Jornal da Comunidade

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Ano XXIV – N° 1.431 JORNAL DA COMUNIDADE BRASÍLIA, 16 A 22 DE JULHO DE 2016

Regularização de jogos de azar causa polêmica

Tony Winston/Agência Brasília

No duelo de argumentos, há quem defenda o aumento de arrecadação e a transparência com a legalização. De outro lado, o jogo geraria riscos de vício e lavagem de dinheiro. A5

OPINIÃO A2 RICARDO CALLADO

Os movimentos que dizem muito

MARCO ANTONIO PONTES Otimismo suplantado pela tragédia de Nice

ARTIGO

Divulgação

Apoio à autonomia dos estados

PARCERIAS COM MORADORES André borges/Agência Brasília

Renato Araújo/Agência BRasília

Desde o ano passado, 11 espaços comunitários, como praças, em Ceilândia, em São Sebastião e em Sobradinho II receberam melhorias de urbanização por meio de parceria firmada entre o governo e os moradores dessas localidades. A3

Chapada dos Veadeiros reúne cultura tradicional Até o dia 30, a Chapada dos Veadeiros terá apresentações culturais e oficinas em um dos mais significativos eventos multiculturais do Brasil. A8

Análise de projetos cai para uma semana

Refis-N facilita negociação de dívidas

Número de processos de licenciamento de obras em primeira análise na Central de Aprovação de Projetos foi reduzido em 49%. A3

Cerca de 28 mil contribuintes estão inscritos em dívida ativa e devem multas e taxas. Negociação deve começar em agosto. A5

Inadimplência do ensino privado aumenta 8,8% Foi a primeira alta registrada desde 2008. No ano passado, 8,8% dos alunos estava com o pagamento da mensalidade atrasado em mais de três meses. A7


A2

Caderno A

| JORNAL DA COMUNIDADE

Opinião

Os movimentos que dizem muito Por Ricardo Callado

Quem pretende chegar competitivo em 2018 mantém movimentação ativa. Basta acompanhar a agenda política para saber quais são alguns dos postulantes ao Palácio do Buriti. Declaradamente, apenas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é candidato e a adoção de uma nova postura se faz necessária, porque o tempo passa muito rápido. A construção de uma agenda positiva e fora dos gabinetes faz muito bem. Esse choque de realidade é recomendável. O poder é efêmero. Se enfurnar no palácio rodeado de assessores é o primeiro passo para se desconectar do que se realmente pensa do governo. Ouvir a pessoas erradas é o segundo. Perde-se a expectativa do poder muito rápido. É preciso agir hoje para se construir um futuro político. Rollemberg parece que enxergou isso. Tem dois caminhos: ou chega competitivo em 2018 – que já bem ali – ou vira um cadáver político como o ex-governador Agnelo Queiroz (PT). A quem tem poder e deixa escapar resta no futuro analisar os erros cometidos, e o arrependimento, já que muita coisa poderia ser diferente. Os candidatos à vaga de Rollemberg são muitos, e se movimentam pela cidade. Nas últimas semanas, o assessor especial da Presidência da República, Tadeu Filippelli (PMDB), vem sendo visto em várias regiões administrativas. Em feiras, reuniões, comércios, residências. Filippelli hoje é a grande ameaça a Rollemberg, Tem um rol de partidos com bom tempo de TV e lideranças que podem formar um grupo competitivo. Também tem a simpatia do governo federal e pode se tornar o herdeiro político de Joaquim Roriz, ainda hoje, o maior líder que o DF já teve. O deputado federal Alberto Fraga (DEM) está mais vivo do que nunca. Conseguiu reaglutinar a tropa da Polícia Militar e dos Bombeiros a seu favor. Essa semana participou de uma carreata dos militares no centro de Brasília para cobrar aumento salarial de 25,4% e ampliação do plano de saúde. Atualmente, o DF tem 7,8 mil bombeiros militares e 13,6 mil policiais militares. Fraga foi o deputado mais votado em 2014 e ganha espaço na oposição. Fraga afirma que não abre mão de ser candidato ao GDF, tenta se cacifar no grupo de centro e de direita, e dos leitores que estão abandonando a esquerda e centro esquerda. O deputado Federal Rogério Rosso (PSD), outro candidato ao Governo do Distrito Federal, não está nas ruas, mas em todos os veículos de imprensa. Pela segunda vez este ano está no olho do furacão. Primeiro, quando presidiu a Comissão Especial do Impeachment e, agora, como um dos principais candidatos á Presidência da Câmara dos Deputados. Os holofotes estão em cima dele. As citações de Rosso na Operação Caixa de Pandora são muito ruins para ele. O delator Durval Barbosa saiu em sua defesa. Isso pode ser bom ou ruim, depende do ponto de vista. Rosso tem que virar essa página. Depois de tudo esclarecido, terá um caminho mais tranquilo para montar sua estratégia, seja para a sua defesa, ou de sua candidatura ao Buriti. Depende qual a verdade aparecerá. Outro sempre citado como candidato ao Buriti é o senador Cristovam Buarque (PPS). O ex-governador está em uma peregrinação pelo Distrito Federal como nunca se viu. Parece agenda de campanha. Cristovam pode finalmente tomar coragem e disputar novamente ao GDF. Se a estratégia for para renovar o seu mandato de senador, sai na frente dos adversários. Outra possível candidata ao governo, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), tem duas estratégias em sua mesa. Em ambas terá vitórias e derrotas. A primeira é renovar por dois anos o comando no Legislativo distrital. Se conseguir, chegará forte em 2018, mas terá muitas faturas políticas. O outro caminho é deixar a presidência da CLDF e partir agressivamente para a oposição. Se o governo chegar às vésperas da eleição com baixos índices de popularidade, Celina se tornará a principal voz contrária. Será um embate de destruição entre Rollemberg e Celina. Ambos irão perder, mas sempre perde mais quem mais tem. O deputado federal Izalci Lucas (PSDB) corre por fora e tenta se tornar um nome de consenso de centro-direita. Terá uma missão muito difícil. O fator judiciário pode deixar alguns candidatos pelo caminho, tornando Izalci um nome viável. O parlamentar tucano vem se preparando para o embate e com o discurso de oposição na ponta da língua, precisa anda mais nas cidades. Rollemberg, Filippelli, Alberto Fraga, Rosso, Celina e Izalci são os nomes colocados na disputa ao Buriti. Um ou outro ficará pelo caminho. Também aparecerão outros, mas sem competitividade. Vence que tiver a melhor estratégia e conseguir aglutinar mais apoio. Não se ganha eleição na rixa e na discórdia. O resto são secos e molhados. Conselho de Administração Ronaldo Martins Junqueira Presidente

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Diretoria Executiva Cláudio Santos Diretor Administrativo/Financeiro Darlan Toledo Gerente Industrial

Brasília, 16 a 22 de julho de 2016

Comunicação&Problemas Marco Antônio Pontes – Tributo a Octavio Malta (Última Hora, Rio, circa 1960) marcoantonidp@terra.com.br

