Jornal Fala Pinheiro

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Jornal Institucional da Faculdade Pinheiro Guimarães

Fala Pinheiro! Edição nº 1

Personalidade do Mês Cacau Amaral Cacau Amaral é aluno da Fa-

culdade Pinheiro Guimarães, 5º período, morador do bairro de Duque de Caxias, baixada fluminense. Vem de lá, a inspiração e mo-tivação que o impulsiona cada vez mais para o sucesso. Escritor, roteirista, ci-neasta, Cacau também é um dos diretores do filme “5x Favela, Agora Por Nós Mesmos.” O filme, antes da estréia nacional, já havia ganhado sete premiações no terceiro Paulína Festival de Cinema. Sucesso de crítica e de bilheteria está repercutindo o Brasil e o mundo. Cacau Amaral nas gravações do “5x Favela” (Foto: Divulgação)

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Acontece na Pinheiro

Prêmio Vladimir Herzog vai para Paulo Garritano

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Coluna Rodolpho Nascimento FALANDO NISSO...

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Artigo Artigo Professor Professor Eduardo Theotonio de Senise Paiva página 5

Academia Brasileira de Televisão ABRATV Academia Brasileira de Televisão é um centro de formação profissional, que tem por objetivo principal formar o aluno para o mercado de trabalho. O curso de telejornalismo já é sucesso absoluto entre os alunos da Faculdade Pinheiro Guimarães que não poupam elogios aos profissionais experiêntes e gabaritados do centro de ensino.

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Ano Novo... Tudo Novo... 2011 se aproxima e com ele novos sonhos, novos planos, novas realizações... E a Faculdade Pinheiro Guimarães uma instituição sempre à frente de seu tempo de olho no futuro, no aprimoramento, comodidade, conforto e bem-estar de sua equipe alunos e professores, vêm trabalhando em todo ano de 2010 em busca de melhoria e satisfação de todos.

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Acontece na Pinheiro

Prêmio Vladimir Herzog

Professor Paulo Garritano atuando como jornalista (Foto: Divulgação)

Faculdade Pinheiro Guimarães tem um ganhador – Professor Paulo Garritano

Jornalista Vladimir Herzog (Foto:Divulgação)

por Jucelane Vitor Em sua 32ª edição, o prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, teve um ganhador especial para a Faculdade Pinheiro Guimarães. O professor Paulo Garritano foi premiado na categoria TV documentário com a reportagem “Pistolagem”: tradição ou impunidade? O documentário de Paulo Garritano, do cinegrafista Gelson Domingos e do operador de aúdio Carlos Alexandrino, foi gravado em agosto de 2009 na Paraíba, Ceará e pernambuco. Mostra como a ação dos pistoleiros se reproduz há décadas, criando mitos e uma população refém. Na região nordeste encomendar a morte de um inimigo é prática que resiste ao tempo e desafia os direitos humanos. O vídeo mostra depoimento de familiares das vítimas, mandantes e entrevistas exclusivas com os próprios pistoleiros. Este é o primeiro prêmio Vladimir Hezorg do programa caminhos da reportagem, onde o documentário foi exibido novembro de 2009.

O evento é dedicado à Vlado Herzog, jornalista, professor e dramaturgo que tinha paixão pela fotografia, atividade que exercia por conta de seus projetos com o cinema. Passou a assinar “Vladimir” por considerar seu nome muito exótico nos trópicos. Tornou-se famoso pelas consequências que teve de assumir devido suas conexões com a luta comunista contra a ditadura militar. Sua morte causou impacto na ditadura militar brasileira e na sociedade da época, marcando o início do processo pela democratização do país. Vladimir Herzog é um símbolo da luta pela democracia, pela liberdade e pela justiça. No dia 25 de Outubro, Vladimir foi encontrado enforcado com a gravata de sua própria roupa. Embora a causa oficial do óbito, divulgada pelo governo ditatorial da época, seja suicídio por enforcamento, há um consenso na sociedade brasileira de que ela resultou de tortura. Na época, era comum que o governo militar divulgasse que vítimas de suas torturas e assassinatos haviam perecido por “suicídio”, o que gerava comen-

