Ioga (PT)

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Assim começa uma fantástica viagem às origens do ioga, às motivações que levaram aqueles homens da Índia a tentarem fazer apenas uma coisa, a mais simples, a mais natural, uma única coisa e mais nada. Com um guia de leitura para ir mais longe.

Míriam Raventós / Maria Girón

Consegues fazer muitas coisas ao mesmo tempo?

ISBN 978-84-174 40 -88-6

9 7 8 8 4 1 7 4 4 0 8 8 6

Míriam Raventós Maria Girón

2a

ediçao


Nasci em Barcelona em 1964. Quando era pequena a minha mãe já praticava ioga, mas a mim pareciame um pouco estranho… Tive de crescer para me aproximar do ioga e, com mais de trinta anos, comecei a formação como professora. Esta decisão foi o princípio de uma mudança muito grande. Desde então, o ioga acompanhame sempre e ajuda-me a ter uma vida simples e bonita. Estou-lhe muito grata. Mas é preciso ser adulto para descobrir o ioga? Não, parece-me que não; por isso escrevi este conto. Na universidade tirei o curso de tradução e interpretação. Apesar de ter estudado línguas, sou uma apaixonada pelo silêncio. No silêncio sinto-me em comunhão; nunca me sinto sozinha nem isolada. Vivo em Bellaterra (perto de Barcelona) com os meus filhos, que vão e vêm, e duas cadelas que todos os dias me levam a passear pelo bosque. A elas também lhes estou grata! Gosto muito da montanha e da música. E dedico-me a coisas muito diferentes, algumas delas relacionadas com o ioga, como a direção da Proyoga, a sala de ioga que a minha mãe fundou em 1985.

Nasci em Barcelona em 1983 e cresci na Garrotxa (uma região da Catalunha), numa casa muito grande e muito antiga rodeada de árvores, o cenário perfeito para inventar histórias e aventuras com o meu irmão. A minha mãe pintava quadros e fazia esculturas, e eu sentava-me ao seu lado e ficava a observá-la. Às vezes, também metia as mãos à obra e desenhava com aquela espontaneidade que têm as crianças e que, à medida que crescem, vão perdendo. Os anos passaram e aos poucos fui deixando de brincar, de imaginar e de desenhar. Até que me matriculei na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Barcelona. E voltei a encontrar-me com os pincéis, as tintas e com a minha faceta mais criativa. No quarto ano fui viver para Bolonha (Itália), onde descobri a gravura. Passei o ano seguinte na Faculdade de Sevilha. E, depois, regressei a Barcelona e estudei ilustração na Escola Llotja. Atualmente tenho 15 livros publicados. O álbum ilustrado Mi Lazarilla, Mi Capitán recebeu o Prémio Fundação Cuatrogatos 2021.

Publicado por AKIARA books | Plaça del Nord 4, pral. 1.ª | 08024 Barcelona (Espanha) | www.akiarabooks.com/pt | info@akiarabooks.com | Coleção: Akialbum, 9 © 2016 Míriam Raventós, pelo texto | © 2016 Maria Girón, pelas ilustrações | © 2016 Inês Castel-Branco, pela tradução | Impresso em Espanha: @Agpograf_Impressors Primeira edição na Fragmenta Editorial, SL: outubro de 2016 | Primeira edição na AKIARA books, SLU: março de 2021 | ISBN : 978-84-17440-88-6 | Depósito legal: B 5.157-2021 Este produto foi feito com material que provém de florestas certificadas FSC®, geridas de forma responsável, e de materiais reciclados | Reservados todos os direitos


Texto de Míriam Raventós Ilustrações de Maria Girón


Consegues fazer muitas coisas ao mesmo tempo?

Por exemplo… Consegues tomar o pequeno-almoço enquanto brincas com um camião em cima da mesa?

Consegues falar enquanto caminhas com uma bola nos pés?


Consegues cantar enquanto brincas com a espuma na banheira?

De certeza que sim… Também não é assim tão difícil, pois não?


Pois há muitos e muitos anos, na Índia, uns homens aperceberam-se de que fazer muitas coisas ao mesmo tempo era bastante fácil e que todos os dias conseguiam melhorar. Porém, perguntaram-se o que aconteceria se fizessem apenas uma coisa, a mais simples, a mais natural, uma única coisa e mais nada.



Tens alguma ideia do que possa ser? … Eles decidiram que a coisa mais simples que podiam fazer era R ESPIR A R . Claro que respirar e andar é fácil, respirar e brincar ainda mais, e respirar e dormir nem se fala… O que eles queriam era simplesmente respirar e tomar consciência de que respiravam, sem distrações. Experimenta! Porque… tu respiras, não é? Aqueles homens sentaram-se no chão, fecharam os olhos para não verem nada e resolveram respirar dando-se conta de que respiravam. Sentiam-se tão bem!




Tu és um. Se estás com um amigo, são dois. Com o pai, a mãe e o amigo, já somam quatro. Mas se se sentarem todos muito quietos e respirarem em silêncio, e para além disso se aperceberem de como respiram, vão parecer apenas um e uma única respiração.

Para os homens de que te falo, esta descoberta foi muito importante. Sentavam-se e respiravam, e sentiam-se um entre eles e um com o todo.


Aqueles homens amavam o mundo que os rodeava; nele descobriam muito para aprender. Observaram as árvores, sempre quietas e sem se cansarem, e imitaram-nas fazendo a postura da árvore.


Observaram a lua, que ora diminui ora cresce, e quiseram imitá-la com a postura da meia-lua.


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Assim começa uma fantástica viagem às origens do ioga, às motivações que levaram aqueles homens da Índia a tentarem fazer apenas uma coisa, a mais simples, a mais natural, uma única coisa e mais nada. Com um guia de leitura para ir mais longe.

Míriam Raventós / Maria Girón

Consegues fazer muitas coisas ao mesmo tempo?

ISBN 978-84-174 40 -88-6

9 7 8 8 4 1 7 4 4 0 8 8 6

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