Revista Verde é Vida 2017

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Palavra do Coordenador Mudanças no ar

Índice Palavra do Presidente da Afubra Parceria de sucesso

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Renovação de Parceria Ações do Projeto garantidas por mais quatro anos

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Tema 2017: Alimentação Saudável Projeto apresenta novas propostas

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A importância dos Grupos Ambientais Encontros Regionais e intercâmbio são propostas

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Mostra Científica Alunos se movimentam para apresentação

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RA Camaquã As ações de escolas de Chuvisca, Cristal e Dom Feliciano

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RA Herval d’Oeste As ações de escolas de Água Doce e Joaçaba

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RA Imbituva e Irati Escolas de Imbituva e Teixeira Soares

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RA Rio Negro e Mafra Ações de escolas de Canoinhas, Itaiópolis e Piên

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RA Santa Cruz do Sul Escolas de Rio Pardo e Vera Cruz

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RA Venâncio Aires Escolas de Boqueirão do Leão e Sério e suas ações

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Rio Grande do Sul Santa Cruz do Sul em destaque

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Santa Catarina Mafra em destaque

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ubra Foto: Bertuol/Af

Ao entrarmos no 25º ano de atividades ininterruptas do Projeto Verde é Vida, algumas mudanças foram incorporadas à sistemática de trabalhos. A história do Verde é Vida foi marcada pela necessidade de mudanças para que evoluísse junto com as nei Huve mudanças do dia a dia Adalberto Sraidl do Projeto Verde é Vida Ge Coordenador das comunidades às quais assistimos. 2017 marca o início de uma relação ainda um pouco mais próxima de nossos alunos e professores. Nossa equipe quer estar mais presente nas atividades escolares, pertinentes ao Projeto. Também queremos estreitar ainda mais as relações com os pais e com a comunidade em geral, na qual nossas escolas parceiras estão inseridas. Acreditamos que esse estreitamento de relação irá nos encaminhar à uma trajetória vitoriosa tanto no âmbito educacional, como no ambiental, social e econômico. É preciso incentivar as comunidades à prosperarem. É preciso incentivar a sucessão rural. E nós, do Projeto Verde é Vida, queremos fazer parte desse incentivo. Queremos auxiliar nesse caminho de desenvolvimento sustentável de nossas comunidades. Esta é a nona edição da Revista Verde é Vida, que conta algumas atividades desenvolvidas pelo Projeto e também pelas escolas parceiras, espalhadas pelos três estados do Sul do Brasil. Também temos espaço para Santa Cruz do Sul/RS e Mafra/PR municípios parceiros do Projeto. Boa leitura!

Expediente Revista Verde é Vida 2017 Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra Rua Júlio de Castilhos, 1031 96810-156 Santa Cruz do Sul (RS) Telefone: 51 3713-7700 - Fax: 51 3713-7715 Website: www.afubra.com.br E-mail: verde@afubra.com.br

Coordenação Geral: Adalberto Sidnei Huve Coordenação Editorial: José Leon Macedo Fernandes / Luciana Jost Radtke Redação: Luciana Jost Radtke, MTb/RS 13.507 e textos encaminhados pelas escolas parceiras do Projeto Verde é Vida e assessorias de imprensa Produção Gráfica/Diagramação: Cristiano Henrique Schindler Colaboração: Márcio Castro Guimarães, Vivian Padilha Nardi e coordenadores regionais Impressão: LupaGraf Tiragem: 1000 exemplares Distribuição gratuita


Palavra do Presidente

A valorização de uma parceria que está dando certo A definição de parceria no dicionário é “reunião de indivíduos para alcançar um objetivo comum; companhia, sociedade”. O trabalho conjunto da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), através do Projeto Verde é Vida, e dos municípios-parceiros do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, por meio dos professores e alunos de suas escolas municipais, é, portanto, uma parceria. E ela já ocorre – com sucesso - há mais de 25 anos. No início de 2017, foi renovada por mais quatro anos. Sabemos que falar sobre preservação e recuperação ambiental, educação rural, sucessão, produtividade e lucratividade com responsabilidade não é tarefa fácil. Mais difícil ainda é colocar esse trabalho em prática. Entretanto, com um passo de cada vez, num trabalho ininterrupto, com o apoio e parceria de muitas mãos, chegaremos – e estamos chegando – lá. E chegar “lá” é o que? Lá é conseguir-se a valorização das comunidades rurais; é proporcionar atos e ações que ajudem-nas a prosperar e proporcionar vida digna às famílias do campo. Falando em valorização, não podemos deixar de lembrar os professores. São eles que trabalham diária e abnegadamente para formar cidadãos conscientes. Nosso futuro está nas mãos das crianças e dos adolescentes. E eles precisam da participação dos pais, que têm a responsabilidade primeira de educá-los para viver em sociedade, respeitando seus semelhantes. É preciso ensinar valores éticos e morais e despertar em seus filhos o interesse pelo aprendizado. Para desenvolver esse trabalho conjunto, que, na verdade, é uma parceria, precisamos de professores qualificados, valorizados e reconhecidos pela importante tarefa que desenvolvem. Não podemos esquecer que são eles que, com seu saber e didática, ensinam e preparam para a vida profissional, para o mercado de trabalho, que requer profissionais qualificados e capazes. A educação e a formação dos alunos começam em casa, com sua família. Escola e família devem estar unidas, caminharem juntas para prepararem nossos jovens para a vida adulta. Também é importante lembrarmos a educação voltada para o meio rural e para a necessidade de a escola participar do dia a dia da comunidade, e vice-versa. Por meio dessa interação, os problemas das comunidades podem ser estudados em conjunto e facilitada a solução para cada obstáculo que surgir. E nós, através do Verde é Vida, queremos, em parceria com a comunidade, ser um instrumento de construção de um futuro mais promissor para a nossa juventude. Contem sempre conosco. Boa leitura!

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Foto: Bertuo l/Afubra

Benício A

President lbano Werner e da Asso ciação dos Fumiculto res do Bra sil


Renovação de Parceria

Afubra assina acordo de cooperação para o Verde é Vida 2017 terá a participação de 61 municípios dos três Estados do Sul do Brasil A Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra, realizou durante os meses de março e abril de 2017 a assinatura do Acordo de Cooperação entre a entidade e municípios dos três Estados do Sul do Brasil, para garantir as ações desenvolvidas pelo Projeto Verde é Vida pelos próximos quatro anos. Segundo o coordenador geral do Verde é Vida, Adalberto Sidnei Huve, a assinatura é uma prática do Projeto, a cada quatro anos, quando mudam as administrações municipais, após as eleições. “O objetivo do Acordo é definir as ações que iremos desenvolver em parceria com as escolas de cada município parceiro”, explicou Huve. Em 2017 participam 61 municípios no Programa de Ação Sócio-Ambiental do Projeto Verde é Vida. Além da continuidade dos trabalhos – Bolsa de Sementes, Ação Conjunta, Reuniões Pedagógicas, palestras, Recolhimento de Óleo Saturado, Pesquisa Científica e outros -, a equipe do Verde é Vida irá sugerir a implantação de novas atividades, como a Microempresa Escolar, Bar Pedagógico, a Feira Rural Pedagógica e o Intercâmbio Verde é Vida e realizar o Encontro Regional de Grupos Ambientais.

Foto: Luciana Jost

Radtke/Afubra

O vice-president e da Afubra, Marco Antonio Dornell acordo com o pr es, assinou efeito de Venânc io Aires/RS, Giov ane Wickert Foto: Divulgação/Afubra

Foto: Divulg açã

o/Afubra

Paizani, assinou o gro/PR, Milton José O prefeito de Rio Ne r Damaso da Silveira iro da Afubra, Gilma lhe nse co o m co acordo O conselheiro da Afubra, entidade, ju nto com o pr Thadeu Wensihg, assino u o acordo pe efeito de Gra vatal/SC, Ed la valdo Bez de Oliveira

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As 13 Regiões de Atuação do Projeto Verde é Vida RA Rio Negro

RA Araranguá participam quatro escolas de dois municípios: Jacinto Machado e Meleiro;

RA Cachoeira do Sul e Candelária

participam 18 escolas de cinco municípios: Agudo, Cachoeira do Su l, Candelária, Novo Cabrais e Paraíso do Sul;

RA Camaquã participam 14 escolas de quatro municípios: Camaquã, Chuvisca, Cristal e Dom Feliciano;

RA Herval d’Oes

te

participam 22 escolas de nove municípios: Água Doce, Capinzal, Erval Velho, Herval d’Oeste, Joaçab a, Lacerdópolis, Luzerna, Salto Veloso e Treze Tílias;

RA Imbituva e Irati participam 13 escolas de cinco municípios: Guamiranga, Imbituva, Prudentópolis, Rebouças e Teixeira Soares;

RA Rio do Sul e Ituporanga participam 15 escolas de seis municípios: Agrolândia, Atalanta, Ituporanga, Lontras, Petrolândia e Rio do Sul;

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e Mafra

participam 19 esco las de cinco municípios : Canoinhas, Itaió polis, Mafra, Piên e Rio Negro;

RA Santa Cruz do Sul participam 25 escolas de seis municípios: Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz;

RA São Lourenço do Sul e Canguçu participam 14 escolas de três municípios: Arroio do Padre, Canguçu e São Lourenço do Sul;

RA São Miguel

d’Oeste

participam 13 escolas de quatro municípios: Iporã d’Oeste, Princes a, São José do Cedro e São Miguel d’O este;

RA Sobradinho e Arroio do Tigre participam 12 escolas de quatro municípios: Arroio do Tigre, Lagoa Bonita do Sul, Sobradinho e Tunas;

RA Tubarão e Braço do Norte

participam 11 escolas de três municípios: Gravatal e Tubarão; Norte, do Braço

RA Venâncio

Aires

participam 11 esco las de cinco municípios : Arroio do Meio, Bo queirão do Leão, Mato Leitão, Sério e Venâncio Aires;


Relação dos Coordenadores Regionais do Projeto Verde é Vida

Araranguá: Jayson de Medeiros Mendes Lédio Motta Bento

Herval d’Oeste: Alceu Hoffmann José Carlos Kucher

Arroio do Tigre: João Paulo Porcher Rodrigo Eichelberger

Imbituva: Cleverson José Cararo Lazaro Ramon Bock

Braço do Norte: Hilário Boing Venício Aguiar Ascari

Irati: Emerson Luís Cararo João Paulo Perussolo

Cachoeira do Sul: Fábio Renato Silva Márcio Vasconcelos da Rosa

Ituporanga: Alcione Senem Zeli de Lurdes Mees

Camaquã: Claudiano Bender Schmechel Marcelo Adriano da Silva

Rio do Sul: Armelita de Pin Laux Rafael da Silva

Candelária: Carlos Alberto Loewe Sinésio Esequiel Mueller

Rio Negro/Mafra: Andréia de Melo Edemar Pedro Konckel

Santa Cruz do Sul: Adalberto Sidnei Huve São Miguel d’Oeste: Cleuse Fachin Martins Pinto Jandir Stock São Lourenço do Sul: Geber Conrad Ehler Margarida Bubolz Sobradinho: João Paulo Porcher Jonimar Moura de Oliveira Tubarão: Laércio Heidemann Patric Marciano Barp Venâncio Aires: André Luís Fagundes Tiago Dutra Maracci

Canguçu: Daniel Holz Prestes Valdir Mundstock

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Alimentação Saudável é tema para 2017 Bar Pedagógico, Feira Rural e Microempresa escolar são sugestões Alimento é toda substância utilizada pelos seres vivos como fonte de matéria e energia para poderem realizar suas necessidades vitais, incluindo crescimento, movimento e reprodução. Para o ser humano, a alimentação inclui, ainda, várias substâncias que não são necessárias para as funções biológicas, mas que fazem parte da cultura de um povo e são usadas nos alimentos. Tradicionalmente, o Projeto Verde é Vida, adota um tema para as atividades durante o ano, que norteia os trabalhos e ações que serão realizadas pelas escolas parceiras nas comunidades. Para 2017, o tema é Alimentação Saudável. Para isso, um folder foi produzido para apresentar aos educadores e educandos as particularidades de uma alimentação com saúde. O que é a Soberania Alimentar, Segurança Alimentar, Alimentação Saudável, Alimentação Tradicional, Alimentação Orgânica, Alimentação Vegana, Dieta do Mediterrâneo e as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são pontos abordados pelo folder, que é distribuído nas escolas. “É um tema muito interessante e rico para ser abordado. Existem alguns conceitos sobre a alimentação que entendemos de maneira errada. Ao trabalharmos a alimentação saudável, muitas surpresas estão surgindo e proporcionando uma discussão rica e importante”, destaca o coordenador pedagógico do Projeto Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes. BAR PEDAGÓGICO – Inserido no tema anual está a proposta da implantação do Bar Pedagógico nas escolas. O objetivo é incentivar a criação e a produção de produtos naturais com base na alimentação saudável. No Bar Pedagógico não serão vendidos produtos industrializados, mas sim, naturais, como sanduíches, sucos, cucas e bolos. “A proposta é que professores e alunos organizem alternativas para a produção de produtos que possam ser comercializados no Bar, utilizando matéria-prima fornecida pela