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tários irônicos de que Herzog e outras vítimas haviam sido “suicidados pela ditadura”. Instituído em 1979, o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Comitê Brasileiro de Anistia, Comissão de Direitos Humanos da OAB, Comissão de Justiça e Paz da Cúria Metropolitana/SP, Associação Brasileira de Imprensa, Federação Nacional dos Jornalistas e Instituto Vladimir Herzog, fundado desde 25 de junho de 2009 que premia pessoas envolvidas no jornalismo e na promoção dos direitos humanos. O professor Paulo Garritano está sempre presente e atuante nas atividades e eventos que envolvem a faculdade. Amante incondicional da arte e da cultura apóia tudo que diz respeito ao assunto, com seu jeito extrovertido, com suas aulas lúdicas e dinâmicas, torno-se um dos

professores mais querido da faculdade. Outra paixão de Paulo é a profissão de repórter, exerce a função pela TV Brasil. É um profissional consciente, sabe da responsabilidade que tem como jornalista e educador, na formação de futuros profissionais na área. Papel este que desempenha com muita dedicação e respeito aos alunos. Preocupada com a formação de seus alunos, a Faculdade Pinheiro Guimarães tem investido cada vez mais na seleção de profissionais gabaritados e prestigiados como o nosso querido professor Paulo Garritano.


Academia Brasileira de Televisão ABRATV

por Jucelane Vitor

Academia Brasileira de Televisão é um centro de formação profissional, que tem por objetivo principal formar o aluno para o mercado de trabalho. O curso de telejornalismo já é sucesso absoluto entre os alunos da Faculdade Pinheiro Guimarães que não poupam elogios aos profissionais experiêntes e gabaritados do centro de ensino. Dinamismo, praticidade, diversificação são algumas das características atribuidas ao curso. O que também merece destaque, são as aulas práticas com o cinegrafista Roberto Aluisio e Celso Nicolini, experiêntes profissionais da faculdade Pinheiro Guimarães. Atendendo às exigências cada vez mais intensas do mercado, que vem crescendo em função dos investimentos em telejornais, o curso

capacita seus alunos para o desenvolvimento de todas as etapas de produção e para ser empreendedor de novos projetos. Visa formar um profissional qualificado para atuar em todas as áreas relacionadas ao telejornalismo, e também pode servir como reforço prático para os estudantes da área. A Academia está lançando um novo curso; Interpretação para TV e Dublagem - Profº Romel Dangelo. O profissional do futuro, é aquele que investe em sua formação e preocupa-se em ampliar seus conhecimentos. Sabe-se que, o sucesso profissional é para aqueles que estiverem melhor preparados e especializados para atenderem a demanda de mercado buscam um profissional em potêcia máxima, que tenha um diferencial aos demais colegas. O in-

tuíto é satisfazer a demanda do um público bem diversificado, que alcança desde os mais jovens aos mais “experiêntes” Em expansão, o curso tem investido em equipamentos e em infraestutura para melhor atender aos seus alunos. Promove oficinas, palestras e visitas técnicas. Ao concluirem o curso os profissionais especializados podem atuar em emissoras nacionais ou locais de canal aberto, canais por assinaturas de rádio e TV comunitárias, universitárias e na web. As aulas são realizadas na Faculdade Pinheiro Guimarães, aos sábados das 10:00 às 19:00 h; A duração é de um mês e cada disciplina tem duração total de 36 horas aulas. Não perca tempo, invista em seu futuro.Fique esperto!! Acrescente algo à sua formação acadêmica.

