Mero Espaço de Waltercio Caldas

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Objetos são suas imagens completamente sólidas.

Mero espaço, 2024
Meia noite, 2024
Sem título, 2021
Casa de vidros, 2023
Espelho aproximativo II, 2022

Espécime, 2023

Não há melancolia, há desconcerto, nas obras recentes de Waltercio Caldas. Uma paleta de cores difusas, tonais, ao mesmo tempo sombrias e quentes desdobram-se nas pinturas/objetos. Assim como os espaços criados pelas esculturas são uma luta constante de escalas e movimentos. Nada se adequa ao que rege nossa orientação convencional. Ora o olhar é tragado pela insinuação de profundidade, ora é expelido pelos reflexos da superfície, ora é puxado para fora pelo movimento das linhas, ora concentra-se nas relações de força que tendem para o centro da peça. A instabilidade topológica perpassa sua poética.

Vivemos tempos desafiadores para a arte e para a política. De um lado, a assertividade enunciativa típica do mundo das redes sociais, inibe qualquer reflexividade. De outro, a multiplicação de vozes e narrativas deslocam as posições constituídas e obrigam as subjetividades a repensarem suas formas de orientação. Tudo é para ontem e somos tragados pelo tempo. É cada vez mais urgente deslocarmos os modos como habitamos o presente.

Este embate contra a aceleração e as certezas é, indiscutivelmente, uma das dimensões políticas da arte. Mas isso não acontece sem atrito, sem desatarmos os elos que ligam as formas de ver aos regimes de identificação que acabam por reduzir o visível ao sabido. Usando aqui uma terminologia kantiana fora de moda, o que cabe à arte é recuperar a dimensão produtiva da imaginação, ou seja, trabalhar o tempo da percepção, a latência do não sabido que pulsa aí. Isso implica recusar a apoteose da representação enquanto transparência comunicativa, assumir a opacidade como uma defesa da latência do sentido no tempo.

Em conversas recentes com Waltercio Caldas em seu ateliê, uma questão que ele retomava insistentemente era o incômodo em reduzir a experiência da arte – escultura, desenho ou pintura – à dimensão imagética. Como trazer de volta a tatilidade, a presença física e multissensorial do mundo da vida. Como retomar o cuidado frente à presença das coisas, como disponibilizar o tempo necessário para reparar, condensar, reter, associar, rever, não ver, passar a ver. Como manter o desamparo inerente à experiência do desconhecido, do vazio, do intervalo. Este exercício é parte da equação poética proposta por estas obras.

Uma pequena pintura sobre cartão de 2017, Algodões perplexos, é uma chave de compreensão do que tento dizer sobre estas obras. Cito esta, mas poderia citar várias outras presentes nesta exposição, que insistem na desfamiliarização do visível. Há nelas uma tensão aguda entre imagem e percepção, entre os elementos da cognição que

recortam a figura e a experiência enraizada na visão junto à imaginação e ao corpo. Importa menos o que se vê e mais o que o ver implica em nós, nos modos como vemos. Seria uma tensão entre representação e presença. Ousaria dizer que saber sustentar essa tensão é uma maneira de defender a dimensão política da arte e da imaginação. Uma maneira, portanto, de enfrentar e assumir o desafio, e o próprio mal-estar, da estética. O tempo da arte não equivale ao tempo da política cotidiana, há que se assumir este hiato.

Em uma época de urgências políticas, como assinalado de início, as perplexidades do visível parecem ficar destituídas de força poética. A dificuldade de se apropriar do sentido e transformá-lo em um enunciado cognitivo ou normativo, parece fazer dele algo inútil. Mas é do interior desta inutilidade produtiva que se abrem brechas diante da dominação instrumental. As peças de Waltercio resistem deliberadamente a esta oposição entre sentido e utilidade, como se do interior da perplexidade pudesse surgir outras composições de espaço e tempo, sem as quais a própria urgência do momento perderia força. Recusar esta possibilidade seria um recuo em relação ao papel da arte na abertura do imaginário para além do campo do possível.