Pessimismo... São quase todos pessimistas os observadores da crise brasileira, e isso não se deve ao próximo e final julgamento do impeachment. A maioria dá como certo e aplaude o desfecho, mas não tem expectativas tão favoráveis quanto à capacidade do governo ainda interino, mesmo ao confirmar-se, de superar os impasses econômicos e políticos que herdou. E tampouco atribuem importância, esses críticos, aos indicadores econômicos de provável, embora lenta reversão do desastre e veem nuvens plúmbeas sobre o ambiente político, ainda que reconheçam melhoras em seu trato pelo Executivo. ...retroalimentado... Tais expectativas alimentam e retroalimentam-se no ceticismo, até certo ponto saudável, da sociedade cuja confiança foi fraudada nos treze anos de poder petista. Mesmo assim, não vejo razões para tanto pessimismo. Um olhar ao passado recente encontrará progressos concretos e constatará que poucos meses foram necessários para afastar duas assombrações opostas: o poder petista que ‘aparelhou’ o governo para enganar a opinião pública e assaltar o erário, de um lado e de outro a turma do Eduardo Cunha, líder voltado para a malversação do estado cujo currículo melhor se diria prontuário policial. ...descabido... Convenhamos, não são sucessos desprezíveis, neste 2016 que se iniciara em mrio a incertezas quanto à retirada do poder, no Congresso e no Executivo, dos grupos que provocavam e-ou não sabiam nem queriam superar as dificuldades. De sua parte o notório czar de uma ‘bancada’ particular, a maior da Câmara, agia como se navegasse mar tranquilo, hábil no manejar o velame dos regimentos. E o Pt no governo agarrava-se ao rochedo

do neopopulismo enquanto seu chefe resistia, impávido, às investidas lei. ...e desmentido Hoje um e outro igualam-se nas chances de salvar-se, nos dois casos próximas de zero. Consta que em depressão, Lula cumpre tabela à cata de senadores que protagonizem improbabilíssima reversão de tendências. Eduardo Cunha não parece melhor, empenhado em mais das mesmas manobras que não deram certo e, emblema do fracasso, emocionado na parcial admissão da derrota; pior: quando em desespero tentou reagir, na Comissão de Constituição e Justiça, fê-lo com raiva, a ameaçar seus pares. (‘Jabuticabas’ Alguém já disse que o Brasil é sui generis: aqui prostitutas têm orgasmos no exercício da profissão, traficantes drogam-se com o produto que comercializam... A voz embargada, dificilmente fingida do ex-todo-poderoso deputado ao renunciar à presidência da Câmara inaugura outra ‘jabuticaba’: corruptos choram quando apanhados.) Tragédia universal Eu escrevera as notas anteriores e pensava concluir esta coluna em igual tom otimista quando ocorreu a tragédia em Nice. Tragédia universal: aconteceu em França justo no 14 de julho, data da queda da Bastilha, fortaleza-prisão junto com a qual em 1789 desabaram o ancien regime e o conceito absolutista para dar lugar a inaugural estado democrático sob o lema “liberté, egalité, fraternité”. Contra a humanidade Escrevo agora sob o impacto da ignomínia, da revolta ante a cruel-

dade, insanidade do atentado contra pessoas que alegremente cultuavam os ideais generosos da Revolução Francesa. Foi exatamente isso que os terroristas tentaram atingir: eles abominam liberdade, igualdade, fraternidade, conceitos que pretendem substituir por preceitos autoritários ditos teológicos, fruto de interpretação excludente da religião que professam. Eles querem assassinar, além dos inocentes vitimados em Nice, a democracia e demais avanços da humanidade. Desastre em dobro A emoção é má conselheira, mas não vou esperar a próxima coluna para concluir que governos desnaturados eventualmente constituídos nas democracias ocidentais são em grande parte culpados pela escalada do terror. A guerra contra o Iraque, insana empresa desencadeada por Bush e seus fundamentalistas para vingar, no alvo errado, a barbárie contra as torres gêmeas de Nova Iorque, derrubou além de Sadam Hussein o precário equilíbrio do Oriente Médio e desde então, duplo desastre, inibe o Ocidente de reagir militarmente até quando intervenções são necessárias para preservar valores da humanidade. Guerra a escolher É claro que me refiro ao Estado Islâmico, contra o qual a guerra limitada a bombardeios localizados tem-se revelado ineficaz. Ou bem os governos do Ocidente decidem mobilizar tropas para destruí-lo onde se aloja, nas áreas já conflagradas da Síria e Iraque, ou seguiremos todos a amargar derrotas em atentados cada vez mais frequentes e destruidores.

Artigo

Apoio à autonomia dos estados O atual governo federal demonstra já, nos primeiros meses de trabalho, mesmo que interinamente, que trabalha com os olhos voltados para o futuro, especialmente quando se trata das Assembleias Legislativas estaduais. O presidente Michel Temer teve uma iniciativa nobre, inteligente e de valor, quando recebeu, esta semana os presidentes das Casas legislativas no Palácio do Planalto. O momento é histórico se considerarmos que, esse afastamento do governo federal, já chega há 52 anos, portanto, desde 1964. Temer acertou, faltava esse diálogo direto com o Legislativo Estadual, embora nunca tenha faltado diálogo com os governos estaduais. Mas, a partir de agora, as coisas estão mudando. O encontro histórico reuniu no Palácio do Planalto a presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputada distrital Celina (PPS), e a presidente da Unale, deputada estadual Ana Cunha (PSDB-PA), assim como outros membros da Unale. O presidente contou com uma mesa cheia, farta de assuntos para serem discutidos com quem sente na pele necessidade do fortalecimento de estados e municípios. Juntos, ficaram muito mais fortes para pedir apoio à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47, em tramitação no Senado, que amplia o poder das assembleias estaduais em criar leis. E o presidente gostou do tema, se empolgou e falou por mais de uma hora. Durante o encontro, Temer garantiu apoio aos pleitos dos parlamentares estaduais e reconheceu que, há décadas, houve um distanciamento dos poderes Executivo e Legislativo. E disse que pretende reaproximar os setores. Além disso, reiterou que defende a descentralização do poder no País. Temer enfatizou que hoje se vive uma federação irreal, disfarçada, fruto de uma vocação

Redação Alexandre Alves Diagramador Silvana Amaral Chefe de Reportagem Eron de Castro Editor de Arte

centralizadora que levou o país a uma crise atrás de outra. Para ele, não adianta distribuir competências sem distribuir recursos. Ele garante que o governo tem o dever de defender suas instituições estabelecendo um novo pacto federativo. E foi taxativo que se deve descentralizar, tirar da União para dar aos estados. Temer também teve tempo para fazer um diagnóstico do Brasil e de todas as suas ações nos 60 dias de governo, como se fosse uma prestação de contas. A deputada Celina Leão tem um entendimento sobre a descentralização do Poder. A parlamentar avalia que não é abrir mão do Poder, mas sim dividir o Poder, para que o Brasil se desenvolva. Para ela esse é um passo muito importante que foi apoiado por Temer que disse ser favorável a essa causa. A parlamentar avaliou ainda a questão da igualdade e da equidade entre os poderes, destacando que o parlamento estadual toma agora seu lugar que é realmente lado a lado com o Executivo, com o Judiciário, representando a vontade da população. Celina Leão focou sobre a necessidade do fortalecimento dos parlamentos e defendeu a PEC 47 que, se aprovada, já vai aumentar a competência legislativa das Assembleias Estaduais. Para a presidente da CLDF, o verdadeiro federalismo nacional, mantém os estados, mas federados, mas com autonomia verdadeira, para poder resolver os seus problemas, poder legislar em cima da cultura e da tradição do seu povo, da identidade regional, o que é bem diferente de um estado para outro. O encontro foi demorado, mas as Assembleias Legislativas precisavam desse tempo para lavar a alma. E o presidente Temer precisava ouvir sobre o que pode fazer do Brasil um País muito melhor.

