Pocket Provocante

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Uma brisa suave em seu estilo...



leveza...


eleg창ncia...



...descontração e suavidade marcam o verão 2012 da Nina.

www.gruponina.com.br


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A Revista pocket todas as empresas agradece a que apoiam e investem nesta pu incentivando a econ blicação, proporcionando es omia criativa e a cada um de vcs, ta edição chegar totalmente free.


coLABoRADoReS o que é? Gente bacana que nos ajuda a fazer e acontecer.

Estreando por aqui, Edy Rios e hes assina com seus pentes, blus a. batons nosso editorial de mod l, Priscila Vitório e Cha Cha Lea para leia-se d9 Studio, chegam i elas ficar na família Pocket. Aqu nosso do o víde + s click os nam assi r olha com a, mod de l oria edit nho. sensível, criativo e moderni Aládio Marques eleito um dos ion Novos Talentos do Barra Fash i aqu 2011, estudante de moda, o ele nos empresta seu conteúd orial de moda e produz nosso edit romântico e primaveril. e, Convidamos Bruno Honda Leit nos para , ário licit pub e r designe s emprestar suas criações, seu personagens e suas reflexões. re Bruno instala um debate sob l, o descartável não descartáveoreciclando com caneta de retr projetor potes de shampoo, rolinhos de papel higiênico, s eiro frascos de desodorantes, isqu . A incluindo até caixas de papelão e gem partir dai surge a retrorrecicla ham diversos personagens que gan , vida e uma segunda chance de nta fazendo da arte uma ferrameo. transformação e reflexã

!

Um superobrigado a todos pela disposição, atenção e dedicação.

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eXpeDIeNte Alina Amaral

30.000 exemplares Tiragem

Genilso Coutinho

Editora de mo

da

Cinelli Duarte

Fotógrafo Convidado

Produtor

Ano 03 – Nº 09 Set/Out – 2011 revistapocket.com.br diga@revistapocket.com.br A Revista Pocket não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios publicados, nem garante que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. © Todos os direitos reservados Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização dos diretores.

Alberto Tua

Colaborador

Luciana Diniz

veira

Anderson de Oli

Jornalista

Diretor Geral

Pocket Provocante (ISSN 1982-9353) é uma publicação em parceria com a Ônix Consultoria Publicidade e Eventos Ltda.

Ponto K Comunicação

Agencia de Publicidade

Bemdita Comunicação Vitrine Comunicação

Assessoria de Imprensa

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Vitor Neves

Colaborador

Sidney Rocha

Designer

Ronney Argolo Jornalista


Thiago Mohallem

Tratamento de Imagens

Alex Dantas

Fot贸grafo Convidado

Rafael Brito Pimentel Jornalista

Alice Ramos Fot贸grafa Convidada

Mariana Paiva

Colaborador

Leticia portela Revisora

Alan Alves

Designer

Victor Villarpand

Jornalista

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EDITORIAL O que é? About Pocket

Pensar em uma edição falando sobre design sem cair nos clichês, sem ser eco chato e muito menos sem apresentar soluções que na realidade ninguém leva para casa, foram os desafios de nossa ed#09. Assim fomos em busca da batida perfeita, onde pudéssemos trazer beleza, arte, estilo, conceito e contexto, passando pela sustentabilidade com muita criatividade e oxigenação. Aqui na edição #09 + design, partimos da sutileza e ilustramos algumas de nossas páginas com o trabalho de Bruno Honda Leite e sua retrorreciclagem, sustentável, transformadora e encantadora. Incluímos uma pitada de Ronaldo Fraga em novas plataformas e Karim Rashid com seu mundo luxuoso, simples e cor-de-rosa. O design útil e acessível vem através de empresas como a Tok&Stok e a Coza que independentemente de seus business, ajudam a democratizar o designer no Brasil. Elke Maravilha, nossa garota da capa, abre sua casa e seu coração e nos surpreende com tanta sensibilidade, percepção e histórias de vida. Kiko Silva, Nágila Andrade, Andrea Velame, João Clímaco, Adriana Régis e Valentina Rocha completam nossa viagem de estilo de vida, personalidade e atitude. Confira também dicas, curiosidades, lugares legais para conhecer, tantas coisinhas que nem eu acredito como fazemos caber aqui. É nosso segredinho, na verdade.

Divirta-se sempre com a Pocket. Anderson de Oliveira



o que é? cliente descoladinho com conceito e respeito :: por quem? equipe pocket :: Fotos? Alex Dantas

publieditorial

pocket ApReSeNtA

Linha exclusiva Rota 66

o l i t s e e d a t o R

Um espaço para expressão diferenciada da personalidade: essa é a Rota 66. A concessionária mistura show room de motocicletas de alta cilindrada com butique de roupas e acessórios customizados. São mais de 20 opções de modelos, que vão desde as práticas e ecológicas scooters elétricas até as motos de maior performance e apelo de design. Com a mesma variedade, há roupas e acessórios das marcas Arais e Dainese. Mas o destaque nessa área fica mesmo para a descolada linha própria, que traz itens customizados com exclusividade pelos artistas visuais Denissena e Gabriela Leite. Moda e motocicletas podem ser agrupadas em 3 grandes linhas: a Custom, que tem estilo mais dark, com as caveiras; a Urbana,

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Antonio Fernando


Linha customizada por Denissena

kasinski Store

associada a street art e hip-hop; e a Esportiva, com dragões orientais em traços que lembram tatuagens. A busca por novidades e diferencial não ficou só nas sandálias, camisas, capacetes e botas. O visual de uma das colunas da loja (que fica no Horto Florestal) foi resultado de uma performance de Denissena. Ele grafitou-a durante a inauguração do espaço. “Foi uma ideia muito bacana, na qual eu tive total liberdade artística para interagir com o ambiente”, comenta o artista. “A ideia é fazer alianças com designers para ter produtos altamente diferenciados”, diz Antonio Fernando, proprietário, que tem mais de 15 anos de motociclismo e outros tantos trabalhando na indústria automobilística. Com tanta experiência, ele não pensou apenas nos acessórios e ambientação da Rota 66. A Kasinski é a 3ª maior fabricante de motos do país. Além do design arrojado, oferece motores de ponta, produzidos pela Zogshen (2ª maior fabricante do mundo, que fornece também para Harley Davidson e BMW). “O preço é excelente e o ótimo custo-benefício tem atraído todas as faixas de público”, conta Fernando. Denissena