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família do aluno”, explica José Leon. O Bar torna-se um instrumento de educação alimentar e a valorização do meio rural, por meio de uma alimentação saudável. Leon lembra que é fundamental, para a implantação do Bar Pedagógico, a união da direção, professores, alunos, pais e nutricionista da mantenedora da escola. “Tudo deve ser feito dentro da segurança alimentar. O mais interessante, é que, desde o início da implantação, podem ser envolvidas as disciplinas, para a realização de pesquisas de mercado, oficina de gastronomia e segurança alimentar, cadastro de fornecedores e produtos, fiscalização sanitária e pesquisa de interesse em produtos que serão oferecidos e de satisfação dos clientes”, destaca o professor. FEIRA RURAL PEDAGÓGICA – Implantada como um projeto-piloto em 2016, em algumas escolas parceiras, a Feira Rural Pedagógica tem por objetivo promover aos alunos uma experiência de mercado na criação, organização e gestão de produtos das propriedades rurais de suas famílias. Ou seja, incentivar o empreendedorismo rural, valorizar a produção local e abrir caminhos para que os alunos conheçam a realidade de suas famílias e comunidades. A ideia da Feira surgiu ao percebermos que, em muitas escolas, os alunos vendem aos professores produtos de suas propriedades, como queijo, geleias, verduras e frutas. “Aí, pensamos em tornar essa venda oficial e de forma pedagógica”, diz José Leon. A implantação da Feira Rural Pedagógica vai reunir alunos, professores, pais e nutricionista para definir as atribuições de quem vai ser responsável pelo que será comercializado, quem irá fornecer os produtos, como serão acondicionados, o valor e a qualidade. Também entram ainda a pesquisa de mercado, a segurança alimentar e a definição de regras sanitárias. MICROEMPRESA ESCOLAR (MEE) – Será uma associação civil, sem fins lucrativos, com proposta pedagógica e educacional, formada por alunos das

Alimentação Sa udável é o tem a do Verde é Vida para 2017

séries finais do Ensino Fundamental e do Médio. O objetivo é de proporcionar aos alunos experiência de mercado na criação, organização e gestão de uma empresa. A atividade exigirá administração de empresa, organização de trabalho em equipe, definição de responsabilidades e decisões, negociação com clientes, patrocinadores, fornecedores e parceiros e o desenvolvimento de atividades financeiras e contábeis. A criação da MEE passará por uma reunião dos interessados com a definição dos sócios e as funções de cada um. Por meio da pesquisa de mercado, se definirá qual o tipo de negócio a ser estabelecido. Também é necessária a definição do nome e logotipo da microempresa e a organização das atividades operacionais, como contato com fornecedores e clientes e divulgação dos produtos. O professor José Leon esclarece que todo o trabalho da MEE será acompanhado e orientado por um professor, com auditoria do Conselho de Pais. “Estas sugestões dentro do ano da Alimentação Saudável terão continuidade nos próximos anos. E tudo será um ciclo. A Microempresa Escolar compra da Feira Rural Pedagógica, produz os alimentos e vende no Bar Pedagógico”, finaliza José Leon.


Foto: Arquivo/Afub

ra

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Feira oportuniza troca de experiências entre alunos Pesquisas científicas são apresentadas durante a Expoagro Afubra Fotos: Bertuol/Afubra

A oportunidade de trocar experiências e informações e contribuir para o desenvolvimento de suas comunidades, além de fazer novas amizades, são os principais objetivos da Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, realizada há oito anos durante a Expoagro Afubra. Em 2017, 14 trabalhos, dos três Estados do Sul do Brasil, estiveram na feira e mostraram a preocupação de alunos e professores com o dia a dia de suas famílias, escolas e comunidades. As alunas Emilly Ronch e Isabella Martinelo, junto com a professora Rosangela Ramos, vieram de Meleiro/SC. O trabalho representou a Região de Atuação Araranguá. As meninas enfatizam que tiveram três dias produtivos, numa “oportunidade única de trocar conhecimentos, conhecer pessoas e fazer novas amizades”. A professora destaca o incentivo para que as escolas participem do Projeto Verde é Vida e agradece à Afubra pela “oportunidade de divulgar o estado e o município e pela valorização dos trabalhos dos alunos, de forma responsável e agradável”. Da divisa do Paraná, de Canoinhas/SC, vieram as alunas Maria Tamaris Colaço e Jessica Cubas Müller, acompanhadas pela professora Nair Maciel Cuja, representando a Região Rio Negro e Mafra. Elas destacam a oportunidade de conhecer outras culturas, lugares e, principalmente, a possibilidade de trocas de experiências entre alunos e professores. “Marcante ver a participação da agricultura familiar durante a Expoagro

Benício Albano Werner, u com o presidente da Afubra, Alunas e professora de Canguç to Sidnei Huve lber Ada , Verde é Vida e coordenador geral do Projeto

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ente da Afubra, Benício Albano Alunas e professora de Meleiro com o presid é Vida, Adalberto Sidnei Huve Verde o Projet Werner, e coordenador geral do

Presidente da Afubra, Benício Albano Werne r, e coordenador geral é Vida, Adalberto Sidnei do Projeto Verde Huve junto com as alu nas e professora de Can oinhas


Fotos: Luciana Jost Radtke/Afubra

Afubra, além do acolhimento e organização. O incentivo aos alunos do meio rural é de fundamental importância para as comunidades”, enfatizam. Do sul do Rio Grande do Sul, de Canguçu, vieram as alunas Alice Schumalfuss Köhler e Cristine Köhler Büttow, acompanhadas pela professora Carla Mantovani Furtado, representando a Região de Atuação São Lourenço do Sul e Canguçu. “A experiência de poder participar e apresentar uma pesquisa científica na Expoagro Afubra foi de grande valia tanto para conhecimento intelectual quanto geral, com troca de experiências e uma vivência única”, ressaltam alunas e professora. TROFÉU GOTA VERDE – Após três intensos dias apresentando suas pesquisas científicas na Expoagro Afubra 2017, os alunos e professores que participaram da 8ª Mostra Científica Sul-Brasi-

leira Verde é Vida, foram recebidos para um jantar de confraternização, na sede social da entidade, em Santa Cruz do Sul/RS. Na oportunidade, receberam o troféu Gota Verde, alusivo à participação na Mostra 2017. O tesoureiro da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, agradeceu a todos os que apoiaram os trabalhos no Espaço Cultural, principalmente, aos alunos e professores. “É de vocês também o sucesso de mais uma edição da Expoagro Afubra”, destacou Drescher, ao agradecer também a confiança dos pais dos alunos. Fabiana Schneider Wagner, em nome de todos os professores, destacou a motivação dos alunos para chegarem até à Feira, e agradeceu a todos pela acolhida. Em nome dos alunos, Cibeli da Rosa, ao agradecer à Afubra pela oportunidade, destacou a importância da troca de informações e amizades feitas durante a feira. bra

Fotos: Lula Helfer/Afu

Pesquisas são ap resentadas pelo s alunos durante os três dias da Expo agro Afubra

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VIII Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida Trabalhos apresentados – Expoagro Afubra 2017 RA Araranguá Pesquisa: Desperdício Zero na Alimentação Escola: Inês Tonelli Nápole, de Meleiro/SC Alunas: Isabella Pasini Martinelo e Emilly Frizza Ronch Professora: Rosângela Ramos

RA São Lourenço do Sul e Canguçu

Pesquisa: Criação de galinhas caipiras: contribuindo na renda familiar e na qualidade de vida Escola: Geraldina Maria Tavares, de Gravatal/SC Alunos: Alex Vieira de Souza e Henrique Monteiro Vargas Professora: Sidnei Goulart dos Santos

RA Rio do Sul e Ituporanga

Pesquisa: Abelhas: um tesouro da natureza

Pesquisa: Sustentabilidade: frutas todos os dias

Escola: Heitor Soares Ribeiro, de Canguçu/RS Alunas: Alice Schmalfuss Köhler e Cristine Köhler Büttow Professora: Carla Mantovani Furtado

Escola: Joaquim Muniz da Costa, de Agrolândia/SC Alunos: Juliano Ferreira Costa e Kauan Pereira Thiwes Professora: Silvani Mayer Marangoni

RA São Miguel d’Oeste Pesquisa: : O uso do alecrim como estimulante das funções orgânicas do corpo Escola: Casa Familiar Rural Esperança, de Iporã d’Oeste/SC Alunas: Raquel Vanessa Favero e Cristiane Pedretti Professora: Fabiane Rambo

RA Herval d’Oeste

RA Santa Cruz do Sul Pesquisa: Pneus descartados: onde estão? Escola: Carlos Boettcher Filho, de Sinimbu/RS Alunos: Gustavo Waechter Pranke e Amanda Luísa Schultz Professora:Viviane Henn

RA Rio Negro e Mafra

Pesquisa: Horto medicinal: relógio do corpo humano

Pesquisa: Construindo o futuro replantando

Escola: Cruz e Souza, de Herval d’Oeste/SC Alunas: Marielli da Costa Alves e Jeiny Müller de Aguiar Professora: Geiza Müller Michelons

Escola: Maria Isabel de Lima Cubas, de Canoinhas/SC Alunas: Jessica Cubas Müller e Maria Tamaris Colaço Professora: Nair Maciel Cuja

RA Venâncio Aires Pesquisa: Ciranda do envenenamento Escola: Adélia Corbellini, de Sério/RS Alunas: Estefane Kauane Schmitz e Pâmela Eloiza Schulz Professora: Ilone Martens de Abreu

RA Sobradinho e Arroio do Tigre

RA Irati Pesquisa: A importância das florestas para o meio ambiente Escola: Urquiz Cordeiro, de Rio Azul/PR Alunos: Gustavo Marcoske e Dieison Pelepeka Professora: Rosângela Ramos

RA Imbituva

Pesquisa: Apicultura: sustentabilidade da vida

Pesquisa: Cultivo de uva na nossa região

Escola: Ervino Konrad, de Arroio do Tigre/RS Alunas: Tauana Brixner Schneider e Dienifer Amanda Henker Professora: Fabiana Schneider Wagner

Escola: Izélia Santina Marconato Prates, de Guamiranga/PR Alunas: Maísa Bail e Eduardo Beledeli Professora: Ironi Aparecida Wolski

RA Camaquã

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RA Tubarão e Braço do Norte

RA Cachoeira do Sul e Candelária

Pesquisa: Compostagem

Pesquisa: Mel

Escola: Padre Vieira, de Dom Feliciano/RS Alunas: Érecles Miritz e Michele Stachlewski Professor: Marcelo Berdnarski

Escola: Professor Fábio Nackpar dos Santos, de Candelária/RS Aluna: Cibeli da Rosa Professora: Josiane Pereira Paranhos


