Orientação para Revisão
Tramites de praxe no processo de revisão do original remetido a Editora Kazuá Informamos aos autores e revisores envolvidos no processo de revisão que os tramites decorrentes do envio de original para revisão seguem a ordem descrita abaixo: Após a conclusão do parecer informamos ao autor a necessidade do tipo de revisão sugerida pelo(s) parecerita(s) e com a devida avaliação do corpo editorial. O autor é então o responsável pela coordenação deste processo a partir do envio da obra ao revisor, incluindo a verificação junto ao mesmo, sobre os critérios empregados e disponibilizando informações sobre questões pertinentes à esfera estilística, de relevância imprescindível para o andamento satisfatório deste processo. Após a conclusão da revisão assinalada pelo respectivo revisor, o autor será o responsável por remeter seu original apto à publicação a Editora. Ao recebermos a obra esta será submetida a um processo de avaliação por amostragem aleatória, efetuado em duas etapas, por dois profissionais da Editora e em fragmentos distintos do corpus, visando à observação de possíveis questões pontuais. Caso necessário, o original será então devolvido ao autor com apontamentos e sugestões que deverão ser discutidas com o revisor, objetivando um material de inteligibilidade e tendo como referência a ótica do leitor. Após a readequação do texto para a publicação do livro, o autor então remetera o original com sua aprovação novamente a Editora.
Informamos aos revisores e autores que a padronização adotada pela Editora no tocante ao recebimento de originais revisados, segue rigorosamente as normas estabelecidas pelo novo acordo ortográfico em vigência, inclusive quanto à observância da padronização dos sinais de pontuação. Colocamo-nos a disposição dos revisores para a discussão de critérios de adequação e sistematização do original e dos textos complementares, inclusive quanto à utilização de possíveis ocorrências inventivas que derivem de escolhas autorais, objetivando singulares concepções estilísticas e linguísticas como recurso de retórica e construção literária. 1. Sobre o uso do hífen As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, tais como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1.1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
http://www.academia.org.br/abl/cgi/Cgilua.exe/sys/start.htm?sid=24
Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel
http://www.academia.org.br/abl/cgi/Cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
Dispomos abaixo os links de consulta oficial:
proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano
1.2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução
coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 1.3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elementocomeça por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica
microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-versa etc.
1.4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elementocomeça por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno
infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente ultrassom
1.5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante
contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno
1.6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elementocomeçar pela mesma consoante.
1.8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usase sempre o hífen.
Exemplos:
Exemplos:
hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário
super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico
Atenção: - Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. - Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. - Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n evogal: circum-navegação, pan-americano etc.
além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente
pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra
1.9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
1.7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
1.10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil
superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo
1.11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva
paraquedas paraquedista pontapé
1.12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex-alunos.
Se a frase inteira estiver entre aspas, o ponto de interrogação, de exclamação será englobado por elas: • “Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela claridade imortal que toda luz resume?” Caso contrário, ficará depois das aspas: • Quem se lembra ainda do “nada a declarar”? Evite o uso de aspas simples seguidas de aspas normais: • Não procede a acusação de que policiais estão “envolvidos no‘tráfico de drogas’”.
(Fonte: Michaelis)
Evite as construções em que apenas o ponto separa aspas fechadas de outras que abrem nova fase:
2. Sobre o uso de aspas
• O acusado disse que estava “enlouquecido no momento da briga”.”Estou arrependido”, acrescentou.
As aspas – sinal gráfico [“ “] – servem para isolar palavras, trecho de frases, frases e expressões; ou indicar a reprodução literal de uma oração, de um período e, até mesmo, de um texto: • O professor considerou “incorreta” a resposta do aluno. • Disse o artista plástico: “Eu vivo para pintar”. • “Um desses oficiais defensores da legalidade era o capitão Virgulino Ferreira, o Lampião.” (Raquel de Queiroz) Quando uma frase começa e termina entre aspas, o ponto final deve ficar entre aspas também: • “Entre as estrelas e lá detrás da igreja, surge a lua cheia para chorar com os poetas.” (Jorge de Lima) Quando a frase não começa, mas termina entre aspas, o sinal de pontuação deve ficar fora das aspas: • A notícia foi dada pelo “Jornal do Brasil”. • Paris é considerada a “Cidade Luz”.