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Mobilidade e sustentabilidade A Kasinski é primeira fabricante de motos elétricas no país. Sendo assim, a Rota 66 oferece os modelos de scouter mais consolidados no mercado, como a Prima Electra 500. Elas têm motorização e design europeu, atingem até 60 km/hora e usam eletricidade como combustível. “É só colocar na tomada e recarregar! São supereconômicas, com baixo custo de manutenção e impacto ambiental menor”, explica Fernando. Há também ausência de emissão de gases, pouco ruído, risco de explosão zerado, redução de até 25% no IPVA e baixo custo de recarga. Preço: a partir de R$ 2.850,00 reais. Outra possibilidade para quem quer uma scooter, mas prefere o abastecimento com gasolina, é a Prima 150. Nela, o toque retrô vem acompanhado da economia de gasolina (em média, R$ 1,10 para rodar até 60 km) e menor impacto ambiental.

pRIMA 150

GtR 250

Design e potência

pRIMA eLectRA 500

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Para quem prefere uma aparência mais arrojada e dentro da linha esportiva, vai gostar da GTR 250. Trata-se de uma motocicleta carenada (com proteção no motor), com injeção eletrônica, painel digital, porta-objetos com chaves e o melhor preço da categoria. Emblemas e grafismos aumentam a pegada esportiva. Ela custa a partir de R$ 15 mil.

endereço: Av. Juracy Magalhães Junior, s/n - Horto Florestal Horários de funcionamento: 2ª-4ª das 9h-19h; 5ª-6ª das 9h-20h e sábado das 9h-15h; tele: 71 3276-2980 Mais info: rota66kasinski.com.br



peRFIL

o que é? pessoa interessante que fez ou faz algo importante para Salvador :: por quem? Luciana Diniz :: Fotos? Alex Dantas Em um condomínio escondido na estrada de Arembepe (Linha Verde), o artista plástico Washington Santana nos recebeu para uma conversa de silêncios, gestos, indignação e ensinamentos. Aos 59 anos, o baiano ainda não se considera “obra acabada”. “Eu e minha casa estamos em plena metamorfose”: é assim que ele explica a relação com o lar de dois andares com vista para um lago, rodeado de silêncio. A arte entrou na vida dele em 72, quando começou a fazer esculturas na oficina de carros do pai. “Sou de uma época em que nós mesmos criávamos os brinquedos. Peguei gosto pela coisa e até hoje continuo brincando”, conta. Para o menino que aprendeu a fazer arte brincando, a relação com o lixo começou ao observar a poluição

o poeta do lixo “eu e minha casa estamos em plena metamorfose”

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do mar na Ilha de Itaparica, em uma viagem. O encantamento se misturou à vontade de provocar reflexão. “Estamos num processo de involução sem volta, em um mundo sem afeto e educação. Mas preciso fazer com que as pessoas pensem diferente”, esclarece Santana. Na década de 70, o artista andava pela cidade em busca de material. Quando nem se ouvia falar em sustentabilidade, revirar lixeiras causou espanto. Foi assim que Washington Santana ficou conhecido como o poeta do lixo. Incompreendido, o lixeiro da arte foi morar perto da maior fonte de matéria prima: o lixão de Canabrava. “Minha mulher só faltou morrer, mas para mim, era o Jardim do Éden”, relembra Santana. Ao se deparar com a situação das pessoas que lá viviam, ele criou o projeto Beija-Flor, com sede em sua própria casa. Nele, as crianças do lixão aprendiam a soldar, lixar e pintar o material encontrado. No entanto, o projeto não deu certo e Washington credita o fato à falta de incentivo do poder público. “A CNN (TV americana) fez uma matéria comigo e só a partir disso, a realidade foi exposta e começou-se a falar em desativar o aterro”, relembra. Entre suas obras estão uma bandeira do Brasil feita de chinelos, instalações com gaiolas apreendidas pelo Ibama, quadros feitos com pedaços de persianas e tantas outras que transformam o clichê “o lixo é um luxo” em realidade. Assim como a fonte dos materiais parece inesgotável, a criatividade do artista demonstra o mesmo. Os próximos projetos são confidenciais, mas ele deixa uma dica: “sou apaixonado pela história grega”. Que venha a próxima Odisseia do Homero baiano.

“estamos num processo de involução sem volta, em um mundo sem afeto e educação. Mas preciso fazer com que as pessoas pensem diferente”


o que é? tudo misturado :: por quem? Victor Villarpando

Da pesada_

© FranK W. oCKenFels

LIQUIDIFIcADoR SuperHeavy: eis o nome do mais inusitado quinteto musical formado no século 21 – até então. O grupo é composto por Mick Jagger, Joss Stone, Damian Marley (filho mais novo de Bob), Dave Stewart (ex-Eurythmics) e A. R. Rahman (produtor indiano, vencedor do Oscar pela trilha de Quem quer ser um milionário). Para digerir melhor a exótica formação, tome como aperitivo o clipe de Miracle Worker (primeiro single da banda). O vídeo representa a mistureba que é a identidade criativa da banda, que celebra os diferentes backgrounds dos integrantes. Site oficial: www.superheavy.com/

© D9 stuDio

Lps de Gal dão um rolé_

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O artista Arthur Scovino resolveu fazer uma inusitada homenagem a Gal Costa: passear com os discos dela e fazer fotos. Com participação popular e de amigos, ele faz os LPS irem ainda mais longe. Da praça do Campo Grande à de Itaberaba; da Parada Gay de Campinas a Amsterdã; do Circo Voador (RJ) à Argentina, eles já passaram pelas mãos de Ivete Sangalo, David Brazil e BuleBule. A ação termina quando Gal lançar o novo CD, em novembro. A ideia é uma exposição, mas até lá fica tudo no blog elepesdegal.blogspot.com.


© alex Dantas

Mundo + Virtual + Beleza + Arte + tV + Moda + Gente + Internacional + Luxo + Bahia Style

Almofadas do bem_

Pelas lojas de decoração da cidade, as duas almofadas acima chamaram atenção. A primeira, de Santo Expedito, é da ONG paulista Orientavida, que busca a inclusão social através de costura, bordado e crochê (foi encontrada na Garimpo Quatro Estações). A segunda é da designer Roberta Gabriel, que aposta na sustentabilidade e desenvolve técnicas diferenciadas de tingimentos manuais e estamparias – e está à venda na Home Design Casual. Ambas as lojas ficam na Alameda das Espatódeas (Caminho das Árvores).