Editado e impresso por Comunidade Editora Ltda. SIG Q 2 nº 580 ‑ CEP: 70610‑420 ‑ Brasília/DF Publicação semanal e distribuídos gratuitamente no Lago Sul, Lago Norte, Asa Sul, Asa Norte, setores Octogonal, Sudoeste e Águas Claras. Geral: (61) 3441‑0200 / Comercial: (61) 3441‑0272 / Redação: (61) 3441‑0212 / Criação: (61) 3441‑0219 www.maiscomunidade.com.br / www.jornaldacomunidade.com.br / redacao@grupocomunidade.com.br


Caderno A

Brasília, 16 a 22 de julho de 2016

Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal de quarta-feira (13) o Plano de Ocupação de Quiosques e Trailers do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento, que inclui a Cidade do Automóvel e a Estrutural. No documento, são mapeados 48 espaços que poderão ser ocupados, com a respectiva metragem e as possíveis destinações. O plano vai permitir a localização do lugar por meio de coordenadas geográficas, o que facilitará eventuais revisões e adaptações. Previsto na Lei nº 4.257, de 2008, o Plano de Ocupação de Quiosques e Trailers define a localização exata, o tamanho e as atividades que podem ser desenvolvidas nesses espaços. Em Brasília, já há o planejamento em Águas Claras, no Setor Comercial Sul, em Brazlândia, na Octogonal e no Sudoeste. O Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) é o primeiro lugar a receber o documento na atual gestão.

Localização O plano foi elaborado por meio de vistorias e de ferramenta de geoprocessamento para identificação dos quiosques implantados. A análise para locação considerou a possibilidade de manter aqueles já instalados e cujas permissões estão regulares. Quando não foi possível definir a adequada localização do quiosque ou do trailer, por meio de deslocamento, relocação ou adequação de suas dimensões, a decisão foi terminar com a locação do ponto. A partir do plano, quem estiver com a autorização em dia poderá ajustar suas atividades e licenciar o serviço. Com o documento, a disposição de quiosques e trailers ocorre de forma organizada e planejada, considerando informações básicas de acessibilidade, trânsito e paisagem urbana, por exemplo. Segundo a subsecretária de Gestão Urbana da Secretaria de Gestão do Território e Habitação, Cláudia Varizo, o governo já trabalha de forma avançada na construção do projeto do Setor Central do Gama e do Park Way e na complementação de Águas Claras. Sempre que houver necessidade, o plano poderá ser revisto para adequar a exploração das atividades econômicas à dinâmica do crescimento urbano. (Mariana Damaceno, da Agência Brasília).

administração Segundo o administrador regional do SCIA, Evanildo da Silva Macedo Santos, há 71 termos emitidos para a montagem de quiosques. Desses, apenas 29 estão com a documentação regular. De acordo com ele, é preciso que todos compareçam à administração para se informar sobre sua situação e os possíveis passos para licenciar o serviço. Administração Regional do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento Setor Central, Área Especial 5, na Estrutural – Segunda a sexta-feira – Das 8 horas ao meio-dia ou das 14 às 18 horas

Banco Central

Atividade econômica cai 0,51% em maio A atividade econômica voltou a cair em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,51% em maio, comparado a abril. Em abril, houve uma interrupção de 15 meses seguidos em queda, com crescimento de 0,07%, na comparação com março, de acordo com dados atualizados. Na comparação entre maio deste ano e maio de 2015, houve queda de 1,86%, de acordo com os dados sem ajustes, já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em maio, a retração ficou em 5,43% e no ano, em 5,79%.

Avaliação de projetos cai para uma semana Central tinha 1,78 mil projetos acumulados na primeira etapa e o número diminuiu para 875 A quantidade de processos de licenciamento de obras no Distrito Federal que aguardavam a primeira análise na Central de Aprovação de Projetos foi reduzida em 49% de abril até essa terça-feira (12). De acordo com a Secretaria de Gestão do Território e Habitação, em abril, a pasta tinha 1,78 mil projetos acumulados na primeira etapa de verificação de regularidade da obra, e o número diminuiu para 875. De janeiro a março, essa avaliação inicial levava, em média 32 dias — a atual é de uma semana. A agilidade é resultado da reestruturação que ocorreu em abril na central, respon-

CONCENTRADO O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, conta que, para dar andamento nos processos, houve um esforço concentrado, com mutirões de análises. O aumento da equipe técnica — de 27 para 46 servidores (até o fim do mês, serão contratados sete) — também contribuiu para a rapidez das averiguações. Além disso, os técnicos (novos e antigos) ainda passaram por treinamento para padronizar o entendimento das legislações.

sável por aprovar construções de comércios, igrejas e escolas, entre outras. Com a mudança, a análise das propostas foi dividida em três diretorias, conforme os perfis das obras — grandes empreendimentos; de médio e pequeno portes; e públicas. Além disso, cada uma das diretorias ficou responsável pela análise de todos os aspectos do projeto, como os

urbanísticos e os legais. No modelo anterior, cada uma analisava somente parte da proposta, que precisava de assinaturas de áreas diferentes para ser aprovada. “Conseguimos analisar cerca da metade dos projetos que estavam pendentes. E nesse meio tempo ainda entraram novos. É um avanço histórico”, comemora o secretário. Agora, a

meta é, até setembro, fazer todos os arquivos acumulados passarem pela primeira avaliação dos técnicos. “Isso representa uma devolutiva (resposta) mais rápida para a população”, diz Andrade. A depender do cumprimento de critérios de aprovação de uma obra, um projeto pode passar por diversas fases de avaliação, explica o secretário. Segundo ele, há cerca de dois mil projetos na central que precisam de ações do interessado, e as diferentes características de cada um dificultam a estimativa de um tempo total para a tramitação. (Jade Abreu, da Agência Brasília).