69 trabalhos concorrem às 13 vagas para a Expoagro Afubra 2018

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Fotos: Lula Helfer/Afu

No mês de julho de 2017 ocorreram as reuniões com a realização da 1ª Fase da Etapa Regional da Mostra Científica Verde é Vida, das 13 Reuniões de Atuação do Projeto, nos três estados do Sul do Brasil. Foram 282 pesquisas participantes e 69 selecionadas para a 2ª Fase da escolha, que ocorre em setembro de 2017. Nesta segunda fase serão definidos os trabalhos que representarão cada Região de Atuação na 18ª Expoagro Afubra, de 20 a 22 de março de 2018, no Espaço Cultural, participando da IX Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida. Trabalhos que estarão na 2ª Fase Etapa Regional da Mostra Científica: RA Araranguá - Microrganismo e saúde, da escola Inez Tonelli Napoli, de Meleiro; e, da escola Arizona, de Pinheiro Machado, as pesquisas Vegetação nativa e exótica; Reciclagem de papel; e Banana orgânica. RA Camaquã - Relógio biológico dos chás, da escola Catulino Pereira da Rosa, de Dom Feliciano; Agricultura Orgânica, da escola São João Batista, de Dom Feliciano; Alimentação saudável a partir de bons hábitos na escola, da escola Padre Vieira, de Dom Feliciano; Cultivo de uvas, da escola Alfredo Jacosen, de Camaquã; Horta suspensa, da escola Antonio Curi, de Cristal. RA Cachoeira do Sul e Candelária - Carvão Vegetal, da escola Taufick Germano, de Cachoeira do Sul; Soro do Leite, da escola Percílio Joaquim da Silveira, de Candelária; Uso do EPI durante a aplicação de agrotóxicos na lavoura, da escola São Paulo, de Candelária; Meio Rural: espaço de produção de alimentação saudável, da escola Carlos Altermann, de Paraíso do Sul; e A influência da lua no ecossistema, da escola Carlos Altermann, de Paraíso do Sul. RA Herval d’Oeste - Alimentação Consciente e Saudável, Desperdício Zero, da Escola Frei Silvano de Água Doce; Copos Plásticos, um vilão do meio ambiente, da Escola Ivo Silveira, de Capinzal; Ensinando a fazer compostagem, da Escola São José, de Herval d’Oeste; Alimentação: arte de comer bem, da Escola Ernesto Hachmann, de Capinzal; Hábitos Alimentares, da Escola São Francisco, de Luzerna; Homeopatia para uma vida saudável, da Escola Rotary Fritz Lucht, de Joaçaba; Reaproveitando o óleo de cozinha na produção de sabão, da Escola Ivo Silveira, de Capinzal. RA Imbituva e Irati - Horta escolar, da Escola Municipal do Campo Rosa Ogg, de Prudentópolis; Plantio de bracatinga e suas várias utilidades, da Escola Municipal do Campo de Tijuco Preto, de Prudentópolis; A babosa, da Escola Rural Municipal de Mato Branco de Baixo, de Imbituva; O poder da maçanilha, da Escola

as atraem público

científic Apresentação das pesquisas

Rural Municipal de Barro Preto, de Imbituva; e Refugo também limpa, da Escola Municipal Padre Ladislau Maibuk, de Teixeira Soares. RA Rio Negro e Mafra - Escola Sustentável, da escola Achiles Pazda, de Canoinhas; Solo Vivo, da escola Alberto Wardenski, de Canoinhas; Alimentação Sustentável, da escola José de Lima, de Rio Negro; Dessalinizador de água, da escola Virgílio Várzea, de Itaiópolis; Defensivo Agrícola Natural, da escola Santa Isabel, de Piên; e Horta Escolar e seu potencial, da escola Evaldo Steidel, de Mafra. RA Rio do Sul e Ituporanga - Mundo dos fungos e bactérias, da escola Perimbo, de Petrolândia; Papilha: destino correto, da escola Criança Esperança, de Petrolândia; Produção de cogumelos, da escola Adolfo Hedel, de Agrolândia; Da escola para a lixia, da escola Ribeirão Matilde, de Atalanta; e Turismo rural sustentável para o meio ambiente, da escola Pedro dos Santos, de Rio do Sul. RA Santa Cruz do Sul - Erva-Mate, da escola Cardeal Leme, de Santa Cruz do Sul; Sementes Crioulas e Alimentação Saudável, da escola São João Batista, de Vale do Sol; Sustentabilidade e Economia: utilização da energia solar, da escola Felipe Becker, de Santa Cruz do Sul; Sustentabilidade e Saúde, da escola Carlos Boettcher Filho, de Sinimbu; Urina de vaca, um fertilizante natural, da escola Carlos Boettcher Filho, de Sinimbu. RA São Lourenço do Sul e Canguçu - Criando Hábitos Saudáveis, da escola Heitor Soares Ribeiro, de Canguçu; Brincadeira de Antigamente, da escola Francisco Frömming, de São Lourenço do Sul; Nem Todo Lixo é LIXO!, da escola Germano Hubner, de São Lourenço do Sul; Memórias de Saberes Pomeranos, da escola Martinho Lutero, de São Lourenço do Sul; Em Busca de

Uma Vida Saudável, da escola Heitor Soares Ribeiro, de Canguçu. RA São Miguel d’Oeste - Forno solar, uma alternativa sustentável, da escola Padre José de Anchieta, de São Miguel d’Oeste; Composto de rejeitos, da escola Waldemar Antônio Von Dentz, de São Miguel d’Oeste; Escola sustentável, da escola de São José do Cedro; Água sanitária caseira feita com cinza, da escola de São José do Cedro; Adubador mecânico de tabaco, da Casa Familiar Rural de Iporã d’Oeste; e Sucessão Familiar, do Centro Integrado de Ensino Rural de Iporã d’Oeste. RA Sobradinho e Arroio do Tigre - Silagem de Mandioca, da escola Arroio do Tigre, de Arroio do Tigre; Nogueira Pecã como alternativa de diversidade agrícola, da escola Balduíno Thomaz Brixner, de Arroio do Tigre; Piscicultura, criação e renda, da escola Ervino Alberto Guilherme Konrad, de Arroio do Tigre; O horto medicinal: relógio do corpo humano, da escola Jacob Dickel, de Arroio do Tigre; Papel Reciclado, do lixo para o luxo, da escola Dr. Adolpho Sebastiany, de Sobradinho. RA Tubarão e Braço do Norte - Caracois, da escola Professora Naide Guedert Teixeira, de Gravatal; Segurança Alimentar, da escola José Cardoso de Aguiar, de Gravatal; Quem planta, colhe, da escola Geraldina Maria Tavares, de Gravatal; Horta Escolar, da escola Atílio Guisi, de Braço do Norte; e Um olhar sobre o lixo, da escola João Batista da Silva, de Braço do Norte. RA Venâncio Aires - Missão Reduzir, da escola Adélia Corbelini, de Sério; Um tesouro no quintal, da escola Adélia Corbelini; Horta sustentável, da escola Dom Pedro II; Arte da alimentação saudável, da escola Marino da Silva Gravina, de Boqueirão do Leão; Plantas não convencionais como alternativa na alimentação, da escola Adolfo Mânica, de Boqueirão do Leão.

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RA Camaquã Escola Municipal Arlindo Bonifácio Pires Chuvisca/RS

Alimentação saudável na pauta de estudos Tendo em vista que a escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização, comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlindo Bonifácio Pires, de Chuvusca/RS, desenvolve a pesquisa científica com seus alunos visando despertar interesse em buscar novos conhecimentos na sua realidade de agricultura familiar, para que possam fazer a diferença em suas comunidades, o qual a Escola está inserida. Diante da proposta do Projeto Verde é Vida que é Alimentação Saudável, os projetos de pesquisa escolhidos pelos alunos levaram em consideração as culturas já desenvolvidas pelos pequenos agricultores da nossa comunidade escolar, onde ficaram definidos os seguintes temas: o conhecimento do porongo comestível, os benefícios da batata doce para a saúde e as propriedades nutritivas da mandioca. Os trabalhos de pesquisa científica envolvem um grupo de seis alunos e uma professora orientadora, iniciando-se o desenvolvimento dos projetos a partir do mês de abril do ano de dois mil e dezessete. O objetivo dos projetos é o conhecimento e informação sobre a cultura da batata doce, da mandioca e do porongo comestível, e devido a essas hortaliças serem de fácil manejo incentivar o cultivo nas propriedades rurais da nossa comunidade para obterem uma alimentação mais saudável. As metodologias utilizadas foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa na internet e entrevista com agricultores. Metodologias que ainda vão ser utilizadas: entrevista com nutricionista da Secretaria de Educação de Chuvisca, entrevista com técnicos da Emater, confecção de folders informativos sobre os benefícios a saúde e incentivo ao cultivo nas propriedades rurais da nossa comunidade. As dificuldades encontradas foram nas pesquisas bibliográficas que possuem poucas informações sobre as culturas pesquisadas. Pontos positivos foram durante a visita aos agricultores que recepcionaram os alunos, a professora orientadora e a direção da escola, muito felizes em fazer parte de um trabalho com a escola, sentindo-se valorizados com os conhecimentos que adquiriram e puderam nos passar sobre o cultivo das hortaliças temas das pesquisas. Os alunos durante a entrevista com os agricultores abordaram assuntos como época de plantio, época de colheita, melhor tipo de solo, cuidados com a plantação, variedades que cultivavam ou tinham conhecimento, pragas e doenças que atingem a plantação, receitas utilizadas pela família, se o cultivo era para consumo próprio ou para comércio, curiosidades sobre a planta

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Fotos: Divulgação/Afubra

Visitas a propriedades rurais

Produtores foram entrevistados e se a família possuía conhecimento sobre os benefícios do consumo dessas hortaliças para a sua saúde. Além dos projetos de pesquisa científica também é desenvolvido na Escola um Grupo Ambiental que tem por objetivo sensibilizar os educandos e a comunidade em relação à preservação ambiental e ao uso racional dos recursos naturais de forma interdisciplinar, através de atividades diferenciadas que incentivem e despertem interesse e curiosidade em adquirir mais conhecimento, desenvolvendo em cada aluno as suas potencialidades para que adotem posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa em um ambiente sustentável.


RA Camaquã Escola Municipal Antônio Curi Cristal/RS

Horta Suspensa integra dia a dia de escola A horta suspensa é um tipo de cultivo que possibilita a utilização de espaços aéreos para o desenvolvimento de várias espécies cultiváveis. Ela pode ser feita em tubos de pvc, garrafas pet, cestos, latas, baldes, etc. O termo horta suspensa é totalmente ecológico, pois além de aproveitar pequenos espaços em casas, apartamentos, escritórios e escolas, visa o reaproveitamento de materiais que, se descartados inadequadamente, prejudicam o solo, a água e o ar A ideia em desenvolver o projeto da horta suspensa na Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Curi, localizada no interior do município de Cristal/RS, surgiu a partir do momento em que se queria trabalhar com a temática sobre horta, mas que visasse algo diferente, que não fosse a horta convencional, onde houvesse um maior envolvimento dos alunos e de todos que estão na Escola, tornando-se um espaço alternativo, que estimule nos alunos uma aprendizagem significativa e proporcione múltiplas atividades para a construção da educação ambiental. A horta suspensa tem como foco integrar o dia a dia da Escola, sendo fonte de observação e possibilidades para ações pedagógicas e de conscientização da prática sustentável. Estamos com o projeto em desenvolvimento durante o ano de 2017, e esperamos que seja uma atividade continuada, já fizemos a plantação de mudas de alfaces e morangos em tubos de pvc, os alunos fazem o acompanhamento do desenvolvimento de seus cultiváveis com o objetivo de serem colhidos e usados na merenda escolar. O projeto visa também que eles sejam multiplicadores dessa prática, promovendo momentos de aprendizagem sobre cuidados e técnicas de preparo, plantio e colheita, propiciando o interesse por uma alimentação saudável e natural, sabendo o valor nutricional dos alimentos livre de agrotóxicos e mostrando que mesmo em locais sem muito espaço, é possível ter uma horta em casa, e o fato de ter uma pequena plantação envolve muito mais que apenas produtos orgânicos colhidos, significa também preservar um tempo do dia para se dedicar sem pressa a uma atividade que aos poucos se torna mais e mais prazerosa.