Como apontou o filósofo Jacques Rancière em um ensaio recente, “a guerra pela reapropriação do tempo precário talvez possa ser o princípio de uma nova ligação entre rupturas coletivas e individuais”. O precário no tempo é o que quebra o determinismo do saber ver, o que abre a insegurança inerente a imaginar outras formas de ver. Esta seria uma política da insurgência subjetiva contra a urgência da política que nos impõe identidades e posições objetivas.

Os meios tons que sobressaem na paleta recente de suas pinturas são um elemento de intensificação da percepção que flutua entre profundidade e superfície, entre a luz e a sombra. Nada se mostra, tudo se esconde, algo se insinua de relance. Se nos desenhos a linha é simultaneamente precisão e delírio, nestas pinturas a cor é pulsão e opacidade, ou seja, é o que vibra na tela e esconde qualquer pretensão de figura, ou seja, de reconhecimento tácito. No livro Velázquez algo desta natureza se apresentava, fazendo do apagamento das figuras um elemento detonador de uma relação misteriosa entre luz, opacidade e tempo.

Tal apagamento era feito para instaurar no mero espaço um campo dinâmico de energias visuais. O jogo entre superfície e profundidade, entre luz e sombra, entre cor e mancha, entre ausência e presença, tudo isso só existe no espaço, no estar diante do que só pode ser no aqui e no agora. Espaço como condição de possibilidade das experiências, como o que nos faz ser no mundo, na terra, no corpo. Mero espaço diz da concretude e das intensidades inerentes à espacialidade, que fala sempre de uma

, 2024

Estátua

situação na qual coabito com outros seres e entre coisas, gestos e movimentos. A separação cartesiana entre o “eu sei” e o “eu sinto” nunca foi pertinente para a experiência estética que sempre se fundou no elo entre sentir e pensar. O mal-estar na estética traz na origem a recusa da divisão epistemológica moderna e restitui nossa condição corporal com o que há nisso de maravilhamento e incertezas.

Esta restituição está em toda parte nas peças de Waltercio. Se nas pinturas o deslocamento perceptivo se dá especialmente entre superfície e profundidade, em Estátua a tensão é entre corpo e massa. Há uma forte insinuação corporal e pouca densidade material. Os pedestais de madeira concentram toda a massa, sobre eles encontramos três pequenos cubos de mármore, que, por sua vez sustentam a peça em si – um corpo vazado de aço inoxidável pintado de branco, desenhando no espaço uma confluência de movimentos e direções. Equilíbrio e instabilidade, fragilidade e imponência. A cada movimento que fazemos ao redor da peça, algo desaparece e algo surge.

Se em Estátua o movimento do olhar é todo levado para fora, ou seja, o desenho gráfico nos projeta em várias direções, em Ainda não tudo se concentra no meio da peça, no encontro suspenso de um copo flutuando e uma maquete pousada no centro de uma estrutura de aço inoxidável. A inversão de escalas, a tensão inusitada de elementos antagônicos, o jogo de transparência e opacidade, dão a esta escultura uma vibração contida e delirante.

O que mais impressiona nesta produção recente de Waltercio Caldas é a proliferação de situações poéticas combinando e tensionando elementos escultóricos como volume e gravidade, a elementos pictóricos, luzes e transparências e a elementos gráficos, linhas e recortes. Esta lógica, ou melhor, esta ética da convivência de diferenças é parte da política destas obras. É uma convivência ora tensa, ora suave, sempre potencializadora do que é mais caro à arte: sugerir possibilidades onde tudo parece assentado.

Em livro escrito há quase cinquenta anos – Waltercio Caldas: Aparelhos – Ronaldo Brito faz uma pontuação que reverbera até hoje na poética do artista, a saber:

Procedimento borgiano: representar a representação equivale a problematizá-la, a introduzir uma dúvida inquietante na segurança da trama (...) o trabalho parece armar cuidadosamente a cena do espetáculo para afinal não apresentá-lo, ou talvez, sutilmente empastelá-lo. É necessária uma organização metódica para a construção de aparelhos de precisão, ainda que sirvam para marcar o Nada, delimitar o Vazio ou, perversamente, para Duvidar de seus próprios dados. Sem esse método nada feito: a mera exposição do Vazio não produz efeitos Vazios. E a função do aparelho é veicular Efeitos Concretos de Vazios