INICIATIVA Tony Winston/Agência Brasília

Quiosques têm áreas definidas para ocupação

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OBRAS Renato Araújo/Agência Brasília

SCIA

JORNAL DA COMUNIDADE |

A iniciativa faz parte do projeto Ações Urbanas Comunitárias, da Codhab

Praças de Brasília passam por serviços de revitalização Parceria entre população e governo passou por três regiões administrativas Uma praça na Quadra 601 do Pôr do Sol (Ceilândia) e outra no Setor Habitacional Ribeirão, no Condomínio Porto Rico (Santa Maria), serão revitalizadas neste mês. A primeira começou a receber os serviços no sábado (9) e haverá outra intervenção no dia 30. A segunda passará pelo mesmo processo neste sábado (16) e no dia 23. A iniciativa faz parte do projeto Ações Urbanas Comunitárias, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab). Neste segundo semestre de 2016, praças na Vila Cauhy (Núcleo Bandeirante), na Estrutural e em Brazlândia serão contempladas. Desde o ano passado, 11 espaços em Ceilândia, em São Sebastião e em Sobradinho II receberam melhorias. De acordo com o coordenador de Ações Urbanas Comunitárias, da Codhab, o arquiteto Luiz Sarmento, os mutirões estão progra-

melhorar a região Em 2 de julho, a ação ocorreu na Praça do Ipê, no Setor Habitacional Buritizinho, em Sobradinho II. O local teve melhoria das fachadas voltadas à praça, instalação de calçadas na área central e de bancos, criação de horta com ervas medicinais, colocação de dois painéis artísticos, cercamento da área, nivelamento do solo e preparo do local para plantio de árvores na época da chuva. Cerca de 150 pessoas participam de cada ação do projeto. Elas contam com o apoio de dois arquitetos, um estagiário e uma equipe de obra com cinco pessoas. Ainda colaboram com o projeto os técnicos em arquitetura e urbanismo lotados nos postos de assistência da Codhab. Projeto concretizado com doações e parcerias Sarmento frisa que o investimento é mínimo, pois o projeto ocorre basicamente com doações, reaproveitamento de material e utilização da estrutura já existente. Além da contribuição de material, como tintas e equipamentos de pintura, feita pela iniciativa privada, colaboram a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Agência de Fiscalização do DF (Agefis). “A única frente que precisa de orçamento específico é a Se Essa Rua Fosse Minha”, destaca o arquiteto. São cerca de R$ 3 mil por ação, com recursos da própria Codhab, destinados para a revitalização de fachadas. Foco em áreas carentes com comunidade mobilizada Além da prioridade para aquelas regiões onde há escritórios da companhia, existem outros critérios para seleção dos locais que recebem os mutirões. Entre eles, destaca-se o fato de a área estar em acordo com o projeto urbanístico; regularizada, apresentar facilidade de regularização ou de inclusão em projeto de regularização; a existência ou iminência de implementação de infraestrutura; e a comunidade estar mobilizada para participar do processo. A elaboração urbanística obedece a uma série de passos que começa com a identificação da necessidade da comunidade e termina com as visitas técnicas de avaliação e manutenção do espaço, que também têm o objetivo de manter os moradores mobilizados. Voluntários são bem-vindos Quem quiser participar dos mutirões pode se cadastrar pelo portal do projeto. A pessoa passa a receber informações sobre as ações, como quando e onde serão as próximas.

mados para as dez comunidades que abrigam escritórios de assistência técnica da companhia. O objetivo é transformar o aspecto do espaço público com esfor-

ços do governo de Brasília e da sociedade. A primeira atuação conjunta para revitalização de uma área pública ocorreu em outubro de 2015, quando uma rua do

Sol Nascente, em Ceilândia, recebeu intervenções. À época, o projeto se chamava Se Essa Rua Fosse Minha. (Ádamo Araujo, da Agência Brasília). CMYK


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Caderno A

Brasília, 16 a 22 de julho de 2016

DINHEIRO

Hora não é apropriada para conceder aumentos O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), criticou duramente o momento inoportuno do PLC 32/16 que reajusta o salário de defensores públicos da União. A maté-

ria, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), eleva o ordenado da categoria a valores que chegam a até R$ 31 mil. Para Caiado, faltou bom senso ao governo federal e aos senadores que estão

a atender a uma pauta corporativa em contradição ao momento econômico do país. “Onde está o bom senso? Onde está o equilíbrio da CCJ em votar favoravelmente um reajuste diante do atual momento econômico do país? Cabe lembrar que estamos falando de uma categoria que tem a garantia

constitucional ao salário. Do outro lado da corda, estamos com 12 milhões de desempregados que hoje só conseguem agendar uma consulta ao salário-desemprego para setembro”, disse. Caiado alertou também para a reação negativa que a aprovação terá diante da opinião pública. “Nesse momento

em que as corporações estão sequestrando o Estado, vamos ver uma reação em cadeia onde a indignação da sociedade vai comprometer o ambiente de governabilidade do país”, afirmou.

Antônio Cruz/Agência Brasil

Caiado diz que aprovar reajuste a servidores neste momento é falta de bom senso

EMENDAS

Liliane quer Centro do Idoso e vedar atraso Construção do Centro de Referência do Idoso, criação de Centros de Inclusão Digital em regiões administrativas de Brasília, e instalação do Programa Saúde na Família. Essas são três das emendas apresentadas pela vice-presidente da Câmara Legislativa, deputada Liliane Roriz (PTB) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2017. Outras duas emendas de Liliane também foram aprovadas: uma impede que o GDF atrase ou parcele pagamento dos servidores e a outra exige justificativa de melhoria no serviço público prestado quando houver reajuste em tarifas. Liliane Roriz disse que apresentou emenda para a construção do Centro de Referência da Saúde do Idoso, “porque é fato que o número de idosos no DF está aumentando sobremaneira. Trata-se de uma parcela da nossa população que

Divulgação/Cedoc

Vice-presidente da CLDF quer, ainda, inclusão digital e Saúde da Família

Deputado diz que vai trabalhar para ter maioria

requer cuidados específicos e o Centro será o lugar certo para esse atendimento”. Para a distrital, a criação de Centros de Inclusão Digital é essencial para inserção de cidadãos, principalmente os jovens, no mercado de trabalho. “Esse segmento absorve muita mão de obra, mas para isso é preciso ter gente capacitada e os centros serão fundamentais nesse processo”, explica Liliane.

APROVADO

Projeto proíbe a venda casada para crianças A Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei que proíbe a comercialização de brindes, brinquedos e afins em conjunto com refeições destinadas ao público infantil em restaurantes e lanchonetes do DF. O PL nº 1.374/2013, que proíbe a venda casada desses itens, foi proposto pelo deputado Joe Valle (PDT). “A venda casada de refeições com brindes e brinqueCMYK

dos incentiva o consumo de alimentação rica em açúcares e gordura. Muitos pais não resistem aos apelos dos filhos pelos brindes e acabam permitindo o consumo”, explica Valle. De acordo com o texto, fica permitida a venda de alimentos com brindes ou brinquedos, desde que também possam ser adquiridos separadamente, de acordo com a escolha do consumidor.


Caderno A

Brasília, 16 a 22 de julho de 2016

JORNAL DA COMUNIDADE |

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REFIS-N

JOGOS DE AZAR

Débitos não tributários poderão ser renegociados

PGR ataca legalização; instituto quer marco

PARCELAS Critérios para descontos e números de parcelas DESCONTOS

PARCELAS

99%

À vista

90%

2

85%

3

80%

4

75%

5 a 12

70%

13 a 24

65%

25 a 36

60%

37 a 48

55%

49 a 60

50%

61 a 120

R$ 1,031 bilhão De acordo com a Secretaria de Fazenda, cerca de 18 mil pessoas físicas e dez mil jurídicas estão inscritas em dívida ativa e em condições de ingressar no Refis-N. O montante devido por eles é de R$ 1,031 bilhão. Multas com o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) não são passíveis de renegociação, pois são balizadas por leis federais. Débitos com a Companhia Energética de Brasília (CEB) e com a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) também não entram no acordo. O benefício máximo (99%) é oferecido para quem pagar os débitos à vista. Quem não quiser liquidar o passivo de uma vez só poderá parcelá-lo em até 120 vezes. Quanto maior o número de meses, menor o desconto (veja a tabela com os critérios). O valor a ser pago mensalmente não pode ser inferior a R$ 50 para pessoas físicas e a R$ 200 para jurídicas.

