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Epílogo

Um mês depois...

— Eu não tenho certeza sobre isso — Sentei ao lado da nossa cama, abraçando Killer. Ele tolera isso por pouco tempo, mas pela forma como a sua bunda estava se contorcendo, o meu tempo estava quase acabando. Cachorrinhos tendem a ter apenas duas velocidades na minha experiência limitada. Parar e ir. Não era incomum encontrá-lo rápido com seu rosto adormecido na sua tigela de comida de vez em quando depois um dia árduo de brincadeiras.

— O que você quer fazer? — Mal perguntou.

— Eu não sei.

Ele olhou ao redor do nosso quarto, inclinando um quadril contra o fim da nossa nova gigantesca cama de dossel. Mal tinha insistido que precisávamos e ido com grandes detalhes sobre os planos para a sua utilização. Aparentemente, eu estava desempenhando o papel do cordeiro de sacrifício, regularmente amarrada e oferecida para o deus do sexo oral. Como destino, eu achava que isso fosse nem remotamente terrível. Além disso, a cama era de uma estrutura muito mais resistente do que a do meu apartamento. Se e quando decidirmos pular na cama, ele me garantiu que essa não iria quebrar sobre nós.

Mal era divertido de se viver. Mas hoje era um assunto completamente diferente.

— Eles vão começar a chegar em breve — Disse.

— Você tem trabalhar sua bunda para fora. Toda a comida está pronta. Tudo está organizado e você queria fazer isso. Isso foi sua ideia. Mas se realmente acha que virar cauda e fugir como um pequeno leão covarde é melhor, então isso está bem para mim também. Vou

até ajudá-la a viver com a vergonha de se arrepender para o resto de sua vida.

Eu caí.

— Oh Deus, seu bastardo.

— Eu te amo, abóbora.

— Eu também te amo. Eu só não sou muito boa nessas coisas — Coloquei Killer para baixo e ele imediatamente foi perseguir a garrafa vazia de Diet Coke. Era seu brinquedo favorito desde que foi forçado a deixar de comer os Chucks de Mal. Suas tias oficiais, Lizzy, Ev e Lauren compraram-lhe petiscos e brinquedo sob o sol, mas ele não deixava influenciar dos seus caminhos caipiras. O melhor cachorro de sempre.

Alguém bateu na porta da sala de estar.

Killer pode ter sido o meu primeiro presente de aniversário. Mas verdadeiro era o apartamento ao lado de David e de Ev, onde Mal e eu agora moramos juntos. Animais eram autorizados lá. O que você diria para um cara que comprou um apartamento para que você pudesse ter o cachorro que não pode ter quando era criança? Na verdade, eu não disse nada. Dei-lhe um boquete, uma vez que parei de chorar. Ele parecia apreciá-lo. Além disso, ele já sabia que eu o amava. Eu praticamente dizia a ele constantemente.

Alguém bateu na porta, novamente.

Meus ombros saltaram.

— Pronto? — Ele perguntou.

Eu balancei a cabeça. Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei, deixando-me levar pelo corredor, até a sala de estar.

— Você não vai deixar? — Perguntei, odiando a forma como os meus joelhos tremiam.

— Não vou te deixar. Eu vou estar ao seu lado o tempo todo.

— Ok — Eu sorri. — Não é que eu seja uma pessoa fraca patética usando você como uma muleta ou um cobertor de segurança ou qualquer coisa.

— Hey — Ele disse, segurando meu queixo suavemente. — Você tem sido

minha muleta no último mês e meio. Me dando tudo o que eu precisava sempre que podia. Apoiamos um ao outro, abóbora. Está tudo bem.

— Obrigada.

Ele esboçou uma reverência.

— Obrigado.

Era ridículo, realmente, o monstro que eu tinha feito dessa situação na minha cabeça. Mas eu poderia matar dragões com ele ao meu lado. Sem dúvida. Levantei-me em linha reta, respirei fundo.

— Eu estou bem.

— Sim, você está. Todos os nossos amigos estão vindo. Todo mundo tem suas costas, Anne — Ele disse. — Esse será o melhor dia antes do jantar de Ação de Graças de sempre — Nós passaríamos a verdadeira Ação de Graças na casa de sua irmã mais velha, em Idaho. Lori morreu não muito tempo depois que viajei para Coeur d'Alene, um dia após a nossa reunião. Isso tinha atingido Mal com força. Ainda atingia-lhe com força, mas não estava mais batendo com o punho em paredes ou se acabando em uma garrafa de Jack Daniel todas as noites. Ele ficava quieto e retirado às vezes. Ele sempre voltava para mim, no entanto. — Você pode fazer isso — Ele disse. E eu acreditei nele.

Ele abriu a porta e lá estava Lizzy e mamãe. Mamãe me deu um sorriso cauteloso. Seu cabelo cor de cenoura tinha mais cinza nele que eu me lembrava e linhas suavizaram seu rosto. Se alguma coisa, ela parecia mais nervosa do que eu, a forma em que seus dedos estavam unidos apertados na frente dela.

— Oi, mãe — Eu dei um passo para frente, quase beijando a bochecha dela, mas não é bem assim. Era uma chamada muito próxima. Talvez na próxima vez. — Mãe, esse é Mal. Mal, essa minha mãe, Jan.

— Hey, Jan prazer em conhecê-la — Mal avançou para cumprimentá-la, todo sorriso. Mas a mão dele nunca deixou a minha.

