EMERGÊNCIA E SEGURANÇA EM EVENTOS
Conteúdos de aprendizagem SUBUNIDADE 1: Tipos de eventos que necessitam de planos de proteção e segurança SUBUNIDADE 2: Saúde e segurança SUBUNIDADE 3: Gestão de multidões SUBUNIDADE 4: Gestão de risco: risco do evento, planeamento de emergência e segurança
Horas de contacto:
8
Horas de trabalho:
25
Objetivos da unidade Ações / Resultados Elaborar um plano de segurança e emergência para um evento específico Conhecimentos
Aptidões
Selecionar os recursos de segurança para um evento específico Classificar diferentes tipos de emergência, indicando as suas principais características Principais tipos de emergência/riscos associados a um evento com espetadores Planos de gestão de eventos Legislação de intervenção de emergência Princípios de gestão de multidões
Comparar diferentes técnicas de gestão de multidões, selecionando a mais adequada Desenvolver uma lista de verificação detalhada de segurança dos espectadores para a equipa envolvida no controlo da multidão ou na gestão do evento Elaborar procedimentos de emergência de acordo com as leis e práticas Debater soluções para prevenir ou resolver diferentes tipos de emergências
Competências Agir de forma independente no planeamento de emergência e segurança de um evento, com base na lei, boas práticas e más experiências de planeamento Realizar fiscalizações de risco em todos os tipos de eventos Planificar ações necessárias para qualquer cenário específico de emergência Instruir a equipa do evento a dar o alerta e articular com os serviços de emergência Fornecer instruções aos membros da equipa Utilizar e analisar o retorno obtido como um instrumento de controlo de qualidade de emergência e segurança do evento
SUMÁRIO Esta unidade não pretende estabelecer um plano de ação na gestão de eventos, mas sim apresentar orientações e conselhos gerais de apoio à planificação de qualquer tipo de evento. O principal objetivo é auxiliar os organizadores de eventos na melhoria da segurança do mesmo.
PALAVRAS-CHAVE Segurança, emergência, saúde, multidão, risco, planeamento.
Projeto financiado com o apoio da Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação (comunicação) vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão responsável pela utilização que dela possa ser feita.
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DEFINIÇÕES EVENTO: qualquer atividade desportiva, de entretenimento, recreativa, religiosa, cultural, organizacional, exposições ou atividades similares organizadas num estádio, recinto ou ao longo de um itinerário ou nas respetivas imediações. ESTÁDIO: estrutura fechada ou semifechada que consiste em lugares sentados para espectadores e um campo de jogos e um palco permanente ou temporário ou outra área dentro da estrutura reservada a eventos, que tenha uma capacidade assegurada de lugares sentados ou em pé para pelo menos 2000 pessoas. RECINTO: qualquer área ou lugar, que não um estádio, com lugares sentados ou em pé, com uma capacidade para pelo menos 2000 pessoas, onde podem ser erguidas outras estruturas demarcadas por uma estrutura fechada ou semifechada, de caráter temporário ou permanente. ITINERÁRIO: o caminho ou percurso percorrido do ponto de partida ao destino durante um evento que assume a forma de corrida ou procissão. ORGANIZADOR DE EVENTO: qualquer pessoa que planeia, lidera, gere, supervisiona ou organiza um evento ou direitos de patrocínio de um evento ou que, de qualquer outra forma, controla ou tem um interesse material na organização de um evento. SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA: todos os setores médicos públicos e privados, incluindo serviços de emergência médica e de saúde, bombeiros, departamento de gestão de catástrofes e autoridades de tráfego locais ou departamento de agentes da autoridade. SERVIÇOS ESSENCIAIS: um departamento estatal ou outra unidade administrativa, como o centro de gestão de catástrofes e os departamentos de administração locais responsáveis pela eletricidade, água, esgotos e eliminação de resíduos. RESPONSÁVEL DE SEGURANÇA: pessoa designada pelo organizador para auxiliar no planeamento e supervisão das medidas de segurança e proteção de um evento.
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VOC: centro de operações do recinto onde se leva a cabo a coordenação de operações de toda a segurança e proteção de um evento num estádio, recinto ou ao longo de um itinerário.
SUBUNIDADE 1: TIPOS DE EVENTOS QUE NECESSITAM DE PLANOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA Para saber os tipos de eventos que necessitam de planos de proteção e segurança, deve primeiro responder às questões que se seguem: •
O evento é fora do comum e/ou não rotineiro?
•
O evento pesa nos recursos da comunidade?
•
O evento atrai um elevado número de pessoas?
•
O evento requer alguma licença especial ou planeamento ou preparação adicional e coordenação de esforços dos agentes locais?
