Projeto memorial às árvores que se foram

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Christiane Bodini Heloisa Reis Lili Bodini

“A beleza salvará o mundo” Guy de Maupassant

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Indice Descrição da obra

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Esboço do painel

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Sugestão de Instalação I

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Sugestão de instalação II

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Introdução

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A escolha do local

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Depoimento das artistas

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O porquê do material

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Proposta de ocinas

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Cronograma de execução

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Plano estratégico de comunicação

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Orçamento

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Texto Localizador Christiane Bodini e Lili Bodini

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Texto Localizador Heloisa Reis

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Ficha Técnica e agradecimento

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Relação de anexos

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Descrição da obra Sobre placas de vidro temperado de cerca de 1,20m X 1,80m X 0,012m são aplicadas centenas de pequenas peças de vidro colorido fundido formando desenhos multicores que remetem à representação da árvore.

Dispostas como totens em meio a canteiros de jardim ou a pátios espaçosos podem formar um “bosque” articial, ou, se única, pode remeter à imagem da árvore solitária, ameaçada de ser derrubada.

Um memorial para as árvores que foram eliminadas pela ação do homem. Espaços vazios mantêm a transparência enquanto as cores translúcidas e suas sobreposições criam belas nuances de brilho conforme a incidência da luz.

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Esboço do painel Descrição Sobre uma placa de vidro temperado são xadas com cola especial transparente centenas de pequenas peças de vidro fundido em cores superpostas, criando diferentes matizes e nuances. A placa será contornada com pers de alumínio e receberá base a ser embutida em estrutura de alvenaria diretamente na terra mantendo-se na posição vertical.

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Sugestão de Instalação I

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Sugestão de Instalação II

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Introdução Impossível não estar atento às questões ecológicas básicas para a sobrevivência das futuras gerações. Impossível igualmente negar o papel das atividades culturais no preparo das pessoas para que consigam atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável com conservação, recuperação e sustentabilidade das áreas naturais que ainda resistem aos avanços da crescente urbanização. É preciso sensibilizar. É preciso ensinar. É preciso transformar. É preciso agir. Embora até hoje não tenha sempre sido entendida a atuação da Educação nesse campo – é preciso insistir multidisciplinarmente. Por isso este projeto de Arte propõe uma ação conjunta entre três artistas - Christiane Bodini, Heloisa Reis e Lili Bodini - que com o apoio de instituições e escolas podem levar a efeito uma exposição com nalidades culturais e educativas.

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A escolha do local Esta obra será instalada ao ar livre em um canteiro junto à Administração do Parque Cemucam - Centro Municipal de Campismo - em Cotia, (material em anexo) e oferece uma resposta ao Estatuto das Cidades e às recomendações de documentos elaborados na Conferência da Terra em 1992 e rearmadas em 2012, que fortemente recomendam a busca do diálogo entre espaço público, cultural e natural. A previsão para inauguração será em Março de 2015 data em que se comemora o Aniversário do Parque, hoje intensamente usado pela população das cidades da região metropolitana oeste de São Paulo. As artistas propõem atividade educativa no local da instalação da obra visando passar informações com data show sobre o conceito e as diversas fases da construção da obra seguida de atividade de ocinas de arte e/ou plantio de mudas nativas do local.

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Depoimento das Artistas Somos três mulheres: Christiane Bodini, Heloisa Reis e Lili Bodini. Neste projeto conjunto desenvolvemos tanto a experimentação técnica quanto a busca de signicados, o que nos levou à construção de uma obra indissolúvel, plena de elementos sígnicos representativos de cada uma de nós. Enfrentando o desao de incansáveis horas de atelier, acompanhamos as lutas das minorias e a ebulição dos acontecimentos nas ruas com todos os questionamentos sociais atuais. Certo dia, alguém entre nós encontrou o pensamento de Guy de Maupassant: “A beleza salvará o mundo”. Achamos nosso mote encantado! Assumimos o Belo como elemento de fusão para as questões que nos aigem. Nos concentramos nas experimentações e chegamos a encontros instigantes quanto aos resultados estéticos. Com entusiasmo. De fato a busca do Belo enquanto conceito estético é nosso mote principal . Este, somado às nossas preocupações com os temas contemporâneos sociais e ecológicos e como mulheres atuantes na vida no século XXI, trabalhando no bairro do Butantã e vivendo na metrópole de São Paulo, resultou neste projeto. O uso de placas de vidro colorido com óxidos e corantes minerais adequados e a observação dos pontos de fusão, em busca das formas, resultaram em momentos instigantes de mergulho no universo da química, porém plenos de Arte. A cada fornada as surpresas - boas e más. Escolhas. O método e a persistência foram os responsáveis pelos encontros mais ligados ao Belo da “Aesthesis”. E o conceito da Repetição nosso fundamento losóco. Anal somos todos repetições do UM ,e no decorrer do trabalho pudemos constatar que, como diz Gilles Deleuze, “na repetição, algo mudou”. Sentimos que muito tem que mudar. Com este projeto queremos expressar nossas questões e preocupações sem enveredar pelo estado de choque ou revolta, sem entrar na depressão ou na sensação de impotência frente aos acontecimentos que parecem nos subjugar. Ficamos no campo das idéias. Somos mulheres e preferimos trabalhar a beleza , a alegria, o contentamento, a surpresa, o brilho, a luz e seu reexo, como metáforas para a seguinte reexão: - Como ver mais além ? Como buscar a felicidade num mar de tristeza e dúvidas? - Por que não através da construção de nuances de luz e cor, em movimento de tons e transparências, em fragmentos esparsos, na desconstrução geométrica , na ilusão do belo?