Usamos As Aspas Rigorosamente 2.1. Antes e depois de uma citação textual. Seja uma palavra, uma expressão, uma frase ou trecho. As aspas, nesse caso, indicam uma mudança de foco. Do discurso próprio se passa ao citado: • Segundo o professor, “a força criativa da economia já se transferiu para o setor informal”. • O lema do governo JK era: “Cinquenta anos em cinco”. • Foi Euclides da Cunha quem escreveu: “O sertanejo é antes de tudo um forte”. Observações: a) Podemos dispensar as aspas em citações que realçamos por outro recurso tipográfico, como: tipo menor, recuo em relação à margem: As letras têm, como a política, certo caráter geográfico; mais no Nor-
te, porém do que no Sul, abundam os elemento para a formação de uma literatura brasileira, filha da terra. (O Cabeleira, Prefácio) b) Se dentro da citação ocorrer outra, esta será com aspas simples: Osvaldo Ferreira de Melo (1998) aponta para “a necessidade de os indivíduos contarem com a certeza de que seus direitos ‘garantidos’ pela ordem jurídica sejam efetivos”. c) As citações, quando não colocadas entre aspas, podem constituir plágio. 2.2. Em transcrições de documentos, discursos, textos, etc., ponha entre aspas apenas o começo e o fim do texto, e não a cada início de parágrafo. Se você acrescentar algum título auxiliar ao texto, feche aspas antes dele e as abra novamente depois. 2.3. As palavras estrangeiras (estrangeirismo) devem ser obrigatoriamente destacadas, ou por aspas, ou pelo itálico (uso já comum); ou ainda, pelo negrito: • Paulo vestiu um “short” branco e foi jogar bola. • O show foi muito animado. / O show foi muito animado. Observação: Não vêm entre aspas as palavras estrangeiras aportuguesadas. Eis algumas que podem causar dúvidas: [Abajur] [Álibi] [Ateliê] [Baguete] [Bangalô] [Basquetebol] [Bege] [Bibelô] [Bidê] [Bife] [Blecaute] [Boate] [Boi] [Boxe] [Brevê] [Buquê] [Capô] [Cassetete] [Champanha] [Chiclete / Chicle] [Clichê] [Complô] [Estêncil] [Estresse] [Flerte] [Fórceps] [Náilon] [Nocaute] [Pingue-Pongue] [Pulôver] [Suéter] [Treiler] [Voleibol] (ou vôlei: forma abreviada).
Usamos Habitualmente as Aspas 2.4 Para realçar termos, expressões, conceitos e definições que se deseja pôr em evidência. O uso das aspas nesse caso é uma decisão pessoal do escritor: Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”. (Machado de Assis) • O ministério autorizou o “realinhamento” dos preços. 2.5. Para realçar palavras ou expressões irônicas, em sentido figurado, apelidos, termos de gíria e populares. Aqui também o uso das aspas é uma decisão pessoal: O “Zezinho” está doente. / A festa foi um “barato”. • Ele ficou muito “alegre” com a visita da sogra. Observação: Em vez de aspeados esses termos também podem vir sublinhados, em grifo ou itálico, especialmente se constituídos de um único vocábulo. O uso de grifo, caixa-alta, itálico, negrito ou outros é preferível, pois individualiza mais e ocupa menos espaço: Ele ficou alegre (ou: alegre, alegre) com a visita da sogra. 2.6. Para destacar títulos de livros, revistas, jornais, filmes etc. A preferência, no entanto, é pelo itálico ou negrito: • A notícia foi dada pelo Jornal do Brasil (ou: Jornal do Brasil). 2.7. No caso de filmes, grafe o título entre aspas e com maiúsculas no início de cada palavra (exceto artigos, preposições, conjunções e partículas átonas). A primeira palavra também tem inicial maiúscula, sem importar sua classe gramatical: «O Império Contra-Ataca». Se a tradução em português não for fiel ao título original, cite-o entre parênteses na primeira menção: «Os Brutos Também Amam» (Shane). Se o filme ainda não tiver título em português, use o original e, entre parênteses, traduza-o na primeira menção: “The Hero” (O Herói).