Ano Novo... Tudo Novo... por Jucelane Vitor 2011 se aproxima e com ele novos sonhos, novos planos, novas realizações... E a Faculdade Pinheiro Guimarães uma instituição sempre à frente de seu tempo de olho no futuro, no aprimoramento, comodidade, conforto e bem-estar de sua equipe alunos e professores, vêm trabalhando em todo ano de 2010 em busca de melhoria e satisfação de todos. São vários projetos em andamento, alguns que já foram executados. Você, aluno da Pinheiro já pode desfrutar do uso de duas máquinas fotográficas compradas especialmente para dar suporte e estrutura às disciplinas que exija o uso das mesmas. As novidades não param por aí. A pedidos de alunos e sugestões de professores, em 2011 a faculdade terá em sua grade curricular a eletiva de libras. “Sabe-se que o mercado de trabalho procura cada vez mais profissionais diferenciados e capacitados, por isso a importância do aluno buscar conhecimento em todos os seguimentos.” Disse Flávio Nehrer, supervisor da FPG, em opinião sobre a importância da diversificação a cada ano de disciplina na faculdade. Uma das melhorias mais importantes realizadas ainda neste ano foi a reforma do auditório, uma obra

importante devido ao sucesso das semanas de palestras, reforma muito aplaudida pelos alunos, que dizem ter um estímulo ainda maior ao acompanhamento dos debates. “o auditório é um dos lugares mais importantes da faculdade, pois é lá que realizamos vários eventos de massa e onde recebemos pessoas ilustres. Devemos sempre estar com a casa arrumada para oferecer-mos conforto aos nossos visitantes. O auditório é o nosso cartão postal.” Comenta Marcela Guimarães, aluna do 2º período. As novidades não param por aí... Há um investimento naquele que é um dos lugares mais queridos e freqüentados pelos alunos, a Construção de um novo laboratório de informática com microcomputadores mais modernos. “È um investimento que visa uma maior organização quanto aos horários de aulas em práticas de mídia e demais disciplinas.” Comemora Pâmela Martins, colaboradora da secretaria. Ano Novo... Tudo Novo... Vida Nova...Casa Nova... Confira as novidades pessoalmente, pois foi pensando em você, que a Faculdade vêm investindo em um ensino de qualidade ligada a estrutura, conforto e segurança.

Momento de reflexão O tempo A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sextafeira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. Mário Quintana

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Personalidade do Mês por Jucelane Victor Cacau Amaral é aluno da Faculdade Pinheiro Guimarães, 5º período, morador do bairro de Duque de Caxias, baixada fluminense. Vem de lá, a inspiração e mo-tivação que o impulsiona cada vez mais para o sucesso. Escritor, roteirista, ci-neasta, Cacau também é um dos diretores do filme “5x Favela, Agora Por Nós Mesmos.” O filme, antes da estréia nacional, já havia ganhado sete premiações no terceiro Paulína Festival de Cinema. Sucesso de crítica e de bilheteria está repercutindo o Brasil e o mundo. Ganhou o prêmio do público do 19° Festival de Cinema de Biarritz, na França, e ao lado de seus companheiros de direção, rece-beu indicação para concorrer ao prêmio da revista QUEM 2010. O filme “5x Fave-la” reúne cinco curta-metragens, de 20 minutos cada, que se passam em comu-nidades do Rio de Janeiro. O filme foi exibido este ano no Festival de Cannes. Cacau é um artista, um entusiasta, apaixonado pela vida. Humilde, encantador, um cidadão brasileiro que representa bem a realidade da periferia carioca. De origem pobre está galgando lugares cada vez mais altos “Deixo os vôos rasantes para voar como águia. Como a corsa anseia por água, anseio por justiça, amor e paz entre os meus irmãos... Tenho fome e sede, de arte, cultura e tudo aquilo que me faça ficar cada vez mais próximo do ser hu-mano”. Em entrevista concedida dentro da própria faculdade, Cacau Amarau, fala um pouco de sua história com a FPG, “5x Favela” e revela um pouquinho da sua personalidade. FALA PINHEIRO: Como foi a escolha da faculdade Pinheiro Guimarães? CACAU AMARAL: Sempre ouvi falar muito bem da Pinheiro. Um amigo me indicou a Faculdade Pinheiro Guimarães, pelo fato dela ser totalmente voltada para a área do jornalismo e isso torna o curso muito mais confiável, o que também é um diferencial entre outras instituições da comunicação. FP: Como é a sua relação com a faculdade? CA: Muito boa. Tenho ótimo relacionamento com os professores que são excelentes, dedicados, éticos e muito profissionais. São pessoas que acreditam antes de tudo no ser humano e em seus alunos, e, a relação aluno e professor, na Pinheiro vão além da sala de aula. Além disso, as aulas teóricas tem me ajudado como cineasta. História, Filosofia, Teoria da Comunicação... Tudo isso só enriquece meus conhecimentos. Não posso me esquecer de citar os colegas da faculdade, que muito tem me ajudado, ainda mais agora, que estou super atarefado com a repercussão do filme 5x favela. Não sei o que seria se não fosse o apoio de todos os colegas. FP: A escolha pela Faculdade Pinheiro Guimarães Deu certo? CA: Claro, agradeço meu amigo que me indicou a Pinheiro. Nesses períodos em passei na faculdade, percebi o quanto ela se preocupa em oferecer um ensino de qualidade com preços acessíveis a todos sem discriminação de classes. FP: Assim como você, outros alunos, ou ex-alunos também estão

