Barreiro Contemporâneo Volume III parte 1

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AN,MA NDO

DA

S IL V A

/ PAIS

O BARREI R O C OÌ\ÏTEÀ,t P OR ÂNEO A G R A N D E E P R OGRESSIVA V I L A I N D U S T RIAL III

V OLUME E MIS CE LÂ NE A (FÂSIOS E FTCI'RASDO sARREÌAODD vÁRrAsÉPocÀs)

EDIqÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO



O BARREIRO COÌ.{TEMPORÂNEO II]


DO

AUTOR

Barreiro Histórico - Curiosus Noticias e Vultos d,o Possado -em <<OBarreiro>>,de 14-I-1943 a 14-III-1946 (131 folhetins)' O Barreiro e o seu Concelho-

Edições ROTEP N." 214 -

Porto, 1951,

No Primeìro Centená'rì'od'o Ministéri'o das Obras Públicus - Fontes Pereíra d,eMetlo (A sua Vi,da e a, sua Obra) -Da Regeneração ao E starlo Noz'o- Conferência- Edição da C. M. B. - 1952' Roteiro da Vi'Ia d"oBarrei'ro (PubÌicação ilustrada) - Com o patrocínio do <Jornal do Barreiro> (de colaboração com João Inácio Nunes Jr.) - Barreiro, 1963-64.

MoNocRAFIÂ Do BÀRREIR0,constituída pelos 4 seguintes volumes: O Barreiro Antigo e Mod.ernoEdição da C. M. B. - Lisboa, 1963.

As outras tercas d'o concelho.-

O Barreiro Contemporô,neo- A grand,e e progressi'aa Vila Inclustri,al,.- l.' vol. - Edição da C. M. B. - Lìsboa, 1965. O Barreiro Contemporâneo - A grand,e e progressina Vila Indus1968. trinl. - 2." vol. - Edição da C. M. B.-Lisboa, grande e progressiva Vila IndusO Ba,rrei.ro Contem,porãneo-A trial ..._3." vol. e MISCELÂNEA (Fi'guras e Factos d'o Barreiro rJ'euárius épocas) - E'digões da C. M. B. - Lisboa, 1971.


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A R MA N D O

D A SILVA PAIS

I

I .

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO A GRAIIDE E PROGRESSIVA YILA INDUSTRIAL III VOLUME

x

EDIçÃO DA

CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO 7977



Ao seu ilustre ahigo e conteÌrâneo DR. CARLOS JOSÉ DA CRUZ E FRANÇA-o 3.. dos Plesidentes da Câmara Municipa,l do BârreiÌ,o, sob cuja Administração (iniciada a 27-III-1969), se publicou esta, Monografia -, recordando a boa e aespeitosa amizade que sempÌe uniu os nossos falecidos pâis ê os levou, juntos, eÌn perturbados têmpos, a seÌvia o Municipio local, nos lugarçs cimeiros coÌrespondentes, pÌecisamente, àqueles em que nós, os filhos, nos encontrámos, na mêsrnagelência, quârenta e três anos depois,

t-

OrEnEí'E n DEDrca O A U TOÊ



A P RE S E NTA ÇÃ O Este i4 O BARREIRO CONTEMPORÂNEO - III, último aolume da série que constituì, a Monograf Ìn, cl,oBarrei,ro. Fez no üa 12 d,e Janei,ro d,e 19f1 (lez anos (o facto registou-se naquela clctta do ano de 1961, conlo d,issemosna Nota preambular tle O tsARREIRO ANTIGO E MODERNO) que aceitúmos o conaì,te d,a Cô"mara Muücipal ilo Barreìro par& nos enc&rregürnLos d,este trabalho. O que, entã.o, pensúaarnos ser possíael escreaer e publirür num espaço de quatro onos, o md,rì,mo,d,urou,assim, mais tlo dobro... Mas temctsd,e reconhecer que t&l dnmora nõ,o llte troure ,inconuenientes.Bem çtelo con_ trúrio. Essa ülataçdn d,a obra no tempo (d,e que outro motioo, o mais recente residi.u no facto d,ehaaermos f eito parte da Ad,mi,nístraçãoMuruí_ cipal, no períod,o d,eDezembro d,e1967 a Feaereiro d,e1970, inibind,o-nos, n6sa sítuclçã,o,tle contratar com a própri,a Câ,mara a elaboraçõ,od,o uo_ lume, por incompatibilíd,ad,e legul), permitiu que a apurtíssemos 1rum ou noutro assu:rctoe, únda, que lhe introd,uzíssemos alguma matéria no1)a, que, d,e outru forma, não, seria çtossíuel,fazer parte d,eta. E este mesmo uolume de O BARREIRO CONTEMPORÂNEO é consequênci,a üsso, como jú, em outro lugar, dissemos: d,o en11olamento ineaitáuet e sucessitts o, tlos antèriores, send,oconstituíd,o por uá,üos capítulos que nã,o houue possibíIiì,ade d,e lhes íntrod.uzìr, a menos que se lhes d,esseestnttura d,iferente, a qual, porém, por proposta d,o Autor, se concord,ou em manter, parú uwiformitlade de apresentação.

Sob tal concord,ância,aind,a, e a fi,m d,epreencher o wumero (médio) de pá,gincts que os constituem, ucLi agreBtdo ao presente aohtme, mas como obra 'ind.epenrlente, a MISCELÂNEA (FACTOS E FIGURAS DO BARREIRO DE VÁRIAS ÉPOCAS), que tem, pot isso, nota preambu_ lar próprta, nad,a mak nos cabend,oüzer aqui. Barreiro, 31 de Março de 19?1

ARMANDO DA SILVA PAIS



CAPÍTULO I

ESBOÇO DA EVOLUÇÃO INDUSTRIAL DO BARREIRO (DO DOMÍNIODO ARTESANATOÀS GRANDESÌNDÚSTRIAS)

A descrição d,o Barreiro Industrial daria, só por si, com o desenvolviment6 que seria indispensáveÌ imprimirJhe, matéria que ocuparia grosso volume, e bem a carácter para um técnico, que não somos. por isso e também porque o esquema da Monografia do Barreiro o não prevê, cingindo-nos, nesta 3.. e úÌtima parte do Barre.iro Contemporà,neoa esse e outrôs mais aspectos ainda não focados do desenvolvimento deste concelho e da vida social e colectiva da sua população, as notas que se seguem são necessàriamente resumidas, mas hão-de fornecer - cremos bem-uma ideia tanto quanto possível precisa da sua ,evoÌuçãoe do seu valor, como grande centro de indúslria.

Chamando a atençáo do leitor para o desenvolvimento das referências que se vão seguir, constante de outro volume desta Monografia ('), recordamos que a primeira das actividades (extra-rurais) dos barreirenses foi a pesca artesanaì, de início e durante largos anos, no estuário do Tejo e, depois, já com maiores embarcações,algumas das quais chegavam a ser (')

V. <O BARREIRO ANTIGO E MODERNO), editâdoem 1968. 11


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO tripuladas por mais de duas dezenasd.ehomens ,na região da barra do grande rio. Apareceu depois a indústria da moenda de cereais (através de moinhos de água ou de maré e de moinhos de vento), em regime artesanal, a qual, já no SéculoXVIII, ,era exercida poï uma grande unidade, instalada na velha Quinta Braamcamp, que trabalhava quase exclusivamente para Lisboa. No decurso do Século XIX, desenvolveu-semais ainda a farinação dos cereais, com a construção de outros moinhos (o maior número dos quais movidos a vento), acrescentando-seao trabalho dos de água o do descasquede arroz; e ainda na 1." metade da mesma centúria - continuamos a relembrar - se implantou aqui a primeira cordoaria, sistema artesanal (produtor). Na faixa marginal da vila surgem âs pequenâs oficinas de reparações de barcos, trabalhando tarnbém o ferro e, mais tarde, a fundição de fateixas ('), mas, pròpriamente, os estaÌeiïosde construgãoou grande reparâção de barcos (de pesca e/ou de transporte-fragatas), surgiram já aqui no início da época do declínio da pesca. Com efeito, nuncâ encontrámos notícia da existência de antigos estaleiros impìantados no Barreiro, levando-nosa concluir que os seus mais antigos barcos dedicados à primeira daquelas fainas, anteriormente à 2." metade do século passado, eram construídos e/ou reparados em Lisboa e também, muito possìvelmente, no concelho do Seixal, que dispunha de boas condições naturais, em certos pontos, para â execução dessestrabalhos. (A Teìha não prnetencia ainda ao concelhodo Baneiro).

A partir de 1861, com a inauguração das primeiras linhas de caminho de feruo ao sul do Tejo, começam a funcionar no Baneiro as várias oficinas ligadas à nova indústria de transportes. Alguns operários especializados ingÌeses, juntamente côm outros, poïtugueses, são os mestres do pessoal das novas oficinas, para as quais entram numerosos jovens do Barreiro e das suas Íreguesias. (') Mais trabaÌhos artesanais executavam, como legistamos em O Barreitro Parte - Cap, III. Contemporô,neo-lI-I

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ESBOÇODA EVOLUÇÃOÌNDUSTRIAL DO BARREIRO Começaa definhar a classepiscatória Ìocaì. Não são decorridas ainda duas décadasapós aquela data, já o Bar_ reiro possui os primeiros fabricos de preparação de cortiça, aos quais se seguem fábricas de elevados capitais, que desenvolvem, em seguida à preparação da prancha, a indústria rolheira. Onde se efectuâ a farinação de trigos, também se pode montar a indústria de massas aÌimentícias, e surge uina boa fábrica da modaÌidade, no troço da antiga Estrada Nacionaì, que foì depois a Rua Miguel Pais. Às primitivas serraçõesde madeira manuais, sucedeuma importante serração movida a água, por meio de turbina, instalada em Alburrica. Progride assim, também, o trabaìho de caixotaria para vários fins, inclusive para a exportação da boa batata de consumo da região, e de fruta (em especialuva) para o m,ercadointerno. Nos fins do Século XIX, precisamente em 1895, entre operários e trabaìhadores,já os Caminhos de Ferro do Sul e Suesteempregavam,no Barreiro, 600 pessoas,e as restantesindústrias aqui instaìadasmais 1.200, sendo essasunidades as seguintes: 4 fábricas de preparação de cortica e fabrico de roÌha (só à sua parte com cerca de 1000 operários); 2 estaleirospara construção e reparação de barcos (em especialde fragatas); 2 fábricas a vapor para moagem de cereais; 1 fábrica de massas; 1 fábrica de serraçãe de madeiras e serradura de cortiça; 1 estabelecimento de criosotagem rle maileira (travessas - para o caminho de ferro) ; 5 moìnhos de vento para moagem de cereais; 2 moinhos de água para descasqued,e arroz; e 4 fornos para coser caÌ, estes na freguesia de Palhais (i). Possuía então o Barreiro (concelho) cerca de 6000 habimnres.

As maiores fábricas de cortiça estavam localizadas na faixa da Rua Miguel Pais e da Rua da Recosta, junto ou em frente ao rio e tam-

(') Todos estes dados foram por nós recolhidos das respostas a um questionáÌio, daiado de 20-III-1895, dâ Rep. Central do Governo CiviÌ de Lisboa, remetidos pela Câmara Municipal do Barreiro, soble o desenvoÌvjmento deste concelho.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO bém aí, aÌguns armazéus de retém (de cereais, paÌhas, etc.), de firmas que preferiam possuíìos, a pagaïem as ârmazenagens,por vezes demoradas, aos Caminhos de Ferro. A mais importante das fábricas de cortiça eïa, por esse tempo, a de O. Herold & C.' (mais tarde, já, depois da 1." grande guerra, denominarÌ,aE stab elecimentos H erold., Ltkt.) , no sitio da Recosta,a quaÌ possuía sirene privativa, para assinalar a entrada e a saída do pessoal,e uma esmerada corporaçãg de bombeiros, como já recordámos('). (Foram recentementedemolidas as suas veÌhas e vastâs instalações,há muito abandonadase hipotecadaspor 11 mil contos a um estabelecimento bancário de Lisboa, destinando-se os terrenos, hoje pertencentesà firma Crespo & Duarte, a edificaçõesurbanas, já em adiantado começo). Outra importante fábrica de cortiça que veio para a Rua Miguel Pais, no último quarteì do SécuÌo XIX, foi a de Vítor GarreÌon, (duma família francesa, que habitava na capital), que, no ano de 1900, retirou para Braça de Prata (Lisboa), passando as instalações Ìocais a outra fábrica corticeira, propriedade de um industlial algarvio, de apelido Gaziba. Ainda não ficaria por aqui a série de industriais por que essa fábrica passou, até, por último, trabalhar aìi a <Grancor>, com a quaÌ as suas instaìações- com perto de 150 metros de frente para aqueÌa aúéria e larga faixa voltada ao rio - deixaram de constituir uma unidade industrial: toda a sua ârea, jâ com projecto âprovado, foi destinada a construçõesurbaÌ.ìas,que incluem aÌguns edifícios de eÌevado porte, o primeìro dos quais já iniciado (1971).

Ainda nos fins do Século XIX, veio instalar,se na Azinheira Velha (Teiha - freguesia de PaÌhaís), a seca de Bacalhau da Parceria Geral de Pescarias, Lda., de Lisboa, tendo sido a sua actividade industrÍal, embora temporária, a única que, por essa época movimentava o referido ìugar. A esta instalaçãô, mâis tarde ampliada e modernizada, seguiu-se a implantação de outra, em 1946 na Quintâ da Fidalga, em Palhais, pertencente a Armazéns José Luís da Costa & C.'Lda., armazenista de mercearias, tâmbém de Lisboa, conforme registamos mais adiante. (')

V. (O BARREIRO ÀNTIGO E XIODERNO))-Ì Parte-Cap. 1lt

XXXIII.


ESBOÇO DA EVOLUÇÃO ÌNDUSTRIAL DO BARREIRO

Já com mais de 2 miÌhares de operários a trabaÌharem no Barreiro, na primeira década do actuaÌ século, teve aqui início, em 1g0g, a laboração das primeiras fábricas da Companhia União Fabril, desenvolvendo-se, desde então, com notáveÌ rapidez, a vida industrial desta Ìocalidade, -- graças ao facto de o Barreiro contìnuar cotno Estação terrainal d.as Iinhcts férreas d,o SuI e,Szesúe, consolidada pelas obras Ìevacìas a efeito e concluídaspelo eng.oMiguel Pais, em 1884, sem o que aquela grande empresa não teria vindo instalar nesta vila as suas principais indústrias, pois o acessoaqui, por via fluvial, era-Ìhe secundário em relação ao interesse pela via férrea, para a expedição dos adubos fabricados com destino às regiões do Alentejo. Foi também nos princípios deste sécuìo que se instalou na freguesia do Lavradio a fábrica de explosivos industriais e rastilhos da Sociedade Portuguesa de Streetite, Lda. (então denominada Sociedade portuguesa de Cheditte, Lda.) fundada em 1911, com as suas instalacõesem Barra-a-Barra, que teve, mais tarde, no cidadão francês Marcel Beraud, já falecido, um muito activo administrador-gerentee um grande amigo dos Ìavradienses,o quaÌ a elevou, excelentementeapetrechada, a uma produgão anual média de 300 tons. de rastiÌhos e pólvoras. Foi, nessetempo, pelos anos de 30, a fornecèdora, quase excÌusiva, de explosivos para algumas grandes obras realizadas no nosso País, entre as quais se contou a do porto de Setúbal (1934).

No início dos anos de 20 estava já instalada na Verderena uma impor_ tante unidade moageira, a Companhia Industriaì cle Vila Franca e Bom_ fìm, Lda., de farinação de cereais: engenhos movidos a água por meio de turbina. Laborou durante alguns anos e ainda existem, já em ruínas, os edifícios que ela ocupava, depois de mais tarde, terem sido utilizaclos, em parte, por uma fábrica de cortiça. Todo aquele vasto espaço, com a <caldeira>que se lhe integra (bem farta de peixe...) foi já objecto de um pÌans de urbanização, que deve ser o mais importante de quantos se hajam realiza"d,ono Barreiro. ta


O IJARRÌIIROCONTEUPOÌÌÂNEO ReÌativamente à indústria corticeira Ìocal, vário foi o ritmo do seu desenvolvimento,pois atravessoudiversos períodos cÌe crise, entremeados por outros de expansão,isto no decurso dos últimos cinquenta a sessenta anos. Foi o da guerra e o pós-guerra de l939-4b o melhor período, para a maioria das fábricas. Logo depois de 1950 comeqou,gradualmente, o decÌínio. Nesse ano, existiam no concelhodo Barreiro, entre grandes e pequenas fábricas, 27 unidades (tinham sicÌo já pouco mais que uma trintena). O número de operários era então de 1258. Actualmente (19?1) não passamde 275. Algumas, que davam trabaÌho a centenasde operários, já encerraram, como por exemplo,Cantinhos Marques, & Lda. (") e Theo_ doro Rúbio & Filhos, Lda. Esta última firma (fundada em 1890) esteve instaÌada, desde 1908 até ao seu encerramento, em Agosto de 1964, na Rua José Elias Garcia (que ainda naquelaépoca era um incipiente arrua_ mento, sem nome...), tendo chegacÌoa possuir, no período da 2." Guerra MundiaÌ, (dirigida por Felismino Rubio e António Rubio) cerca de 400 operários, dos quais, ao fechar, contava aincla 174 ao seu servrçor que, ou foram reformados,uns, ou receberaminclemnizações, os outros. As áreas das fábricas que têm encerrado destinam_se,de um modo geral, a construçõesurbanas, como já aliás, fizemos notar. Assim acontecerá (além de outras) com a da antiga fábrica do <Cantinhos>,como era vulgarmente designada,situada em terrenos da família Costa, entre â Rua do Instituto dos Ferroviários e a Rua Cons. Serra e Moura, e a de .,Teodoro Rubio>, estando nesta úÌtima projectada, na sua parte norte, a praceta da qual partìrá uma das principais rrias de acessoa um vìaduto sobre as linhas férreas que, atravessandoa Av.. da República entre as ruas José EÌias Garcia e Vasco da Gama, irá ligar a terrenos a suÌ claque_ las linhas, entre a Av.. Afonso Henriques e Rua prof. Joaquim Vicente França, bifurc:rndo par:i as mesm:rs(u),

(') Pertencera, antêriormente, a João Ferreira Filipe e a Ramon Cobo, catalão, (J. E. Fitipe, Lda.), e depois ,apeÌÌas ã este último. (') Será uma obra muito importânte paÌa o mâior desenvolvimento local e que, de ano paÌa ano, mais se faz sentiÌ, em face do grave problema que as passagens de nível da, Rua D. Manue I constituem paÌa o crescente tÌânsito rodoviário. Esse Viaduto terá o comprimento de 840m, mais 1g0m de acessosem aterÌos (lados Norte e Sul) e a largura de 21,40m. O seu provável custo, por estimativâ muito aproximada, será: só o Viadutc: 21 mil contos. Custo totâÌ da obra: 24500 contos,


ESBOÇODA EVOLUÇÃOINDUSTRIALDO BÀRREIRO Outra importante fábrica de cortiça, que mantém hoje, apenas, uma pequenâ secção em Ìaboraçáo, foi a que, em 1924, se instalou na Quinta da Maceda, à saída do Barreiro para P:rlhais, no troço da antiga estrada ÌracionaÌ, que é actualmenïn a At:enitlu da Ínrli,a, - propriedade essa então adquirida à família VasconceÌos e Sousa, peÌa firma Ferreira Fitipe, Lda. (constituída pelos irmãos João, José, Capitolino e Ger-vásio Ferreira Filipe e por Joaquim Ferreira Botas). Chegoua ter, sob a direcçãodaquela firm:r, cerca de 500 operários, com uma produção superíor a 1miÌhão de rolhas por dia. Em Junho de 1936, esta fábrica foi vendida ao súbdito alemão Hermann Zum Hingste, nâtural de BremeÌ'Ì, e a sua muÌher, Carola Bender, de Mannheim, Ìigada, por Ìaqos de família, aos fundadores de uma importante firma corticeira do sul da Alemanha. Zum Hingste, que manteve o nome da firma barreirense, tornou esta fábrica uma das mais importantes casas exportadoras de cortiça, princípaÌmente païa o mercad.oalemão,tendo-a ampÌiado e dotado de um cais privativo. Foi a mais bem instalada das fábricas desta região, na transição dos anos 30 para 40. A 2.' Guerra Mundial e as consequênciasda derrota da Aìemanha complicaram os negócios desta Casa, de tal forma que este conceituado industriaÌ aÌemão acabou por vender a Quinta da Maceda por 7500 contos, pouco depois de 1960, ao industrial grandolenseInocêncio Granadeiro. Passado pouco tempo, Zum llingste (que tinha os seus escritórios em Lisboa), falecia na capital.

A mais antiga das fábricas de cortiça do Barreiro é, actuaìmente, a SociedadeNacional de Cortiças,seguindo-sea de Barreira e C." (Irmãos), repartida, por instalaçõesno Barreiro e no Lavradio ("). Ambas as firmas têm a sua sede em Lisboa. A quatro fábricas (Barreiro e Lavradio) mais três pequenos fabricos se resume hoje a indústria corticeira local, que chegou aqui a ocupar maior número de trabalhadores do que quaÌquer outra, nâ preparação de cortiqa em prancha, na fabricação de ro has, de quadros e de blocos,de bóias, aglomeradose aparas, etc.

(') A fábricã do Lavradio, perto da Estação dos C, F., forâ, anteriormente, uma fábrica de agloru...erados pretos, de coltiça, de Pedro Ganiguer, cataláo.


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O BARREÏROCONTEIIPORÂNEO

É uma indústria depauperada e desamparada a que, parece, ninguém pretende, resolutamente, acudir, defendendo-a da concorrência de outros produtos, que não lhe são, aliás, superiores, v. g. no sector dos vedantes, em que se impõe a protecção, muitíssimo justa, à indústria roÌheira. E possuímos nós, no Alentejo, das melhores coúiças do Mundo...

A indústria salineira do concelho (que se concentrava na freguesìa do Lavradio, com excepção de duas ou três marinhas dentro dos limites da freguesia do Barreiro com os daquela antiga viìa) foi-se extinguindo à medida em que as suas marinhas iam sendo adquiridas e aterradas para aÌargamento dos parques industriais da C. U. F. e da U. F. A., para novas vias de trânsito, etc. Era de excelente quaìidade o saÌ, que se ehegou a êxportâr e em que negociavam, nos últimos tempos, Martinho Nunes Camarão, Narciso de Oliveira e Alfredo da Costa Soares, entre ouf,ros. De dezenasqu€ eïam, as marinhas lavradienses estão hoje reduzidas a três unidades (3). Uma outra indústria muito antiga, mas esta ern Palhais e em Coina, era a da fabricação de caì, para uso na construção civil. Já não existe. Os velhos fornos são já montes de ruínas... Outras novas e diferentes indústrias vão povoando essessítios, como citaremos mais adiante.

Entretanto, empoÌâva.se contìnuamente o <imryérío industrial> qlue que, no conjunto das Alfredo da Silva implantara nesta vila,-pelo fontes de Ìabor locais, passaram a atiÌ1gir maior relevo no Barreiro, superior ao de todas as demaìs reunidas, as Indústrtas Quimícas, tanto em volume de produtos trabalhados, como em capitais investidos. É o que varnos abordar nos capítulos seguintes, procurando justificar através dos mesmos, a já habituaì denominação de VILA INDUSTRIAL dada ao Barreiro.

(')

V. Cap. 1'trI-

Outras oó'c"ias ìndú,stria,s locais.

1,8


CAPÍTULO iI

O BARREIRO LEVANTÁ. UM MONUMENTO A ALFREDO DA SILVA ( 1965) 1-ALGUNS

ANTECEDENTES

Logo depois do faÌecimentode Alfredo da Silva, a 22-VIII-1942 (1), comegoua esboçar-se no Barreiro, nos seuscentrosassociativose tertúlias locais, a ideia da consagraçãodo grande industrial por meio de efígie púbÌica que, outrora privativa de santos e monarcâs, passou a ser, a partir do SéculoXIX, a forma nobilitadora, por excelência,nas praçâs (ou nos jardins) das grandes cidades do Ocidente europeu, alastrando depois até às das povoaçõesmais modestas,dos que, por suas obras, conquistaram o direito à imortalidade figurada. Não passadosainda dois anos sobre a morte do extraordinário impuÌsionadorda CompanhiaUnião Fabril, isto é, a 22-II-1944,precisamente dezoitomesesapós aqueÌaocorrência,é o Didrio Po,putrarqule,em artigo não assinado,alvitra <<umahomenagemao maior dos industriais portugueses>,iniciando as suas consideraçõespor estas palavras: que, no pequenocemitério da vila do Barreiro, está em <<Sabemos vias de concÌusãoo mausoléu(r) que há-de guardar os restos mortais (') V. <O BARREIRO ANTIGO E MODERNO'-Cap. d,a S'íl.1rd, - Betulei,to,r'd.o Barmeúro a Banemér;,to d,a Pó,trõa. (') Idem, ideÌÌÌ- P. 314.

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XÏ^Ï'VIIï - AtÍrcdo


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO do grande industrial que foi AÌfredo da Silva - grande industrial e, também é justo dizêlo, humanitário cidadão que, em vida grangeou em cada um dos operários ao seu serviço um amigo dedicado e, estes, contam-se por milhares. (...) Localizandona viìa do Barreiro âs suâs maiores fábricas, para aÌi canaÌizou um potencial humano que fez, de um acanhado centro populacional, uma terra cujo desenvolvimento a ele se deve e que, dia a dia, progride e vai ganhando foros de cidade. Ainda em sua vida, quotizaram-se os operários pâra, com uns escudos artancados à féria que representa pão, lhe erigirem, em homenagem e reconhecimento, um busto no átrio da entrada principal das fábricas. Tal iniciativa, porém, não foi levada a cabo, porque a isso se opôs a modéstia do homenageado. Contudo, agoïa, que já vão decorridos quase dois anos sobre o falecimento do grande industriaÌ, tal homenagem impõe-se não só realizada pelo pessoal operário da C. U.F. mas, por toda a vila, ampliada, de moÌde e de forma a atingir em gtandeza o valor do homenageâdo>. -E o artigo prosseguiu, mais adiante, nestes teïmos: <No locaÌ denominado<Praia>, miradoiro privilegiado, de onde, mais que do de parte alguma, a vista de Lisboa se mostra em toda a sua beÌeza e extensão, está projectada uma avenida que será, depois de construída, a mais aprazível e linda de qualquer das nossas terras ribeirinhas e que virá a ser, até, um motivo turístico de incomensurável gzandeza e de altacçáo indiscutível. Se desde já se pensasse em dar a essa avenida o nome do grande industrial e de, no topo, junto às fábricas, lhe s1igi1 um monumento condigno, para o qual contribuísse toda a popuÌação, ao materiaìizar-se esta ideia, ficaria cumprida a missão>. (...) <E assim se liquidará uma dívida de gratidão> - concluía aquele pornal. Parecia iniciado o processo <em letra de fot'rna>>,mas tal, porém, não iria logo suced"r, havendo, contudo, a necessidade de corrigir, sem demora, algumas falhas contidas no alvitre, reflexo do pensamento já, aliás, acaÌentadopelos barreirenses. No seu n,o 582, de 30-III-1944, o jornal O Barceiro transcreve, na sua 1." página, o artigo do diário lisboeta e, em longa Nota de Redacção, escreve: (...) <Arquivando estas palavras, queremossignificar que estamos absoÌutamente de acordo com essa ideia, pois ninguém melhor do que nós conhece e reconhece o ouanto ficou devendo o Barreiro a esse ver20


MONUMENTOA AITFREDODA SÌLVA dadeiro titã do trabalho nacionaÌ que no país conquistou o primeiro lugar pela sua arrojada visão e pela corâgem e persistência com que se lançavâ Ììa criação de novas indústrias que eïâm outras tantas fontes de riqueza e de trabaÌho para as classeslaboriosase para a Nação. Queremos,no entanto, esclarecer que, desde há muito, AÌfredo da Silva tem o seu nome perpetuado numa das ruas do Barreiro, justamente aquela que atïavessa as suas fábricas, e por onde tinha forçosamente de passar, quando visitava o seu grande empório industriaÌ. Foi essa uma das primeiras homenagensque o município do Barreiro entendeu prestar ao homem que tanto contribuíu para o desenvolvimento da terra e a quem esta ficou devendo,como já dissemos,muito ou quase tudo do seu pïogresso actual. Ela lá está, a Rua do Grmde Indastüal Alfred,o da Silva, assim mesmo nestes termos, pârâ que se não duvide da g:ratidão do Barreiro parâ com quem tanto soube engrancÌecê-lo,engrandecendo ao mesmo tempo a sua Pátria. Mesmo que assim não fosse, o alvitre do Didrio Popula,r para que se desse à futura avenida marginaÌ o nome de Alfredo da Silva, não poderia ter seguimento, pois essa avenida já tem o nome do Engenheìro Duarte Pacheco,Ministro das Obras púbÌicas e Comunicações,sob cuja,administração foi construída a muralha marginal, conforme deliberaçãoda Câmara em uma das suas sessões,já comunicada ao Governo e à Família do faÌecido Ministro (3). Fica de pé a ideia cÌese erguer um monumento a Alfredo da Silva, o que seria, de facto, a rnaior e mais justa homenagem do Barreiro a prestar ao grande industrial, e não só às suas invuÌgares qualidades de organizador e de lutador, até como reciprocidade daquele nobre e cativante gesto, última vontacle do gigante, de vir repousar depois da morte, na terrâ que tantos trabalhos e canseiraslhe conheceu,e onde enterrou, segundoa sua própria expressã,o,<<0, su& f orturLu e onde tah;ez os ò-€r,Ls ossosfossem entercados tcnnbém>. A materialização dessa ideia tant6 pode caber ao povo do Barreiro, por meio de subscriçãopúbìica, como ao próprio município que essepovo Tepresenta,mas em todo o casohá-de ter sempre o concursoe a aprovaçâo da Câmara Municipal, para poder vir a tornar-se em reaÌidade. (...) Todo o nosso apoio será dado, em qualquer data. a essa ideia>.

C) V, O (BARREÌRO CONTEMPORÂNEO)) - 1." Vol.-Cap. XÌV-,4 Cánara Municipa|do Boarcìrcdò ò AuenidaMargìnal o none de Duartì po.hc?o(JLJ,J).

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O BARREÌROCONTEITiPORÂNEO Passam alguns anos. Sabemos- por Ìho ouvirmos dizer mais de a ideia do monumento àqueÌe administrador-gerente uma vez-que da C. U. F. era acalentada pelo então presidente da Câmara MunicipaÌ do Barreiro, Joaquim José Fernandes, o quaÌ era de parecer dever ser Ìevantado na futura esplanada marginal- Simplesmente a urbanização desta nem sequer estava ainda definida, e a Câmara, perante a necessiriade de tratar de problemas mais instantes, como eram os da aÌmejada EscoÌa Técnica e os da conclusão da rede de saneamento, não pôde deixar de proteìar a realizzgáo de outros projectos. De 1946 a 1950 também a imprensa Ìocãl emudeceu,por inexistência de órgão regionaìista e, no fim daquele último ano, oeorïeu o falecimento da referida autoridade administrativa. Ia passar ao cuidado de futuras câmaras e seus Ììovos presidentes a iniciativa do monumento ao detrodadoPioneiro da Indústria NacionaÌ,já que a ideia petmenecìaviva.

Foi na reunião de 21-VIII-1952 da Câmara MunicipaÌ do Barreiro, a que presidia Manuel da Costa Figueira, que a seguinte moção foi apresentada,,assinadapor todos os componentesdaquelecorpo administrativo em exercício, traduzindo um desejo espontâneoe unânimemente manifestado: <Passa amanhã o tlécìmo anitersó'rto do falec'imento d'o grancle i'r' d,ustríal Alfred,o da Sil:ua, que, como princiylct'l atlmi'trìstrador cla Companhi.o, Unìd,o Fabrì\, concebeu e ìmpulsionou a criaçõ'o tlc,tgrancle coni'unlo àndastrial que, aalori,zand,oe emríquecendao País esteae também na orígem do ercepci,onal d.esenaolaimentoe progresso clo Barceiro e constitui hoje justi,f icarl,o motiuo de orgulho nã,o apenas d,esta laboriosa terca como tla própr[n Naçã,o, Em sua rid,a, como depoü da sua morte, não cleirou nunca o Bar' ysiv6 - s, sua Cãmara Municitpal,, conLo as suas Ìnstituições representa' ti,uas e a sua 1trópri,a popuktção - de prestúr u Alfredo da Sílaa o preito si,ncero do, sua maior admìraçã,o, erp,ressamtlo sempre de f orma eloquente o seu a4radecimento ytela obru granüosa letada a efeito entre os em totlas rL"sconi'unseus'ttìttros e d,emonstrond.oquanto o ser.sibàl'i,zou, que grande indnntríal consagrou a estd' terrü. taras, a deciütl.a amizatle o 22


MONI]MENTOA ALFREDO DA SILVA São proao, desses sentimentos o ter sido d,ada a uma nnportante artérìn da sede do Concellzoe à Escola Industrial e Coqnercüttro nome d,eAlfred,o da, Si.laa, a. realì,zação de lzomenagetrcque tiueram sempre comproaa.d,o cunho tle grati.clã0, e o respeìto que ewuolo:eai,ndn a grand.e em,presz,o, que, d..emrneira tã.o tincada, tLeirow ligad.a a sua uicla, e os seus contitruad,ores na ürccção dela, especio,lnzenteos seus d,esceú,entes. Interpretantlo uma 1)ezmats o sentir cla generali.rÌad,ed,a po,pul.o,çõ,o d,o Barrei,ro rel,atìluamenteà já, gloríosa figura de Alfred,o d,a SõIaa, e determinamtlo-se também por raaões cle ytura justiça, resolrera jó, esta Cô,m.arahd uind,a poucos lneses, üo mantlar eluborar o projecto d,e urbonizcr,çã,o d,o terrapleno mo,rgi.nal a, norte dú Vila, mandar reserlar no que será, a nzüs bela aaenüJ,ado Ewreì,ro, Iocal ad"equad,opara a i,nstalaçõ,o dum momurnentoque semisse paro ,perpetuz,ro r"ome d.oindustri,al, insigne e desse às gerações futurls ú erpressão eracto, d,a sua personalidaÃ,e f ortissima. Agora, e elaborado que, estd,o projecto referido a que a Cdmara d,eu jri ct,sua aprouaçã,o,preaentlo-se pctra tlata nãa maito distante as o,bras que cond,uzìrã,oà sua real,ízaçã,o,este Corpo Aclmìnistratiuo, associ,and,o-se às justíssi.mas ltomenagens qt+eaõ.o ytrestar-se d memóri,a d,e Alfred.o d,a S'ílaa na passa.gelntlo rLécì,moaníaersá,r'íotla sua morte, delí,bera que se 'inìciem as üLigênc,ias necessú,riasfiúro, a cohstl"ução d.o alud,ido monumento, que tleuerá,ser colocu"tlono loco,l já, ussi,nalarlono respecti.ao projecto - no topo Nascente d,a aaenida margìnal Duarte Pa,checo- confiand,o-se o, ex.ecuçãotla, estritua e pedestal que correspond,erõ,oa esse momu.mentoa artistas e técni.cos tle comproaailo merec,ímento. Barrei,ro e Sala clcrsSessões rJos Pcr,çosd,o Concelho, 21 d.e Abríl de 1952. aa) O Presiclente cla Câmara: Manuel da Costa Figueira. Os Vereadores: Josô Francisco Sabino, João da Siìr'a Júnior, Joaquim Antunes da SiÌva, Francisco Simões Branco, Carlos Nascimento Ramildes e Francisco António Bexiga.> (n) (") Na mesma sessão manifestou o vereadol J. F. Sabino o desejo (objecto de proposta seguidamente aprovada poÌ unanimidade) de que no pedestal da estátua a ergr.rer fosse inscrita a seguinte frase pronunciada (em 1928) por Alfredo da Siìva: << encontro't ,e maü seguc.o transit(L11tloçtor esta tìLa do que p@sse@ulopelas ruos d,e Lisboa...>> (V. (O BARREIRO ANTÌGO E MODERNOD - Cap. XXXVII P. 307).


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Razões de ordem administrativa, imprevistas e o atraso da execuçáo de obras programadas e ligadas à implantação do monumento, iam protelar, ainda, â suâ constÌução. Nos primeiros meses de 1954, Manuel da Costa Figueira também deixava a presid.ênciada Câmara, que ilia ser ocupadâ, por curtos períodos, por outras individualidades. Entretanto, manifestavam-se opiniões não concordantescom a implantâção do monumento no local aprovado. O processoiria aguardar meihor oportunidade e ser revisto, para entrar na fase preliminar e, em seguida, executóïia. 2-

A EXECUÇÃO

DO }'TONUMENTO

A proximidade do 20." aniversário da morte de AlÍredo da Silva (que passaria em 1962) decidiu a Câmara MunicipaÌ do Barreiro a tomar o início dos estudospreiiminâres para a concretizaçãoda obra. Presidia à C. M. L. o eng.'José Alfredo Garcia, de Lisboa, o quaÌ, tendo anunciado que, no Plano de Actividades do referido Corpo .A.dministrâtivopara 1961, se considerara a construcáodo monumento, logo na sessãocamarária de 18 de Janeiro desseano, recordandoa moção já aprovada em 1952, apresentou proposta no sentido de deÌiberar sobre a nomeâqãoduma comissão que dos competentes estudôs preliminares se encarregasse("). Assim, devia esta pronunciar-se sobre o melhor local para a colocação do monumento e ainda sobre os aïtistas a convidar para a apresentação do projecto. Tudo aprovado foi, por unanimidade.

Em 27 de AbriÌ (1961), a comissãoapresentava,peìa pena do seu reÌator (Oliveira da Silva) as conclusõesdo estudo a que procedera. Desse documento transcreveremos âs seguint€s passagens: <<...reconhe(') Essa comissão ficou constituída: Dr. António Manuel Ribeiro, vereador do pelouro dâ Cultura; Dr. José da Silva Trindade, hesidente da Juntâ de Freguesia do BaEeiro; eng.'Carlos Augusto FerÌeira Rosmaninho, vogal do Conselho MunicipaÌ; e Joaquim António Oliveira dâ Silvâ, colaborador do Jornal do Bd'Ì,i eìro, corr,o Ìepresêntanie da impr.ensâ local, <<quetânto apoio tem dado à iniciativa, através das sÌras colunas)),

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MONUMENTO A ALFREDO DA SILVA

Ptesid'ente da Repúblico. Ahn'írante Na, manlLã, esürs'l de g0 cte JunlLo de 1965.-0 Américo Tomá,s, lib,ranteÌÌLerLte stL\/íloào pelo pooo do Borrebo, encan\ínha-se' & pé' ao longo de lArL troço da A1)en;íd'a' Alfredo da Si'Laa., po"ra o locat da bw:ÌrguÌa'ção (l,o Mornunento. No plano seguinte e ila esquerìla pdro' ú dú'eitq' oêe L-se: o maior Siba Pais, di,rector tJa PoLícia Intentacional e de Defesa do Estqd'o (actúa| Direcçõ'o' dr, Santos JíLrl:iot e o-.pre8ìd'ente o rtuinistro do lnteri,or, -Gera.L tle Segurança), cla Cãmara, X[uníiipai do Barreit'o, eng.' Bento I'ouTo, seguiruJo-se'Ihes oútras ind,iaiilua[idarles

cemos que o local em que se obterá melhor moldura para esse trabalho arquitectóÌrico e escultural é o da A.venida Alfredo da Silva, já dentro do Parque, junto à entrada plincipal pâra este recinto, desde que não haja prejuízo considerável da superfície veïde e dos arruamentos interiores>. Mais adiante, continuâ: <O monumento a Alfredo da Silva deve impÌantar-se, em nosso païecer, num Ìocal cívíco afastado das fábricas, !ìoÌ'que exprimindo a homenagem de todos os cidadãos do Barreiro, represeÌÌta um âcto de civismo com óptimo enquadramento num lugar público 25


O BARREIROCONTEMPORÂNEO (é o caso do Parque) que, peÌo seu ambiente, convide à meditação constante dos grandes exemplos. Constando-nos, no entanto, que a Ex."'' Câmara abrirá, brevemente,uma praceta na Avenida Alfredo da Silva, em locaÌ fronteiro a um <arranha-céus> e onde já existem aÌgumas unidadesurbanas des.tetipo, admitimos a possibilidadede essefuturo recinto públÍco servir para â implân1açâodo monumenlo>. Quanto ao projecto e sua execução:sugeria-seque fossem convidados por escoìha, arquitectos dos Serviços de Urbanização da Câmara Municipal de Lisboa (indicando dois dessesarquitectos) e que a execuçãodo monumento fosse confiada, sem concuïso, a um reputado escuÌtor português ("). Em 6 de Setembro (1961), a C. M. B. toma conhecimentooficiaì do relatório e deìibera: 1.'' - aprovar a Tocalizaçâoindicada (a Praceta), tendo em consideração que fora pouco antes aprovada a urbanização projectada para aquelelocal (') ; 2.'- que se consultassepara o estudo e execuçãodo monumento o escuÌtor Barata Feio ("); 3."-que se agïadecesseà comissãoo interesse com que estudou o problema. Tendo aceitado o convite da C. M. 8., o escultor Barata Feio, depois de recolher vários elementos que juÌgou indispensáveis para o seu estudo e de fazer várias visitas ao Barreiro, constituindo equipa com o arquitecto Andresen (o) e com o pintor Júlio Resende('o), começou a delinear o projecto. Entretanto, entïava o ano de 1962, terminando com este a

(') Em 19 de Maio de 1961, em âditâmento ao seu relâtório, â Comissáo comunicava que, em presença de um esboço fotográfico dâ projectâda Praceta, com o monumento implantado ao centro, emitiâ o pareceÌ de que era aceiìável a escoÌha desse local. (') A pracetâ projectada ficâva adjacente à Àvenida Alfredo da Silva, em parte implântada nos tertenos dâ ântiga fábÌica de coúiça da firma Sancho & Irmão, Lda. Ãtê agota (19í0) não passou de proiecto. (') De nome completo: SalvâdoÌ Carvão d'Eça Baraia tr'eio. Nascido na freguesia de Santo Estôvão (Mossâmedes), â 5-XIÌ-1902. Subdirectol da Xscolâ SuperioÌ de BeÌâs-AÌtes do Porto. (') De nome completoi João Henrique de Melo Breyner Andresen, nasc. no Porto, a 13-XII-1920. Foi professor-assistente da cadeira de Urbanismo, na Escola SuperioÌ de Belas-Attes do Porto e também publicista. Falecido em 1967. (") JúÌio Resende, pintor de arte nascido no PoÌto, a 25-X-1917. É um dos mais destacados valores das rÌÌodêrnâs escolas picturiais, gaÌardoado em numerosas exltosiçõês de arte. É tamHm um ilustrador de elevada categoria.

