Portfólio de Arquitetura

António José Moreno
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+351 911 173 008
ajscmoreno@gmail.com
https://www.pinterest.pt/ajscmoreno/ https://www.behance.net/ajscmoreno/ www.linkedin.com/in/ajscmoreno
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Natural de Coimbra, ingressei o Departamento de Arquitetura da U.C, tendo finalizado o Mestrado Integrado em outubro de 2019.
Durante o curso, participei em diversas atividades não letivas, colaborando com a revista de estudantes (NU) e o Núcleo de Estudantes (NUDA). No ano de 2015, ingressei na KU Leuven ao abrigo do Programa Erasmus +, tendo permanecido durante o ano letivo de 2015-2016. Foi-me proporcionado o contato com uma realidade diferente de olhar e de pensar a arquitetura, permitindo pontes com diferentes culturas e possibilitando o conhecimento de vários países da Europa.
Antes de terminar o curso, em 2018, ingressei, através de uma bolsa, no Projeto de Requalificação do Colégio das Artes e Instalações do Departamento de Arquitetura da UC (coordenação do Arq.º Paulo Providência). Este projeto procurou estabelecer uma estratégia geral de intervenção no edifício, realizar projetos de execução e de licenciamento com diferentes fases e diferentes escalas de intervenção. Esta experiência foi importante pela aproximação à prática profissional, permitindo o contacto com equipas de especialidades e com normativos que o curso não explora.
Em novembro de 2019, finalizei o Mestrado Integrado em Arquitetura, após apresentação pública da Dissertação de Mestrado. Após esse momento, seguiu-se um período de formulação da carreira profissional, tendo estabelecido que, numa fase inicial, seria positivo ingressar outras áreas que complementassem a minha prática profissional.
Assim, em janeiro de 2020, procurei novos desafios, tendo integrado a empresa RPR, Lda., especializada em fiscalização de obra, revisão de Projeto, compatibilização de especialidades e organização de processos de licenciamento e de concurso. Após ter acompanhado duas obras de escalas distintas e feito diversas revisões de projetos, foi-me possível compreender a importância desta experiência na percepção de uma empreitada, do papel e das responsabilidades das diversas entidades e, acima de tudo, da prática da construção em si.
Atualmente, e porque a experiência obtida evidencia um conhecimento mais estruturado, pelo que procuro retomar a prática projetual, não descurando a participação em obra. Ainda com uma elevada vontade de aprender, este portfólio apresenta uma compilação de projetos, iniciativas e interesses pessoais.
LICENCIATURA
ERASMUS +
MESTRADO
COMPETIÇÃO
Ciências e Tecnologias - Escola Secundária Infanta Dona Maria Graduado cum laude (17 em 20)
Licenciatura em Arte da Edificatória - Universidade de Coimbra Graduado cum laude (16 em 20)
Master of Urbanism and Strategic Planning - KU Leuven
Leuven . Bélgica
Mestrado Integrado em Arquitetura - Universidade de Coimbra Graduado cum laude (16 em 20)
Universidade de Coimbra - Estágio Curricular
Desenvolvimento do Estudo Prévio, Estratégias de intervenção, Processos de licenciamento e projetos de execução para a requalificação do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.
Rui Prata Ribeiro, Lda
Acompanhamento de Obra | Mapa de medições, trabalhos e CTE | Organização de processos Revisão e compatibilização de projetos de arquitetura e especialidades
Freelancer
Projeto de Reabilitação de uma casa na Beira Alta | Participação em concursos
NUDA - Núcleo de Estudantes de Arquitetura
Vice-Presidente do NUDA (Núcleo de estudantes do Departamento de Arquitetura).
Revista NU
Colaborador na Redação da Revista de Estudantes do Departamento de Arquitetura da UC.
1ª Edição RMB - Reuse of Modernist Buildings
Requalificação de edifícios modernistas do pós-guerra | Marl . Alemanha.