conseguindo se in-serir no mercado de trabalho com sucesso. Qual a sua opinião em relação a isso? Também em relação à credibilidade da instituição tanto para o público externo como interno? CA: Vejo isso com muito orgulho para todos que se dedicam ao trabalho na instituição. Afinal, esse é um dos objetivos da Pinheiro. Formar profissionais qualifi-cados para atuar no mercado de trabalho com seriedade e excelência. É claro que isso repercutirá de maneira muito positiva para a FPG. A inserção no mercado depende muito da força de vontade de quem está entrando. É preciso correr atrás. FP: O que você acha da nomenclatura do curso? A forma dinâmica das eletivas? Um diferencial da Faculdade Pinheiro Guimarães, que contém aulas práticas desde a iniciação do curso. CA: Maravilhoso, pois nos dá uma dinâmica muito maior. As aulas ficam menos maçantes como é em outras faculdades, onde os alunos só têm aulas práticas a partir do 5° ou 6º período. Acho muito bacana o aluno chegar à Faculdade e já desde o 1º período ter aulas no Studio de TV, rádio, etc. Este diferencial torna a Pinheiro Guimarães uma das pioneiras no ramo da comunicação. FP: A Faculdade Pinheiro Guimarães dá suporte ao aluno a fim de que ele se torne um profissional de excelência? CA: A Faculdade tem um papel social muito importante na vida do alu-no, forma futuros jornalista preocupados com a verdade e a ética. Nisto, a Pinheiro é excelente.

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Cacau Amaral (Foto: Divulgação)

FP: Fim da obrigatoriedade do diploma na área de jornalismo. CA: Esse é um assunto bastante controverso e polêmico. Em minha opinião o diploma é apenas um complemento, algo que prova que você estudou o as-sunto. Mas, não significa que este profissional da comunicação será melhor ou pior do que aquele que não cursou a faculdade. Sou prova disso, pois mesmo antes de come-çar a cursar Comunicação Social, já realizava trabalhos que envolvem de maneira bem incisiva a comunicação, daí a minha decisão em aprimorar meus conhecimentos cursando jornalismo. È obvio que, a inserção no mercado será bem mais difícil para aquele que não estiver cursado a faculdade. Hoje, o 3º gral é o mínimo exigido de pro-fissional. Terá mais credibilidade aquele que é formado, mas, isso na prática não o difere daquele que não o é. Conheço bons jornalistas com diploma como conheço bons sem diploma. FP: Como avalia o jornalismo de hoje e a importância do profissional nesta área? CA: O jornalista é o maior responsável em traduzir a linguagem especificista para a linguagem acessível às culturas. FP: Como nasceu o filme “5x favela, Agora Por Nós Mesmos”? CA: Nasceu em 1962, quando cineastas do CPC abordaram esse tema. 50 anos depois Cacá Diegues, que foi um dos diretores dos anos 1960, teve a idéia de fazer um novo filme, sob o ponto de vista atual. Demorou cinco anos para ficar pronto. Falo desse filme com muito orgulho, pois todo o sucesso é reflexo de mui-to trabalho de toda a equipe. FP: Que experiência você adquiriu com a realização do filme, que retrata o cotidiano de moradores da favela com todas as suas histórias e experiências. Realidade essa que