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MONUMENTO A ALFREDO DA SILVA

No acto d,a i.naugutaçõo d,a estó,tu& de Aífred,o da S'ilaa, o ClLeÍe d.o Esto.d.o fez-se acom,panlnn do gerú'o e de u.tn d,os bisnetos do grctrule ind,ugbial: D. ManueL tle Melío (cujo estado de saítde era iá r'isìlelmetute periclitante) e o iooem 1l[anuel AlÍredo, fillto do d,r. Jorge de Mel\o

qry


O BARREIROCONTEMPORÂNEO opoÌtunidade da inauguraçáo do monumento no 20." aniversário da morte do Grande IndustriaÌ. Como se aproximava o Centenário (1965) dâ CompanhiaUnião de FabriÌ, tudo se conduziria païâ que o acto projectado tivesse iugar, sem falta, nessa ocasião. Em 17 de Abril de 1963, a C. M. B. a que já então presidia (desde Dezembrode 1962) o eng."Bento Viegas Louro, natuï41 de Faro, (de posse do trabalho apresentado pelo escultor e seus colaboradores- esboço da figura de Alfredo da SiÌva, esboçoda composiçãoplástica do fundo do espeÌho de água e maqueta do conjunto, que apreciara em reunião de LB de Março), toma conhecimentoda memóïia descritiva do monumento, tendo entáo deliberado que se convidasse o escultor Barata Feio a apresentar proposta formal do seu trabaÌho e minuta de contrato, para estudo e resolução.Presentesessesdocumentosa 17 de Maio, aprovou a C. M. B. o contrato païâ a execuçáÕda obra, em 5 de Junho, documento que foi assinadopor ambas as partes em 18 do mesmo mês (1963). Dete constam os seguintes trabalhos: a) b) c)

.. 60 000$00 Parte arquitectónica............... Parte de escultura (incluindo o fornecimento da figura em bronze e bloco de pedra gravado) ...... 515 000$00 Revestimento do fundo do Ìago da composiçáode 230 000$00 mosaico,incluindo os estudos e desenhos

TotaÌ

805000$00

O projecto definitivo foi finalmente apresentadoa 23 de Julho (1963). NOTA. - O custo da parte de escultura foi depois reduzido de mil 30 escudos,devido ao facto de ter sido eliminado do conjunto o bÌoco esculpido em pedra, com Ìetras. Os trabaÌhos decorrem no ano de 1964, tendo a estátua sido fundida nas oficinas de José de Castro Guedes, Lda., na Rua do Conselheiro VeÌoso da Cruz, em Vila Nova de Gaia. A parte da construção civil foi posta a concurso a 10-II-1965, sendo adjudicada a Manuel de Oliveira Soares (único concorrente), do Laranjeiro (Cova da Piedade), peÌa importância de 807360$60. Assente a inauguração do monumento na data de 30 de Julho de 1965, os trabaÌhos da construção civil iniciam-se, em bom rítmo, no mês 28


] I O NU[ I LNTO

Á

ALFRED O

DA

SILVA

A está,t7uLde Auredo tla Sillta

de Maio. Apenas a iluminaçáo do monumento teria de ser provisória, na dâta marcada, em vìrtude da impossibilidade de a montar conforme o estudo luminotécnico do que fora encarÌegadGo engenheiro electrotécnico António da Silva Oliveira Rodrigues, de Lisboa. Finalmente a estátua é assente, ficando a constar do monumento âs seguintes inscrições, em Ìetras de bronze patinado de verde: Na base da estátua- repartid:r por três das faces: A ALFREDO DA SILVA-MOMENAGEM DO B ARREIRO-3O DE JUNHO DE 1965. No murete, na face virada ao norte, as três frases seguintes: .., SINTO.ME MAIS SEGURO NO BARREIRO / DO QUE EM QUALQUER OUTRO LUGAR / ALFREDO DA SILVA / DEZEMBRO DE 1928 29


O BARRE1RO CONTI]MPORÂNI]O

... O ORGULHO DE SERVIRMOSPORTUGAL / A HONRA DE SERMOS ÚTEIS À NAÇÃO / D. MANUEL DE MELLO / MARÇO DE 1952 A MAIOR OBRA SOCIAL DA C.U.F./ FOI, É E CONTINUARÁ A SER / A CRiAçÃO CONSTANTE DE NOVAS / FONTES DE TRABALHO / DR. JORGE DE MELLO / JUL]iO DE 1965

Na 4.'-feira, 30 de Junho de 1965, nc ano do Centenário da Companhia União Fabril e no dia do 94." aniversário do nascimento de Alfredo da SiÌva, - o Barreiro suspendeuquasetodo o seu labor quotidiano, para a sua populaçãopoder viver o grande momento da pública homenagem à memória do homem que, dando àqueÌa empresa uma Ìarga expansão, com o seu principal centro fabril nesta vila, tão vincadamente contribuiu para o grande desenvolvimentolocal. O acto teve a presençâ do Chefe do Estado, Almirante Américo Tomás, dos presidentes da Assembìeia Nacional e da Câmara Corporativa e de quinze ministros e secretários de Estado e ainda de numerosas outras individualidades (antigos ministros, etc.) dos meios miÌitar, económico e financeiro, ocupando aqueles larga tribuna armada no recinto onde se ia proceder à inauguração, e a cujos topos se viam os membtos do Conselho de Administração da C' U. F. e da família de Alfredo da SiÌva ( "). terõ'o reunido, <Rttramemte - como foi recordado nessa altura-se personallidades, numa mesnlú cerímónia, tantas e tão signìíicatittas representando tod'os os mais altos escalões dn hierarquia do Estado, dos meios económicose socÌal do País>. Na sessão solene, peÌas 11 horas da manhã, no vasto recinto fronteiro ao Monumento, ocupadoe circundado por mais de três mil pessoas,

(") A família de Alfredo da Silva encontrava-se reprêsentada por D. Manuel de MelÌo e por seus filhos D, Maria Cristina. e D. Marlâ Âméìia, e Dr' Jorge de Mello e José ManueÌ de Mello, estando estes últirnos acompanhados de suas esposas e filhos.

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MONUMENTO A ALFREDO DA SILVA

TRÊS GERAÇÕES. - Membros da Íarni|'ia Mello assistindo, junto d,o, ttibünú, yresid,encial, à inauguração d,o MorLutuento d AlÍred,o da Sil1to..Do. d.ireiüt pa.rú o, esquerda: D. Ma,nuel d,e Mello (que la,leceria a 15-X-1966); sells Íilllos dr- Jorge de MeIIo e José de XIeILo; e os liLhos deste ír,Itimo: Maria Tet'esa e Vasco Mqti(I. (No 2,' plano, no ôngulo ò, esquerd,a,Dêem-se o coronel Joqquì,nl d,ú Lua Cúnho e d,c'.,José Gonçalo Correia ile Oliueira que sobralaaatn, respectiudnlente, as Ftasto,sd,o Euérc'íto e du Economia (Foto de José Joaquim)

o presidente do Município barreirense, eng.' Bento Louro, ao usâr, em primeiro lugar, da palavra, justificando a celebïação daquele acto, anunciou, depois, que a Câmâra Municipal do Barreiro, atenta ao extraordinário desenvolvimento da C. U. F. e à sua ïepercussão no concelho, houvera por bem deÌiberar concedeï, por unanimidade, à Companhia União Fabril, a sua medalha de Ouro de Bons Serviços (").

('") Em reunião ordináÌia de 9-VI-1965. A entrega deste galardão municipal foi feita, nessa, ocasião, pêlo Chefe do Estado (a soÌicitâção do presidente do Município) â D. Manuel de Mello.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Discursaram seguidamente, no festivo acto: o chefe de secção João da Conceição Pereira, da Zona Têxtil, em representação do pessoal da C. U. F.; o prof. eng." José Nascimento Ferrelra Dias ('") ; o Dr' Jorge de MelÌo, em agradecimento em nome da famíÌia de Alfredo da Silva e' a encerrar a cerimónia, o Chefe do Estado, que, ao inaugurar seguidamente a estátua, se fez acompanhar de D. Manuel de Mello e do bisneto do homenageado,o jovem ManueÌ Alfredo, filho mais veÌho do Dr' Jorge de Mello. Eram 12.30 horas. NOTA. - No decurso do mesmo dia, tìveram lugar ainda o des(pelo certamento, no recinto das fábricas, junto à sua entrada principaÌ Largo Alexandre Herculano), do padrão âlusivo à comemoraçáo do Centenário da C. U. F., a visita a novas fábricas (sulfato de sódio e peÌo zinebe-fungicida) da empresa, que foram consideradas inauguradas convidados todos os Chefe do Estado, o aÌmoço oferecido pela C. U. F' a (cerca de 1500 pessoas)e, às 16 horas, a inauguração do Estádio Alfredo da Siiva, do Grupo Desportivo da CUF, no Lavradio'

O custo tlo Monumento a Alfredo da Sihra, inteirâmente pago âtravés das receitas da Câmara Municipal do Barreiro, no decurso de cinco gerências (1963 a 1967), foi tle 1617464$90, assim discriminados: macolaboradores): áueta, projecto e estátua (ao escultor Barata Feio e se'us 104$40' 35 iluminação: 7?4 999$90.; construção civiì: 80?360$60;

O poao é, às ttezes, um encelente crítì'co d'e Arte, facto reconhecido há muito. Pois temos tle registar que â sua crítica não foi favorável à concepção dada ao Monumento a Alfredo da SiÌva' E não nos refetimos

(") Prof. do lnstituto Superior Técnico ê miúistro de 1958 a 1962- Faleceu em Lisboa, a 19-XI-1966.

dâ Xconomiâ, no períodt'


MONUMENTOA ALFREDO DA SÌLVA só ao povo do Barreiro, porquanto de outras partes se manifestou nesse sentido. A consagração dos grandes homens por meio de efígie púbÌica, quando ainda são vivos muitos dos seus contemporâneos,é sempre um problema delicado, porque a memória (também pública...) não aceita de bom grado deformaçõesdo que viu e nela se fixou... Tendo sido posta de parte, por absoluta impraticabilidade, â sugestão de implantar o Monumento na Praceta projectada (que ainda hoje não está aberta) e bem assim de o localizar na faixa do Parque indicada pela Comissãoconstituída em 1961 para dar vários pareceres,veio ele a ser construído pràticamente no ìeito da Avenida 1640, com o que a C. M. B. entendeu resolvido o problema, mas, ao fazêJo, Ìogo criou outro: o dâ incompatibilidade da existência simuÌtânea (lado a lado) do Monumento

UnL aspecto da indllgxlr&t!ão, pelo Clrcfe do E starl,o, no d,i,e 30 de JurLhO de 1965, do padrão comemo,ì'at'iro d,o Centená,rio d@ CompatLlLiú Uniao Fabril, no tecinto d(Ls Fá,bricas do Barre'iro


O BARREIROCONTEMPORÂNEO (tal como foi proiectatlo e construzd'o) e do Mercado 1'' de Maio existente naquela artéria (cuja remoção para outro local se tornou necessário por que se encarar), probÌema este que não foi até agora solucionado'E sido esta: terá concluímos, olio Monumento? A tazáo, segundo possou projecto "tgo", definitivo, porque, aprovados que foram a maqueta e o iú tl'e se o I'ocal,pota c, Momt'mento, uista a d'esnecess'i'dotl'e o pìo"rr*u" estudar o Monumento ltara o local, E não temos dúvida em acreditar que, dadas as proporções da obra (que abrange urna área de 900m') o local escolhidoteria de ser aquele... galgar o impetuoso Quanto à estátua, ìá se encontra ela destinada a e invasivo das épocas .. De Alfretlo da Silva pouco tem' De simbóìico' pessoal, nos taivez. De característico, nada, e raros traços da sua figura propósito' a Recorda-se, 3,60 m. de altura do bronze, nela se observam' induspelo do estatuado neto uma frase que se diz ter sido pronunciada não trial, o Dr. iorge cle Mello, ao ver o modelo da figura: <<- Mas este é o meu Avô l> NaturaÌ. naturaÌíssima a observação. O Monumento, na vasta superfície que ocupa, também algo de mais e melhor poderia dizer do Homem e da suâ Obra' Admite-se a concepção no do Artista e dos seus colaboradores, mas também nós enfileiramos feÌiz' menos esmagador número dos que a consideram

Alfred,o da Silao' n@ époc&-en q e comaça,r-am a l&bota/r o'g ltflmelras fó,bricas da C'U, F. no B&rreito (1908)

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CAPÍTULO III

A COMPANHIA UNIÃO FABRIL EM CONSTANTE PROGRESSO AS FÁBRICAS DO BARREIR,O, QUE REPR,ESENTAM 8A% DA ACTIVIDADE DA EMPRESA Noutro volume desta Monografia (1) descrevemossumàriamente, como não podia deixar de ser, mas baÌizando.a,aqui e além, com os acontecimentosde maior relevo que a integram, a história clas instala_ çõesdas importantes fábricas da CompanhiaUnião Fabril no Barreiro e o seu desenvoÌvimento,até, precisamente,ao ano do falecimento de Alfredo da Silva (1942). Cabe,nos,agora, neste derracleiro volume de O BARREIRO CONTEMPOBÂNEO, abrtu: um outro capítulo e nele esboçaraÌgo que descrevaa marcha do progressodesta Empresa, desde aquela data até ao presente,mâ,sapenas,naturalmente no que diga res_ peito ao seu agrupamentofabril nesta vila. A pena que ernpunhâmosé a de um simples curioso e observador de factos, e não de um técnico que, melhor do que nós, traçaria, para tanto, um plano, a carácter e bem amadurecido,coÍn acessoa fontes informativas cla sua especialidade. Preferimo-lo, contudo, à nossa maneira- até porque, de outra forma,

(')

(O BARREIRO ÁNTicO

E MODERNO, _ I

parte _ Ca.p: XXXVII.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO traçado sem pretenções,através de não no-lo espeïa quem nos leia-: uma porção de apontamentos de vária espécie e origem, que fomos recothendo e que vamos, seguidamente,ordenar, juntar e cerzir'..

Alfredo da Silva falecera. Fora um excepcionaÌ chefe de indústria. <<Homeminvejado, discutido e tantas vezes malsinado - escreveu Jorge Botelho Moniz (1898-1961)(') -chegou a haver governantes que, no receio de se comprometerem perante a opinião pública, the recusâram a justiça mais elementar. Por compensação, ao condecorá-lo com a Grã-Crrz de Mérito Intlustrial, o Chefe do Estado Português, General Óscar Carmona, esse formoso espírito, delicado mas seguro e corajoso orientador, grande cérebro e grande coração, fíníssimo na observaçào e no comentário dos factos lusíadas, defendeu-o nestes telrnos: - <O mal nã,o é harer um Alfred'o d.a Silua. O mal estó' em, que nã'o enì,stammai.tos...> E ainda hoje - dizemos nós - não existirão muitos de têmpera iguaÌ à que esse homem revelou. Mas eìe foi o homem para a stut' época, o pioneiro, o desbravador, o bandeirante - diria um brasiÌeiro - da Indústria em PortugaÌ, mâs outra época, já" bem diferente sob tantos aspectos, lhe ia suceder. Tomando o facho empunhado por Alfredo da SiÌva, seu genro, D. ManueÌ Augusto José de Mello, ia ser o continuador da sua Obra e-digamos desde já - foi o continuador tenaz e brilhante, inteiramente à aÌtura dessa Obra, isto é, da responsabilidade que não seria apenas de a manter e conduzir, mas mais ainda: a de ampÌiáJa e aperfeiçoáìa com segurança, para enfrentar a era industrial que se avizinhava para PortugaÌ,

Em Um HonLenL e u'trut Obra, introdução ao (Álbum da Companhia' União da inauguração do Hospital (CUF)) (1945), cuja edificação comemorativo Fabril>, (â partiÌ da aquisição do tetÌeno, em 1941), teve início ainda no tempo de Alfredo da Silva. ("\

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COMPANHIAUNIÃO FABRIL nos novos tempos para que todos caminhávamos: a era da técnica, do primado da actividade económica, em que só os mais fortes e bem organizados têm possibilidadesde subsistir.

Dando a sua melhor atenção ao desenvolvimento da produção de sulfato de cobre, uma das mais importantes exploradas pela C. U. F., D. Manuel de Mello obtém, pouco tempo depois do falecimento de Alfredo da Silva, attorizagã"o e facilidades do Governo para se proceder à pesquiza de veios daqueÌe metal, no norte de AngoÌa, fundando, então, nova empresa associada, a Empresa do Cobre de AngoÌa, a qual, lançando-se no trabaÌho mineiro, obtém, ao cabo de Ìargas e demoradas explorações, a descoberta de bons filões de cobre, assegurando à C. U.F. melhor rendimento da produção do suÌfato. As oficinas mecânicas do complexo industrial do Barreiro são ampliadas em 1946,em novâs insiaìações. Uma inovacão se introduziu, nessa época, na fabricaqão de óleos alimentares e que provou elevado rendimento e economia: foi a extracção desses produtos peÌo processo Smet. A 23 de Junho de 1948, é constituída nova empresa associada da C. U. F., que tão profundamente iria valorizar a <cidade industrial> do Barreiro: a União Fabril do Azoto (U.F.A), com instalaçõesprevistas em Alferrarede (concelho de Abrantes) e no Lavradio. <A partir d,e 191.8- assinaìâ-se nos anais da Companhia - rerífica-se um per.totlo d,e cresc,ímento ertraorünúrio, caracterizado por umú sectori.zaçã,onítid,a das suas (Lcti.aidúd,es>. Estuda-se a organizaçáo científica do trabalho, a que se seguirá o da produtividade da mão-de-obra das Fábricas do Barreiro. Ainda no sectoÌ: dâs indústrias químicas, assinaÌa-se,em 1950, a montagem de uma fábrica de ácido fosfórico (fabricação de adubos compostos concentrados)que, poucos anos mais tarde (1955), foi substituída poï uma instalação mais aperfeiçoada, segundo projecto sueco. É ainda naquela época que a fabricaçáo do ácido sulfúrico à base do antigo processo das câmaras de chumbo, é ampliada cÕm o recurso a técnicas mais modernas, consubstanciadas no denominado <processo de contacto>. A primeira fábrica do País a trabalhar por este novo processo, apenas


O BARREIROCONTEMPORÂNEO com a capacidâde de 30 tonelâdas diárias de ácido, foi aqui posta a funcionar em 1950. Seguiu-se em 1952, uma segunda fábrica de contacto, já com a capacidadede 100 toneladas diárias de ácido sulfúrico, o que, para a época,representavauma dimensãojá confrontável com quaisquer unidades estrangeiras, paitindo da pirite. Interessante se nos âfigura anotar que foi nesta última fábrica (o Contacto 2) que os técnicos da Companhia União Fabril vieram a desenvolver o pïocesso de recirculação de gases nos fornos de andares, o que permitiu elevar, em 1960, a sua capacidadepara 150 toneladasdiárias de ácido, constituindo, então, uma importante novidade tecnológica, que já foi objecto de patente.

Entretanto, em 1952, assinaÌara-seo início da laboraçãodas fábricas da U F. A., localizadas nos terrenos de Barra-a-Barra (freguesia do Lavradio), em frente da Base Aero-Naval do Montijo, marginadas, em parte, do Nascente,pelo cânal do Montijo e pelo estuário do Tejo, do lado Norte. O acto inaugural tivera lugar a 19 de Março desse ano, presidindo à cerimónia o ministro da Economia, dr. Ulisses Cortês, e estando presentes os subsecretários de Estado do Comércio e Indústria e da Agricultura. Esta nova unidade - fábrica de sulfato de amónio, silo e ensacamento, providos dos mais modernos maquinismos e serviços - vinha responder às maiores necessidadesdo País em produtos azotados, tendo então o titular daqueÌa pasta dirigido a D. Manuel de MelÌo e a todos mais que possibilitaram tão vultoso empreendimento, palavras de aplauso e reconhecimento, não sem deixar de destacar ainda o facto de a nova fábrica representar para Portugal larga economia de divisas. O amoníaco para o funcionamento da fábrica, na sua primeira fase, vinha de Alferrarede para o Barueiro, em vagões-cisternas.

Em 1953, procede-se à instalação de nova centraÌ, para produção de energia eÌéctríca e vapor. No complexo das indústrias químicas da C. U. F., procede-se à remodeìação da sublimação do enxofre e entra-se na produção de oleum suÌfúnco. 38


COMPANHIA UNIÃO FABRÌL

<<Santbg>>, Outubro de 1957.-0 o 'púmebo ,rd1tio d.e 1a 000 tons. que attc\cou no Ban'eiro (Cais d.a C. U, F.). Ao Lad.o: o <<Costei:ro Terceiro>>

Instala-se também a electrólise do chumbo (o aruanque desta unidade efectuou-se em 1956) e remodelâ-se a metaÌurgia do cobre, por via ignea, jâ em 1954, ano em que se procede, ainda à remodeÌâçáo da fábïicâ de ácidos gordos. Na Zona Têxtil, assinala-se, a moder"nizâção do equipamento da fia@o de juta, em cuja fábrica são montados os primeiros teares circuìâres, Nos anos de 1955 e 1956, prossegue a remodeÌaçáo de outras fábricas, como a do ácido clorídrico (que incluiu ampliação) e a do sulfato de cobre (remodelação do fabrico e cristalização), iniciando-se também nova e mais vasta ampliação, depois da de 1949, das instaÌacões portuárias do Barreiro. Importante trabalho foi esse, começado em meados do ano de 1955, com as obras de aprofundamento e unificação do canal de acesso, talhado através do leito do vasto estuário do Tejo, devidamente baÌizado, utilizando-se areias retiradas dessa obra na conquista de uma faixa de mais de 200 metros ao rio, que em 1958, estava consolidada. 39


O BARREÌROCONTEMPORÁNEO Nova e extensa ponte-cais se construiu então, apta a per.rnitir a atracagáo de navios carregadog até 6000 toneÌadas, ou de navios de 10 000 toneladas,descarregadosao largo para as 6 mil. No dia 1?-X-1957, o primeiro navio de 10 mil toneÌadas âtràcou à nova instalação portuária, embora esta não estivesse, ainda, totalmente apetrechada com os maÌs eficientes maquinìsmos de carga e descarga, que depois recebeu. (A antiga ponte-cais apenas permitia a acostagem de navios até lb00 toneìadas). O porto clo,C. U. F., no Barreiro, passou, desde então, e a seguÌr ao de Lisboa e de Leixões, a ser o mais importante em tonelagem mov! mentadâ.

Ainda no ano de 1957, nova fábrica de ácido de sulfúrico por contacto se soma às anteriores, instala-se a electróÌise do cobre (fabricação de lingotes de cobre electrolítico (<wirebars>), matéria prima para a indústria nacionaÌ de cabos eÌéctricos) e aumenta-se a capacidade de produçãodo ácido fosfórico, com novo sistema de fabrico iniciado em 1gb6. No fim do ano de 1957-em Dezembro-tem início o arranque de outra unidade industrial erguida na área dâs Fábricas do Barreiro: a <TINCO> (SociedadeFabril de Tintas tìe Construção- produtos <Sotinco>), nova empïesa associada,que havia sido constituÍda em 1955.

Para comemorar o meio século da existência da C. U. F. no Barreiro, à partir do arranque (em 1908) da primeira das suas fábricas aqui instalâdas, editou a sua Directoria, em 19b8, sob projecto e coordenação de Eduardo Ilarrington Sena, um voÌume de excelente apresentação gráfica (mapas, gráficos, fotografias), de todos os aspectos e actividades do conjunto fabril local, intitulado 50 Anos cta C\JF no Bürreiro (r\.

(r) Com fotogrâfias de Ed. Ilarrington Sena, Augusto Câbrita, eng.. Vítor ManueÌ Chagas dos Santos, eng." António pereira Salgado, Ribeiìo da Silva, A. CarneiÌo, Tavares da Fonseca e J, Gonçalves, Ilustrações de Eugénio Rafael pepe da SiÌva. Execuqão e Arranjo dos Estúdios Cor, de Lisboa. lt0


COMPANHIAUNIÃO FABRIL dedicado à memória de AÌfredo da Silva, e em que se anorava, enf,re numerosos dados estatísticos e outros, apreciativos, que a área total das fábricas do Barreiro era, então, de 2145 000m,, tlos quars eram ocupados pela área fabriÌ e obras sociais 790 000 m,. Da área livre (1355000m"), estavam destinados à área fabriì mais 900000m, e à área social mais 210 000 m,, permânecendoainda sem destino atribuído 245 000 m'. O pessoal ao serviço das Fábricas do Barreiro era, então. o seguinte(r): Pessoal Técnico Superior

150

Pessorl Técníco Adminislratìr o Empregados

28 or I

Operários

8 095

PessoaÌ diverso (incÌuindo 382 assaÌariadose 170 aprendizes)

690

I 580

Em 1958 erguem-se uma unidade de tratamento de Cinzas de Pirite ("), (por ustulação clorurante), em substituìçãoda antiga unidatle, e outra de Moagem e Ventilação de Enxofre, prosseguindo, em 19b9 e 1960, outras importantes remodelações, como as que abrangeram no primeiro dessesanos, as introduzidas no fabrico de ácido fosfórico e, no outro, com vista à refinação electrolítica (montada em 1964). destes metais preciosos.

(') Também segundo â mencionada publicação. (5) A produção (superior a 200 000 toneladas) tem sido foÌnecida à Siderurgia Nacional, empresa. constituídâ em Dezembro de 1954, cujo estatuto económico-financeiro foi apÌovado em Abriì de 195?, peÌo Conselho Económico, tendo as suas rnsra_ lações sido inauguradas em Paic Pires (concelho do Seixal), a 24-VIII-1961.

+1


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

C,U.F.-Fábricas

do Bo,Meiro-

Um a pecto cla oficina de Tecelo,gem d,e Juta

{Do DêDartâmeÍto

de Projectos

çabinete

Fotosráfico

CIJE -

Bârreiro

Com referência ao tratamento de Cinzas de Pirite, assinala-se que este veio permitir não só a extracção do cobre contido nesse minério nacionaÌ, mas igualmente a obtenção de um produto (<purple-ore>) com teor em ferro superior a 60 /o e com quâlidade suficiente para o seu consumo em siderurgias. Numa área de escassosrecursos minerais como é o Portugal Metropolitano, a .utilizàgã,oglobal das pirites cupríferas do Alentejo, sem dúvida uma das mâioles riquezas do nosso subsolo, foi assim iniciada í").

(')  estâ riqueza rninetal se refêriu (em 19?1), o actual Ch€fe do Govemo, dr. Marcelo Caetano, numa das suas <<Convetsasem Família>, Ì€alçando o interesse da sua valorização e aproveitamento - em quê o Bârreiro marcou, e mãrca, de facto, um lugâr de pionêiro.

lr2


COMPANHIA

I-iNIÃO FABRIL

No sector mecânico, é construída nova oficina de caldeiraria e monta-se nova unidade para fundição mecanizada de ferro e aço. Inicia-se a produçáo de pesticidas com base orgânicâ e â remodelação do fabrico de óleos e Sabões,sendo transferida, em 1961, a Sâbôaria do Barreiro para Lisboa q, vir.Ìdopara esta vida, no ano seguinte, o fabrico de óleos Industriais: Iinhaça, coconote e coco, por transferência, para aqui, das respectivasinstaÌaçõesda Fábrica União.

ANTóNIO RAMOS. -í'oi o 1," operârio da C. U. F. a.l,mìtid,o para as Íá.bricas do Barreiro, em 1907. NascelL a 20-IX-1888, no l:Lqar úas Arrateias (AIhos Vedros), tentlo sido reformad.o, com 50 anos cle seraiço (o que ocontacelL,Ttela pt'imeira rez, com pesso(Llclas dìtas fá,brì.o,s) eÌn 1958. Já em 195a fota dìBtìngúido com o prémìo r<Assiduidade ao Seraiço>>,pelt Associa.çõ.oInrlustríal Portllgrlesa, Durante 3ï anos, <<tì> Ramos (corno et'a ma,is cou,lucülo) Íez parte do Corpo cle Bombeiros pria&tìros da C.U.1'., te?Ldofdle.iÍlô no Barreil'o) a 15-I-19f0,

Em 1960 e 1961, é notàvelmente ampliâdo o conjunto industrial que a União Fabril do Azoto elevara em Barïa-a-Barra, numa ârez de 200 000 m' (produções de ácido nítrico, nitrico-amoniaeais, sulfato de amónio e ureia). Erguem-se vários edifícios para a instalação de serviços de apoio à conservação das novas instaìações e controlo das matérias-primas e das diferentes fabricações (oficina metaÌo-mecâniea, eléctrica e de instrumentos, sala de desenho,laboratório, posto de socorros, de materiaÌ contra incêndios. etc.). Ainda no ano de 1961, é montada na vasta área do compÌexo industrial cufista nova unidade de ácido suìfúrico por contacto, a 4.'da série, esta utilizando o enxofre elementar como matéria-prima. Nas actividades têxteis, é iniciado o fabrico de feltros de juta, peìo aproveitamento dos desperdícios da Fiação e da TeceÌagem. Foi nesse ano, também, que a arte cinematográfica apresentou, peio seu meio natural - a imagem - aspectos deste vasto conjunto de padrões de trabalho levantados no Barreiro, como â seguir referimos.


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

O FÌLME <CRIANDO FONTES DE TRABALHO>, MAGNÍFICO DOCUMENTÁRiO SOBRE AS ACTIVIDADES DA COMPANHIA UNIÃO FABRIL, NO BARREIRO Foi a 21 de Fevereiro de 1961 que o Cinema-Ginásio apresentou, em ante-estreia, em sessão de convites, o documentário Cr'innclo Fontes d,e Trabalho, de Filipe Salmos, mandado efectuar peÌa Administração da C. U. F. e que teve como operador principaì João Mendes. Presente, com as autoridades locais, o Chefe do Distrito de Setúbal, dr. Miguel Rodrigues Bastos, estando a Administração daquela Empresa representada por D. Diogo de MeÌo e eng." Vasco de Melo. PeÌa segunda vez o Barreiro era motivo de um fiÌme, mas quão ìonge estávamos já desse

C,ÌJ,F.-Fabricas

iLo Barreiro. -

Balanças de ma Laçõ,ode Adubos

(Do Depaftamelto

de Projectós -

4lr

morlerna ìnstalaçã'o ile Gtanu'

Gabinete

Fotosráfico -

CUF -

tsârreiro


COMPANHIAUNÌÁO FABRIL filme <Barreiro> (L927), tornado agora, ao lado deste, uma ingénua recordaçãodo cinema mudo... Fábricas e chaminés eram agora o principal objectivo a apresentar, um conjunto de indústrias, tornadas factores decisivos parâ o desenvoìvimento do nosso País, erguidas no vasto parque fabril da empresa que Alfredo da Silva cn'efiou e que prosseguia, em gigantesco esforço de ampÌiação e modernização, libertando o País de pesados ónus de importação de produtos de necessidade fundamental parâ o seu desenvolvimento. Era o Baneiro-Cuf que ia passar no <écran> daqueÌe salão 1ocal, para seguidamente poder transmitir a todo o mundo português uma visão perfeita de um alto valor Ìndustriaì. A apresentação do filme foi antecedida das seguintes palavras, que lhe ficam aqui agregadas,para a sua história: o muis recente d'o<Temos a h,onra d,e apresentar, em ante-estrei.cL,, cumentá,rio sobre a uctiui.d'aded'as Fâbrinas do Barreiro da Companhia Utví.õ,oFabril. A ideia que presid.iu ò' realização d'este filme foì precisamente a de mostrw, %o seu aspecto de coniunto, ú carlctelística' fund'amental da actiuid,ade d,n Empresa - a Criação de Fontes de TrabaÌho. Cri,ar sucessiuamente f ontes d'e trabalho, me\horrt'r contìnuamente as cond,içõesd,e trabalho e, portanto, d,e ",tid'apara os que const'ituem a Empresa no seu conjunto - tem, sirlo d'esdesempre o lema fundamental na, noss(LC om,panhi,a. Julgamos que contl"ibuímos, assim, d'ct,melhor maneira po'ra o d,esenuolai,mento d,o Pa.i,se pa,ra a d,i4nìficação d,e todos os que trabalham para o seu futuro. Estd nisto o sentitlo Jzumanod.a noss(LtareÍo'. Desejou a Adm[ni,stração d,a Componh;"a tlpresento,r atntes rÌa sua estreia em público este filme perante aqwelesque 'ma'isdi.rectanLentecontríbuíram pa,rú a suü realizaçõ,o- o pessoal clas Fábricas do Barreilo e perante aqueles que, por trabalharem mais d'e perto connosco,por aúterenL cont/ ami,zad,ee espírito d.e boa colaboraçã,o,as no$as horas md's e ús boas, consti,tuem, tle certo mod.o,uma <equ'ípe>compl,ementar d,o vnsso trabal,ho. Deste mod,o, a assistência clo Senhor Gouenrud.or Ci.t:i.I de Setúbal, tlos entid.aclesofici.uis e clos representantes d,a Imprensa, representa, po,rü nós uma presença e umü compreensão d.o nosso esforço, que muito nos apraz regístar e d,esdeiú, agrad,ecemos.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Para tod,os-os nossos a:rr)gose os nossos trabalharJores - as melhores saudações.g a todos os que, clìrecta ou indirectamente, trabl.Ihüm, 72araa obra en'Ì,curso, que d,edi.camosesta sessdo, De tod,os esperanÌ,osa conttnuctção d,a mellzor ajud,a e d,o melhor apoio, certos rle que serd ú$ÌnL que cont[nactremos criand.o nouas fontes de trabullto e, portanto, um futuro melhor para tod,os- uerd"ad,eiramente para todos os portugueses>>. Na mesma ocasião, aos representantes da Imprensa foi fornecida pela Gerência das Fábricas do Barreiro uma breve nota descritiva das actividades locais da Empresa, da qual reproduzimos, como mais interessantes para o estudo da sua evoÌução, os seguintes dados: <As Fd,brícas clo Bameíro cl,cr, Companhicr.União Fabrí|, que V. risi,irzicí,ararn taram, a sua,prodtqeto em 1908, portanto h,ri 52 anos, com,umú unidade de Ertrctcçõ,o de Azeites. Logo a seguir começou a fabricaçã,o cle Superfosfatos, púrü o que foram necessari,osfóbricas de Ácid,o Sulfúrics p um cerlo númcro de scrtìcos acessórios. Desd.,eaquela tlato, até hctie uerificou-se um rJesenuolaimento que V. tiaeram ocasiCto de obsen&r. Actualmente. os princtpaì,s produtos I cô..múrúse 3 + 7 f abrícatlos inchrcm Ácid,o SulfúNco - 880 T-d,icL, contactos; SUIÍato cle Sódio - Áci.do Clorídrico, 200000 tonelatlas cle Superf osfatos, Superf osfato s concentrados, SuIf ato de Amóüo, Adubos nuistos em pó ou granularlo s, Sulfato de Cobre, Cobre electrolíti,co, Mínér'io púryntrct, Amoníaco, MetalurgÌ,ca do Chutnbo, Ouro e Prata, óIeo ìIe Menrlobí, Farínha para alimentaçãn de gaclo, Azeite nefinrulo, Ennofre moítlo e sublimad,o. Na Zona Têntil, salientaremos ,umü proclução d.e 15 0O0000 d,e Sacos e 3000 tolleladns de Cord,oaria tle Sisa!, Alcatifas e Tapetes. Na Zona M etalo-M ecâ,ni,ca,a C. U. F. possui oficinas rJe Funüçdo, Cald"ei,rariae Mecânica, ocutytaruÌocerca de 800 openi,ri,os. Pura se obterem as nLelhores conrligões d,e funcionomento das suas seis Zonàs de Produção (Proc\utos Qui.mÌ.cos,Adubos, Metuís Nãn Ferrosos, Qumica Orgânica, Metalo-Mecô.nica e Têrtil) , - eri,stem DepartmïLentos que corcespond,ema conjuntos d,e serui,ços afins, que, pekt sua natureza, se cLgrulpúnL e que são os seguíntes: Ener1lin, Conseraa.çõ,o Mecôni,ca,Engenharia Cüti.I, Trunsportes e E rpetliçã,o, Controle Ano,líti,co e Proiectos.

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COMPANHÌ.A.UNÌÃO FABRIL

C.ü.F.-Fírbricas

tJ.o Barreiro. (Do Delartamento

Ag'pecto da Oficina

de PÌojecios

- Gabinete

de llecâ'nica

Ì"otogrÁfico-CuF-Baneilo

€end,em:AdnxhristraHá tamtté.m os Seruiços tla Direcçã'o, que corìLpT (Cantinas, Despensd e Cinema) Produtü;üacle e ti,aos, Pessoal, Sociai,s Meücina no Trl,bl,llLo; e Sem)íços de Apoi.o TécrLico, que são: Seruìços Bí.bl,iogrd..fi,co s, T ecnologio. Qui,mi.cae M ateri.a'ís e Como são. A coord,enaçã,od,o funcionamento das Zoncts, Departatrnentos e Serai,ços é feita,peln Direcçõ,o das F(tbricas rlo Banei,ro, constituíd'l' pelo Director e ytelosChefes d,eSector, o, quern compete o enecutiao local. E terminava: <No conjunto a,s Fúbríco.s d,o Baneiro em,preganL 9000 operó,ri.os e em,pregatlos,tenrJo como pessoal de chefi,a cerca d,e 200 elementos. rlos quuis 80 engenhei.ros, méücos, economistas, etc.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO A ó,rea totcLlclas Fabricas d,o Barreiro atínge 220 hectares, dos quais 80 sõ,o ocupcLdospor ìnstalações fabris e sc.tcia,t s.