Refis de 2015 renegociou R$ 1,1 bilhão O Refis de 2015 renegociou cerca de R$ 1,1 bilhão de débitos tributários. Desse valor, aproximadamente R$ 300 milhões foram pagos à vista, e o restante dividido em até 120 parcelas. Os recursos contribuíram para o governo não atrasar a folha do funcionalismo e manter em dia o pagamento de fornecedores em 2015. O Refis ainda reduziu em mais de 70 mil a quantidade de processos que tramitavam na Vara de Execução Fiscal.

Há temor de que o jogo geraria riscos de um novo espaço de vício e lavagem de dinheiro Dois projetos sobre legalização de jogos de azar em tramitação no Congresso Nacional trouxeram à tona um tema polêmico que está cercado de posições contrárias e favoráveis à possível mudança da legislação. No duelo de argumentos, de um lado há quem defenda a hipótese de aumento de arrecadação e a transparência que a legalização proporcionaria. De outro lado, existe o temor de que o jogo geraria riscos de um novo espaço de vício e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal (MPF), por exemplo, é contrário à ampliação das modalidades de jogos consideradas legais. “A experiência do MPF é muito negativa na atuação contra essas organizações criminosas que exploram os jogos de azar hoje no Brasil”, disse o procurador da República Peterson de Paula, secretário de Relações Institucionais do MPF. “Os jogos criarão mais dificuldades para atuação do Poder Público, continuarão a praticar crimes e terão mais desenvoltura nesse trabalho.” O Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL) defende a legalização e a criação de um marco regulatório para essas atividades em colaboração com os Poderes. “O Instituto Brasileiro Jogo Legal vê com ânimo e otimismo a iniciativa do Congresso Nacional em legalizar o jogo no Brasil apesar de a gente viver um atraso histórico de quase 75 anos nessa legislação”, disse o presidente da instituição, Magno José. Responsável por estimular estudos e pesquisas sobre os jogos, o instituto estima que o jogo legal movi-

DUELO DE ARGUMENTOS Reprodução da Internet

Contribuintes que devem ao governo do DF terão mais uma chance de limpar o nome. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, sancionou na quinta-feira (14) a Lei nº 5.668, de autoria do deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB). A matéria institui o Programa de Incentivo de Regularização de Débitos Não Tributários (Refis-N). A previsão é que a renegociação comece em agosto. Diferentemente das duas versões do Refis em 2015, desta vez, dívidas de impostos não poderão ser deduzidas. O programa atual oferecerá descontos de até 99% sobre juros e multas para pessoas físicas e jurídicas que sanarem seus passivos relacionados a taxas e multas com alguns órgãos do governo. O Instituto de Defesa do Consumidor do DF (Procon-DF), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Defensoria de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Saúde, o Transporte Urbano do DF (DFTrans) e as administrações regionais são os que mais têm débitos a receber.

ARRECADAÇÃO As modalidades em que se pretende ampliar a legalização são o videopoker, as máquinas de caça-níquel para bingos. A clientela que o segmento tem como foco pode ser públicos de “baixa e média renda”. No entender da procuradoria, o jogo seria prejudicial porque atrairia pessoas PGR que não têm economias. “Essas pessoas pegariam parte da renda que usariam no supermercado, no cinema, em roupa e vai transferir esse dinheiro para o jogo. Então, a tributação só muda de segmento”, disse o procurador da República Peterson de Paula

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A primeira vantagem de se ter o jogo legalizado é que se torna possível controlar e arrecadar com essa atividade. “Além disso, você vai ter geração de investimentos através da construção de cassinos, casas de bingo, entre outras atividades e também você vai ter oportunidade de gerar novos empregos e de regularizar empregos que existem hoje na clandestinidade”, defende o jornalista Magno José.

LAVAGEM DE DINHEIRO Quando a indústria dos jogos na clandestinidade se fortalece, chega um momento que precisa ganhar a legalidade para ampliar os negócios. “O empresário que explora os jogos vai ter dificuldade de começar a justificar aqueles ganhos porque lava dinheiro em um lugar ou outro, PGR mas isso cria problemas”, afirma o procurador. “Com a legalização, ele ganha um espaço maior para lavagem de dinheiro. É um segmento que satura do ponto de vista da clandestinidade e precisa ganhar a luz do dia”

IJL

Lavar dinheiro em jogo é caro e arriscado, entende o instituto. Existiriam atividades prestadoras de serviços em que o ‘lavador’ pagará apenas 16,33% em tributos Federal e municipal. “A legislação brasileira obriga que prêmios acima de R$ 10 mil sejam informados pelos operadores de jogos e loterias ao Conselho de Controle de Operações Financeiras – COAF, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável pela fiscalização sobre lavagem de capitais no país, além da tributação de 27,5% de Imposto de Renda sobre o prêmio”.

VÍCIO Nos Estados Unidos, Europa, o jogo traz o “ludopata”, o sujeito que não consegue controlar esse vício. O Sistema Único de Saúde não teria condições de cuidar dessas pessoas doentes. PGR “Hoje, o SUS tem dificuldade de cuidar do próprio viciado em drogas. Os centros de atendimento especializados não se estruturam no nosso país”, afirma Peterson de Paula. “Custa crer que esse novo impacto no nosso sistema de saúde teria uma resposta adequada”.

IJL

Quando se traz o jogo pra legalidade, torna-se possível controlar a operação do jogo. “Você passa a ter informações precisas para poder estabelecer qual a quantidade de jogadores patológicos”. Para o instituto, as políticas públicas poderão minimizar o impacto desse problema. “Poderão ser criadas também campanhas educativas para minimizar o impacto do jogo”.

menta hoje no país cerca de R$ 14 bilhões enquanto o jogo ilegal movimenta em torno de R$ 20 bilhões.

“Baseados nessas premissas de que o Brasil já tem jogo legal e tem jogo clandestino, nós entendemos que é

oportuno que o Congresso Nacional crie uma lei para trazer esse mercado clandestino para a legalidade.”

(Saulo Araújo, da Agência Brasília).