sempre fica atrás da violência e da miséria ao olhar dos que são de fora. CA: Experiência eu já possuo. Experiência de vida. Alguém que antes mesmo de ser um diretor de cinema é o Cacau, morador do bairro de Centenário Du-que de Caxias – periferia - retrato 3x4 do Brasil. Assim, como muitas histórias retratadas no telão de cinema também sou um ser humano buscando sobreviver nessa Terra de ‘selvagens’ Terra para muitos sem ‘lei’. Mas, prefiro acreditar no sonho e na espe-rança, na conquista da libertação do domínio dos mais fortes sobre os mais fracos. IGUALDADE SOCIAL E JUSTIÇA. Poder contar isso na mídia de massa em grande escala e proporção é fenomenal. FP: O sucesso do filme, só irá acrescentar à sua carreira, está preparado para a fama? CA: Se a fama e o sucesso forem para ajudar a difundir de forma mais abrangente o meu trabalho será sempre bem vindo, este é meu objetivo: fazer através do meu trabalho uma função social seja na música, nos clipes, nos filmes... Até mesmo por trás dos bastidores. Espero que meu exemplo de crescimento e sucesso influencie muito jovens e adolescentes, que assim como eu sonha em galgar um lugar ao sol, buscando apenas uma oportunidade. Se isto acontecer já será de bom grado. Eles verão que a frase tão emblemática “vale à pena sonhar”, realmente funciona. O suces-so é conseqüência de um trabalho bem feito. FP: Projeto para o futuro? CA: Estou escrevendo um novo filme para longo prazo e um videoclipe para curto prazo. Agora estou dedicando 100% ao 5x favela e aos trabalhos que ele tem me proporcionado. FP: Como você avalia o sucesso sobre o filme e quais foram os pontos determinantes quanto a realização


do projeto que acabou culminando em tamanha repercussão tam-bém fora do país? CA: Dedicação, empenho e muita perseverança. Amor pelo que se faz e verdade na realização de qualquer projeto. Estamos colhendo frutos de algo que está-vamos plantando há cinco anos. FP: Você já havia realizado outros projetos também relevantes, como: 1 Ano e 1 Dia... Mas, o sucesso na mídia não de deu de igual modo ao 5x favela. Ao que você atribui essa diferença de repercussão? CA: Os Outros projetos, foram curtas-metragens e o 5x favela é um longa. Fora isso a proporção de investimentos. Tenho carinho muito grande por todos os meus trabalhos e 1 Ano e 1 Dia, depois do 5x favela, é a maior realização da minha vida. FP: Qual a sua a sua opinião sobre a importância ainda que somente do “lucro” das chamadas grandes mídias em cima das culturas conhecidas como as da periferia, vista por muitos ainda de maneira preconceituosa? CA: Não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que uma empresa privada fará algum tipo de trabalho sem visar lucro, seja com a periferia ou com o as-falto. FP: Sonho? CA: Escola de cinema em meu bairro FP: Educação no país? CA: Já houve vários avanços, mas ainda há muito a ser feito. Hoje, e-xistem vários incentivos universitários, como bolsas, sistemas de cotas... Agora, já vejo amigos meus sonhando em cursar nível superior, muitos manos já até estão cursando. Há algum tempo atrás, faculdade era algo praticamente impossível, era coisa de ba-cana. Mas, sei que não é suficiente. Toda população deveria ter um ensino de quali-dade gratuito, pois é uma obrigação do Estado. FP: Inspiração? CA: Cinema FP: O hoje, pra você representa? CA: “último dia de vida”. Vivê-lo intensamente é o primeiro mandamen-to. FP: Juventude? CA: Tem que ser mais consciente do seu papel na sociedade. FP: Que recado você daria como motivação para os alunos da Faculdade Pinheiro Guimarães. CA: Nunca desistir. Em tempos de ‘guerra’, nunca para de lutar:

Coloca no Google!