Depois de 2 edições do Rio Moda Hype (Novos Talentos do Fashion Rio), o baiano Sólon Diego inaugurou a 1ª loja da grife Soddi, no Rio Vermelho. O espaço é especializado em moda masculina e traz a coleção de verão inspirada no festival indu Holi, no fim do mundo e na psicologia da cor. As roupas têm cores alegres e modelagem ampla. Há também uma linha de camisetas (em parceria com o artista Igor Souza) e a coleção feminina. (Free Shop – R. João Gomes, 87. Tel.: 71 3018-1800).

© Divulgação

© Divulgação

pra baiano ver_

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© riCarDo PraDo

Numa época em que as propagandas tendem cada vez mais ao apelo emocional, a Natura acerta em cheio com a linha VôVó. É uma boa oportunidade (cheirosa e gostosa, ainda por cima), para fazer aquela visita e dengar um pouco os velhinhos. Entre os produtos – cujas composições foram simbolicamente inspiradas em raízes e frutos – estão colônias masculina e feminina, sabonete líquido para o corpo, hidratante para o corpo e creme de massagem para mãos e braços. Pode ser uma boa desculpa para correr atrás do tempo perdido.

Amados capitães_

Foi lançado em outubro o filme Capitães da Areia, adaptação do livro homônimo de Jorge Amado pela sua neta, a cineasta Cecília Amado. A ideia de levar para a telona as aventuras do bando de meninos de rua da Bahia, curiosamente, nasceu no Rio de Janeiro: “fui ao ensaio de uma montagem teatral do “Capitães da Areia”, dirigido por um carioca, com jovens atores adolescentes de cursos de teatro do Rio e fiquei tão emocionada com a dedicação e paixão que eles tinham aos personagens...”.

Um dos mais famosos blogs do mundo, o The Sartorialist (no qual o fotógrafo Scott Schuman capta looks descolados do primeiro mundo), ganhou uma bem-humorada paródia. O The Sartorialtwist, criado pelo designer Harry Woodrow, une de forma aleatória pedaços de fotos do blog que deu origem à brincadeira. Olha lá: www.thesartorialtwist.com

© Divulgação

© Divulgação

Sartorial-twist_

© angeluCi FigueireDo

© guY gonçalves

para avós de todas as idades_


Significados da Vivire_

Estampas exclusivas inspiradas nas obras eco-friendly do artesão paranaense Hélio Leites: esse é o destaque da coleção verão 2012 da Vivire.

3 de dezembro vai acontecer a 1ª Parada Gay do Rio Vermelho. Mas nada de trio elétrico, nem banda de pagode: “Vai ser a primeira parada gay cultural”, diz Luzia Moraes, da Ofá Produções (que realiza o evento ao lado do GAPA Bahia e do site Dois Terços). O evento acontece das 17h às 22h, no Largo de Santana e vai ter um grupo de fanfarra com participação de J Veloso e banda Limusine. Fernando Guerreiro é o padrinho.

© BloCo

Os desenhos usados nas peças de O Significado das insignificâncias (nome da coleção) vêm dos lúdicos botões coloridos e palitos de fósforo com os quais Hélio compõe sua arte. Estampas tropicais, caveirinhas e araras também estão nas roupas, que mantém a amplitude e conforto característicos da marca de moda balneário.

Rio Vermelho colorido_

Dentro e fora do MASp_

Onde está a arte? Esse é o mote da exposição de arte urbana contemporânea “De dentro e de fora”, em cartaz no MASP (São Paulo). A ideia é provocar o questionamento e contar com a colaboração do público tendo como base a arquitetura do museu (projetado por Lina Bo Bardi). As obras, que envolvem grafiti, fotografia, vídeo, escultura, pintura, muralismo e instalações, estarão espalhadas pelo museu e por alguns pontos da cidade. A mostra traz obras de artistas estrangeiros (França, Argentina, República Tcheca...) e do coletivo nacional BijaRi e fica em cartaz até 23 de dezembro.


© alex Dantas

© Karoline Melo © Divulgação

Jazz no convento_

Às quinta-feiras, um dos mais charmosos pedaços de Salvador ganha ares de Nova Orleans (EUA). Nesses dias, a partir das 20h, dá para curtir músicas de Ella Fitzgerald, Nina Simone, Billie Holliday, Louis Armstrong, Ray Charles e muitas outras no Pestana Convento do Carmo. O Quarteto de Jazz se apresenta no Bar de Todos os Santos e no entorno da piscina. O couvert artístico é R$ 25. Tel.: 71 3327-8400.

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carteiras de origami_

Garças, flores e corações são comuns em Origami (arte japonesa de dobradura de papéis). Mas o baiano Fernando Lopes começou a usar a técnica para fazer carteiras no começo do ano. A 1ª foi em papel vegetal, mas hoje ele usa plástico reciclado e materiais como linhas, fios de cobre, flores e folhas. Como o designer só trabalha com encomendas, os detalhes ficam ao gosto do freguês. As de papel duram cerca de 2 meses; as de plástico, tempo indeterminado. Preço: R$ 30. Para pedidos: art.fl47@gmail.com.


© Divulgação

Foi inaugurada no Pelourinho a loja do Projeto Axé Design. A iniciativa tem curadoria de Luciana Galeão e agrega produtos exclusivos de 15 designers baianos, como Juliana Rabinovitz, Alberto Pitta, Ismael Soudam e Leila da Cruz – além da própria Luciana. A loja fica na Rua das Laranjeiras, nº 7.

Velhinho rock’n roll_

Aos 94 anos e todo repaginado, o All Star certamente foi um dos destaques do Rock in Rio 2011. Escolhido tênis oficial do evento, ele ganhou versões especiais com mudanças como solado transparente, estampa com os slogans (desde 1985), forro com a logomarca do festival e assinatura bordada nas laterais. Nas lojas, o preço sugerido é de R$ 129,90.

© Mila CorDeiro

Design engajado_

Mungunzá_

Fatia de parida, cuscuz com banana frita, aipim ao forno, mingau, beiju... Tudo isso e outras delícias fazem parte do cardápio do Mungunzá, restaurante especializado em café da manhã (e da noite). Mas não confunda com café sertanejo! Leila Carneiro (proprietária e chef) avisa logo: “Aqui é café de interior, com mingaus, raízes, tapioca... Não tem buchada nem sarapatel!”. O estabelecimento fica no Rio Vermelho (Rua do Meio). Tel.: 71 3023-4029.