Preocupação revestia o rosto da mamãe ainda mais com a visão de Mal. Suas palavras eram agradáveis o suficiente, no entanto, quando eles trocaram gentilezas. Tudo ficaria bem. Nós passaríamos por isso. Porque a verdade era que

a minha vida aqui era boa. Ela tinha sido antes de Mal aparecer. E agora era ainda melhor. Astronomicamente assim. Se a minha mãe e eu poderíamos seguir em frente e ter algum tipo de relacionamento funcionando, então isso seria ótimo. Se não, eu iria sobreviver.

— Venha ver o lugar, mãe. É lindo. Mal comprou para Anne em seu aniversário — Lizzy piscou para mim, conduzindo mamãe por nós e para o apartamento. Dando-me um momento para recuperar o fôlego, Deus a abençoe.

Eu estava extremamente feliz porque a nossa casa era, de fato, linda. O chão estava coberto por um levemente brilhante, preto muito legal, azulejo italiano. Nossas paredes eram branca imaculada e mobília cinza com toques de azul-turquesa. Apesar de ser o mesmo layout, tinha uma sensação que era diferente do que o lugar de Ev e David. Falando nisso, eles eram excelentes vizinhos. Eles amavam Killer. Ou, pelo menos, Ev fazia. David ainda tinha algum ressentimento sobre o meu cachorrinho ter mastigado uma correia de couro da sua guitarra ou duas e feito xixi em seu tapete. Algumas pessoas estavam tão inclinadas a fazer julgamentos.

Mal e David saiam muitas vezes, com Ben e Jimmy à deriva entre os seus próprios lugares e os dois apartamentos. A Família Stage Dive nunca piscou para minha inclusão. Algo que eu estava profundamente grata. Eles ainda fizeram questão que Lizzy se sentisse bem-vinda. Apesar de sua paixão continua por Ben ainda me deram uma pausa.

— Confira o tamanho de sua banheira, mamãe — A voz de Lizzy flutuava pelo corredor junto com as respostas da mamãe de admiração. Era uma grande banheira. E Mal e eu fazíamos pleno uso dela. Eu dificilmente sentia falta da velha banheira com pé de garra do apartamento em tudo.

— Tudo bem? — Ele me perguntou baixinho, ignorando os arranhões de Killer em sua perna vestida de jeans.

— Sim — Virei meu rosto para o dele e coloquei minha mão em seu pescoço. Sem dizer uma palavra, ele se inclinou, encaixando sua boca na minha e me dando tudo e mais um pouco. No momento quando ele terminou, eu estava respirando pesado, sentindo-me corada.

— Parem com isso — Ben gemeu, balançando um buquê de flores de cores vivas em uma das mãos. — Vocês têm convidados, pelo amor de Deus.

— Ah, isso é doce. Você me trouxe flores, Benny? — Mal perguntou, esfregando uma mão para cima e para baixo nas minhas costas.

— Claro que não. Eu comprei flores para a sua namorada gostosa — Colocou o maço pesado para os meus braços esperando.

— Obrigada, Ben — Eu sorri, encantada.

— Bem, sua namorada gostosa e sua irmã pequena igualmente quente — Estreitei meus olhos para ele. O grandalhão sorriu. Esse agitador de merda. — Onde está o restante? — Ben perguntou, pegou Killer e, em seguida, sentou-se no canto do sofá, ligando a TV. Com uma mão ele passava os canais, com a outra ele passou a irritar o meu cachorrinho. Logo latidos enlouquecidos tamanho do bebê, estalariam, e rosnados encheriam o ar. Killer adorava Mal, mas Ben não estava muito atrás em suas afeições do cachorrinho.

— Eles estarão aqui em breve — Mal disse.

— Vocês ouviram que Lena saiu?

Eu quase pulei.

— O quê? Não. Quando?

— Alguns dias atrás. Jimmy não está contente.

Mal deu um assobio baixo, mas de outra forma não fez nenhum comentário. Seu olhar foi para o corredor, onde mamãe e Lizzy estavam terminando a turnê por conta delas ficando sem lugares para olhar.

— Rápido — Mal disse, trazendo seu rosto perto do meu.

— O quê?

— Isso — Ele cobriu minha boca com a sua, deslizando sua língua em minha boca. Geralmente ele me beijar me deixava estúpida. Seja qual for a declaração zombadora que Ben fez, eu perdi. Só beijar Mal importava. Suas mãos seguravam a minha bunda, dedos amassando. Meus dedos dos pés curvaram e os meus sentidos foram à loucura. Até o momento que ele puxou de volta, meus lábios estavam molhados e com certeza assim estavam as coisas lá embaixo.

Demorou um minuto para eu recuperar o fôlego.

— Não é possível fazer isso na frente de sua mãe — Ele explicou. — Oops. Eu meio que fodi o seu batom. Ainda mais do que a última vez. Sinto muito.

— Valeu a pena.

— Valeu? — Perguntou, calor e carinho e uma centena de outras coisas brilhavam em seus belos olhos verdes.

— Oh, sim. Você é o melhor — Eu sorri de volta para ele.

— Abóbora, olá. É claro que eu sou!

Fim

A Série Stage Dive continua em:

Como o vocalista do Stage Dive, Jimmy está acostumado em ter tudo o que quer quando ele quer, quer seja bebida alcoólica, drogas ou mulheres. No entanto, quando um desastre de relações públicas serve como uma chamada sobre sua vida e o leva a uma clínica de

reabilitação, ele encontra Lena, uma nova assistente para mantê-lo longe de problemas.

Lena não está disposta a aceitar qualquer porcaria do roqueiro sexy e está determinada a manter seu

relacionamento completamente profissional, apesar de sua química crepitante. Mas quando Jimmy a empurra muito longe e Lena deixa, ela percebe que ele pode apenas ter perdido a melhor coisa que já aconteceu com ele.

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