2.a. Sobre o uso de aspas (outra fonte) Como deve ser a pontuação em citações que ficam entre aspas. Caso 1 – A frase começa e termina com aspas: o ponto fica antes das últimas aspas. Exemplo: – “O verdadeiro e o falso são atributos da linguagem, não das coisas.” Com esse pensamento de Thomas Hobbes, a professora iniciou a aula. Caso 2 – A frase não começa com aspas, mas termina com elas: o ponto fica depois das últimas aspas. Exemplos: – O prefeito disse que “ainda é cedo para se guiar por pesquisas”. – A reportagem apurou que o Sport está interessado na contratação de X. Mas, segundo o dirigente Y, “isso não passa de mera especulação”. – Quando lhe perguntaram sobre o risco de a seleção decepcionar na Copa, o técnico respondeu: “Infelizmente corremos esse risco”. – O cantor não explicou o atraso e ainda ironizou: “Aqui no Brasil vocês não costumam chegar atrasados aos encontros?”. Observe o último exemplo. Veja que o ponto de interrogação ficou antes das aspas e que o ponto final ficou depois. O mesmo pode ocorrer com as reticências e com o ponto de exclamação que pertencem a uma citação introduzida por dois-pontos. Modernamente, porém, essa pontuação é vista como opcional, pois já existem autores que defendem o uso de apenas um sinal, o que faz parte da citação: – O cantor não explicou o atraso e ainda ironizou: “Aqui no Brasil vocês
não costumam chegar atrasados aos encontros?” (http://www.portuguesnarede.com/2011/09/aspas-e-ponto-em-citacao.html#sthash.f2p5eLOb.dpuf ) 3. Sobre a pontuação no discurso direto Concordamos que podemos construir um discurso direto mais ou menos assim: — Amanhã vai chover — disse o Manuel. — O céu está muito escuro. Por uma questão de coerência com as normas ortográficas (embora se conceda alguma liberdade de estilo em alguns casos), o ponto final do discurso do narrador encerra também a primeira afirmação do diálogo, começando a fala do narrador em minúsculas. Mas veja-se este caso: — Amanhã vai chover. — O Manuel voltou-se da janela para a sala. — O céu está muito escuro. Ora, não temos aquele momento de explicação do diálogo pelo narrador (apontando o tom com que afirmou, se afirmou ou exclamou, se foi este ou outra personagem a falar…), mas uma informação contextualizadora diferente (neste caso, cinética), que complementa, mas que não comenta o ato do falante. Assim sendo, a pontuação tal como assinalei está correta, ou admite-se outra representação? Em inglês parece muito comum esta situação, substituindo-se pelas aspas os nossos mais tradicionais sinais de pontuação do discurso direto, bem como a criação de núcleos de sentido, parágrafo a parágrafo, conjugando-se em cada um deles a fala de um personagem com o que o narrador tem a dizer sobre ele.