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ONDE IR

O que é? Um lugar pra conhecer :: Por quem? Rafael Brito :: Fotos? Alex Dantas

Vila Santo Antônio

Barquinho no macio azul do mar “Dia de luz/ Festa de Sol/ E o barquinho a deslizar/ no macio azul do mar”. Os versos da Bossa de Roberto Menescal eram a trilha sonora da Vila Santo Antônio na hora da chegada da equipe de reportagem. Do antigo portão de ferro não dá para ver, mas a música tem tudo a ver com o local.

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A casinha colorida na Rua Direita de Santo Antônio (Carmo) é um sobrado da época colonial, com mais de 250 anos e tem uma das mais fabulosas vistas de Salvador. O hotel-butique abriga um bar/ restaurante que praticamente se debruça sobre a Bahia de-Todos-os-Santos. De um lado pode-se ver o Terminal da


França. Do outro, o Forte Monte Serrat. À frente, apenas o majestoso mar. Boa dica é chegar ao entardecer. É possível fazer o Menescal e se deleitar pelo azul sem parar. Depois, ver o sol desmaiar e os barquinhos a deslizarem. Aí, restam as águas iluminadas pela Lua e pelas luzes de Itaparica – e não é pouca coisa. Para acompanhar as belas canções que saem do mar, o cardápio oferece opções diversas (de culinária mediterrânea a baiana). Indicamos as pizzas (de R$ 22 a R$ 34, com até 8 fatias de massa fininha e recheio farto), as bruschettas (a de camarão custa R$ 18 e a de tomate, R$ 12 – ambas de pão caseiro) e a moqueca de peixe com camarão (R$ 60). Tudo preparado pela gastrônoma e gerente do local Eliane Defalchi. Para beber, a suave caipirinha de limão (R$ 6,50) está sempre no ponto.

© Divulgação

Como os pratos são feitos na hora, o atendimento é um pouco demorado. Outro detalhe é a forma de pagamento restritiva: só em dinheiro. Mas com ajuda da vista e das delícias do menu, o passeio de barquinho passa rápido. Onde? R. Direita do Santo Antônio, n° 130 – Santo Antônio Além do Carmo. Tel.: 71 3326-1270. Funcionamento: todos os dias, das 8h-0h. Programação: eventualmente às sextas há apresentação musical com voz e violão (R$ 3 de couvert artístico).

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[39] onde? lojacoza.com.br os cabides tutto picollo da coza foram especialmente criados para organização de roupas com muito charme e economia de espaço dentro do armário. Ideal para as roupas mais leves possui aberturas na parte superior que são perfeitas para acomodar blusas de alça, vestido e saias com muita delicadeza.

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o que é? Algo que irá te fazer virar esta página para ler o que está aqui embaixo :: por quem? Anderson de oliveira

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o que é design? td tem design Por aqui observamos o design como desenho, forma. As vezes mais elaborado, com mais conceito, que nos toca como uma musica, tornando nossas vidas mais alegres. Principalmente quando o simples e útil é transformado em arte sem perder a simplicidade e a utilidade. Aqui trazemos um pouco de arte, de charme, de modernidade, tudo com utilidade e acessibilidade.

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Inspirado na coreógrafa pina Bausch, a linha Valsa traz grafismo e bailarinas valsando leves e comoventes.

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No Bazar criativo, garimpamos a capa (RS19,90) para Iphone formato fita cassete e o porta-corpos (R$25,00) evite acidentes. onde? bazarcriativo.com

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cApA

o que é? pessoa interessante que fez ou faz consistentemente alguma coisa. :: por quem? Ronney Argolo :: Fotos? Sandra Moura

como elke pode salvar o mundo Foi aos seis anos, depois de ver trabalhadoras negras destrançarem os cabelos, que Elke entendeu a máxima do escritor russo Dostoiévski: a beleza vai salvar o mundo. A força dos fios indomados encantou a menina para sempre. Ela dedicou seus 66 anos a buscar o belo em tudo. Obstinada, conseguiu até transformar os fios louros e lisos em um estiloso Black Power. Mas a cultura africana foi só o início do tour étnico. Filha de russo com alemã e neta de mongóis, Elke é um mapa-mundi do design. Ela explica que a culpa é de Deus, que criou o homem tão feio, um macaco pelado. O jeito foi se transformar em obra de arte. Elke Giorgierena Grunnupp Evremides chegou à América ainda criança. Sua família foi perseguida por toda a Europa e só encontraram a paz no Brasil. Daí ela virou Maravilha, artista e obra de arte, com a difícil e prazerosa missão de encontrar a beleza e, através dela, o amor. Atualmente, está em cartaz no Rio de Janeiro com o espetáculo “Elke, do Sagrado ao Profano”, onde conta suas influências. Entre uma apresentação e outra, Elke falou para a Pocket como a beleza pode salvar o mundo. Descubra você também.

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Você já disse: “Minha casa sou eu”. Pode explicar? A casa da gente é a gente, meu anjo. Meu apartamento é um ninho para mim. Mas a minha casa sou eu. Não só minha casa como minha prisão, porque o corpo aprisiona a alma. Não posso me sentir desconfortável nele. Quando começou a decorar essa “casa”? Sempre gostei de aparecer. Na adolescência acordei, falei “sou um trem diferente”. Aí rasguei uma roupa, me maquiei, mudei o cabelo e saí. Como foi a reação? Levei porrada e tudo, até cuspida na cara. Não se intimidou? Por porrada? Claro que não. Foi um teste para ver se eu era aquilo mesmo. Quem não sabe beijar dá tapa, né? Sócrates usava uma só palavra para “ética” e “estética”. Sou socrática nesse ponto. Por que mudar tanto? O ser humano é fraquinho. Deus fez lindos tigre, búfalo, vaca, minhoca. Quando chegou no macaco pelado que chamam de gente, errou feio. Somos pelados, fracos e pretensiosos. A gente tem que dar um jeito. Meu [35]

gato, o Calunga, não precisa de banho de loja. Não fica decrépito. Mas nós ficamos. Cuidar da estética é uma forma de melhorar essa criação imperfeita. Melhorar até que ponto? Quero fazer de mim uma obra de arte. A arte, segundo Nietzsche, veio para salvar a gente da dura realidade. Então, vamos virar uma obra de arte. É duro olhar no espelho e ver essa merda. Que obra de arte Elke quer ser? A vida inteira a gente anda em direção à gente mesmo. Não faço isso de caso pensado, é de caso sentido. Encontrei minha identidade nisso. No cabelo, por exemplo. Eu não me reconheço no meu cabelo. Nasci com o cabelo errado. Nasci pra ter cabelão de negra, tenho certeza. Aí achei o meu cabelo. Essa arte pode ser confundida com fantasia? Estética não é fantasia. Fantasia é carnaval, que você se veste do que não é e volta a ser o que é. No meu caso, estou mostrando o que sou por dentro. Mas não sou sempre a mesma pessoa. Tenho produções infinitas. Seus pais não se importavam com tantas inovações?