Tipos de eventos especiais: Eventos tradicionais: •
Feiras
•
Concertos
•
Eventos desportivos
•
Eventos aéreos
•
Convenções
•
Comícios políticos
Eventos espontâneos: •
Não planeados, são frequentemente celebrações ou manifestações de caráter popular
•
Frequentemente ficam fora de controlo
Para cada tipo de evento, deve considerar os seguintes fatores:
Âmbito do evento
Riscos para participantes e espectadores
Impacto na comunidade
Suporte de emergência necessário
As principais considerações operacionais para planos de proteção e segurança são:
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•
Segurança e saúde
•
Gestão de multidões
•
Consumo e venda de bebidas alcoólicas
•
Gestão de tráfego
•
Gangues e ameaças criminosas
•
Segurança
SUBUNIDADE 2: SAÚDE E SEGURANÇA Saúde e segurança é, deve ser e será um elemento crítico e importante em todas as suas ações, sendo algo que deve apoiar e promover durante as fases de investigação, planeamento e organização do seu evento. O seu objetivo deve estar em conformidade com a lei e necessidade de proteger os colaboradores, visitantes e, na realidade, todos os envolvidos, de possíveis perigos. Quando planeia um evento, deve ter em consideração que pode ter entrado em vigor nova legislação. O organizador de eventos, seja um indivíduo, entidade coletiva ou autoridade local, detém a principal responsabilidade na proteção da saúde, segurança e bem-estar de todos os funcionários do evento, participantes ou aqueles que estejam apenas de passagem – na realidade, qualquer pessoa potencialmente afetada pelo evento. A sua responsabilidade pela segurança do público estende-se inclusive a ladrões e vândalos! Se um criminoso
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invadir o seu recinto à noite e se eletrocutar num circuito incompleto, a responsabilidade será sua. Se cair num buraco não assinalado e partir uma perna ou se magoar quando um poste não seguro de uma tenda cair sobre ele, a responsabilidade será sua. Tudo tem de estar seguro para qualquer um a qualquer hora. Alguém que pretenda organizar um evento num espaço ou estádio já existentes, particularmente quando se trata de eventos desportivos, deve procurar mais informações junto dos donos do estádio/recinto, gerência, autoridade local, bombeiros e responsáveis de saúde e segurança. Todos os recintos devem ter processos e procedimentos a postos para monitorizar níveis e estado da multidão e para instituir as melhores práticas de saúde e segurança na gestão de multidões. Gerir um largo número de pessoas requer um bom trabalho de equipa, boa comunicação e uma coordenação próxima entre a gerência, colaboradores e, potencialmente, os serviços de emergência. O gestor de eventos deve assegurar-se de que todo o staff está ciente da importância da segurança individual e do público em geral. Para garantir que os visitantes e o local são geridos de forma eficaz e segura, enquanto gestor de eventos deve ter em consideração que:
Existe uma clara definição de funções e responsabilidades;
Foi feita uma revisão (e será feita antes do evento seguinte – ou a seguir a algum incidente) do planeamento e funcionamento da segurança do público/visitantes;
O pessoal certo é treinado adequadamente, identificável e eficientemente supervisionado;
Através de pesquisa e planeamento, os organizadores de eventos conhecem o tamanho e tipo de público que atraem, podendo antecipar o comportamento do mesmo;
A avaliação de risco permite adequar o controlo e a gestão;
Visitou e analisou o local do evento como parte do processo de planeamento, regressando ao mesmo pouco antes da realização do evento para assegurar que as circunstâncias se mantêm;
Estabeleceu limites bem definidos que possam acionar mecanismos de resolução ou de emergência junto de assistentes do recinto e da organização (por exemplo, a avaliação de risco pode atestar que, se o final da fila formada ao portão de entrada chegar à rua principal, deve abrir-se outro portão para aliviar a pressão e manter o público afastado da rua principal);
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Deve averiguar junto da autoridade local e dos serviços de emergência se a sua avaliação de risco, planos, organização e procedimentos são aceitáveis.
Quando se discute saúde e segurança, deve ponderar os seguintes elementos: Saúde e segurança Estruturas
Palcos Plataformas Abrigos temporário
Segurança do público
Saúde pública (manuseamento de comida) Assistência médica Riscos ambientais
Segurança contra incêndios
Configurações do fornecedor Uso de pirotecnia Supervisão de fontes de chama
SUBUNIDADE 3: GESTÃO DE MULTIDÕES Os eventos fazem parte de uma indústria em expansão tanto domesticamente como internacionalmente. À medida que crescem em popularidade, também o número de participantes aumenta. Devido a este crescimento rápido, o controlo e a gestão de multidões são agora questões importantes a considerar na indústria de eventos. Gestão de multidões e controlo de multidões são dois conceitos distintos, mas interligados, sendo que o primeiro inclui facilitação, uso e movimento de multidões, enquanto o último engloba as medidas tomadas no seguimento do início de comportamento desordeiro ou perigoso por parte da multidão ou secções dela.