[Resposta] A fim de responder à sua pergunta, convém começar por analisar o primeiro exemplo, que não oferece dúvidas. Convém também recordar as funções do travessão no diálogo, a saber: (1) — Dois travessões, quando servem para intercalar uma frase (à semelhança do que acontece com as vírgulas ou os parênteses). (2) — Um travessão, na mesma situação, mas no caso de a frase intercalada terminar o período. (3) — Um travessão, como sinal de introdução do discurso direto. O que se pretende é articular discurso direto com indireto. A fala da personagem é: Amanhã vai chover. O céu está muito escuro. A formulação apresentada pela consulente é a seguinte: — Amanhã vai chover — disse o Manuel. — O céu está muito escuro. Neste exemplo, o primeiro travessão serve para introduzir a fala da personagem (3), e o segundo, para separar o que é fala da personagem do que é discurso do narrador. O primeiro ponto justifica-se porque termina o período (2). O terceiro travessão é de novo sinal de introdução do discurso direto e termina com a pontuação respectiva. Como o locutor é o mesmo, não há mudança de linha. Note que, se as duas frases da personagem fossem separadas por vírgula e não por ponto («Amanhã vai chover, o céu está muito escuro»), a formulação do diálogo já seria: — Amanhã vai chover — disse o Manuel —, o céu está muito escuro. A vírgula é colocada no fim da intercalação marcada pelos dois travessões e o resto da fala continua em minúsculas. Os diálogos também podem vir entre aspas, usando-se o travessão para separar o discurso direto do indireto:
«Amanhã vai chover» — disse o Manuel —, «o céu está muito escuro». «Amanhã vai chover» — disse o Manuel. «O céu está muito escuro.» Vejamos agora o outro exemplo apresentado: — Amanhã vai chover. — O Manuel voltou-se da janela para a sala. — O céu está muito escuro. Neste exemplo, surgem os travessões que introduzem o diálogo e respectiva pontuação (1.º e 3.º travessões). Para separar o discurso direto do indireto, a consulente utiliza um travessão, mas numa situação diferente da dos exemplos anteriores. O procedimento canônico, nestas situações, é fazer a separação através da mudança de linha: — Amanhã vai chover. O Manuel voltou-se da janela para a sala: — O céu está muito escuro. No entanto, também pode acontecer um travessão marcar a mudança do locutor para o narrador, como acontece no exemplo da consulente. Escritores contemporâneos, como Lídia Jorge, disso fazem uso. Exemplo: «Como assim, Dr. Campos? Como assim?» — Discutiram. (Combateremos a Sombra, 1.ª ed., 2007, pág. 131). Outra solução é optar por aspas em vez de travessões, como já foi referido: «Amanhã vai chover.» O Manuel voltou-se da janela para a sala. «O céu está muito escuro.» A segunda fala pode ainda ser anunciada utilizando-se os dois-pontos ou o travessão: «Amanhã vai chover.» O Manuel voltou-se da janela para a sala: «O céu está muito escuro.»
«Amanhã vai chover.» O Manuel voltou-se da janela para a sala — «O céu está muito escuro.» Nota: observamos que um erro frequente nos originais recebidos para apreciação é o uso de hífen ou underline no lugar de travessão. Possivelmente porque este sinal de pontuação não está disponível na maioria dos teclados encontrando-se na opção “símbolos” da barra de ferramentas do programa. Pedimos atenção especial para este aspecto. 4. Uso de “Onde” e “Aonde” “Onde” e “Aonde” indicam lugar, entretanto, não podem ser utilizados no mesmo contexto, pois indicam, respectivamente, localização e movimento. Exemplo: “Aonde você vai?”, “Preciso saber onde estou”. 5. Uso de “Esse” ou “Este” Constantemente, quando lemos ou escrevemos, nos deparamos com uma dúvida: devo usar esse ou este? “Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos demonstra muito bem a função desses: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa), ou ainda de quem se fala (3ª pessoa). Neste último caso, o pronome é aquele (aquela, aquilo). Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso e 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo. a) Este, esta e isto são usados para objetos que estão próximos do
falante. Em relação ao tempo, é usado no presente. Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu. Este mês vou comprar um sapato novo. Isto aqui na minha mão é de comer? b) Esse, essa, isso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou seja, da 2ª pessoa (tu, você). Em relação ao tempo é usado no passado ou futuro. Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha? Esse mês vai ser de muita prosperidade! Isso que você pegou na geladeira é de comer? Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este” lembre-se: “este” (próximo a mim, presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro). (Sabrina Vilarinho, graduada em Letras)
6. Os principais casos de uso da vírgula O uso da vírgula é um dos casos que mais apresenta problemas para quem escreve. A tabela abaixo resolve os principais deles. Veja também dicas de português dadas por professores e respostas às dúvidas de gramática mais comuns. Vírgula proibida
Exemplo
Entre sujeito e predicado ou entre predicado e sujeito
O ministro das Relações Exteriores da França está em Brasília/ Está em Brasília o ministro das Relações Exteriores da França.