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Nunca. Nasci na Rússia, onde as pessoas são loucas, e cresci em Minas, onde são mais caladas. Às vezes repito para mim “Minas, Minas”, para ver se consigo calar mais. Mas, meu amor, vem tudo e fodase. Lá em casa minha avó era mongol, xamânica. Quanto mais doida eu tava, mais ela gostava. Era a pessoa mais sábia da família.

É multicultural em símbolos e valores. Eu procuro aprender com todas as culturas como eu quero ser. Gosto dos elementos do Oriente, da África, da cultura bizantina, da Europa, de todo o mundo. Gosto também do que aprendi no Brasil. Dessa integração entre os povos. Aqui judeu encontra árabe e vão juntos para o centro de macumba.

De onde vieram suas primeiras influências?

Li que você se considera dadaísta. É verdade?

Dos pretos. Logo que cheguei no Brasil fiquei com medo dos pretos. Não conhecia e só tinha preto na roça onde meu pai trabalhava. Meu pai explicou que não tinha nada a ver, me bateu e me levou para casa dos pretos. Bastou meia hora para eu não querer mais sair de lá. Aí vi aquelas mulheres destrançando os cabelos, ficava um cabelão enorme, que me encantava. Queria aquele cabelo lindo. Elas diziam “seu cabelo é bom e o nosso é ruim”. Era o delas que era bom e o meu, ruim. Meu cabelo é legal, mas não é pra mim. Depois consegui ter aquele cabelo lindo delas também.

Me chamaram de dadaísta uma vez e eu concordei porque, meu anjo, como dizem os indianos, tudo é ilusão. Tem gente que me acha louca, careta, boa, horrível. Sou tudo isso. Sou cafona também. Na realidade, se estou passando isso para alguém, devo ser em alguma medida.

Como combina suas referências?

E seu apartamento também é uma tela?

Tem um colar que monto há 40 anos, com mais de cinco quilos, cheio de objetos. Meu amor, minha alma é nômade.

Sim. Eu mesma montei. Nunca vou ser minimalista. Quem nasceu com estética bizantina e cresceu em

Suas modificações são grandes, mas não são permanentes. Por quê? Meu corpo é uma tela e eu mudo todo dia. Não poderia usar tatuagem, por exemplo, porque mudaria de ideia amanhã. Tudo que é para sempre não funciona para mim.


Minas com a estética barroca, nunca vai ser minimalista. Brasília e suas linhas retas, por exemplo, me agride. Em casa tenho altares de santos, máscaras africanas, bichos esculpidos, tudo. Muita cor, muita coisa. Coisas úteis? Todas as coisas que tenho são úteis para minha alma. Útil não é só para comer, beber e dormir. A casa da gente tem que ser um santuário que alimente nossa alma e o corpo também. Como a estética pode salvar o mundo?

A estética com ética pode nos ajudar a encontrar o amor. Dostoiévski dizia que a beleza vai salvar o mundo. Talvez seja aquela beleza da qual os índios falavam. Os deuses fizeram a gente para caminhar em beleza e eu busco isso. É difícil sustentar um visual tão incomum? Eu nunca permiti que me fechassem numa concha. As pessoas querem que a gente seja uniforme. Que use chapinha na cabeça, que a gente seja fácil de decodificar. Mas nunca fui obediente (risos).

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RG

o que é? ele por ele :: por quem? Victor Villarpando :: Fotos? Alex Dantas

carlito Brasil

o homem que garimpava Aos dez anos, na década de 70, Carlito Brasil aproveitou andaimes de uma construção, juntou os amigos da rua, ensaiou e apresentou uma peça para os vizinhos. Teatro de arena feito por crianças, em Salvador. Mais de 40 anos depois, o pisciano continua inventando arte. Agora, o palco é na Rua Belmonte (Rio Vermelho). O show é a transformação de roupas e acessórios velhos, em peças exclusivas e cheias de bossa. O nome da peça é Sarastro Brechó e completou 5 anos em cartaz em 3 de setembro de 2011. O truque do reaproveitamento é antigo, mas para entender o que faz a diferença, é preciso saber que Carlito (que já morou em Recife e Natal) resolveu, em 2011, ir da Bahia para Londres porque “nada interessante acontecia por aqui”. Formado

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em artes cênicas pela UFBA, ele se especializou em cenografia e figurino, pela Chelsea College of Art & Design e conheceu outros países. De volta a Salvador, se viu sem boas opções de trabalho na área. Impelido a empreender e inspirado pela viagem, ele teve a ideia do brechó. Se no velho continente eles são populares há tempos, aqui ainda eram (?) poucos. “Conservar e reaproveitar é muito bom. Poupa-se matéria-prima e processos industriais. Mas quando falei nisso aqui, o povo riu”, diz Carlito. Ele conta que sempre guiou a loja para o vintage e o diferente. O nome escolhido acentua a intenção: Sarastro é personagem da ópera A flauta mágica, de Mozart. Tem dado tão certo, que vai render uma filial.

traficante e defunto Perguntado sobre o look que usava, Carlito disparou: “sou que nem traficante: não uso nada

do que vendo”. O contrassenso visa privilegiar os clientes, já que ele tem acesso às peças antes. A regra vale também para os 3 funcionários, que só podem comprar roupas depois de 7 dias em exposição. O bom humor só dá trégua quando perguntam se as peças são de gente morta. “Tenho vontade de dizer que tudo vem do Nina Rodrigues”, vocifera. Só para constar, ele garimpa em brechós de fora e compra com pessoas (depois, lava tudo). Assim, ele já encontrou relíquias como uma bolsa Chanel de 1960. Desde que voltou, ele acha que Salvador está “acabada”. “Não há preservação da história e cultura, nem prioridade para o bem-estar coletivo”, reclama. Ele só não foi embora devido à paixão pelo Sarastro e se diz “100% envenenado”. Que bom que o antídoto de Carlito rende tanto. É um jeito divertido, lúdico e colorido de mostrar que a cidade – para não dizer o mundo – ainda tem jeito.