Eduardo Senise Professor substituto de Mídias Digitais Na minha época de faculdade era comum que na primeira semana de aula alguém perguntasse aos calouros “Você sabe o que é e-mail? Já tem um Hotmail?”. Como me sinto velho por lembrar disso, estou falando de quase 15 anos atrás. De lá pra cá vi-

vemos o boom da Internet, a Web 2.0 e a chegada das diversas redes sociais. E nós, profissionais da Comunicação Social, tivemos que nos adaptar ao ritmo deste fenômeno. Costumo dizer em minhas aulas que a Internet é muito mais que “um novo meio de comunicação”, ela muda o ambiente competitivo. Há um enorme grupo de empresas que faliram por não se adaptar e um gigantesco número de empresas que simplesmente surgiram por conta da Internet. Então, mais uma vez, nós que somos profissionais da comunicação que nos adaptemos, já que não queremos fracassar como algumas marcas que não acreditaram na força da World Wide Web. Também vale destacar que em paralelo a esta mudança tão drástica, vivemos outro fato: as empresas deixaram de precisar exclusivamente da mídia para gerar suas informações de relevância. Marcas passaram a

se comunicar diretamente com seus consumidores e clientes, usando-se, sobretudo das mídias digitais e de ferramentas de relacionamento como Twitter, Facebook, Foursquare, etc. Então este é um novo campo de trabalho para nós. Atualmente não precisamos trabalhar apenas em jornais e assessorias de imprensa. Podemos prover informação e conteúdo como contratados de empresas, ONGs, instituições financeiras, todo tipo de negócio. Mas para aproveitar estas oportunidades o profissional de comunicação deve desenvolver e aprimorar novas competências. Deve, mais do que em qualquer outra época, se interessar pelo que é novo, gostar de pesquisar, ter interesse em se relacionar com o que é diferente e até mesmo questionar as fontes. Ou seja, tudo é muito mais complexo do que a frase tantas vezes dita por preguiçosos e pouco interessados “Ah, coloca no Google!”.

Informação e democracia O seu nome está em toda parte: WikiLeaks. Revistas, jornais, rádio, televisão, web. Aparece na ordem do dia como pauta para profundas discussões e geração de grandes polêmicas. A natureza de sua ação possui uma força impressionante ao incorporar ineditismo e ousadia. Além do mais, conseguiu gerar, nos últimos tempos, um embate com o próprio jogo democrático. Os governantes, acostumados a controlar os cidadãos, através de um fluxo restrito de informações, foram expostos sem dó nem piedade ao reverso da moeda. A mesma tecnologia que permite esse controle absoluto serviu para trazer à luz as entranhas de um emaranhado perverso. Nela apareceram, por exemplo, assuntos externos da política americana. E deixou clara a expressão dúbia dessa mesma política: aos amigos tudo, aos inimigos a força da lei. Igual recurso nos colocou novamente frente aos horrores da guerra do Iraque, assim como realizou vazamentos de impressões corrosivas sobre líderes mundiais. No Brasil, exibiu alguns elogios supremos à vassalagem por parte de um Ministro de Estado, a quem deveria cuidar da soberania nacional. Registrou parlamentares e políticos brasileiros alinhando-se frontalmente contra os interesses nacionais. Provavelmente, em outras nações isso seria considerado alta traição. E aí surge uma pergunta incômoda: o jogo de