Prosseguindo a citação apenas - repetimos - do desenvolvimento das fábricas da Empresa, no Barreiro, anotamos que, clepoisde, em 1g62, se ter instaÌado a desodorizaçãocontínua na fábrica de óleos Alimentares, cuja câpacidadede produção aumentou, no ano seguinte se ampÌiou, na indústria química, a instaÌaçãode produção de ouro e prata electrolíticos, assinaÌando-setambém nova instaìação de moagem cÌe pirite. A U. F. A. tem em pÌena Ìaboração âs suas novas fábricas, utilizando como matéria-prima principaÌ a nafta, fornecida peÌa SACOR. (A sua fábrica de ureia arrancou em 1963). A fabricação de seÌénio C. U. F., que se iniciara em 1956, empregrando como matéria-prima as lamas das fábricas de ácido sulfúrico (de, pois as lamas da eÌectrólisede cobre) passou,em 1g63, a efectuar-secom mais rcguÌâïidade e rendimento.

A pârtir de 1963- seguindo uma súmnÌa descritiva- anota-seque <dtraués rl,e urn Plano de Inaestimentos, ern que sõ,oempregad,osos recursos próprìos com capitaí.s exteriores, é dado noao ímpulso ao d,esena olaimento d,a E m'presa>. Em Janeiro desseano (1968), assinala-seo início do funcionamento çJ.aComissã,oInterna d,a Empresa (C. I. E.), constituída por um representante desta e por esta designado, que preside, e por delegados dos grupos profìssionais do seu pessoal, eleitos por esses mesmos grupos. Reunindo mensalmente,é uma <mesaredonda>em que, sem preocupações de hierarquia, se apresentam e apreciam sugestões e propostas para o maior rendimento da Empresa, vaTorizagã"oprofissionaÌ, discipÌina no trabalho, prevenção, acção sociaì, etc. Pela mesma aÌtura, foi também iniciada a publicação de um boletim denominado CUF - InÍonnaçãl Interna, qLre teve, inicialmente, o formato de jornal, passando dois anos 48


COMPANHIA UNIÃO T'.A.BRIL depois (Janeiro, 1964) a ser editado em formato de revista, normalmente de 16 páginas, destinado a <informar, formar, esclarecer e divuÌgar a vida da C. U. F., no intuito de manter um clima de coesão interna, indispensáveÌ a quem tïabalha> -como nele se acentuou - sendo a colaboração voÌuntária e a todos os níveis hierárquicos da Empresa. Importantes e numerosas são as r:emodelâçõesque se efêctuam em 1964 e 1965, na Fiação e na Tecelâgem de Juta, e, no sector químíco, na moagem de fosforite, na metalurgia do chumbo e na produção de superfosfatos concentrados(nova unidade, esta em 1964). Pròpriamente em 1965, regista-se a instalação de nova fábrica de ácido sulfúrico por contacto (o Contacto 5) e o arranque de mais duas unidades: uma fábrica de suÌfato de sódio (obtido por recuperação dos Ìíquidos residuais do tratamento das cinzas de pirite) e uma fábrica de zinebe (pesticida organo-metálico (?), efectuândo-se ainda, nesse ano, nas instalações portuárias privativas da Empresa, outra ampliação com a construção de novo cais e armazêm para matérias-primas ,e montagem de moderno equipamento de cargas e descargâs.

O Contacto 5, fâbrica de ácido suÌfúrico cujo ârranque se verificou em 1966, partindo de pirites, tinha já a capacidadede 500 toneladasdiárias de ácido, isto é: produzia numa hora aproximadamente a mesmâ quantidade que a 1.. fâbriea d,e contacto produzia, em 1950, num diâ compÌeto... Haì a evoluçãoda técnica, cuidadosamenteacompanhadanas Fábricas do Barreiro. E porque tal evolução determina que novos processos e novâs dimensões supÌantem processo já ultrapassados, o arranque do Contacto 5 marcou o encerramento das fábricas de câmaras que, desde 1908, tinham garantido o abastecimento de ácido sulfúrico ao complexo industrial do Barreiro. Igualmente em 1967 se procederia ao encerramento do Contacto 1, já obsoleto pela sua reduzida capacidade.

(') O zinebe é, quìmicamentq o etiÌeno-bis-ditiocarbonato de zinco. Nesta fábrica, Ìrtiliza-se o suÌfut€to de carbono, também prodüzido peÌa C. U. F., na sua unidade -[abÌil de Vila Nova de Gaia.

rr9


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO

C, U.F.-Fóbricas

rJ,oBa,r'reito. -

Fóbrica de Ácido SzttÍúrico por Contacto (N" .5)

(Do De!ártâmento

ile ?roj*tos

-

Gabin;te

!'otosÌáfico

-

cUI

-

BaÚeiro)

NO CENTENÁRIO DA COMPANHIA UNIÃO FABRIL A CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO GALARDOOU A GRANDE EMPRESA 1965.-Ano do Centenárioda CompanhiaUnião Fabril. Cem anos âtrás, os Estatutos, que a formaram, haviam recebido,por decreto de 30 ite Agosto, a necessáriaaprovação.Ocupava o trono de PortugaÌ o rei D. Luís. Centenáriasda C. U.F. No Barreiro, tiveram início as Comemorações nessa dâta, ao hasteamentoda Bandeira do a 4-IV-1965, procedendo-se, Centenárionum dos mastros do portão principal das suas Fábricas, a que se seguiu a distribuição dos emblemascomemorativosa todo o pessoal efectivo. 50


COMPANHIAUNIÃO FABRIL No dia 6, à tarde, n6 Cinema-Ginásio, com â presença do Chefe do Distrito de Setúbal e das autoridades locais, funcionários superiores da C.U.F. (do Barreiro e de Lisboa), representanteslocais dos órgãos de informação e outros convidados, efectuou-se a sessão de apresentação

A Bancleira d.o Centená,rio da Conpaarhiú Uniõ,o Fo,brìL hastead.a no d.ia 4-IV-1965 no maatro clo portõ,o prineipall das Fá,b,t',icús ilo B d,neìro

dos dois filmes expressamente feitos para o Centenário: Vamos a AImoçageme, sobre a obra social da C. U. F. desenvolvida na sua <Colónia de Férias>, em benefício dos filhos dos seus servidores, e A Olü;eira e n Pirite, qvé nos dá um resumo das actividades industriais da Empresa, a partir daqueles dois produtos, ambos na base do desenvolvimento das suas fábricas.


O BARREIROCONTE}ÍPORÂNEO <<Seem Tonr.osa Almoçageme - como então escïevemos (3) - vimos acção assistencial carinhosa, atenta, desde a minuciosa inspecção médica, até aos recreios e às visitas de estudo, inteÌigentemente planeadas, sem esquecer a criteriosa preparação dos seus monitores, companheiros inseparáveis dos pequenos pupiÌos, em A Olú;eìra e a Pirí'te estamos perante um inesquecível documento, presente numa montagem verdadeiramente original, de quanto pode contribuir para o desenvolvimento duma Nação, uma série de actividades bem estruturadas e interÌigadas. Neste úÌtimo filme, em que os aspectos exteriores se destacam por uma encantadora poÌicromia, é recordada a presença de Alfredo da Silva peÌâ secretária cle trabalho a que ele se sentava e pelo primeiro modelo de telefone que então utiÌizava, como administïador-gerente da C. U' F., depois que com esta se fundira a Companhia AÌiança Fabril, em 1898 e que ele geria a essa data>. A estreia clestes docurn-entáriosefectuara-se, dias antes, na saÌa de Cinema do S. N. I., em Lisboa, com a presença do Chefe do Estado, voltando depois a ser exibidos, no Barreiro, em várias sessões,no Cinema-Ginásio, para todo o pessoalda C. U. F. O dia 4-IV-1965 terminou nas Fábricas do Barreiro com um <cocktailn oferecido pela sua Direcção a todos os convidados,na Messe da Companhia.

No decurso de vários actos comemorativos em outros lugares e localidades, que âtingiram a maior soÌenidade a 30 de Junho desse ano (aniversário natalício de AÌfredo da Silva) e em que o Barreiro foi o cenário em destaque(i), a sua Câmara Municipal, em reunião de 9-VI-1965, deliberou atribuir a MedaÌha de Ouro de Bons Serviços a esta Empresa. Porque o facto constitui, sem dúvida, uma efeméride da história local, a seguir reproduzimos a respectiva proposta, da autoria do vereador Carlos Fernandes Pereira ('o), que foi aprovada por unanimidade:

(") Err JornaL do Ba,treiro n,' ?50, de 15-IV-1965. (') V. Cap. II do presente voluÌÌ1e. (Naquele ano, em Lisboa, a C' U. F. paÌticiparâ, com payithão pÌóprio, nâ VI Feiaã Internacional). (10) Industriâl. Nascido em Olhã0, a 20-XI-1931. No Barreiro, desde 1946. Foi veÌeâdor da C. M B. de 1964 a 1967,


Anaerso e ,Ì'euersoalít Mealalh.ado Centená.rio da C- U. F. (Tatnanho nattLral)


O BARREIROCONTEMPORÂNEO <Estú a Companhiu Uníão Fabril a comemordr o 1'" Centená'rio d'a sua fundação. Orgul'lLa-se o Bamei'ro d'e albergar em seu seio o múior sector fabri,t d,aquelaem;rresa id"ustri'at, fruto do espíri'to empreenrledor d,oseu graruIe obrei'ro, que foi, Atfreclo d'a Silua, que enfrentond'o as difí'cei,s conti,ngências d,o,sua época, dotou o Barreit'o de um patrimónío de eleaad,oaalor económico e social. Consid,erawJ,o o ertraordiruírio progresso d'e que o Barreiro tem bene' fici.ad.o,especialmente nos plonos econónuico,social, i'nstrutiao e até desportì,uo, por mor rJa.ascencional actiaid'rLd'etlas f úbrìcas rlaquela Comp&nbín; Consirl,erattrJoo contributo aalíoso da Componhía Un:íão Fabril qwe possì.biti.taa esta terra colocar-se entre os três r,ni,s industrializarlos concelhos d,o espaço português; Consid,erandno ltrestimoso moaimento que a Comqanhia União Fabril i.mprime aos cuis comerci'ai,sclesta terra que, assim',f)roporcionann ao Bar' rei,ro situar-se entre os maiores entrepostos comerciai's d'o Pats; C onsid,erand,o,ti,nda, que ,quando uma Ttresti'giosafi'gurcL tla Admi' nistraçã,o da C.tl.F. afi'rma: <A mai'or obra soci'al d'a Companhia foì, é e conti,nuará, a ser a cri'açã'o constante d,e nouas fontes de trabalho>, é mctàao d,efranco júbilo'ì)er-se a Computhi'a Uníão Fabril est'ímular, perú sua contribuiçã'o para o engrantlecimento d'o Bameíro seDer0,ntenl,ente, ' estar d,assuas gentes; e 'po,ro,o bem Hei., portanto, de razõ'o, submeter à' aprouaçã'od'a ügníss'i'ma Cô'mara aquí presente a seguínte p'roposta: <Sejcr, conced.ida,à Cornpanhia Ilni.ão Fabri\ na comemoraçã'o do 1." Centená,rio rta sua furui'ação, a MEDALHA DE OURO DE BONS SERVIÇOS, gakr,rd'õ'odesta Câmara pelo rluito que o Barrei'ro lhe d,eae>.

Companhia No Ano do Centenário - a 12 de Outubro de 1965 -a na outorgando para capital, o seu 1200 000 contos Fabril eÌeva União Administrade seu Conselho do respectiva escritura, em representação ção, o dr. Jorge de Mello. Este aumento de capital resultâra da incorporação de resetvas livres, devidamente autorizada nos teïmos da iegislaeão fiscal.


COMPANHIA UNIÃO FABRIL

Concluídos festivamente todos os actos comemorativos do Centenário da C. U. F., no decurso do ano de 1965, foram aqueÌes encerrados, em Lisboa, a 8-I-1966, com um aÌmoço de confraternização dos dirigentes e empregados e operários da Empresa, realizado no Pavilhão da Feira das Indústrias e que reuniu para cima de 3000 convivas, presidindo D. Manuel de Melô ("), que tinha a seu ìado seus filhos dr. Jorge de Melo e José Manuel de Melo e os administradores eng."" Rochâ e Melo e Yasco de Melo, conde das Alcáçovas, dr. João SaÌgueiro, D. Diogo de Melo e dr. Francisco de Castro CaÌdas. Foi um trabaÌhador das Fábricas do Barreiro, Luís Carlos dos Santos, chefe de secção na Zonà Tôxtil, natural da Moita, quem saudou, em nome de todos os seryidores da Empresa, os seus altos dirigentes, augurando para todos quantos trabalham para o maior engrandecimento da Obra alicerçada por Alfredo da SiÌva as maiores felicidades, com a certeza de que eles se sentem contribuir para o progresso do País, à escala em que é necessário atingi-Io. Do discurso, em resposta, do dr. Jorge de Melo, arquivamos as seguintes palavras: <No m.undo mod.er.no,uríLa empresü só pod.e sobretiaer e cumpr[r a sua funçã,o social, d,e cú.&r riqueza e sutisfazer as necessi,rltrdcs d,oshomms, qunndo é f ortemente comqetitha no pldno internacì,onal,,Daí a necessid,ad,e d,e se'íntroduzir constúntemente nouos métod.os de gestõ,o que uisem esse obiectiuo, ttÃ,o obstante as mod.ificações que ,i,ssoi,mp%ca em há,bi.tostle trabalho e em traüções que a totlos sdo caros>. E, mais adiante, afirmou : <Percebe-se, assim, qual o cam,inho que estamos decid,ìrJosa persìstenternente segu;r, certos de que só a adopçõo sistemáti.ca dos ci,ncoprinc.tpi.osbasi,laresque deuent caracteri,zar a gestão morlerna d,os empresas- direcção por objectivos, critérios de decisão rigorosamente tecnológicos, estruturas bem definidas, mobilidade e adaptabilidade rápidas e uma identificâção e colaborâção perfeita dos homens pod,erõ,ocottsti,tuir factor na consecuçãodas finalidades deterrninadas -

(1') Àlém de D. Manuel de Melo 12-XI-196?), D. Diogo de Melo.

(Y. Câp. IV),

é também já fâlecido

(a


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

ENG. GUIMARÃES

SERÔDÌO.-Foi

rector dds Fábricas drt' C.U.F.

o di-

no Barreiro, no

Centenário desta EmprestT (1965). Durante

o

Ttet'íorlocl,a sua get'êrtcìa (V. Quadro dos Directo_ res destas Fábricas), concretTzarúm-separo o Rarrei.ro o,Igtttnos (las sll.as osfrirações de maíor imltortâ,ttcict,, (L qlLe (Ieú todo o selL Nalioso a:poio, p irtnO Bnr p : r c , . a o c s q t ' r a o s P t t n p r u m o diante :timpatìa. É &ctllaLmente unL clos A(ímini"9traclores cla C, U. F.

rleci.siuopara que & C.IJ.F. e todo o complero empresa'ridlenL que se i,ntegrú, flLantenha uma posição firme nos gr&ndes espaços económicos que cad,ü uez maís se estã.o tlesenhando. Alguns economístas internacio' nais prel)êenxque, em fxLturo prór.imo, só erìstira no mundo'tl'tnúescassü d,ezenatle mílltares d,eenrpresas com re(LI 1)roiecçãoeconómicú' Tutlo estamos f irmemente tlispostos ü fazer f)arú que cLC. U. F. faça parte íncon' t estrLdad,esse grup o>. PERÍODO DE 1965/66 A 1969/70 Neste período, a Companhia União FabrìÌ prossegue'nas suas FábÍicas do BârreiïÕ, à ràcionllizà1áo de estrutura e de métodos de trabalho' Promove-se o aLlmento de produtividade, fâzendo-se novos investimentos, em parte com recursos próprios da Companhia e com Ïecursos, também, a financiamentosinl ernacionais. A Fábrica de Tapeçariase Carpetesdo Barreiro passaïaparâ Ansião, trabaÌhando já, a espaços, no ano de 1965 e entrando em pleno funcionamento em 1966. Neste mesmo ano, a Empresa participa na constituida prospecção, ção da SociecladeMineira de Santiago, com o objectivo pesquisa e exploração de pirite - a matéria-prima fundamental (já algures dissemos) das Fábricas do Barreiro. Em 196?, prosseguea modernizaçáode processosde trabalhos e produçã.o, a simplificação dos circuitos administrâtivos, a remodelação de


COMPANHIAUNIÁO FABRÌL alguns sectores da actividade e a preparâção de reestruturações. Projecta-ss o planeamento,a médio e a longo prazo, das actividades. Voltando a referir a importante Zona Têxtil das Fábricas do Barreiro, cita-se a Fiação e Tecelagem de Juta, a primeira, contando, já nos anos de 1965/66, com fusos instalados em número de cerca de 6800 e a segunda com 500 teares, e âmbas dotadas dos mais modernos maquinismos, que as tor-nàramno seu conjunto, das primeiras da Europa. Em 1967, montaram e iniciaram a confecção de artigos de embalagem com o emprego de produtos sintéticos, como substitutos das fibras naturais. É aplicado o polipropileno na fabricação de tecelagem, sacaria e cordoaria de ráfia deste poÌímero (linha de extrusão com a capacidade de 500 tons, ânuais). Temos informação de que, em 1970, aumentou bastante o volume desta fabricação.

C. U. F. -

Borreiro. (Do DelaÌtâmento

Unt aslecto do porto priNetito de PÌojecios .

crLinetÊ

IiôtogÌílico

CUF -

BaÌÌeiro)


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

C.LI.F,-Fó,britas

dít BQÌ'rebo - Instal1'ções (hL fóbrica tle Óteos Comestheis (Do DeDartâmento

tle Projectos

cla Extracção e RefìMtção

GâÌ'inête Fotôsráfico

-

CUF-Èaneirol

Na Zona de Química Orgânica foi também meÌhorudo o processo de extracção e ïefinâção de óleos alimentares: pïensagem contínua, de grande capacidade, modeÌna unidade de neutïalização, instalação de fabrico e enclt'ímento de garrafas de ! e l/2 litro, - com a capacidade tle 3 milhões de garrafas por mês, em duas Ìinhas, que incluem enchedoras, câpsuladoïas, rotuladores, enehedorasde caixas e máquinas de fechar e colar. Entretanto, era àqrtela ZonD"dotada de novo parqud de arrnazenamento de óleos e nova instalação para arrnazém de farinhas (no local da extinta Saboaria). ôó


COMPANHIA UNIÃO FABRIL

1970 marca ainda um novo escalão no desenvoìvimento das fábricas do Barreiro, estando em construção as seguintes unidades: - uma - uma -umâ -uma - uma

nova granulação de adubos; fábrica de sulfato de alumínio; nova fábrica de ácido clorídrico e sulfatos alcaÌinos; fábrica de fosfato dicálcico; novâ fábrica de ácido sulfúrico por contâcto.

Estas unidades, a artancat em 19?1 (algumas inclusivé jâ artanca' das na data em que estas páginas estão a ser impressas), incÌuem, quer novos produtos, pela primeira vez fabricados em PortugaÌ (sulfato de alumínio, fosfato dicálcico), quer novas técnicas de fabrico (caso da fábrica de ácido sulfúrico) ' Nesta última unidade, para 625 toneladaspor dia, utiliza-se um novo processode contacto,que reduz as emÍssõesgasosas Ì ceïca d,e l/4 d'a emissão obtida nas fábricas clássicas e que, portanto, atende aos mais modernos conceitos anti-poluição. Entretanto. iniciou-se. igualmente, a construção de uma fábrica de óxido de zinco.

PRODUTOS E CORRESPONDENTESPRODUÇõES DAS FÁBRiCAS DA C.U.F. NO BARREIRO (ANO DE 1969) Na III ExposiçáoIndustriaì e de Artes Plásticasdo Barreiro (")' expôs a Companhia União Fabril vários e muito elucidativos gráficos como industrial, montada nesta viÌa, que, sobre a sua organizagã"o .taÌ (") OÌganizâda pela Comissão das Festas do Cenienário (18?0-1970) dâ' Sociedade de Instrução e Reereio Barreirense ((FÌanceses)), nos mâgníficos salões da sua setle, foi inaugurada a 5-IX-19?0, pelo governador civil de SetúbaÌ, dr' José Maria Cardoso Ì'elleira, com â pÌesençâ do presidente dâ Câmarâ Municipal do Barreiro' dr. CarÌos França e de outrâs individualidades locais e muitos assocìados da colectiâ vidaale em festa. EnceÌÌou este cerìame a 21_IX-19?0, com a entregâ de diplomas fora o seu acto como luzimento, o müito de solene sessão em €xpositores, todos os iÌÌaugurâ1.

59


O BARREÌROCONTEMPORÂNEO a mâioria das outras representações, atraíram a atenção de cerca de dez milhares de visitantes. Todos os gráficos da C. U. F. se referiam ao movimento das suas Fábricas respeitante a 1969, pelo que, sendo, assim, os últimos apresentados a público, à aÌtura de encerrannos este volumg os vamos reproduzir, nos seus aspectos mais elucidativos. Segundo o Boletim C. U. F. (Informação Interna), de Out.-1970, o volume de vendas da C.U. F., em 1969, foi da ordem dos trôs milhões e trezentos miÌ contos.

RELAÇÂO DOS PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA FABRICADOS NO BARREIRO (Incluindo produtos da U. F. A, -

Lavradio)

Ácido Clorídrico Ácido Fosfórico Ácido Nítrico Ácido Sulfúrico Amónia Amoníaco Anidro Cinzas de Pirite Purificadas Granulado Ferroso Nitrato de Amónio Nitrato de Sódio óleum SuÌfúrico Silicato de Sódio Sulfato de Amónio Sulfato de Cobre Sulfato Ferroso Sulfato de Sódio Anidro Sulfureto de Carbono Refinado (na fábrica de V, N. de Gaia) Ureia em pérolas Metais e Metalo'id,es: Chumbo Electrolítico Cobre Electrolítico


COMPANHiA UNIÃO FABRIL

urL o'specto o* f uui:"íÍ#J#!io (Do DeDsrtèmello de Projectos tsarrciroì ÇUIr

FabrÌtdo azoto, Gabinete Fotográrico

Enxofre Ouro Electrolítico Prata Electrolítica Selénio Cinzento em Pó NOTA. ."._A acrescentar à primeira parte da rclaçáo: Fosfctto Dicá,lcìco (produção ainda a iniciar em 1971) e Sulfato tle Alam.ínio (prod.tção iniciada em 1971).

ALGUMAS PRODUÇõES DA COMPANHIA

UNIÃO FABRIL

( Produção Anual) Tons.

Ácido Sulfúrico Ácido Fosfórico Ácido Cloúdrico Adubos

250000 19 000 6 500 325000 61


O B A R R ET R O C ON TD MP OR À N E O TonS,

214000 3 900 900 ? 500 1300 20 600 1 700

C i nzasde P irite P urificada s. . . . . . . . . . . . . . . . . CobreElectroìítico................ Chumbo EÌectroÌítico Enxofre Insecticidase Fungicidas Sulfato de Sódio Anidro Sulfureto de Carbono

PRODUçõES DA UNIÃO FABRIL DO AZOTO (Produção AnuaÌ) Tons.

66 ooo 2277 97 000 44500 75 000 500 96 200

Amoníaco Amóniaa 25% ............. Ácido Nítrico a 56 % ......... Ur eia ............. Nitro-Amoniacal expresso em 20,5% N. Nitrato de Amónio ......... SuÌfatode Amónio ..........

Seguem-sealguns números cornparativos, relativamente à QUÍMICA ORGÀNICA:

PRODUçÕES Prod.utos

.. Azeites ó leos ............ .. Sabões para Rações animais........

C.IJ.F. (Tons.) PAÍS (Tons.)

5 000 1 60 0 0 24 000 120000

55 000 4 50 0 0 68 000 850000

%

9% 35% 36% 14%

Concluímosesta primeira parte da presente resenhacom as produeõesdos sector METALO-MECÂNICO da C. U. F.:


COIIPÁNHIÀ UNIÃO FABRIL C owtrt4ões rnetá,\íccls:

l.-

Estruturas, reservatórios cilíndricos sob protecção, permutadores de calor, equipamentos para centrais térmicas, ,hidráulicas e industriais em geraÌ, etc. : Cowtruções mecâ,nicas:

,

2-

-

3-

Funüções: -

4-

Mecânica média e pesada, engrenagens cilíndricas e cónicas, etc.

Aços vasados normais ao carbono, inoxidáveis, especiais de Ìiga de crómio e níquel, aÌto manganês (tipo Hadfield).

Montagens Ind,ustriais.

Publicamos,a seguir, outros elementos,de diferente natureza (números e cifras...), pelos quais se pode, igualmente, avaÌiar do valor, para o Barreiro, do cor.nplexoindustriaÌ de que estamostratando: C. U. F. .. EFECTIVOS DÂS FÁBRICAS DO BARREIRO Em 31/XIII1969: 6565 empregados Sendo: Pessoal dirigente e de cheÍia > de análise > de desenho > de escritório .......,.............i....;;.;i............,. profissional e técnico ...................... > > diverso > fabril e profissional ......................

Total 63

406 68 40

854 622 421 4649 OD OD


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

Remuneraçõesdirectas pagas ao pessoal das Fábricas da C. U. F. do Barreiro, no ano de 1969: 232 mil contos. Este montante correspondeao pagamento: - de 19 333 contos por mês 4 461 > por semâna -de 635 > por cada dia do ano civiÌ - de

U. F. A. EFECTIVOS DAS FÁBRICAS DO LAVRADIO Em 3L/Xil/1969: 609 empregados Sendo: Pessoaldirig:ente e de chefia > de análise

85 23

>

de desenho

> > >

de escritório........ . . . . . . . . . profissional e técnico diverso

45 148 80

>>

operário fabril e oficinal

220 Total

609

+*

Remuneragõesdirectas pagas ao pessoaldas Fábricas da U. F, A', no ano de 1969: 27 500 contos. ao pagamento: Este montantecorresponde

I

t,

-de 229L contos por mês - de 528 > por semana > por cada dia do ano civil - de 75 o4


COMPANHIA UNTÃO FABRIL

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

CENTROS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL C. U. F. (Fábricas do Barreiro) Na décadade 60, estes centros formaram mais de 233 aprendizes (vencimentoinicial dos aprendizes:2000$00/mês). No mesmoperíodopassarampeloscentroscentenasde operáriospara: - actualiza4áode conhecimentos - formação por exigôncias de reconversão de actividades. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TR,ABALHO C. U. F. (Fábricas do Barreiro) Integnada no Serviço de Segurançadas Fábricas, que inclui Recepgáo,Viligância, Serviço de fncêndios,etc. N." de Acidentes

Anos

1960 1961 L962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969

8957 8491 742L 5953 4036 3228 2599 2245 2063 1880 1786

1-s?0

Ern função ilos efectivos méclios,têm-se verificanclo indíces ale sinistralidade de razoável nível, mercê da constante acção desenvolvida sobre todos os factores que possam contribuir para a diminuição do número e gravidade dos acidentes,'. 66


COMPANHIA UNIÃO FABRIL

ALGUNS OUTROS NÚMEROS SIGNIFICATIVOS Extensão da rede ferroviária interna: 30km. Movimentação de materiais sólidos, anualmente: 4 milhões de toneÌadas. Motores eÌéctricos que âccionam o conjunto fabril: cerca de 6000, com uma potência de 40 000 cv. Instïumeìrtos eléctricos de mediçáo e <controle>: mais de seis miÌhales. Instalações, no seu conjunto, interÌigadas por umâ rede de 800 teÌefones. Consumo anual de energia eléctrica: 65 miÌhões de kWh. <<Controle>de qualidade assegurado, anualmente, por cerca de 160 mil análises.

<DEU.SE UM GRANDE PASSO - ANUNCIOU DE MELLO, EM JULHO DE 1970-PARA REIRO SEJA, DENTRO DE TRÊS ANOS, INDUSTRIAL AO NÍVEL DA EUROPA E

O DR. JORGE QUE O BAR. UM CENTRO DO MUNDO>

No dia 12 de JuÌho de 1970, na festa dedicada (nas fábricas do Barreiro) aos maig antigos empregados da Companhia União Fabril, na qual foram homenageados os empregados com 25, 35 e 40 anos de actividade nâ empresa, num total de 437 pessoas,prestando serviço não só nas dependênciasdo Barreiro, como também em Lisboa, no Porto, Aìferrarede, Mirandela, Aveiro e Viseu, pronunciou importante discurso o presidente do Conselho de Administração da C. U, F., do qual reproduzimos os seguintes trechos: <Embora tenlmmos grd,ndel üficutrd,ad,esa oencer, a DerddÃ,.eé que se d,eu o grand.e passo pclrl. que o Barreiro, raía e base d,a nossa srnpreso, seja d,entro d,e três anos, e d.e facto, um centro induÃtrinl ao nÂ,uetrdn Europa e do Manc\o, conL umú dimensão tal que permita Ttropàciar, aos que aqui trabalham, uintla muis desejá,oeiscondi4ões de aid,a, Julgo, e tenho quase ü certez(r, posto mesmo dí,zer que tenh,o a certeza. embora com as üficuldades que se nos hã,o-d,ed,eparar, que d,entro d,e três anos, haaeró,,aquì, uma grande indústrin d,equímica pesad,a,


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO

(Trabalhâx pelo Barreir'o, não é para mim sòmente um pÌazer, é uma obrigaçáorr. (De unta caÍtú

do dr. Jorge (le

ìIello, rl,irillida oo JornaÌ do Barreiro, onr 15-vII-1955). DR. JORGD DE MELLO. em Sintra, d 1-1X-1921. -

Noscilo

PresiiÌentc clo

Consellto de Aclministraçã,o da Companltia Uniao FabrìL, (tesde Outubro de 196ô e Vice-Pres lelLte d& Carportlçã.o da lwlústria, desda Jatteiro d.e 197a. (Gr(Lnda Oliciútoto tla OrcIenL de Mórito

Industríal,

em 7962, e Grã.-Cruz da Ordem. da Benemerêncìo, em 197A).

A fó,brica têntil, que é u.m problema dos mnis üfíceis desta Companhi,a, estl,rá nurna Ía,se m:u'ito aüontad'a d'a sua reconttersã'o, Ju\go que actiaid,ad,esmenos úctul,l,izadas terõ'o tl'esaparecído; é muito poso,lguftLa,s que d'tmi.nuao níLmero de actì,aidades,mús que, tod,auia, aumente a síael sua ürìxensõ,o,seja ntnis ertensa a suu possibilidad,ede tídú, tle uì.tla para as actiÚi.d&d,ese de údíL tr)arú quern aqui, trobalha. E mais adiante, disse: <O nosso Pats é, infel'izmente, urn paxs de pouco amoio em iüci'atìtas de carâcter econón íco e i,ndustrinl. Julgo que, d'entro de três anos, ou no fònL d.ospróri,mos três anos, poderemos ter unl <rosto> üf eren:te,não só na nossa Pó,trÌ,a. mas no Muntlo. Deuemos ser ülguém no Muntlo, que hoje nã,o somos. Nõ"o tenhamos i,lusões.E, entõ,o, teremos conüçõ$ üferentes púra tod,os,para os trabalhadores e púra os accionistas. O Patts ter,í, deste gtapo d,e emqresas, uma nrcIlnr rentabi.Ud'ade>. 68


COMPANHIA UNIÃO FABRÌL E, no fim, â encerïar as suas palavras: <Agrarleço, a todos, a contfunúd,a.d,e d,e umn fé nos d,estinos d.l, Empr6ú ante o,s tlificuld.ctd,es,üficulclct tles que, alüs, contümarão. Nõr julguenL que no Barrei,ro, quantlo for a tal grand,e realid,ad,e inrlustrintr, a outro níuel, que aind,clnã,o é hoie, acabarõn os problemas. Os problemas serõ,o outros, serã,orle outra granrleza, e talaez uté mti,s agud.os,A oìd,a serô sempre d,e lu,ta. Nós rnorteremos sempre ced.o,mas sempre aalerá, (L pencLlxrtar>.

Em Dezembro de 1970, foi estabelecida nova organização da C. U. F. e Empresas Associadas, na qual existirão os seguintes sectores: -Sector Qtnmíco, compreendendo as actividades <Adubos e Pêsticidas> e <Metais e Produtos Químicos> da C. U. F. e os interesses do Grupo nas Empresas Associadas afins: União Fabril do Azoto, Comp." Industrial Portuguesa, Comp." Portuguesa do Cobre e Sociedade Mineira de Santiago.; - Sector tle Al;ímentaçã,o,Higiene e Beleza (SHABE) , compreendendo as actividades de <óleos e Sâbões>,<Raçõespara Animais> e <Margarinas> da C. U. F. e os interesses do Grupo nas Empresas Âssociadas afins: SOVENA (SocÍedadeVendedora de Glicerina), PREVINIL (Empresa Preparadora de Compostos Vinílícos), INDUVE (Indústrias Angolanas de óÌeos Vegetais), SONADEL (Sociedade Nacional de Detergentes), COMPAL (Companhia Poúuguesa de Conservas Alimentares ), UNISOL (Sociedadede Distribuição e Exportação), FLORAL (Sociedade de Per{umarias e Produtos Químicos, Lda.), SICEL (Sociedade Industrial de Cereais) e SUPA (Supermercados Pão rle Açúcar); - Sector Tê*titr, compreendendo as actividades,de <Têxteis Industriais> e <Têxteis para o Lar>, da C. U. F., e os interesses das Empresas Associadas afins: SITENOR (Sociedade de Indústrias Têxteis d oNorte), IPETEX (Sociedade de Indústrias Pesadas Têxteis), LUSOFANE (<Manufacturas de Plásticos>), CICOMO (Companhia Industrial de Cordoarias de Moçambique), PúNGUÈ (Companhia Têxtil do Púnguè) e SIGA (Sociedade Industrial de Grossarias de AngoÌa); 69


b

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a ;


COMPANÏIIA UNÌÃO FABRÌL - Sector Metalo-Mecâ'nico, compreendendo a actividade metalo-mecânica da C. U. F. e os interesses na Empresa Associada afim: FERUNI (Sociedadede Fundiçào).

DIRECTORES DAS FÁBRICAS DA C.U.F. NO BARREIRO Neste Ìargo período, que se inicia com a construção (em 1907) das primeiras instalações das fábricas foram sucessivamente directores técnicos os eng."" Pelet, francês, António Birte Pereira, português, Ifenri Casterat, francês, Deutsch, austúaco, Juan Codoíer, espanhol, Eduardo C. B. Madaíì, português e, de novo, Casterat, até ser dispensado em 7927. (*) De Agosto/1927

a Dezembt:o/ L929

Eng." Eduaido Cândido Bravo Ma(lâ

De Janejro/1930 a Dezembro/l943

Eng.' Joáo Osório da Rocha e Melo

De J aneiro/ 1944 a Outubro/1952.'.

Eng.' Faustino d'Ascensáo Rodrigues de Sousa

De Janeiro/1953 a Julho/1953 (como subdirector de Jan."/1951 a Dez.'/1952) De Agosto/1958 a Abril/1956 (co' mo subdirector de Jan."/1953 a Julho/1953)

Eng.' Edgar Wahnon

Eng.' António Augusto Monteiro

Pessoa

('") Foi, desde o início, consultor ténico das fábricas de produtos químicos, cujos projectos-base eÌa}orâaa, visitando-as periòdicamente duÌante muitos anos, o engenheiro francês A. L. StinvilÌe, que tem o seu nome, desde 1928, numa das ruas do 1.' Bairro Opêrário dâ C.U.F., no Barreiro: a que princilia junto das escadas de acessq ]relo Norte, à Rua do Ácido Suìfúrico, e termina nâ Rüa Berthelot.

71.


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO

D e M aio/1956a JuÌho/1959..... . .

Eng." Ruy RebelÌoda Mota Guedes

De Agosto/1959a Margo/1962...

Eng." Virgílío Ruy Teixeira Lopo

D e M arço/1962 a A bril/1968.... . .

Eng.' José Francisco Amorim Guimarães Serôdio (Sabrosa)

De Abriì/1968 a Janeiro/L97t...

Eng.' Frederico José da Cunha Mendonça e Menezes

de

De Janeiro/1971 a,............... . . . . Eng.' José ManueÌ Faria e Santos A CAIXA DE PREVIDÊNCIA DA C. U. F. E EMPRESAS ASSOCIADAS A Caixa de Previdência do Pessoalda C. U. F. e Empresas Associadas, criada um ano antes do falecimento de Alfredo da Silva, é actualmente um dos organismos mâis impoftântes e bem estruturados do País, para a consecução dos seus fins. Tendo o seu funcionamento tido início em Abril de 1940,recebeuo AÌvará de aprovaçãono ano de 1941 (1 de Maio). Seguiu-se, em Janeiro de 1943, o Alvará de aprovação da Caixa de Abono de Família do Pessoalda C. U. F. e Empresas Associadas,isto é, apenas cinco meses depois da publicação do diploma oficial (Decreto-Lei n." 32 192, de 13-VIII-1942) que instituía esta modalidade de assistênciaà família dos trabalhadores. Em 1965, com ínício em 1 de Abril, decorreram diversas cerimónias comemorativas das Bod,as d,e PratcL desta Caixa de Previdência, que já então abrangia cerca de 30 000 beneficiários ao serviço da C. U. F. e de todas as empresâs suas associadas, colocando-a entte as grândes instituições de previdência do País. <Os 25 anos decorridos desde a sua fundação - declarou, nessa ocasião, o ministro das Corporações, prof. dr. Gonçaìves de Proença - foram preenchidos com umâ actividade operosa, digna do maior apreço, impondo a instituição ao respeito e consideração de todos. É disso sinal bem evidente, de resto, o apreço que, pela sua Caixa, têm os trabalhadores da C. U. F., que nunca perdem a oportunidade d.efazer a sua defesa ou o seu elogio>. Foi primeiro presidente da direcção desta Caixa, sedeada em Lisboa, o eng.' Eduardo MadaíI, depois o dr. Ricardo Corrêa Villa, a seguir o eng." Ligório Cannas SiÌvestre da Silva, ao quaÌ sucedeu o actuaÌ presi-


COMPÁNIIÌA UNIÃO FABRIL dente, dr. Álvaro Alexandre, sob cuja gerência, já, aliás, decorreram as festividades do 25." aniversário da Instituição, celebrada ainda com emissão de medalha comemorativa. É actual chefe de serviços desta Caixa de Previdência Francisco Cordeiro Ferreira Filipq natural do Barreiro e funcionário muito conceituado no sector da nrevidência soqial.

SÚMULA DAS REGALIAS DE CARÁCTER SOCIAL DO PESSOALDA EMPRESA | - Pela Caira d,ePreuiiJênciae pela C. U. F.: Pensõesde reforma; Pagament6de etudos secundáriosa empregadose operários (excepto do Curso Liceal, de que apenassão pagas as propinas de exame); Colóniade Férias ; uamDo de -bêrÌâs :

Pensõesa Viúvas e órfãos: Subsídiosde funeral ; Assistênciaa Parturientes (só Cuiua); Pagamentode Estudos em EscoÌasTécnicasa filhos de empregados e operários; Cãsa de renda reduzida; Internamento hospitalar a reformadus,nos llospitais Civis; Subsídiospor doença(s6 Caira). 2 - Só pela C. U. F.: Diuturnidades de categoria e de antiguidade (25,35 ou 40 anos de serviço); Ajuda de eusto a pessoaldeslocado; Adiantamento de salário ou ordenado; Donativos por doença; Licença (férias) por casamento; Licençasde nojo; Refditórios (sistema <auto-serviço>)e <Mess>; Licençasde nojo;


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Supermercado(Gén. Alimentícios, Vestuário, Calçado,Eìectrodomésticos, Automóveis, etc.) ; Infantários; Ensino Primário ; Centro Educativo - actividades formativas e recreatìvas; Cursos de Ìínguas estrangeiras.