FGV

PIB acumula queda de 4,7% em 12 meses O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumula queda de 4,7% em 12 meses, segundo o Monitor do PIB de maio da Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa é a 17ª queda consecutiva do indicador, que registrou recuo ligeiramente inferior ao observado em abril (-4,8%). Dez dos 12 setores produtivos pesquisados têm queda no acumulado de 12 meses, com destaque para a indústria da transformação (-9,9%), comércio (-9,9%), transporte (-7,4%) e construção (-5,7%). Outros setores com redução no acumulado de 12 meses são outros serviços (-3,7%), serviços de informação (-3,3%), indústria extrativa mineral (-3%). CMYK


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QUALIDADE DE VIDA Dinah Feitoza/Cedoc

Odontologia previne infecção em paciente Cuidado é essencial para os pacientes em estado crítico

A área vem sendo reconhecida como fundamental no tratamento de pacientes em estado crítico. Cirurgiãs dentistas do Hospital Brasília esclarecem essa importância e quais são os riscos da falta de cuidados com a

cavidade bucal nos pacientes hospitalizados. Quando internado em um hospital, a maioria dos pacientes não consegue cuidar apropriadamente de sua higiene bucal e nem sempre são internados em con-

dições bucais saudáveis. O paciente crítico, internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresenta uma série de limitações graves, e por vezes progressivas, que podem complicar ainda mais esta situação. O impacto da falta de cuidados bucais no paciente hospitalizado geralmente facilita o surgimento e o agravamento de lesões locais, que, quando não tratadas de forma correta, podem se tornar porta de entrada para infecções graves como pneumonia e sepse. A Odontologia Hospitalar é uma área que vem sendo reconhecida como fundamental na equipe multidisciplinar para garantir a saúde dos pacientes internados. “A assistência odontológica deve garantir que a boca do paciente não se torne um ambiente favorável à colonização e crescimento de micro-organismos, principalmente os multirresistentes”, explica a patologista bucal do Grupo Oris, Daniela Ribeiro. De acordo com Maria de Lourdes Worisch, diretora técnica do Hospital Brasília, a instituição tem como estratégia ser referência em áreas complexas, tais como: pacientes críticos – adultos e pediátricos; onco-hematologia; cirurgias de grande porte – cardíacas, neurocirurgias e ortopedia, e transplantes. “Para tanto, a inclusão da Odontologia Hospitalar às populações acima mencionadas vem qualificar e minimizar riscos a essa clientela”, afirma a diretora. De acordo com a responsável técnica da equipe de Odontologia Hospitalar do Hospital Brasília, Celi Vieira, além dos estudos científicos que evidenciam a relação de doenças bucais com diabetes, cardiopatias, doenças respiratórias, dentre outras, são necessárias também investigações que correlacionam às infecções bucais com as complicações que postergam a permanência de pacientes sob cuidados hospitalares e a necessidade de uso de antimicrobianos. Além da prevenção de infecções, a odontologia no hospital tem se tornado

Rúbio Guimarães/Cedoc

Maioria dos internados não consegue cuidar apropriadamente de sua higiene bucal

Maria de Lourdes Worisch diretora do hospital

Legislação Desde 2010, a resolução RDC7 da Anvisa dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A assistência odontológica hospitalar está entre os serviços obrigatórios à beira leito. Em maio deste ano, o Projeto de Lei da Câmara PLC 34/2013, que regulamenta a presença do cirurgião-dentista nas UTIs e inclui a assistência odontológica no atendimento e internação domiciliares do Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Hoje, ele encontra-se para deliberação do plenário. Se aprovado, o texto voltará ao exame da Câmara dos Deputados, em face das mudanças realizadas pelo projeto no Senado.

uma especialidade-chave para a promoção de bem-estar e manutenção da autoestima do paciente, como na área da Oncologia, com a aplicação da laserterapia odontológica para prevenção de mucosite lesões causadas em virtude dos quimioterápicos – em pacientes oncológicos. ”Os quimioterápicos utilizados no tratamento do câncer têm como efeito adverso o acometimento das células epiteliais que revestem a mucosa bucal, diminuindo a sua capacidade de cicatrização, podendo levar a processos inflamatórios e formação de úlceras locais, conhecidas como mucosites, que geram dor, mal-estar, dificuldade de deglutir os alimentos, além se serem uma porta de entrada para novas infecções. A laserterapia é uma das formas de prevenção e tratamento dessas lesões”, explica Daniela Ribeiro, patologista bucal.

Descontaminação A equipe de odontologia do Hospital Brasília, formada por dez cirurgiões dentistas e duas técnicas de saúde bucal, ainda realiza tratamentos de descontaminação bucal mecânico, químico e fotodinâmico. A terapia fotodinâmica antimicrobiana é um novo procedimento realizado a laser de baixa intensidade, não invasivo, que não causa resistência microbiana, direcionado ao tratamento de infecções de mucosas bucais, dentes e tecidos periodontais. Todos os procedimentos realizados são previamente explicados e realizados em conformidade com o corpo médico responsável pelo tratamento destes pacientes e mediante o consentimento das famílias. “Os cuidados bucais devem ser incluídos no conceito de saúde integral e precisa ser considerado e aplicado nas instituições de saúde. Lesões bucais correlacionadas a doenças sistêmicas, embora pouco divulgadas, são comuns e de maior prevalência em ambiente hospitalar”, destaca Celi Vieira.

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PESQUISA

ENSINO PRIVADO

Brasil precisa ampliar o investimento

Inadimplência tem primeiro aumento

Estudantes premiados na Olimpíada Estudantes do Distrito Federal premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) de 2015 foram homenageados na cerimônia regional de premiação, no Museu da República, em Brasília. Ao todo, os alunos do DF conquistaram 180 medalhas: 13 de ouro, 51 de prata e 116 de bronze. Além disso, mais 686 estudantes receberam menções honrosas. Na cerimônia, professores também receberam da Obmep diplomas de mérito e as escolas que se destacaram foram premiadas com troféus e kits esportivos e didáticos. A estudante Rebeca Santana Santos Silva, 14 anos, participou pela primeira vez da olimpíada e recebeu menção honrosa. Ela cursa o 8° ano no Centro de Ensino Fundamental 15 do Gama e disse que tem facilidade com matemática por gostar muito da matéria. “Quero me formar em engenharia mecatrônica, então, estudo matemática sempre. Com isso eu também já estava me preparando para a Obmep”, contou. Com a menção honrosa em sua primeira participação, a estudante quer uma medalha na próxima para ter direito a uma bolsa no Programa de Iniciação Científica. Pelo programa, medalhistas da Obmep tem a orientação de professores de instituições de ensino superior e pesquisa para o estudo da matemática. O coordenador da Obmep no Distrito Federal, Reginaldo Ramos, conta que 250 mil alunos da rede pública foram inscritos na competição e muitas escolas fizeram atividades específicas de preparação para a Obmep. Segundo Ramos, a competição traz boas oportunidades para os estudantes e pode indicar a escolha do futuro profissional.

