, atendendo os requisitos do currículo de formação de guarda-vidas Civil do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. Para a realização dos exames, o guarda-vidas civil deverá possuir boa visão, boa audição e boa saúde, devidamente documentada e assinada por um médico, a fim de que possa executar as obrigações do serviço de salvamento aquático.
DOS EXAMES Os exames de habilidade específica aplicados aos guarda-vidas civis, a fim de verificar as condições físicas e técnicas para a prestação do serviço de salvamento aquático e para a classificação em casos de disputa de candidatos para a admissão (contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), serão os seguintes: - Avaliação Teórica – Avaliação referente a disciplina de recuperação de afogados, sendo a nota mínima para aprovação igual ou superior a sete. - Avaliação Prática – Os avaliados serão submetidos às seguintes provas práticas, com os devidos aproveitamentos mínimos: - Natação 500m em piscina, sem nadadeiras, estilo crawl, no tempo máximo de onze minutos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até sete minutos e trinta segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa.
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- Transporte de peso em piscina, devendo executá-la da seguinte forma: Nadar 25m estilo nado de aproximação, apanhar um objeto de 04 Kg a dois metros de profundidade, emergi-lo e transportá-lo por 25m sem deixá-lo afundar. OBS: A prova deve ser realizada sem meios auxiliares de natação, em piscina com profundidade mínima de dois metros, num tempo máximo de um min e dez segundos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até 45 segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa. - Corrida de 1.600m, em piso firme, no tempo máximo de sete minutos, onde obterá nota cinco, Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até cinco minutos e trinta segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa. - Travessia de arrebentação, com ondas de pelo menos 03 pés, contornando uma bóia a 200m da arrebentação, sem meios auxiliares de natação, num tempo máximo de dez minutos. OBS: Dependendo das condições do mar, esta prova poderá ter seu tempo aumentado.
OBS1: O aluno poderá realizar até três tentativas em cada prova eliminatória. OBS2: Será considerado reprovado o aluno que não obtiver nota mínima 07 (sete) na avaliação teórica e nota 05 (cinco) nas avaliações práticas.
Deve demonstrar, através de exames teóricos e práticos elaborados pela 3ª Seção do Estado Maior do CBMSC, habilidades de reanimação cardiopulmonar e primeiros socorros básicos necessários à atividade do guarda-vidas, obtendo índice mínimo de 50% de aproveitamento na prova teórica e 70% na prova prática; A classificação em casos de disputa de candidatos para a admissão (contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), será realizada pelo melhor índice técnico, conforme tabela em anexo. Somente poderão aplicar exames de Habilidade Específica, Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar que tenham concluído com sucesso o Curso de guarda-vidas ministrado ou reconhecido pelo Corpo de bombeiros e/ou que possuírem, pelo menos, cinco anos de experiência na atividade de Salvamento Aquático. Florianópolis, SC, em 24 de novembro de 2003. ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA Cel PM Cmt Geral do CBMSC
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ANEXO I TABELA COM OS TEMPOS PARA AS HABILIDADES ESPECÍFICAS ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
Avaliação dos Guarda-VidasCivis Provas Realizadas 500 mts
Nome Completo
Nota
Fulano de 1 Tal Fulano de 2 Tal
Anilha 1600 mts Entrada/Saída Tempo Tempo Tempo Temp Tempo Temp Classificação Nota Nota Nota o Mi Se Min Seg Min Seg Min Seg o n g 45 10,0 4 10,0 10,0 10,00 7 30 0 0 0 45 5 0 5 30 330 0 5 0 300 10,00 66 7 5,00 11 0 0 5,00 1 10 0 5,00 7 0 420 5,00 10 0 600 5,00
* Prova de Entrada e Saída deve ser considerado as condições do mar.
Obs: 4) Na prova dos 500 metros de natação a cada segundo que ultrapasse 7 minutos e 30 segundos, será descontado o valor de 0,024 pontos ; 5) Na prova da Anilha a cada segundo que ultrapasse 45 segundos, será descontado o valor de 0,2 pontos ; 6) Na prova de Corrida de 1.600 metros a cada segundo que ultrapasse 5 minutos e 30 segundos, será descontado o valor de 0,055 pontos;
7) A prova de travessia de arrebentação não terá caráter classificatório.
ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA Cel PM Cmt Geral do CBMSC
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ESTADO DE SANTA CATARINA COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS 3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB) DIRETRIZ DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO CLASSIFICAÇÃO: 3/CBMSC
Procedimento
Operacional
Padrão
n.º
09/2005/BM-
ASSUNTO: Dispõe sobre o padrão de procedimentos que deverá ser observado no funcionamento do Serviço de Salvamento Aquático prestado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (CBMSC), através de seus postos, locados em praias marítimas. 8) FINALIDADE Padronizar os procedimentos operacionais e as condutas de pessoal pertinentes ao Serviço de Salvamento Aquático, prestado pelo CBPMSC, em praias marítimas. 2. REFERÊNCIAS: - Constituição Federal (art. 144, V, c/c art 144 §5º); - Constituição Estadual (art. 107, II, letra a); - Lei 6.217/83 (art. 2º, V e VI, c/c art. 29); - Dec Lei 19.237/83 (art. 64) - Doutrina de salvamento aquático. 3. OBJETIVOS: a. Orientar as Organizações de Bombeiro Militar do CBMSC quanto ao planejamento e a execução do Serviço de Salvamento Aquático em praias marítimas do litoral do Estado de Santa Catarina. b. Delegar atribuições específicas ao setor operacional da prestação do serviço de salvamento aquático. 4. EXECUÇÃO 4.1Abertura do posto: O horário de serviço será, em princípio, das 0800H às 2000H, podendo o Cmt da OBM local adequar o horário de acordo com as necessidades locais.
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Os turnos de serviço poderão, a critério do cmt da OBM, ser de seis ou de doze horas. Nos turnos de seis horas não haverá a prática de atividade física nem horário para almoço. O Cmt do posto ou mais antigo, no primeiro momento devera informar ao COBOM e à central de salvamento: 1 - Que o posto já está em atividade; 2 - Registrar e informar imediatamente as faltas ao cmt da praia ou ao ronda das praias. Educação física: A atividade física para manutenção do condicionamento físico e técnico, deverá ser realizada no início do turno de serviço (das 0800H às 0900H) ou no final do turno de serviço (das 1900H às 2000H) dependendo do movimento na praia e a critério do Cmt ou mais antigo do posto. OBS: O coordenador da praia poderá realizar a atividade física até as 1000h ou após as 1800h. O treinamento físico está restrito a corrida ou natação, precedido de aquecimento e alongamento. A prática de outras atividades relacionadas às competições de salvamento aquático dependerá de autorização do coordenador de praia. O efetivo do Posto alternar-se-á para a prática da atividade física, dentro do horário previsto, de modo que a segurança da praia não fique prejudicada. Estratégia: O Cmt do Posto, ou mais antigo, deverá verificar as condições do mar, do tempo e as características da praia para adotar a estratégia de salvamento daquele dia: Sinalizar com bandeiras os locais perigosos. Determinar de que forma serão realizadas as rondas. Guarnecer o ponto que apresentar maior perigo. Dispor os materiais de salvamento em local ou pontos estratégicos. Determinar a rotina de prevenção. Coordenar os resgates e solicitar apoio necessário, utilizando os meios de comunicação. Determinar a realização do almoço em 03 (três) turnos se houver na guarnição 03 (três) ou mais Guarda-vidas. Se o efetivo do posto for composto por 02 (dois) Guarda-vidas apenas, deverá ser dividido em 02 (dois) turnos de almoço. Cada turno não poderá
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exceder 01 (uma) hora de duração e deverão ser praticados às 11:30H, 12:30H e 13:30H. Jet-ski: O Cmt do posto deve determinar que somente o piloto habilitado e escalado para a função é quem pilotará o equipamento. Nenhum outro integrante da guarnição poderá pilotar. O piloto durante a condução, utilizará obrigatoriamente: capacete, colete e chave de corte de motor ligada ao colete. Portará também suas nadadeiras no compartimento da embarcação. O Jet-ski deverá ser posicionado em um ponto estratégico para saída. Deverá ser demarcada na água, com duas raias em paralelo, constituídas de cabo e bóias, a área de saída de embarcação. Deve-se, ainda, evitar que pessoas se banhem dentro da área demarcada. Fica proibido, exceto em atendimento de ocorrência, a entrada e saída do Jet-ski na praia em local não demarcado. Deverá ser demarcada na faixa de areia, com duas fitas zebradas em paralelo, a área de estacionamento do Jet-ski. Deve-se, ainda, evitar que os banhistas se acomodem na área demarcada. O Cmt do posto deverá determinar que toda a guarnição se envolva nos procedimentos de transporte do Jet-ski na faixa de areia. O piloto será o responsável pela manutenção e preenchimento do diário de bordo. Não será permitido realizar rondas utilizando o Jet-Ski. Somente poderá haver o acionamento do mesmo no 1º momento da manhã, para aquecimento, e posteriormente somente em casos de ocorrências, ou para treinamento com prévia autorização do Ronda de Praia. Aos Guarda-vidas civis está vedada a atividade de condução naval ou de viaturas, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como auxiliares dos bombeiros militares que conduzam tais veículos Helicóptero: Nos postos que possuírem área destinada para pouso de aeronave (heliponto), o Cmt ou mais antigo deverá conservar a área isolada, sinalizada e limpa, sempre pronta para uso.