ACÇÃO SOCIAL E DE ASSISTÊNCIA DA C. U. F. (Fábricas do Baffeiro) Publicamos a seguir alguns núrneros referentes ao ano de 1969 que foram exposto na III Exposição Industrial e de Artes Plásticas e do Barreiro: Subsídiosde férias pagas ............. Refeitórios (690 700 refeições) Infantários Bairros (495 fogos) Educação (não incÌui o apoio aos estabelecìmentos Ìocaisde ensino) .......... Pensões graciosas a cargo da empresa

Donativos por doença e acidente (parte graciosamente cencedidapela U. F. A.) pagos a pessoal das fábricas do Lavradio

ALGUMAS

29 400 contos > 5 900 >> 1 700 >> 1400 3400 30 700

72

ANOTAÇÕES

Co\ónia d,e Fé.rias. -F.oi construída em 1948/49, no sítio do Pego, à beira do mar, sobranceiro à Praia do Rodísio, em Almoçageme (conceÌho de Sintra), tendo começado a funcionar no Verão de 1949t comportando, em princípio, apenas 300 crianças em cada turno (de 21 dias), mas com condições de ampliação para receber quinhentas em cada turno. Actualmente a Colónia recebe, por âno, cerca de 1600 crianças de ambos os sexos,


COMPANHIAUNIÃO FABRIL Campos cle F érias. - Dttrante anos e a partir de Juìho, foram os acampamentosdos filhos dos empregados da C. U. F. de AÌferrarede, Lisboa e Barreiro dirigidos, com um aproveitamento verdadeiramente

Refeitório n," 7, na Bua. da União (Bairro Operó,rio d.a C.U.F.).-Foì inaugurarlo em 19/+2, aindq, etu lJida de E MOA|Íred.o d.a Silra (V- <<O BARREIRO ANTIGO DERNOtT-I PaNte-Ca'p. XXXVII - C. U. F. - Realizações Sociais - P9. 30tl), ten(Io siclo, mais tarde, melllorado, O pão nele consttmiclo era entõ,o ldbricado com farinlLa noídd na núdgul que aC.U.F.possuíartesse Rairro e oncletambént er& renilìclo elrL pa4lari(! prili&ti1)a, dos seu' empregatTos e operó.r'ios, con úm.o, baira de vreço dpreciá1)el- o qTLe tr AlÍredo d& Siha ilara nLuitct scrtisïaçã.o.- Poste'ì'iormente, mais iloLs oTLtÌ'asgrdndea releitórios foranL leitos, d.os quaìs o n,' 2, na Tnesmc,Ì'ua, iá, encerroaL,sendo a,ctualmeTlte ltmd e o n,' S é o que depe|Ld,ê|Lciad,o SUPERIIERCADO, Ittttciona ju,nto (lo ontigd estrada pa'rct o Latsra<lio

notáveÌ, pelo então chefe dos Serviços rie Saúde da Empresa, o pïof. dr. Fernando Porteìa Gomes, médico distinto e educador esclarecido, que (residente em Lisboa e já aposentado daqtrelesServiços) a população barreirense recordará semple, com à mais profunda simpatia. O Campo de Férias da C. U. F. funciona actuaÌmente na zona da <CoÌónia>,em Almoçageme.


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Refeitórios.- Inicialmente em número de três, funcionam, agoïa, apenasos Refeitórios n." 1 (no Bairro Operário) e n." 3 (à beira do antigo troço da E. N. 10-3, para o Lavradio). Superm.ercado.- Situado no locaÌ da antiga Despensa, nele se abastecem mais de 7000 famítias ligadas ao Grupo C. U. F. Foi ampliado em 1970 e dispõe actualmente de uma Secgõ.otle Utikdades, montada no edifício onde funcionou o Refeitório n.' 2 (na Rua da C. U. F.). Suas vendas cifram-se numa média diária de cerca de centena e meia de contos. (A Moagem de Trigo e a Padaria, do tempo de Alfredo da SiÌva, cessaïam :r laboração em 1961). Ensino Pri.mó,rio.- Não há iá hoje, felizmente, falta de escolas. A manutenção do edifício escolar mandado construir por Alfredo da SiÌva, há mais de quarenta anos ('), (depois ampliado) calece de justificação, tendo sido, por isso, resolvido,em 1969,o encerramentoda escoìaprimária para os fiÌhos dos empregados e operários da Empresa, a partir do ano lectivo de L973/74.

ALGUMAS VISITAS ÀS INSTALAÇÕES FABRIS E OBRAS SOCIAiS DA C. U. F. NO BARREIRO Recebidos pelos superiores dirigentes da Empresa, vindos expressamente de LÌsboa, ou por directores das fábricas, ou assistidos pelos técnicos respectivos, têm o visitantes do parque industriaÌ da C. U. F. e suas instalaçõessociais,no Barreiro, sido recebidossempre da maneira mais cavalheiresca e obsequiosa,- o que se regista com desvanecimento, porque está na Ìinha da franca e geneÌosa hospitalidade, já tradicional de como se recebe no Barreiro. Segue-sea referência às visitas de que tivemos conhecimento, de 1960 em diante : Erru1/+-IX-1960.- De vários régulos da Guiné Portuguesa,que, então, se encontravam em Lisboa, no período em que esteve patente ao púbÌico a Exposição Henriquina, em Belém. Com especial interesse, observaram, ('\

V, O Barrebo Antigo e Moderno -

76

I Parte-Cap.

XXXVI -Pg.

302.


COMPANHÌAUNIÃO FAtsRIL entre outrâs, â Ìaborâqão das fábricas de tecidos e do óleo de amendoim, a <mcLncama>>, oriunda da sua província, visitando, depois as instaÌações (Dez dias antes, a 4, haviam já visitado alguns Ìocais do Barreiro). socìais. Em 21-II-1961.- Dos jornalistas de Lisboa e do Porto. (Ante'estreia do Íilme Cüanrlo Fontes d,eTrabalh,o, a que nos referimos em outro lugar) . Em 25-V-1962.- Do Presidente da República, Almirante Américo Tomás, que chegou, de manhã, ao cais da C. U. F., numa vedeta desta empresa, acompanhadode membros da sua Casa Militar e do ministro da Economia, dr. Corrêa de Oìiveira. Na Zona Têxtil, foi oferecido ao Chefe do Estado, peìas duas operárias mâis antigâs, um tapete com o retrato do supremo magistrado da Nação. Após a visita às instalações e almoço, foram exibidos âos visitântes, no Cinema Ginásio, os filmes <Criando Fontes de Trabaìho> e <A Empresa e o Homem>. Foi visitado também o Externato D. Manuel de MeÌlo (nos Casquilhos).A visita proÌongou-seaté ao fim da 1arde. Enx 6-VI-1962.tado do Atlântico.

Dos membros do ConseÌhoda

Tra-Associaçãode

EnL 17-XI-1961+. - Do vice-presidenteda E. F. T. 4., Burgess. Enr 11JII-1965. - Do ministro da Economia, prof. dr. Luís Teixeira Pinto, acompanhadode altos funcionários da Embaixada de Espanha, em Lisboa. (Por rnotivo de súbita indisposição de saúde, não pôde comparecer o genêral Mufloz Grandes,que estava,então,de visita à capital portuguesa). Em 30-V-1965,- De uma excutsão de Alferrarede, em que tomaram parte cerca de 400 pessoasdesta localidade, as quais, depois de terem assistido à missa celebÍadano 1.'andar do Refeitório n." 3, peÌo rev." António Lopes Marujo, pároco de AÌferrarede, efectuaram uma romagem ao túmulo de Alfredo da Silva, junto do qual falaram o cónego Lourenço Mendes, representante do Bispo de Portalegre e o presidente da Junta de Freguesia tle Alferrarede, dr. João Manuel Esteves Pereira. (Seguiram-se as visitas às fábricas, almoço, exibição de filmes comemorativos do Centenário da C. U. F.. etc). Em 8-XI-1967. - Dos membros da Associação Portuguesa dos Directores e Chefes de Pessoal (também com visita às fábricas dâ U. F. A.). - No mesmo dia, coÌóquÍo sobr.e probÌemas inerentes à função,pessoal.


O BAÌì1ì[IIìO CONTE}IPORÂNI]O Em Março de 1968.- fg ÌÌÌÌ'Ì grupo de elementosnacionais e estÌ:angeiros, que tomaram parte no Simpósio Intemacional de Serviço Social de Empr.esa,reunido, nessemês, em Lisboa. Em l8-X-1968.- Dos participantes do VI Congresso Mundial de Adubos Químicos, promovido peÌo Centre International des Engrais Chimiques (CIEC), com sede em Zuïique (Suíça) e reâlizado no auditório da Estação Agronómica Nacional, em Oeiras. (Visítaram, também, a União Fabriì do Azoto e âs instalaçõesdesportivasdo G. D. da CUF). Em 11-lII-1969.- De um grupo de trinta oficiais do curso da Escoìa de Estudos Superioresda Força Aérea Portuguesa. Em Março de 1970. -De um grupo de deputadosà AssembleiaNacional, metropolitanos e do Ultrâmar, de visita aos mais importantes núcleos industriais do Distrito de Setúbal,e do qual fazia parte o <ìeader>daquela Assembleia,dr. AÌmeida Cotta. Têm sido numerosas, nestes últimos anos, as visitas de nàcionais (metropoÌiianos e ultramarinos) e estrangeiïos- homens de negócios, representantesde emptesas, ìavradores, estudantes (estes, em especiaÌ, do ensino médio e superior, dentre os quais universitários estrangeiros) mundo industrial>, que são as Fábricas da C. U. F', no - a gsfg <<pequeno Barreiro, onde há sempre muito que admirar e aprender.

E stabelecimentobancário ligado à Atlmtnistraçã'otla C' U.,F. -Em 28-XI-1.960,foi inaugurada no Barreiro uma Agência do Banco José Henriques Totta (r), de Lisboa, que iniciou, aqui, um ciclo de progresso

fusão deste Banco (antigâ Casa BancáÌia José Henriques NOTA(1)-PoI Totiâ, Lda.) com o Banco Aliança, do Por.to, foïmou-se o Banco Totta-Aliançâ (1963) do qual foi, por várias vezes presidente e tâÌúbém vice-presidente do Conselho de AdministÌação, José Manuel dâ Silva José de Meìlo (filho de D. Manuel de Mello e neto de Alfredo da SiÌva), nascido em Cascais, a 1-I.II-7921. Pot sua vez o Banco Totta-AÌiança, por fusão com o Banco Lisboa & Açores, de Lisboâ, passou a denominarse Banco Totta & Açores, S.A.R.L. (por Escritura Pública de 24-XI-1969).

78


COMPANHÌAUNIÃO }'ABRIL no domínio bancário, ao serviço da valorização económica deste concelho, cla sua indústria em constante desenvolvimento e do seu já vasto comércio. Instalada. de início. em edifício situado na Rua D. Manuel I, em frente do Campo ilo Luso, este estabelecimento- actuaÌmente Agência do Banco Totta & Açores - mudou-se, pouco tempo depois, para edifício da mesma rua, no seu ctuzamento com a Av.' Alfredo da Silva, onde ficará instaìada, brevemente, ,em mais nova e ampla casa.

EFECTIVOSDO PESSOALDA C.U.F. (Fábricasdo Barreiro) Em Em Em Em Em Em Em Em Em

1957/58 1961 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970

(cercade)

9580 (') 9200 (,) 8336 (3) 7894 (3) 7376 ("\ 7075 (3) 6829 (3) 6565 (3) 6200 (,)

Comparando os efectivos de 1967/58 com os de 1970 (treze anos depois), verifica-se que, nesse período, os mesmos diminuiram de 3380 indivíduos, o que correspondeà precentagem de 35,2. Não diminuiram (pelo contrário) as produções da Empresa, porque o fenómeno é consequência da melhor organização dos serviços a todos os níveis, de novas técnicas de fabricação e da mecanização de diversos trabalhos.

(') Da publicação <<50Anos da CUF no Barreirol. (') De uÍÌ14 nota NOTA.dâ Direcção das Fábricas do Bareiro, fornecida, nesse âno, aos repÌesentantes dos órgãos de informâçáo. (') Do Botetim CUtr' (Maio, 1969, pg. 5). (') Do Boletim CUF (Abril, 19?1, pg. 2). r yQ



CAPÍTULO IV

D . MANUEL DE MELLO ( 1895-1e66) DE GRANDE RELEVO FIGURA NA VIDA ECONóMICA NACIONAL QUE FOI CTDADÃO I{ONORÁRIO DO BARREIRO D. ManueÌ de Mello, com a experiência adquirida dos npgócios e dos homens, junto de Alfredo da Silva desde 1919, ano em que entrou ao serviço da C. U. F., foi, após o falecimento deste, quem, de facto e de direito, justamente the sucedeu. O desenvolvimento da C. U. F. e suas empïesas associadas ia prosseguir, sem quebra de continuidade. Ninguém entre os seus cooperadores (dirigentes e operáïios), neste grande centro de trabalho, que é o Barïeiïo, se mostrou inquieto ou alvoroçado com a sucessãoda chefia suprema da Empresa, na medida em que ã Obra da Companhia União Fabrii é também humana e da qual depende o bem-estar de largos milhares de famíÌias. E de tal impressão nos lembramos bem, pois 1942 ainda não vai muito sumido no tempo... De facto, imperava no Barreiro a mais serena confiança e, certamente, igual sentimento onde quer que esse empório da Indústria marcâvâ presençâ. Um homem diferente de Alfredo da Silva the ia suceder, sem dúvida, porque até não há dois homens iguais. Algumas diferenças os distinguem sempre. Concorriam, porém, no seu sucessor, parâ o alto desempenho 81


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO daquelas funções, as qualidades essenciais que garantiam o progresso da Empresa, a frutificação da Obla que Alfredo da Silva lançara, a qual não deixou, efectivamente, de se consoÌidar e progredir, não só na Metrópole, como também no Ultramar, mercê do espírito de iniciativa, de corâgem e de decisão de que D. Manuel de MeÌlo deu sobejas provas com serenidade. sem alardes, mas com Íi:lmeza e tacto administrativo.

Nascido em Sintra (freguesia de S. Martinho), a 26 de Julho de 1895, D. ManueÌ Augusto de Melìo (Cartaxo) era filho do 2.'Conde do Cartaxo. D. Jorge José de Meìlo, e de sua mulher D. Luísa de Lima Mayer José de Mello, faÌecidos, respectivamente, em 1922 e 1958, e irmão do 3." Conde do Cartaxo, D. José António Maria José de Meìlo, que foi director da C. U. F., também já falecido (1958). No Passos Manuel - o velho <Liceu do Carmo> - D. Manuel de MeÌÌo fez o curso liceal, tendo depois frequentado o Curso Superior do Comércio do Instituto ComerciaÌ de Zurich (Suíça), onde se diplomou. Durante a 1." Grande Guerra, serviu o Exército Português, na arma de Artilharia, como oficial milicíano. Casado com D, Amélia Dias de Oliveira da Silva, tornou-se, desde logo, colaborador de seu sogro, coadjuvando-o, durante anos, no governo da que é, desde há muito, uma das maiores organizações económicas da Península. Assumida a chefia do grande compÌexo industrial, deu D. Manuel de Mello início a uma vasta obra de modernização e ampìiação das suas fábricas, não sern que a fizesse acompanhar do estudo e da execução das modernas técnicas de gestão empresarial, com a reclassificação dos quadros do pessoal e a específica missão dos seus elementos, segundo os vários sectores dos serviços e da produção. A C. U, F. ê seu gïupo de empresas associadas (que são hoje em número de largas dezenas) experimentaram, sem dúvida, forte impulso, na gerência de D. Manueì de Mello. Novas actividades, no vasto campo das indústrias químicas, se iniciaram, a par de outras iniciativas de larga envergadura em que o grupo C. U. F. se Ìançou, como por exemplo, a da construção do grande Estaleiro Naval da Margueira (LISNAVE), 82


D. MANUEL DE MELLO não esquecendo,aindâ, o forte impulso dado à Sociedade Geral, através da renovação da sua frota - maior tonelagem e maior número de unidades. Também o cidadão compreensivo e bondoso e o espíÌito verdadeiramente cristão largamente se revelaram em D. Manuel de MeÌlo, corn a concretização de numerosas obra,s socinis, que melhoraram as condições de vida dos servidores da C. U. F. e de suas famíÌias, aÌém de outras de finalidade exclusivamente ossistenci,al, que acarinhou sempÌe, e com que o Barreiro foi largamente distinguido, nuncâ tendo também esquecido as que não foram implantadas aqui.

Trabalhador metodico, persistente, infatigável no seu labor quotidiano, D. Manuel de MelÌo sofreu forte desgosto com a morte da esposa, em Janeiro de 1958, o que reduzira bastante a sua habituaÌ actividade. Doença grave o afectou depois, com carétcter progressivo, ao longo dos anos, até que a morte o tombou, em Lisboa, no llospital da C. U. F., na madrugada de 15-X-1966. No dia seguinte, os seus restos mortais ficaram depositados em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres. O sucessor de Aìfredo da Silva, além da suprema chefia da C. U. F., era também presidente do ConseÌho de Administraçáo da Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda., de <A Tabaqueira>, do Banco José Henriques Totta (actual Banco Totta & Açores), da Companhia de Seguros Império e da Sociedade Vendedora de Glicerinas (SOVENA), além de ser ainda o presidente da AssembÌeia GeraÌ de várias empresas do grupo C. U. F. e da C. N. N. Em representação da S. G. de Comércio, Indústria q Transportes, Lda., presidiu à direcção do Grémio Nacional da Marinha Mercante, tendo sido distinguid6 com as seguintes condecorações: grau de Comendador da l,egião de Honra de França; grau de OficiaÌ da Ordem do Império Britânico (O. B. L): Grã-Cruz da Ordem do Mérito Civil de Espanha; Grande Oficiat da Ordem de Cristo; Grã-Cruz da Ordem de Mérito Industrial (esta. em 24-VIi-1959); e, ainda, condecoradocom a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência, tendolhe sido impostas estas úÌtimas insígnias, pelo Chefe do Estado, a 23-XII-1964 - pouco tempo, portanto, antes de haver fa-


O BARREIRO CONI'EMPORÂNEO lecido-, muito especiaÌmenteem reconhecimentode, naquele ano, ter tomado a iniciativa, <<porimperativo de consciência e por dever de cristandade> ..._como eÌe próprio declarou - d,a Fundttção AméLí.a d,a Silaa d,eMello, instituição de educação e assistêncìa, com a qual teve em vista perpetuar a memória de sua muÌher.

A propósito do faÌecimento de D. ManueÌ de Mello, tracou o também já falecido cineasta e jornalista José JúÌio Leitão de Barros, no Di.úri,o d,e NotícÌas de 20-X-1966, uma das suas sempre brilhantes erónicas que intitulou <As Grandes Famílias da Cidade>. O artista e o observador dão-se as mãos numa interessante apreciação do modo de ser daquele que <da geracão dos Melos entroncou com a família do grande industrial Alfredo da Silvan. <<Era um Fid,aho - Industrtal escreveu eìe-que tinha esse ar inconfundível da elegância discreta, desportiva, natural, dos bem-nascidose bem-educados.>E comentava, muito justamente, na parte finaÌ da sua crónica: <<Quemviu em seu tempo e compreendeu a acção de Alfredo da Silva e de Manuel de Melo, ao Ìançarem em extensão e em profundidade as directrizes da sua imensa obra humana? Para ganharem mais dinheiro? Não, Dinheiro só, não os movia a partir do ponto em que a fortuna nada mais lhes exigia. Essâ beleza mecânica que umâ grande máquina contém, essa poesia misteriosa e intrínseca, funcional e profunda, que transforma popuÌaqões esfomeadas e atrasadas em gente contemporânea da sua verdadeira idade - essa serìa a raiz e a razão das ascensionais ambições de Manuel de MeÌlo. E tudo esse homem fazia e pensâva, calmamente, sem gritos ferozes, sem ganâncias insofridas, sempre o mesmo ar de gentil pagem de uma corte passada- elegante mas não débil -, de comedida e discreta modéstia, através sempre daquele olhar oblíquo de águia perspicaz. Homem grande de Corpo e de Espírito, sendo uma alta excepção de um Povo - não morreu popular, Pois é preciso que, devendoJhe tanto a colmeia tentacular da família C. U. F., as dezenasde milhares de coraçõesa que o seu coração deu vida possível,Ìhe decoremo seu nome païa sempre.> 8lr


D. MANUEL DE MELLO

EM 1956, A CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO CONCEDtrRAA D, MANUEL DE MELLO A SUA MEDALHA DE OURO E O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO UM DOCUMENTODA HiSTÓRIA LOCAL Em 19 de Dezembro de 1956, a Câmara MunicipaÌ do Barreiro, por proposta elaborada e subscrita peÌo presidente do Município, eng," José Alfredo Garcia, que nÌereceu aprovação unânime de toda a Yereação, deliberara conceder o título de Cicladão Honorárío d,o Barreiro ao sintrense ilustre que era D. Manuel de Mello. Segue-se o texto integral da proposta bem significativa do apreço e reconhecimento do nosso Município, que tão justamente the eram devidos: <Vai dentro de dias inaugurar-se mâis uma fase do Bairro que a Companhia União Fabril ìniciou, há tempo, na freguesia do Lavradio do Concelho do Barreiro e que constitui, já, um motivo urbanístico de suma importância ('). Por outro lado, o problema da habitação no conceÌho recebe apreciável benefício com a construção deste bairro, eue tem sido justamente apreciado por quantos - nacionais e estrangeiros o têm visitado. É sobejamente conhecida a inteligente e dinâmica ampliação que as Fábricas daquela Companhia têm sofrido, constituindo já hoje a maior concentração industriaÌ de Portugal e até da Península lbérica. E esse progresso não pára: ainda agora tivemos conhecimento de que nova importante parcela está a ser conquistada ao Tejo para montagem de novas instaÌações. A existência das Fábricas desta Empresa no Barreiro já, de si, constituiria motivo de orgulho, mas as obras e trabalhos, as benfeitorias de toda a espécie, as facilidades que são concedidas, tudo nos mostra o eÌevado espírito de compreensão que anima o Conselho de Administração da Companhia União Fabril.

c)

Blocos de morâdias do Bairro Novo da C. U. F., no Lavradio. V. (O BÂRI - I Parte- Câp. XXIX-Os Ba.itros Econó-

REIRO CONTEMPORÂNEOD 1l1,tcoa.

85


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO Por outro lado, temos todos constatado que, sempre que se reúne, em Portugal, qualquer Congresso cuja influênciâ se estende aos ramos de trabaìho da Empresa, não é o Barreiro esquecido e nele se reaÌiza quaÌquer acto que motive a visita a esta vila dos mais destacados nomes da especialidade interessada no Congresso. Ainda há pouco os mârores nomes da Química nos visitaram. Não há muitos anos o Congresso Internacional dos Superfosfatos tïouxe ao Barreiro especialistas de renome mundial. Por todos estes motivos muito deve esta terra à Companhia União FabriÌ e em especial ao seu ilustre Presidente do Conselho de Adminlstração, Ex.^" Sr. D. Manuel de Mello (Cartaxo). Mas o Senhor D. Manuel de MelÌo alia ao seu espírito empreendedor de moderno industrial sentimentos de coração que o tornam credor da gratidão desta tena laboriosa. Todos os seus operários e empregados, todo o Barreiro, coÌhem elevados benefícios do seu coraçáo mag.nânimo. Muitos miÌhares de contos são devolvidos, com alegria, ao bom povo do Barreiro: são as dádivas à Misericórdia, aos Grupos desportivos, aos asiÌos; são habitaçõesmodernase sadias,higiénicase confortáveis.E tudo sem objectivos de compensação de espécie alguma. Por isso, e pelo muito mais que ocioso seria enumerar, o Barreiro tem para com o Senhor D. Manuel de MeÌlo uma gratidão ímpar. E porque assim é, cônscio dos meus deveres para com o Povo do Barreiro, tendo a honra de propor a V. Ex.,." que: Ao Senhor D. Manuel de MeÌlo (Cartaxo) seja concedidaa Medalha de Ouro do Concelhodo Barreiro e lhe seja co'nferidoo títuÌo de CIDADÃO HONORÁRIO do Barrerro.> A Medalha de Ouro da C. M. B. foi entregue ao agraciado, pelo eng." Aìfredo Garcia em imponente festa de confraternização da família cufista, realizada no Barreiro, no Cinema-Ginásio, a 1b-IX-1962, presidida pelo ministro da Economia (prof,. eng." Ferreira Dias) e com a presença do ministro das Corporações (dr. Gonçalves de proença) e outras individualidades, durante a quaÌ foi evocadâ a memória de Alfredo da Silva, com a entrega da medalha do seu nome a l4B empregados e operários da C. U. F., com mais de 40 anos de serviço, sendo ainda oferecidas, nessa ocasião, ao dr. Jorge de Mello as insígnias da Ordem cle Mérito Industrial, com que havia sido, recentemente, galardoado, e que 86


D. MANUEL DE MELLO

D. MANUEL

AUGUSTO JOSÉ DE (1895-1966)

MELLO

<<,..s&cedo,o qlae suceder'- ileclcl'rou D- Monuet d,e MeIIo, d,e grqnã.e, d,e nobre e de beLo era 15-III-1952-o,lgo conti,Ìúro,,t'ó, ràrentl,o senrpre dentto d,a Íamítio, CUF, ra ,ihlxtui,nar q, nossct estrdd& de nxa'rclld., a ani.mat-nos (L e c! eler&,Ì'- as aos trabo,lha.r, a 'inci.fuw-nos ct lrrogredir nossos próTtrios otll,os: o o1'gúIllo d,e sero'innos Po,rtugal, a horarc, de sermos útei.s à Nação>

87


O BARREIROCONTEIfPORÂNEO foram também conferidas a um antigo director-técnico das fábrícas do Barreiro (,) e a mais cinco antigos empregados(s), tendo, por sua vez, o ministro das Corporações imposto também medalhas de Mérito Corporativo e do TrabaÌho a outros antigos empregados da C. U. F". (').

A 10 de Maio de 1967 - e já, infelizmente, em homenagem póstuma ao presidente do Conselho de Administração da C. U. F. - deliberou a Câmara Municipal do Barreiro dar a denorninago de Rua D. Manuel de MeIIo à - ruü a Poente clo Cam.po d"e Jogos do Futebol Cl,ube Barreirense (Campo D. Manuel de Mello) , LigcLTLdo a Auenid,a Alfredo dcr, Sil,ua o,o Largo Luís rJe Camões.

Na presidência do Conselho de Administraeão da Companhia União Fabril, sucedeu a D. Manuel de Mello seu filho, dr. Jorge Augusto Caetano da Silva José de MelÌo, licenciado em Ciências Económicas e Finânceiras, vice-presidente daquele Conselho e administrador-delegado da grande empresa que largas responsabilidades há muito assume na vida económicada Nação. ' Na direcção do actual Banco Totta & Açores permânece outro filho do falecido: José Manuel da Silva José de MelÌo, administrador da C. U. F. e administrâdor-delegado da Sociedade Geral.

(") Eng,' Eduârdo Cândido Bravo MadaíI, administrâdor da C. U, F. (") Jeremias Cârailho, subchefe de sefiiço; José Uryia CasteviÌ, chefe de secção reformado; José Alves, encarregado-geral; Raul Jorge da Silva, encarrega.do (trata-se do antigo despor.tista e 1.'futebolista dnternacionab' do F. C. Ba,rreirenseì I e Argentina Gomes NogueiÌa, operária tecedeira, reformada. (') Luís César da Silva, Alfredo da Silva Mârtins, José Luís Nicola Covacich (fâleceu â 23-XI-1968), Alberto Pinto da Cunha, Jaime de CastÌo Sobral, João Félix Claro Garcia, José Santanâ da Silva Catdoso, João Baptista, Augustc Simões Matias, João dos Santos Baptista e Narcisa Maria dos Santos,


D. MANUEL DE MELLO

Ambos detêm larga parte da herança de ,Alfredo da Silva, pela quaÌ respondem,herança que, desde 1942, se foi traduzindo em novos actos e palpitantes realidades,adaptadas ao ritmo e às exigências da época, muitos dos quais valorizaram 6 Barreiro Industrial e também o Barreiro Urbano e a sua popuÌaçãoem geral - directa ou indirectamente. Assim desejamosque prossiga.

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NOTA. - AÌém de seus filhos Jorge e José Manueì, D. Manuel de Mello foi pai de D. Maria Cristina da Silva José de Mello e de D. Maria Amélia da Silva José de MeÌlo. Todos têm deÊcendência.



CAPÍTULO V

AS OFICINAS FERROVIÁRIAS DO BARREIRO (3." GRUPO DE MATERIAL E OFICINAS DA C. P.} (') Foi no período tle 1933 a 1935 que as, entâo, clenominadasNozas OÍici,nas Gerais d,osCamính,ostle Ferro d,o Sul, e Swste foram construídas no Barreiro ('). Destinadas a grawle reparaçã,o'e cdnstruçã,od,e mn"terinlc,í,rculnnte, elas continuam a ser a base indispensávelà exploração das vias ferroviárias através de quasemetade do nossoPaís. prirnipal. abrange uma superfície total de terreno de O set ruú,cleo 60 000m,, ocupandoa ârea coberta 35 000m,. No grande terrapleno (3) vizinho da Estação do Barreiro-4, feito pelos anos de 20 e com vastos espaçogainda inaproveitados,ergue-seimportante sector das ditas Oficinas, que é o da Funl,i,çõ,ode ferro, bronze e aÌumínio. Naquele grande complexo oficinal, o comprimento da oficina de Montagem de Locomotivasé de 200 metros. O comprimentstotal das linhas interiores é de 400 metros, com dois potentes <chaniots>, para distribuição de material por linhas paralelas.

c) c)

1.' GÌupo em Caülparhã, (Porto); 2." GruÌro no EntÌoncamento. Païte- Câp. IX-ás Fopularmente conhecido por ((A EscâyadeiraD.

(') V. (O BARREIRO CONTEMPORÂNXOI-I-I

91


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Numerosas pontes rolantes e trânsportadores percorÌem e cÌuzam os vastos paviÌhões, onde as máquinas-ferramentas se alinham, oferecendo perspectivas de belo efeito. É ali um dos reinos da mola impulsionadora do progresso da Nação. A força motriz que põe em movimento essa floresta de engenhos e que, ântigâmente, plovinha de uma central eléctrica privativa('), Ìocalizada no pr'óprio recinto da Estacão do Barreiro, passou,há anos, a set folnecida peia U. E. P., em couente de alta tensão a 35 000 volts. No antigo (e ainda bem sólido) edifício, que encabeçaestas Oficinas, funcionam os complexos serviços de escritório, os gabinetes do pessoal técnico superior e :,rinda: Posto de Medicina dc Trabalho, Posto de Socorros, EscoÌa de Aprendizes e um Laboratório de Ensaio de Materiais.

Com a extinçáo da antiga centraÌ eléctrica, foi o respectivo edifício adaptado (e ampliado) a escritórios e outros gabinetes, encontrando-se ali instalada, actualmente, a maior parte dos Serviços da Região Sul da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.

Perto da Rotunda de Máquinas funciona um desafogado Refeitório para o pessoalferroviário e junto já da Estação do Barreiro-A, o Armazém de Víveres da C. P., com 11 empregados,e ainda um outro edifício, Dormitório do pessoal de trânsito (maquinistas, fogueiros, condutores, guarda-freios e revisores), que foi, há pouco tempo, ampliado.

(') No dia 1 de Agosto de 1928, rnanifestou-se violento incêndio nessâ central eléctrica, O sinistÌo, que deu a impressão de que todo o edifício ficaria reduzido a um rnontâo de escombros, forneceu ensejo a pôr à prova, mais uma vez, o magnífico trabalho e o ertraoÌdinário aÌrojo dos Bombeiros VoluntáÌios do Sul e Sueste que, em pouco tempo, venceram o fogo, salvando, enquanto o telhado estalavâ e câíâ em pedaços, as belíssimas máquinas e o gtande quadro distribuidoa da energia. Fora, assim, eviiadâ a paÌalização das Oficinas Gerais.

92


AS OFICINAS FERROVÌÁRÌAS DO BARREIRO

Voltando a referir-nos a esta importante actividade do mais elevado interesse público, recordamos que, com vista à meÌhoria e modeÌnização dos caminhos de ferro em Portugâl, estiveram técnicos franceses, desde Julho de 1969, em estreito contacto com os quadros da C. P., implantando modernas técnicas de gestão e conservação, particuÌarmente nos domínios do material circulante, na orgânização oficinal, na fiscalização

UnL a.q)ecto da oficinu de toq-aeiros e Íresado'res, poucos .LnoB depois da montageÌn, pelo Estdd.o, destns granles Oficitnr.s Ferroaió,riac


O BARRI]IRO CONTEMPORÂNEO de receitas e rentabilidade das estações,bem como ainda, nos estudos de regularização e traçado das curvas. Em JuÌho de 1970, indicava-se que a C. P. possuia menos de uma eentena de engenheiros, muÍtos deles recém-foïmados, para um total de 25 mil emprqgados.<Não se conclua, porém, por mais esta experiência - a ussistêncìa técnica francesa - qüe a dispendiosa impoltação da capacidade e do engenho dos mais aptos para ajudar a vencet estruturas ultrapassadas e erros acumulados peÌos menos hábeis, se apresenta como opção revoÌucionária nos hábitos da empresa. No que diz respeito a mão-de-obra, os fornecedores estrangeiros de material rolante sempre destacaram das suas fábricas pessoàÌ habilitâdo, não só para assistir às unidades adquiridas mas também para instluir o pessoaÌportugïês e operário - nas operações da sua conservaçáo. Há vinte -dirigente anos que este processode aquisição de técnicas vem a ser posto em prática pela C.P. e para Que.se tenha uma ideia da sua ampÌitude, basta rrotar que nas oficinas do Barreiro - centro i,ndustrial d,epri.meira granesdeza e o <pulmão de aço> dos caminhos de ferco portuguesn -tèm tado, reguÌarmente, técnicos americanos, ingleses, alemães, franceses e italianos das principais enìpresas do ramo.> Durante a visita dos representantes da Imprensa às instalações oficinais da C. P. no Barreiro - continuamos a reproduzir - <âs mais importantes, não só peÌa sua grandiosidade, mas também pelo volume e qualidade do trabalho que executam> -, o director do Departamento de Material e Oficinas, eng." Morais Cerveira, fez outras considerações do maior interesse sobte as condições que gârantem o bom êxito do esforço em que a empresa prossegu€ e se afirma empenhada. E, depois de referir a recessidade de mais engenheiros e agentes técnicos de engenharia, com vista à continuidade do trabalho de reestruturaqão a que os técnicos franceses estavam a proceder, assinalou ainda a necessidade de mais chefes de brigada e de contta-mestres, <os quais são formados nas próprias escolasda C. P.>

<Nas oficinas do Barreiro - um dos maiores compÌexos industriais do País do ramo metalo-mecânico, com um efectivo de 1200 operários disserralheilos, carpinteiros, tribuídos por 46 500 metros quadrados -, pintores, torneiros, fresadores, soldadores, etc. todos dão diàriamente

9r+


AS OFICINAS I'ERROVIÁRÌAS DO BARREIRO

Um aspecto do Refeitório

do ltessoaL rlos Cam.i:ttltos rJe Feno lLo Barreira

da C, P.

o melhoï do seu esforço para a política de reestruturação dos caminhos de ferro portugueses.Eles são o mais pïecioso capital - como então se afiÌmou - numa empresa de tamanho vulto e â única garantia da concretização dos planos de desenvolvimento,sejam eles ou não determinadÕs peìas moderrras técnicas de gestão do trabalho>. <Os operários portugueses,decÌarou por essa ocasião, o eng." Pâuì Escaron, chefe da missão francesa, são..em potenciaÌidadede acção,apenas extraordinários>.

Os serviços ferroviários implantados no Barreiro ocupam a actividade de umas 1850 pessoas,sendo celca de 1200 nas Oficinas (") e 650 nos serviços operacionaìsda Região Sul. (á) Em 1971 (2.' semestre), o p€ssoàl em actividade pr-òpÌiamentenas Oficinas somâva 1126 indivíduos, havendo aindâ mais cerca de 150 operários nos serviços exter'nos oficinais e no serviço acessório de assistência aos comboios.


O BARREIROCONTEMPORÁNEO Pela superior direcção das mencionadas Oficinas passaram, nestas últimas dezenas de anos, distintos vuÌtos da engenharia portuguesa, tais como os eng.'" D. Francisco de Mendia e Valentim Bravo (ambos já faÌecidos), eng." Manuel Bruschy, eng.' José Alfredo Garcia (actuaÌ membro do Conselho de Adminlstração da C. P.) e mais recentemente o eng.o Augusto Morais Cerveira e o eng.o Paulo Hormigo Vicente.

Concluindo estas nossas referências sobre o Ba,neiro f enotsìá,rio, ficamos aguardando que se torne num facto, dentro de algum tempo não muito longo, com certeza... - a grande modificação e ampiiaçáo da Estação Barreiro-Mar, cujos estudos, com esse fim, já terão sido encetados, segundo julgamos saber. A Estaçáo - octogeruírh,- *tâ decrépita, naturalmente... Com a que the venha a suceder por substituição ou renovação e em novas áreas conquistadas ao mar, não só para obter maior desafog6 para o movimento ferroviário, como também para o mais rápido acesso dos passageiros a comboios e vapores, talvez seja possível elevar, então, por ali, uma memória ao eng." Miguel Pais, a cujo saber, espírito de iniciatìva e acção, na Direcção do SuÌ e Sueste dos antigos Caminhos de Fer-ro do Estado. o Barreiro ficou devendo. em finais do Século XIX, como já descrevemosem outro Ìugar ("), um futuro promissor, que se tem cumprido.

(") V. (O BARREIRO ANTIGO E MODERNO)-Ì em 1881r,d.d Gare Marítima do Baïrei?'o, A inaalgu,t'&çã,o, 96

PâÌte-Cap.

XXIV-


AS OFICINAS FERROVIÁRIAS DO BÁRREIRO UM RAMAL DE CAMINHOS DE FERRO ENCERRADO

PONTE FERROVIÁRiA

LEVANTADA EM 1969

SOBRE o COINA (VULGARMENTE CONHECIDA POR PONTE DO SEIXAL) (') Pelas 6H20 do dia 18 de Setembro de 1969, o nàvio <Algeï>, de Lisboa, puxado por dois ïebocadoÌese saído pouco antes, com um carregamento, do cais da Siderurgia Nacional, em Paio Pires, abalroou esta ponte felroviária. Atingida num dos tramos, que se deslocou do pilar e se despenhounas águas, aqueìe arrastou o taboÌeíro com a via férrea, numa extensão de cerca de 100 metros. Tramo levadiço e câbine mergulharam também no rio,lançando-se às águas o guarda da ponte, Albertino Milheiro, que foi salvo por um marítimo, ocasionalmentepoï âli à pesca, numa lancha. (Era este já o 4.' choque de barcos com destino ou procedentes da Siderurgia, com a ponte do Seixal). Estava interrompido o tráfego ferroviário entre o Baueiro e aqueÌe vizinho concelho,passando o transporte de passageiros a fazer-se por autocàrros alugados. A navegaqão ficou igualmente interrompida (segundo aviso da Capitania do Porto de Lisboa), podendo apenas pâssar bateÌõespor baixo do tramo a sudoestedo vão de passagem,o que, desde Ìogo, originou novas implicâções, estas com desâgradáveis reflexos na economia nacional. Em Outubro, anunciava-se que a reconsttuqão da ponte (que teria sido avaÌiad:r em ceïca de 7 milhões de escudos),a expensâsda companhia seguradora do navio causador do desastre,iria ser adjudicada pela C. P. a uma empresa particular. Entretanto, as câmaras municipais do Barreiro e do Seixal, com a da Moita, manifestaram a necessidade de a ponte ser mantida e com urgência reparada, dado o problema grave que as populações destes concelhos defrontavam com a inutilizaçãc daquela via de comunicaçáo,

(') V. (O B.A.RREIROAN T IG O E Ì4 OD E R N OT-Ì Os Caminlns rl,eFeno ckt StLl e Srestc Pg. 190.

97

P artê-C ap. X X ÌIT-


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO muito emborã tivessem deparado, de forma inesperada, com a decisão tomada pelo Governo, através da Direcção-Geral de Transportes Terrestres (Decreto-Lei n." 48 936, de 27-III-1969) de descÌassificaro ramâl ferroviário do Seixal. A 30-X-1969, voltava a Capitania do Porto de Lisboa a anunciar agora poder-se utilizar a navegação, sob determinadas condições, pelo vão do tramo levadiço, mencionando já <os trabalhos do levantamento da ponte, a iniciar em breve>. Estava ditada a sua sorte. No mês seguinte, a ponte do Seixal, que era um embaraço para a Siderurgia, foi desmantelada. O desaparecimento desta ponte veie dificuÌtar mais as comunicações rápidas, que se pretendiâm, deste concelho com o do Seixal (embora apenas por caminho de ferro), agravando o já grande 'problema d,ascomnnicagões d,o Baneiro corn o erteüor (ai,a terre,stre.), em face de as vias rodoviárias que o servem continuarem insuficientes e impróprias dum agÌomerado populacional enorme e em permanente expansão, como é o seu.

