Ensino Fundamental
História
Leitura e produção de textos nas áreas do conhecimento
História
Túnis Argel Rabat MARROCOS
TUNÍSIA
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EGITO (Parte Asiática)
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Trópico de Câncer
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EGITO
MALI
Nouakchott
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CON GO
CA
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GANA TOGO BENIN
BURKINA FASO
ÍNDICO
TANZÂNIA
ANGOLA
OCEANO ATLÂNTICO
ZÂMBIA
Lilongue E Ç BU MO BÁ ZIM Harare
Lusaka
NAMÍBIA Windhoek
Trópico de Capricórnio
A UAN BOTS Gaborone Pretória
Mbabane Maseru
0
480
REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL
960 km
MALAVI
UE
Luanda
MADAGÁSCAR Antananarivo
Maputo SUAZILÂNDIA LESOTO
1 cm = 480 km
1ª PROVA
Cliente – Projeto – Item
Bueno
Nome
CENPEC
Cartógrafo
Emenda
C.Q.
Validação
6 ao 9 ano O
O
Sequência de Atividades
BIQ
Apoio Institucional
ano
AM
Autoria
1
lho rme r Ve Ma
Iniciativa
o
pra valer! Leitura e produção de textos Estudar pra valer! Leitura eEstudar produção de textos
“O uso de documentos históricos abre possibilidades para que o professor trabalhe também com diferentes linguagens, aspecto fundamental para ampliar as capacidades de leitura. Alguns historiadores mais antigos consideravam documentos apenas os escritos, de preferência os de origem oficial. Outros pensavam que podiam ser documentos tudo que fosse feito ou tocado pelo homem. A tendência mais forte, atualmente, é pensar os registros históricos de forma bem ampla, considerando documentos os textos escritos (leis, processos judiciais, jornais, romances, cartas, diários...), as construções e organizações dos espaços urbanos e rurais, a canção, a dança, as imagens (pinturas, fotos, filmes, propagandas, charges...), os gestos, a tradição oral etc.”
Revisão
AFRICA_4_C1
Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
Atividade 6 – Povos afrodescendentes buscam cidadania Objetivo: informar e debater sobre a situação dos negros no Brasil dos tempos recentes: em que aspectos eles podem ser considerados cidadãos?
Leitura: depoimento Peça que os alunos leiam individualmente o fragmento do depoimento da historiadora Maria Daniela Bueno de Camargo, gravado em 2004, quando trabalhava na preservação da igreja da Capela de Santo Antonio, em São Roque, Estado de São Paulo: “Quando eu era criança tinha até um certo trauma porque as pessoas me perguntavam se eu era filha ou neta de japoneses, por causa do olho. Aí eu ficava frustrada... Ainda me perguntam, mas hoje eu não tenho mais trauma. Até porque eu não conheço nenhum japonês na família. Aí eu falava: não é possível, acho que fui adotada... Quando fui fazer faculdade de História é que comecei a pesquisar, a fazer árvore genealógica, a estudar sobrenomes de famílias. Aí eu vi que isso é comum a todos os antigos paulistas”.20
Oralidade: discussão Pergunte à classe o que se pode inferir a partir do relato de Maria Daniela. Ouça alguns alunos. Depois, conduza a discussão enfatizando que pelo relato é possível perceber que a historiadora sentia orgulho de ter heranças genéticas e culturais indígenas; porém, quando criança, a maneira como as pessoas desvalorizavam seus traços trazia-lhe problemas emocionais, a ponto de pensar que fosse filha adotiva da família Bueno de Camargo. Volte a instigar a reflexão da turma: essa situação tem relação com racismo, preconceito, discriminação? Depois de ouvir alguns alunos, ressalte que qualquer que seja a classificação, certamente os olhares e atitudes na convivência social marcaram e ainda marcam muitos brasileiros mamelucos, isto é, descendentes do cruzamento de portugueses e nativos. Retome com eles a discussão sobre racismo no início da República, empreendida na Atividade 3, e proponha o seguinte questionamento: esse tipo de situação também atinge brasileiros afrodescendentes? Para instigar ainda mais a reflexão, convide-os a ouvir a canção “A carne”, composta por 20
Adaptado da entrevista de Maria Daniela B. de Camargo. DVD “Quem tem medo de ser caipira” (ou “O mito do bandeirante e a herança indígena”), São Paulo, Cenpec, 2004.