Fotos: Divulgação/Afubra

em horta Escola investe

suspensa

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RA Camaquã Escola de Jovens Rurais Dom Feliciano/RS

Jovens da roça multiplicadores da agroecologia O projeto “Jovens da Roça Multiplicadores da Agroecologia” é uma iniciativa da EJR – Escola de Jovens Rurais coordenado em Dom Feliciano/RS pela professora, mestre e bióloga Sirlei da Silva Nunes junto à coordenação Diocesana da CPT (Comissão Pastoral da Terra) Oldi Helena Jantsch e do técnico agrícola Mauricio Queiroz. Projeto, o qual acontece atualmente em parceria com a EMEF Padre Vieira, na localidade de Ponte do Sutil que tem como diretora Maria Nunes Borowski atingindo jovens, adolescentes, escolas, famílias e comunidade em geral. Tem como objetivo geral capacitar jovens rurais como guardiões da Casa Comum e multiplicadores da Agricultura Ecológica. As atividades burocráticas e práticas do projeto acontecem desde o início deste ano quando buscou-se apresentar a proposta do projeto que a EJR mantém no município desde 2010, ao prefeito do município de Dom Feliciano, Clenio Boeira da Silva, representante do Executivo Municipal. O prefeito analisou e concordou com a iniciativa colocando desde então, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte e a Secretaria Municipal de Infraestrutura Rural e Urbana a disposição do projeto. Ficou acordado que o Projeto seria aplicado em uma escola do município onde os trabalhos locais seriam coordenados pela professora Sirlei da Silva Nunes. Como a Emef Padre Vieira participa do Projeto Verde é Vida, da Afubra, e desenvolvem trabalhos também voltados à comunidade escolar educacional, a entidade passou a ser colaboradora e parceira no projeto que vêm sendo realizado na mesma. Inicialmente fomos atrás do material e transporte necessário para a confecção da horta, recebemos doações na comunidade local e de parceiros (costaneiras, moirões, pregos, arames e composto orgânico), realizamos um mutirão de pessoas e alunos e, logo a horta esteve pronta. Canteiros foram confeccionados de formas diferentes com alunos e alguns professores, inclusive em turno inverso onde os mesmos foram semeados com sementes de hortaliças ecológicas oferecidas pela Ação Social Diocesana com a finalidade de produzir alimentos saudáveis para serem consumidos na merenda escolar e desenvolver práticas educacionais interdisciplinares com jovens e alunos. A horta tem as seguintes dimensões: 10,90m de comprimento e 7,15m de largura totalizando uma

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Fotos: Divulgação/Afubra

Agricultura ecológica é foco do trabalho

Capacitar os jovens é objetivo área de 77,93m². O preparo do solo, a construção, o plantio de chás e seu uso no trato de doenças, as flores e sua importância junto ao embelezamento e a utilização com a finalidade de realizar práticas educacionais em aulas e campo junto à escola faz com que a criança e o jovem possam trocar conhecimentos, resgatar sementes crioulas e plantar em suas propriedades. Assim, a partir de viagens, encontros e seminários oferecidos dentro e fora do município a estes jovens, pais (na maioria das vezes) e crianças já é visível à mudança em suas atividades e ações no cotidiano.


RA Herval d’Oeste Escola Municipal Assentamento 1º de Agosto Água Doce/SC

Água: fonte de vida A Escola Municipal Assentamento 1º de Agosto, localizada no interior do município de Água Doce/SC, preocupada com as questões ambientais e, principalmente, com a qualidade e preservação da água desenvolveu um projeto de recuperação da fonte que abastece a escola e a comunidade onde está inserida. A Escola tem 44 alunos que cursam na Educação Infantil até o 5º do Ensino Fundamental I, funcionando no turno vespertino e matutino, sendo 2 professoras (Sandra Iara Giaretta e Marisa Fátima Saretto de Oliveira). Os estudantes que moram mais distante são transportados pelo município. O projeto Água fonte de vida, é de responsabilidade da professora Marisa Fátima Saretto, que diz: “Sabemos o quanto é importante resgatar em nossas crianças o respeito, a valorização, e os cuidados com meio ambiente do qual somos parte integrante e responsáveis pelas ações de destruição que o ser humano vem praticando”. A professora e os alunos fizeram pesquisa junto a 13 famílias para saber quem tinha água de fonte, de poço, de que forma a água chegava até as casas e se era suficiente para o consumo da família e dos animais. Essa teve o seguinte resultado: das 13 famílias, 11 têm água de poço e duas de fonte. Para 11 famílias o acesso à água se dá por bomba e, em duas, a água chega por gravidade até a casa. Para apenas seis famílias a água é suficiente. Como a comunidade escolar desconhecia o local da nascente de água e a situação dessa foi organizada visita ao local, os alunos, professora, Secretaria Municipal da Educação e o Engenheiro Agrônomo constataram que a proteção era inadequada e decidiu-se fazer coleta de amostra para saber as condições de potabilidade. O resultado da análise da água realizado pelo Lacen - Regional Joaçaba/SC, cuja coleta se deu em 29/09/2016, foi: “Água imprópria para o consumo humano devido à presença de escherichia coli (indicador de contaminação fecal)”. A aceitação da proposta imediata diante do que foi visto e avaliado. Então mãos à obra, juntamente com a comunidade, Prefeitura Municipal, Secretaria da Educação e Epagri. O engenheiro agrônomo da Epagri, Jociel da Rosa Surdi, colaborou com palestras para as crianças e pais sobre a importância de preservar a água, sensibilizando os alunos e a comunidade sobre a preservação das nascentes e conscientizando de que a água é um recurso natural e não deve ser desperdiçada nem poluída. Foi decidido fazer a proteção da fonte – Modelo Caxambú com envolvimento da comunidade escolar, Secretaria da Agricultura, Secretaria de Obras, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Água Doce e ex-extensionista da Epagri (Josete Morelato). A orientação técnica ficou sob a responsabilidade do agrônomo Jociel da Rosa Surdi e de Josete. A opção por esse modelo se deu por diferentes motivos: trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela Epagri, com grande vantagem ambiental. Há garantia

Fotos: Divulgação/Afubra

Foram realizadas análises da água

Recuperação da fonte envolveu escola e comunidade de que a nascente não seja contaminada por agentes externos, filtra e canaliza a água para residências, escolas e outros. Outra vantagem, além de ser muito simples a sua instalação, e o seu baixo custo. Durante os trabalhos surgiu outro problema: Onde armazenar esta água? Então foi instalada a caixa d’água que estava abandonada, oriunda de um poço artesiano comunitário desativado, que havia sido usada por um curto período de tempo. Assim, a própria comunidade se mobilizou e, com o auxílio da Prefeitura, transportou esta caixa até próximo da escola e do centro comunitário e fez a construção de suporte para caixa d’água de 20.000 litros. “Com este projeto percebemos a importância de se preservar as fontes de água para termos uma melhor qualidade de vida. Também ao mesmo tempo conscientizar-nos de que a água é essencial e fundamental para a existência dos seres vivos no Planeta Terra. Vamos fazer nossa parte”, conclui a professora.

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RA Herval d’Oeste Escola Julieta Lentz Puerta Joaçaba/SC

Alimentação nutritiva, saúde garantida A Eebp. Julieta Lentz Puerta, de Joaçaba/SC, parceira da Afubra no projeto Verde é Vida, atende em tempo ampliado os alunos de 1º a 9º ano desde 2004. Durante este tempo de atendimento percebeu-se que muitos alunos se alimentavam de forma inadequada e resistiam a provar alguns alimentos do cardápio. Várias intervenções foram realizadas, visto que os alunos realizam 3 refeições na escola, incluindo o almoço, e é de fundamental importância que os mesmos se alimentem da forma mais balanceada, nutritiva e saudável possível. Porém, em 2016, de forma específica através do curso Educação Alimentar Nutricional, realizado através da Gered, foi implantado o projeto “Alimentação nutritiva, saúde garantida”, que teve como objetivo desenvolver ações integradas com todas as disciplinas, procurando sensibilizar a comunidade escolar da importância de bons hábitos alimentares, afim de melhorar a qualidade de vida e também o processo ensino aprendizagem dos educandos, A Portaria N/16 – 26/05/2015- Diário Oficial nº 20069 de 29/05/2015pág. 06, no seu Art. 3º define a promoção da educação alimentar e nutricional nas escolas com base em alguns eixos prioritários. No projeto realizado pela escola foram abordados alguns destes eixos como recurso para o objetivo principal que foi e é a melhora na alimentação e saúde dos nossos alunos. Nas aulas de Educação Física, a professora desenvolveu a primeira ação do projeto que foi realizar o monitoramento nutricional dos alunos. Segundo trechos do documento do Ministério da Saúde: Marco de Referência da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Básica – 2015, o estado nutricional influencia diretamente as condições de crescimento e desenvolvimento e o risco de morbimortalidade da população. No período de março a abril de 2016, foi realizado o controle nutricional de 198 alunos, através do IMC (índice de massa corporal) que é um preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), onde obteve-se como resultado: 71 alunos com peso normal, 73 abaixo do peso, 39 com sobrepeso e 15 obesos Através destes dados, verificou-se ainda mais a urgência em trabalhar o tema alimentação saudável, sabendo que boa parte dos alunos estava com sobrepeso e obesidade, e quando a obesidade se manifesta na infância, o risco de se tornar um adulto obeso é ampliado. O ganho excessivo de peso está diretamente relacionado ao aumento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Porém, por outro lado grande parte dos alunos estavam com baixo peso e são muitos os transtornos relacionados as deficiências nutricionais. A desnutrição traz como consequências retardo no crescimento infantil, maior risco de doenças infecciosas, mortalidade precoce, comprometimento do desenvolvimento psicomotor, menor aproveitamento escolar e menos capacidade produtiva na vida adulta. Diversos foram os recursos utilizados nas aulas de educação física e esportes para conscientizar os alunos como, vídeos, reportagens em revistas, panfletos informativos e pesquisas feitas na sala de tecnologia sobre alimentação saudável, sedentarismo, riscos da obesidade, anemia e baixo peso, bem como atividades práticas, brincadeiras populares, jogos, esportes coletivos e individuais. Nas disciplinas de matemática e ciências, com a turma do 8º ano, a escola reorganizou a horta, atendendo ao Art. 3º no inciso II da portaria N/16, que traz o estímulo à produção de hortas escolares e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola. A reorganização da horta teve com o objetivo sensibilizar os alunos para a importância da produção orgânica, dos alimentos que vem da terra, a conscientização no

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Fotos: Divulgação/Afubra

Horta foi revitalizada uso de agrotóxicos, a industrialização excessiva nos alimentos, a conservação da natureza bem como incentivá-los a levar a ideia da horta para suas casas. Os alunos iniciaram fazendo uma planta de cinco canteiros com diferentes formas, e no mesmo momento foi retirado amostra de terra de cinco lugares diferentes para o laboratório realizar a análise do solo e identificar as defasagens. Para dar início aos trabalhos, foi realizada a limpeza da horta, em seguida as medidas dos canteiros, marcando-os com fios e estacas de madeira. Após todo este processo os mesmos plantaram as verduras que serviram mais tarde para complementar o cardápio e também para que os alunos levassem para casa e continuassem se alimentando de forma saudável nos finais de semana com toda família. Na turma do 2º ano foi realizada a atividade de aprendizagem: “Alimentação Saudável”, atividade essa que buscou através de ações estimular as crianças a experimentarem alimentos que não comiam e a refletir sobre a importância de uma alimentação balanceada para o bom funcionamento do organismo. Foram preparadas diversas receitas e sucos em sala de aula para os alunos degustarem. No 4º ano a atividade Comer para que? teve como objetivo desenvolver ações de pesquisa e estudo sobre a alimentação dos alunos, a origem dos alimentos, valor nutricional, grupos e higienização, buscando melhorar os hábitos alimentares e consequentemente sua saúde. Em novembro, foi realizada novamente a avaliação nutricional de 200 alunos: 44 estavam com sobrepeso, 15 obesos, 34 abaixo do peso e 107 estavam no peso normal. Concluiu-se então que a implantação do projeto foi de extrema importância visto que a maioria dos alunos conseguiu chegar ao peso normal no final do ano letivo de 2016. O projeto já faz parte do PPP da escola; neste ano em março, 198 alunos foram avaliados e os resultados foram: 74 alunos abaixo do peso, 29 alunos com sobrepeso, 20 obesos e 75 com o peso normal. As ações continuam ocorrendo de forma interdisciplinar para que estes números em novembro de 2017 estejam ainda melhores como a manutenção da horta com implantação também de uma composteira, palestras com nutricionistas e o incentivo constante a uma alimentação balanceada, e a prática de esportes e atividades físicas, tanto na escola quanto em casa nos momentos de lazer. Percebeu-se no decorrer do projeto que os alunos estão mais conscientes quanto a alimentação saudável, provando mais os alimentos oferecidos no cardápio, consumindo mais frutas, legumes e verduras e consequentemente se mantendo mais saudáveis e ativos.