http://sarastrocafebrecho.blogspot.com/

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ESPECIAL

O que é? O tema da edição #09 :: Por quem? Ronney Argolo, Luciana Diniz e Victor Villarpando :: Fotos? Alex Dantas/Francisco Sales

Kiko Silva

Valentina Rocha

João Clímaco

Dinha Régis

Minha casa, minha vida Personalidade, atitude, identidade. Na sociedade globalizada, onde tantas coisas tendem a ser tediosamente iguais, essas três características são raras, valiosas. E cada vez mais necessárias, inclusive na decoração. Pesquisar interiores no Google ou abrir uma revista especializada e copiar um design bonito, com precisão milimétrica, é fácil. Basta ter dinheiro e preguiça. Difícil é imprimir estilo, espalhar [ 2 7 ] em cada canto referências

próprias e transformar o espaço em um reflexo de si mesmo. Para estimular a criatividade, entrevistamos pessoas que acreditam nas casas como uma extensão viva das próprias identidades – e não como naturezas-mortas e repetitivas. Falamos com publicitários, artistas plásticos e estilistas que contam como, com boa vontade, conseguiram fazer de seus ambientes espaços únicos. Confira e inspire-se.


kIko SILVA, pUBLIcItÁRIo “Minha casa é meu parque de diversões”, confessa Kiko. Ele divide com Cecilia Zanchet um apartamento há pouco mais de 2 meses, mas a sensação é que cada objeto tem uma história muito além do tempo da casa. “Coloco coisas plásticas, coloridas, que gosto de ver para me inspirar”, diz o publicitário. Entre os xodós, estão uma televisão amarela da década de 70 que - pasmem! – ainda funciona, um armário de boticário amarelo-ovo, uma luminária retrátil dos anos 70 e uma vitrola Philips, que anima as festas com vinis de jazz. Também chamam atenção um engradado de refrigerante (da feira de São Joaquim) que virou mesa de cabeceira, um carrinho de café que é usado como porta-vinil e a lata de taboca no quarto do casal, vinda diretamente do filme “Ó paí ó”. A dica para montar uma casa com tanta coisa divertida? “Feche os olhos e imagine a casa que quer. Depois, siga em de acordo com seu gosto. Experimente”.


VALeNtINA RocHA, DeSIGNeR No mar de Cabuçu, interior da Bahia, Valentina Rocha viu uma cadeira boiar. Entrou na água e salvou a náufraga. Em casa, colocou o móvel no mesmo cômodo onde estavam uma cama e uma mesa que achou no lixo. Assim fez o quarto de visitas. Valentina consegue ver além dos objetos, não importa como estejam. Sabe a cor ideal para eles e a função. Ela trabalha para deixar móveis mais bonitos do que pensaria o próprio criador. Personaliza tudo. Pintou bolas em uma parede da sala, pregou receitas na cozinha e pintou a batedeira de vermelho. Também gosta de ressignificar objetos. Usa um buffet antigo como cômoda e colou recortes de anjos em um genuflexório (aparato para ajoelhar e rezar) que hoje serve de porta-revistas. O estilo que impera na casa, com tantas coisas reformadas, fica entre o moderno e o vintage. Como encontra objetos no lixo e recebe doações, a decoração é cheia de identidade. “A casa tem que ter a cara da dona, não a [ 2 5 ] de um decorador”, garante.


JoÃo cLÍMAco, ARtIStA pLÁStIco O negócio é mexer com a energia da casa pelo menos uma vez por ano, afirma João Clímaco. Trocar a mesa da cozinha pela da sala, mudar os forros dos sofás, pintar os móveis. “Se tem um estofado velho, faz uma capa. Já dá outro ar”, ensina. Para usar a criatividade só precisa de boa vontade, garante. Até o lustre dele é autoral: João montou os cristais e deu banho de prata na peça. Ele também criou o patchwork de onça e papagaio das poltronas e costurou a cúpula de um abajur francês. Ele anda toda a cidade atrás de peças interessantes. Para começar a busca, sugere a feira de São Joaquim e os brechós da Rua Ruy Barbosa (Centro). Quem não tem tempo, pode ir direto à loja Vintage Decor, na Barra. O próprio João criou, depois de garimpar tantos itens que não cabiam mais em casa. “Vale a pena mudar. Viver bem é uma escolha”.


DINHA RÉGIS, eStILIStA

Advogada bem-sucedida, que abandonou a carreira pela paixão por moda. Será que uma pessoa assim gosta de mudanças? “Já mudei a minha casa mil vezes”, atesta a estilista Dinha Régis. A identidade da anfitriã se revela nos detalhes do apartamento. “Trago coisas de lugares que fui, como o armário da Índia, os quadros de Frida Kahlo do México e coisas da rua, como porquinhos, pinguins... Ah! E muita coisa de brechó também”, revela. Da enorme foto de Carmem Miranda plotada na sala de estar, à chita, páginas de revistas e fotos da família na parede do escritório, tudo serve de inspiração para a estilista. “Decorar é personalidade. Assim como na moda, é necessário identificar um conceito, que é algo atemporal. Eu, por exemplo, gosto de cores”, diz. Pelo lar, existem ainda objetos criados pela própria Dinha, como santos coloridos. A filha, Thereza (8), também contribui: as bonequinhas da Puka não passam despercebidas.


casa de ferreiro... Dois grandes nomes da decoração baiana mostram a parte que mais gostam em suas respectivas casas.

NÁGILA ANDRADe

A diretora da EBADE (Escola Baiana de Arte e Decoração) e franqueada da Morar Mais por Menos em Salvador tem numa mesa de apoio, o canto preferido da casa. “Para onde quer que eu vá, essa mesa vai comigo”, afirma Nágila, não necessariamente sobre o móvel em si, mas sobre o que ele carrega: os santos. A fé da decoradora segue a linha-guia do restante da casa: contemporânea e cheia de misturas. Castiçais de prata (herança familiar) se misturam a santos de antiquário (verdadeiras relíquias) e anjos de cerâmica da Feira de São Joaquim. Sim, a elegante e espaçosa casa no Caminho das Árvores mistura itens de luxo com peças compradas em feiras-livres e de artesanato. O garimpo em feiras é uma das dicas de Nágila para quem tem orçamento apertado. A outra é apostar em capas e revestimentos para mudar a cara das coisas. Mas a mais importante mesmo, segundo ela – que afirma nunca ter atendido alguém despreocupado com o rombo no fim do mês – é: não tem que ser tudo planejado; morar bem é ter história, memória e vontade de ficar em casa.