Muito deste procedimento mantém-se atual, não obstante a poética de Waltercio tenha se desdobrado em direções àquela altura impensadas. Mas representar a representação para problematizá-la está no livro Velázquez e em muitas pinturas desta exposição. Mais evidentemente em uma pintura em que vemos um palco vazio, com as transparências das cortinas ao lado e a tensão da cena em suspenso. Nada se mostra e muito se insinua. Os aparelhos de precisão que marcam o nada são o acontecimento escultórico que acontece nos intervalos energizados entre os volumes, as linhas, as cores tonais e os ritmos atonais de muitas destas peças. Mais que tudo, o aparelho que veicula efeitos concretos de vazios é o que constitui meros espaços, que faz daquilo que se instaura aqui e agora uma incerteza ontológica. O que é pode não ser. O terceiro incluído é o que faz da arte um exercício na fronteira do impossível.

“A majestade transparente quer mais ar, espaços sem figuras. Seu destino é dissipar o chão dos ambientes”*. Nesta fundação da incerteza, a obra de Waltercio mantém esticada a corda pela qual a arte foge das obviedades, do lugar comum, das identidades constituídas, da pressa, das evidências. É o que faz dela política, ou seja, deslocamento, em um mundo desesperadamente certo de si mesmo que anda assertivamente na direção do abismo.

Luiz Camillo Osorio Março/abril, 2024.

* Caldas, Waltercio, Notas ( ) etc., São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 2006.

Dois poetas, 2023
Maçã falsa, 2016
Desenho,
Desenho, 2019
Teatro, 2023
Sem
Sem título, 2023
Absoluto, 2017
Parábola, 2007 (página ao lado)
Desenho, 2024
Desenho, 2023
Desenho, 2012
Simbiótico, 2010

There is no melancholy in the recent works by Waltercio Caldas, there is disconcertment. A diffuse, tonal palette of colors, simultaneously warm and somber, unfolds across the paintings/objects, while the spaces created by the sculptures are a constant conflict of scales and movements. Nothing sits easily with the conventions of our regular orientation. Here, our gaze is drawn inwards by a suggestion of depth; there, it is expelled by reflections on a surface; here it is drawn outwards by a movement of lines; there, it is focused on the interplays of forces leading towards the center of the work. A topological instability pervades his poetic language.

We live in challenging times for art and for politics. On the one hand, the brash statements typical of the social media world suppress all reflectiveness. On the other, a proliferation of voices and narratives displace established positions and force subjectivities to rethink their forms of orientation. Everything is urgent and we are all swept along by time. It is increasingly imperative for us to displace the ways we inhabit the present.

Contending with certainties and accelerated time is surely one of the political dimensions of art. But this process doesn’t come about without some friction, without us loosening the links between ways of seeing and modes of identification, which have the effect of reducing what is visible to what is

known. To use some unfashionable Kantian terminology, the task of art is to recover the productive dimension of imagination; to make time for perception and the latency of the unknown that pulsates within it. This means rejecting the apotheosis of representation as communicative transparency and espousing opacity in defense of the latency of meaning in time.

In recent conversations with Waltercio Caldas in his studio, one important issue he raised was his concern at the way the experience of art – sculpture, drawing, or painting – has been reduced to the imagistic dimension. How to bring back the tactile, physically present, multisensory aspect of the life-world. How to be mindful of the presence of things. How to make time to notice, condense, retain, associate, see again, not see, come to see. How to keep hold of the helplessness inherent to the experience of the unknown, of emptiness. This exercise is part of the poetic equation proposed in these works.

A small painting on cardboard from 2017, Algodões perplexos [Bewildered cotton], provides a clue for understanding what I am trying to say. I mention this work, but I could mention several others in this exhibition, all of which insist on defamiliarizing the visible. In all of them there is a marked tension between image and perception, between the elements of cognition that delineate the figure and

the experience embedded in sight and embodied in imagination. What is seen matters less than what the seeing implies to us, to the ways we see. The tension is between representation and presence. I would go so far as to say that sustaining this tension is one way of defending the political dimension of art and imagination. And therefore one way of confronting and shouldering the challenge, and the malaise, of aesthetics. Time is experienced differently in art and in politics; it is a difference we must accept.