Multidão:
É um número relativamente grande de pessoas próximas umas das outras;
Um grupo de pessoas reunidas num local num determinado momento.
As multidões são constituídas por muitos indivíduos anónimos que seguem uma certa liderança sem na realidade contemplarem as razões porque isso acontece. As multidões podem tornar-se furiosas e ter atitudes que podem levar à destruição, hooliganismo e homicídio. Contudo, os elementos individuais de uma multidão, por norma,
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não teriam nenhuma destas atitudes sem o anonimato que as multidões lhes garantem. É importante compreender que não há duas multidões iguais. Estas podem comportar-se de forma violenta, resultando em destruição de propriedade, danos pessoais e, em casos extremos, morte. A gestão de multidões deve ter em consideração todos os elementos de um evento:
Tipo de evento (circo, evento desportivo, concerto, comício, desfile, etc.)
Características do espaço
Tamanho e conduta do público
Métodos de entrada
Comunicações
Controlo de multidões
Formação das filas
Para assegurar a gestão de multidões, deve compreender os seguintes aspetos:
Personalidade da multidão –
Que tipo de público é provável que esteja presente?
–
Com foi o comportamento em eventos anteriores?
–
Há a probabilidade de se tornar violento?
Papéis da multidão –
Observadores (assistem)
–
Torcedores (apoiam verbalmente)
–
Núcleo ativo (fazedores)
Os planos de gestão do público devem ser adaptados às necessidades do evento e da audiência potencial. Outro elemento a constar num plano eficaz de gestão de multidões prende-se com uma adequada comunicação entre funcionários, convidados a entre a organização e os convidados. Uma comunicação eficaz deve originar uma coordenação bem-sucedida entre as partes envolvidas. Outra forma de comunicação que é significativa do ponto de vista do organizador do evento é a sinalética. Esta pode servir para:
Avisar (ex.: piso molhado);
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Ordenar (ex.: proibidas bebidas alcoólicas a partir deste ponto);
Informar (ex.: apenas saída);
Direcionar o público (ex.: parque de estacionamento a 100 metros).
Desta forma, a sinalética preenche o requisito de avisar os espectadores sobre potenciais riscos e perigos. Deve ser clara, concisa, não ambígua, bem escrita e deve ser imediatamente reconhecível para obter o seu máximo efeito possível. Para assegurar a clareza da sinalética, deve ter em consideração os seguintes elementos chave:
Tipo de informação (ex.: segurança, saúde, perdidos e achados, promoções);
Dimensão, forma, altura, largura e profundidade;
Material (ex.: tecido, plástico, bandeiras, cartazes, bandeirolas, cores);
Terminologia e especificidades linguísticas;
Localização.
Um plano de gestão de multidões apropriado também engloba porteiros e seguranças. Os porteiros podem ter como função passar informação dos stands para o escritório principal e conduzir os convidados aos seus lugares. Podem reduzir as disputas entre espectadores ao supervisionar o seu comportamento, reportando acidentes e perigos para a segurança, alertando a segurança de potenciais perigos e verificando a possível necessidade de assistência médica. A segurança é outra característica importante a constar de um plano de gestão de multidões. A equipa de segurança deve ter experiência em lidar com disputas, proteção contra furtos, implementação de serviços de emergência e manutenção de um ambiente seguro para os convidados.