BâÌreiro

A ponte sobre o Coin& (1923-1969)

Seixal (Fotô dè Aususto Cabrita)

98


l-

AS

OFICÌNAS

FERRO\TIÁRIÀS

DO IÌARREIRO

Aspecto cla polLte (Ìo Coine, atpós o \cidarLtè. O 2." trattLo lìxo (clo lado do Bafteiro) talnbotr sobre as íLguas; todo o trano mórel, cant o srL& cabi'tlú e gìstend de elet;ação, qx.e trdhalharr(t sobl'e o pilar cla esqrLerdft, mergulhou no rxo (Foto

99

de Artex

Estúdio

BârreiÌo)



CAPÍTULO VI

OUTRAS VÁRIAS INDÚSTRIAS LOCAIS O Barreiro, concelhoque, em área, é dos mais pequenosdo País, possuía,em 1970, alêm do complexode indústrias químicasquq comojá dissemos,se conta entre os mâiores da Europa, e de um parque ferroviário de relevo, um outro conjunto de indústrias, já bastante diversificâdas- de,sdeo fabrico de produtos de alimentaçãoe de artigos de vestuário, até às de construção,metalúrgicase outrâs transformadorase de extracção (contando, entre estas úÌtimas, a do coloide ágw-âga4 aqui obtido numa unidadeindustrial que,à data da sua inauguração- 1968era,a maior e a mais moderna do Mundo). Numa rápida síntese,vamos então fazet desfilar essas outras indústrias locais, sem necessidadede as enquadrarmosrigorosamentenas classificaçõesclássicas,mas tão sòmentesegundnos produtos e/ou arti.gos que fabrícatn, tronsformam ou fornecem,seguindoa sua ordem alfabética, e prevenindo.aindasobre a não discriminaçãode actividadesartesanâis,em face de as respectivasoficinas estaremequiparadasàs indústrias, para efeitos de regulamentaçãoeconómicae, como tal, integradas nn

rpoimo

c p r lll

ÀGAR-ÀGAR Fábrica <UMAIiGAS>, da União Luso-Japonesa de AÌgas Marinhas, S. A. R. L. (Do gtupo português <Comundo> - Consórcio Mundial de Ex101 {


O NARREIROCONTEMPORÁNEO - Em Coina' portzÌçáoe Importaçáo- e do grupo japonês <Mitsui & C'') ' lnvestimento de 130 mil contos' Inauguï""i"'a n. N. ,t." f0 para Setúbal Américo Thomaz' lada a 20-fV-f968, peÌo Chefe do Estado' Aìmirante das Corporações'do secrecom à presença clos ministlos cla Marinha e do Japão e de Espanha, tário de Estaáo da InclústÌia, cÌosembaixadoÌes Distrito de Sede MitiÌene e das autolidades superiores do ãï Á".ãfri.o" -Corl"eìho FácÌo Ba'-reiro, e mais cerca de 200 convidados' iúb"t u do de aÌgas marinhâs íGelifr"i". optn a consumir toda a produção nacional pâra numeÌoexportação' à rtiam) . -Pvodrtção do ágar-ágar, destinado farmacêuticos' genificantes' .i".iáo. aplicaçãesa: produtà alitnentares' em cada turno químicos, etc. - Comeqoua trabalhar com 25 operários em fn' contínua.- Plotlução cle carraginatos e aìgin:itos áì* i"r"*ça" turo plograma de desenvolvimento'

AREIAS (Extracção) construçãocivil e ouNa Fonte da T:rÌha, em Coina' (Para obÌas de - Soc de Extrâcqão <SEMEAL> tras, e de aÌguns veios para fundiçáo) SeixaÌ) ' à" Ár"io. ao Sot, r,aa. (Sede: Corroios - Amora BAGALHAU (Secagem) PARCERIA GERAL DE PESCARIAS' LDA ARMAZÉNS JOSÉ LUÍS DA cosTA, Paìhais. (Ambas com sede em Lisboa)'

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Pres!

<MAY FORTUGUESA> (organização internacional, com elementos espanhóis, franceses e portugueses). - Fátrrica de pastilhas eÌásticas, em Coina,, junto à E. N. n." 10, para Setúbal.- Primeira fábrica portuguesà destes produtos conhecidos internacionalmente pot: cltewing -gum. lnalgurada a 20-IV-1968, com a presençado ministro das Corporaçõese do secretár'io de Estado da Indústria, além do subsecretário de Estado das Tndústrias de Espanha e do embaixador de Espanha em Lisboa. Tem previsto o desenvolvimento da sua actividade noutros produtos alimentares, como rebuçados e chocolates. Iniciou a sua Ìaboração com 16 operários e 1 técnico e a produção de cinco tipos de cheuíng-gum, cada um subdividido nos vários paladares.

CIMENTO E MARMORITE (Artefactos, etc.) Artigos de Cimento do Barreiro, Lda. Barueiro. Emília C. M. de AssunçãoAníbal Valente -

Largo da Quinta Grande -

Baírro Novo da Paiva -

Barreiro.

Santo António da Charneca.

ManueÌ Rodrigues-

Fonte da Talha-Est.

Nac.-Coina.

SOCIEDADE DE MOSAICOS BARREIRENSE, LDA.-Rua gueì Pais - Barreiro. 103

Mi-


O BARREIRO CON'IEI'IÌ'ORÂNEO

CORDAS E CABOS CORDOARIA NICOLA, S. A. R. L. * Fábrica Mecânica de Cordoaria. - Cabos para navegaçáoe pesca,de sizal, manila, cairo, linho, aÌgodáo e nylon e fios para redes.- Rua D. Manuel I - Barleiro. (')

CORTIçA (Preparação e Transformação) SOCIEDADE NACIONAL DE CORTIÇAS, S. A. R. L.-Quinta Braamcamp- Barreiro. (Sede em Lisboa). BARREIRA & C.' (IRMÃOS) - Pi'odutores, Fabricantes e Exportadores.- Fábricas no Barreiro (Rua D. Manuel I) e no Lavradio (Quinta das Palmeiras). (É a que possui, âctualmente,ao serviço, maior número de trabalrladores: cerca de 160, no conjunto das duas fábricas). (Sede em Lisboa). CORTIÇAS GRANADEIRO, LDA.-Quinta da Índia- Barreiro. (Sede em Grândola).

da Maceda-Avenida

SOCIEDADE INDUSTRIAL DE CORTIÇAS, LDA. (S. I. C.) -Rua das Indústrias - Lavradio. (Sede em Lisboa). TOMAZ Balreiro.

GAMEIRO & F."" -

Joaquim Boldeila -

Rua MarechaÌ Gomes da Costa-

Lavladio.

João Afonso Gonçalvesreìro.

Rua Dr. António José de Almeida -

Bar-

(') Já em plenâ composiqãodeste volume, ocorreu Ìrltivo de ablirmos esta anotâção: o encerÌamento, por faÌência, desta impoltante fábrica, em 2-VI-1971, com 270 trabalhadores. Era a mais antiga das fábricas do Barreiro (V. (O BARREÌRO ÁNTIGO E MODERNO) I Parte-P. 182), tencìo sido mecanizada e ampliadâ modelnâmente. PÌetende-se que voÌte a funcionâr, após acordo dos credoles, por via de TribÌ1naÌ.

104.


OUTRÁS VÁRI.{S INDÚSTRIASLOCAIS DOçABIA (Bolos, pastéis, etc.) Augusto Vieira da Silva - Fábrica de Bolos e Pastéis.LEIRA> - Rua Vasco da Gama- Barreiro.

<A BO-

Armindo Martins Vieira - Fábrica de Bolos e Fastéis- <Pastelaria Flor do Parque>, inaugurada a 1-III-1942.-Rua Dr. Câmara Pestâna - Barreiro. J. J. GonçalvesAbreu, Lda. - Fábrica de Bolos, Pastéis e Gelados, na Rua da Mocidade Portuguesa- Barreiro. Casas: <A Bijou> (Pastelaria inaugurada em 1956) e <Tico-Tico> (Café e Salão de Chá, inaugurado a 19-XI-1958), ambas nâ Avenida Alfredo da SiÌva. Castro & Silva, Lda. - Fábrica de BoÌos e Pastéis.nus>- Rua D. Manuel I - Bat:reiro.

Café <Termi-

António Manuel de Sousa Pereira & João Maria de Jesus Raimundo.- Fábrica de Bolos e Pastéis.- Pastelaria <Moderna> (inaugulada a 1-XI-1970).-Rua Dr. Manuel PachecoNobre. ManueÌ Luís C. P. Lança & Ìr'mãoRua 1.' de Dezembro- Balreiro.

C:rfé-Pastelaria<CARLIS> -

NOTA-É importante o consumo de pastelâÌiâ e de produtos de confeitaria pelos habitanies do BaÌreiro, mercê do bom nível de vida de grande parte da suâ popuÌação. Indústria próspera e, poúanio, o respectivo comér'cio, tânto peÌâ venda directa ao público, como na revenda, que também se faz para o concelho da Moita. Aliás, paÌece não ser de agorâ que os barreiÌenses apreciam o que é doce... Já ântigamente - vâ lá uma nota de sabor remoto... - vinham amiudadas vezes ac Barreiro judeus, de Lisboa, dos lados da MourâÌia, envergando barretes encarnados na cabeça, vender bolos de gergeÌim (e tâmaras), de que muitas famílias desta vila se tornavam habituâis compÌadoÌas.

ELECTRICIDADE(Distribuição de energia) SOCIEDADE INDTISTRIAL DO BOMFIM, LDA. - VerderenaBarueiro.- Concessionáriâda distribuiçáo de energia eléctrica em baixà tensão. no conceÌho.desde1926. 105


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Energia fornecida em Kwh, em 1970, e outros dados relativosa 31 de Dezemblo do mesmo ano: Para usos industriais Para usos domésticos Para usos comercials Para iluminaçãopública ........... Número de consumidores Número de Ìâmpadas de iluminação pública . . . Número de empregados e operários

3 492 489 I

ILOD õD

| 905677 903763 19 705 2 566 109

ELECTRICIDADE(Mat. paÍa lluminação Eléctrica) INDUSTRIAL ELÉCTRICA PORTUGUESA Macedo,- Sete Portais - TeÌha - Barreiro.

De JúÌÍo José de

ESTOFOS (e decorações) <SULARTE> - Fábrica de Artur Palácios Pinheiro de Carvalho Avenida da República- Barreiro. (Novas instalações a inaugulal em Sete Portais - Telha).

ESTORES(e acessórios) Fábrica de José Maria Dias. da Telha. - PaÌhais.

Fundada a 4-II-1955.-

Fábrica de António Pina Cabral -

Rua Miguel Pais -

Bairro Novo Barreiro.

FERRO (e outros metais) Semalltarios ciris: José Pedro dos Santos e Pedro Marques dos Santos (Herdeiros). Antiga casa <Pedro Severo>.-- Travessa 31 de Janeiro - Barreiro. Flávio AÌves, Lda. Lavradio.

Casa fundada em 1948-

106

Rua 6 de Janeiro -


OUTRAS VÁRIAS INDÚSTRÌAS LOCAIS

: Oficinas metalo-mecô'nicas António Germino, Ldrr.-Rua Barreiro.

Prof. Joaquim Vicente França -

AUTO-RECONSTRUTORADO BARREIRO, LDA. - Fundada em 1948 (na Rua 1.'de Dezembro - Barreiro). Com a sedee novasoficinas em Sete Portais - TeÌha - Barreiro, tem ao serviço, metalc-mecânicas entre empregadose operários, 180 pessoas' METAL - ARTE, de Baptista, Gomese Vieira, Lda. - Est. da Verderena- Bârreiro.

GELO Jacinto António Borginho. '- Rua dos Combatentes da Grande Guerra- Barreiro. Fábrica montada em 1936 (com câmarasfrigoríficas instaladasem 1948).

LUVAS (de protecção- para a indústria) A. A. Fernandes- Rua dos Combatentes da Grande GuerraBarreiro.

MADEIRAS Ofi,cina,s d,e Carpì'ntariu Silva & Farto -

e Semaçã,o Mecâ,nica:

Rua Mieuel Pais -

Joaquim Veloso Lucas-Rua Joaquim Forte-

da Indústria -

Rua da Indústria -

Pinto & Covelo, Ltla. rante Reis - Palhais.

Barreiro. Lavradio.

Lavradio.

Lugar do <Primo-da-Prima> -

10 7

Rua Aìmi-


O BARRE1ROCONTEIIPORÂNEO *MONOLITO> - Empresa Técnica de ConstruçõesCivis N. S.' da Conceição - Barleilo. José Joaquim Rodrigues Torrão -

Telha -

Rua de

Barreiro.

MÁRMORES E CANTARIAS (Serração e Preparação) <MARMORAICO> - Empresa de Mármores e Mosaicos,Lda. de Dadrá - Bairro da Quinta da I"omba- B:rrreiro. Pimentas & Gouveia-

Rua

Santo António da Charneca (Palhais).

Luís & Serapião, Lda.-Rua Lomba - Barreiro.

Nagar-Aveli -

Bailro da Quinta da

MEL (Exploraçãoe Befinação) CeÌestino Horácio Rodrigues Felizardo - Lavradio. (Com apiários de colmeias móveis em Palhais e no concelho do Seixal e colmeias fixas Telha, em Coina e também no concelhodo Seixal). -cortiços-na MOBILIÁR|O (De madeira e operações conexas) Fabricação: <MóVEIS BAÍA> - De Clariano Marques Baía (em 1969) na Rua 6 de Janeiro - Lavradio. António M. Porfírio, Lda.-Avenida

Fábrica instalada

Alfredo da Silva -Barreiro.

Vladimiro, Santos & Costa, Lda. -- Fundada em 1954 EIias Garcia - Barreiro. Furtado & SiÌva, Lda. -

Rua CamiÌo CasteloBranco -

Rua José

Barleiro.

MOBILIÁR|O (De estrutura metálica) METALTRGIA ARTÍSTICA IDEAL LAVRADIENSE. dada em 1968-Rua Almilante Reis- Lavradio. 108

Casa fun-


LOCAIS OUTR.{S\'ÁRIAS INDÚSTRI.A.S PÃO E PRODUTOS AFINS SOCIEDADE DE PANIFICAÇÃO SUL DO TEJO, LDA. - Constituída em 11-IV-1960.- Sede: Rua Vasco da Gama- Barreiro. Indústri:r e comércio de pão nos concelhosde lJalleilo e Moita. Oito fábricas de pão (5 no conceÌhodo Barreilo e 3 no da Moitzr), sendo: 1 automatizada, para fabrico de pão pequeno,de calacterÍsticas internacionais; 2 mecanizadas, para fabrico de pão pequeno, de car:rcter'ístìcastr':rdicionais; 1 mecanizada,para fabr:ico de pão grande de cozedura,em fornos rotativos de aquecimentoindirecto,; 1 mecanizi'rda,pala o fabrico de bolos de padaria e de pães dietéticos: e 3 artezanâis,para o fabrico de pão gÌaÌìde de cozedura em folnos de tijoÌo de aquecimentodirecto. Média de panificação por dia: 300 sacas de 50 kg. de farinh;r, produzindo 150000 páes pequenos,18 000 pães de 500 g. e 3000 pães de 1 kg. Emprega 280 trabalhadores, sendo 177 (86 operárìos e 91 emplegados) no concelhodo Balreiro; e 103 (50 operários e 53 empregados)no conceÌhoda Moit:r. Possui 50 estabelecimentosde venda no concelhodo Barreiro (dos quais 38 em Barreiro e Lavradio), e 39 no concelhoda Moita. Total: 89. Oliveira & Melo, Lda. -- Rua D. Afonso de Albuquerque da Lomba - Barreiro.

Quinta

PLÁSTICOS FÁBRICA DE PLÁSTICOS DO SADO, LDA.-Covas (freguesiade Palhais).

de Coina

PÓLVORASE RASTILHOS SOCIEDADE PORTUGUESA DE STREETITE, LDA. - BâIIA-4. -Barra- Lavradio. (Sedeem Lisboa).

E XABOPES REFRIGERANTES

-

José Gouveia (fábrica fundada em L927, por João Anacleto da Silva). Avenida da RepúbÌica- Barreilo. .109


O B.A,RREIROCONTI]MPORÂN]IO

Manuel da Costa Rodligues * Barreiro. Desporto de Palhais, Lda. -

Rua Plof. Joaquim Vicente Fr:rnça Palhais.

SABÕES Raposo de Oììveira, Lda. - Fábrica fuudada em 1929- Rua Mìguel (Sabões pale polir e lustrar metais, para :r indústria Pais-Barreilo. de gaÌvanopÌastia).

SAL MARINHO (Extracção) Misericór'dia>,a <Comprida> e â <Cidade>, Em três marinhas, :r << todas da freguesia do Lavt'adio(') e cujas produções são utilizadas na Sociedade Industrjal de Higienização do Lavrafábrica GIENISAL(Baixzr da Br,rnheila). Facho Lda. Alto do dio, -

VESTUÁR|O ( ConÍecções, por corte e costura de tecidos e outros materiais) PrLra Senhpt us: Fáblica de Eduardo Joaquim dos SantosRua Prof. Antunes Varela - Balreiro.

Confecções<EDCAR> -

Fábrica de Carìos Alberto da Silva Damas - Confecções<SAMAD> -ViÌa Chá (freguesia de PaÌhais).-Em edifício próprio, construído em 1"969/70,tendo iniciado a laboração em 2-I-1971. Fábrica de António Dias Matias -

Praceta D. Sebastião-

Blìrreiro.

(') Com referência a estas marinhas, situadas ÌÌos limites da freguesia do Lavradio com a Baixa da Banheira, se Ìectifica â existência de uma, apenas, citada, em 1965, em (O BARREÌRO CONTEMPORÂNEOr - I, a p.356. Como, porém, esta, considerada úItima, iâ, entretanto, desepaÌeceu (situaYâ-se à entÌada do Lavradio, do lado do Barreiro e a Norte), subsisten, portanto, aqueÌas três aqui citadas.

110


OUTRAS VÁRIAS INDÚSTRIASLOCAIS Para Homens: INDúSTRIA PORTUGUESA DE CONFECÇõES, S. A. R. L. RONA> - Fábrica em Coitra íQuintâ dâ Areia). TIPOGRAFIAS(Composição-

(VE-

lmpressão)

TIPOGRAFIA COMERCIAL - De Fernando da Silva Junior fundada em L922 - Rua Dr'. Eusébio Leão - Barreiro.

Ca;a

BELGRÁFICA, LDA. - De Joáo de Sousa Matoso Junior. - Ex-Tipografia Gráfica Balreirense. Casa fundacìa a 27-IV-1953.- Rua Serpa Pinto - Barreiro.

VIDBO (Espelhagem,biselagem e operações conexas) A VIDREIRA

DO TEJO, LDA.-Rua

Vasco da Gama-

Balreiro.

VIME, VERGA Fabricação de cestos e outros objectos'Rua D. Manuel I - Bârreiro.

António Soares Vinhas-

Fortunato Lopes de CarvaÌho & Filhos, Lda. ( Armazenista-Comprador-Distribuidor) - TravessaLuís de Camões- Barreiro.

Outras mais indústrias aqui existem, embora de diferente natuteza, uma das quais avulta entre as três ou quatro mais importantes. É a da CONSTRUÇÃOCIVIL, que tem imprimido ao Barreiro um apreciáveÌ 1.11


O BARREIROCONTE]4PONÂNEO suÌtodedesenvolvimentoeconómico,afectando,naturaÌmenle,ocrescÌmento ulbauo. Mas tor:na-secada vez mais trrlementeestimuÌal à constÏuassirn, projectos simples mas que ção económica,padronizando, digamos familiares rnédias, sem esquecera organiãorr""pondu- às necessìdades zaçáoda vida comunitária("). Em lg70/71, qu:tndotraçamos estaslinhas' -construção civil Ìocal emprega cerca de 2 milhales de tl':Lbalhadores' a e pala ele 1ïâbaìhammuitcs mais... A indústria de transpoltes rodoviários encontla-setambém em bom com destaquepara a Auto-Transportadola Ideal do Barclesenvolvimento, reiro, Lda., de Rui de Carvaìho & FiÌho, e ainda Transportes Rodoviários do SuÌ, Lda., ambas com sedeno Balreiro' As que se somam as pi ecedentementerelacionadasÌÌeste capítulo sáo de repaainda as oficinas de reparação de automóveis (e velocípedes)'as ração de aparelhagem rádio-eÌéctrica,as d-e relojoaria, as de reparação de concÌe caÌçadoe outlos artigos de cabeclal,as oficinas de alfaiataria' (em de 6)' númelo fotográficos fecção cÌevestitlos (modistas), os estúdìos -estabelecimentos (as de cabeleireicasas de barbeiro e de cirbeleileiro os rasdesenhorassãoemnúnrerode64,segundoosregistosdzrRepartição de latoade Finanças), mais ainda:rs oflicinasde lavandaria e tinturari:t' lia, etc., etc. NOTA SOBRE AS I)XPLOEìAÇõES AGRÍCOLAS - As expÌorações à fregueagrícolas citcunscrevem-se, neste concelho, quase exclusivamente em cerca ârroz semelâ se ainda Coina, de sia de Palh:ris, onde, no lugar e da Vicente quintas de Sde 22 hectares, no conjunto das ár'eas cÌas em Penalva' na Areia, afectas a essa cuÌtura. Plantzr-se,ainda, a vinha pledominante: Santo António d:r Chalneczre em Covas de Coina' Casta <Bastalda>' a <Periquita>, havendo também aìguma <Muïteira>' Da uva quinta de na muito pomícola decresceu ,ó taras cepas. A exploraçáo dono' Há' novo ptopriecÌade a grancle S. vicente, com à passagemdesta (<Viveiros de Coiporém, viveiros de árvores frutíferas e olnamentais

matricial (") Com o nctável surto de construções neste concelho, o rendimento 100 rniÌ contos' já, os âmpÌamente, ultrâpassavâ 19?1, êm do" p"àáio" do Barreiro,

11.2


OUTRAS VÀRIAS INDÚSTR]ASLOCÀIS na>). Em St.' António ila Charneca existe uma exploração avícola. Quanto à silvicultura, encontla-se esta quase reduzida à Mata da Machada. A indústria leiteira, dada â pequena dimensão das explora@es, e o condicionamento que, neste conceÌho, rege, desde 1967, o abastecimento do Ìeite, a partir da produção, não tem tornado compensadora a actividade e, daí, o ser muito reduzida. Muitâs vacas sáo entregues, de preferência, ao Matadouro. É a horticultura que ainda se explora, com vazoâvel rendimento, na área desta freguesia.

113



CAPÍTULO VII

O BARREIRO E A POLUIÇÃO INDUSTRIAL . DO AMBIENTE Onde há indústrias químicas, há poiuição atmosférica. Ela existe, portanto, sobre o Barreiro e também nas águas, à volta do Barreiro. As consequênciasda poluição do elemento líquido- água do mardiflcilmente poderão ser reparadas: o peixe aÍastou-se (o estuário do Tejo, onde outrora a.bundavamas espécies,é poucomenosque um deserto aquático), a fauna marinha fixa extinguiu.se pràticamente,a vegetação aquática é tata, a superfície do solo marítimo, na faixa imersa no mar, abaixo do limite da maré, é negra e poluenta. Nada pode ali crescer ou dar alimento. Os férteis lodos tornaram-se ïaros. Subsiste o problema da poluição atmosférica. Alguém escreveu, ainda há pouco tempo: <Os d,ec,énios futuros serãn tení,oeis, d,et;idoà u'ì.ol,entatransf ormnção ilo meio d,e aidn que ori,girut a ci.ai,li,aaçõ,o da Quími,ca,a industrial,ìaação físi,co-nuclear, 0" aelocid,ad,ee a superurboni,zaçã,o>.Eslan.nos-emospreparando para enfrentar com êxito as consequências de todas estas transformações? Bem se desejará positiva a resposta. A nós, basta-nos, por orâ, enfrentar a Ciaüizaçãn d,o,Qu4,wíca.A. poluição atmosféricaa que eÌa conduzé já, com efeito, um casode preocupa9ão pública: um mal surg'ido,afinal, das <nossas>próprias mãos,por nós desencadeado, não bastando já aquelespara os quais em nada concorremos.. .


I

i

O BARREIRO CONTEI{PORÂNEO O Barreiro tem sofrido as consequênciasda poluição química da atmosfera num sector da sua área sul-poente,peìa imediata proximidade de aÌgumas unidades do parque industrial da C. U. F. ('). Os gasesvomitados pelas chaminés, em condições a,tmosféricas propíci(ts, pairam e persistem, por períodosvariáveis, sobre a urbe, nas camadasmais baixas, densose imobiÌizados.Na época invernosa, misturam-se, por vezes, com mar de fumo e névoa que tem já perdurado largas o nevoeiro: é o <<smog>, partes do dia, perturbador das funções respiratórias e verdadeìro terror dos asmáticos e dos portadores de bronquites. Com a persistência (embora periódica) dos fumos e dos gases, os vidros das fachadas dos prédios, nas zonas mais afectadas, perdem :i transparência e dentro de pouco tempo, tornam-se foscos, como se orìginalmente o fossem; as cerâmicas,os azulejos e os estuquesdos seus palamentos exteriores enegreceme tolnam-se ásperos,bem como os cLontadose niquelados e, de um modo geral, a pintura dos carros que fiquem na rua meia dúzia de dias, embacia e <pica> (<é um curro clo Baveiro>>,díz logo um lavador de automóveis,de algumas léguas ao redor...), e muitas pÌantas e arbustos tenros peÌecem. Mas as correntes atmosféricas- os caprichos de Eo1o... - que submetemos serese as coisasa tais provações, em especial quando se verifica o fenómeno denominado <<inversãode temperatura>, também transportam e dissipam para longe os princípios da poluição, nâs asas abençoadas do vento aqui dominante, o vento norte, embora o faça por sobre a Ìocalidade. Mas nem sempre sopra o setentriã,o. . . Perguntar-se-á, porém: tal estado de coisas, que o Barreiro vem suportancÌo há ìargas dezenas de anos, afectará gravemente a vida dos seus habitantes ? Podemos dar uma resposta, de forma um tanto indirecta, na nossa simples posição de observador: no Barreiro morre muÌta gente de velhice (e que ai'ueu mesmo muitos únos ncs suas tíreas mais afectarlas pela polaição), não revelando o concelho índices de mortalidade superiores à média geral do País. Esta é uma consoladora realidade, o

(') São elas: a Fábdcâ n.' 2 de Ácido Sulfúrico por Contacto (a encerrâÌ em 19?1), a Fábrica de Ácido Clorídrico, a Fábrica de Ácido tr'osfórico, a Metalurgia do Cobre, â Fábrica de SuÌfato de Cobre e as Glanulaqões de Adubcs

116


O BARREIRO E A POLUIÇÃO INDUSTRIAL DO AMBÌENTE

Barreira -

UÍt tp@relho de <rcorLtrole>) d,a poluição, num& espéaie (le ceralete, montado no adltrpo

que não queÌ dizer que ô fenómeno da poluição não constitua ameaça para à sâúde, a mâis ou menos longo prazo, quando nela se envolvem certos compostos químicos que afectarn o aparelho respiratório e provocam irritações das mucosas, agravadas com a humidade do ar e com o frio. Atmosfera impoluta parece-nos não haver em parte alguma, é certo, porque até onde há um homem... há poluição, mas cumpre defender"rno-nos,o melhor possível, dos eÌementos estranhos que a contaminam e possam afectar a normaì existência dos seres vivos. A Ìuta já está sendo travada por todo o mundo a favor da maior pureza da atmosfera, segundo o largo noticiário que tem circulado sobre o <<dossier>Poluição. Vamos a vêr, assim, se se salva o ar respirável, uma das poucas coisas que ainda se tomâ de g:raça... 117


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

O próximo robustecimento da indústria pesada química no Barreiro vai, por certo, absorver, cada vez mais, a meÌhor atenção dos responsáveis peÌa sua laboração e as autoridades Ìocais e sua popuìação quanto ao indiscutível dever de se defender o meio dos produtos poÌuentes mais nocivos, numa palavra, de se assegurar uma mellnr qualid,ade de oi'd'a aos aeus h.abitontes. O problema não é de agora, todos nós o sabemos, e já no tempo de AÌfredo da SiÌva (peÌos anos de 20), eìe foi aqui levantado, com certa acuidade envoÌvendo Imprensa, autoridades administrativas e deÌegado de Saúde Ìocal, etc., mas com bem sofríveis aÌívios, aìiás temporários. Contudo a técnica, em cinquenta anos, evoluiu extraordinàriamente, por forma a esperatmos agoïâ que taÌ problema, enquanto o for, se mântenha na primeira fiÌa das preocupaçõesdos responsáveispela sua soÌução.

- Que se pretenderá, afinal, no sentido de se garantir a melhor cìefesa da saúde de todos nós? Que, na impossibiÌidade de evitar o total lançamento de gases e fumos para a atmosfera (pela Ìavagem de gases, pelo aproveitamento de gases residuais e pela depuração dos fumos), se reduza a concentração desses agentes de poÌuiçáo, sobre a urbe do Barreiro, a um mínimo inócuo. Mas a dificuldade está nisso mesmo, porque âs instaÌações industriais sáo vizinhas bem próximas das zonas ulbanas, pelo que as atingem, densos,a curta distância. Sabemos que, peÌo Depârtamento de <Contrôle> AnaÌítico da C. U. F. tern sido efectuado, desde 1964, o <contrôle> da poluição atmosférica, atravós de postos instalados na área do Barreiro (freguesìas de Barreiro e Lavradio) ('), para avaliação dos vaÌores da poluição, que pâssaïam

(') Essês postos pesquisadores encontÌam-se localizados na zona do Campo do Luso (uma das mais afectadas pela poluição), no Alto do Sei:raÌinho e na Quinta dos Casquilhcs, tendo sido montado outro Ìecentemente, no Páteo Albers (no troço inicieL da Rua D. Manuel I, próximo dos Paços do ConceÌho).

118


O BARREIROE A POLUICÃO]NDUSTRIAL DO AMBIENTE a ser fornecidos, periòdicamente às entidades oficiais competentes e também ao Grupo de Trabalho criado pela Portaria n'" 22 035, de 6-VI-1966, o quaì tem por objectivo a detecção e o combate à poluição do ar. Também há conhecimento de que esse Grupo, tendo iniciado a sua zrctividade em Setembro daqueÌe ano, Ìogo considerou como importante aÌvo das suas atenções as zonas de Lisboa e Barreiro-Seiral ficando esta última ao cuidado de um Sub-Grupo de Trabalho. Na posse, com certeza, dado já o tempo decorrido, de elementos de estudo bastantes sobre o assunto, espeïa-se que este probÌema entre, decisivamente, numa fase de melhoria que se ueja e se si,ntae que não haja agravamento, por ligeiro que seja, das condições de poÌuição, logo atribuídas a circunstâncias ocasionais, de que já bastam as condições atmosféricas adversas. Mas não tenhamos dúvidas.: tudo está ainda muito no princípio, nesta ridente Casa Lusitana, até porque, no nosso País, não há, ainda, pròpriamente especialistas nesta matéria.

Este problema local da poluição mereceu da Companhia União Fabril uma interessante citação, através de números e legendas, na III Exposição Ìndustrial. do Barreiro, já em outro lugar referida. Assim, relativamente às suas instaÌaçõesnesta locaÌidade,foi indicado ter neÌas investido a dita Empresa, em equipamento anti-poÌuição, 14 500 contos, desde 196ã, esperando dever investir, no ano de 1971, mais cerca de 6100 contos. Os serviços técnicos da Empresa, integrados no Departamento de <Contrôle> Analítico, dirigido peÌo eng." Vítor ManueÌ Chagas dos Santos, continuam a trabalhar nos mais modernos processosde contribuir para a melhoria sanitária do meio ambiente Ìocal e, segundo julgamos saber, a poluiçáo das águas vai também ser obj ecto de estudos adequados. Haverá razões pala brilhar a luz da esperança de algum aÌívio do pagamento deste tributo à Industrialização? O fim do ano de 1971 Íoi, ainda, simplesmente terlÍvel ! Em largo troço da Rua D. Manuel I, bem como em importante parte da Avenida AÌfredo da Silva, artérias dotadas de numetosos estabelecimentoscomerciais (electrodomésticos,mobíÌias, roupas e confecções,etc.), os gases e fumos, em muitos dias, ao cair da tarde, tudo invadiram e respirava-se amoníacoI Não foram pequenosos prejuízos nos estabelecimentos ! Nem as rÕupas de casa podem ser postas 119


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO â secar, porque ficarão picadas e manchadas! Foge-se das ruas, como do Inferlo e cerÍam-se, hermèticamente, portas e janelas ! Os prejuízos, de vária natrreza, são muitos, sem dúvida, e hão-de somar muito dinheiro ao fim do ano... Quando melhorará este estado de coisas?

NOTA-Já com estas páginas a entrar na máquina, registamos que foi constituída pela Portaria 316/71, de 19 de Junho, dimanada da Presidência do Conselho, uma comissão permanente de estudos, na Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnoiógica, designada Conzissd,o Nac'ional,d,oArnbiente. Jâ pata alêm da, detecção e do combate à poluição do ar, esta comissão destina-se a estudar, coordenar e propor todas as medidas consideradas necessárias, de um modo genérico, à defesa do ambiente e da conservação da Natureza, devendo também promover ou apoiar a especiaÌiza@o e a actualiza4áo de pessoal científico e técnico necessário à consecução dos seus fins.

120


CAPÍTULO VIII

O GRÉMiO DO COMÉRCIODOS CONCELHOS DE BARREIRO E MOITA O COMÉRCIO LOCAL EM DESENVOLVIMENTO O GRÉMIO DA LAVOURA (SEDE NA MOITA) E A ASSOCIAçÃO DOS PROPRIETt'.RIOS DO CONCELHO DO BARREIRO

Com a publicaçãodo Decreto-Lei n.'29232, de 8 de Dezembrode 1938,foi rcgulada a forma de se integrarem na organizaçãocorpoïativa patronais constituídasao abrigo do decreto de 9 de Maio as associações de 1891.A Associa@oComerciale Industrial do Barreiro (') era abrangida pela integraçãoque se determinavanos termos legislados. A 22 de Junho de 1939,sob a presidênciade JoaquimJosé Fernandes (que nos fins desseano voltaria a dirigir a Câmara Municipal do Barreiro), reuniu a AssembÌeiaGeral da AssociaçãoComerciale Industrial desta vila, a cuja Mesa pertenciam também António Augusto Xavier, João Inácio Nunes Júnior e ConstantinoFerreira dos Santos (respectivamente vic+.presidente,1." e 2." secretários),para discutir e aprovar os novos Estatutos elaboradosde harmonia com as leis corporativas, os

C) V. O BARREIRO ANTIGO E MODERNO-I 121

Parte- Cap. XXXVI


O BARREIROCONTEI{PORÂNEO quais foram aprovâdos por unanimidade e sem discussáo,vindo a ser s:rncionadospor AÌvará de 17-XII-1940, assinado peÌo subsecretário de Estado das Corporações,Dr. Joaquim Trigo de Negreiros. Estava constituirlo o Gré.mìo tLo Comércio dos Concelhos de Barreiro e Moita, q:ue começou â funcionaï em 1941, dirigido por uma comissãoadministrativa constituída por Manuel dos Anjos Xavier e António Lourenço R(al, âmbos do comércio de mercearias, e António Maria Campos,este úÌtimo da Moita, ali estabeÌecidocom o ïâmo de fazendas. A sua 1." Direcqão veio a ser eleita em 18-I-1942, constituindo-a, respectivamente, como presidente,secretárioe tesoureiro,os comerciantesA.ntónio Augusto Xavìer, natural de Freixo-de-Espada-à-Cinta,Constantino dos Santos, natural de Santiago de Besteiros (Tondela) e Francisco Simões Branco, natural de Vilzr,Nova de Poiares, todos estabelecidosno Barreito e especializtrdosno comércio de mercearias.À Mesa da AssembleiaGeraÌ passou a presidir Patrício Lopes Gaio, natural de Sãc MigueÌ do Rio Torto (Abrantes), também comerciantedo mesmoïamo, que era o predominante. António Augusto Xavier presidiu à Direcção deste organismo patronal de 1942 a 1958. Sucedeuìhe. de 1959 a 1964. Francisco Simões Branco, que faleceu :r 6 de Março deste último âno. Anteriormente (â 31-I-1963) também falecera Patrício Lopes Gaio, que vinha presidindo à AssembÌeiaGeral, pelo que, durante alguns mesesde 1964, esteve este Grémio privado dos presidentesdos seus corpos directivos. Ainda no mesmo ano, todavia, foram designadospara presidirem à Direcção António Augusto Xavier (que voÌtou, assim, âo seu antigo cargo) e à Assembleia Geral, seu irmão, Manuel dos Anjos Xavier, antigo vereador da C. M. B. e também transmontano freixenista, ambos há muito estabelecidos no Barreiro, terra de seus filhos e netos, e fundadores da antiga fii-rna X:rvier & C." (Irmãos), que foi armezenista de mercearias. Só em 14-X-1965 tomou posse nova Direcção deste organismo, para o triénio 1965/67, assumindo a sua presidência um activo elemento da classe comerciaÌ desta viÌa, João Barreira, armazenista-distribuídor de vinhos, naturaÌ de S. Brás de AÌportel, tendo como secretário Arménio Pedrosa Crespo, em representaçáo da firma Joaquim F. Rocio & C.^ (Irmáo), e Firmino Antunes Barata, em representaçãoda casa António 122


F

AS ACTIVÌDÀDESCOMERCIAIS Lourenço Real, Lda., ficando a presidir à Assembleia, Geral António Augusto Xavier, em representação da firma António' Augusto Xavier, Lda. (Todos reeÌeitos para o triénio 1968/70). O Grémio do Comércio dos Concelhos de Barreiro e Moita tinha, em 31-XII-1966, 1082 agremiados, sendo 654 do concelho do Barreiro e 428 do concelho da Moita. Dos 654 estabeÌecimentos comerciais acima referidos, eram: Mercearias

ID D

TaÌhos e salsicharias 35 Produtos horto-frutícolas e produtos avícolas ...... 80 Fanqueiro,Retroseiroe CãÌçado........................ 81 Drogarias 23 Electrodomésticos,T. S. F. e T. V. 27 109 Vinhos e Petiscos Diversos não esnecificados.......... ......... t44

,{oq oD4t

I

Quatro anos depois (31-XII-1970), estes números apresentavamas seguintesdiferenças: 1ã94 ag:remiadosnos dois concelhos,sendo909 no concelhodo Barreiro (+ 255) e 685 no concelhoda Moita (+257). Dos 909 estabelecimentos comerciaismencionados,eram: t76

Mercearias Talhos e saÌsicharias Produtos horto-frutícolas e produtos avícoìas ...... Fanqueiro, Retroseiro e Calçado .. Droearias

Electrodomésticos,T. S, F. e T. V. Vinhose petiscos.......... Diversosnão espeeificados(dentre os quais'23 estabelecimentosde mobílias)

44 195 125 26

113 193 909


O tsÀRREIROCONTEMPORÂNEO Os estabeÌecimentoscomerciais que' nos últimos quatro aÌtos''maìs âumentaram em núr-€Ío no concelho do BarreÌro foram, como se verifica' os de T:rod'utosh orto-fmttícolas e aaícolas (peito de 150 /o naqueie espaço náo especificados>estão incluídos também os de tempo). Nos <<Diversos t eniledores ambulantes. 1966 O aumento cìo número de inscritos no G' C' C' B' e M'' entre (novos e 19?0, relativamente ao Barreiro, traduz uma média anual de 64 comerciantes),o que não deixa de ser apreciável' Cafés-Restaurantese cafós, e pasteÌarias ou confeitarias não estão itrcluídos nas rubricas indicadas, poï tereÌn a sua inscrição obrigatória estano grémio de âmbito regionaÌ (sede em Lisboa)' O número d€stes belecimentosera, no concelho do Barreiro, em 31-XII-1970: CaÍés-Restaurântes.............. Cafés ............ Pastelarias-Confeitarias . . . . . . . . .