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O por quê da escolha do material A escolha do vidro como material deu-se pelo seu alto poder de sedução. Diz a lenda que há alguns milhares de anos AC, vindos do Egito, os fenícios pararam à margem do rio Belus e pousaram os sacos de natrão (carbonato de sódio) que carregavam às costas sobre a areia e usaram alguns deles como apoio para a fogueira que acenderam para cozer seu jantar. Deixaram o fogo aceso e adormeceram. Ao acordar pela manhã viram que os sacos que apoiaram a fogueira haviam se transformado em blocos transparente que brilhavam como pedras preciosas . Acenderam o fogo novamente e viram que um líquido avermelhado escorria das cinzas. Zelu ,o chefe, com uma faca, plasmou aquele líquido formando com ele um objeto tão lindo que arrancou gritos de espanto aos mercadores fenícios. Estava descoberto o vidro. Oxido metálico resfriado e originalmente transparente, o vidro se faz com a fusão um material inerte, impermeável e inativo biologicamente. Sua transparência deve-se à presença preponderante de sílica em sua massa. Obtido por fusão em torno de 1250ºc tem em sua composição dióxido de silício (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3), e Carbonato de Cálcio (CaCO3). Assim é que obtemos as pequenas porções de vidro que compõem as obras deste projeto . Pequenas lâminas são superpostas com camadas de óxidos e corantes minerais que são levadas ao forno e fundidas a uma temperatura dentro da escala de transição vítrea. O vidro, se exposto a uma pressão quebra-se com facilidade, mas resiste às intempéries e pode ser exposto ao sol e à chuva. Tem durabilidade milenar, como comprovado pelos objetos vítreos encontrados em escavações arqueológicas.

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Proposta de ocina Encontros com crianças de escolas próximas

Primeira parte Compartilhamento de conhecimentos com exposição teórica com data show falando sobre as técnicas de elaboração da obra através da fusão do vidro no atelier das artistas localizado no bairro do Butantã São Paulo.

Segunda parte

Parte prática

Prática de técnicas de plantio: escolha da espécie para o lugar adequado, preparação do solo, noções de nutrição e irrigação, com apoio do Viveiro Harry Blossfeld localizado dentro do parque.

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Cronograma de execução 04 meses de execução. Primeiro Mês * Compra das placas de vidro colorido, óxidos, corantes minerais * Corte fusão e lixamento das pequenas peças de vidro * Encomenda das placas de vidro temperado e de seus caixilhos

Segundo mês * Desenho e planejamento da colagem * Organização da infraestrutura de colagem

Terceiro mês *Colagem * Denição do local de montagem / iluminação / trilha sonora (se houver) * Finalizações das peças em atelier

Quarto Mês *Transporte ao local de montagem *Montagem *Divulgação da inauguração da exposição permanente da obra.

NA PRIMEIRA SEMANA de exposição Duas ocinas de Arte e Ecologia para crianças de escolas próximas e possivelmente para pessoas interessadas.

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Plano Estratégico de Comunicação e Divulgação Divulgação do aniversário do Parque Cemucam e sua importância para toda a região Oeste da Metrópole de São Paulo através da imprensa local: Jornal D´Aqui, Cotia todo Dia, Site da Granja, Revista Circuito, Granja News e rádios locais como veículos de divulgação. Um blog especícamente construído para o projeto será alimentado com informações sobre a obra e sua repercussão junto à população local. Serão elaborados convites a serem encaminhados às autoridades de São Paulo e municípios vizinhos e à população em geral através da Assessoria de Imprensa, convidando para as atividades educativas programadas.