Gestão de bebidas alcoólicas
Finda a avaliação de várias condições do evento, o gestor deve então considerar as questões que se prendem com a distribuição de bebidas alcoólicas. A venda e consumo de bebidas alcoólicas pode levar ao seu consumo excessivo, resultando em danos pessoais e de propriedade. Os funcionários do evento devem também eles seguir as políticas adequadas no que respeita ao consumo de bebidas alcoólicas. Ou seja, não devem beber no horário de
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trabalho e devem ter treino específico para lidar com pessoal embriagadas. Além disso, não é permitido os participantes beberem álcool durante as suas atuações e será vedada a entrada no recinto a indivíduos fortemente embriagados. As políticas sobre o consumo de bebidas alcoólicas devem ser estabelecidas antes da sua venda. Por exemplo, não devem ser vendidas onde se antecipa a existência de problemas entre o público. A idade mínima deve ser estritamente cumprida e aplicada através da verificação regular de identificação. Os seguranças devem posicionar-se no local de venda de bebidas alcoólicas. Indivíduos alcoolizados não devem ser servidos e deve estabelecer-se um limite de aquisição de bebidas. Mais importante ainda, as bebidas alcoólicas nunca devem ser a principal fonte de receita do evento. Além do álcool, a equipa de segurança deve considerar as drogas ilegais de forma a reduzir o risco de danos físicos e outros problemas entre o público. De forma a que os gestores de eventos possam limitar a sua responsabilidade, preservar a sua estabilidade financeira e assegurar o sucesso do evento, devem focar-se na gestão e controlo de multidões. Desenvolver planos de controlo e gestão de multidões facilita a proteção de gestores e funcionários bem como do público. Ao rever ações judiciais, organizadores do evento/recinto podem desenvolver um melhor entendimento do que a lei e o público esperam da sua parte no que concerne a proteção dos seus convidados. Desta forma, ao criar planos com ênfase nestes aspetos legais, os organizadores do evento/recinto podem evitar responsabilidades legais e outras implicações negativas. Recorrendo a uma planificação e organização eficientes, alcançarão sucesso financeiro e um evento seguro.
SUBUNIDADE 4: GESTÃO DE RISCO
A gestão de risco pode ser definida como a erradicação ou minimização dos efeitos adversos dos riscos a que uma empresa é exposta.
Estádios da gestão de risco •
Identificar os perigos;
•
Avaliar os riscos associados;
•
Controlar os riscos.
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O que é avaliação de risco?
A avaliação de riscos é uma revisão e consideração formal de perigos potenciais, os seus impactos e a probabilidade de que, na sua totalidade, possam causar dano, afetando a saúde e segurança ou bem-estar das pessoas envolvidas no evento.
Os 5 passos da preparação de uma avaliação de risco são:
Identificar o perigo;
Decidir quem está suscetível a ameaças;
Avaliar riscos e decidir medidas preventivas;
Registar as conclusões;
Rever a avaliação e atualizá-la, se necessário.
Evento:
Data da avaliação de risco:
Passo 1: Quais são os perigos? Identifique perigos
Passo 2: Quem pode ser prejudicado e como? Identifique grupos de pessoas
Passo 3: O que já está a ser feito? Registe o que já está a ser feito
Passo 4: Que outras medidas é necessário tomar? Deve assegurar-se de que reduziu os riscos o máximo possível
Passo 5: Como colocará a avaliação em prática? Ação – por quem, quando e quando foi alcançada
Tyra Hilliard, JD, CMP, professor associado no Departamento de Turismo e Administração de Convenção na Universidade do Nevada, em Las Vegas, sugere colocar as questões seguintes para analisar o risco potencial específico de um evento:
Existe alguma preocupação relativamente à calendarização do evento? A data? A época?
Existe algo a considerar no que respeita à localização: o local específico ou o recinto?
Existe alguma preocupação relativamente aos participantes, como, por exemplo, quanto à idade, limitações físicas ou ideologias políticas?
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Existe algum motivo de preocupação relativamente às partes do programa, como conteúdos controversos e atividades potencialmente perigosas? O que está exposto a uma potencial perda? O que pode especificamente causar uma perda? Quem sofreria essa perda?
Quais são as consequências?
Agora que sabe quais as questões que deve colocar, onde pode obter as respostas? Existe uma variedade de recursos, alguns dos quais pode já estar a utilizar, tais como representantes locais do hotel ou do local de reunião, uma companhia de gestão de destinos (DMC) ou uma autoridade turística. A embaixada ou consulado do país em que irá trabalhar, bem como os serviços de notícias locais, nacionais e internacionais, podem mantê-lo(a) a par dos desenvolvimentos políticos no local de destino. Os Centros de Controlo de Doenças (CDC), websites de medicina do viajante e companhias de seguros providenciam informação atualizada sobre saúde e recomendações sobre vacinação.
O que constitui um perigo? Algo perigoso é qualquer coisa com potencial para causar dano em qualquer circunstância. O lixo, por exemplo, um simples saco de plástico abandonado no campo, pode parecer inofensivo, mas existem várias formas de poder causar danos.
Tipos de perigos Perigos apresentados pela multidão Esmagamento entre pessoas. Esmagamento contra estruturas, como vedações. Espezinhamento. Comportamento apressado, bamboleante ou com carga. Comportamento agressivo. Comportamento perigoso, como subir aos equipamentos ou atirar objetos.