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Marcelo Yuka, Seu Jorge e Wilson Cappellette, gravada por Elza Soares no CD Do cóccix até o pescoço (2002).
Leitura: canção A carne “A carne mais barata do mercado é a carne negra(5x) Que vai de graça pro presídio E para debaixo de plástico Que vai de graça pro subemprego E pros hospitais psiquiátricos A carne mais barata do mercado é a carne negra (5x) Que fez e faz história Segurando esse país no braço O cabra aqui não se sente revoltado Porque o revólver já está engatilhado E o vingador é lento Mas muito bem intencionado E esse país Vai deixando todo mundo preto E o cabelo esticado Mas mesmo assim Ainda guardo o direito De algum antepassado da cor Brigar sutilmente por respeito Brigar bravamente por respeito Brigar por justiça e por respeito De algum antepassado da cor Brigar, brigar, brigar. A carne mais barata do mercado é a carne negra (5x)” MARCELO YUKA/SEU JORGE/ULISES CAPELLETI Warner/Chappell/ Cafuné/Universal Music
Converse sobre as emoções que a canção provoca. Depois, analise a letra e identifique os vários aspectos do racismo que ela aborda.
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Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
Por exemplo, em 2008, segundo pesquisa do Instituto Ethos e do Ibope, apesar de os negros serem 49,5% da população, apenas 3,5% exerciam cargos de nível executivo nas maiores companhias brasileiras. Dados disponíveis em: <http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/05/419705.shtml>. Acesso em: 19 dez. 2010. Além disso, a letra mostra a resistência à discriminação e à desigualdade a que são submetidos principalmente os afrodescendentes. Você pode falar sobre as formas de resistência no passado (por exemplo os quilombos) e no presente. Sítios como Casa da África <http://www.casadasafricas.org.br/>, Núcleo da Consciência Negra http://www.nucleocn.org/, Fundação Palmares <http://www.palmares.gov.br/>, Instituto da Mulher Negra <http://www.geledes.org.br/> (todos acessados em dezembro de 2010) oferecem vasto material sobre os projetos e conquistas do movimento negro, como mostram os versos de "A carne": Ainda guardo o direito De algum antepassado da cor Brigar sutilmente por respeito Brigar bravamente por respeito Brigar por justiça e por respeito De algum antepassado da cor Brigar, brigar, brigar. Depois da análise da letra da composição, dialogue com os alunos e observe se eles percebem que tanto o depoimento quanto a canção mostram situações relacionadas ao racismo. Assim, eles devem compreender que a canção "A carne" é expressão de um grupo social, representado pelos compositores em uma determinada época; tem uma finalidade; denuncia e propõe possibilidades futuras. Verifique se eles entenderam como se analisa um documento histórico.
Produção de texto: comentário Se considerar pertinente, solicite que os alunos elaborem um breve comentário relacionando a entrevista de Maria Daniela Camargo e a canção “A carne” como fontes históricas. Para tanto, oriente-os a indicar como cada um dos documentos aborda o tema em questão, o momento em que são produzidos, a finalidade de cada um deles e o público ao qual se dirigem. Enfatize que é fundamental que as afirmações feitas nos comentários sejam justificadas com aspectos possíveis de serem observados nos textos em análise.
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Esse pode ser um bom momento para avaliar, no processo de ensino e aprendizagem, o que foi abordado até agora nesta Sequência de Atividades (ver Anexo 5).