Les Universalistes : 50 ans d’architecture portugaise
Maquete “Pousada de Santa Bárbara (Manuel Taínha)” com Carlos Fraga e Diogo Sanches Cité de l’architecture et du patrimoine . Paris 2016 | Casa da Arquitectura . Matosinhos 2018
TAPE - Departamento de Arquitetura . Coimbra
Trabalhos selecionados de cada ano de cada ano
Projeto I - “Duas Casas Para dois Irmãos” - Coimbra | Portugal
Atelier de Projeto I - “Centro de Artes e Espetáculos” - Aveiro | Portugal
Exposição da 27º Edição Prémios Pladur 2017 - Madrid
Reabilitação de uma “ilha” do Porto - Grupo 10 Habitat
1º Lugar - 27º Edição Pladur - “Reabilitar para habitar” - Fase UC
Reabilitação de uma “ilha” do Porto - Grupo 10 Habitat - com Carolina Queirós, Catarina Pereira e Maria Santiago
Indefinido - Inspirational Hostel : Diseña un refugio de introspección y creatividad para artistas
“Hostel Express”: com Afonso Cabral, Diogo Rodrigues, Francisco Paixão e Pedro Saraiva
NU #44 . Limite - “Reuse of Modernist Buildings” - Enviados NU
Texto sobre a experiência pessoal do workshop Internacional RMB
Os Espaços da Criança na Europa do Pós-Guerra: Repensar o Edifício Escolar a partir dos princípios do Team 10 - Dissertação de Mestrado
PUBLICAÇÕES COLABORAÇÕES
NU #42 . Memória
AVANÇADO INTERMÉDIO
BÁSICO
Autocad . Adobe Studio (Ps, Id, Ai, Lr) . Laser Cutting . Microsoft Office . Google SketchUp Pro
Rinocheros . Model Making . 3D Studio Max . V-ray
Archicad . Grasshopper . QGIS . 3D Printing . Adobe Premiere
PORTUGUÊS ESPANHOL
Nativo ou Utilizador Proficiente C2
INGLÊS
EXTRACURRICULAR
MUSICA
CAMPOS DE FÉRIAS
DESPORTO
VOLUNTARIADO
INTERESSES
Utilizador Independente B2
Utilizador Independente B2
Curso Básico de Música Clássica
Formação Musical . Classe Conjunto . Instrumento (Flauta Transversal)
MOCAMFE - Movimento de Campo de Férias
Desde os 8 anos até aos 18 anos como participante. Animador desde 2012.
Natação . Futebol . Basquetebol . Rugby
2ª Edição RMB - Reuse of Modernist Buildings
Ajudante durante as conferências do Workshop Internacional RMB | Coimbra . Portugal.
COMPLEMENTAR Viajar . Fotografia . Cinema . Música . Design Gráfico . Economia Política . História
Académico - Atelier de Projeto . 4ºano
Revisão - Arq.º José Fernando Gonçalves Arq.º António Bettencourt
Num momento de reabilitação e de crescimento da cidade de Aveiro, resultado das práticas culturais emergentes e do turismo, parecia oportuno indagar o papel do arquiteto, dos programas culturais e dos modelos arquitetónicos na renovação da cidade, bem como a sua relevância no debate sobre novos processos de relação cultural/social/profissional que têm vindo a surgir no seio das nossas cidades. O exercício procurava estabelecer um equipamento cultural com um programa direcionado para a criação artística, exposição e ensino.
À escala urbana, a proposta procurava perceber a relação do lugar de intervenção, não só com o Canal Central, como também com o Rossio, a estação de comboios e a universidade. Desta forma, foram definidos três temas de intervenção urbana: cultural, na ligação ao Rossio, onde se requalificaram algumas zonas com a introdução de estruturas flexíveis e dinâmicas; educativa, onde se estabelecia uma nova ligação à cota superior, à escola José Estêvão e à universidade, com a criação de uma ciclovia; turística, melhorando os acessos à estação e requalificando o Cais da Fonte Nova.
O projeto procurou concentrar todo o programa em três núcleos, caracterizados pela implantação, materialidade e relação com o exterior. A ideia de recuar o edifício museológico, estabelecendo um muro de suporte com a cota superior, foi uma tentativa não só de requalificar o espaço descaracterizado da encosta, como também de integrar o edifício, retirando-lhe protagonismo. Este gesto fez com que fosse possível libertar os outros volumes, garantindo que se destacassem perante a cidade, facilitando a distribuição programática pela importância aparente de cada edifício.
O Centro de Espetáculos assumia-se como protagonista do conjunto, uma peça autónoma debruçada sobre o Cais da Fonte Nova. Revestido a U-Glass sobre estrutura metálica treliçada, a peça assumir-se-ia como uma caixa iluminada à noite, tornando-se um edifício emblemático de Aveiro. O volume museológico albergaria todos os espaços administrativos, de restauração, armazenamento e, por fim, a torre dos artistas assumiria um papel de exploração criativa e didática ligada à universidade através de uma entrada à cota superior.