RA Imbituva e Irati Escola Rural Municipal de Mato Branco de Baixo Imbituva/PR

O incentivo à leitura: das crianças aos pais Na era da tecnologia, rodeados de filmes e desenhos em 3D, jogos com layouts super atraentes e tantas outras opções que despertam facilmente o interesse de crianças de qualquer idade, tornou-se ainda mais difícil incluir o hábito da leitura na vida infantil. Competir com o mundo fantástico das telas e provar que um livro também pode trazer um mundo encantado é um desafio diário daqueles que buscam formar adultos com uma boa escrita, um vasto vocabulário e um bom senso crítico. Mais que isso, por meio, das páginas de um livro estamos trabalhando a criatividade e sensibilidade e aumentando o aprendizado e conhecimento. Por isso a necessidade de despertar o gosto pela leitura logo nos primeiros anos de escolarização. Entendendo tal fato, a Escola Rural Municipal de Mato Branco de Baixo realizou projetos que buscassem motivar a prática. O trabalho veio desde a sala de aula, onde os alunos do

5º ano B realizaram uma produção de texto com o tema: “Qual a importância da leitura para mim?”. A partir disso, a busca pelo incentivo a leitura quis atingir todo âmbito escolar e também quem não estava, diretamente, dentro dele como os pais dos alunos, esses que são os maiores exemplos para seus filhos. Então, a escola promoveu, entre os dias 04 e 07 de abril de 2017, a “Feira do Livro” e estendeu o convite para a comunidade, que participando estaria reforçando, ainda mais, para todas as crianças, o quão importante é praticar a leitura e amar os livros. A ideia funcionou e trouxe para a escola muitos pais, consolidando assim uma parceria que contribui para o bem comum de nossos educandos. O interesse demonstrado na vida educacional de seus filhos e no incentivo para a formação de bons leitores tem como consequência um futuro com cidadãos assíduos e críticos.

Fotos: Divulgação/Afubra

Relatos de alunos: “Além de aumentar o conhecimento, o habito da leitura, aprimora o vocabulário e ajuda na produção textual. É muito importante para a aprendizagem, além de ajudar no aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a escrita.” Fernanda Emanuelle Soares

Leitura é incentivada entre os alunos e pais

um s possibilita o n ra u it le “A és o, pois atrav mundo nov ver mos a escre e d n re p a la de oa te. Uma pess corretamen tem mais que sabe ler o dia a dia.” facilidade n eira arques de Oliv M e n ia Ta n le He

“Para mim, a leitura traz aprendizado, informações e conhecimentos que estimulam a criatividade, mudam o jeito de ser, melhoram a postura, a desenvoltura... Para mim, tudo isso é importante. Leia mais!” Emanuelly Caetano dos Santos

“Ler é im estimula portante, pois o cére sempre bro. É bom pratican estarmos do Karen G esse hábito.” leici Sc hnema n “A leitura é importante para despertar a imaginação. Quando uma criança lê um livro, ela desenvolve a imaginação e a criatividade.” Ketlin Keli Lopes

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RA Imbituva e Irati Escola São Sebastião Teixeira Soares/PR

Lixo no lugar do lixo Este projeto visa a conscientização e a mobilização dos alunos e da comunidade escolar com o intuito de retirar o lixo acumulado nas casas, beiras das estradas, rios e encostas das comunidades das quais os alunos são oriundos e dando um destino adequado ao mesmo. O papel da escola vai além da transmissão de conhecimento sistemático; tem como principal objetivo formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de atuarem de maneira efetiva e comprometida no ambiente em que vivem. A direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e alunos preocupados com o destino dado ao lixo pelos moradores da comunidade onde se situa a escola e nas demais comunidades onde os alunos residem e não há coleta seletiva do lixo, por isso, muitas famílias jogam o lixo nas beiras dos rios, nas estradas, nos barrancos ou queimam; resolveram, então, criar o Projeto LIXO NO LUGAR DO LIXO com o intuito de conscientizar os alunos e toda a comunidade escolar sobre os problemas causados pelo lixo jogado a céu aberto e atitudes que podemos ter para solucioná-los, a importância do consumo consciente, a redução da produção de lixo e na necessidade de dar o destino correto a ele, preservando assim o ambiente onde vivemos. A escola será intermediária entre a comunidade e os alunos que trarão o lixo reciclável para a escola, a qual dará a destinação final para o material. O projeto foi apresentado à comunidade escolar durante reunião dos pais, mostrando a necessidade da colaboração deles para a realização deste. O trabalho de conscientização dos pais e alunos sobre a importância de coletar e dar o destino certo a esses materiais, que foi feita através de palestras, vídeos, materiais impressos, brincadeiras e jogos. Estipulou-se um dia na semana para que os professores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade trouxessem o lixo de suas casas para a escola. O Grupo Ambiental junto com funcionários da escola realizam a separação e armazenamento do lixo, num local adequado, para posteriormente serem vendidos para uma empresa de reciclagem, e também alguns materiais serão reutilizados pela própria escola em trabalhos de artesanato, lembranças para o dia: da Páscoa, das mães, dos pais, festa junina, Natal e até para confecção de material pedagógico, recreativo e esportivo. O dinheiro arrecadado com a venda do lixo será revertido em materiais esportivos, pedagógicos e jogos educativos. Os alunos que trouxerem o lixo receberão livros de literatura infantil como incentivo. Já foram utilizados vidros de conservas para fazer presentes para as Mães, os alunos da Educação Infantil

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Fotos: Divulgaçã

o/Afubra

Construção d os

canteiros

unicípio

Trenzinho do m

de quatro anos utilizaram caixas de leites, tampas de garrafas pet, o canudo de papel do rolo de papel higiênico para confeccionarem um trenzinho, trabalho este sobre o Centenário do Município, uma vez que o nome do nosso município foi dado em homenagem ao engenheiro civil João Teixeira Soares. Organiza-se a horta da escola com canteiros de garrafas pets, trabalho este realizado pelos professores e funcionários da escola, alunos e pais. O trabalho de conscientização dos alunos e de coleta na escola continuam, até que seja realizada pela prefeitura a coleta seletiva do lixo nas comunidades onde os alunos residem.


RA Rio Negro e Mafra Escola Archilles Pazda Canoinhas/SC

Uma escola sustentável O projeto escola sustentável está sendo desenvolvido na Escola Achilles Pazda, localidade do Rio do Pinho na cidade de Canoinhas/SC, com a participação de aproximadamente 101 alunos de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, orientados pelo instrutor agrícola Rafael Arthur Engel e pela pedagoga Veroni Gavasso. O trabalho propõe estratégias pedagógicas curriculares para o aluno explorar e conhecer a natureza. As ações serão realizadas através de coleta de sementes de diferentes espécies nativas, produção de mudas e de sua distribuição, utilizando o ambiente interno da escola para a teoria e externo para a prática. Vivem-se momentos em que os valores culturais, éticos e outros são deixados como segundo plano, tendo essa percepção é que se percebe a urgência em reaver esses valores aplicando nos alunos os ensinamentos do prazer em preservar e manter os recursos naturais disponíveis, visando uma consciência crítica ambiental tendo como proposta socializar sustentavelmente a escola. A sustentabilidade na escola pode ser definida como um conjunto de práticas e ensinamentos, que ocorrem dentro do ambiente escolar, voltados para o desenvolvimento sustentável do planeta. Na atualidade, o maior desafio da humanidade é construir um planeta ambientalmente sustentável, mas para que isso aconteça é preciso antes entender sua importância na vida diária com consciência da relação homem e natureza, possibilitando a reflexão e cuidados de investimento no desenvolvimento do planeta e a busca de novas formas de relacionamento com o ecossistema. Pensando em tudo que foi mencionado a sustentabilidade é a ponte da conscientização da comunidade escolar, que visa à sobrevivência, para as futuras gerações. A realização desse projeto tem como intencionalidade, a recuperação do meio ambiente degradado pela ação do homem. No entanto, essa pesquisa tem a incumbência de apresentar a comunidade escolar como é possível recuperar os recursos naturais renováveis, e instruir os alunos sobre a legislação vigente, os quais serão os sucessores das atividades de seus pais. O resultado esperado é que essa pesquisa seja modelo para que haja iniciativa em toda a comunidade escolar. A relevância do projeto em execução tem como intuito aproximar os alunos e a comunidade como um todo orientado-as através de conhecimentos teóricos e

Fotos: Divulgaçã

o/Afubra

Produção de m ud

as é feita na es

cola

as

Plantio de mud

práticos nesta área específica, com técnicas de recuperação ambiental, conscientizado-as sobre a importância de trabalhar os recursos naturais com ações sustentáveis, que criem hábitos e responsabilidades para ações atuais e futuras. Vale ressaltar também que a escola trabalha para que a consciência formada nos alunos possa chegar até as famílias e outros grupos sociais e ambientes frequentado por estes estudantes. O trabalho somente é válido quando a comunidade escolar passa a compreender a necessidade de preservar, produzir sementes, plantas e reflorestar áreas degradadas, esse é o primeiro passo para tornar a escola sustentável.

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RA Rio Negro e Mafra Escola Municipal Santa Isabel Piên/PR

Educar para a cidadania é exercício de valores Fotos: Divulgação/Afubra

A Escola Rural Municipal Santa Isabel, situada na rua principal do bairro de Campina dos Crespins, em Piên/PR, conta com 120 alunos da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental, um grupo de 8 docentes e 2 funcionárias. Parceira do Projeto Verde é Vida desde 2005, sendo que desde o ano de 2016 vem sendo desenvolvido vários subprojetos aliados ao tema gerador como: Grupos Ambientais, projeto Ler é bom demais, Brincar é coisa séria, Todos por uma qualidade de vida melhor, Alimentação saudável é fundamental, e outros. Embora a temática ambiental seja bastante difundida, nem sempre é trabalhada de forma eficaz, gerando não comprometimento das pessoas sobre o assunto. Este projeto surge como proposta de (re)construção de valores/ações, por estar intimamente ligada à cidadania é que as ações desenvolvidas visam a prática do exercício de valores. As ações e temas trabalhados são exemplificados nas suas peculiaridades enfatizando a importância da preservação ambiental através da reciclagem, reutilização de embalagens para paisagismo, separação de resíduos, formas de diminuir a poluição, a importância de se cultivar a sua própria horta, da produção de mudas através da estufinha , pesquisa cientifica na pratica, incentivar alimentação saudável, grupos ambientais em ação, feirinha na escola. A partir da problemática de se praticar a sustentabilidade e valorizar a agricultura familiar foi pensado em algumas ações sobre orientação de Mateus Hening, técnico em agropecuária, o qual foi uma conquista para a escola ter um técnico especializado para acompanhar as ações e dar suporte para os trabalhos. Algumas das ações que vem dando

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Atividades na escola

muito certo em nossa escola como: A composteira na escola, usando tubos de concreto com aberturas nas laterais foi construída visando separar, conduzir e armazenar orgânicos. Visto que em estudos sobre o solo da escola onde está a horta, percebeu-se a necessidade de enriquece-lo, e o humos produzido na composteira seria o método mais aconselhável, além de oportunizar ensinar os alunos técnicas de compostagem, preparação do solo, e cultivo de plantas para ser comercializado na ferinha, melhorando a alimentação escolar. Além de praticar a educação ambiental e a sustentabilidade com a comunidade escolar, reaproveitar a matéria orgânica das composteiras em canteiros de flores, e verduras, chás e temperos. Sobre orientação do agrônomo criaram a estufinha, para a produção das próprias mudas que durante o processo possibilitou os alunos prepararem as bandejas para a semeadura acompanharem o desenvolvimento das sementes, oferecendo o cuidado necessário com a

agua, nutrientes, o com o sol para as sementes germinarem. Com a germinação mais rápida através do processo da estufinha as mudas produzidas abastecem os canteiros da escola, além de ser usado para serem comercializadas na comunidade escolar entre professores, funcionários e pais. O trabalho na Horta Viva envolve todos da escola entre alunos, professores e funcionários, pensando numa forma de organizar e facilitar este envolvimento, foi criado os grupos ambientais. Os Grupos Ambientais são formados por 6 integrantes de alunos, do 1º ao 5º ano, sendo nomeado um de cada turma que se reúnem para desempenhar as atividades na horta que acontece em um dia da semana (terça-feira). Esta escala de trabalho fica exposto em todas as dependências da escola para que todos saibam os responsáveis da horta durante a semana. Os grupos responsáveis pela semana ficam atentos aos canteiros, ao clima, no controle das pragas, observando o desen-