12 56 5 73

A este número há a juntar mais 10 (Cafés), privativos de colectiviquais é o do dades desportivas e cìe instrução e recreio, o maior dos Ginásio-Sededo Futebol Clube Barreirense'

locais e No tempo da antiga associaçãode classe dos comerciantes sucessoÌ:'estraincla durante a primeira vintena de anos do Grémio, seu gerentes' veram sempÍe, ou quase sempre' em maioria nos seus coïpos e Aguiar' de António Joaquim os comerciantás da Ru:r do Conselheiro até rua era' porque essa não foi por âcaso que tal se verificou. mas sim aspecto comerhá três dezenasde anos, a mais importante do Barreiro' no que encerrou) ciaÌ, tendo possuído,até há pouco (31-XII-1970' data em ' a <<Merde mercearia' ramo do totÌas, a Ìoia de cómércio mais antiga de por José Maria da Costa cearia Esperarlqa>,que datava de 1887, fundada (Arganit), e faÌecido com Xqar'rr,(iosA aá CafA), naturaÌ de Folques, o nome' seu fZ anns,,em 2-VIII-1926. Sucederalhe na casa, mantendo-Ìhe 12/+


ÀS

ACTIVID.A.DIIS COMERCIAIS

Ilrna, rìste par(ial (t( Á"-." Alfreio rla Silta(à XlunicinaL)

(tqÌmla,

ftrtoredo do P(oqtte j .or o .t! J u.;

J .,.r L In)

fiÌho José Maria da Costa Mano Júnior (iu86-1965), já natural do Bzrrreiro. Outros estabelecimentosmais, da mesma rua, de coméïcio especiaiizâdô ou misto, foram nestes últimos anos encerrando, uns por transferência dos logistas (já descendentese/ou sucessoresdos fundadores) para outros pontos da vila, mais modernos e em expansão,outros pelo fzrlecimento dos seus antigos proprietários. E é assim que o Organismo representante do Comércio local, noutro tempo à beira duma rua tãÕ buliçosâ e concorrida, e agora tão silenciosa e calma, já parece aìi hoje desÌocado,poïque o coméïcio... é movimento. As artérias mais movimentadas são, agora, incontestàvelmente,zr P"ua D. Manuel 7 (cle S. Francisco à Verderena) , coÌn o seu quiÌómetro 125


O ÌJARtÌI,]TROCONTE]'lPORÁNEO e meio de extensão,bem medido... (') e as ruas Brás e do Lavradio, no prolongamento uma da outra, as quais passaram, há pouco tempo, a constituir uma artéria única, com o nome de Rua dr. Mantte[.Paclrcco Nobre (). Possui, assim, esta última âïtéria 980 metros de extensão, bordada de numerosàs construções,de diverso porte, e onde as mais :rntigas r'ão cedendoÌugar (como na de D. NÍanuelI) às novas edificações, em cujos 1."" pavimentos surgem os estabeÌecimentoscomerciais, com predominânci:r dos eìectrodomésticos,tecidos e lojas de mobílias e, no ramo alimentar, das frutarias, charcutari:rs e pequenosestabelecimentos de vinhos e comid:rs. A Avenida AÌfredo da SiÌva é outra artéria já enriquecid:rde bons estabeÌecimentos comerciaise onde não faltam também os estabeÌecimentos de crédito, dandolhe incontestàvelmentemuita r-'idao Mercado Municipal 1." de Maio, cujo funcionàmento no Ìocal onde foi impìantado (e depoisampliado com o anexo do mercado do peixe) fez surgir à sua ilharga e nas proximidadesimediatas numeïoszìscasascomerciais,de vários ramos de negócio,aÌgumas de há muito com ìnteressescriados- e legítimos-, derivados da própria Ìocalização dos estabelecimentos.Haverá de ser devidamenteponderado o futuro deste Mercado, que se definirá em uma das duas únicas soluçõesque se apresentam: novo mercado ou transformaçáo do zictual, cada uma d:rs quais tem seus adeptos, com razões que reputâm váÌidas. A última impÌicari:l um mercado bem mais pequenoem superfície. desafrontandoo Monumento próximo, mas que iria buscar âo subsolo e a uma gaÌeria envoÌr'entea compensaçãoda redução daquela área, enfim, um mercado de menores dimensões,nâo jâ, como este nasceu (para a vila do Barreiro), mas apenâs paï:Ì um sector da Ìocalidade - isto na linha de rumo modernamenteseguida nos maiores meíos urba-

I Parte-Cap. XXI-ro V. O BARREI RO ANTI G O E M O D E R N O O Pg. 154. Ru.a de Pallnis à Rua D. MdnrIeL I (') Por propostâ da autoria do presidente da C. M. 8., dr. Carlos França, aprovada em reuniáo camarária de 3-X-1969. O dÌ. Mânuel Pacheco Nobre, íormado em l{edicinâ pela lJniversidade de Lisboa, foi un cÌínico distinto, que viveu no BarÌeiIJ durante 40 ânos (descÌe1921), tendo sicÌomédico municipal, subdeÌegadode saúde, módico da Nlisericórdia, cìirectol dos Postos ÌIédicos da C. P, e da C. U. F. no Barreiro, cìilector dos Selr'iÇos de Saúde dos Bombeiros VoÌuntários do Sul e Sueste e diÌector do Dispensár'io Anti-Tuberculoso do Baueiro, como já ÌecoÌdámos. Nâscido em S. Tê)tónio (Odemila), a 22-IX-18E4, faÌeceu no BâÌreiro, â 30-VIII-1961.

126


AS, { CTI VI D- , \ DES

C O I {E R C Ì , A . I S

nos do País - os mercadosde bairro. Quanto a vm no1)omercado, relatrvamente perto do actual, :ì soìuçãonão se tem mostrado, :,rtéagora, muito fácil, mas não será impossíveÌde consegulr. Seja, porém, qual for :ì soluçãofuturâ, o que não se pode perder de vista é a necessidadede promover, íamos dizer facilitar, a existência que movimentam notàvelmeÌìte e o desenvoÌvimenlode centros conterciaì.s, pólos de atracção. permanentes uma locaÌidadee sáô os seus mais Ao lado da sua vaìiosa Indústria, o Barreiro tem necessidadede possuir tàmbém um Comércio progressivo, bem montado e recì:rmado,seguiÌìdo,já, zrliás,a passofirme, embora náo muito rápido, por essecaminho.

Relativamente aos estabelecimentosfarmacêuticos locais, que, em 1910, eram três, as Farmácias Pimenta, Costa e Crispim, todas situadas que foram r.iaRua do Cons. Joaquim António de Aguiar e já extintas, há muito, as duas últimas, o seu número é, actuâlmente,de 10. (A freguesi:r de PaÌhais não tem ainda farmácia, o qr'.ejá v:ri tardando). Àquele número pode, contudo, acrescentar-sea farmácia (pri,""ntir a) do Posto Médico da Caixa de Previdência da C. U. F. e Empresas Associadas. Com mais de 120 anos de existência com â sua gerência técnica e comercial ÌÌâ posse da mesma família, passou a parte comercial da Farmácia Pimenta a outras mãos, a 2-I-1967,continuando ali como directora técnica D. Ema Pimenta, neta do fundador do estabelecimento.

GRÉMIO DA LAVOURA DOS CONCELHOS DE MOITA E BARREIRO Com sedena Moita, na Praça da República,e constituído desde1940 (por transformação do extinto Si.ncli.catoAgrícola daquele conceìho), este organismo não dispõe de DeÌegação ou Casa da Lavoura no concelho do Barreiro, onde os pÌ'oprietários rurais (na esmagadoramaioria pequenos proprietários, mas obrigatòriamente inscritos neste grémio) nunca 12i


I

O BARREIROCONTEMPORÂNEO esboçaram movimento colectivo pâra a cÌiação de uma representaçáo ao níveÌ concelhio. O número de inscritos (Proprietários e Rendeiros) do concelho do Barreiro, por freguesias, era, em 31-XII-1967, o seguinte: Freguesias

Barreiro

Proprìerários

Freg.Barreiro Lavradio

Palhais

Rendejros

Tolais

L40 68 290

5 5 30

\45

498

40

538

na

320

Três anos depois, em 31-XII-1970, os inscritos eram representados peÌos seguintes números: Proprietários

Freguesias

Barreiro

Rendeiros

76

Freg. Barreìro > Lavradio

25Í\

10

76 51 263

380

10

390

DI

PaÌhais

Totais

Os fracos índices de ruralül,ade que o concelho do Barreiro ainda possuía, vão desaparecendo em ritmo acelerado.

ASSOCIAÇÃODOS PROPRIETÁRIOS DO CONCELHODO BARREIRO Com o objectivo de <promo\rera união de todos os proprietários do concelhoâ fim de, em conjunto, poderemeficazmenteestudar os processosmais económicosda arte de construçãoe tr:atar dã defesados seus direitos e deveres,prestar assistência jurídica que seja possíveì aos proprietários que sejam sócios>, etc., esta colectividade fundada a 4-VII-1932, sendo os ,seusEstâtutos aprovadospor Alvará do Governo Civil de SetúbaÌde 23-IV-1933. Possui sedeprópria, de um só piso, com ampÌasdivisões,na Avenida Marechaì Carmona,n." 37, onde funcionam todos os seus serviços,entre 128

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AS ÂCTIVIDADES COMERCIAIS

os quais os de ConsuÌtasJurídicas, projectandoampliar, dentro de pouco tempo, o edifício com alguns andares. Teve esta associaçãono comendadorJosé Augusto Pimenta (1860-1940) (') um dos seus primeiros sócios,eln quem ela delegou a sua representaçãoem importantes diligências de interesse colectivo e cerimónias oficiais, e um dos seusmais activos dirigentes em Firmino Lopes Moreira (falecido nesta vila em 1949), antigo vereador da Câmara Municipal do Barreiro, e cujo retrato figura numa das suas salas. À sua Direcção preside, com elevadozelo e dedica@o,desde 1958, Joaquim ChavesMota, natural de Beja, chefe de escritório do 3." Grupo de MateriaÌ e Oficinas da C. P, (Barreiro) e há muito residentenestavila. Esta associâçãotem cerca de 600 sócios.

(') v. o BARREIT,OANTIGO E MODERNO-I guns ltultos

batreirenseq

llotá,ueiê.

129

PaÌte- Câp. XLIV-á/-

i

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CAPÍTULO IX

AS COOPERATIVAS DO BARREIRO (Um rdpido esboçodo mouimentocooperatíuista) As cooperativas do Barreiro têm como pioneira Ìocal uma congénere, a dos Câminhos de Ferro do Suì, fundada em 18?7 ('), a seguir à qual se fundou, em 18 de Dezembro de 1883, por Alvará régio dessa d.ata, a Caira cle Socorros dos Co.minh,osde Feno do Sut e Sueste, sob a presidência do eng." Migueì Pais e que, aÌém da caixa de socolros mútuos e caixa de crédito e previdência, era também coopero,ti,uatle cottsumo, nessa qÌÌalidade Ìhe competindo <fornecer aos empregad,osd,o caminho de e outros de uso clomesti.co, ferro generos al;imenticios, artigos d.e u^estuari,o nos ternLos e cottd,içõescl,etermi,nadasnas instrucções regulamentares, estabelecend,oparú esse fim armazens no recinto do cam;ìnho de ferro, nos Iogares em que a atlministração d,o mesmo caminho os auctorisar, ou contratúndn com os clonos tlos estabelecimentos d,e aend,o,d'esses artigos e generos.> Foi desse Organismo (que recebia subsídio do Governo e teve administiação modelar tos seus pì.imeiros anos, pelo menos) que derivaram, mais tarde, as caixas de leformas e pensões dos ferroviários do Estado,

(')

Segundo um aatigo de José Ernesto, publicado em 7925, no Eco do Barrei,ro.

137


O B.A.RRT]IRO CONTEIIPORÂNEO sucedendolhe(já no tempo da República) umâ lìova cooperatrvae, a esta' os Armazéns de Víveres da C. P. Como coopelativa de consumo,aqueia o pequeno comercio do primitiva <efectou então m.u'ito y.trowunciad'tLnzente que prestou aos muitos benefícìos os Barreu-o>, mas, em contrapartida, ('). seus associadosforam bem mais importantes E, desde então, nunca mais o sistema cooperativista,mais ou menos dentro dos moldes cÌássicos,deixou de estar assinaladoÌ'Ìo BaÌreiÌ'o. As suas práticas vêm já de bem recuadas épocas,pois podemosencontrá-las nas antigas corpolações, ontle ela costume adquirir em comum a matéria-prima. Na Inglaterra, nos tempos mais moderros (com a célebre <Rochedale EquitabÌe Pioneer's Society>, em t844), essas associaçõesenverecìaram por umâ forma piática, em benefício do consumidol-associado. Na Alemanha, em 1851, inicialam-se as cooperativasde crédito e, dentro de alguns anos, as. cooperativas estenderam-se, a bem dizer, ao mundo inteiro, sob cÌiversas forrnas: de consumo, de produqão (especialmente de génelos agrícolas), de crédito, de inquilinato, mistas, etc. Em PortugaÌ, deveu-se o início do movimento cooperativista, cerca do ano de 186?. ao <Centro Promotor dos Melhoramentos das CÌasses defenLaboriosas>,onde se distinguilam, entre outros seus er.rtusiásticos jornalista Vieira Francisco soles, o genelal SousaBl'andão (181S-1892),o cla Silva (1825-1363) e o prof. Costa Goodolfim (1842-1910). E já no nosso tempo, foi um denodado defensor de um sistema económico de cooperativismo integral o brilhante ensaísta e pedagogista António Sérgio, há pouco tempo falecido (3), não esquecendo,também, o prof. dr. RaúÌ Tamagpini Barbosa, que voÌtaremos a citar mais adiante.

Essencialmente a cooperativa é uma instituição de paúiculares que, suprímindo o intermediário na transaegáo, utiliza o lucro em benefício dos associados.Vendendo aos associados- no caso das cooperativas de

(") Segundo J, A, Pimenta (iz <<Memoria Historica), 1886). (') Nascido em Damã0, a 3-IX-1883, estê doutrinâdor cooperativista e antigo ministro da Instrução Públicã, faleceu, em Lisìoa, a- 24-Ì-1969

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AS COOPERATIVASI,OCAIS consumo- os géneros âdquiridos por grosso e ao menor pïeço, permite a sua âquisição (compras seÌeccionadas) ccm a garantia de se tratar de artigos de boa quaÌidade e sem defraudamento no peso. Vendidos :ro preço do mercado, o Ìucro fica na caìxa da cooperativa, em benefício dos associados,sendo poÌ' estes distribuÍdo (após encerladas as corrtas da Administragão), como bónus de consumo,na propolção das compras de câda um (bonificaçáo). Certa parte do lucro anual poderá ser destinadâ a benefíciosprevistos nos Estatutos (assistênciamédìca,por exemplo,ou fins cuÌturais) e ao reforço do fundo de leserva (para aumento do movimento da Cooperativa ou novos investimentos). Estas associaçõesde consumidores podem ser, com umâ actividade interJigada e devidamente coordenada, um travão aos constantes aumentos de preço dos produtos e o flageÌo d.osintermerl,úírios que enxameiam o ciclo normal do comércio, tomando, não raras vezes, a pârte do Ìeão na competigão Ìucrativa. Com a criação da <LINICOOPE> -União Cooperativista Abastecedora, S. A. R. L. -, organisrno coordenador do movimento cooperativo em PortugaÌ, este parece ter voltado a animar. EÌa terá, pelo menos, posto já um dique, através dos seus meios de propaganda e de uma accão de competente esclarecimento, ao declínio das actividades destas organizâções,que são, aetuaÌmente, cerca de centena e meia no nosso País (referimo-nos só às de Consumo), das quais perto de metade são cooperativas de empresa. A <UNICOOPE>, com sede em Lisboa, foi fundada em 1955, âgrupando a maior parte das cooperativas de consumo do País, que integram mais de 70 miì famíÌias, com um movimento de consumo de cerca de 300 mil contos anuais. É, desde1971,menbro da Aìiança CooperativaInternacional, por decisãodo seu Comité Executivo. Anotamos, seguidâmente,as actuais cooperativas de consumo do Barreiro: SOCIEDADE COOPERATIVA OPERÁRIA BARREIRENSE. (Data oficial da fundação: 19-I-1912)-Sede: Rua dr. Eusébìo Leão, n."" 11 a 19-A-BARREIRO.-FiÌiada na <UNICOOPE,. Foi pouco mais de um mês depois da impìantação da República no nosso País, como documentaremosa seguir, que um grupo de indivíduos per:tencentesà antiga Associação de Classe dos Operários Corticeiros do Barreiro resolveu constituir uma cooperativa de consumo, para o fornecimento de... túb(rcoe põo aos seus associados.Assim consta da Acta N." 1


l O BARREIROCONTEMPORÂNEO que se ìhe das AssembÌeias Gerais, documento este que, com outras actas encontranseguem,foi, providencialmente,mandado encadetnar,há.anos, do-seolivroaindaembomestadodeconselvaçáonogakrinetedaDirecçáo desta colectividade. Reproduzimo-lo textualmente : pela <Act N." 1- Aos 13 rJiasdo mez de Noaembro tle 1910, reuniu pri,meira aez os soci'osd'esta cooperatíaa, na sala cla Asso,ciaçã'odos opecomo rari.os corti'ceit'os do Ba,meiro enl numero de 20 üssociados' tentlo MaJosé cidadãos os secretarios ltresidente o C Larlão Domìngos Pablo, ria Al'es p Felìt Pei,tolo,lhesouteìro. presid'ente Aberta a sess(r'oas 7,30 da noite, f ctì üto pelo cidotl'õo que, o fim r|'estareunião, et'a entre todos os soci'osestudarem o meìo maís Loupratico ct'einiciatmos os ??ossost'rabalh'os'Pediu a paluaru o citlct'tlõ"o que túo recebendo quotas se das ,inho, qu" alttitt"a que as ì'mporto'ncìas em tabaco 1:taraalgutu socios que fumam ió' darem algum "*pr"gr"*o cictruLão "n João José da Frrustina, aluitra que se deuem Tuntar enterisse. ser tabaco' O uns 80:000 r. para princi'piar cc'tmmaís alg uma coìsa sem Fetir Pei'roto a\ut'tra, p(rra' no caso tle concordarem' o mellzr'ffserio cid,ad,ã,o quota' que os 30 sociosiri inscriptos, entrüsseln com 1:000 r' alem tla su(L AuLuiz cirkdão r' O à que até uo fi'm do ano pert'azi'aum total de 8/r:000 prinmt's a e dÌz que tud'o estó' muíto bem, gisto Patricío ped,ea'ÌJúlcL1)ra. principiar era pelo pão; em t:ista de ltaaer umu por d'eaia ond'e ihltt coíro pratico na materì'a, punha ao diselle como ,oro qu" talaez ttos con'u-i'esse' não exìg tru)'ojuro alç1unz'pronr', a quantiu de 50:000 por ía socì'erlad.e e posta teficontlo-se (r repüro'r no trabalho cle paiLeiro' Est'a of erta uma que nomeatla pelo ficr'tu' a approtação é appro'uado 'por unanimülatle, Felin Ahtes e co*irraro io*porii p"tot citlad'ãosLuiz Patúcio, José Matin dar conta tlo seguinte no tl'in e Peixoto, para entt'eaistar o 'proprietari'o por presidente o qua,nto e:rpõe ci.d,atl,õ.o fim o seu manãuto ò, assemblêL,. e enercom stnr:erklade isto é uti.L e serio e pede Tturaque todos cooperenl nada mais h'aaendo este bom empreenrlint'entr't'Não gia' Tnra Ler:a, a "oboa sessãoàs g horo's tlo' noite' - Barrei'ro' 13 de Noâ tiato, enserrouse uembro de 7970'> que também se nota Não se encontra assrnado este documento, faÌta nas delibeconfiavam homens os mas na maioria dos que se ìhe seguem, d'os CorA Cooperatiua rações tomadas e isso era c que mais interessava' Operó'ria de Consumo Cooperatì"ua ti,ìeì,ros(o seu 1." nome foi Soci'ed'o'd'e 13 lt


LOCAIS -A.SCOíJPERATIVAS Barreirense) seria um facto. Pois partia-se da aenda d,o tabo,quinho e da cosedura d,e meia dúzia de scLcascLeÍarinha para se fundal uma associação que hoìe possui um património de alguns bons milhares de contos...

A sociedade Í:'frï:'i,i,u?#"'::;ï

Bat'reirense,

(Foto de José Trindade)

Elaborada a EscrÍtura a 19 de Janeiro de 1912, foram os seus primeiros Estatutos publicados no Di,úrio rlo Goaerno n." 48, de 28-II-1912. Seguiu-se, ainda no mesmo ano (AssembÌeia GeraÌ de 27-XI-1912), a aprovação do seu Reguìamento Interno, publicado a 20-III-1913. 135


I I

O BARREIROCONTEMPORÂNEO Até aqui (à parte alguns nomes da acta transcrita), apenas factos e dates, Recordemos,âgolà, os nomes dos pìone[ros. Na escritura da Cooperativa, outorgaram os seguintes indivíduos que, poï isso, devemos considerar seus fundadores: Joaquim Lobato Quintino, industrial corticeiro, Júlio Durand e José Maria Alves, empregados do comércio, e Belmiro Ptaça, Feliciano José dos Reis, João José Bravo, Joaquim Baltazar de Moura, Jacinto Ferreira, Joaquim Eduardo Lourinho e José Augusto Torres, todos operários e todos moradores no Barreiro, aos quais devemos, justamente, acrescentat os dois elementos que, com Josó Maria Alves, constituiram a Mesa da reunião de 13-XI-1910: Domingos Gomes Pablo (que foi registado corno Sócio n." 1) e FeÌix Martirrho Peixoto, ambos, também, opel'ár'ioscort iceiros. Quanto ao mencionado Regulamento Interno, a Comissão que o assiÌÌou erã constituída por: Joaquim Lobato Quintino, José Maria AÌves, Manuel Correia, F):ancisco Augusto da Silva, Celestino Alves Peixoto, Fernando Augusto e António Espírito Santo.

A Cooperativa esteve, iniciaÌmente, instalada na Rua do Cons Joaquim António cle Aguiar, em propriedade alugada, perto do popular <Largo do Casal>, aí montando a padaria, mais a venda de tabaco e, depois, cle vinhos. Logo em 1912 - os sócios seriam cerca de uma centena é resolvida a edificação de uma sede própria, começando-sepeÌa compra do respectivo terreÌ'Ìo, que é adquirido, em meados desse ano, na Rua dr' Eusébio Leão. Em Novembro tle 1913 é transferido o mobiliário para a novâ casa e esta inaugurada ainda com o 1.o andar em tosco, tendo demorado alguns anos o seu acabamento. A 28-XII-1913 era pela Assembleia Geral eleita a 1.' Direcção (como tal assim considerada), constituída por Joaquim Lobato Quintino, Belmiro Praça, José Maria AÌves, FeÌiciano José dos Reis, João Bravo, Josó Rodricges Corrêa e AÌexandre Soares' O períoilo da 1." Grande Guerra (1914-18) criou muitas dificuldades não só à Cooperativa, mas tamMm âos sócios... Eram reclamaçõessobre os géneros (já se montara o fornecimento de mercearias), era o atraso de quotas dos sócios, por desemprego, etc., e eram também não poucos desentendimentos por questões de administração entre os dirigentes.. ' Mas 136


LOCAIS AS COOPERATÌVAS à úlr%úforfu (e generosa) desLr Casa foi sempre Joaquim Quintino-(') (1873-1926), cujo retrato se destaca numa das suas salas, tendo feito singrar a Cooperativa (que, a 7-XII-1922, tinha novos Estatutos) num crescentee firme progresso("). A 11-IX-1927, inaugurava esta instituiçáo a sua Ììova padaria, em apropriada e ampla casa, onde ainda funciona, e já hoje mais modernizàdà, d.e acordo com as disposiçõesregulamentares oficiais. Posteriormenteà épocada 2.^ Guerra Mundial (1939-45),o já vaìioso património desta Cooperativa foi no;tàveÌmente aumentado. A sua sede é um belo e sólido edifício, em cujo 1." andar estão instalados,além de um vasto salão (onde já funcionou cinema...), os vários gabinetesdos colpos directivos e um bufete, uma dependência onde se encontra montado um laboratório para anáÌises de vinhos e azeites, e ainda uma Biblioteca (actuaÌmente encerrâdâ), com mais de 1 milhar de volumes, entre os quais vaìiosas enciclopédiase obras sobre formaqão profissional. No rés-do-chãofunciona um <<Auto-Serviço>, com secqão de Fânqueiro e, nas dependências rì-nexâs,iÌ pâdâria, a secção de vinhos (Adega) e o Armazém de Retém. Foi no período da Direcção da presidênciade Rogério Or:landoRocha Gândara ("), que esta instituição mandou construir e se tolnou proprietária de um prédio de rendimento de 6 pisos e cave, eÌevado no seu terreno anexo, com frente pala a Rua Salvador Corueia de Sá (n." 12 de lolícia). Começadoa construir em Outubro de 1964, estava concluído no Verão do ano seg:uinte. Es'ie prédio constitui a 1.,, fase de um amtricioso projecto que pode tornar esta Cooperativa umâ dâs mais fortes instituições do seu género no nossoPaís: a construçãono conjunto de toda a área de terreno que ocupa (incluída, portanto, Sede,a demolir) - mâis de 1000

(") Foi um destacado influente político loeal, natural do Barreiro, tendo assrÌmidü, em 1915, a pÌesidênciâ.da ComissãoExecutiva da C. M.8., e, por vários períodos, a sua vice-pÌesidência. (Época dâ 1.'República: 1910-26). (') No vasto saláo do 1,o ãndar desta Cooperâtiva estão colocados também os aetÌâtos de José Mariâ Alves e de Júlio Colica, que foram seus dedicados dirigentes, e ainda o do prof. dr. RaúÌ António Tamâgnini BâÌbosâ (18?8-1939), natural de Tomar, que foi um valoroso divulgador do Cooperativismo em Portugal. (") Presidiu aos destinos destâ Cooperâtiva durante 16 ânos (de 195b a 19?0).

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O BARREÌROCONTEMPORÂNEO metros quadrados- de quàtïo bìocosde moradias (1." já concluído,como referimos, e 2.' já iniciado) e um SupermercadoGigante no r'és-do-chão. A 6-V-1967, inaugurou esta Cooperativa uma sucutsal, também com na Rua D. José Cárcomo Lobo, n." 42, pat:a servir os "Auto-Serviço>, associadosda freguesia do Lavradio. Resta-nos anotar que o valor do património da Cooperatlva Operária Barreirense se situa actuaimente na ordem dos 7 miì contos, possuindo cerca de 600 associados. É seu gerente-comercialLuís Gonzaga,antigo profissionaÌ corticeiro, naturaÌ de Setúbal, tesoureiro da Direcção, da qual faz parte há mais de vinte anos. SOCIEDADE COOPERATIVA POPULAR BARREIRENSE (Fundada â 24-V-1913)-Sede: Rua D. Manuel I, n."' 64 a 66-ABARREIRO. - Filiada na <UNICOOPE,. Dez operários, todos ferroviários, foram os seus fundadores. Eis os seus nomes e profissões, taì como constam da escritura pública que, na data mencionada, eÌaborou JuÌião Rebocho, no desempenho do cargo de notário do Barreiro: <Saíbam quantos uirem esta escrituru pública cle societlad,e,que, send,oaos tinte e quatro dias do mez cle LIaío cle mil not:e' centos e treze, nesta, aila d'o Bttreito e armazém rla firma Fernandes & Lopes, ontle eu, notário, por ser cltamado, ui'm; aqui foram presentes: da Luz, José da Luz, José Teodoro Cario, Miguel Antón i'o Simões, J ctd.c,t António Lopes, todos sena\heiros; Franci'sco F ernanrles, to. ne'íro; Manuel Taaares, f eneü'o; João António d"oCarmo, esto ador; Raul da Silua, cal' d,eireiro e Maruel tlas Neaes Salgado, cald'ei'reiro, todos cusados e resid,entes nesta t:ila do Baneiro, bem meus conhecidos pelos pró' príos (. ..) > (') . E assim sulgiu a Sociedadeâ que os interessadosderam o nome de Cooperat'iaa P opular B an' eìr ense. Na origem da sua criação esteve a náo conformidade destes ferroviários (e de outros, que se lhes seguiram) com os pleços dos géneros

(") O único dos fundadoÌes, âinda vivo, deste inicial grupo de dez, é Antônio Lopes, já octogenálio.

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AS COOPERATIVASLOCAIS que a Cooperâtiva locâl dos Caminhos de Ferro vendia e arnda o propósito de agregarem à nova cooperativa o fabrico de pão (s). Por quatro casas,sucessivamentee bem diferentes umas das outras, funcionou esta Cooperativa, até dispor de sede própria. A primeira (já

A sette da t

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muito aÌterada) estava situada na Rua Marquês de PombaÌ, perto da Travessa do Leão, onde dispunha de forno pâra cozer o pão. Poucos anos depois,mudou-sepa1'auma casa de extensofundo, mas de frente estreita,

(') Segundo esclarecido depoimento que l.ecoÌhêmos de Luis Augusto Soares, antigo operátio (caÌpinteiÌo) das Oficinas Gerais dos C. F, S. S. e militante sindical, naÍural de ÉvoÌa, que trâbalhou, aÌgum tempo, com outros seus camaradâs, nesta cooperativa.

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO que tem actuâÌmente o n.. 16 da Rua José ReÌvas (u). Desta passou,depois, para umà outra câsà, na Travessa da Graça (Bairlo de S. Francisco), com ser:ventia para a Rua José Relvas, em frente do popular Largo do RonLpana. A seguir, pâssou a ocupaï âs instalações de um estabelecimento de mercearia, na RuzLD. Manuel I ('"), donde, finalmente, transitou, em 1939, para sêde própria (a actuaÌ), por compra do respectivo edifício. A aquisição deste prédio (que tinha, entáo, os n."" 52 e 54 da ex-Rua Miguel Bombarda), lesultou de uma deìiberação da Assembleia GeraÌ da S. C. PopuÌar Barreirense, realizada em 28-VII-1938, aprovando à compta da dita propriedade,compostado rés-do-chão,1." andar, quintaÌ e dependências, à Sociedade Industrial do Bonfim, Lda., pela quantia de 60 contos. Na esclitula respectiva, representou a Popular o presidente da sua Dírecçáo, Jaime Higino Lírio (já falecido)' Adquirido o prédio em Agosto de 1938, a sua ocupação,após as obras de adaptaçãoque lhe foram introduzidas, efectuou-seno ano seguinte, como acima deixámos dìto

Por força de vários condicionalismos...esta Cooperativa funcionou à noite, nos seus primeiros tempos' Eram os próprios associados (alguns cìetesauxiÌiaclos pelos filhos menores) que. então, ali trabaìhavam de caixeiros, e outros nas contas, substituindo-se por períodos geralmente mensais. Com a entrada de mais alguns sócios, 1á foram sendo vencidas as maiores dificultlades em manter o interesse de todos na Organização' E não se pode minimizar o facto de a existência da outra Cooperativa Ìocal,

(5) Durânte algììns ânos, estâ Cooperativa fabricou o pão nâs instalâqões dâ padalia que funcionou no edifício onde está situado hoje o Câfé-RestauÌântê (Fârol)) (ântigo (Fiesia))), na Rua D. Manuel I. (1') Tem actualmente os n."" 12-A e 12-8. Iroi das primeirâs mercearias da eÍ-Ruâ Miguel Bombarala, integrada nesse pródio que era do industriâl de pânificação Magalhães (há muito falecido). O êstabelecimento passou, depois, a Lucídio de Carvâlho, que também já faleceu, e todâ a. propriedade foi, então, aÌrematada, em praçâ, rro Tribunal do Montijo, por José dos Sal.Ìtos (CllxLmbeiro), peÌtencendo hoje a seus herd€iros. Dêpois de a Cooperativa Populâl teÌ ocupâdo as instalaçõe5 dessa metceaÌiâ, voltou a loja ao mesmo lamo de coméÌcio, âgora explorado por Alberto António Lameiras.

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LOCAÌS AS COOPERATIVAS a <Operár'ia>,ampalada a rima associaçãode cÌassede forte acçãoleivindicativa, ter também afectado, Ìalgos anos, a maior expansão dà .<Popular>. Efectivamente esta nascera isolada, isto é, desunida de associação já existente e, na cooperaçáoé muito import:rnte - segundo temos por bem compreendido apror.eitar-se a união com uma coìectividade já formadâ, como aquela estava, no sentido de a orientar em trabalho de conjunto, embora mantendo sua auto'nomia financeira e responszìbilidade própria. Mas a decidid:,r vontade de alguns homens em mantel a sua Cooperativa, foi, contudo, extraordinária. Basta dizer-se que, ainda em 1932, experimentadosjá períodosbons e maus da sua existência (e, então, instalada na casa da Travessa cla Graça), ao faÌecimento de Manuel Tavâres, um dos seus fundadoles e dedicado dirigente, cujo retrato (com o de outros abnegadoscooperativistas,como,por exemplo,Laureano Cambalacho) se recorda nas salas da <Popular>, tinha esta Cooperativa 16 sócios apenas! Pois da dedicação de poucos e da sua esperaÌìça em melhores dias - <<âesperançavâle màis do que a realidade>, escreveu,certa vez, Alexandre Herculano- resuÌta, hoje, uma Obra que é a satisfação de muitos.

Desde 1963, ano em que compÌetou meio sécuÌo de existência, a Sociedade Cooperativa Popular Barreìrense vem experimentando - após os longos anos da sua modesta actividade - uma interessante fase de crescimento. Em Maio desse ano, foi digna e festivamente comemorado o seu signiflcativo anivelsário, tlazendo, por essâ altura, ao Barreiro, quaÌificados representantes do meio cooperativista lacional, que expusetam aqui o seu pensamento sobre os fins económico-sociaisdo Cooperativismo e os problemas decorrentesda sua evoluçáono vasto campo da economia(1r).

(") Quer para conferências, quêr parâ participação em <Mesas Redondas)), tem esta, Cooperativa promovido a vinda ao Barreiro, nestes últimos anos, dos destacados coopeÌativistas pÌof, Fernando Dias Agudo, eng.' Vasco de Carvalho, Alfredo Canana, Eugénio Mota, Carlos Bâptista, Fernando Mateus, Bento Gonçalves e dÌ. Faustino Cordeiro.

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CONTEMPORÀNEO O B.A.RREÌRO Depois de montado um muito completo uAuto-Serviço>nâ sua sede, est:r Coopelativa abriu duas suculsars: - em 1965,no Bairlo da Quinta da Lomba (Rua de Goa, 82-86); 1968, em Santo António da Charneca (Rua Manuel Martins -em GomesJr.. n."" 10-12). (Ambas as instalaçõestomadas de rendtr). A sua Comissão Culturaì teve, nestes úÌtimos anos, uma actividade digna de registo, na dilecgáo da Secçáo Bibliotecária, dividida por três postos (sede e suas cluas sucursais). Celca de 1300 volumes e umâs 10 assinatulas periódicas de jolnais e revistas eram os que se registavam ültimamente. Na Sucursal cÌa Quintir da Lomba - era então presidente da Direcção da uPopuÌar> Mariano de Menezes dos Santos Soares, inspector, aposentacìoda C. P. - criou-se em Fevereiro de 1968 um jardim-escoÌa'onde 24 crianças de ambos os sexos (fiÌhos de sócios) se inicialam nas pïimeiras letras. Idades dos 3 aos 6 anos.Encargo para as famílias: propina mensal de 50 escudos.Também se iniciou aÌi um curso de educaçãode aduÌtos (4 aulas por semana), constituindo o corpo docentesócioshabiìitados, em prestação graciosa do ensino.

Mântendo a tradição do folnecimento de pão aos seus associados e por ter deixado de dispor de instaÌaçáo de fabrico, foi consertado entre esta Coopelativâ e suas congéneres de Almada, Alhos Vedros e Seixal, a folmação de uma scciedadepara produção e distribuição de pãÓ e produtos afins aos associados, constituindo-se, então, a <SULCOOPE> (Cooperativa dos Consumidoresde Pão), cuja fábríca, que importou em mals de 2200 contos, foi construída na Quinta do Outeilo, no Seixal. O emprésiimo para esse fim, contraído pelas cooperativas associadas,já se encontra Ìiquidado.

A SociedadeCooperativa Popular Barreirense, cujos Estatutos datam da sua fundação, aguardancÌ0, dentro de breve tempo, aprovação de várias disposiçõesque os actuaÌizam,tem actuaÌmentemais de 1000 sócios (sede 1/t2


AS COOPERATIVAS LOCAÌS

e sucursais). É seu gerente-comercial Manuel Mzrltins Junior, ferroviário aposentado,da C. P., natural de S. Brás de AlporteÌ, antigo presidente (durante catorze ânos) desta instituição cooperativista, a cujo património, constituído pelo edifício da sede com seus anexos, situado em artéria pública que muito o valoriza, se junta, ainda, um Ìote de terreno, pr'óximo do Estádio D. Manuel de MeÌo, destinado a urbanização, já aprovada. Também valioso, portanto. 2O-xI-7|77, estas duas NOI'A-Em barreirenses foÌam visitadas "oop"ruti,r.s(A.C.I.), pelo presidente da Aliança Cooperativa Internacional dr. Maudtz Bonow, que era acompanhado do presidente dâ Assembleiâ Geral da (UNICOOPE), J. M. Dourado Mendes e por outros dirigentes desta Organização, sendo recebidos pelos membros das respectivas direcções, que patentearam âo üsitânte os selviços e actividades que nelas se processam, incluso nas filiais das mesmas coopeÌâtivas, trocando-se diveÌsas impressões quanto dos Ìumos do futuao do sistema coopeÌativista.

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CSPÍTULO X

A ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BARREIRO A organizaçãocorporatiua Uma uidn noua de direi,tose d,eaeres d,asclassessociais Pela Constituição aprovada por plebiscito nacional em 19 de Março de 1933 e entrada em vigor em 11 de Abril do mesmo ano, o Estado Português era definido, no seu artigo 5.', por <Reyú,blì,cauníüirín e corporatioa>. Depois das impoúaltes alterações aprovadas na Assembleia Nacional, em 1971, o, artigo 5." estabelece que <o E stad.oPortuguês é uni,tdri,o, pod,end,ocotnpreenLer reg'iões autónomns com organizaçõ,o potíti,co-arlmiwistratiuo, odequoi,a à sun si.tuaçõ,ogeogrúfica e à,s cond,.içõesdo' respecti,uo meio social>, definindo-se, no princípio do seu ! 1.o,que <d fo,r'ma d,o regime é a República corporatiua (...) ('). Naquele ano de 1933, a 23 de Setembro, foram publicados pelo GoveÌ"no os primeiros diplomas básicos quq além da própria Constituição, passavâm a regular o regime corporativo: Decreto-Lei n." 23 048-Es-

(1) As alteraçõês intÌoduzidas à Constituição Potítica da República Portuguesa, na revisão de 1971, foÌam promulgadas peÌâ Lêi n.o 3/71, em suplemento ao Diátio do Gol,erno \," 192, de 16-VIII-197í, e a, íova publicação, ãchralizada,do referido Diplomâ, foi inserida nu diário oficial n." 198, 1.'série, de 23-VIII-1971.

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O BARREÌRO CONTEIIPORÀNEO ttttuto tlo Trabt"lh,oN acionul, organizando os indivíduos, a Nação e o Estâdo ì'Ìosaspectoseconómicoe social, definindo os direitos da propriedade, do capitaÌ e do trabalho em regime de coopelaqãoeconómicae soìidariedade, regulando o trabaÌÌro das muÌheles e dos menores e determinando os princípios fundamentais da org:rnizaçáo colporativa; o Decreto-Lei n.' 23 049, instituindo os grémios, olganizações de entidades patronais agrupadas segundoas afinidades dos respectivoscomérciosou indústrias; o Decreto-Lei n.' 23 050, instituindo os sinclicatosnacionais, olganismos de indivíduos que exercem :Ì mesma profissáo Ìivle ou que tlabaìham por conta de outrem; o Decreto-Lei n." 23051, instituindo as casas do poao nas freguesiasrurais com fins de previdência,assistência,instrução e proglessos locais e, mais tarde, os de lepresentaçãoprofissional; o Decreto-Lei Ìì." 23 052, autorizando o Governo â promover a construção de casas económ'ícas em colaboraçãocom as câmaras municipais, corporaçõesâdministrativas e olganismos corpoïàtivos; e o Decreto-Lei n.' 23 053, criaÌldo o Instituto Nacionul do Traballt.o, palra assegurâr a execução das ìeis de protecçãoao trabalho e as demais de carácter sociaì. A causa dos tlabaÌhadores que, desde recuados tempos, carecia de estudos e providências mais profundos, a organizaçãodas suas próprias classes,que Ììurìcase fizela em telmos de asseguraroldeiramente a cooperaçáo com os rest:rntes factoles da Produção, ia ser revista e estruturada em novos moldes.A propósito, e pol essetempo, uma declalaçãodo Prof. dr. Oliveira Salazar havia sido serena mas firmemente feita: uNós queremos ir na sa,tísfuçãodas reiuindicações operdrias, d entro da ordem, da justiça e do equilíbrio mLcionul, até onde nã.o foram capazes d'e ir outros que prom,etercL'm cltegar até ao fim.> (') .