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Em caso de necessidade de pouso onde não houver heliponto, o Cmt do posto ou mais antigo deverá providenciar uma área isolada e segura na faixa de areia retirando pessoas e objetos como cadeira e guarda-sol. Durante o andamento de qualquer ocorrência que necessite a intervenção do helicóptero, o Guarda-vidas deverá acenar com as duas nadadeiras em movimentos amplos, com os braços estendidos acima da cabeça para que a tripulação da aeronave possa visualizar e logo em seguida, indicar com uma das nadadeiras somente, o local onde se desenvolve a ocorrência. Durante a passagem do helicóptero em situação normal, o Guarda-vidas simplesmente acenará com uma das mãos (sem nadadeira) para a tripulação da aeronave. Se o Guarda-vidas estiver na água e precisando de ajuda, deverá acenar com os dois braços para chamar a atenção da aeronave e após a visualização da tripulação deverá permanecer com o braço direito estendido acima da cabeça indicando a necessidade de intervenção do helicóptero. Ronda na praia: Os Guarda-vidas deverão estar sempre usando o uniforme regulamentar para: Serem localizados facilmente por populares e outros Guarda-vidas; Garantirem a proteção recomendada contra os raios solares, preservando a saúde. Além do uniforme, cada Guarda-vidas será obrigado, para a realização de rondas, a portar apito, nadadeiras e life-belt. A duração de cada ronda será estabelecida pelo Cmt do posto, ou mais antigo. Os Guarda-vidas deverão estar sempre no visual do posto. O Ronda: O Cmt do posto ou mais antigo deverá apresentar-se ao Ronda, informando as alterações, necessidades e relatórios. Em qualquer situação (dias de chuva, dias com fortes ventos, dias normais, etc), somente o Ronda terá autonomia para modificar o efetivo nos postos. O Cmt do posto ou mais antigo deverá providenciar junto ao policiamento local, a possibilidade de prever uma vaga de estacionamento, o mais próximo possível do posto, para ser utilizada por Vtr ASU e Vtr do Ronda.
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Relatórios: Os registros de ocorrências de praia deverão ser entregues ao coordenador da praia, na sua passagem pelo posto. Em casos de ocorrências de óbito, o Cmt do posto, ou mais antigo, deverá constar no verso das folhas de registro de ocorrência, um breve relatório informando: origem da vítima, histórico do acidente (local exato, horário, circunstâncias). Em caso de desaparecimento da vítima, procurar também recolher dados sobre vestimentas, objetos pessoais (relógio, jóias), além de marcas, tatuagens e outras características físicas. Ocorrências de óbito devem ser informadas imediatamente ao Ronda. Em caso de ocorrências que mereçam destaque (ação do Guarda-vidas digno de menção honrosa), o Cmt do posto deverá confeccionar relatório minucioso na forma de Comunicação Interna, coletando dados, testemunhas, etc, e entregando ao ronda de praia. Permanência no posto de salvamento: Deverá haver sempre, no mínimo, 01 (um) Guarda-vidas no patamar superior do posto, em local visível, devidamente uniformizado, atentando para a postura e para a constante observação aos banhistas. O mesmo comportamento deverá ser observado pelos demais integrantes da guarnição que permanecerem no patamar inferior. Nenhum Guarda-vidas poderá permanecer no patamar superior do posto sem estar devidamente uniformizado. Não poderá permanecer no posto a totalidade do efetivo. Deverá sempre haver alguém em ronda na faixa de areia ou em prevenção em locais de perigo. Nos dias de chuva, a critério do Cmt do Posto, será permitida a concentração do efetivo no posto de salvamento, se assim o movimento da praia permitir. Não será permitida a entrada e/ou permanência de civis no posto, mesmo que seja para a utilização do banheiro. Exceção feita àqueles envolvidos no serviço ou em atendimento de emergência. Local de trabalho não é apropriado para “bate-papo” com civis e familiares. Tal comportamento não será permitido. Não será permitido que se guarde no Posto, qualquer material ou utensílio de pessoas que não pertençam à Guarnição de serviço.