volvimento das plantas, em abrir a estufinha pela manhã e fecha-la no final do dia, reabastecer as bandejas para semeadura observar o tempo que as mudas estão prontas para o plantio nos canteiros, em armazenar orgânicos e outros. Desses grupos foi eleito um representante para formar o GTA Cidadão Mirim em ação, os quais confeccionaram espantalhos para espantar os invasores da horta, desenvolveram a pesquisa cientifica no combate as pragas como: o pó da casca de ovo que é espalhado nos canteiros, e o inseticida natural feito com alho detergente e água que servem para combater as pragas que aparecem durante o processo de maneira natural sem usar agrotóxico. O grupo GTA Cidadão MIRIM em Ação se reúne mensalmente para o encontro que acontece da seguinte forma: 1º momento para hora de estudo usando os materiais disponibilizados pelo Projeto Verde é Vida, 2º momento debate compartilhando as ideias sobre de que forma podemos estar atuando primeiramente em nossa casa, depois na escola e no bairro sobre os temas das apostilas e nosso meio ambiente em geral, 3º momento ir para a ação atuando nas atividades de campo que são realizadas na escola. Cada integrante do GTA recebeu uma ficha para observar e registrar possíveis problemas ambientais que possam estar prejudicando o meio ambiente, além de trazer sugestões para juntos buscar possíveis soluções. O grupo criou em conjunto de 10 mandamentos para ser membro do GTA. Entre as ações do grupo ambiental esta a campanha da latinha e do lacre, as latinhas arrecadadas na campanha junto aos alunos são pontuadas por quantidades. Os 25 alunos que mais arrecadarem ganham uma viagem cultural gratuita patrocinado pela venda das latinhas. No ano de 2016 a viagem patrocinada foi para a cidade de Pomerode em Santa Catarina, os alunos visitaram o Vila Encantada dos Dinossauros com arrecadação de 37.960 latinhas no período de junho a outubro. Os lacres que são separados das latinhas são destinados a instituições que

realizam campanhas para a aquisição de cadeiras de rodas, durante o primeiro bimestre deste ano, conseguimos arrecadar 6 litros de lacre que foi destinado a instituição de APAES. Outra ação do GTA é a campanha dos litros descartáveis, e dos pneus que foram reutilizados na parte de jardinagem, e nos canteiros da horta deixando o espaço bem colorido e bonito com mais de 1000 litros arrecadados. Ações locais são necessárias no sentido de reciclar e reutilizar os resíduos de alguma forma fazendo arte com o intuito de se repensar nas atitudes que podem fazer a diferença e amenizar o problema “lixo” e suas consequências. Campanha do óleo saturado que traz bons resultados na coleta, em conjunto com a Afubra, que neste primeiro bimestre já pontuamos 422 litros de óleo coletado que recebem um destino correto evitando de ser descartado no meio ambiente por ser altamente poluente. Mais uma ação do grupo GTA, é a feirinha na escola aberto a toda a comunidade em geral. A feirinha acontece de dois em dois

meses na escola, são comercializados os produtos da horta escolar, e aberto aos produtos da agricultura familiar. Filhos de agricultores trazem os produtos que a família produz para a feirinha e as comercializa, os representantes do GTA, comercializam os produtos da horta viva da escola. Além de valorizar a agricultura familiar, oferecer produtos de qualidade, incentivar o consumo de alimentos saudáveis, oportuniza os alunos a preparar o evento, trabalhar com o sistema monetário, situações problemas, sistematizar hábitos de conservação e com a higiene dos alimentos, envolver a todos num só objetivo, aproximar a comunidade na escola, estimular a oralidade, e as formas de se expressar. Sabendo que nossos alunos serão cidadãos que futuramente estarão participando ativamente do ambiente em que vivem. Portanto é fundamental que eles adquiram conhecimentos e tenham a oportunidade de compartilha-los, pois, uma das manifestações de cidadania é o respeito ao meio ambiente e isso se constrói na família, na escola, na comunidade.

Atividades na escola

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RA Rio Negro e Mafra Escola Municipal Renascer Itaiópolis/SC

Esporte é saúde Fotos: Divulgação/Afubra

A escola municipal Renascer a cinco anos faz parte dos jogos do JESC (Jogos Escolares de Santa Catarina) e por várias vezes foi campeã. A escola durante todo ano busca melhorar o desenvolvimento na aprendizagem, como também nos esportes, pois os alunos têm as possibilidades de aprender novas habilidades motoras e ampliam seus conhecimentos sobre diferentes posturas e atitudes corporais e ainda manter um corpo saudável, ou seja, é significado de saúde, pois o esporte além de proporcionar melhor qualidade de vida, também diminui riscos de várias doenças cardíacas. Para garantir o desenvolvimento dos alunos o professor de Educação Física, Daniel Magalhães, tem trabalhado com diferentes técnicas, com muito esforço e carinho faz o treinamento preparando os atletas para fazerem parte das competições. Este ano, em parceria com a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, com total apoio da administração do prefeito Reginaldo José Fernandes Luiz, no dia 08 de maio de 2017, foi realizado os jogos finais, sendo que, na modalidade de futsal, no naipe masculino na categoria de 12 a 14 anos, a Escola Municipal Renascer sagrou-se mais uma vez campeã do torneio. Os jogos proporcionaram o envolvimento de toda a comunidade escolar, professores, alunos e também familiares de forma direta e indireta. Esse trabalho tem por objetivo despertar o gosto pelo esporte, formar cidadãos que possam usufruir de diferentes talentos, compartilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais do exercício, da motricidade humana, de forma prazerosa, envolvimento, expressão e lazer. O movimentar-se estimula o aprendizado e o

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Escola incentiva esportes

Part

desenvolvimento intelectual, capacidades físicas, auxilia no funcionamento do sistema orgânico, induzindo à autorreflexão, permite liberdade e conhecimento de seus verdadeiros interesses e propicia um processo que media o uso da razão crítica e todo o seu agir social, cultural e esportivo.

arina

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gos Escolare icipação nos Jo

Este trabalho com toda certeza terá continuidade em nossa escola, pois já faz parte do currículo escolar, claro que ainda se encontram algumas dificuldades para a locomoção dos alunos para os jogos, devido ao transporte, mas acreditamos que nos próximos jogos este problema já estará sanado.


RA Santa Cruz do Sul Escola Frederico Augusto Hannemann Vera Cruz/RS

Diversificação e sustentabilidade Aprender a aprender, é a atitude do educando quanto aos procedimentos necessários do aprendizado de qualquer conteúdo. Um dos princípios do aprender a aprender, é o desenvolvimento da autonomia do aprendiz, onde este aprende a construir o conhecimento por si mesmo. Neste sentido o aprendizado é de um nível mais significativo do que aquele que ocorre pela mera transmissão do conteúdo. Na educação Seymour Papert cunhou o termo construcionismo como sendo a abordagem do construtivismo que permite ao educando construir o seu próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, como o computador, por exemplo. Abordando o mesmo conceito de que o aluno aprende interagindo com os diversos segmentos que estão à sua disposição na comunidade, a E.E.E.F Frederico Augusto Hannemann, em parceria com o Projeto Verde é Vida, põe em prática dede 2010 o Projeto Sustentabilidade e Tecnologia na Propriedade Rural. O projeto estruturou-se da seguinte forma: em primeiro lugar conhecer a propriedade rural do aluno; segundo ponto importante foi, aos poucos, inserir a pesquisa científica, sempre incentivando o aluno a procurar mais conhecimentos que no presente ou no futuro possa aplicar em sua propriedade rural; o terceiro ponto, um pouco mais complexo, que se dá a passos lentos é ir transformando, adaptando a grade curricular, dando potencialidade aos conteúdos ligados ao meio rural e que despertam maior interesse do aluno, incentivando a permanência do jovem na propriedade, ou seja, diminuir o êxodo rural e o envelhecimento das propriedades. Uma atividade que já vem fazendo parte dos conteúdos programáticos é a horta escolar, que desenvolve diferentes habilidades desde a medição, construção do canteiro, escolha da verdura a ser plantada e seus cuidados no cultivo, mas principalmente o desenvolvimento de uma horta em sua propriedade rural e a importância de estar presente o consumo de verduras em suas refeições. Nesse sentido destacamos os projetos de pesquisa científica que são desenvolvidos pelos alunos na forma de duplas, que na grande maioria são voltados à busca de conhecimentos que vão agregar melhorias e qualidade de vida em sua propriedade rural ou à comunidade a qual está inserido. Os alunos desenvolvem seus projetos conforme centros de interesse. Estes são apresentados anualmente na Mostra Interna de Trabalhos Científicos da Escola, sendo avaliados por uma comissão convidada pela direção, que aprecia, analisa e classifica os projetos, segundo

Fotos: Divulgação/Afubra sua importância para o crescimento e desenvolvimento do meio rural, a apresentação do material disposto e a oratória do aluno. Sendo que os quatros melhores classificados são premiados e vão representar a escola na mostra do Projeto Verde é Vida. Outro segmento que possui grande relevância na escola é o Grêmio estudantil Horta escola é uma das ativida des que trabalha em conjunto com o Grupo Ambiental, que organiza mensalmente, na haviam realizado esse evento em suas atividades terceira sexta-feira do mês, a venda de lanches escolares vimos que poderíamos também alçar para os alunos, sendo que toda receita arrecada é voo. E assim o fizemos, tendo os dois pilares, revertida para os próprios alunos, em palestras de cooperativismo e sustentabilidade, como norte interesse dos mesmos, oficina de violão e na fomos buscar parcerias com a Emater, Secretaria contratação de brinquedos infláveis na semana da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Cooperda criança. São responsáveis, também, por vec, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vera organizar semanalmente a hora cívica na escola e Cruz, Sicredi e Expositores (pais de alunos que mensalmente brincadeiras com os alunos do buscam a diversificação da propriedade) e ensino fundamental 1 (um). É importante construímos em conjunto, através de reuniões o destacar que a escola busca constantemente modelo ideal de programação que desse prioridadesenvolver o seu papel, que é propiciar diferentes de e visibilidade aos expositores, para comercialiambientes de aprendizado, buscando o zar e divulgar os seus produtos. O êxito da festa foi crescimento pessoal de cada aluno, muitas vezes alcançado, 22 expositores comercializaram e despertando futuras lideranças na comunidade divulgaram os seus produtos, todos dando o que sabem trabalhar unidas em prol de um bem retorno de uma avaliação descritiva do evento comum. como positivo e, solicitando a realização da festa KOLONIEFEST - O cooperativismo é um no ano seguinte. Em 2017 veio a segunda festa, já modelo socioeconômico que visa o desenvolvicom experiência da caminhada da primeira. O mento econômico e o bem-estar social das sucesso foi total, e não poderia ser diferente. O comunidades onde está inserido. Por sua vez, a evento foi consolidado e vai ocorrer a cada dois sustentabilidade também ambiciona os dois anos. José da Rosa expositor relatou: “antes da aspectos supracitados, acrescentando a eles a primeira Koloniefest era apenas um pedreiro dimensão ambiental, com base na conservação aposentado que tentava fazer algo diferente, mas dos recursos naturais para as gerações futuras. hoje graças a escola, que lhe permitiu divulgar o Pensando nesses dois pilares fundamentais seu trabalho, é reconhecido como marceneiro que para o desenvolvimento de uma agricultura fabrica diversos utensílios de madeira. ” sustentável, que garanta o desenvolvimento e a A Koloniefest mostra que a escola, dentro da qualidade de vida das famílias que buscam o seu sua autonomia possível, pode criar ambientes meio de vida através do cultivo da Terra, a escola favoráveis que possibilitam o desenvolvimento da Frederico Augusto Hannemann sentiu a necessicomunidade, a partir do momento que propicia a dade de valorizar e estimular as famílias do transformação individual e social, ampliando sua campo, que são parte da escola. função de ensinar, cumprindo com sua uma Assim no ano de 2015, realizou-se a primeifunção social, mostrando através de suas ações ra Koloniefest, após uma longa caminhada, socioeducativas, que cada um pode galgar e visitando escolas que participam do projeto Verde construir, oportunizando uma vida melhor para é Vida na região de Santa Cruz do Sul que já todos.