(?) ConÌ o objeclivo de ftusttar a marcha da Organização Cotpor'ativa, iniciada em Setembro de 1933, com a publicação dos primeiros decretos-leis que a definiam e estÌuturavam, as foÌças da III Internacional (Moscovo) fomentaram uma agitação revolucionária em vários pontos do País, que dcvia ecìodir na Ínadrugada de 18 para 19 de Janeiro de 1934, a seguir a uma gleve geral, que aboúou, apenâs se registando greves parciais de operários em Silves, Àlmada e Marinha Grande. Alguns atentados terroristas ocorÌeÌam ainda nessa ocasiáo em Lisboa, Póvoa de Santa Iria, Braga e Coimbra e um deles tâmìóm no Barreiro, com o lanqamento de uma bomba, cerca dâs 21 horas da noite de 18, uma quinta-feira, no Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral, por essa época o .Rossz'oÌocal. O mortífeÌo engenho (de uma porção de bomlas fabricadas em AÌmada e aqui distlibuídas) foi Ìançado da esquina da Rua Dr'. Eusébio Leão para a ex-Rua AÌmilânte Reis (actual Rua do ConselheiroSerÌa e Moura), I !+(j


A ORGANÌZAÇÁO S1NDICALNO BARREIRO A perto de quarenta anos de distância, aquilata-se meÌhor o vaÌor e a profundidade da asserçáo. Mas algumas esperânças sempre haviam de f inr t .

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Uma grande parte da massa operária do Barreiro, ainda influenciada peÌo ambiente de reivindicação em que viviam as suas associações de classe (com servidores do Estado -os ferroviários das suas ìinhas agrupados em sÍndicttto), r'ecebeua promulgação da OrganizaçãoCorporativa com desconfiança e até com certo ar de surda hostiÌidade. Esperar o contrário seria estultícia... As antigas associaçõesestavam agora, porém, inertes, pràticamente abandonadas não só por falta dos seus mâis destacados mentores (uns voluntária, outros forçadamente afastados) que promas também por carência d.z base legal - o direito à glevepiciava as suas manifestações, férteis em plejuízos de ordem moraÌ e materiaÌ. Mas táo certo como a uma acção colresponder normalmente uma reacção, havia também um certo número de indivíduos das classes laboriosas do Barreilo que nío úlinhararn com os outros elementos já <gastos> nem deles tinham leceio. Sucederam Ì.nesmo defecções de reÌativo vaÌor nas fiÌeiras mais ortodoxas daqueles e todos esseselementos Ì'Ìão târdaram a manifestar o seu interesse pela nova ordem de coisas, confiados na radicação e nos estímulos vitais do corporativismo. Um apreciável núcleo tinha-se aglupado e havia fundado, em 15 de Julho de 1937, a DeIegação do Bamei,ro du Liga Nucional 28 rLe Maict, cuja sede funcionou

rebentando nas pedras de basaÌto da faixa centraÌ da rua, em frente da Sociedade de Instrução e Recreio Barreiaense, tendo ficado feridos seis indivíduos: Manuel Joaquim Raposo, José Femandes Maltins, FrâÍÌcisco Cândido, Albano Penim, Albino dos Santos Lucas e João Fernandes Júnior, quase todos operários, uns que passâvam e outros que âli estâvam, em grupor â conversar, tr'oram seguidamente tratados nos hospitais. O bomlista fora um corticeiro, João Montes, o <João Caldeireiror, nâtural de Silves, que agira de conivência com AbíÌio GonçâÌves, o (GarradasD, tâmbém coúiceiÌo, tendo sido ambos presos, o úÌtimo no dia 20 do mesmo mês, em Alhos Vedros, e o primeiro, no diâ seguinte, quando tÌansitava na estrada de AÌcácer do Sal para Grândola. EmboÌâ nesta viÌa fossem distribuídas proclamâçõesde incitamento à greve geral, os operários locâis não âbândonarâm o trabaÌho.


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO na Tr'âvessâda Figueira n" 12. Era esta constituída por operár'iose tla(Náo nos balhadores de uma dedicaçãototaÌ à situaçáo então vigente' pol celto não e recorcÌa,com efeito, de havel na sua massa associativ:r o houve nos seus dirigentesl- um só elementopatronal)' Dessesoperários, emplegacìosde escritório e trabalhadores partiu logo, desde Setembro de 1933, a major propaganda das novas leis' E com que dedicação e coragem o fizeram nos seus meiosl ('). Um jornaÌ que muito útil se tornou na di{usão da doutrina corporativa foi o semanário local O Poro do Baneiro, que âos estudos sociais dedicou muitas das suas coìunas. A propaganda sindicaì comeqouentão a frutificar, constituindo-se,em b'reve tempo, comissõesorganizadolas prodos novos organismos col'porativos, dentro das próprias massas dos País orgaa fissionais. Certo que não foi o Barreiro o primeiro centro do muitos obreiros' seus os que enquadrar iriam nacionais, nizar os sindicatos pois em 31 de Dezembro de 1933 estavam já instituídos em vários pontos ãa Metrópole quinze dessesorganismos,mas tomou posição,com celteza' entre as primeiras três dezenas.Logo em 22 de Marqo de 1934, numa sessão de propaganda do Estado Corporativo, realizada aa deÌegaçáo local da Liga Nacional 28 de Maio, asseveravaum dos oradores: <Ufarena,mo-nosd.e conseguir que, num(L terrí que muitos classíficauam de dos corporatiao sindicato o belde, sejam inaugwarlos 'muito breaemente ' Outro operário clescarrega.dores(le terra' e ma/r e o cJ,aclassecorti'cei'ra!>> rlo do Barrreiro, no uso da palavra, afirmava ÍÌessa ocasião: <As obras E stad,oNouo estão patentes! O esforço inatuli'to do Goterno rleue ser commas que esto,seja de tontode, pois pensad,ocom a nossa coad"iuuaçõ'o' por mim d"arei a mi'nJru quata-parte para que este <jardim à beira-mur plontadn> si'rua cle bússola o torl'o o Mundo!>' Cerca de quatro meses depois, confirmava-se o desejado ::emate dos trabaìhos eneetadosnaquele sentido: a 15 de Julho de 1934 eram festiva-

(ï Aqui recotdamos os nomes de alguns dos mais activos eÌementos dirigentes Rodrigues de Sousa' dessa Delegalão: Joaquim Francisco de Almeida Oliveira, Tiago sendo o úliimo' Ferreira' Soares Porfírio e AotOnio de OliveiÌa -q.ntónlo Fiancisco, da Metalúrgicas Oficinas (Encarregado das vivo actualmente de todos estes, o único que era chefe de Sousa' Tiago a já aposentado). anos Quanto alguns há C.U.F., q:ue'?or motitos eÏclúsidos porieiros'das iábricas dn C.U.F.' nestâ vilâ, recol'da-se por um operário daqueìâ selviço, no seu tiÌo' â foi agredido 'uam'ente ?)t'ofissionois, Emptesa. a 11-V-1943, vindo a faÌecer em Lisboa, tr'ès dias depois'

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A ORGANIZAÇÃO SÌNDÌCAL NO BARREIRO mente inàuguïados os dois primeiros sindicatos nacionais com sede no Barreiro: o Síruiicato Nacional dos Desca,rregudoresde Mar e Tema do Distrito d,e Setúbal e o S. N. dos Operúüos cla Indústria Corticeira do Distrito de Setúbal, sendo aqueÌe o que primeiro teve o alvará. Acedendo ao convite das comissõesorganizadoras, veio negse dia a esta vila o Subsecretário de Estado das Corporações, Dr. Pedro Teotónio Pereira, acompanhado de vários funcionár'ios superiores do Instituto Nacional do TtabaÌho, tendo recebido as saud:rções de boas-virrdas no SaÌão Nobre dos Paços do Conceìho, após o que presidiu à inauguraçáo das sedes dos dois sindicatos, respectivamentena Rua Miguel Pais, n.' 15, e na Praça da RepúbÌica (actual Praça de Santa Cruz), n." 30. Logo no mês seguinte -- precisamente a 6 de Agosto - foi iniciada a propaganda para a sindicalizaçáo corlporativa da classe ferroviária do SuÌ e Sueste, com uma proclamação distribuída à linha, cujo principal impulsionador foi um empregado principaÌ rÌe escritório da Estação do Barreiro, Mateus Gregório da Cruz, natural de Faro e então residente nesta viÌa. Em pouco ternpo havia folmado a comissão organizadora, que ficou co'nstituída pelos seguint:s ferroviários: Ma,teus Gregório da Crnz, ManueÌ Rodrigues, Anselmo Lopes, Voltaire Flórido Nuno, Francisco António Bexiga, José Fernandes Tavares, Domingos Medeiros Júnior, César ViÌeÌa Rodrigues, Lino José Cardoso, Tomás Fer-nandes de Calheiros da Gama, António Duarte, António Manuel Maurício, José Tavares Rebelo, Jorge AÌves Pedroso e Alfredo José GasparEsta comissão instaÌara os seus serviços na Rua Miguel Bornbarda (actual Rua D. ManueÌ I), n." 35 (um primeiro andar), onde atendia todas as noites os felroviários. Em 1 de Janeiro de 1935, saía em Lisboa o primeiro número (compcsto e impresso no, Barreiro) da Vitla Ferroaiciria (n), com o lema <Tudo pela Classe; nada contla a Classe>,propriedade das comissõesorganizadoras dos Sindicatos Nacionais dos Ferroviários de Portugal, que ia publicando artigos e reiatos sobre os trabaÌhos preparatóriog da nova organizagáo sindical da cÌasse. Entretanto, havia que aguardar a regulamentação especial a que obedeceria a sindicalização dos ferroviários, categoria profissionaÌ das mais importantes e das mais numerÕsâsdo País. Foi a Lei n." 1908,apro-

(1) Tinhâ como editor ArnaÌdo Fernando Durães e a redacção e âdministraçáo funcionavam na Rua do CovÌvento da EncaÌnação, r,." 43, 2,", em Ì,isboâ.

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O BARREIROCONTE}ÍPORÂNEO VadapelaAssembleiaNacionalernlsde}I:rr'çodel9SS,queVeloestada cÌasse' beìecer,então, as bases da organizaçáocorporativa de Junho de 1935Três meses após a pubÌicaçáodessaìei - a 15 N acional dos Fereram aprovados pìr alvará os Estatutos do Sintlicato roai(Lríosd,oSuttlePol.tugul(Pessoald'oMoaimento,Trcçõ.o,Vìaeobl'as pleparatór'ios' as adeSìrlllo, Regionuis). Nos dez meses de tlabalhos da Comissão "instalações sões tinham atingido o númelo de oitocentas As logo sindicato' do novo Olganizadora transforrnatam-se entáo ern sede pols tudo irìa fazer-se paÏa que ela ficasse em aoiald""odu prouisória, -ittstaÌada no edifício do antigo sindicato (<Casa dos Ferrobrev" te-po coÌegasconseguÌram' viários>), o que Mateus Gregório da Cruz e seus camaradas do novo Organismo' com -- o apoio de tocÌosos seus sindicato teve depois lugal a 17 de Nocìeste A inuugu"nçáo oficiaÌ por Mateus da a comissãoadministlativa presidida vembro de ig3f," "odo Subsecretário Cruz, vindo ao Barreiro, nesse dia, em representação c1oI' N T' P' ãu* ôo"porrçõ.., o eng'" Botelho Neves, secretário-geral p.*"'.'t"ta-bé-oChefedoDistritodeSetúba],capitãoFranciscoLuís (Já ambos faleceram há muito)' Supico. -', de largas cenFoi ,- extr:rordinário tlia de festa e confratelnizaçáo de Lisboa distritos dos nacionais tenas de trabalhadores dos sindicatos sido tinham não e cle Setúbal, pois que os fenÕviáÌios do Sul e Sueste uma encheu e bandeiras avaros nos convites. Um coltejo de estandartes Barleiro-A à sededo Estação da Bombalda, t on pu"tu da Rua Migueì -dode música do Ateneu banda Sindicato a lnâugurar, conì a preseÌ.Ìçada FerroviáriocìeLisboa.Àcerimóniapresidiuoeng."RauÌrlaCostaCou(também secretálio-gelaÌ do Ministério das Obras PúbÌicas u""orl, salva quaÌ' uma pasta' de o "rltao do tituÌar desta ;á faíecicÌo)em lepresentaçáo NatáÌia Dias TavâÌ'es(")' ãe p.utu que lhe foi apresentadapela menina os habituais àhouu .o- que abriu a porta da sede' seguindo-se pelas o cottejo " seguida' "ii-u confirmatórios em da inauguração' DesfiÌou' actos lespectÌVã a Ìugâr teve luas da viÌa, em direcçáo ao Cinema.Teatr.o,onde

d-eBoliqueime' secre(5) FiÌha de José Fernandes Tâvâres (1884-1954)' naturâl esclarecido profissionâÌ um e sinilicato novo do tário da Comissão AdministÌativa Filologiâ Românica' em FoÌmadà Trens de do Serviço qo" foi sulinspector clue ocupou na Câmara " "ofto, Dias Tavares de Castro foi a primeira senhoÌâ i, ri"iatl" única), o que sucedeunos a (e agoÌa âté clo Barreiro o caago de vereailora úr"i"fpl Alfredo da Silvâ' e Comercial IndustÌial EscoÌa da professora anos de tg55 a 1959. Foi

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SINDÌCAL NO BARREIRO A ORGANIZAÇÃO sessão soìene. Facto significativo que peÌa primeira vez se registava, foi o de o Conselho de Administração da C. P. ter enviado um seu representante, com a missão simpática de se associarà festa que se reaÌizava.Foi ele o, então, brigadeiro Raul Esteves (1878-1955)que no meio ferroviário local era uma individuaìidade admirada e respeitada e cujo discurso proferido,nessa ocasião,nâ <Casados Ferroviários>, foi dos mais aplaudidos, em louvor dos profissionais dos Caminhos de Ferlo. Este primeiro sindicatc, dos ferroviários do SuÌ de Portugal iria sel dirigido por Mateus da Cruz, que foi um trabalhador incansável (e nem sempre bem compreendido) na defesa dos interesses dos seus camaradas, durante 14 anos, pois deixou a sua presidênciaa, 14 de Maio de 1949'

Um segundo sindicato da classe ferroviária, englobando outras categorias de trabalhadores, er:r fundado nesta vila no fim do ano de 1938, por interferência do presidente do Sindicato do Movimento, Mateus Gregório da Cruz, que fora, por essa altura, nomeado Ptocurador à Câmara Corporativa, pela Secção de Transportes. Foi esse novo organismo o ,S'inücato Nacional d,osFerrotsi.tírios d'o Sul de Portugal (Pessoal de Oficinas e Armazéns Gerais), com alvará datado de 31 de Dezembro de 1938, e que teve como primeiro presidente António Gornes Júnior, mestre das Oficinas Gerais dos C. F. S. S. (mais tarde vereador da C. M. B.), seguindo-seJhe depois como presidente, cargo que desempenhoudurante mais de vinte anos,João TnácioMartins í"). Os dois sindicatos encontram-se instalados na <Casa dos Ferroviários> (cuja propriedade a ambos pertence, legalmente, desde 1 de Junho de 1953). Em 1941 começara a ser pubìicado O Trabalho F errottiú'rio, jornal destes dois organismos(') .

(o) Foi agÌaciado, em 21 de Dezembro de 1966, com â medalhâ de ((Mérito Corporativon, em cerimónia aeâlizadâ na ÀdministÌação-Geral da C. P. (?) V. (O BARREIRO CONTEMPORÂNEO)) - II - Mârtê - Á Imprensq. Itr


O BARREIROCONTEMPORÂNEO No ano seguinte (em Abril de 7942), estes sindicatos tinham concluído o pagamento da dÍvida (178 miÌ escudos)que onerâva a <Casados Felroviários> do tempo dos seus antigos dirigentes. Das nossasanotaçõesdessaépoca,destaca-seainda a que recoÌ'dauma importante jornada da vida do Sindicato do Movimento, na quaÌ nos foi dado o plazer de tomar parte, embora desluzida,e que entendemos,porém, não deixar de citar. Foi a que se efectuou,já na <Casados Ferroviários>, ampliada com umâ nova ala, a poente, constituída por um ìongo saÌão e gabinetes (que veio meÌhorar muito aquela sede sindicaÌ e, por reflexo, as instalaçõesdo Cinema-Teatro), no dia 14 de Junho de 1942- jornada essa que teve corno motivo principal a homenagem da Direcção deste Sindicato ao Presidente da República. Nesse dia foram ali inaugulados uma aula profissionaÌ para pessoaÌde Estação, coÌn o nome de <Eng." Lima Henriques>, e um consuÌtório médico-dentário de assistênciaa todos os sócios do sindicato e seus familiares, sendo também descelrados os retratos do general óscar Calmona, do dr. António de OÌiveira Salazar, do dr. Trigo de Negreiros, do dr. Teotónio Pereira, do dr. Manuel RebeÌo de Andrade, do dr. António Barreilos Cardoso (então GovernadorCiviì de Setúba.Ì),do dr. Júdice da Costa (que era o delegadodo I. N. T. P. em Setúbal), do eng." Álvaro de Lima Henliques e dos, à data já falecidos, eng'" Botelho Neves e drs. Miranda da Rocha e Miguel António de Sá e Melo Moreira, estes dois últimos assistentesdo I. N. T. P. Para a lecepção às entidades convidadas,organizata-se um coúejo em que tomaram parte pala cima de 2500 pêssoas,que desfilou perante uma tribuna montada junto do Parque Municipal e ocupada peÌas personalidades visitantes e Ììumerosasautolidades locais e distritais. Foi um cortejo (formado ao Ìongo da Rua Miguel Pais) predominantementeacadémico, em que tomaram parte as crianças de todas as escolas do concelho - umas miÌ e quinhentas- , alunos de escolasem Lisboa e Associação Académica do Balreiro, CoÌégio Barreirense, escolas das Oficinas dos C. F. S. S., etc., e representaçõesdos clubes desportivos Ìocais, com seus atletas, Ì'Ìum conjunto magnífico.

Algumas palavras mâis sobre estes sindicatos tão ìntimamente ligadc-rsà vida do Barreiro. A necessidadeque os seus dirigentes sentiram de


.{ ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BARREÌRO fazer demonstrar aos reticentes que os novos organismos tinham voz sufi ciente para se fazerem ouvir e atender pela Fìmpresa a que estavam Ìigados, fezJhes desenvoÌver um esforço titânico (nem sempre suficientemente compensado) no sentido de obter várias regalias que tinham sido suspensas ou até abolidas, mas que eram justas, em benefício dos seus fiìiados e dos não fiÌiados, para os quais também afinaì trabalhavam. E com essesentido se partiu de um ponto de escâlâ muito baixo e fechado, vaìha a verdade. Mas se nem tudo se foi resolvendo da melhor forma, também aÌguma coisa de útil se obteve, e foi isso o bastante para fazer convencer uma parte da cÌasseque, isolados,os ferroviários nada conseguiriam,e que a sua união, nos Sindi catos Nacionais, se impunha, à luz de um outro ambiente que já não podia ser o que envolvia as suas actividades do passado,com desacreditados Emblema úo S. N. dos processosde ìuta que haviam saturado a própria Ferc'oriá.rios do Sut. de opinião pública, generalizando a toda uma cÌasse Portugal (Pessoal d.eOfìo inequietismo de alguns apenas. cinas e Armazéns Gerai' ). - O do Sindic{Lt\ O Barreiro reptesenta para o fomento da Nação, como se sabe, um dos seus meÌhores clo XIol)imento é igual, ,penas cotn a. substituitesouros, um dos seus mais sólidos piÌares. As yiío das iniciais P,O,A.C. suas massas de trabaÌhadores (deles destacamos por P. M. T. V. O. S. R. a classe operária) têm constantes anseios de dias (Pessoal d,o Mo1)ímento, Trens, Via e Obl'lrs e sempre melhores (a proximidade de Lisboa tem Seraiços Regionais) sua influência). É um objectivo fixo da sua vida, gravado no seu espírito, sempre a norteáJo. E tudo isso é legítimo, afinal. Mas do que se tornou, entáo, forçoso convencer os mais buìiçososfoi que, sem ordem e disciplina, não se podiam críar estabiÌidade q prosperidade de forma permanente, assegurada; sem o enquadramentofirme, estável,de todos, nos seusorganismosprofissionais, não seria possível obter, em volume e profundidade, melhorias de condições de trabaìho e maior bem-estar doméstico, famiÌiar, que era e é de todo o ponto justo proporcionar a quem produz. Esta foi a grande bataÌha travada peìos primeiros dirigentes sindicais do Barreiro no alvor do regime corporativo. DeÌ2 alguns êxitos foram colhidos - e essa batalha pro,sseguirá com o objectivo da maior perfeição nas reìações entre o Capital e TrabaÌho, sem que, todavia, se deva menos153


CONTEMPORÂNEO O B.A.RREIRO prezar ôu cercear certa acçáoreivindicadola que entendemosser Ìegítima da parte dos sindicatos nacionais, pois será, afinal, através dela, que os mesmossindlcatos poderão conquistar a plena confianqa dos seus associados, e o opelariado do Barreiro, que é, de um modo geral, evoÌuído,também pensa desszrforma.

Ambos os sindicatos, com vários empregados ao selviço, exercem assistênciade diversa natureza, aos sóciose seus famiìiares, a quaÌ devia ser, até, mais conhecida (em números e verbas) do que tem sìdo' Em especial o Sindicato das Oficinas dispendeu,anualmente, uma larga verba pâra compra de medicamentose pârâ outros auxílios âos seus associados, e foi este Organismo que manteve, alguns anos, escolas de preparaçáo técnica, dirigidas por técnicos-operários,com preparação adequada, as quais foram suprimidas só quando a C. P. tomou a seu cârgo esseensino nas próprias Oficinas. Na <Casa dos Ferloviários>, funcionou um Posto Médico da <União dos Sindicatos Ferroviários>, para assistênciaaos associados,compteendendo um consultório de esiomatoÌogiae outro de cÌínica geral, com um médico e uma médica para doençasde senhoras.Estes serviçospassaÌam, recentemente,para os Serviços Médicos das Caixas de Previdência,instaÌados em qualquer dos distritos que a área dos Sindicatos abranja. (Foi em 1966 que se criou a Caixa de Previdência e Abono de Família dos Ferroviários, com sede em Lisbo:r, e foi, a partir daí, que se intêgrou plenamente o lespectivo sector no regime geral da previdência, embora tal Organismo náo dispusesse,então, de Fundo de Assistênciasuficiente para assegurâr <a acgáoacessóri:re complementarda generaÌidadedas Caixas de Previdência>.Só a 18-IV-1970, um despachodo Secretário de Estado do Trabalho e Previdência, dr. Joaquim Dias da Silva Pinto, veio promover, através do Fundo Nacional de Abono de Família, as condiçõesfinanceiras necessáriasà referida Caixa, cujo Estatuto fora aprovado, por alvará de 14-III-1969, com início em 1de Maio do mesmo ano, para o aÌargamento da sua protecção sociaÌ aos ferroviários). No Barreiro, está em vias de instalaçáoum Posto Médico pala servir' os ferroviários (do Barreiro até Pinhal Novo), em dependênciasdo antigo 'Coimbra, cedida.speÌa C. P. Palácio do 154


A ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BÁRREIRO Referindo, ainda, outros serviços prestados por estes dois sindicatos, recordamos que, durante anos, manteve o Sindicato do Movimento, em várias épocas,cursos de Lavores, Corte e Costura (iniciados em 1944), para as muÌheres e fiÌhas dos associados,e culrsos de Português, Francês e Dactilog:rafia (iniciados em 1946), para todos os sócios e famiìiares, cuja frequência tornou extensiva aos do seu congénerr das Oficinas. O úÌtimo a encerrar, destes cursos, foi o de Dactilografia, na época de 1969/70. Ambos os sindicatcs continuam, porém, a fornecer gratuitamente Ìivros para sóciose filhos de sócios,fornecendoo das Oficinas para os cursos das Escolas Técnicase o do Movimento (a partir de 1966) para todos os gtaus de ensino, até acs Cursos Médios. A <Casa dos Ferroviários> dispõe,ainda de uma biblioteca, formada em 1941, com numerososvolumes de carácter técnico,que os sóciospoclem utiìizar para â sua cuÌtura especiaÌiz:rda. A populaqãosindicaÌ (sócios e contribuintes) tem decrescidonestes últimos anos, como a seguir se demonstra: En1 31-XII-66

S. N. do Pessoaldo Movimento, Tracção,etc. ... S. N. do PessoaÌde Oficinas e Armazéns Gerais

Em 31-XIÌ-?0

4040 1474

2416 7268

b bl 4

3684

Apesar do seu menol número de sócios, é o segundo destes organismos que possui mais filiados com residência no concelho do Barreiro.

Os ouiros organismos sindicais (além dos tlo,ismencionctclossinücatos ferrotÍó,rios), que funcionam no Barreiro, são os seguintes (em 1970): Secçãodo Bameiro do Sindicato Nacional dos Operários da Indústria de Panificação do Distrito de SetúbaÌ (Sede em Setúbal). - Despachode constituição de 25 de Fevereiro de 7937. - Ãrea abron4itl,a: concelhos de Barreiro, Moita e Seixal. Secçã.oclo Bo,rreiro do Sindicato Nacional dos Descarregadores de Mar e Terra do Distrito de Setúbal (Sede em Setúbal) -passou de SinLA!)


O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO por despacho de constituição de 4 de dicato com sede nesta vtIa, a Secçã.c,t, de Barreiro e Moita. abrangida: conceÌhos Maio de 1939.- Área Secçãodo Baneiro do Sindicato NacionaÌ dos Operários Corticeiros do Distrito de Setúbal (Sede no Seixal) -passou de Sindicato com sede nesta vila, a Secção,por despachode constituição de 29 de Abril de 1940. - Área abrangido.' concelhosde Barreiro e Mcita. Secçõodo Barreiro do Sintlicato NacionaÌ Cos Técnicos e Operários da Construção CiviÌ e Ofícios Correlativos do Distrito de Setúbal (Sede em Setúbal). - Despacho ' de constituição de 1 de Maio de 1940. - Área ctbro,ngida : conceìhosde Barreiro, Moita e Seixaì. Sindi.cato Nacional dos Operarios Metnl;úrgicos dct Di.strito d,e Setúbol (Sede no Bar"reiro.* Alvará de 24 de Dezembro d,e 7943.- Ãrea a,br&rlgiAmb[emas rJos S. N. clos Operários lletalúrgicos da; Todo o distrito de See dos Praïissionais das Inrlústrias Têxteis tlo Dìs' túbal, com Secções constitrìto dc SetúbaL com, sed.e no Bac',Ì'eiro tuídas nos conceÌhos de Almada e Setúbal, abrangendo, a primeira, o ïespectivo conceÌhoe, a segunda,aÌém de Setúbal, os concelhosde PaÌmela, Santiago do Cacém, Alcácer do Saì, Grândoìa e Sines. (") Sind,ìcato Nacional d,osProfissionais das Indústrías Têtteis do DÌstrito de Setúbal (Sede no Barreiro). - Alvará de 15 de Junho de 1950.-

(s) Foi âctivo presidente deste Sindicato um denodado defensor da cÌasse dos metaÌúrgicosr Vicente Rodrigues Branco, que em 23-IX-1965, reeebeu do Governo a medaÌha de (Mérito Corporativo>. Nasceu em AbÌantes, â 21-VII-1899, veio aos 19 anos para o Barreito, onde se empregou na C. U. F., aposentândo-se em 1964.

156


A ORGANIZAÇÃO

SINDICAL

NO BARREIRO

Ãrea abrangicla: Todo o distrito de Setúbai e os de Portalegre, Évora, Beja e Faro. Estes seis organismos sindicais têm à suâ sede na Rua Miguel Pais, n." 30, sendo servidos, conjuntamente, pela Secretaria-Geral d,os Organismos Corporatíuos Operd,rios tlo Bareiro. Pcssuem os referidos organismos sindicais Biblioteca, em que avultam os lilros de ensino técnico e que são facultados, a título de empréstimo, païa uso dos fiÌhos dos respectivos associados,bem como para o destes, quando matriculados em cursos de apçrfeiçoamento,relacionadoscom as profissões representadas por aqueÌesmesmos organismos.De anotar, ainCa, que, reÌativamente ao ensino primário eÌementar, os ìivros Ìlecessáriossão doados aos filhos daquelesmesmos associados. A sua população sindical (sócios e contribuintes) era, respectivamente, em 31 de Dezembro de 1966 e em iguaì data de 1970: Em 31-XII-I966

Em 31-XII-1970

?,64 l29Z 2799 277 6253 2790 T otal

10 759

13 669

Vejamos, dos números registados nestes organismos sindicais, quantos obreiros exerciam a sua actividade no CONCELHO DO BAIìREIRO, em 31-XII-1970: Descamegadores:248 Operó,rios cort,íceiros: 267, em 4 fábricas e Ínâis 6 pequenos fabricos. É a fábrica Barreira & C." (Irmãos) a mais importante, com 170 operários (63 Vc do total). Técnicos e operá,rkts cla Construção Ciuíl: 1) Com carácter efectivo, trabalhando em 28 firmas: 690 (dos quais 273 só na C. U. F.) ; 157


O BARREIROCONTEMPORÂNEO 2) Com carácter eventuaÌ, trabalhando por conta de 85 entidades patronais: 1200. TotaÌ: 1890- número este suficientementedemonstrativo do grande desenvolvimentoda construção civil neste concelho.(u) Empregados e operá,rios da Panìficação: 186. Operdrios metalúrgì.cos:1720, respeitantesa 34 grandes e pequenâs oficinas. Deste número, cabem à C. U. F. 1250, o que representa 72 /o da totalidade. Vem a seguir a União Fabril do Azoto, com 101. (Recorda-se que o pessoal das oficinas ferroviárias locais tem sindicato privativo). Profissionaís das indústrfu,s têrteis: 1914, estando a C. U. F. representada por 1902 obreiros, pràticamente a totalidade.

ALTERAÇõES À LEGISLAÇÃO SINDICAL Em 28 de Maio de 1969, o Governo presidido peÌo dr. Marcelo Caetano promulgou importantes disposições alterando a Lei Sindical de 1933. Tratâ-se do Decreto-Lei n." 49 058, pubÌicado em 14-VI-1969,que aÌterou nove artigos daqueÌe diploma, aqueles que regulamentam a definição e âmbito dos sindicatos, a sua organização interna e definem a capacidade de sócios e as condições da sua elegibilidade para os corpos gerentes destas organizaçõesprofissionais. Novos rumos de legislaçãosindical portuguesa se talharam, portanto, no sentido da sua actualizaçáo,<em face rÌa eoolução não só oTteradano plano interno, como tarnbém rlos compromi,ssos ì,nternacionaís sobre d nl,esma matéria assumitlos por PortugrLl, designnda:rnentea ratificação da Com;enção n." 98 da Organizaçdo Internacional do Trabalho (O.I.T.), sobre o direì,to d.e organìzação e nego-

(') Relatiyamente à constÌ'ução civil, tÌ.abaÌhâvam no BâÌreiro, em 31-XIÌ-1966 (data em que já tínhamos concluído este capítulo, que só agora, actuâlizado, vai publicado po:: Ìazões já noutro Ìugar explicadas), respectivamente, 6?9 obÌeiros, com cârácter efectivo (dos quais 532 na C.U.F.), mais 510 com câÌácteÌ eventual. Totai: 1189. AÌÌmento no eslaco de 4 anos: ?01.

158


A ORGANÌZAÇÁO SINDÌCAL NO BARRBIRO ciaçã.ocolectì,Ì)a(Decreto-Lei n." 45 758, de 12-VI-1964>- e essesrumos - como se iìcentuou - sã,o <apenas untu etapu no camìnlrc da reformn rlct legislação sindical, que o Got:ernl entenrJeefectuor>.

Erttblcnns rlos S. N. dr,,s Operários Cotticeiros e ílos EtnpregarÌos e Opeú,rios da Indústria de Paniíica(ão do Distrito de Setúbal (Secqões clo Barreiro)

Erttb[,etnos /os S. N. rlos Descarl"egailores de lÍer ( Terra e dos Operó,rios tkt Canstrução Citil clo Distrito de SetúbaL (Secçõ?s cÌo Barreira)

Há muito se impunha, efectivamente, a dinâmização da estrutura deslesorganismos,muitos dos quais. já sem os seus prÍmeiros e mâis âctivos impuÌsionadores,haviam caído, apagados,rÌâ inoperância,quando tudo leva agora a desejar que se cÌie um clima de participacão, consciente, dos grupos profissioftíis no pïocessode fomento economico-social em desenvolvimento. t5 9


O BÀRREIRO CONTEMPORÂNEO

O número de sindicatos portugueses, na Metrópole e Ilhas Adjacentes, em 1970, era de 323, dos quais 18 no rLÌstríto de Setúbal, com as respectivas sedes nas localidades a seguir indicadas: 11 em Setúbat- S. N. dos Apanhadores,Enchedorese Carregadores de Peixe e Sal; dos Caixeiros; dos Descarregadoresde Mar e Terra; dos Empregados de Escritório; dos Empregados e Operários da Indústria de Panificação; dos Estivadores e Barqueiros; dos Motoristas; dos Técnicos e Operários da Construção Civiì e Ofícios Correlativos; dos Operários da Indústria de Cerâmica e Ofícios Correlativos; do Pessoal das Indústrias Químicas;e dos Operários da Indústria de Conservas.(Todos do Distrito de Setúbal). !+ no Bat"reiro - S. N. dos Ferroviários do Sul de Portugal (Pessoal de Movimento, Tracção, Via e Obras e Serviços Regionais); dos Ferroviários do Sul de Portugaì (PessoaÌde Oficinas ,e Armazéns Gerais); e ainda dos Operários MetaÌúrgicos; e dos Profissionais das Indústrias Têxteis (ambos do Distrito de Setúbaì). I no Seixal-5. I em Almada de Setúbal.

N. dos Operários Corticeiros do Distrito de Setúbal. S. N. dos Trabalhadores em Armazéns do Distrito

1no Montijo- S. N. dos Operários da Indústria de Chacinaria do Distrito de SetúbaÌ. INSPECÇÃO DO TRABALHO Serviço dependente da Deìegação do Instituto NacionaÌ do Trabalho e Previdência (I.N.T, P.), com sede em SetúbaÌ, o Barreiro possui um Posto, aqui instalado em 1940, tendo âctualmente uma soma de serviço tal que (a exemplo do que se verificou com AÌmada e S. João da Madeira) bem justificaria z criagã.o,em seu lugar, de .uma subtlelegaçã.od.aqnele departamento do Ministério das Corporações, o que traria para este centro industrial maiores benefícios,decorrentesda própria actividade. 160


SERVIçOS DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Posto N." 4 d,a Cuiua d,ePreaiüncia e Abono de Famíka do Distri,to de Setúbal

Si.tuad,o no galteto il(r.s ruaa de Eço, d,e Sueiroz e d,e SaluqÁor Correia tl,e Só,, foi concluíd,o em Agosto d,e 1950 e en;trou,,poucoa rmesea d,epois, e.n! funLeíono.nLetuto.* Abrange umo, po1rulúçd,o d,e cercd, d,e 20000 pessoo,B (beneÍiciâ,ri.os e seus fdÌrlilìdnas 'tesiìlentes na ó,red, d.o Bãfiefuo - f reguesias d,o Barteiro e Lú)tod,io) de qua*e todas as Caíqas d,e Pr"etìd,ência. Trabofharn n6te Posto, etLtre ntéd'íaos, pessoat d,e enfer'Ìutgenl e pessoaL admìnìstrdtiuo, ceÌce de 30 funcionfuri.os. A 1-VIII-71, loi. in1,ugllrddo, em Palhclis (Eua Paulo rÌa Gam.a, l+-1."), o Posto Clínieo n.' 78, tenalo anet{o um Posto de Informaqã.o e Ereecliente da Preairlência Rtu,aL (Foto de José Joaquimì


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Atém da sua específica acção fiscalizadora, esbeServiço, que funcìona na Rua José Elias Garcia, 39-B-r/c-Esq., tem-se revelado ainda da maior utilidade quanto à prestação de informações e escÌarecimentos, quer às cÌasses trabalhadoras, quer às entidades patronais, sobre os assuntos da sua competência.

UM CASO DE AGITAÇÃO SOCIAL CUJAS CONSEQUÊNCIAS AINDA PERDURAM A úÌtima agitação que se verificou nâs massas operárias locais registou-se em 28 de Julho de 1943, com o pretexto da exiguidade do racionamento de géneros alimentícios e da irreguÌaridade do abastecimento e alta de preços de alguns outros, dificuldades estas da <máquinau económica que, derivadas da situação anormal provocada peÌa guerra que envolvia então a maior parte do Mundo, a administração local procurava, com afinco, ir resolvendo o melhor possível' Naqueìe dia, uma importante parte do pessoal da Companhia União FabriÌ, com o das fábricas de cortiça e de diversas oficinas, abandonando o trabalho, tentou a adesão do pessoal das Oficinas Gerais da C. P. à sua atitude de protesto, não conseguindo,todavia, os seus plenos objectivos, mas apenas umâ suspensão do serviço, que começou cerca das 11 horas, quando aquelas OÍicinas foram invadidas pelos grevistas da C. U. F. e pelos corticeiros, tendo o trabalho recomeçado,progressivamente, a partir das 14 horas, sem mais incidentes. Todas as fábricas em que o pessoal abandonara as suas ocupações foram, porém, encerradas por ordem superior, considerando-se aqueÌe demitido e abrindo-se logo no dia 30 nova inscrição' Entretanto, com a chegada, rápida, de destacamentosmiÌitares de Lisboa, â que se juntaram outros de Évora, Estremoz, Vendas Novas, Beja, etc., e assegurada a laboração de algumas fábricas da C. U. F. por meio de mão-de-obra militar, a normalidade voltou em breve ao Barreiro, sendo afastados alguns eìementos considerados agitadores e já conhecidos como simpatizantes ou adeptos de organizaçõessubversivas. A esmagadora maioria do operariado voltava, contudo, ao trabalho, compreendendo o que a Nação detrereclamava, naquela época de sacrifícios. Os que, por vários motivos que eÌes, melhor do que ninguém, sabiam, náo voÌtaram a ser admititlos, mudaram de rumo e refizeram depois a sua vida, alguns com bom êxito... 162


A ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BARREIRO

i

Na altura dos mencionados acontecimentos e nas suas primeiras horas, constitui-se no Barreiro um Comand,oMilitar, ao cuidado do major de eng.'António Cortez Labão, que aqui chegara, com forças do então Regimento de Sapadores de Caminhos de Ferro, agrupando o mesmo Comando outros contingentes militares vindos logo depois para o Barreiro. Àquele oficial, seguiu-se o seu camarada major de art." Marinho Falcão, que viera com forças de Vendas Novas, No ano seguinte (1944), com a retirada, graduaÌ de uma grande parte da tropâ, a única força aqui destacada passarâ a ser um esquadrão de Cavalaria 3, de Estremoz, sob o comando do cap. Décio Tito da Silveira Freitas (actualmente major, reformado, residente em Lisboa e que viria a ser presidente da Câmara Municipal do Barreiro, no período de 2 de Abril a 26 de Juìho de 1954). Antecedendo, de breve periodo, o final do estaclo d.e guerra na Europu (8 de Maio de 1945), a força destacada no Barreiro, subordìnada ao Comando Militar, passou a ser constituída por um Esquadrão Misto (lnfantaria e Cavalaria) da G. N. R., sob o comando de um capitão. Pouco tempo depois, a Esquadra da P. S. P., do Barreiro, que eïa comandada pelo ten. Francisco de Castro Lobo (já falecido), retirava desta vila, por um período que ninguém, então, presumiria se prolongasse até agora. Em 1947, sendo ministro do Interior o dr. .Augusto Cancela de Abreu, era publicado o Decrto-Lei n." 36 335, de 9 de Junho, no quâl se decÌarava que <<tendo-se verificado a conveniência de colocar no Barreiro um destacamento para assegurar, com o pessoâl indispensável, um eficiente policiamento urbano e rural, tornando-se necessário,para o fim em vista, aumentar os efectivos da Guarda Nacional Repubiicana>, se aumentava de um esquadrão o regimento de caualaría da G. N. R., de que se fixava o efectivo e <quenormalmente se manterá destacadona vila do Barreiro>.