Piso 0
01 - Átrio de Entrada
02 - Bilheteira
03 - Gabinete de Segurança
04 - Loja
05 - Acesso a Centro de Espetáculos
06 - Biblioteca
07 - Salas de Grupos
08 - Arquivo
09 - Gab. de Bibliotecária
10 - Sala de Impressoras
11 - Sala de máquinas
12 - Cacifos
13 - Curadoria
14 - Sala de reuniões
15 - Gabinete
16 - I.S
17 - Bar
18 - Refeitório
19 - Cozinha
20 - Área de funcionários
21 - Frigorífico
22 - Vestuário
23 - Zona de Cargas/Descargas
24 - Elevador monta-cargas
25 - Acesso à Torre de Artistas
Casa de Chá Escada Rolante Hotel Meliá Cais para Moliceiros Cargas e Descargas Torre de Artistas
Fábrica Jerónimo Pereira Campos
Cais da Fonte Nova Capela de São Tomás de Aquino
Escola José Estêvão
Centro de Espetáculos Cafés Restauração Nova Ponte
Acesso Superior
Axonometria de Conjunto Sem Escala
Piso 0
01 - Acessos verticais 02 - Sala de Convívio 03 - Ateliers de artistas 04 - Sala de Copa
Piso 1
Piso 2
01 - Acessos verticais
10 - Acesso Local 11 - Recepção
12 - Salas de Aulas
Piso 3 e 4
01 - Acessos verticais
13 - Quarto duplo para Artistas Convidados
14 - Quarto singular para Artistas Convidados
01 - Átrio de Entrada
02 - Bilheteira
03 - Zona de Espera 04 - Cafetaria
05 - Sala da Curadoria
06 - I.S Masculina
07 - I.S Feminina 08 - Regié
09 - Arrumos
10 - Acessos ao Auditório
11 - Acessos de Artistas
12 - Balneário Masculino
13 - Balneário Feeminino
14 - Sala de Maquilhagem
15 - Camarins
16 - Átrio dos Artistas
17 - Sala de Treino
18 - Auditório
19 - Acesso Interno
20 - Elevador Monta Cargas
21 - Bar
22 - Arrumos
23 - Sala de Treino
24 - Balneário Misto
25 - Mezanino Auditório
26 - Área Técnica
Com a construção da Ponte Rainha Santa Isabel, em 2003, a margem sul do rio Mondego tornouse numa área proeminente para a consolidação e a expansão da cidade de Coimbra, possibilitando condições para uma vida urbana diversificada e multifuncional. A Quinta da Várzea, local da intervenção, é delimitada pelo Rio Mondego a nascente, a ponte a sul e o Exploratório de Coimbra a norte, destacando-se como uma área de dimensões consideráveis e com um potencial evidente para a expansão da cidade.
Pretendia-se que o lote fosse estruturado pelo ordenamento de volumes e de espaços, integrando habitação coletiva, comércio, serviços, equipamentos públicos e espaços verdes exteriores. Procurava-se responder não só a temáticas de inserção social, com a construção de tipos de habitação sistematizadas, de custos controlados e com áreas adequadas ao uso quotidiano familiar, como também criar sistemas permeáveis de uso urbano, expandindose o Parque Verde do Mondego e conectando o percurso pedonal da margem do rio Mondego com o tabuleiro inferior da Ponte Rainha Santa Isabel.
Assim, a proposta urbana consistiu na extensão dos eixos principais já definidos do Parque Verde, com a criação de espaços de estacionamento e percursos pedonais que conduzam as pessoas do rio para o interior. Ao longo dos percursos, foram definidas várias zonas para a colocação de pequenas volumetrias destinadas a restauração, comércio e ateliês para artistas e/ou artesanato. Sobre a margem do rio foram definidos pontões de repouso e áreas de restauração. Nas áreas mais afastadas do rio, foram definidas várias praças para exposições artísticas e encontros informais.
Na cota superior do terreno, junto ao Solar da Quinta da Várzea, e em contacto com a Estrada das Lages de Baixo, definiram-se quatro “dedos” (volumetrias altas e compridas), destinados a albergar cerca de 120 fogos T1+1 e 120 fogos T3+1, distribuindo-se ao longo do edifício, à semelhança da Unité d’Habitación de Le Corbusier O posicionamento das volumetrias, perpendicular ao rio, foi definido estrategicamente para que todos os moradores conseguissem ter uma relação visual com o rio, fortalecendo a igualitariedade entre eles.