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RA Santa Cruz do Sul Escola Municipal Olavo Bilac Rio Pardo/RS

Aluno Cidadão é tema de projeto da escola A Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Bilac situa-se na zona rural de Rio Pardo/RS, a aproximadamente 13 km da sede, no distrito do Passo da Areia. Tem 253 alunos matriculados desde a Pré escola A até o nono ano, totalizando 12 turmas dividas em dois turnos de funcionamento (matutino e vespertino). A equipe diretiva é formada por Marta Eliane da Silveira Silveira que atua como diretora e Susana Soares Forrati como vice-diretora. Possui Serviço de Orientação Educacional, duas profissionais especializadas que atendem na Sala de Recursos, duas monitoras, quinze docentes em sala de aula e três serventes/merendeiras. Os pais têm uma representação ativa através do CPM, os alunos elegem sua representação numa diretoria do Grêmio estudantil; ambos recebem o apoio do Conselho Escolar. No seu espaço físico dispõe de uma biblioteca, sala de informática, sala de recursos, ginásio esportivo pomar e horta escolar, seis salas de aula, sendo duas com aparelhos de multimídias, Serviço de Orientação Educacional, Setor administrativo, cozinha, banheiros adaptados, rampa de acesso e um centro de convivência. Recentemente foi construído um espaço lúdico, no qual a diretora da escola doou os brinquedos, a prefeitura ofereceu os materiais para caixa de areia e túnel de canos e a comunidade reuniu-se num mutirão para fazer o cercado e instalar os brinquedos. O espaço foi nomeado de “Tia Mosa”, em homenagem á uma senhora da comunidade que dedicou sua vida ao serviço comunitário e religioso, ela também era herdeira das terras onde hoje a escola está construída. Durante este ano letivo a instituição tem norteado seu trabalho a partir do Projeto Aluno Cidadão, que visa proporcionar oportunidades de aprendizado no qual o aluno possa protagonizar o seu papel de cidadão visando a transformação de sua comunidade; leva em consideração o conceito de que o homem rural é aquele que vive e desenvolve suas

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Fotos: Divulgação/Afubra

Horta escolar é uma das ativ

idades

atividades em uma propriedade rural, promovendo a diversificação e a subsistência da família com base numa proposta de agricultura familiar , e que é necessária a valorização das vivências, usos e costumes locais, para que os alunos sintam-se motivados a permanecer na Zona Rural, ou pelo menos, qualificar o uso do espaço que dispõe a partir do cultivo da terra. Sob a premissa do “Aluno Cidadão” tem-se buscado promover atividades que reforce a identidade rural e a cidadania. As regras de convivência foram construídas pelos alunos, coordenadas pelo grêmio estudantil (GEOB) e orientadas pelo serviço de orientação (SOE) através de assembleias estudantis. Posteriormente, o documento foi lido, analisado, modificado quando os pais julgaram necessário e aprovado pela assembleia de pais, diretoria do CPM e Conselho Escolar. Na semana da Páscoa, as turmas trabalharam a temática, buscando informações sobre os símbolos pascais, como as famílias celebravam essa data cristã, foi explorado o tema da Campanha da Fraternidade, que esse ano fazia referencia aos Biomas e por fim foi

montado um Cantinho do Coelho Rural, no qual foram colocados elementos usados no cotidiano da vida rural e alusivos á data trabalhada. A escola recebeu a visita do Coelho, promovido pelo Gabinete da Primeira Dama. A comunidade escolar foi convidada a visitar o espaço e trazer sua contribuição para o cenário. O Sarau Literário é um projeto interno que vem sendo desenvolvido há anos e busca ampliar a experiência leitora. A cada ano os professores escolhem um gênero literário para ser trabalhado por todas as turmas e que é apresentado no Sarau para os colegas. Esse ano o gênero do Sarau Literário foi Lendas, priorizando as lendas do nosso município. A leitura também é incentivada no manuseio de livros durante o recreio. Há uma estante onde alguns títulos ficam disponíveis para a leitura e regularmente as obras são modificadas. Para homenagear as mães, a escola escolheu a temática: “Existem muitos tipos de mãe, mas o amor é único”. Com essa temática foi produzido um vídeo ilustrando os diferentes tipos de mãe que os alunos possuíam (mãe-avó, mãe-ir-


mã, mãe-drasta, mãe-pai, mãe-madrinha, mãe-tia, mãe de coração...), mostrando que apesar das diferentes relações, o amor maternal é singular. Os alunos resgataram manifestações folclóricas da cultura gaúcha através da música, dança e declamação. Organizados em grupo de dança, os alunos do sexto ao nono ano apresentaram a declamação do poema “Mateando com a Mamãe”, de Odilon Ramos, e auxiliados pela professora Susana Forrati coreografaram a música “Mãe campeira”, fizeram ainda uma representação de uma roda de chimarrão. As demais turmas apresentaram manifestações artísticas que promoveram a integração entre mãe e filho, a troca de carinho e a reflexão sobre a grandiosidade do papel materno. A atividade encerrou com um chá de confraternização entre as mães e os filhos de todas as turmas. Durante a Semana da Escola, neste ano ocorreu a I Mostra Científica na qual os alunos do Pré A ao Nono ano puderam socializar seus projetos de pesquisa sobre temas relativos á alimentação ou de pertinência local. Cada turma recebeu auxilio e orientação do seu professor titular. Os resultados foram apresentados á comunidade e passaram por avaliadores internos e externos que escolheram um projeto para representar a escola na Mostra Regional de Trabalhos científicos, promovida pelo Verde é Vida. Não é possível pensar a cidadania desvinculada do civismo. Assim, a escola possui semanalmente uma Hora Cívica, coordenada pela professora Edir Cunha, na qual os alunos entoam o Hino Nacional e um outro, relativo ao período do ano; fazem o hasteamento da bandeira e periodicamente ocorre apresentações artísticas cívicas. Cada turma é responsável por um dia da Hora Cívica, tendo, dessa forma, a oportunidade de vivenciar as regras e cuidados com a bandeira que envolvem o ato de hasteamento e arreamento. A atividade física também é valorizada e trabalhada através de projetos internos, como o Campeonato do intervalo, inter séries e prática de atletismo. Dentre os projetos externos podemos citar o JERGS, nas modalidades de futsal e atletismo e o Citadino de Futsal. O educandário tem aberto espaço para todos os projetos externos que dialogam de alguma forma com a grande temática norteadora, que é o

Melhorias na es

cola

is fazem parte

ltura Atividades cu

aluno cidadão: Olimpíadas de Matemática, Olimpíadas de Língua Portuguesa (já teve um aluno medalhista de ouro nessa modalidade), Melhor Companheiro, Agrinho, Programa Alfa (turma noturna de alfabetização de adultos),Coleta do óleo Saturado e o Projeto Verde é vida. O trabalho em oficinas tem proporcionado a integração da comunidade escolar com os alunos. A Horta escolar e o pomar foram construídos numa parceria com os pais e avós dos alunos e tem sido mantido pelo CPM e o Grupo Ambiental. A oficina de culinária alternativa contou com a participação do Grupo de Mulheres para ministrar a mesma. Além do trabalho pedagógico realizado no turno de aula, os alunos podem frequentar atividades complementares oferecidas no contra turno com a Banda Olavo Bilac (percussão e corpo coreográfico), no Grupo Ambiental e na oficina de Karatê. Ao longo do ano a escola oportuniza diferentes situações de vivencia cidadã. Acima foi citado o que já ocorreu durante este ano, mas estão previstas

do Projeto diversas outras atividades: passeios de estudos e visitas ao quilombo, ao sítio arqueológico, á igrejas e pontos turísticos, Dia dos avós, Dia dos pais, dia do estudante, Mostra folclórica, atividades alusivas á Semana da Pátria e do Município, Acampamento Farroupilha, Passeio Ciclístico Pais e filhos, piquenique da família e finalmente o Auto de Natal, neste último a escola convida a comunidade escolar para confraternizar o Natal e socializar as experiências vivenciadas ao longo do ano nos muitos projetos e oficinas disponibilizados. Todo o trabalho desenvolvido pela escola visa proporcionar situações de reflexão, de tomada de consciência e de comparação entre diferentes realidades. Não cabe á escola dizer aos alunos qual seria a melhor escolha. Visa-se, apenas, ampliar as discussões acerca dos diferentes estilos de vida para que eles, no exercício de sua cidadania, possam estar conscientes das suas escolhas e das consequências que estas possam ter, sejam elas positivas ou negativas.

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RA Venâncio Aires Escola Municipal Marino da Silva Gravina Boqueirão do Leão/RS

Sustentabilidade possível O projeto Sustentabilidade Possível foi um trabalho desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marino da Silva Gravina no município de Boqueirão do Leão durante o ano de 2016. O projeto surgiu da necessidade percebida na comunidade de Alto Boqueirão, local onde a escola está inserida, de alertar e desenvolver atitudes conscientes sobre sustentabilidade e proteção ambiental. Os principais objetivos do trabalho foram: Conhecer os aspectos básicos de sustentabilidade; Identificar e implantar práticas sustentáveis na escola e na comunidade; Ampliar o interesse dos alunos e integrá-los com a organização e implantação de ações sustentáveis. Promover a separação de lixo e reutilização de materiais recicláveis; Manter a horta escolar com utilização de sobras da merenda; Desenvolver ações voltadas para a plantação de árvores nativas; Contribuir com a economia de água e energia elétrica de forma a evitar o desperdício; Assistir filmes, documentário e palestras sensibilização para o tema. Justificar este projeto é como fazer chover em solo seco; ou seja; é um tema urgente e que precisa ser desenvolvido com afinco dentro dos diferentes grupos sociais; mas em suma; o projeto se justifica pelo fato da sustentabilidade representar uma necessidade não só relacionada ao meio ambiente; mas que está diretamente associada a manutenção da vida na Terra. Trata-se de um conjunto de práticas e ensinamentos que acontecem dentro do ambiente escolar e que são voltados para o desenvolvimento sustentável do planeta e que por isso representa um tema tão importante e que merece ser trabalhado dentro das escolas e fora dela. Quando falamos em sustentabilidade na escola, nem sempre conseguimos definir o seu significado. É dessa forma que as medidas educativas de sustentabilidade podem chegar até as famílias dos alunos e demais grupos sociais, fazendo

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Fotos: Divulgação/Afubra

Ações da escola

com que a prática sustentável seja disseminada sendo este o principal foco deste trabalho. A metodologia adotada baseou-se no diagnóstico e plano de ações que foram realizados durante o ano de 2016. Os trabalhos consistiram no envolvimento dos alunos na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores sustentáveis e a realização de interferências na paisagem da comunidade local. O projeto também teve o cuidado de desenvolver habilidades e práticas conscientes que contemplam o meio ambiente nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade. O trabalho foi desenvolvido através de etapas, sendo uma delas a mobilização que compreendeu a reunião dos alunos do 6º ano da escola para uma reflexão sobre a importância de cuidar do ambiente e criar práticas voltadas à sustentabilidade ambiental. Posteriormente, cada aluno ou grupo propôs ações efetivas de sustentabilidade e proteção ambiental para implementação na escola, como cuidados com o desperdício de água, efetivação da coleta correta seletiva de lixo, economia de energia elétrica, diminuição do consumo

de agrotóxicos; entre outros eu foram surgindo durante as etapas do projeto. A execução das propostas aconteceu com base no diagnóstico inicial e no levantamento de dados acerca da realidade situacional da escola e da comunidade local. Os principais pontos abordados nas propostas foram: Energia - Incentivo a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers. Participação de palestras sobre energia solar. Água – Tomada de providências em relação ao conserto de vazamentos e disseminação da idéia com lembretes nas paredes, alertas sobre a prática de fechamento de torneiras durante a lavagem da louça, escovação dos dentes e limpeza das casas e espaços públicos e privados. Iniciação da construção da cisterna para coleta da água da chuva com o intuito de reaproveitar esse bem para sua utilização em atividades cotidianas como lavar o chão e molhar áreas verdes. Resíduos –


Execução de trabalhos envolvendo técnicas de reaproveitamento de resíduos sólidos, substituição de produtos por aqueles possíveis de se reaproveitar, troca do sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado, utilização de gorduras para a confecção de sabão caseiro, utilização de restos de alimentos para adubação da horta escolar, implantação do programa contra o desperdício de comida e merenda escolar e promoção do uso e descarte correto dos produtos de limpeza e agrotóxicos. Biodiversidade – Desenvolvimento de técnicas educativas sobre o reflorestamento e os cuidados com as matas e animais nativos presentes na região e que vem desaparecendo visivelmente nas propriedades em decorrência da caça; das derrubadas de matas nativas e das queimadas. Sensibilização da comunidade - Representou o ponto inicial e norteador do trabalho; procurou-se mobilizar as famílias e a comunidade escolar para que estes sejam; no futuro; multiplicadores das ações idealizadas aqui para e que as famílias apliquem as ações sustentáveis, pretendeu-se convocar as famílias para participarem de reuniões e eventos sobre o tema, expondo mudanças implantadas na escola em painéis, convidando-os a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola. Manutenção das ações: Foi realizado o acompanhamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências encontradas. Os alunos foram envolvidos para fazer avaliações coletivas das medidas adotadas, reforçando os princípios do projeto sempre que se julgar necessário, considerando novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. A avaliação das ações do projeto aconteceu de forma contínua e de acordo com as atividades realizadas. Foi avaliado também o envolvimento da equipe e dos alunos, procurando identificar se todos estiveram preocupados e interessados na questão ambiental e se eles suas mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo. Os resultados deste trabalho são percebidos diariamente e nosso planejamento está apenas no início e como todo trabalho no âmbito ambiental; necessita de acompanhamento e continuidade. A execução deste trabalho nos

Distribuição de mudas

Atividades artísticas

Integração entre escola e comunidade mostrou o quão responsáveis somos por tornar nosso planeta um lugar possível de se viver. A sustentabilidade é um assunto muito abordado nos dias atuais, pois vivemos em um mundo onde os recursos naturais estão cada vez mais escassos, assim como o meio ambiente que sofre constantes degradações. As crianças e adolescentes, alunos das escolas, representam o futuro do mundo,

sendo responsáveis pelas ações econômicas, políticas e administrativas de todas as esferas. São elas o futuro da humanidade e do planeta. Se o objetivo é salvar o planeta e seus recursos naturais, é importante ensinar as crianças. São elas que terão o futuro em suas mãos a importância das práticas de preservação do meio ambiente, assim como o uso racional dos recursos naturais.