Atividade 6 – Povos afrodescendentes buscam cidadania
Oralidade: comentário e argumentação Após a discussão da canção e do depoimento, peça que os alunos se organizem em grupos para ler o texto abaixo:
Compreendendo o conceito de cidadania Atualmente, apesar de existirem leis regulando os direitos e deveres do trabalhador, elas não são totalmente cumpridas no Brasil. Isso traz sérios problemas. Muitos trabalhadores têm pouco tempo para descansar das extensas jornadas de trabalho, que ocupam até seis dias da semana. Outros não podem consumir vários produtos básicos para uma alimentação saudável. Há ainda resquícios de trabalho escravizado em áreas urbanas e rurais neste mundo em globalização. Sabe-se que a maior parte de nossa sociedade não possui boas condições de vida. Basta lembrar das dificuldades para se fazer tratamentos médicos e dos adultos brasileiros que não conseguiram frequentar escola quando eram jovens e/ou crianças. Tudo isso mostra que muitos direitos sociais dos cidadãos estão apenas no papel de leis como a Constituição Federal e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).21 Por outro lado, conhecemos as dificuldades que muitos brasileiros têm para fazer cumprir alguns de seus direitos individuais. Teoricamente, todos têm liberdade para comprar um local de moradia. Porém, muitos não conseguem ser proprietários de suas casas e nem morar em ambientes saudáveis. Teoricamente, todos têm Dica de leitura direito à justiça. Mas alguns não têm dinheiro para contratar um bom advogado. BENEVIDES, M.Victória Soares. A cidadania ativa: referendo, plebiscito e iniciativa popular. Isso mostra que muitos direitos civis dos cidadãos 3ª.ed. São Paulo: Ática, 1998. também estão apenas no papel. (Ensaios,136). Um estudo importante, que vai enriquecer a Felizmente, nem tudo é problema! No período de perspectiva dos alunos e mesmo dos profes1889-1930, também conhecido como “Primeira sores sobre o processo dinâmico e contínuo República”, mulheres e analfabetos não podiam de construção da cidadania. votar nem ser votados. Hoje todos nós temos os 22 mesmos direitos políticos.” 21
A CLT foi assinada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas. Algumas dessas leis, como a jornada de 8 horas por dia, já haviam sido conquistadas por alguns grupos de trabalhadores urbanos. Outras leis foram acrescentadas à CLT depois de 1943, como o direito a receber o 13º salário, criado em 1963, no governo do presidente João Goulart.
22
Adap. de PRIMO, Antônio Aparecido. In: Orientações pedagógicas para professores do Programa Aumento da escolaridade (PAE) – Geografia e História, São Paulo : Rio de Janeiro: Cenpec/SME-RJ, cadernos 1.
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Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
Quando os grupos terminarem a leitura, faça uma rodada para que eles explicitem as dúvidas; registre as observações e questionamentos. Em seguida, retome com eles as discussões realizadas após a leitura da canção e o depoimento de Maria Daniela Camargo. Leia também os dados que fundamentaram o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a lançar a campanha para combate ao racismo:
Os números mais recentes da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as crianças negras e indígenas são mais vulneráveis em diversos aspectos. Mais de 60% da população de 7 a 14 anos que não frequenta escola são negros. O índice de mortalidade infantil entre os indígenas é duas vezes maior do que a taxa nacional: 41 mortes para cada mil nascidos vivos contra 19/1000 no total da população. A notícia completa está disponível em: <http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/11/29/unicef-lanca-campanha-para-combate-ao-racismo-contra-criancas.jhtm>. Acesso em: 15 abr. 2011.
