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O vazio da infinitude
TEXTOS Gabriela Campiglia
Há dias em que tomo dois banhos. Um deles é para limpar o meu corpo e o outro, para me trazer ideias. Ideias em necessidade de me ausentar do mundo e renovar a alma.
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Em tempos de quarentena, o tempo é vasto. Infinito. E pasmo. Pasmo no quarto, vivendo no nada. É em meu segundo banho que renovo os meus nadas. Porque, na pausa do viver, há necessidade de outras pausas.

Autoridade fingida

Vivo em delírio que definhar é o meu caminho Vivo em vigilância que me controla em ânsia




E me aprisiona da licença Que quero desse abuso E a minha doce existência te entrego com imprudência No aguardo de gozar do prazer infinto
E quando os meus ossos pavonearem junto a minha pele