poder que governa o mundo suporta esse desnudamento tão avassalador? A democracia no planeta, e, por tabela, o direito à informação, é suficientemente forte a tal ponto que os poderosos possam ser vigiados igualmente por aqueles que são objeto de um controle sistemático? A nação mais poderosa do mundo conseguirá lidar com fatos de uma evidente desmedida da sua ação política como aquele em que o Departamento de Estado americano colocou diplomatas a serviço da espionagem? Essa era uma suposição mais do que óbvia, porém faltavam provas. Agora não faltam mais. Como reagir ao vídeo Collateral Murder [Assassinato Colateral]? Ao longo de vinte minutos, as imagens demonstram um outro tipo de indiferença ao humano, demasiado humano. Soldados americanos no Iraque matam civis, evitam oferecer ajuda a crianças feridas e tripudiam com um humor cáustico de um morto pisoteado por um tanque de guerra. Ora, diante de um fenômeno de comunicação novo, recomenda a prudência que se consiga desenvolver um mecanismo de estranheza, capaz de evitar uma fabricação prévia de consensos. Isso é indispensável. É preciso saber mediar o problema, analisar os seus prós e contras. Estamos diante de uma estupefação tão grande que é necessária uma investigação mais aprofundada a fim de que possamos compreender melhor o que tudo

Theotonio de Paiva Professor de Cultura Brasileira Teoria da Comunicação II e Redação Jornalistica II isso significa. É notório que há uma dimensão infinitamente superior à divulgação de informações. Ela está ancorada naquele registro crucial de poder, ao criar uma tensão com o jogo democrático. No caso, talvez devêssemos rastrear historicamente o fenômeno, ou seja, procurar quais as implicações que estão por detrás dessa insurgência. Ela parece bem-vinda e possui antecedentes que remontam ao relatório MacBride. Na época, produzido por uma comissão da Unesco, teve repercussão exponencial ao tocar no nó górdio da sociedade moderna e contemporânea: o controle de informação que fora implantado no Ocidente há cerca de mais de um século. As razões do WikiLeaks extrapolam a natureza do processo jornalístico, se desmancham na dimensão cultural e política da informação, e vão muito além do próprio suporte tecnológico. Não é pouca coisa.

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Coluna do Rodolpho Nascimento FALANDO NISSO... Em tempos onde uma vaga em faculdade é disputada a tapas, uma das provas mais importantes nos processos seletivos de várias instituiçoes públicas e privadas ganha status de CONFUSÃO. No segundo ano consecutivo com erros como vazamento de gabaritos, atraso nos contratos com as empresas organizadoras e erros de impressão, o ENEM vem deixando carecas os nervosos vestibulandos de todo o país. Criado em 98, o Exame Nacional do Ensino Médio tinha como principal objetivo avaliar o desempenho dos estudantes ao fim da escolaridade básica. Sendo uma prova unificada nacionalmente, o Enem, logo passou a ser usado como critério de seleção para quem pretendesse dispupar uma bolsa do PROUNI (Programa Universidade Para Todos).

Rodolpho Nascimento Aluno da Faculdade

Embarcando no processo de tal operação as universidades públicas Federais foram convidadas a usálo como complemento ou substituição de seus respectivos vestibulares, afim de “democratizar o acesso às vagas, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio” - PALAVRAS DO MEC. A mudança abriu diversas possibilidades por exemplo: um estudante que fosse prestar 4 vestibulares, gastaria em média 400,00 mais ou menos, dependendo da instituição e da fase da prova que faria. Isso, além de ter que estudar as diferentes metodologias de cada prova. Ou seja, uma loucura, um funil social que se completa com a iindústria dos EXCELENTES COLÉGIOS PARTICULARES, os PÉSSIMOS COLÉGIOS PÚBLICOS, e os famosos CURSINHOS, oferecidos a um preço que só podem pagar aqueles que frequentaram as já citadas escolas privadas. Bem, o Enem está em plena fase de mudança, assim como o ensino e as mentes cada vez mais conscientes dos jovens estudantes (creio e espero eu). Longe de ser uma unanimidade agradável ou britanicamente impecável e pontual, o Enem conseguiu captar as atençoes e parece que pode sim conseguir alcançar os belos objetivos traçados pelo MEC. Enquanto isso PACIÊNCIA e PERSEVERANÇA aos nossos vestibulandos!

Fala Pinheiro! Editorias: Acontece na Pinheiro; Personalidade do Mês

Colunas: Rodolpho Nascimento

Reportagens: Jucelane Vitor

Edição: Marcela Guimarães

Diagramação: Alana Carvalho

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