T1 +1
01 - Hall de Entrada
02 - Cozinha
03 - Escada
04 - Sala
05 - Instalação Sanitária
06 - Quarto
07 - Espaço multiusos (+1)
08 - Circulação / Arrumação
09 - Arrumação
10 - Varanda
T3 +1
01 - Hall de Entrada
02 - Cozinha
03 - Escada
04 - Lavandaria
05 - Sala de Jantar
06 - Sala de Estar
07 - Instalação Sanitária Social
08 - Instalação Sanitária de Quarto Principal
09 - Quarto Principal
10 - Espaço multiusos (+1)
11 - Quarto 01
12 - Quarto 02
13 - Instalação Sanitária Quartos
14 - Circulação / Arrumação
15 - Arrumação
16 - Varanda
Uma viagem a Amesterdão enquanto aluno do programa Erasmus+, despertou-me o interesse por moradias flutuantes, de pequenas dimensões, que se conseguem adaptar aos canais da cidade. Aparentemente comuns e de certa forma minimalistas e ecológicas, estas pequenas construções de baixos custos pareciam ser a materialização de uma mistura entre a “Cápsula” de Warren Chalk, flexível e dinâmica, com Le Petit Cabanon de Le Corbusier, um espaço mínimo onde um ser humano pode eficientemente viver, o conceito de Existenzmininum
Pareceu-me igualmente interessante pensar na versatilidade de uma casa, podendo estar tanto no centro de uma cidade como num canal remoto, facilitando um certo “nomadismo” que, quando a vida citadina se torna perturbadora, permite a evasão e a contemplação. Assim, procurei desenvolver um projeto pessoal e totalmente descomprometido, de desenhar aquilo que poderia ser uma casa que conseguisse envelhecer bem e sem sobrecustos para uma família normal com dois filhos.
Com uma implantação de 10.5 x 5 m, a casa desenvolve-se em dois andares: o inferior, ao nível da água, contém os espaços comuns e o quarto principal; o superior, ao nível da rua (caso a casa se encontre num canal urbano) alberga dois quartos e uma casa de banho. A escada que conecta os dois andares encontra-se no lado oposto aos quartos, sendo uma opção importante não só para garantir privacidade a todos os utilizadores, caso recebam visitas, como também para dar autonomia e independência aos filhos, caso cheguem a casa mais tarde.
Apesar de se tratar de um projeto idealista, optei por manter alguns aspetos reais como exercício consistente, privilegiando a sustentabilidade e a contenção económica. Por ser um material clássico, resistente e apelativo esteticamente, optei por dois tipos de madeira: Ipê para elementos estruturais e de subestrutura, por ser resistente a água e apresentar capacidade estrutural elevada; e pinho nórdico para revestimentos exteriores, por ser um material que envelhece bem sem precisar de grande manutenção.
Profissional - Set. 2018 - Nov. 2019
De setembro de 2018 a novembro de 2019 ingressei na equipa projetista responsável pelo projeto de requalificação do Antigo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, casa do atual Departamento de Arquitetura (D’Arq).
Coordenado pelo Arq.º Paulo Providência, o projeto visava a modernização do edifício que, ao longo dos anos, tinha vindo a sofrer várias alterações à sua forma e função, descaracterizando-o. A nível programático, o projeto tinha como objetivo a expansão das instalações ocupadas pelo D’Arq para espaços devolutos, de forma a garantir espaços mais nobres e confortáveis para as práticas letivas da disciplina. Dever-se-ia garantir igualmente a preservação de outros serviços existentes, tendo a intervenção sido pensada para a totalidade do edifício, não descurando o respeito pelos métodos construtivos originais, a sua história e a sua estrutura. Deste modo, tentar-se-ia preservar ao máximo todos os elementos que fizessem sentido manter, repensando-se, de forma integral, o esquema funcional do edifício e melhorando as questões de habitabilidade e de conforto.
Coordenador - Arquiteto João Paulo Providência Colaboradores - António Moreno e Diogo Rodrigues Coimbra
Assim, resumidamente, o piso -1 destinavase à criação de espaços para a cidade, como salas museológicas, cafetaria e posto de turismo; no piso 0 instalar-se-iam as salas de aulas teóricas e serviços dedicados ao funcionamento do curso, pelo que as aulas práticas e oficinas passariam a ocupar o piso1.
Por fim, a cobertura albergaria os gabinetes dos professores, os arquivos e as salas de reunião.