At a time of political imperatives, as indicated above, the bewilderment of the visible seems robbed of its poetic strength. The difficulty of appropriating meaning and transforming it into a cognitive or normative utterance makes it seem useless. But this is a productive uselessness that has the power to subvert the dominance of instrumentality. Caldas’s works deliberately resist the opposition between meaning and utility, as if different compositions of time and space could arise from their poetic bewilderment, without which the urgency of everyday life would lose strength. To deny such a possibility would mean denying the role of art in expanding imagination beyond the field of possibility.

As the philosopher Jacques Rancière wrote in a recent essay, “the war over the reappropriation of precarious time might be the beginning of a new connection between collective and individual ruptures.” Precarious time has the power to disrupt

the determinism of knowing how to see, exposing the insecurity inherent to imagining different ways of seeing. A kind of politics of subjective insurgency against the imperatives of a politics that imposes objective positions and identities upon us.

The halftones that predominate in Caldas’s recent paintings have the effect of intensifying a perception that oscillates between depth and surface, light and shade. Nothing is shown, everything is hidden, fleeting glimpses. If in his drawings the line is simultaneously precision and delirium, in these paintings the color is impetus and opacity; it is what vibrates in the canvas and thwarts any figurative intent, any tacit recognition. In his book Velázquez there is something of this nature: the erasure of the figures gives way to a mysterious interaction between light, opacity, and time.

This erasure serves to introduce a dynamic field of visual energies into Mere space. The interplay between surface and depth, light and shade, color and blur, absence and presence, only exists in space, in the presence of something that can only be in the here and the now. Space as a condition of possibility for our experiences, what allows us to be in the world, the earth, the body. Mere space speaks of the inherent concreteness and intensity of space, which is always about a situation I inhabit together with other beings, things, gestures, and movements. The Cartesian separation between “I know” and “I feel”

has never belonged in the aesthetic experience materialized wherever feeling and thinking connect. At its root, the malaise in aesthetics stems from a rejection of the modern epistemic division and reinstates our corporeality, with all the wonderment and uncertainty it brings.

This reinstatement is everywhere in Caldas’s work. In his paintings the displacement of perception occurs most notably between surface and depth; in Estátua [Statue] the tension is between body and mass. There is a strong suggestion of a bodily presence but little material density. All the mass is concentrated in the wooden pedestals. Resting upon them are three small marble cubes, which in turn hold up the work itself: a hollowed stainless steel body painted white, drawing a confluence of movements and directions in space. Balance and instability, fragility and strength. With every movement we make around the piece, something disappears and something else appears.

While in Estátua the gaze is drawn entirely outwards – the graphic design projects us in different directions – in Ainda não [Not yet] everything is concentrated in the center of the piece, at the suspended encounter between a floating cup and a model resting in the middle of a stainless steel structure. The inversion of scales, the unexpected tension of opposing elements, the interplay between transparency and opacity, lend the sculpture a muted and delirious vibrancy.

What is most striking in Caldas’s latest work is the proliferation of poetic situations in which he combines and creates tension between sculptural elements, like volume and gravity, pictorial elements, like light and transparency, and graphic elements, like lines and cuts. This logic, or rather, this ethic of coexistence between differences is part of the politics of these works. And while this coexistence is sometimes uneasy, sometimes tranquil, it is always empowering of what matters most in art: the capacity to suggest new possibilities where everything seems settled.

In Waltercio Caldas: Aparelhos, written almost fifty years ago, Ronaldo Brito makes a point that resonates even today in the artist’s poetic language:

A Borgian procedure: to represent representation is the equivalent of problematizing it, introducing some niggling doubt to the stability of a plot (…) the work seems to carefully set up a scene, only for it then to not put on the show, or perhaps to subtly muddle it. Methodical organization is needed to build precision apparatus, even if it serves the purpose of marking out Nothingness, delimiting Void, or, perversely, Doubting its own data. Without this method, nothing works: simply exhibiting Void does not produce Void-like effects. And the function of the apparatus is to convey Concrete Effects of Voids.