A olimpíada O objetivo da Obmep é incentivar o ensino de matemática e descobrir talentos entre estudantes das escolas públicas brasileiras. A partir da olimpíada, diversos jovens passam a disputar competições internacionais e são incentivados a seguir carreira na área das ciências exatas. Podem participar da competição alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, e do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. As avaliações são aplicadas em duas fases. Na primeira, os estudantes resolvem questões objetivas de múltipla escolha. Os classificados para a segunda fase resolvem questões dissertativas, onde devem expor os cálculos e raciocínio utilizados. Participaram da cerimônia de premiação no DF representantes do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), do Ministério da Educação, da coordenação regional da Obmep e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

A inadimplência no ensino superior privado registrou a primeira alta desde 2008, de acordo com levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Em 2015, 8,8% dos alunos estava com o pagamento da mensalidade atrasado em mais de três meses. A taxa, que em 2008 era 10%, manteve-se constante em 2009 e, desde então, registrou quedas até atingir o patamar de 7,8% em 2014. “Isso é um dado negativo, mas é algo que todo mundo já esperava, devido à crise no Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e à crise econômica que atinge o país”, diz o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato. Segundo ele, a taxa de inadimplência no setor foi mais elevada que a média dos demais setores em 2015, que ficou em 6,2%. O levantamento mostra que as instituições de pequeno porte, com até dois mil alunos, são as que mais sofrem com a inadimplência, com um índice de

Diretor executivo do Semesp Rodrigo Capelato

10,4%, em 2015. Nas instituições de grande porte, o índice ficou em 7,1%. Para Capelato, as mudanças no Fies tiveram grande impacto na alta da inadimplência. A partir de 2015, o programa, que oferece

financiamento a juros baixos e condições melhores que as de mercado para estudantes, passou a ter um critério de seleção mais rígido. “Os alunos que ingressaram entre 2014 e 2015 entraram sem saber

se conseguiriam o Fies. As instituições deram bolsas e crédito estudantil, mesmo assim ainda houve aumento na inadimplência”, diz. De acordo com Capelato, atualmente, 25% dos estudantes de instituições privadas são beneficiados por crédito estudantil. “Muitas instituições tiveram que dar ajuda com créditos estudantis. Basicamente, ao invés de pagar em quatro anos, o estudante paga o curso em oito. Isso faz com que o impacto da mensalidade na renda seja menor, fique mais fácil de pagar e a inadimplência, menor”, disse. Além de aumentar a inadimplência, a crise financeira também teve outro impacto no setor. “As pessoas ficaram com medo de ingressar no ensino superior, ficaram com medo de perder o emprego ou de assumir uma dívida e a família não conseguir arcar devido à perda de renda”. A expectativa do Semesp é que em 2016 a inadimplência mantenha-se praticamente constante no setor, atingindo o patamar de 9%.

REDE PÚBLICA

Projeto estimula aluno a usar tecnologias em sala de aula Proposta é criação da ONG Comitê pela Democratização da Informática (CDI) Um projeto para estimular estudantes da rede pública a usar tecnologia em sala de aula foi lançado na Escola Municipal Malba Tahan, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. O projeto Recode em Escolas foi criado pela organização não governamental (ONG) Comitê pela Democratização da Informática (CDI) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e trabalha com os professores da rede pública, procurando sensibilizá-los para o uso das tecnologias e para que passem a enxergar objetos, como o celular e o tablet, como ferramentas para auxiliá-los em sala de aula para melhorar o desempenho dos alunos. A gerente do Recode em Escolas, Carla Branco, disse que o objetivo é que aparelhos como celular e o tablet sejam inseridos na prática da sala de aula. Para ela, o projeto torna o processo de ensinar e aprender mais interativo. Carla diz que, com o projeto, a secretaria e o CDI dão aos jovens a oportunidade de eles poderem se inscrever em disciplinas eletivas, oferecidas no contraturno.

Fábio Oliveira/Cedoc

MATEMÁTICA

Instituições de pequeno porte, com até dois mil alunos, são as que mais sofrem Divulgação

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Jailson de Andrade, disse que o Brasil precisará aumentar o investimento em ciência se quiser se destacar internacionalmente nessa área. “O atual orçamento do MCTIC está no mesmo nível de 2001”, disse Andrade durante debate na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro (BA). A meta do ministério, estabelecida na Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia, é que até 2019, o volume de recursos destinado para ciência, tecnologia e inovação seja de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor é o mínimo necessário para que o Brasil possa competir com os grandes players mundias, segundo o ministério. Dados da pasta relativos a 2013 mostram que o Brasil investe o equivalente a 1,66% do PIB em ciência e tecnologia, o que coloca o país em 70º lugar no Global Innovation Index (Índice Global de Inovação). Lançada em maio, a Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia foca em 11 áreas: aeroespacial e defesa; água; alimentos; biomas e bioeconomia; ciências e tecnologias sociais; clima; economia e sociedade digital; energia; nuclear; saúde; e tecnologias convergentes e habilitadoras.

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Professores são capacitados para identificar ferramentas que melhorem o desempenho

Na Escola Municipal Malba Tahan, foram capacitados 11 professores, que levam para os alunos, na sala de aula, conteúdos com games (jogos) e competições em disciplinas eletivas. O projeto aproveita o modelo vigente nessa escola, que é o Ginásio Carioca, que tem um período mais estendido de aulas. “É um modelo diferente, com uma carga de aulas maior e melhor para formação dos meninos”, disse Carla. No período fora do horário regular, entram as disciplinas eletivas. O Ginásio Carioca foi implantado pela Secretaria Municipal de Educação do

Rio de Janeiro em 2011. O modelo oferece um conjunto de ações sob a forma de práticas e vivências, por meio da ampliação da jornada escolar e da implantação de metodologias que auxiliam na elevação dos indicadores de aprendizagem e dão apoio ao projeto de vida dos estudantes e à educação para os valores democráticos. A informação é da prefeitura.

Empolgação A estudante do 7º ano da escola, Beatriz Cristina Santos, considerou ser importante usar o celular para aprender. “Gostei muito dos jogos para aprender português, matemática, ciências

e geografia”, disse. Marcelle Oliveira, de 15 anos, concordou que “gera mais interesse aprender com a tecnologia”. Weverton Braga Sousa, do 9º ano, diz que “facilita a compreensão”. O resultado foi aprovado também pela diretora da escola, Valéria Menezes Valetim. “A proposta foi abraçada pelos professores. Para as crianças, é uma novidade trabalhar com tecnologia de forma mais produtiva”. No dia 29 de julho, o projeto será lançado para os estudantes da Escola Municipal Celestino da Silva, no centro da cidade, onde 14 professores participam das capacitações. CMYK


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BOA VONTADE Divulgação

ENCONTRO

Solidariedade e animação em um só lugar O tradicional Arraial da Boa Vontade, o mais solidário e animado da região, acontece dia 23 de julho, sábado, a partir das 19 horas. Além de música, sorteio de brindes, apresentação de dança, as tradicionais comidas típicas estarão à venda nas barracas durante a festa.Toda renda obtida no arraial contribuirá para manutenção dos programas socioeducacionais desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade, no Distrito Federal. A entrada é franca. A festividade acontecerá no estacionamento em frente ao Templo da Boa Vontade, próximo ao quiosque da LBV.

