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SEXTA-FEIRA, 5 DE JUNHO 2015
Museu Judaico do Porto abre ao público O Museu Judaico do Porto abriu as portas, apesar de a inauguração oficial ocorrer em junho. Este funciona no primeiro piso da sinagoga da cidade, a maior da Península Ibérica, e a comunidade judaica do Porto espera receber turistas e escolas locais. O Museu estará aberto todos os dias, com exceção dos sábados e feriados judaicos.
TURISMO
Construtor nacional de motos segmento de mototurismo A AJP, único fabricante português de motos, pretende reforçar a sua presença no segmento do enduro de lazer e mototurismo, sendo que 90% da sua produção destina-se aos mercados externos. A “Vida Económica” ensaiou uma das propostas deste construtor. MARC BARROS* marcbarros@vidaeconomica.pt
Nascida há pouco mais de um quarto de século, a AJP tornou-se uma referência nacional e internacional no segmento a que chama “enduro de lazer”. Segundo explicou à VE o diretor de marketing, Mário Figueiras, “o segmento de todo o terreno, ou enduro, tem vindo a posicionar-se numa perspetiva cada vez mais radical e desportiva”, em que “os principais construtores desenvolvem os seus modelos e gamas sempre com objetivos de melhoria de performance em termos absolutos, tornando-os mais potentes e leves, mas também mais difíceis de utilizar pelo comum praticante de todo o terreno”. Cientes que “uma moto de enduro de cariz desportivo exige elevados dotes de pilotagem e condição física para poder ser explorada com eficácia, mas grande parte dos utilizadores não possuem estas características”, a AJP “tem procurado identificar essa necessidade por motos mais fáceis de pilotar e menos exigentes sob o ponto de vista físico, oferecendo uma gama que se adequa perfeitamente ao piloto amador ou iniciante”. O conceito de enduro de lazer “procura explorar as raízes desta atividade em duas rodas, onde o contacto com a natureza e o respeito pelo meio ambiente são valores incontornáveis”, concluiu. Mototurismo em alta
O mototurismo tem vindo a
desenvolver-se de forma acentuada na vertente de enduro, multiplicando-se as empresas e atividades que propõem passeios e aventuras em diversas regiões do globo. Para Mário Figueiras, “devido às suas características, as motos da AJP têm recebido muita atenção por parte destes fornecedores de serviços e na atualidade podem ser encontradas propostas mototurísticas com base em frotas de motos AJP em países tão distintos como Portugal, Espanha, Reino Unido e Bulgária”. Nesse sentido, a empresa firmou uma parceria com a Tours’r’Us, especializada em mototurismo off-road, em cuja oferta de passeios e experiências em Portugal, Marrocos, Argentina e Chile tem no centro motos AJP. Exportação domina
A AJP exporta entre 85 a 90% da sua produção, centrada na unidade fabril de Lousada, e “tem vindo a reforçar a penetração dos seus produtos” em diversos mercados internacionais. Segundo Mário Figueiras, a marca garantiu recentemente a entrada nos dois países mais relevantes em termos de todo o terreno, os EUA e a Austrália. Em 2014, “as vendas registaram um crescimento de cerca de 30% face ao ano anterior e a exportação atingiu 85% do total de motos produzidas”. Para o ano em curso está prevista uma produção de 1000 unidades e a
AJP deve contabilizar em 2015 a produção de 1000 unidades, das quais 85 a 90% destinadas aos mercados externos.
manutenção de uma penetração entre os 85 e os 90% para os mercados externos, assegurou o
mesmo responsável. E se, no arranque da aventura da exportação, a Europa
A próxima a chegar Para além dos modelos já disponíveis no portefólio, a AJP prepara o lançamento da PR7, em 2016. Esta é tida como “a evolução natural da oferta da AJP, mas irá permitir-nos colocar a marca num patamar até agora desconhecido em termos de notoriedade e qualidade”, acredita Mário Figueiras. Com este modelo, a empresa pretende oferecer uma alternativa que “consideramos não existir neste momento no mercado internacional”. Equipada com motor 650 c.c., será “uma moto que irá permitir uma performance de elevada qualidade no todo o terreno graças a suspensões de primeira qualidade e a um peso muito reduzido”, mas também “capaz de garantir elevado conforto (vibrações reduzidas, assento espaçoso e proteção aerodinâmica) e uma souplesse apreciável em viagens de média e elevada
duração”, graças também “a uma considerável autonomia permitida pelo reservatório de combustível que contamos poder transportar cerca de 17 litros”. Concebida como uma moto versátil, permitirá o uso no dia-a-dia enquanto modo de transporte, mas também partir “à procura de uma boa experiência de todo o terreno sem que para isso necessitem de transportar uma tradicional moto de enduro num atrelado ou carrinha”. Na PR7 “vão poder ir até ao deserto ou à montanha montados na moto e regressar aos comandos da mesma”, conclui. A AJP PR7 tem lançamento comercial previsto para meados do próximo ano e o preço de venda ao público estimado deverá ter como limite os 10 mil euros.
Ocidental foi o principal motor das vendas da AJP, com especial destaque para a penetração obtida em países como o Reino Unido, França e Alemanha, neste momento “sentimos um crescente interesse pelos nossos modelos em países do Leste Europeu, como a Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia”. Um outro mercado de crescente importância é Israel. Ao esforço direcionado para os Estados Unidos e Austrália junta-se o Japão, “um dos países que para nós se tem revelado importante em termos de imagem, origem dos maiores fabricantes mundiais de motos e onde as AJP contam com uma fiel legião de seguidores”. As três gamas comercializadas – PR3, PR4 e PR5 –, têm “uma