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Orçamento em R$ Prêmio R$ 100.000,00

20.000,00

Desconto de taxas 20% Elaboração do Projeto

2.500,00

Aluguel atelier e equipamentos

2.500,00 10.000,00

Materiais Custo Instalação

5.000,00

Transporte

1.500,00

Produção

4.000,00

Assessoria de Imprensa

3.500,00

Designer Gráco

3.000,00

Fotos

2.000,00

Artista 1

15.333,33

Artista 2

15.333,33

Artista 3

15.333,33

TOTAL

99.999,99

Distribuição das verbas mês a mês em Anexo

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Texto localizador

Christiane Bodini e Lili Bodini Artistas integrantes Christiane Bodini e Lili Bodini integram este projeto de forma intensamente ativa. Artistas incansáveis não medem esforços na pesquisa da técnica. Trabalham com vidro, cerâmica, jóias, telas e tem uma innidade de outras maneiras de se expressar visualmente. Exímias pintoras da técnica da Majólica aplicam em seu universo iconográco mitos indígenas brasileiros e a losoa da busca da expressão mais pura do belo. Dona de uma força de trabalho admirável Christiane Bodini encontra apoio e incentivo no trabalho de Lili Bodini e diariamente desenvolvem juntas as atividades relativas aos projetos e encomendas, coordenando ainda em seu atelier o trabalho de inúmeras outras artistas da arte do fogo. Seus trabalhos já foram apresentados no Museu Brasileiro da Escultura quando ocupou a sala Burle Marx com a série “Além do Sol e da Lua, as Estrelas”. Tem seus trabalhos permanentemente expostos na Galeria Kamy em São Paulo, já tendo trabalhos adquiridos pela municipalidade de Lyon, na França. Suas peças pertencem a muitos acervos particulares do Brasil, Itália e França. Atualmente desenvolve intensa pesquisa com novos fornos e técnicas da vidraria e desenvolve projetos em parceria com a artista Heloisa Reis com quem divide a autoria deste projeto.

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Texto localizador

Heloisa Reis É uma artista que trabalha com a representação de signos que busca na natureza. Dá-lhes formas particularizadas e apresenta-os em pinturas, instalações, cerâmicas, esculturas e objetos de pequenas, médias e grandes dimensões. Usando materiais primordiais como terra, argila, metais, vidro, areia, corantes minerais, levanta questões tão ancestrais quanto atuais, enveredando pelo mito e pela metafísica . Instala seus trabalhos apresentando-os comoritos: para ela são passagens, são pedidos. Trabalha com esculturas, instalações e ocupações de espaço, construindo uma trajetória de expressão contemporânea na qual, segundo texto de José Mindlin , “não existe apenas técnica e pesquisa – há também uma atmosfera de poesia”. Desenvolveu pesquisa em cerâmica com Vincent McGrath, Leo Tavella, David Miller e Paul Soldner, Alexandrina Cappadoro entre outros. Participou da OAC Ocinas Arte Contemporânea sob orientação de Lúcia Py e de grupos de estudo sobre História da Arte com o crítico de arte e escritor Alberto Beutenmuller. Atualmente reside na Granja Viana onde participa ativamente de grupos que desenvolvem ação social e de defesa do meio ambiente e desenvolve pesquisa sobre a técnica do vidro em parceria com a artista Christiane Bodini. Atua em diversos movimentos da sociedade civil como Movimento em Defesa da Granja Viana, Transition Towns, Coletivo Grande Oeste Verde e outros, que em parceria procuram incluir a Cultura e a Preservação dos espaços naturais nas políticas públicas. Seus trabalhos já foram expostos em espaços culturais e alternativos no Brasil e participou de diversos projetos internacionais em Nova York, Buenos Aires e Japão.

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Ficha técnica: Artista Proponente: Heloisa Reis Artista: Christiane Bodini Artista: Lili Bodini Produção Artística: Stella Marini Design Gráco: Carlos Alberto Ferreira Assessoria de Imprensa: Marcia Marques Fotos: Arnaldo Bento

Agradecimento especial à artista plástica Simone Kestelmann cuja generosidade nas informações técnicas foram sobremaneira

importantes para os resultados obtidos neste projeto.

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Relação de anexos Currículo Heloisa Reis (Artista Proponente) Currículo Christiane e Lili Bodini (artistas integrantes) Fotos de trabalhos anteriores Currículo Produtora Stella Marini Currículo Assessoria de Imprensa Currículo Fotógrafo Arnaldo Bento Currículo Designer Gráco Carlos Alberto Ferreira

Cartas de anuência de todos os participantes da Ficha Técnica

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Rua Pratápolis 178 . Butantã São Paulo . Brasil

Tel: 55 . 3721-5178 / 55 . 9-7152-0009 Email: heloisareis@globo.com


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