Sobre a casa de Andrea:

Adoro a alegria de lá, as cores vivas. Traduz muito da personalidade vibrante de Andrea. [22]


ANDReA VeLAMe

É do cantinho do sofá da sala, que a criadora do Grupo AV, gosta mais. Depois de comandar o programa de TV, a revista e o site, é lá que ela deita para ver TV. “É muito confortável; o encosto móvel faz funcionar também como chaise long”, conta Andrea. Aliás, conforto é prioridade no apartamento, que fica no alto de um prédio no Campo Grande. Integrar à casa as toy arts e livros de Andrea foi missão para a filha dela. “Depois que Natália se formou em arquitetura, resolvi me dedicar à comunicação”, diz a mulher que já decorou casas de Daniela Mercury e Bell Marques e assinou os interiores da Costa do Sauípe. Na sala, na qual sempre rolam festas, convivem harmoniosamente: um trono de vidro, um poodle rosa-choque de plástico, uma luminária com cúpula de lata de metal e um porco enorme, que serve como bandeja de apoio. O conselho de Andrea para quem não tem muita grana? Consultoria de um decorador, que custa bem menos que um projeto inteiro. “Quem está doente, vai ao médico. Quem tem problema na Justiça, procura advogado. Então por que não deixar o projeto com um decorador? É melhor e mais econômico”, garante.

Sobre a casa de Nágila:

Tem a cara dela! Dá para notar isso pela presença pelas orquídeas, flores de que ela gosta muito. [21]


publieditorial

Brigadeiro, sim senhor

Duas patentes militares juntas marcam a magnitude da delícia: Comandante Brigadeiro. Não por acaso, foi da 2ª insígnia que nasceu o doce mais popular do Brasil. Foi na campanha presidencial do Brigadeiro Eduardo Gomes. Ele perdeu a eleição, mas só dá brigadeiro na preferência nacional há mais de 70 anos. Evana Santana não é exceção; bate continência para a iguaria de leite condensado e chocolate. Encantada com as brigaderias paulistas, ela elaborou receitas tão detalhadas que parecem fórmulas. Tudo à base de chocolate belga, manteiga francesa e cuidado com cada detalhe.

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pocket

o que é? Uma declaração de amor :: por quem? equipe pocket :: Fotos? Adryano Aragão

O resultado foi sabores incríveis para brigadeiros: goiaba, cafécanelinha, pistache, leite ninho, vinho do porto, amêndoas, cocada baiana e tapioca. Isso sem falar nas surpreendentes trufas de alfazema com mel, champagne, manjericão, anis estrelado e grue de cacau. A loja foi inaugurada em setembro e já tem expansão à Adicione vista: “vou fazer uma cozinha caixinhas de gourmet visível ao público”, brigadeiros conta Evana. Para quem quer as flores ir além do brigadeiro, tem nas datas também panelinhas gourmet, especiais. minitortas, pirulitos belgas e uma (deliciosa) versão do bem-casado, o Bem-Brigadeiro.

encomendas, festas e afins... tele: 71 3033-2100 Rua Afonso celso, 255 - Barra Boulevard Lj. 104 - comandantebrigadeiro.com.br


pocket eStILo

o que é? Algo que quem tem sabe o que é. :: por quem? Victor Villarpando :: Fotos? D9 Studio

Leveza iluminada Dias de primavera, rumando ao verão. Em meio à luz, que a tudo dá contornos de leveza, as rendas, transparências e cores lavadas se destacam, deixando papel secundário às flores. Elas figuram suavemente entre os tons-pastel. Marcam presença, fatos e pessoas. Por esses tempos, elas serão como pistas, lembranças. Assim como na história de desencontro amoroso do nosso editorial de moda, que ganhou registro audiovisual. Confira em nossas redes. produção de moda _Aládio Marques | aladiomarques@gmail.com Beleza _Edy Rios | edyrios@hotmail.com Modelo _Ágatha Borges Iluminação cênica _Marcos Fernandes

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extras em nossas redes


pocket

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pocket

Passadeira e bolero Garimpo Quatro Estações Blusa e vestido Elementais
 Cinto Donna
 Bolsa Raphaella Booz

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pocket

Presilhas, brincos e colete Garimpo
Quatro Estações Vestido Doc Dog
 Bolsa Raphaella Booz

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pocket

Cachecol Garimpo
 Sobreposição de vestidos Elementais
 Cinto Donna
 Pulseiras, bolsa e sandália Raphaella Booz

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pocket

Echarpe vermelha (usada como lenço) e colares Donna
 Pulseiras, anéis e saia (usada como vestido) Garimpo Quatro Estações Cintos Raphaella Booz
 Sandália acervo

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pocket

Passadeira Garimpo Quatro Estações
 Bermuda Doc Dog
 Cinto Limits
 Camisa Colomy
 Camisa Osklen Marcas: Colomy _Villas do Atlântico _71 3379-3474 | Rio Vermelho Doc Dog _Salvador Shopping _71 3019-5973 Donna _Salvador Shopping _71 3272-0243 | Shopping Cidade_71 3021-0999 Elementais _Salvador Shopping _71 3018-5869 Garimpo Quatro Estações _Alameda das Espatódeas, 346 _71 3351-0408 Osklen _Iguatemi Salvador _71 3431-4042 Raphaella Booz _Salvador Shopping _71 3015-6656

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3x4 pocket

o que é? Gente que faz acontecerem as baladinhas e novidades da cidade. :: por quem? Anderson de oliveira :: Foto? Alex Dantas / Genilson coutinho

Xico Diniz e Zezé Gantois

Isolda cavalcanti

Marilia Summers

Alice de passagem © alonso

Nossa querida Alice Ramos retornou ao Brasil para dividir conosco suas memórias e passagens por este mundo afora. Alice de Passagem (Editora Romanegra, R$ 40_Livraria Cultura), reúne as andanças da fotágrafa baiana à Espanha, Bélgica, Itália, Tailândia e o Brasil. Especializada em gente, Alice aproveita para sair do branco estúdio passando a flertar com o espontâneo e o imprevisto, descobrindo um novo prazer.