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Uniforme: O uniforme será aquele estabelecido pelo regulamento de uniformes do CBMSC. O uniforme também é um EPI, portanto, de uso obrigatório em qualquer situação: Nas rondas; Prevenções; No posto; O agasalho previsto pelo regulamento de uniforme do CBMSC poderá ser utilizado em dias frios, sobreposto ao uniforme. Assuntos burocráticos: Os assuntos burocráticos como: Troca de serviço, dispensa de serviço, troca de local de trabalho, visita médica, etc. deverão ser tratados diretamente com o coordenador de praia. Declarações à imprensa: As relacionadas ao atendimento de ocorrências é de competência do Bombeiro Militar coordenador da praia. Assuntos relacionados com a administração da Operação Veraneio, de cunho político, ou ainda que não estejam diretamente ligados com a praia específica em que o Guarda-vidas trabalhe, deverão ser direcionados ao Ronda de Praia. Atendimento ao público: Procurar ser sempre cordial e esclarecedor, evitando emprego de gírias. Realizar sempre o serviço de prevenção na entrega de panfletos. Evitar envolver-se em ocorrências policiais, se possível acionando uma guarnição PM para o atendimento. Área de atuação: Cada posto limitar-se-á a atender, de forma preventiva na faixa de areia, com demarcação por bandeiras, rondas e sinalização sonora, um raio de 500 (quinhentos) metros para cada lado do posto (esquerdo e direito). O limite acima foi estabelecido atendendo a capacitação técnica pessoal e material que o serviço de salvamento oferece atualmente. Tal distância será desprezada em caso de ocorrência em andamento comunicada ao posto de salvamento.
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Manutenção do posto e de materiais: O comandante do posto, ou na ausência deste, o mais antigo, será responsável pela manutenção da limpeza do posto, bem como pela manutenção de aparência como pintura, corte de grama, etc. As alterações do posto (vidros quebrados, lâmpadas queimadas, fechaduras danificadas, etc) devem ser comunicadas, pelo comandante do posto, ao coordenador da Praia para que este providencie a devida reposição. O efetivo do Posto deverá ser criterioso na preservação dos materiais, protegendo-os do sol, sempre que possível, bem como, protegendo-os de qualquer dano que possa sofrer por falta de um devido cuidado como o ideal acondicionamento, por exemplo. Fechamento do posto: Deverá ser informado ao COBOM e à central de salvamento o término dos trabalhos. O Cmt do posto ou o mais antigo, deverá verificar o correto preenchimento das fichas de registro de ocorrência, antes de dispensar a guarnição e, ainda, arquivá-las até o recolhimento pelo Ronda de praia. Deverá ser realizada a devida faxina no posto e manutenção dos materiais utilizados. O Cmt do posto deverá providenciar um local seguro e habitado durante o período noturno para guardar os materiais de serviço, considerados permanentes como: rádio, White-med, binóculos, etc. 7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 7.1 As informações contidas nesse documento não poderão ser alegadas como desconhecidas, cabendo ao coordenador da praia a divulgação, fiscalização e exigência no cumprimento das mesmas. 7.2 O estabelecido nesse POP deverá ser seguido, no que couber, também pelos civis prestadores do serviço de salvamento aquático, concomitantemente com o prescrito na cartilha para Guarda-vidas civis. 7.4 O conteúdo desse POP, será repassado a todo o efetivo prestador do serviço de salvamento aquático nos cursos de formação, nos treinamentos pré-temporada e nas recertificações através de uma disciplina específica.