Entre verbo e seu(s) complemento(s)
O presidente disse aos governadores que não aceita a proposta; O ministro informou aos jornalistas que não participará da entrevista; O ministro apresentou todos os projetos de privatização aos investidores presentes.
Vírgula obrigatória
Exemplo
Depois de orações adverbiais antepostas
Se não chover, haverá jogo; Quando a economia entrou em colapso,o ministro renunciou; Ao deixar o governo, o prefeito voltará a dar aulas na universidade.
Antes do que que introduz oração explicativa
Nosso time, que ganhou o torneio neste ano, foi vice dessa competição em 55 e 56.
Quando há elipse do verbo
Os cariocas preferem praia; os paulistas, shopping.
Para separar conjunções contíguas
Irá a São Paulo, mas, se não receber o cachê antes, não cantará; Disse que, quando for a Brasília, tentará uma audiência com o presidente.
Antes de mas (com sentido de porém), porém, contudo, entretanto, todavia, portanto, por isso etc
Jogou bem, mas perdeu; Estudou, porém foi reprovado; O acordo não será renovado, portanto os empregos serão mantidos.
Antes de e que introduza oração de sujeito diferente do da anterior, se, sem a vírgula, houver a possibilidade de entender o sujeito da segunda oração como complemento do verbo da primeira
Fifa pune Maradona, e Pelé recebe prêmio.
Para separar adjuntos adverbiais de natureza diferente (desde que antepostos ao sujeito da oração)
Ontem à noite, no Pacaembu, sem sete titulares, sob chuva forte, o Corinthians derrotou o Juventude.
Vírgula optativa
Exemplo
Com expressões adverbiais breves, antepostas ou intercaladas
O São Paulo enfrenta neste sábado mais um desafio (ou O São Paulo enfrenta, neste sábado, mais um desafio); O governador participará em Brasília de uma reunião com o ministro da Fazenda (ou O governador participará, em Brasilia, de uma reunião com o ministro da Fazenda).
Depois de no entanto, entretanto, por isso, porém, contudo, portanto, todavia, quando essas palavras ou expressões iniciarem o período
No entanto o presidente deixou claro que não aceitará a proposta da oposição (ou No entanto,o presidente deixou claro que...).
Atenção: essa opção não existe quando essas palavras ou expressões não iniciarem o período
O presidente aceita participar da reunião, no entanto avisa que não aceitará a proposta da oposição.
Antes de orações adverbiais de alguma extensão que venham depois da principal
O prefeito deixará o partido se a Câmara aprovar a CPI sobre títulos públicos (ou O prefeito deixará o partido, se a Câmara aprovar a CPI dos títulos públicos); O jogador não disputará a próxima partida porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF (ou O jogador não disputará a próxima partida, porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF).