Em seguida, pergunte aos estudantes: São respeitados os direitos de cidadania dos descendentes de indígenas e africanos do Brasil? Peça para eles responderem por escrito e justificarem as suas respostas com base nos dados acima apresentados, na composição "A carne", no depoimento de Maria Daniela Camargo e no texto “Compreendendo o conceito de cidadania”. Depois apresente uma das respostas para a classe; você pode copiá-la em um cartaz, fazer uma transparência e projetá-la em retroprojetor ou digitála, caso a escola disponha de multimídia. Junto com os alunos indique as possíveis contradições, a falta de fundamentação das afirmações e a não explicitação das fontes. Lembre-se de que este é um momento privilegiado para o desenvolvimento da argumentação.
Leitura: reportagem Antes de iniciar a leitura da reportagem apresentada a seguir, peça para os alunos registrarem o título, autor, data, local e instituição responsável pela publicação. Depois proponha que leiam e grifem os dados que mais chamam a atenção, considerando a questão que está em discussão nesse momento.
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Atividade 6 – Povos afrodescendentes buscam cidadania
Mulher negra é a maior vítima da desigualdade, diz estudo Rosanne D'Agostino Do UOL Notícias – 16/12/2008 Em São Paulo
As mulheres negras estão na base da pirâmide da desigualdade no país, segundo pesquisa lançada nesta terça-feira (16) pela SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher).
Taxa de desemprego da população de 16 anos ou mais, segundo sexo e cor/raça (2007)
O levantamento, com dados de 1996 a 2007, revela que, embora tenham aumentado sua participação no mercado de trabalho – de 46% para 52,4% –, as mulheres continuam na pior posição na escala social, especialmente as negras. Estas representam a faixa com maior taxa de desemprego e com a menor renda. Com relação ao desemprego, 12,2% das mulheres negras estavam à procura de uma ocupação em 2007, contra 9,2% de desocupação entre mulheres brancas, 6,4% entre homens negros e 5,3% entre homens brancos. As negras também representam a maioria dos empregados no trabalho doméstico (21,4%) e a minoria com carteira assinada (23,3%). A desigualdade de renda entre brancos e negros e entre homens e mulheres caiu em cerca de 10%. Em 2007, porém, mulheres negras ganhavam apenas 34% do rendimento médio de homens brancos, enquanto as brancas ganhavam 62,3% deste valor. Além disso, o número de mulheres no trabalho doméstico remunerado caiu 8,4 pontos percentuais – 14,2% na faixa etária entre 10 e 17 anos em 1996 contra 5,8% em 2007. Ainda assim, negras são maioria: 6,5% contra 4,4 %.
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Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
Ainda segundo o estudo, a maioria das mulheres que nunca fizeram exame clínico de mamas é negra. São 46,3% contra 28,7% de brancas, diferença que não diminui com acesso a educação formal e renda. Uma das conclusões dos pesquisadores é de que haja desigualdade no atendimento entre negras e brancas. As negras também estão na base da cobertura da Previdência Social – 45,1% contam com o benefício, enquanto 62,8% dos homens estão cobertos.
Após a leitura, organize a classe em roda para discutir o que cada aluno grifou; peça-lhes que justifiquem o porquê desses destaques. Escreva na lousa a resposta e solicite que a registrem; comente e problematize os registros equivocados ou inadequados, explicitando as marcas do texto Dica de leitura que permitem essa leitura. JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo. São Paulo: Ática, Destaque a ampliação de conhecimentos 1994. proporcionada pela leitura da matéria Carolina Maria de Jesus foi uma daquelas figuras jornalística, pergunte a eles o que essa notícia que surpreendem a todos. Negra, pobre, migrante, acrescentou ao estudo sobre o racismo e moradora de uma favela na cidade de São Paulo, cidadania em relação aos negros no Brasil. Carolina registrou, em um diário, a difícil luta pela sobrevivência na cidade grande. Descoberto Como professores de História, é importante por um jornalista, editor, o diário de Carolina foi que mostremos possíveis relações entre publicado e tornou-se um verdadeiro fenômeno de as informações e ideias das notícias ou vendas. Quarto de despejo apresenta ao leitor reportagens com as intenções de seus autores uma face da realidade brasileira que por muito e/ou instituições. Neste sentido, entre outras tempo se manteve oculta. O livro se destaca ainda possibilidades, é significativo indicar que a por ter sido escrito por uma mulher simples, com jornalista Rosanne D’Agostino destacou as pouca instrução, que fez da escrita, ao mesmo mulheres negras como as maiores vítimas da tempo, instrumento de resistência pessoal e de desigualdade. denúncia social e política.