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7.5 Todos postos Guarda-vidas em atividade deverão conter uma cópia deste documento. O Cmt do posto, ou mais antigo é o responsável pelo cumprimento deste item. Florianópolis, SC, em 27 de Março de 2007. ________________________________ ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA Cel BM Cmt Geral do CBMSC
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COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS 7º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR
FUNÇÕES DO COORDENADOR DE PRAIA O Coordenador de Praia será o Bombeiro Militar mais antigo de serviço no dia no respectivo Município, devendo ter ciência de que: 1. O serviço de Guarda-vidas é missão do Corpo de Bombeiros Militar; 2. O serviço funciona com organização, cumprimento das missões, profissionalismo e com exemplos positivos; 3. A prevenção é a razão do serviço de guarda-vidas. Compete ao Coordenador de Praia, entre outras atribuições: NO INÍCIO DO SERVIÇO: 1 – Assumir o serviço até às 07:30h; 2
–
Conferir todo o material colocado à sua disposição, comunicando em livro de
partes as alterações, danos, extravios e mau funcionamento;
3 – Distribuir os materiais nos Postos de Guarda-vidas a partir das 08:00h, alternando a distribuição, de forma a ativá-los por prioridade; 4 – Conferir a presença dos Guarda-vidas Civis, registrando as faltas, atrasos e todas as alterações no Sistema com Cadastro dos GVC, esse inserido na página do CBMSC; 5 – Todas as alterações do serviço devem ser comunicar imediatamente ao Ronda da Praia; 6 – Conferir a barba, cabelo e uniforme dos Guarda-vidas civil, procedendo da mesma forma que o item anterior em relação ao registro das alterações; 7 – Observar o estado geral dos postos de Guarda-vidas. Havendo danos, buscar soluções ou alternativas de reparo no próprio Município, devendo essas alterações ser de relatar ao Ronda da Praia; 8 – Cobrar dos Guarda-vidas civil a devida limpeza dos Postos de Guardavidas; 9 – Distribuir e manter os documentos de praia, fichas de ocorrências, planilhas de prevenção e de público usuário, todas atualizadas; 10 – Realizar a atividade física após a entrega dos materiais e conferência do pessoal, não devendo o horário ultrapassar às 10:00h.
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11- Caso não tenha sido possível a realização da educação física no período matutino, a mesma deverá ser realizada a partir das 18:00h, antes do recolhimento dos materiais; DURANTE O SERVIÇO: 1 – Permanecer nas praias sob sua circunscrição administrativa e operacional o maior tempo possível, somente afastando-se das mesmas por necessidade do serviço; 2 – Realizar rondas constantes nos postos de guarda-vidas evitando em permanecer num mesmo posto por tempo superior a 30 minutos. Todos os Postos deverão ser inspecionados pelo Coordenador da praia pelo menos duas vezes por dia, em horários alternados; 3 – Encontrando alterações de GVC, deverá chamar a atenção de forma reservada, a fim de corrigir a falta. Deverá registrar as alterações no Sistema com Cadastro dos GVC, esse inserido na página do CBMSC; 4- Deverá manter sempre diálogo profissional e amistoso com o efetivo, desejando sempre a harmonia do serviço. Jamais o Coordenador deverá utilizar expressões agressivas, discussões pessoais, emissão de opiniões particulares, de juízo de valor, palavrões e bate-bocas; 5 – A imposição e o bom funcionamento do serviço deverá ser pautada pelo exemplo, portanto, jamais o Coordenador de praia deverá infringir normas constantes no POP de Salvamento Aquático; 6 – Todo afogamento com óbito deverá ser comunicado imediatamente ao Ronda da Praia, a fim de iniciar as buscas; 7 – O contato do coordenador de praia sempre deverá ser o Ronda da Praia, não devendo nessas situações fazer contatos diretos com outros oficiais; 8 – Não compete ao coordenador de praia a aplicação de suspensão, ou demissão de GVC. A suspensão compete ao Ronda de praia e a demissão compete à comissão de oficiais, após a devida investigação; 9 – Não deverá ser aplicada penas que não estejam previstas no regulamento disciplinar do Guarda-vidas civil. AO TÉRMINO DO SERVIÇO 1 – O início do recolhimento do material dos postos de Guarda-vidas deverá ser realizado após as 19:00h, não devendo permanecer no Posto
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de salvamento qualquer material de valor, como White-med, binóculos, rádios, flutuador, nadadeiras, caixas de primeiros socorros, macas; 2 – Cobrar dos Guarda-vidas civil a devida faxina nos Postos de Salvamento ao término de cada jornada de trabalho; 3 – Recolher as fichas de ocorrências diariamente, arquivando-as no quartel após a devida tabulação, remetendo os dados às seções competentes nos dias previstos pelo B-3; PRESCRIÇÕES DIVERSAS: 1 – O Coordenador de Praia deverá manter consigo o número do celular de todos os Rondas de praia, bem como estar certo de qual oficial está de serviço no respectivo dia na sua subárea; 2 – Todos os Guarda-vidas civis deverão permanecer uniformizados durante o serviço, exceto durante a realização da atividade física ou durante os atendimentos de ocorrências, os quais poderão ser realizados somente de calção; 3 – Somente os bombeiros militares devidamente habilitados poderão conduzir as viaturas e as embarcações; 4 – Fiscalizar a educação física dos Guarda-vidas civil. Nos turnos de serviço de seis horas os Guarda-vidas civil não terão horário para educação física e nem espaço para o almoço. Nos turnos de 12 horas, a educação física dos mesmos será realizada das 08:00h às 09:00h ou das 19:00h às 20:00h, devendo o efetivo do posto ser dividido em duas turmas: Uma fará a educação física no início da manhã (das 08:00h às 09:00h) e a outra no fim da tarde (das 19:00h às 20:00h). 5 – O Coordenador de praia deverá cumprir e fazer cumprir todas as orientações previstas no POP e na Cartilha dos Guarda-vidas Civil; 6 – O coordenador de Praia mais antigo do Município é responsável pelo cadastro de todas as praias de sua área, bem como do cadastro dos Guarda-vidas Civis, devendo o banco de dados estar totalmente alimentado até o dia 20 Dez ....