Esta experiência contou com a coexistência de distintas fases de projeto, com a elaboração de um estudo prévio para a totalidade do edifício; dois projetos de licenciamento de fases de obra distintas e ainda a elaboração de um projeto de execução detalhado, constituído por peças desenhadas desde a escala 1:1000 até à escala 1:2. A elaboração de um projeto de elevada complexidade e dimensão permitiu-me ter um contacto enriquecedor com a prática de arquitetura e poder trabalhar sobre o edifício por mim ocupado enquanto estudante. A prática projetual visou a resolução de problemas práticos com os quais a comunidade estudantil se vinha deparando ao longo dos anos.
Profissional - Jan. 2020 - Jul. 2023
Projeto 01 - Moradia dos Choupos - Arq.º António Costa Lopes
Projeto 02 - Villa Maria Pia - Arx Portugal Arquitectos
De janeiro de 2020 a Julho de 2023 ingressei na empresa Rui Prata Ribeiro, Lda., uma empresa que exerce a sua atividade laboral no domínio da organização de processos de concurso; de coordenação, de compatibilização e revisão de projetos e de coordenação e fiscalização de obra, garantindo a sua qualidade, prazos, segurança, ambiente e controlo de custos, tendo também em vista a satisfação de clientes através de um processo de qualidade específico.
Durante este período, de um ponto de vista teórico, desenvolvi capacidades de compreensão de um projeto de arquitetura nas suas diferentes fases: estudo prévio, licenciamento, execução e acompanhamento da sua materialização em fase de obra. Acompanhei questões relacionadas com a compatibilização de projeto entre especialidades, contatei com a elaboração de mapas de quantidades, mapas de trabalhos, cadernos de encargos, orçamentação e revisão de projeto, beneficiando da orientação e da supervisão de equipas de engenheiros de diferentes especialidades e de equipas responsáveis pela elaboração dos projetos de arquitetura.
De um ponto de vista prático, através do acompanhamento de três obras distintas, desenvolvi capacidades relacionadas com a compreensão e definição de sistemas construtivos, particularidades dos materiais e identificação de patologias e de erros construtivos. Obtive a capacidade de perceber a obra como um todo, desde a fase de projeto à licença de utilização, à função dos diversos intervenientes, entidades externas e todas as questões relacionadas com a legalidade/legalização da obra.
Profissionalmente, a passagem por diferentes obras foi enriquecedora, tornando possível verificar a formalização e a concretização de um projeto, contributos válidos para um melhor desempenho profissional sempre com espírito crítico. compreendendo todo processo de concretização de uma obra, considerando ter obtido ferramentas úteis que me possibilitam garantir autonomia enquanto profissional de arquitetura, identificar melhores soluções construtivas, compreender conexões de materiais e identificar os processos necessários para a sua materialização.
latoeira (pessoa que trabalha a lata), sendo uma habitação unifamiliar que se encontra devoluta e a necessitar de uma intervenção exigente. Datada dos anos 30 e localizada na Beira Alta, a casa original foi construída segundo os métodos de construção tradicionais, ou seja, um piso térreo independente que acomodava os animais que aqueciam os restantes andares; um nível intermédio destinado à habitação e, a cobertura que servia de espaço de arrumação. Posteriormente foi anexado um volume ao retângulo original que se destinava à cozinha, o que alterou o modo de entrada na habitação. Separadamente à casa principal, foi construído um volume independente que acomodava animais de gado e/ou para consumo. Nos anos 2000, este volume foi reconvertido numa pequena habitação com condições para albergar uma família. Contudo, não foi executada uma cozinha, o que não lhe garantia independência. Assim, por muitos anos, a família que habitava a Casa da Latoeira vivia nos anexos, utilizando apenas a cozinha da casa original, o que aumentou o seu estado de degradação.
Atualmente a casa pertence a descendentes da última família que a habitou, sendo que o principal motivo do projeto foi o de garantir uma casa de férias com várias opções de uso. A ideia principal do projeto passou por garantir independência entre as duas casas mantendo os espaços exteriores de uso comum. Na casa original reestruturou-se a lógica de habitabilidade, estabelecendo-se um elo de comunicação entre os vários pisos e dando um novo uso ao sótão. Nos anexos procurou-se criar uma volumetria virada para a planície agrícola com a função de albergar uma cozinha e um espaço de estar, garantindo autonomia à habitação.
Materialmente, o uso de madeira de pinho assume um protagonismo estético e respeitador do existente, proporcionando um conforto visual e térmico ao utilizador. Nas intervenções contemporâneas, como as mansardas novas e o volume da cozinha dos anexos optou-se por se utilizar materiais como o betão e o zinco, na tentativa de se assumir não só a contemporaneidade, como também por serem materiais protagonistas de uma boa dialética com o granito.
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