Caldas has retained much of this procedure, even if his poetic language has

moved in directions that were unthinkable back then. But representing representation to problematize it, as seen in Velázquez, is in many of the paintings in this exhibition. Most obviously in a painting depicting an empty stage, with the transparency of the curtains at the side and the scene held in suspended tension. Nothing is shown and much is suggested. The precision apparatus that marks the contours of nothingness is the sculptural happening that occupies the charged spaces between the volumes, lines, tonal colors, and atonal rhythms of many of these works. More importantly, this apparatus, this conveyor of concrete effects of void, is what constitutes mere spaces, what makes the emergent here and now an ontological uncertainty. What happens to be may not be. The included third is what makes art an exercise in bordering on the impossible.

“The transparent majesty wants more air, spaces with no figures. Its fate is to dissipate the surrounding ground”*. In this materialization of uncertainty, Caldas’s work holds taut the thread by which art defies the obvious, the commonplace, established identities, imperatives, evidence. It is this that makes his work political – displacement – in a world desperately sure of itself as it heads purposefully towards the abyss.

March-April, 2024.

Luiz Camillo Osorio
Desenho, 2024
* Caldas, Waltercio, Notes ) etc., São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 2006.
Gravura, 2015

Trabalhos reproduzidos nesta edição Artworks reproduced in this edition

• página 3

Mero Espaço, 2024

Aço inoxidável polido

e fio de algodão

Polished stainless steel and cotton thread

Aprx. 300 x 200 x 200 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• páginas 4–5, 7

Meia noite, 2024

Tinta acrílica, aço inoxidável polido e fio de lã

Acrylic paint, polished stainless steel and woolen thread

287 x 324 x 50 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 9

Sem título 2021

Acrílica sobre tela e resina plástica

Acrylic on canvas and plastic resin

64 x 64 x 8,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 11

Casa de vidros, 2023

Aço inoxidável polido

e placas de vidro

Polished stainless steel and glass

121,5 x 110 x 56 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 12

Espelho aproximativo II, 2022

Aço inoxidável polido, tinta automotiva e verniz sobre ferro

Polished stainless steel, automative paint and varnish on iron

60 x 43 x 10 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 13

Objeto quase externo, 2023

Tinta automotiva sobre aço inoxidável e acrílico recortado

Automotive paint on stainless steel and acrylic

30 x 63,3 x 45 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 14

Vulto, 2021 Óleo sobre tela e resina plástica

Acrylic on canvas and plastic resin

84 x 44 x 8,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 15

Oficina, 2021

Óleo sobre tela e cartão, e colagem

Oil on canvas, cardboard and collage

45,6 x 65,6 x 11 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 17

Espécime, 2023

Tinta automotiva sobre aço inoxidável e vidro

Automative paint on stainless steel and glass 103 x 130 x 90 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 18

Algodões perplexos, 2017 Óleo e colagem sobre cartão

Oil and collage on cardboard

29 x 24 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

Esta obra não faz parte da exposição Mero espaço

This artwork is not part of the exhibition Mero espaço

• página 21

Estátua 2024

Tinta automotiva sobre aço inoxidável, mármore de Carrara e madeira

Automative paint on stainless steel, Carrara marble and wood

183 x 140 x 80 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• páginas 23–24

Ainda não, 2023

Tinta acrílica sobre cartão recortado, aço inoxidável polido, vidro e fio de algodão

Acrylic paint on cardboard, polished stainless steel, glass and cotton thread

175,5 x 70 x 51 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 27 e... ou..., 2023

Óleo sobre alumínio recortado

Oil on aluminum

39 x 52 x 46 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• páginas 28–29

Sem título, 2023

Aço inoxidável, madeira e vidro pintados

Painted stainless steel, wood and glass

78,3 x 120 x 14 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 31

Dois poetas, 2023

Acrílica sobre tela e resina plástica

Acrylic on canvas and plastic resin

94,5 x 64,5 x 8,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• páginas 32–33