Perigos apresentados pelo recinto Escorregar ou tropeçar devido a áreas com iluminação desadequada ou a uma fraca manutenção do solo e acumulação de lixo. Veículos que partilham o mesmo itinerário que os pedestres. Queda de uma estrutura, como uma cerca ou vedação que caia sobre a multidão. Pessoas a serem empurradas contra objetos, como, por exemplo,
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equipamentos quentes sem supervisão numa banca de cozinha. Objetos como bancos, que obstruem o movimento, resultando em congestionamento durante os períodos mais movimentados. Obstrução do movimento da multidão por pessoas nas filas dos bares, etc. Fluxos cruzados à medida que as pessoas furam pela multidão para aceder a outras áreas, como por exemplos às casas de banho. Falhas de equipamento como torniquetes de acesso. Fontes de incêndio como equipamentos de cozinha. Risco do evento, planeamento de emergência e segurança
Passos Passo 1 – Formar um grupo de planeamento
Descrição Crie um grupo de planeamento de risco e segurança (organizadores do evento principal, recinto, autoridades reguladoras e de emergência, empreiteiros e fornecedores, segurança/controlo de multidão, entre outros – por exemplo, ao nível legal, etc.). Identifique outras partes interessadas. Assegure-se de que planeamento de risco, segurança e emergência consta da sua agenda de reuniões.
Passo 2 – Elaborar o seu plano de risco, segurança e emergência
Desenvolva este plano no início do processo de planificação do evento. Seja sistemático(a). Adapte-o ao seu evento. Aconselhe-se de forma vasta e documente.
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Prepare o seu plano de contingência. Delegue responsabilidades. Atualize o seu plano continuamente. Passo 3 – Analisar o recinto,
Crie ou obtenha os planos do local/recinto.
local e redondezas
Determine a capacidade do local/recinto. Considere as entradas e saídas – tamanho, evacuações, acesso para veículos de emergência, sinalização, funcionamento de luzes, etc. Melhor localização dos serviços (por exemplo, primeiros-socorros, centro de controlo de segurança do evento). Sinalização (por exemplo, serviços, emergência). Considere os perigos do local (por exemplo, linhas elétricas acima do solo, terreno, vida selvagem/fauna, água). Cercas, vedações e áreas restritas. Iluminação. Caixotes do lixo. Casas-de-banho. Acessibilidade. Impacto do evento nas localidades vizinhas. Impacto ambiental e na água. O que mais está a acontecer nas redondezas.
Passo 4 – Aconselhar-se de forma vasta e avaliar
Converse, consulte e obtenha informações e opiniões das principais partes interessadas.
atividades e partes
Avalie riscos adjacentes das suas atividades.
interessadas
Avalie riscos vindos das partes interessadas (por exemplo, fornecedores).
Passo 5 – Estar preparado(a) – elabore e implemente planos
Identifique e desenvolva os planos de ação, medidas e procedimentos ativos requeridos. Destaque pessoas responsáveis para implementar o plano.
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Desenvolva e teste procedimentos. Implemente formação inicial.
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LEITURA ADICIONAL Event safety a guide for event organisers. Available at: https://www.westsomersetonline.gov.uk/getattachment/Environment/Licensing/EventSafety-Guide-for-Organisers-pdf.pdf [Accessed 28.08.2018]
Risk, Safety and Emergency Management, Available at: http://www.hobsonsbay.vic.gov.au/files/assets/public/documents/pdfs/experiencehobsons-bay/festivals-and-events/risk-safety-and-emergency-management.pdf [Accessed 11.09.2017]
Coordinated Special Event Planning and Emergency Management, Available at: https://www1.toronto.ca/City%20Of%20Toronto/Economic%20Development%20&%20Cultu re/Special%20Events%20Office/Event%20Support/Topic%20Areas/Files/EAP%20for%20SE%2 0Presentation%20-%20141118.pdf
Safety Planning Guidelines, Available at: http://www.waitakere.govt.nz/Frefor/pdf/event-safety-guidelines-osh-200104.pdf [Accessed 11.09.2017]
BIBLIOGRAFIA Projeto financiado com o apoio da Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação (comunicação) vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão responsável pela utilização que dela possa ser feita.
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Monington Peninsula Shire, Event Planning Risk, Safety and Emergency Management, July 23,2015, http://www.mornpen.vic.gov.au/files/e20abc09-08cb-4e64-8ff7 a4e200fd7cd4/Event_Planning_-_Risk_Safety_and_Emergency_Management.pdf, [Accessed 29.08.2017] Conway, D. 2006, The Event Manager’s Bible, 2nd Edition, How to Content
Silvers, J.R. 2008, Risk Management for Meetings and Events, Elsevier
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