Márcio Lima

Rita Barreto e celia Aguiar

taya Novaes e Michele pinheiro Bruno cássio Leal (produtor [ 5 8 ] do livro)

elisio Lopes Jr e Renata Vidal

Lorena coelho e paulo Dantao


Colomy Rio Vermelho

pocket

© Alex Dantas

Uma mistura de tribos e estilos marcou presença na inauguração da Colomy Brothers. A marca 100% baiana escolheu o Rio Vermelho para aportar sua terceira unidade. Empresários e fomentadores do boêmio bairro foram dar boas-vindas e conferir as novidades da coleção verão 11/12.

Edd Bala Eduardo Scott e Ana Claúdia Melo

O Dj Mangaio

Danilo Nazca

Helder Barbosa

Anderson Prates, Luma Agra e Ricardo Prates

Rui Santos, Jafar Barreiros e Rickson Silva

Ricardo Prates e Roy

Silvia Rita e Fernando Lopes

Camile Weber, Mariana Andrade e Mariane Prates

Mayana Moura e Bianca Valente

Cesar Magalhães e Milene Schmitz

Os Brothers em pessoa. Anderson Prates, Claudio Correia, André Coelho e Ricardo Prates

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O esperado Assalto ao Banco Central_Vinicius Oliveira Luis Miranda em Cilada.com/ Onde está a felicidade?

[60] Bruna Lombardi assina o roteiro, a produção e ainda atua em Onde está a Felicidade?

Cinema Brasileiro © Genilson Coutinho

Assalto ao Banco Central Préestreia badaladíssima com 3 salas lotadas_Gero Camilo

2011 esta sendo o ano do cinema brasileiro, tudo se deve ao crescimento no numero de lançamentos nacionais e a Cota de Tela que determina uma quantidade mínima de filmes nacionais exibidos nas salas de cinema de todo o país. A Cota de Tela é um instrumento utilizado por diversos países para promover o aumento da competitividade e a autossustentabilidade da indústria cinematográfica.

Viva São João © Genilson Coutinho

Circulando pelos bastidores do São João no Pelô, olha quem encontramos arrastando o pé. Flora Gil

Gilberto Gil Marrom Fátima Mendonça Elaine Hazin

pocket


© Edgar de Souza

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Marta Goes Lenine e sua plateia estreladíssima

Oxigenado © Genilson Coutinho

Finalizando sua quinta temporada o Música Falada apresentou uma feliz oxigenação, trazendo atrações fora do circuito do axé. A primeira experiência foi com Lenine, que de forma leve contou suas histórias, lembrou dos amigos e cantou muito. Uma mistura de show, entrevista e teatro com um ingrediente incrível, a emoção, que torna cada apresentação incrivelmente única.

Licia Fabio

Luiz Caldas

Serginho

Manno Góes Margareth Menezes

pocket

Daniela Mercury

Levi Lima Carlos Barros e Marcia Short


oNDe eNcoNtRAR o que é? Lugares descoladinhos onde você encontra a pocket

MoDA

Deco

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BAReS, cAFÉS & ReStAURANteS Restaurante

L id e r

Escala Pantone

CMYK

Pantone 1375U Pantone Black

Cyan 0% • Magent a 40% Yellow 100% • Black 0% Black 100%

FItNeSS

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consulte todos os endereços no revistapocket.com.br

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BeLeZA

The Best

Instituto de Beleza

DANce

cINe, MUSIc & MUSeUS

HotÉIS & VINHoS

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IDIoMAS

DeScoLADINHoS

SHoppINGS

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consulte todos os endereรงos no revistapocket.com.br

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BoRA?

o que é? Algo que deve estar sempre com você.

cinemas

Barra 1 e 2 - Shopping Barra 71 3264-5795 | shoppingbarra.com Cine Cena Unijorge – Shopping Itaigara 71 3264-0014 | cinecenaunijorge.com.br Cinemark - Salvador Shopping 71 3443-1000 | salvadorshopping.com.br Cinépolis - Salvador Norte Shopping 71 3414-9280 | cinepolis.com.br UCI Orient Iguatemi Salvador - Shopping Iguatemi 71 3533-0880 | ucicinemas.com.br Sala Walter da Silveira e Alexandre Robatto 71 3116-8120 | dimas.ba.gov.br UCI Aeroclube - Aeroclube Plaza Show 71 3176-4200 | ucicinemas.com.br UCI Orient Paralela 71 3555-6955 | ucicinemas.com.br

Circuito de Cinema Saladearte

saladearte.art.br Cinema da UFBA - 71 3235-9879 Cinema do MAM - 71 3329-5727 Cinema do MUSEU - 71 3338-2241 Cine Vivo - 71 3015-6867 Cine XIV - 71 3321-1948

Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha unibancocinemas.com.br Tel.: 71 3011-4706

teatros

Acbeu - 71 3444-4423/24 Caballeros de Santiago - 71 3334-0241 Castro Alves - 71 3117-4899 Cine Teatro Casa do Comércio - 71 3341-8700 Gil Santana - 71 3489-2917 ISBA - 71 4009-3689

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Jorge Amado - 71 3525-9720 Módulo - 71 3354-6654 Sala do Coro Teatro Castro Alves - 71 3117-4883 Salesiano - 71 3327-0166 Sesi Rio Vermelho - 71 3335-3020 Vila Velha - 71 3336-1384 XVIII - 71 3322-0018

Museus

Carlos Costa Pinto - 71 3336-6081 MAM - 71 3117-6130 MAB - 71 3336-9450 Museu da Misericórdia - 71 3322-7355 Palacete das Artes Rodin Bahia - 71 3117-6968

táxis

Chame Táxi - 71 3241-2266 Elite Táxi - 71 3432-4040 Ligue Táxi - 71 3277-7777 Rádio Táxi - 71 3324-4333 Tele Táxi - 71 3341-9988

outros

Caixa Cultural 71 3322-0219 Concha Acústica Teatro Castro Alves 71 3117-4885 Instituto Cervantes 71 3797-4667 Instituto Feminino da Bahia 71 3329-5520/5522 Salvador Shopping 71 3443-1000 Shopping Barra Central de Relacionamento - 71 2108-8288 Shopping Iguatemi Super Cliente - 71 3350-5207 Shopping Paralela Central de Relacionamento - 71 3555-7019




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