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RA Venâncio Aires Escola Municipal Adélia Corbellini Sério/RS

Missão Reduzir! Um dever básico do cidadão é não jogar lixo nas ruas. No entanto, pessoas de variadas classes sociais jogam lixo em qualquer lugar como: parques, praias, córregos, rios, lagos e outros lugares públicos, afetando a qualidade da água e o meio ambiente. Jogar lixo nas ruas pode entupir bueiros e causar enchentes. Demonstra falta de educação. Jogar lixo no chão é ruim para a imagem de qualquer pessoa. É uma vergonha. O acúmulo de lixo estimula a proliferação de baratas, de ratos e de doenças. Cidadãos conscientes fazem a sua parte para que a cidade fique limpa e bonita. Antigamente o lixo era composto principalmente por materiais orgânicos, como restos de alimentos, que são degradáveis pela ação da natureza. O lixo do homem moderno é composto por montanhas de embalagens e outros detritos. “E para onde vai o lixo da nossa cidade?” A pergunta feita por um aluno em aula, impulsionou a curiosidade de toda a turma do 4º ano da EMEF Adélia Corbellini, que dedicou-se juntamente com a professora Sandra Regina Brandt Werner a pesquisar qual é destino dado aos resíduos produzidos no município de Sério. O primeiro passo foi ir até o centro administrativo buscar informações junto aos profissionais responsáveis pelo saneamento básico e vigilância sanitária, e também, convidá-los para virem até a escola para conversarem a respeito do assunto. Através dessa troca ocorrida entre alunos e profissionais, conheceram e estudaram o trajeto do lixo produzido na cidade, como também, realizaram pesquisas e entrevista com a comunidade escolar, afim de descobrirem como destinavam o lixo e qual tipo era mais produzido em suas residências. Muitos municípios já fazem o reaproveitamento do seu próprio lixo através de um processo chamado reciclagem. Nesta prática, primeiro se faz a separação dos diversos materiais que formam o lixo e depois de separados, os diferentes materiais têm destinos diferentes. Assim, papéis, latas e vidros, são reaproveitados pela indústria para a produção de outros papéis, outros plásti-

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Fotos: Divulgação/Afubra

Alunos pesquisaram o tema

Atividades desenvolvidas

cos, outras latas e outros vidros. Sério possui 2.281 habitantes segundo o censo 2010, e produz cerca de 20 toneladas, aproximadamente, por mês, que apresentam dois destinos finais: cidades de Arroio do Meio, onde há o centro de consolidação e triagem, e, Minas do Leão, onde os dejetos recebem tratamentos e são destinados como resíduos ou reciclagem. Com isso, tem o município tem um gasto mensal de R$12.000,00 e anual de 140.000,00. A turminha também teve a oportunidade de observar o resultado final de uma das coletas seletivas realizadas pela prefeitura municipal, e percebeu que os resíduos orgânicos ainda são produzidos em extrema quantidade, sendo que o município possui um gasto financeiro bastante considerável para destinar o mesmo, já que ele é pesado. Esse aspecto promoveu uma importante discussão na escola, pois pesquisando e estudando sobre o tema, as crianças descobriram que esses resíduos poderiam ser utilizados como adubo orgânico nas hortas e pomares dos munícipes, já que Sério é um município interiorano e 95% dos habitan-

tes possuem a prática de produzirem alimentos em suas propriedades. Também, os alunos descobriram a “Lei dos 3 R’S”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar, e partindo dela, entrevistaram a comunidade escolar a fim de provocar uma reflexão sobre as atitudes de cada um, e a importância de cada pessoa para reduzir a produção de lixo. Os discentes ainda realizaram e programaram futuras atividades práticas a nível escolar e municipal, as quais possuíram e serão praticadas com o apoio da equipe escolar e poder público, tais como: aquisição de lixeiras para a escola, devidamente identificadas; auxílio no recolhimento do óleo saturado já realizado pela instituição educacional; visitação ao centro de triagem em Arroio do Meio; conscientizar a comunidade da importância de reciclar e reduzir o lixo; recolhimento de pilhas; campanha para redução de sacolas plásticas nos supermercados; coleta de lacres das latas de alumínio repassando-os para a Unimed, participando da campanha “Eu ajudo na lata” que objetiva a aquisição de cadeiras de rodas.


SANTA CRUZ DO SUL

RS

Uma cidade que não para de crescer Santa Cruz do Sul é a quinta economia do Estado e uma das dez maiores cidades do Rio Grande do Sul. Com pouco mais de 126 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE/2010, o município está localizado no Vale do Rio Pardo, na região central do Rio Grande do Sul, a apenas 155 quilômetros de Porto Alegre. Tem como vizinhos os municípios de Passo do Sobrado, Venâncio Aires, Sinimbu, Vera Cruz e Rio Pardo, com acesso pela BR 116, BR 386 e pela RSC 287. Polo mundial da indústria fumageira, o Município tem no tabaco sua principal fonte de receita, emprego e renda. Segundo dados da Afubra, referentes ao Diagnóstico Sócio-econômico das Propriedades Fumicultoras (2014/2015), atualmente são 2,6 mil proprietários e 3,4 mil famílias envolvidas com essa cultura, em propriedades com um tamanho médio de 12,7 hectares. Embora o setor do tabaco represente uma fatia significativa no bolo industrial, a diversificação já é uma realidade crescente no Município. Destacam-se indústrias do setor alimentício, metalúrgico e farmacêutico. Das cerca de 600 indústrias instaladas, grande parte opera

às margens das rodovias que cortam o município, facilitando a logística de mercadorias. Já no incentivo dos pequenos empresários, a Prefeitura tem trabalhado fortemente. Através do Banco do Povo mais de R$ 10 milhões foram liberados para micro e pequenos empreendedores nos últimos quatro anos, fomentando uma infinidade de negócios nos mais diferentes segmentos, como vestuário, estética e cabeleireira, pedreiros e pintores, lancherias em geral, fabricação de móveis, lojas na área da informática, fotógrafos, transporte escolar, paisagismo, esquadrias de metais, entre outros. Sem perder as características de uma pacata cidade do interior, Santa Cruz do Sul tem todos os serviços de uma cidade grande em permanente expansão. Hoje o Município é um centro regional em áreas como educação, saúde, comércio e prestação de serviços. Existem mais de 4,5 mil estabelecimentos varejistas localizados na área central, bairros e regiões do inte-

rior. Com inquestionável vocação turística, a rede hoteleira, composta por hotéis, motéis e pousadas, tem capacidade para hospedar até duas mil pessoas. Quando o assunto é qualidade de vida, cabe mencionar que um dos maiores investimentos feitos nos últimos anos ocorreu na área de mobilidade urbana. A acessibilidade está cada vez mais presente, facilitando a locomoção e garantindo a inclusão das pessoas com deficiência. Mais de 400 rampas para cadeirantes foram instaladas no Centro e outras áreas da cidade. Nos cruzamentos das vias mais movimentadas foram construídos avanços de calçada para encurtar a travessia dos pedestres. Nas calçadas de prédios públicos e de alguns da iniciativa privada, já se pode perceber a existência de piso tátil, facilitando a vida dos deficientes visuais. E segundo a tendência dos Fotos: Luiz Fernando Bertuol

Vista de Santa Cruz do Sul

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países mais desenvolvidos que buscam alternativas para humanizar o trânsito, Santa Cruz do Sul conta hoje com mais de 12 quilômetros de ciclovias espalhadas pela cidade. Obras de grande porte também contribuíram para melhorar significativamente o trânsito. Convém ressaltar que Santa Cruz do Sul tem hoje uma das médias mais altas do Estado: para cada 1,5 habitante, existe um veículo. A frota, segundo dados do Detran (Jan/2017), é de 86.786 veículos. Dentro desse cenário, destaque para a municipalização do trecho urbano de 9,4 quilômetros da BR 471, com execução de obras de mobilidade, aguardadas há décadas pela comunidade, como a construção da rotatória do Bom Jesus, local onde eram registrados frequentes acidentes, e do trevo de acesso à Avenida Coronel Oscar Jost. Também estão em pleno andamento, a revitalização do Acesso Grasel, uma das principais vias de entrada da cidade, com construção de passeio público iluminado e com ajardinamento, e um investimento de R$ 12 milhões em obras de asfaltamento de 20 ruas na área central e nos bairros da cidade.

Fotos: Luiz Fernando Bertuol

Construção da rotatória do Bom Jesus

Jornalista Isabel Corralo Assessoria de Imprensa Prefeitura de Santa Cruz do Sul

Obras contribuíram para me

lhorar significativamente o

trânsito

Fotos: Johny Acosta

ativa de mobilidade

Ciclovias são altern

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Construção da rotatória do Bom Jesus


MAFRA

SC

Mafra: rumo aos 100 anos Rumo aos 100 anos. Mafra comemora em 2017 o ano de seu centenário, trazendo em seu passado uma história de conquistas e muito trabalho, fruto daqueles que desbravaram estas terras e a povoaram. Desde então, mafrenses natos ou que escolheram este município como morada, constroem a cada dia uma cidade melhor, que acolhe a riqueza das etnias e prepara o futuro de seus descendentes. Com grande diversidade cultural marcada pelos descendentes alemães, poloneses, tchecos, ucranianos e outras etnias, Mafra é fronteira com a cidade de Rio Negro, no Paraná. Consideradas cidades irmãs, estão separadas por um rio que divide os Estados. Os caminhos da região foram abertos pelos tropeiros. Após a Guerra do Contestado, em 1917, Mafra foi criada com a nova divisão de terras entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A cidade que se encontra a 138Km de Joinville (SC) e a 103km de Curitiba (PR) é caracterizada pela sua produção de mel, o qual foi considerado o “melhor do mundo” por um concurso realizado na Grécia e é chamada até mesmo de cidade

do “ouro verde”, em função da sua cultura de erva-mate. O acesso à cidade pode ser feito por duas rodovias, a BR-116 e a BR-280. Localizada no Planalto Norte Catarinense, Mafra é fronteira entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, situada em um importante entroncamento rodoferroviário, em situação vantajosa em relação às principais cidades e mercados do Brasil e do Mercosul. Dotada de boa infraestrutura hoteleira, restaurantes, bares e clubes, Mafra possui vários atrativos culturais, como o monumento do Contestado, o relógio solar, Igrejas com arquitetura típica na cidade e no interior, a ponte metálica construída em 1896 que liga duas cidades e dois estados. É importante ressaltar, também, os grupos folclóricos que por meio de suas danças e comidas típicas, mantêm vivas as tradições de suas respectivas etnias. Existe, ainda, como referência pontos caracterizados pela arquitetura dos colonizadores

alemães, poloneses, ucranianos e bucovinos. O povo mafrense desfruta de um acervo natural diversificado, possuindo um turismo rural-ecológico de potencial, onde se destacam florestas nativas, paisagens rurais, cachoeiras, usina hidrelétrica do São Lourenço, inúmeros sítios fossilíferos, e exposição de nossa pré-história no museu do Centro Paleontólogo da Universidade do Contestado (Cenpáleo), que é referência internacional e o Museu da Terra e da Vida - de história natural - e um dos poucos presentes no território nacional. O franco desenvolvimento de Mafra e do planalto norte é notório, devido à instalação de empresas e da expectativa de outras mais no ramo de agronegócio. Mafra! Aqui o meio ambiente e o desenvolvimento caminham de mãos dadas! Fotos: Miguel Luiz

Vista de Mafra

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Fotos: J.C. Grein Xavier

Ponte metálica Dr. Diniz Assis Henning

Mafra fica na divisa de Santa Catarina co m o Paraná

Pré-história de Mafra

Pré-história de Mafra

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Praça do Fórum




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