(Manual de Redação da Folha de S. Paulo)
7. Próclise, mesóclise e ênclise Há várias regras, mas achei que estas afirmações seguintes são bem importantes pra levarmos também em consideração: – A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a mesóclise, é necessário haver justificativa. – Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro do Pretérito ou do Presente, é possível usar tanto a próclise quanto a ênclise: – Eu me machuquei no jogo. – Eu machuquei-me no jogo. – As crianças se esforçam para acordar cedo. – As crianças esforçam-se para acordar cedo. Cabe, dessas observações, ponderar: – Eu acho que a próclise é mais informal. Acredito que por isso esteja alterando esses pronomes oblíquos átonos (te mete) para próclise. Só que era bom saber se o autor quer parecer mais formal ou informal... Outras regras para Próclise: (pronome antes do verbo) 1 - Com palavras ou expressões negativas: - Nada me perturba. - Ninguém se mexeu. - De modo algum me afastarei. - Ela nem se importa.
2 - Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo: - Quando se trata de comida, ele é expert. - É necessário que a deixe na escola. - Fazia a lista conforme me lembrava. Observação minha: acho que nos tempos de colégio, em vez dessa regra das orações subordinativas, eles falavam que o “que” era atrativo. Até porque, o “que” aparece em outras regras, assumindo outras funções, como a regra dos pronomes relativos. 3 - Advérbios: - Aqui se tem paz. - Sempre me dediquei. - Talvez o veja na escola. 4 - Pronomes demonstrativos, relativos, indefinidos e substantivos: - Alguém me ligou? - A pessoa que me ligou era amiga do Bruno. - Isso me traz felicidade - Aquilo me deixou estarrecida 5 - Em frases interrogativas: - Quanto me cobrará pela tradução?
Ênclise: (pronome depois do verbo) 1 - Com verbo no infinitivo: - Entregar-lhe - Não posso recebê-lo. Observação do autor: com verbo no futuro e particípio será sempre errado utilizar a ênclise: - Tornarei-me... - ERRADO - Tinha entregado-nos... - ERRADO 2 - Com verbo no início da frase: - Entregaram-me as camisas. 3 - Com verbo no imperativo afirmativo: - Alunos, comportem-se. 4 - Com verbo no gerúndio: - Saiu deixando-nos por instantes - Saiu do escritório, não nos revelando o motivo (nesse caso é ênclise, porque tem o não como atrativo) 5 - Com verbo no infinitivo pessoal: - Convém contar-lhe tudo.
6 - Em frases exclamativas ou optativas (exprimem desejo): - Deus o abençoe! - Macacos me mordam!
Mesóclise: (entre o verbo)
7 - Com verbos no gerúndio antecedido da preposição EM: - Em se plantando, tudo dá. - Em se tratando de beleza, ele é campeão.
No futuro do presente ou do pretérito: - Convidar-me-ão para a festa. - Convidar-me-iam para a festa
8 - Com formas verbais proparoxítonas: - Nós o censurávamos.
Colocação pronomial nas locuções verbais: 1 - AUX + Particípio: pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, antes. - Havia-lhe contado a verdade. - Não lhe havia contado a verdade. 2 - AUX + Gerúndio ou Infinitivo: se não houver palavra atrativa, o pronome virá depois do verbo principal ou do auxiliar. Infinitivo: - Quero-lhe dizer o que aconteceu. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.
MAU é adjetivo e é o oposto de BOM. Associa-se semanticamente a “ruim”. Na dúvida, troque mau por bom e verifique se o resultado faz sentido. O feminino de mau é má. Exemplos: O mau tempo inviabilizou o jogo. (mau / bom tempo) A causa do mau ensino são maus professores ou maus alunos? (mau / bom ensino)
Bom trabalho!
Gerúndio: - Ia-lhe dizendo o que aconteceu. - Ia dizendo-lhe o que aconteceu. 8. MAL e MAU MAL é advérbio e é o oposto de BEM em resposta a “Como...?”. Na dúvida, troque mal por bem: se fizer sentido, estará correta a utilização de mal. Exemplos: Ele dança mal. (Como ele dança? Ele não dança bem; dança mal.) Os candidatos que falam mal a língua inglesa serão descartados. (falam mal / bem) Fica fácil verificar que ninguém “dança bom” nem “fala bom a língua inglesa”.
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