Arraial da Boa Vontade

Culturas Tradicionais ocupam a Chapada Aldeia Multiétnica, Vivências, Rodas de Prosa, Encontro de Raizeiros e Pajés Há 16 anos, na segunda quinzena de julho, o Brasil se encontra na Chapada dos Veadeiros. A vila de São Jorge, distrito de Alto Paraíso/GO, recebe representantes de diferentes povos e comunidades de todo país para celebrar os saberes e fazeres da cultura tradicional. Durante 15 dias - este ano, de 15 a 30 de julho - os olhares se voltam aos interiores, às roças, às aldeias indígenas, aos remanescentes quilombolas, aos pequenos produtores, artesãos, raizeiros, rezadeiras, parteiras, batuqueiros, aos artistas populares. Uma representação clara da riqueza imensurável do patrimônio cultural imaterial brasileiro e da força da fé popular que move nosso País. Para se garantir como um evento transformador, ano após ano o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros aprende a lidar com as tecnologias sociais dos grupos

EXPERIÊNCIAS Este ano, pela primeira vez, o evento recebe o I Encontro de Raizeiros e Pajés na Chapada dos Veadeiros, que acontecerá de 20 a 22 de julho na Aldeia Multiétnica, e o Encontro de Lideranças Negras, que ser á realizado de 23 a 25 de julho em São Jorge. A Feira de Experiências Sustentáveis do Cerrado, montada pelo terceiro ano consecutivo com o patrocínio do Sebrae, é um dos destaques desta edição e contará com estandes que terão como foco a economia criativa do Nordeste Goiano.

tradicionais que passam por São Jorge e com eles busca construir diferentes espaços de conhecimento e formulação de estratégias que compreendam suas necessidades, demandas e dinâmicas. Foi assim que as comunidades tradicionais da região da Chapada dos Veadeiros e povos indígenas de diferentes partes do país tomaram para si esse projeto, que já faz parte da agenda coletiva de seu imaginário, apesar das dificuldades financeiras que prejudicam sua participação e a continuidade do evento. Durante toda sua história, o Encontro se esmera em reforçar que a cultura tradicional excede concei-

tos. A partir de uma análise nos caminhos da legislatura nacional, fica evidente a falta de investimento e proteção às culturas que, por lei, deveriam ser resguardadas no Brasil. Pensar e debater políticas públicas, garantir formas de organização que priorizem os direitos dos povos e comunidades tradicionais é um dos grandes objetivos desse encontro. Este ano, mais do que nunca, o Encontro de Culturas se posiciona como um projeto cultural de resistência, que luta pela construção de um Brasil verdadeiro, que reconhece e valoriza suas origens. Às portas da data programada para a realiza-

ção de sua 16ª edição, o Encontro de Culturas trava uma série de batalhas para garantir sua (re)existência. Uma campanha de financiamento coletivo foi criada para custear o transporte, a hospedagem e a alimentação de representantes do povo Kalunga, uma das mais numerosas e engajadas comunidades tradicionais participantes do evento, responsável pela cerimônia de abertura do evento na vila de São Jorge, com o tradicional hasteamento do mastro do Divino Espírito Santo, a apresentação da Sussa e a encenação do Império Kalunga.

PROGRAMAÇÃO As atividades do 16º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros começaram na sexta-feira, 15 de julho, com a décima edição da Aldeia Multiétnica, que este ano apresentou o tema “Comunicação, Saberes Tradicionais e Novas Linguagens”.

MUSEUS

TRANSPARÊNCIA

Campanha busca incentivar visitas

Lei Rouanet entra em discussão

Que tal aproveitar as férias escolares e visitar o museu mais próximo? Essa foi uma das propostas da campanha #EuAmoMuseus, que terminou, sexta-feira (15), pela internet. Lançada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com Sistema de Museus de São Paulo (Sisem/SP), a campanha teve por objetivo valorizar e fortalecer os mais de 3,6 mil museus espalhados por todas as cinco regiões do Brasil. A campanha pretende, por meio da hashtag #euamomuseus (ou #euS2museus), alcançar museus e pessoas, frequentadoras ou não desses locais. A proposta vai ao encontro de ações semelhantes e que já se consolidaram no cenário virtual mundial, como a #MuseumWeek, que acontece no Twitter e, durante uma semana, chama museus e público para debates sobre temas específicos dos museus. A valorização e fortalecimento da imagem dos museus brasileiros tem se mostrado como um dos grandes desafios contemporâneos do campo, e passa a ser uma questão central para melhor comunicar as atividades e ações promovidas pelas instituições museológicas brasileiras.

Os integrantes do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) poderão avaliar atividades culturais beneficiadas pela Lei Rouanet das quais participarem, se for acatada sugestão dada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle ao Ministério da Cultura. A pasta da Transparência entregou à da Cultura um relatório com uma série de recomendações para aprimorar a aplicação desta lei. Entre as recomendações incluídas no relatório do Ministério da Transparência, está a institução de melhorias efetivas que garantam a democratização de acesso aos projetos culturais, de modo que pessoas de baixa renda tenham acesso tanto a ingressos gratuitos quanto aos de preço popular – cuja oferta está prevista na lei. Como parte dessa sugestão, a pasta propõe que o Ministério da Cultura avalie a possibilidade de criação de um canal para que integrantes do CadÚnico digam se querem participar de algum evento cultural, havendo sorteio de ingressos, caso o número de interessados seja maior que o de lugares disponíveis.

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TEATRO SARAU

Cia. Colapso em Rivotrio e a saga da vida sem bula Sucesso de público em Brasília e vencedor do prêmio Myriam Muniz 2013 de circulação nacional, o espetáculo “Rivotrio e a saga da vida sem bula - Teatro Sarau”, da Cia Colapso, entra em temporada na Ocupação Conchita - Projeto Dulcina Vive, ação de resistência artística e revitalização do espaço pertencente à faculdade de Artes Dulcina de Moraes. A montagem tem apresentações nos dias 16 e 17, 23 e 24, 30 e 31 de julho, sábados e domingos, sempre às 20 horas. “Rivotrio e a saga da vida sem bula - Teatro Sarau” é um show de variedades composto por cenas que se caracterizam pela versatilidade estética e logística, pode ser apresentado a qualquer hora, em qualquer lugar, seja em um barzinho, casa noturna ou onde houver público, tudo sempre mediado pela comicidade, música e poesia.

CLÁSSICO Divulgação

Riqueza imensurável do patrimônio cultural imaterial brasileiro e da força da fé popular que move o país

Data: 23 de julho - Horário: a partir das 19 horas Local: na 915 Sul - estacionamento em frente ao Templo da Boa Vontade - Entrada: Franca Informações: (61) 3114-1070

Cia Setebelos apresenta Terror A Comédia Baseado nas séries clássicas de horror, o espetáculo traz personagens famosos do mundo fantasmagórico, apresentados de forma inusitada e divertida. Do gênero “Terrir” – o terror que faz rir –, a produção é escrita e dirigida pela turma da Cia. Setebelos. A ideia dos autores, mais uma vez, é bem-sucedida: um roteiro engenhoso que diverte e proporciona ao público sustos e altas gargalhadas. Em Terror - A Comédia, um cientista maluco, conhecido por dar vida ao horripilante Frankenstein, atrai para sua mansão os igualmente famosos, Conde Drácula, Esqueleto e Fantasma. O anfitrião promete resolver certos ‘efeitos colaterais’ inconvenientes criados pelas suas atitudes monstruosas. A partir daí, começa uma caçada dentro de seu casarão.

TERROR - A Comédia Data: Dias 23 e 24 de julho 2016 – Sábado 21h e Domingo 20h – Local: Teatro dos Bancários 314/315 Sul - Asa Sul - Brasília


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