Em silêncio, 2020

Acrílica sobre tela, tinta automotiva sobre alumínio cortado e dobrado e fio de algodão

Acrylic on canvas, automative paint on cut and bent aluminum and cotton thread

145 x 188 x 9 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 34

Maçã falsa, 2016

Aço inoxidável polido, resina e fio de algodão

Polished stainless steel, resin and cotton thread

40 x 56 x 45 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 35

Sem título, 2013

Desenho – pastel, nanquim e resina sobre papel

Drawing – pastel, India ink and resin on paper

48,5 x 65,5 x 5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• páginas 36–37

Ecran, 2014

Aço inoxidável polido e fio de lã

Polished stainless steel and woolen thread

41 x 96 x 11 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 38

Sem título, 2019

Desenho – nanquim e colagem de papel

sobre papel

Drawing – India ink and paper collage on paper

55 x 45 x 5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 39

Sem título, 2023

Óleo sobre tela e colagem de cartão pintado

Oil on canvas and painted cardboard collage

35,3 x 45,3 x 4 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 41

Teatro, 2023

Acrílica sobre tela e colagem de cartão pintado

Acrylic on canvas and painted cardboard collage

35 x 45 x 5,3 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 43

Sem título, 2013

Acrílica sobre tela e fio de algodão

Acrylic on canvas and cotton thread

55 x 55 x 8,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 45

Sem título, 2023

Óleo, nanquim e resina sobre tela Oil, India ink and resin on canvas

42,5 x 62,5 x 6 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• páginas 46–47

Absoluto, 2017

Aço inoxidável polido, cartão e tinta acrílica

Polished stainless steel, cardboard and acrylic paint

44 x 75 x 38 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 48

Sem título, 2024

Desenho – nanquim, tinta acrílica, colagem e resina sobre cartão

Drawing – India ink, acrylic paint, collage and resin on cardboard

42 x 51 x 6 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 49

Parábola 2007

Aço inoxidável polido, acrílico e fio de lã

Polished stainless steel, acrylic and woolen thread

280 x 195 x 44 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 50

Sem título, 2023

Desenho – nanquim e metal pintado sobre papel

Drawing – India ink and painted metal on paper

65,5 x 51 x 8,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 51

Sem título, 2012

Desenho – nanquim e relevo seco sobre papel

Drawing – India ink and emboss on paper

66,5 x 52 x 5,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 53

Simbiótico, 2010

Aço inoxidável e ônix

polidos e fio de lã

Polished stainless steel, onyx and woolen thread

98 x 300 x 130 cm

Foto/Photo: Jaime Acioli

• página 54

Sem título, 2015

Litografia e relevo

Lithography and deboss

106,5 x 78 x 5,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 58

Sem título, 2024

Desenho – aquarela, nanquim, colagem de cartão pintado sobre papel

Drawing – watercolor, India ink, painted cardboard collage on paper

47 x 39 x 5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

• página 59

Sem título, 2015

Litografia e colagem

Lithography and collage

82,5 x 63 x 5,5 cm

Foto/Photo: Daniel Mansur

mero espaço waltercio caldas

28 de maio a 20 de julho de 2024

Albuquerque Contemporânea

Belo Horizonte MG

Texto de Text by Luiz Camillo Osorio

Tradução

Translation

Rebecca Atkinson

Fotografia

Photograph

Daniel Mansur

Jaime Acioli

Finalização de imagens

Image grading

Marcio Martins

Design – catálogo

Marcia Larica

Waltercio Caldas

Agradecimentos

Acknowledgements

Patrícia Vasconcellos Caldas

Albuquerque Contemporânea

Equipe Team

Flavia Albuquerque

Lucas Albuquerque

Angelita Bauer

Carlos Donato

Daniela Schneider

Jade Liz

Jackson Cardoso

Julia Zanon

Maria Silva

Marlon Colar

Raphaella Bauer

Sarah James

R. Antônio de Albuquerque, 885 Savassi 30112-011 Belo Horizonte MG Brasil

T. +55 (31) 3227 6494 C. + 55 (31) 9 9872 1683

www.albuquerquecontemporanea.com @albuquerque.contemporanea contato@albuquerquecontemporanea.com

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