Leitura: campanha institucional Após ouvir os comentários e esclarecer as dúvidas dos alunos, convide o grupo para ler o texto produzido pela Unicef como parte de uma campanha de combate ao racismo. Proponha que seja realizada uma leitura em voz alta. Dê alguns minutos para que os alunos possam realizar uma leitura prévia e depois verifique quem se dispõe a ler. Caso os alunos resistam, inicie a leitura e depois procure envolver a turma nesse exercício.
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Neide A. de Almeida
Adaptado de <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/12/16/ult5772u2190.jhtm>. Acesso em: 20 out. 2010.
Atividade 6 – Povos afrodescendentes buscam cidadania
João Ripper e Manuela Cavadas – © UNICEF
Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo
1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento. 2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize! 3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu Lembre-se: racismo é crime. 4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada. 5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos 6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
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Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial. 8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores. 9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido. 10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura. Fonte: http://www.unicef.org/lac/10_maneras.pdf. Acesso em: 11 mai. 2011.
Em seguida, converse sobre o texto com os alunos. Ressalte a importância de que todos os cidadãos se engajem na tarefa de combater o racismo; pergunte a eles como acham que poderiam contribuir para essa campanha. Ouça e registre as sugestões da turma.
Produção: texto expositivo – sistematização Finalmente, proponha aos alunos que eles contribuam com a campanha lançada pela Unicef, produzindo um texto expositivo sobre o tema “Cidadania entre os negros brasileiros”. Combine com eles que o principal objetivo desse texto será registrar, para a própria turma, a reflexão realizada pelo grupo sobre o tema, mas ele poderá cumprir também uma outra função: divulgar essa reflexão para toda a escola. Dê, então, a sugestão de que os textos sejam publicados em murais ou no jornalzinho escolar, se houver. Lembreos ainda de que os textos terão um público definido: os alunos, professores e demais funcionários; além disso, poderão ser lidos também por outras pessoas da comunidade que frequentem a escola. Por isso, será muito importante que eles considerem a forma de abordar o tema, a linguagem e mesmo a apresentação gráfica dos textos. Inicie o processo, organizando um roteiro que oriente a escrita. Para tanto, retome com a classe os objetivos de aprendizagem apontados no início desta Sequência de Atividades e as questões levantadas: como explicar as origens do racismo em relação aos negros? Os negros são as maiores vítimas da desigualdade social? Recorra ainda às informações do box que segue como subsídio para complementar a reflexão realizada e para orientar ainda mais a produção de texto:
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Atividade 6 – Povos afrodescendentes buscam cidadania
Equidade Nesta atividade tratou-se de cidadania e democracia, conceitos fundamentais para pensar um mundo com igualdade e liberdade. Resta acrescentar outra noção importante: equidade. Vale a pena explorá-la junto a seus alunos. A equidade complementa o conceito de igualdade, pois uma sociedade com direitos iguais deve considerar o direito à diferença. Não se trata de desenvolver políticas públicas de maneira homogênea, mas ela deve ser equânime, ou seja, é fundamental reconhecer as diferenças na sua aplicação. Essa noção fundamenta as políticas públicas compensatórias para os setores sociais que, devido a sua exploração secular, não têm hoje acesso a muitos dos direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão promulgada pela Organização das Nações Unidas e na Constituição da República Federativa do Brasil. Considerando equidade como pano de fundo, ou seja, a especificidade histórica de cada grupo étnico, o genocídio e escravização dos povos indígenas na América e o processo de escravização dos povos africanos, discuta com os estudantes sobre: 1) as cotas raciais e/ou sociais nas universidades públicas brasileiras; 2) o direito à demarcação de terra para os povos indígenas e para os remanescentes de quilombos. Sugestão:
Sobre a discussão a respeito das cotas em relação aos povos indígenas e aos afrodescendentes, consultar o documento: Políticas de ação afirmativa em benefício da população negra no Brasil: um ponto de vista em defesa de cotas, de Kabengele Munanga. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/022/22cmunanga.htm>. Acesso em: 17 dez. 2010.