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNAVAL, Paulo Eduardo. Cinesiologia da musculação. 2ª edição. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. COSTILL, David L.; WILMORE, Jack H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2ª edição. Barueri, SP: Manole, 2001 (1ª edição). 709 p. FILHO, Edelzito F. B.. Surfistas: salva-vidas em potencial? 1992. XX p. Monografia (Graduação em Educação Física) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1992. GUAIANO, Osni Pinto. O emprego dos elementos do surfe no salvamento aquático: concepções de professores e alunos do curso de Graduação em Educação Física. Bauru, 2005. 128 p. Monografia (Licenciatura plena em Educação Física) – Instituto de Ciências da Saúde da UNIP, Bauru, 2005. Em: http://www.sobrasa.org/biblioteca JUNIOR, Abdallah Achour. Exercícios de alongamento. Anatomia e fisiologia. 1ª edição. São Paulo: Editora Manole, 2002. 550 p.cap. 2 – Fundamentos para exercícios de alongamento, pág. 149; Cap. 14 – Métodos para desenvolvimento de flexibilidade, pág. 345-375. VASCONCELLOS, Marcos Barros de; SANTOS, Reginaldo Oliveira. Um estudo sobre o ensino do auto-salvamento nas aulas de natação, para crianças de 4 a 6 anos, como conteúdo auxiliar na prevenção de afogamentos. 2004. 15 p. Artigo monográfico (Pós-graduação “Latu Sensu” em natação e hidroginástica). Faculdades Integradas Maria Tereza, Rio de Janeiro, 2004.
CARDOSO, Carlos Luiz. Concepção de aulas abertas. In: KUNZ, Elenor (Org.). Didática da educação física 1. 3ª edição. Ijuí: Unijuí, 2003. 158 p. p. 121-154. COSTILL, David L.; WILMORE, Jack H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2ª edição. Barueri, SP: Manole, 2001 (1ª edição). 709 p.
MOCELLIN, Onir. Analise do processo de qualificação de salva-vidas: aproximação de um modelo ideal para Santa Catarina. 2001. (Pós-graduação “Latu Sensu” em Segurança Pública). UNISUL, Santa Catarina, 2004. LESTA - Lei nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. RLESTA - Decreto No 2.596, de 18 de maio de 1998, que regulamenta a Lei no 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário
em águas sob jurisdição nacional. NORMAM-03/DPC. LEI FEDERAL N° 7.661, de 16 de maio de 1988, que Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências,
POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ. Manual do Guarda-vidas. 1ª EDIÇÃO, 2004 LEI FEDERAL Nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências. LEI ESTADUAL Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil e estabelece outras providências. DECRETO ESTADUAL No 4.849, de 11 de novembro de 2006, que regulamenta a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil. PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26 de novembro de 2003, que define os exames de habilidade específica para adesão, admissão,contratação e revalidação de certificado dos guarda-vidas civis. Manual de Salvamento Aquático do SOBRASA. Manuais de Salvamento Aquático e Primeiros Socorros do CBPMSC; Plano de ensino do curso de especialização de guarda-vidas do Paraná; Currículo do Curso de Especialização de Guarda-vidas de São Paulo; Manual do Curso de Guarda-vidas do Uruguai; Surf Life Saving Training Manual of Australia; The United States Lifesaving Association Manual of Open Water Lifesaving; Open Water Lifeguarding Manual of San Diego (EUA); Head Lifeguard of American Red Cross.