Peça que os estudantes apontem quais os aspectos consideram essencial abordar no texto que produzirão. Registre o roteiro em um cartaz e deixe-o visível para que a turma possa consultá-lo.
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Sequência de Atividades 2: Trabalho, resistência e racismo
Em seguida, peça que cada aluno produza seu texto. Relembre as características básicas de um texto expositivo; retome alguns dos textos lidos na Sequência, a título de exemplo.
ÐÐ participar, juntamente com o autor do texto, do processo de reescrita e revisão.
Textos expositivos São textos voltados para a transmissão e ampliação de conhecimentos, como o artigo enciclopédico, o ensaio, o relatório, a conferência, o texto didático, o seminário, a resenha informativa, o resumo, o relatório oral de experiências. Como buscam a compreensão das ideias expressas, utilizam linguagem clara, objetiva, adequada ao público a que se destina. Usam verbos predominantemente no presente do indicativo. Neles são usados, frequentemente, termos específicos da área à qual se referem.
Acompanhe atentamente esse processo; valorize a importância das produções individuais e as contribuições de cada aluno para a reescrita do texto que for escolhido pelo grupo. Destaque também que as produções individuais são recursos essenciais para a avaliação e autoavaliação da aprendizagem dos conteúdos abordados na Sequência.
Lembre aos alunos que o texto deve ter uma introdução, o escritor introduz o leitor no assunto a ser discutida – a problematização a ser desenvolvida está nessa parte do texto. No desenvolvimento aparecem os dados, os argumentos; na parte final são apresentadas as considerações e retomada a problematização para o fechamento do texto.
Quando todos terminarem, organize quatro ou cinco grupos que terão como tarefa: ÐÐ realizar a leitura dos textos de todos os integrantes do grupo; ÐÐ selecionar um dos textos para publicação;
Ressalte a relevância do trabalho coletivo e a importância de que as produções da turma sejam “publicadas”, circulem no espaço escolar, cumprindo uma função essencial: promover o acesso à informação e a possibilidade de diálogo sobre um tema tão relevante e polêmico como é o caso do racismo.
Sujeito, tempo e espaço no texto em História são fundamentais; ao fazer menção a algum acontecimento, deve-se lembrar que este ocorre com sujeitos em um determinado tempo localizado em algum lugar. As referências também devem estar devidamente citadas: “quem disse o quê”, “onde foi publicada a citação”, o sítio em que foi encontrada a informação.
Encerre a Sequência com uma avaliação oral sobre todo o trabalho realizado. Se houver possibilidade, promova uma discussão sobre o tema com a presença de todos os professores e alunos. Nesse momento, os alunos poderão ocupar lugar importante como mediadores da discussão. Para tanto, poderão recorrer aos registros realizados ao longo da Sequência, bem como aos textos e imagens trabalhados em sala de aula. A partir dos registros que você fez ao longo das atividades, realize uma síntese avaliativa, anotando o que os alunos já sabem e o que ainda precisam aprender tanto sobre as noções e os conceitos abordados quanto em relação ao desenvolvimento das habilidades de leitura e de produção de textos. Se necessário, faça retomadas para possibilitar a compreensão por parte de todos os alunos.
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