163



I

l

CAPÍTULO XI

A DELEGAçÃO DO BARREIRO DA LIGA DOS COMBATENTES Data de 1926 - a 11 de Novembro, no 8.. aniversário do Armistício, que pôs termo à 1.. Guerra Mundial-a inauguração da Delegação do Barreiro da, então, Liga dos Combatentes da Grande Guerra, organização fundada em Lisboa, em 1921 e ofíciâlizada em L924, Foi a Deìegação local inicialmente instalada num gabinete do 1.. piso (do lado norte) do edifício dos Paços do Concelho, tendo sido seu 1.. presidente António Cabrita ('), ex-combatente em França, incorporado no Bâtâìhão de Sapadores de Caminhos de Ferro (<Sempre Fixe>) e, quando promovido a 2.. sargento, transitado para o Batalhão de TelegraÍistas de Campanha, em cuja unidade serviu naquele país. Tem sido, até ao presente, o grande impulsionador da acção patriótica e beneficente desta Delegação. Em 1933, já instalada, desde o ano anterior, na Rua do Cons. J. A. Aguiar, n." 287-1,., à Liga inaugurou, a 12 de Março, uma escoìa de instrução primária numa das suas sâlas e ainda uma biblioteca. presidia

(1) Nascido em Silves, a 19-XI-1895, e paoprietáÌio e industrial no Baneiro, hâ muitos anos. Xm 1926, como já referimos em (O BARREIRO CONTEMPORÂ(I PaÌte, Cap. II), era membro da ComissãoÀdministrâtiva da, C. M. B. NEO-I É pai de Augusto Cabritâ, cineasta, e de Dulce Câbrita, cantora, ambos barreirenses. - lo õ


O BARREIROCONTEMPORÂNEO à sua direcçáo o 1.o sargento da Armada João dos Santos ('), sendo,naquele tlia, descerrado, ali, o retrato do tenente-coronel médìco AÌberto Mac-Bride ("). A escola inaugurada tinha, ainda, um curso nocturno para combatentes, do qual foi pro{essor o capitão Estêváo Rodrigues ('), que, na situagão de reforma, habitava, então, no Barreiro. O curso nocturno acabou pouco tempo depois, mas é com regozijo que se ïegista ter continuado a escola para crianças, que a Liga dos Combatentes, como instituiçáo tle utilidade pública, tem protegido, sendo, até agora, uma das poucas escolas oficiais que ela mantém no País. É a Escola Primária n.' 2 - Baïreiro, da quaÌ tem sido professora, desde 19-XII-1934, Judite AméÌia cle Paiva Rodrigues. Em 4-V-1938, obteve esta Escoìa uma Menção Honrosa na 1.' Exposição dos Artistas Filhos de Combatentes.

Em 1936, instaÌou-se a Delegação do Barreiro da Liga dos Combatentes na Rua Migueì Pais, n.'?0-1.", onde pe$nânece com todos os seus serviços. Numa fase de maior expansão, possuiu uma Comissã,o Au.niliar Femi,nina, com 72 associadâs, que dispunha de cotizaçáo própria, com a qual desenvoiveu acção humanitária e patïióticâ, em nome deste núcleo regional. Os veteranos locais da 1..' Grande ConflagraçãoMundial são, actualmente (19?0), em númeto de 79. Os inscritos chegaram â ser 464, incluídos os das antigas campanhas do UÌtramar. Nascido ern Albiobeira (Tomar), a 11-Ì-1889, faleceu no Hospitâl da Marinha. em Lisboa. a 3-IV-1962. Veio pârâ o Barreiro em 1911, onde eÌâ' geraìmente estimado pelas suas exceÌentes quaÌidades pessoais. Foi, como noutto lugaÌ recorilámos, um ilos funilailores e gtande impulsionador do Clube Naval Barreirense, tendo ìambém tÌabaÌhâdo devotaalamente no Corpo de Bombeiros de Salvâção Pública do BarreiÌo. (3) loi um ciÌuÌgião muiúo distinto e publicistã, que relevantes serviços graciosos prestou âos combatentes e familiares que a ele teeottiam, tolnando-se conhecido por ((O ?ai dos Combatentes)). Veio pol vâÌias vezes, ao Barreiro, à Quinta do Convento, dê visita ao seu grande amigo Guilherme Nicola Covacich' Fâleceu â (')

29-Ì-1955, em Lisboa. (t) Escreveu um livro de poemas intitulado Hoste LlLsitana, inspirado em câsos da cuel'ra de 1914-18. Foi aqui emplegado de escÌitório da Sociedade Nacional de Cortiças. Tìvemo-lo como colaborador, e valioso, no semanáfio O Poto rlo Barreiro, assinando a T,i'íbMLa Lio'ì'e, co:rr;'o pseudónimo de <<Ruderico>.

16 t;


L-IGA I]OS COMBATENTES As suas actuais categorias de sócios são: - Combatentesda Grande Guerra (1914-18): - Combatentesem África (desde 1961); - Expedicionários em Missão de Soberania (durante a 2." Grande Guerra) : -Sócios Extraordìnários (farniÌiares- filhos, viúvas, pais e irmãs solteiras- dos combatentese dos expedicioltários,que voÌuntàr'iamente se inscrevam) : -Sócios auxiliares (protectores), de que fazem parte os pais ou encarregadosde educaqãodos alunos que frequentam a Escola da Delegação. Os inscritos são,pela ordem acima:79;68; 16;49 e 52. Total:264. O edifício da Rua MigueÌ Pais onde a DeÌegaçãoestá instalada e que foi um dos mais bonitos prédios daquelaartéria pública (irmão gémeo de um outro, a seu Ìado), :rntigo tipo de <chalet>,construído em tijolo branco, encontra-sehoje em muito mau estado dc conservaçáo,parecendo destinado, como o cutïo, à demoliçáo, em bre':e tempo, para, no seu ìugar, se erguer edifício de Ìilhas modernas. Pre,rê-seque a Delegação, ao sair dali, terá possibiÌidadesfinanceiras para se instalar, mais condignamente, em edifício novo. Os veteranos da sua Comissão Administrativa poderáo (e deverão) ser então rendidos por uma nova falange formada de eÌementos das geïações que têm combatido desde 1961, em África. Assim se esperâ que suceda,para maior desenvolvimento dos objectivos para que foi criada, para um mais estreito convívio entre para os seusassociados, renovâção do seü núcleo bibliotecário, etc., Atttónio Cabríta 167


O BARREIROCONTEMPORÂNEO não perdendode vista, ainda, as muitâs e diversasregalias que são conferidas aos associados. A ComissãoAdministrativa da Delegaçãodo Barreiro da Liga dos Combatentes tem por presidente António Cabrita (já precedentemente mencionado)I tesoureiro, Manuel António, ferroviário aposentado,nascido no Barreiro, a 31-X-1895; secretário, Feliciano António Tonicher, também ferroviáriq chefe de Estação, de 1.., aposentado,nascido em Baleizão(Beja), em 20-I-1896(todos combatentesdâ 1." GrandeGuerra); 1." vogal, José GomesOrtiz, industrial. nascidono Barreiro, a 10-VI-1919 (expedicionário,em missão de soberaniaa Cabo Verde); 2.' vogal, Rufino Caetanode AÌmeida, ferroviário aposentado,nascidoem Cesar (Oliveira de Azeméis), a 12-III-1895 (igualmente combatente da Guerra dê 1914-18). Esta Delegaçãopossui, no concelhodo Barreiro, talhões privativos nos cemitérios do Lavrad,io,de Vila Chã (Barreiro) e de Palhais, e, no concelhoda Moita, em Alhos Vedros.

168


ADITAMENTO E NOTAS DIVERSAS Alteraçõese/ou Aditamentos a GENERALIDADES (I ParteCap. I) e O DESENVOLViMENTO POPULACIONAL (Apôndice-I) e, ainda,aos Cap.XVII a XIX - A INSTRUÇÃOPúBLICA NO BARREIRO de <O Bameiro Contemporâneo> - I (1965):

O CONCELHO DO BARREIRO ClassificaçãoFiscal. -Pda Portaria n.' 23 472, publicada no <D. G.> n." 162 (1." série), de 10-VII-1968, o concelho do Baneiro ascendeuà 1.o cÌasse fiscal. (Foi, até agora, o útuico concellto clo País que subiu directamente tla 3." à 1." cklsse. Não hd, outro eremplo). Só mais dois concelhos do distrito de Setúbal são classificados de 1..: SetúbaÌ e Aìmada. Di,aisíto E clesiítstica. -Poy Decreto datado da Festa de Pentecostes, em 29 de Maio rle 1966, foi criada peìo Cardeal Patriarca de Lisboa, a Região PastolaÌ de Setúbal, à quaÌ ficou pertencendo o concelho do Barreiro. Seu primeiro Yigário EpiscopaÌ: o cónego dr. João AÌves recebido na capital do distrito a 27 de Outubro do mesmo ano. Em sua reunião de 2-VI-1970, o ConselhoPresbiterial do Patriarcado de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta da criagáo da Diocese de Setúbal. 169


O BARREIROCONTEMPORÂNEO Concelhos de 1." ordem urbanos.- De harmonia com o disposto na Ìêtrâ do Decreto-Lei n." 49 268, de 26-IX-1969 (que prevê a criação de bai.rrosnos núcleoshabitacionaiscom mais de 10 000 habitantes- por necessáriadesconcentraçãoda administraqãoe dos serviços municipais e a leclassificaçãodos conceÌhos),o Governo resoÌveu eÌevar a concelhos de 1.^ ordem urbanos mais os seguintes: Loures, Oeiras, Sintra, Gondomar e Moita (Decreto n.' 49322, de 27-X-1969) passando,assim, o seu número, que era até então de 13 (incluindo o do Barreiro), para 18. O primeiro bairro administrativo criado a sul do Tejo (por este último diploma) foi o da Baixa da Banheira (Moita), vizinho da freguesia do Lavradio (Barreiro). 30-III-1971, em leunião efecFerìarÌo M'unicipal tlo Baneiro. -Em tu:rd:r nos Paços do ConceÌho,na quai comparecerâmÌepl'esentantesdzt Irmandade de N." S." do Rcsário, do Grémio do Comércio e das mais ìmportaltes colectividadesrecle:rtivas e desportivas do Barreilo, representantes da Imprensâ diária e regionaÌ e outras entÍdadesde prestígio, aÌém de toda a Yereaçáo,foi sugelido que se retomassea tradição sob o aspecto de as festividades em honra de N." Senhora do Rosário voltarem ao seu dia Ìitúrgico - 7 de Outubi'o- como, iniciaìmente, e durante muitos anos (a partil de 1736) se efectuavam,até selem transfelidas, em 1781, lala a 1." semana de Setemblo e, em 1791, novamentetransÍeridas par':L o per'íodode 13 a 17 de Agosto ('). Como se verificou acordo e os presentes represeltâvâm os sectoresmais válidos e responsáveis,zr C. M. B. concordoucom a sugestãoe, em suâ leunião de 2 de AbriÌ seguinte,o pr:esidente da Edilidade, dr'. Carlos França, aplesentou ploposta na qual, considerando,entÌe outràs razões, ter'-se verificado acordo em festejar a Padroeira do Barreiro nc seu dia litúrgico, como durante muitos anos sucedeue consider:rndomais <que se torna necessário,païa que haja um ambiente condigno, a paraÌização do tlabalho nesse dia e não existindo feriado municipal neste concelho,PROPUNHA que o dia 7 de Outubro fosse considerado,no futuro, día feriado do concelh.o,solicitando-sedo Governo da Nação a indispensávelautorização.Aprovada a proposta, seguilam-se os competentestrâmites, sendo, entretaïÌto, preparadas e pro-

(1) V. (O BARREIRO A N T ÍC O E MOD OR N OT, I P rrtê-C âp. Data cle 1136 a festi.-itlade a )íossa S"rlrrn ,lo Rosorìo'lo Bnrr"iru. 170

X ÌII


-{DITAMENTO gr:àmadas:ìs futurâs festivid:rdes em honLa de N." Senhora do Rosário pala o perÍodo de 2 a 1.0 de Outubr:o seguinte. A 4-X-1971 (já, portanto, iniciadas as ditas festividades e, desia vez, sob novos moÌdes), foi pubÌicado no <D. G.> n.. 234, 1." série, o Decreto tt." 425/71, que veio dar satisfaçãoao solicitado e é do teor seguinte: <Tendo em vista o dispostono zut.' 4-" do Decr:eton"' 38 596, de 4 de Janeilo de 1952; Usando da facuÌdade conferid:,rpelo n." 3 do alt." I09." da Constituição, o Govelno decreta e eu promulgo o seguinte: Artigo 1." É autorizada :r Câmara MunicipaÌ do Barreilo a consideral feliado municip:,rÌo cìia 7 de Outublo (Festas de Nossa Senhora do Rosário). Altigo 2.' Nos anos em que, por qualquer:cilcunstância, deixem de ter lugar as festividades que justific:rram a autorizaçã0, o dia mencionado no alt." 1.'' não será conside::adofeli:rdo, cumprindo à Câmara anunciar tal facto com a antecedônciamínima de trinta dias, por meio de editais afixados nos lugaros do estiÌo e publicados nos jornais da sede do lespectivo concelho,ou, no c:Ìso de aquelesnão existirem, nos da sede do distrito. Rtpazote. - PromulMarcello Caetuno- António Manuel GonçrLhtes gado em 29 de Setembro de 1971.- Publique-se. O Plesidente da República, AMÉRICO DEUS RODRTGUES THOMAZ.>

TT

O DESENVOLV]MENTO POPULACIONAL DO CONCELHODO BARREIRO EM

1970, A POPULAÇÃO DO CONCELHO AUMENTOU 68,3 %

11." Recen.ceumentoGerul' da Pctpulação cle Portugn'l em 15 de Dezembro de 19/0.-Pelo Instituto Nacional de Estatística, foram tornados públicos, em meados de 1971, os números reÌativos à população 171


ì

O BARREIROCONTEMPORÂNEO [)resente e população residente do concelho do Barreiro, naquela data. Considerados apuramentos preliminares, estão sujeitos a rectifieação, que não os deverão.todavia. alterar substanciaìmente. A)

POPULAÇÃO PRESENTE EM 1970: 58244 HABITANTES Mulheree

Tatais

Freguesjâ do Barreiro

76 65',1

18 965

35 622

Freguesia do Lavradio

8 443

8 683

77 726

25 100

27 648

52 ?48

2 852

2 644

5 496

27 952

B0292

58 244

Homens

VILA

DO BARREIRO

Freglesia

de Palhais

Comparação com a população presente, em 15-XII-1960 (V. Nota (2) -Pg. 420 de <O BARREIRO CONTEMPORÂNEO> - II - Ápándice): Barreiro

Larradio

Palhais

Totdis

População total presente em 1960.

23 199

6 8?8

4644

34121

População total presente em 1970.

35 622

77 126

5496

58244

Diferenças (+)

72 423

t0 248

852

23 523

Yatiação em EÒ

B)

+ 149

+ 18

+ 6E

POPULAçÃO RESIDENTE EM 1970: 59060 HABITANTES

Vejamos, seguidamente, dimanados do mesmo departamento do Estado, os números respeitantes aos habitantes tl,e residência habitutl neste conceln-o.É este apuramento o que mâ,is interessa, fundamentaÌmente, pelo que vâmos estabelecer a sua compâïação com os censos de 1950 e de 1960: VILA DO AARREIRO, corn suas freguesias de Barreiro e Lavradio Palhais Totq,is

1950

1960

1970

25 383

30 399

53 413

4 336

4 689

5 641

35 088

59060

29 7t9


ADITAMENTO Assim, verifica-se que, no espaçode vinte anos, a população total d,o concellr.otlo Barreiro rluplicou. PubÌicamos, em seguida, o desdobrzrmentodo númelo de habitantes do BARREIRO pelas suas duas freguesias: 1950

19(ì0

19i0

Freguesia. do Baareiro

22 190

23 433

36 01?

Freguesia do Lavradio

3 193

6 966

1?396

25 383

30 399

53 413

VILA DO BARREIRO

Espectacular foi, sem dúvida, o aumento da população da freguesia do Lavradio: em 1960 a sua população aumentara para muis do d,obro (110 %) em reÌaçãoa 1950;em 1970,aumentoudel49% reÌativamente a 1960, do que resuÌta ter o Lavradio quintuplieado (5,4), no espaçode duas décadas,a sua popul:ição,caso bem râro, com certeza, no último recenseâmentoda popuÌaçãometropolitana.

PassemosaEoïa a:

NÚMERO DE FOGOS 1950

1960

1970

VILÀ DO BARREIRO, com suas freguesias de BaÌTeiro e La\4.âdio

a 742

I 592

16806

PALHAIS

1468

7 439

1890

9 610

11 031

18 69G

Totaìs

Desdobramento do número de fogos da v,ila do Barreiro, peÌas suas duas freguesias: 1950 Freguesia do Barreiro

"t 430

Freguesia do Lavradio

772

VILA

DO BARREIRO

I 142

173

1900

1970

1322

11520

2 21-0

5 266

9 592

16 806


O BARREIRO CONTNMPORÂNEO E, finalmente,

referimos

o

NÚMERO DE FAMÍLIAS 19r0

1950 VILA DO BARREIRO, com suas freguesias de Barreiro e Lawadio PÁLHAIS Totaìs

? 066 1323

I059 7 295

15 935 1 ?00

8 389

10358

17 635

' Desdobramento do número de famílias da vila do Barreiro, pelàs suas duas freguésias: FÌeguesia do Barxeixo Freguesia do Lavradio ViLA

DO B.A.RREIRO

1950 6 394 672

1960 6 949 2110

1970 10 933 5 002

? 066

I059

15 935

Médía d,e pessoas por família no conceÌho do Barreilo :

3,54 3,87 3,34

Em 1950 > 1960 > 1970

Resumo da evolução populacionâl no decénio de L960/70 (Powlação de resid.ência Imbi,tual) : 1970

Di,lerençd,p." + e percentLgem

23 433 6 966 4 689

36 017 17 396 6 647

72 584 (53,7%' 70 430 (74e,7%) 958 (20,4%)

35 088

59 060

23 972

l a

Freguesia do Bârreirc Freguesia do Lavradio Freguesia de Palhais

Aumento

da popuÌa@o residente

na última

décadà: 68'3 /a.


ADITAMENTO

ANOTAçÕES Dos 13 concelhosdo distrito de Setúbal, apenas 5 (AÌcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sesimbra e Sines) acusaram decréscimo de popuÌação,situando-seo ponto mais elevado no de GrândoÌa (25 %) e o mais baixo em Sesimbra (2 /6). Nos restantes 8 concelhos (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal e SetúbaÌ), registaram-se importantes acréscimosde população,situando-seo ponto mais eÌevadono Seixal (a %). Os concelhosmais popuÌososdo Distrito de SetúbaÌ e que constituem aÌgumas das maiores concentrações popuÌacionais do País, são: Almada (com cerca de 108 mil habitantes), Setúbal (com cerca de 64 miÌ habitantes), Barleiro (com cerca de 59 miÌ habitantes), Moita (com cerca de 39 mil habitantes) e Seixal (com cerca de 36 mjl habitantes).

Segundo,ainda, os vaÌores provisórios apurados, foi tornado público em 7-VI-1971, que, de um total de 304 conceÌhos (Continente e llhas Adjacentes), a população aumentara, no período de 1960-70,apenas enl 58, tendo diminuído em todos os restantes (246). Entre 1950 e 1960, nos 303 concelhosentão existentes,verificara-se aumentos em 137 e reduçõesem 166.

III

o ENSTNO SECUNDÁRIO (LICEAL) NO BARREIRO (le67) Foi já no ano de 1965 que se começoua insistir, com crescenteinteresse, pela necessidadede se criar no Barreiro o ensino ìiceal oficial, em face do eÌevado número de jovens que, peìa sua deslocaqãoa Setúbaì ou a Lisboa, o faziam com não pequeno sacrifício, particularmente no Inverno, debaixo de mau tempo e legressando, flequentemente, cansados


ì

O BARREIROCONTEMPORÂNEO e doentesâ casa.Afàstados, à maior pârte do dia, das famílias, o seu pÌoblema também a estas interessava,sob vários aspectos. Pol outro lado, com as escolastécnicas iocais superlotadas,muitos jovens estudantespoderiam ingressar no ensino liceal, permitindo, assim, àqueÌes estabelecimentos,o seu funcionamento sem elevado excesso de palticulares de ensino Ìiceal aqui aÌunos.Quanto aos tlês estabelecimentos existentes, também eles não podi:rm corresponder às necessldadeseconómicas e às conveniênciasd:r maioria da popuÌação. Foi neste clima de justa reivindicaçáo que, cm 1966, surgiu uma consulta da Reitoria do Liceu Nacional de Setúbal a inquiril do Município barreilense se era possívelconseguir nesta vila, edifício apropriado para neÌe instaÌar uma sec@o daqueÌe Ìiceu. A Câmara Municipal lespondeu af irmativamente, mas não houve possibilidade de algo se conseguir assegurar parâ o ano lectivo de 1966/67. Com vista ao ano lectivo seguinte, a C. M. B. redobrou, então, de esforços,para corresponder,a um tempo, ao interesse das entidades oficiais na soÌuçáodo problema e âo dâ popuÌaçãoestudantil, que já não ela só a deste concelho, mas também do conceÌho da Moita, somando, então, dos dois conceÌhos,cetca de 350 o número de estudantessòmente mútri' culadosem Setúbal, com prejuízo da normal capacidadedo dito liceu. No Verão de 1967, tudo se pôde, depois,acelerar pala a soluçãodesejada. O proprietário do edifício do <Externato Barteirense, estava na disposiçãode o vender à C. M. B. e esta não podia perder a oportunidade de o integrar no património municipal e pôìo à disposiçãodo Ministério da EducaçãoNacional. A 27-VII-1967, uma grande comissáode habitantes do Barleiro (pais e encarregadosde educação),é recebida na C.M.B., onde, em resposta à uma exposição apresentâda,ìhes é garantido que â Câmara estava desenvolvendo todos os esforços, no sentido de garantir as condições do funcionamento, Ì'Ìo ano lectivo seguinte, da Secçáo liceal reclamada pelo Barreiro. Com efeito, encetadas as negociâçõespârà a compra do referido edifício, que chegariâm a bom termo, e como reflexo das mais diligências, logo a 29 dessemês de JuÌho, o ministro da Educação NacionaÌ, dr. Galvão Teles, assinava o despacho pelo qual mandava criar no Barteiro uma Secçãodo Liceu Nacional de SetúbaÌ, <que funcionará em edifício cedido oela t amâr'â lvlunlcrDàl

do lJar'ÌeÌÌo

"

176


A D IT A M EN TO

A venda do <Extelnato Barreirense> à C. M.8., peÌo seu proprietário, o prof. José Joaquim Rita Seixas, fora, finalmente, fixada pela importância de 2800 contos. transacção que a C. M. B. aprovou em sua

Um aspecto clo ecl,ifício do <<Esternato Bameìrense>>, quantdo este foi adquirido, em 196ï, pela C,XI.B.

sessãode 9-VIII-196?, sendo sancionadapeìo ConseÌhoMunicipal sete dias depois,vista a urgência do assunto e a necessidadede se concluir, breve, um empréstimo pàra â respectiva liquidação. Esse veio a ser contraído no Comissariadodo Desemprego,no montante de 3600 contos, por escritura celebrada a 10-XI-1967 (.). A compra do imóvel foi seguidamente efectuada (Escritura de 15-Xr-1967). Ainda a meio do 1.. período daqueleano escolar (1962/68), foi possÍvel abrir as aulas do 1.., 2." e 3." anos.

(1) Empréstimo (sem encaÌgos) reembolsável em 5 prestâções anlais de ?20 contos cadâ. Começou a ser amoúizado em NovemllÌo de 1968. Estará liquidado en Novembro de 1972.

777


O BARREIRO CONTEMPOR,ÂNEO Logo no ano de 1968, manda a C. M. B' proÌongar o 2'" andar do edÌïicio até à Rua da Mocidade Portuguesa, procede a algumas aÌterações internas e adquire vário apetrechamento indispensável ao seu total funpelo cionamento. Mais de 4500 contos, somaÌam as verbas aplicadas Município neste importante empreendimento, como a seguil se indica:

2 800000$oo Custo da proPriedade 1716 666$60 apetreehamento Obras executadas no edifÍcio e seu 4 516666$60

Total,

que comVamos, finalmente, deixar aqui reproduzido um quadro, pusemos, da evoìução do ensino liceal (em estabelecimento oficial) no (época Èar"eiro, anotando que no 1.o ano de funcionamento da Secqão 196?/68), esta foi dirigida pelo vice-reitor dr. Antero Bernardino Torres' passou ìicenciado em FiÌoÌogià Clássica, e a partir tla época seguinte, Madeira' a funcionar sob a tlirecção da vice-reitora dr." Felismina Gondim natural do Barreiro, licenciada em Ciências Biológicas e Geológicas' Segue-se o referido quadro: Anoa Eecolones

Ensi'no

Tvwoa

Aluno,

Obseruações

196?-68 1.o,2.' e 3.o anos 1968-69 2.o, 3.' e 4." anos

10 11

372 345

1969-70 3.', 4.' e 5.' aÌÌos 1910-17 1." ano (modelno) e 4.' e 6.' anos (antigos)

11

349

19

546

1.' ano (moderno) coraesponde actuâlmente ao 3.' aró (antÍgo).

31

889

2.' ano (modeano) corres ponde actualmente ao a.; ano (antigo). Mantìda aindâ I turma do 4." ano (antigo).

7971-72

1,o e 2.' anoõ (modexnos) 4." € 6." aÌtas (antigos) e 6.' âno (3." ciclo)

178

1' ano extinto, Pela criação do Ciclo Preparatório, onde Passou a ser mìnistÌado, 2." âno extiÌìto, idem, idem.


ADITAMENTO

Foi em X[aio de 1971 que se autorizou a instalação do 3.. Ciclo na Secgão Liceal do Barreilo. Na época 1972-73 funeionarâ jâ, portulto, o 7.' ano. Com vista ao funcionamento des:beCiclo, ficaram instaÌados na época de 1971-72, no 2." andar do edifício da Secção, os laboratórios de Ciências Naturais, de Física e de Química e uma sala de apoio às AuÌas Experimentais de Ciências Físico-Químicas.O mobiliário para os labora-

O etlificìo da Secção Liceal c|o Bat,j.eiro. A loto oferece Ln o.apecto da laclnda sob,Ì.ea Rua da Mocid,ctd,e PorhLgueaa, corìL o 3.o piso (2." a$ddr) iá, coÌnpletado. (Foto de José Trindade)

179


O tsARREIROCONTEMPOR.INEO tórios e ainda aìgum material pal:a o seu funcionamento folam glaciosamente cedidospela Co:mpanhial-lniáo Fabril, que prestou, assim, mais um bom auxíÌio à causztdo desenvolvimentodo Ensino, na viÌa do Barreiro. Por virtude destas alterações e também do aumento da frequência escolar, houve necessidade de instaÌar, na época de 1971-72, numa parte da sede do Luso FuteboÌ Clube, obsequiosamenteemprestada, 13 turmas do 1." ano Ìiceal (moderno), de alunos de ambos os sexos,obrigando esta instaÌação :r oblas no valor de algumas centenas de contos, a cargo da Câmara Municipal do Barreìro. A CRIAÇÃO DO LICEU NACIONAL

DO BARREIRO

Confolme resoluçáotomada em Conselhode Ministros de 12-X-1971, o Barreiro foi contemplado com um Ìiceu nacionaÌ misto, com 40 salas e dotado de uma secçãofeminina. O Decreto-Lei da sua criação legal (com mais vinte estabelecimentos de ensino da mesma categoria em diversos concelhos metropoÌitanos) tem o n." 447/71, de 25 de Outubro. Mais um importante passo, portanto, dado no sentido do maior desenvoÌvimento do Barreiro no sector da Educaçáo Nacional, devido ao extraordinário impulso que vem imprìmindo a todos os graus do Ensino o ministro daquela pasta, prof. dr. José Veiga Slmão - um nome mais a ÌecorcÌar pela nossa Vila-Industrial, como impulsionador, também, da mais profunda reforma educativa portuguesa de todos os tempos.

IV GALARDõES DA CÂMARA MUNICIPÁ,L DO BARREIRO CONCEDIDOS A PESSOAS E INSTITUIÇõES CIDADÃOS HONORÁRIOS DO BARRETRO (Medalha de Ouro e respectivo Diploma) Aütcmento

(to QuoÃ,ro pttblicado

ent' <<O Bart"eiro

Contempot'âo n> -

I,

pg. IX

:

Data da D€liberâção

RODRIGUES ADRAGÃO. - Vereador da C M B. de 25-X-196? -VICTOR 1-I-1946a 31-XII-1950.Vice-Presidenteda C.M.B. de 20-X-1955a 180


A.DITAMENTO j

dâ DeÌiberação

Entìdade Àsràciadâ

20X-196?. Nascido em Lagos, a 27-]{Iï-7917, É Chefe de Secqão do Movimento e Tracqão da Região Suì da C. P.

MEDALHA DE OURO DE BONS SERVIÇOS (Com respectivo Diploma) da DelibeÌ8ção

Instituiçáo

31-III-1948 -FUTEBOL

CLUBE BARREIRENSX

24-VII.195O - LUSO FUTEBOL CI,UBE 71-I-7962 -GRUPO

DESPORTIVO DA CUF

9.VI-1965 - COMPANIIIA

UNIÃO FABRIL

6-XII.19{J7-SOCIEDADE FILARMÓNTCÀ AGRÍCOLA LAVRADIENSE 30-v-1969 -ASSOCTAÇÃO IIUMANITÁRIA RIOS DO SUL E SUESTE

DOS BOMBEIROS VOLUNTÁ-

31-VIÌ-1970-SOCIEDADE DE ÌNSTRüÇÃO E RECREÌO BARREIRENSE ((OS PENICHEIROS))) 3l-VÌI-19?0- SOCIEDÁDE DEMOCRÁTICA FRANCESES))

UNIÃO

BARREIRENSE

k(OS

MEDALHA DE PRATA DE BONS SERViÇOS (Com Ìespêctivo Dipìôma) d Deliberâção

2?-XII-1950 -

Entidade AgÌâciÂdâ

Domingos António do Sul e Suestê.

2?-XII-1950 -Joaquim

da CostaMânuel Maria

da Cruz Piloto -

Chefe de Secção dos Bomleiros

Chefe de MateÌiâi dos Bombeiros do Sul e Sueste.

11-III-1964

-Eng.o

da Luz da Silva Bruschy, da C.P.

29-IV-1964

Júlia da Soledade Antunes Franco -D. Ìio OficiâÌ (já falecida).

187

Plofessora do Ensino Primá-


O B AR R E T RO C ON TE MP OR Â N E O Deta dâ DeÌiberação

Entidade AgÌãciada

24-II-1965 -$fenrique da Costâ Saütos, comercianteì€rreiÌense (então domiciliado em Luanda e actualmenteresidente no BaüeiÌo). 23-III-1966 -D. Ilda Amélia do Carmo Adragão - Plofessora do Ensino Técnico e Delegada da M. P. Ì'eminina no BaÌÌeiro. 31-I-1968

- Artur da Silva Ribeiro - Prof. do Ensino Prirnário Oficial e Delegado EscolaÌ do Baraeiro, aposentado.

Rosa Mada Pinto - ProJessora,aposentada do Ensino Primário 2-V-1969 -D. Oíicial, em ?âlhais, (65 anos â ministrar o ênsino). 30-V-1969 - Abílio da Fonseca- Chefe dos Bombeiros do Sul e Sueste. 30-V-1969 -JoÌge

Mârques- Bombeiro de 1.' dos BombeiÌos do Sul e Sueste.

Rodrigues da Silva Vieira - Bombeiro de 1." dos Bombeiros 30-V-1969 -Aúur do Sul e Sueste. 30-V-1969 - Gabriel da Costa Atalaia - B,ombeiro de 1." dos Sombeiros do Sul e Sueste, 30-V-1969 -Luís

Páscoa Simão- BohbeiÌo de 2" dos Bombeirosdo Sul e Sueste.

B0-V-1969 -Júlio

Meim Magano- Bombeiro de 2." dos Bombeirosdo Sul e Sueste.

- Sombeiro de 2.' dos Bonbêiros do Sul e 30-V-1969 - Vitorino Pratas Machad,o 30-V-1969 - JoaquiÌn de Oliveira - Bombeiro de 2.n dos Bombeirosdo Sul e Sueste. 30-V-1969 - Américo Coelho Feueira - Bombeirc de 2." dos Bombeiros do Sul e Suestê30-V-1969 -J."'ác Nunes FeÌreila-

Bomleiro de 3.' dos Bombeirosdo Sul e Sueste.

30-V-1969 - Venceslaude Oliveira - Chefe de Secçãodo Corpo de SalvaçãoPública. 30-V-1969 - Manuel FeÌnândes- Motorista do Corpo de Salvação Pública' 30-Y-1969 -João

Porêlo- Bombeiro de 2." do Ooapo de Sâlvâção Pública

3O-V-1969 - CâudidoMarques Pacheco- Chefedo Corpo de Bomb€ircsda C. U. F. 3ÈV-1969 -Cândido Marques Pacheco- Chefe do Corpo de Bombeirosda C,U.F. 30-V-1969 -Joaquim

Travassos- Chefe do Cor?o de Bombeirosda C.U.F'

30-V-1969 - César Gomesdos Santos- Subchefedo Corpo de Bombei}osda C. U. F.

182


ADITA}IENTO

ltntidade

df, DeÌiberação

30-V-1969

Pedro tr'erreira -

-João í1

ÌÍ

AÉilacìâdà

Bombeiro de 1.' do CoÌpo de Sombeiros da

E!

30-V-1969

-

António Nunes dos Reis -

Bombeiro do Corpo de Bornbeiros da C. U. F.

30-V-1969

Joaquim Azeitcna -José C . U. P.

Bombeirc de 1.' do Corpo de Bombeiros da

30-V-1969

Moreno da Silva -Joaquim da C. U. F.

30-V-1969

-José

30-V-1969

-

Pompílio Clâudino dos Santos Ìos da C, U. tr'.

30-V-1969

-

José Pires Folgado -

30-V-1969

-João

Fernandes-

30-V-1969

-João

Manuel -

30-V-1969

-

Mânuel dos Reis Alho Belga d a C. U. F.

30-V-1969

-

Manuel Tavâres -

30-V-1969

-

AdoÌfo MouÌa -

30-V-1969

-

Francisco Jâcinto Pereira cÌa C. U. F.

30-V-1969

-João

30-V-1969

-

30-V-1969

-José

António Rodrigues -

c.u.r.

Bombeirc de 1." do Corpo de Bombeiros

Bombeiro de 2." do Corpo de Bombeiros da Bombeiro de 2.' do Corpo tle Bombei-

Bomleiro de 3." clo Corpo de Bombeiros dâ C. U. F.

Bombeiro de 3." do Corpo de Bombeiros da C.U.F.

Bombeiro de 3.' do CoÌpo de Bombeiros da C,U,F.

Antunes -

Bombeiro de 3." d0 Corpo de Bornbeiros

Bom}eiÌo de 3." do Corpo de Bombeiros da C.U.F. Boml:eiro de 3." do CoÌ'po de Bombeiros da C.Ü.F. Bombeiro de 3." do Corpo de Bombeiros

Bombeiro de 3." do Corpo de Bombeiros da C.U.F.

BeÌúardino dos Santos Miranda beiros dâ C. U. F. dos Santos -

Bombeilo de 3.' do Corpo de Bom-

Bombeiro de 3," do Corpo de Bombeiros da C.ü.F.

20-VI-1969 -

Henrique José- EncaÌÌegacìc das Oficinas da C.M.B., âposentado. (40 anos e 3 meses de bons serviços: de 1-I-1929 a 18-VI-1969).

26-IX-1969

-

Carlos Francisco Ribeiro da Silva (l,rfesite C.ü/los) - Mestïe de Obras da C.M.B. aposentado. (31 ânos e 6 meses de bons serviços: de 28-II-1938 â 23-IX-1969).

16-X-19?0

-

Amadeu MaÌques. - Servente de Limpezâ da C,M.B., ãposentado. (44 anos de bons serviços: de 9-VÌïI-1925 â 11-VÌII-1969).

16-X-19?0

Luís - Servente de Limpeza da C. M. 8,, aposentado, (42 anos -Valentim e 6 meses de bons serviços: dê 1-II-1928 a 1-VIII-19?0).

183


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO Dãtã da Dêlibe!âção

Enlidâdê Asraciadà

16-X-19?0

-Acácio ta d o .

20-XI-19?0

-Maria

Rodrigues da Silva - Servente de Limpeza da C M' B, aposen( 4 0 a n o s e 3 m e ses de bons servi ços: de 1-I-1930 a 1-IV -1970)' Resende -

de Lourdes

MEDALiIÀ

Artista

BaneiÌense

(Cançonetista)

'

DE COBRE DE BONS SERVIÇOS (Com lespectivo Diploma)

Dala Entidâde -4sraciaóa

2?-XII-1950 -DaYid

Leote Porfíúo João MaÌta-

Subchefe do Corpo de Salvação Pública' Sulchefe

27-XII-1950 -

António

27-XII-1950 -

João Neto dos Santos -

2?-XII-1950 -

Augìrsto Dias Pinheiro -

27 -X:|r-1g50 -

Jorge Marques -

2?-XII-1950 -

Abítio da Fonsecâ -

2?-XII-1950 -José 21-XII-lgíO

-

do Colpo de Salvação Pública'

Bombeiro de 1 " do Corpo de Salvação Pública Enfermeiro

Motorista -

Chefe dos Bombeiros do Suì e Sueste

Bombeiro de 1" dos BombeiÌos do Sul e Sueste'

António Ramos -

Bombeiro de 1.' dos Bornbeiros do Sul e Sueste.

Artur Rodrigues S. Vieira e Sueste.

2?-XIi-1950 -

Elias Mendes Liberato Sueste.

2?-XII-1950 -

Flamiano da Silva -

2?-XtI-1950 -

Manuel Nogu€iÌâ -

Bombeiro de 2.' dos Bombeiros do SuI

Bombeiro de 2." dos Bombeircs do SuÌ e

Bornbeiro de 3." dos Bombeiros do Sul e Sueste' Bombeiro de 3.^ dos Bon:beiros do Sul e Sueste'

30-V-1969

Mânuel da Costâ MaÌtins -VítoÌ do Sul e Sueste.

30-V-1969

Manuel Pereira -Joaquim do Sul e Sueste.

30-V-1969

-José

3O-V-1969

-

30-V-1969

-José

30-V-1969

Gonçalves Ascenção -Manuel e Sueste.

Ferreira Júnior -

Inácio Caeilo Sueste.

do Corpo de SaÌvação Pública'

de 1'" dos BombeiÌos

Bombeiro de 1." dos Bombeilos

Bombeiro de 2.' dos Bombeiros do Sul e Sueste'

Martins -

Martins CoeÌho -

Rebocho -

BombeiÍo

Bombeiro de 2." dos Bombei|os

BohbeiÌo

1glt

do Sul e

de 2.' dos Bombeiros do Sul e Sueste'

Bombeiro de 2.' dos Bombeiros do Sul


ADÌTAMENTO Dalê dâ Dêlib€iâçáo

Entidade

30-V-1969

da Palma Calado-António Sueste.

30-V-1969

da Conceiqão Lopes -Armando Sul e Sueste.

Bombeito de 3." dos Bombeiros do Sul e Bombeiro de 3," dos Bombeiros do

Pereira Rebocho -

Ângelo Martins Sul e Sueste.

30-V-1969

Asrâciâdâ

Bombeiro de 3.' dos BombeiÌos do

30-V-1969

-

Hermenegildo MâÌia Sul e Sueste.

30-V-1969

-

Dr. José Godinho Canário -

30-V-1969

-

António João Mâúa -

Subchefe do Corpo de Salvação Pública.

30-V-1969

-

José Inácio da Silva -

Bombeiro de 3.' do Corpo de Salvaçác Pública.

30-V-1969

-- Jaime Araújo

30-V-1969

-

30-V-1969

-Artur

30,-V-1969

-Afonso

Soares -

Simáo Cordciro Raimundo -

Comandante do Corpo de Salvaçáo Públicâ.

Bombeiro de 3." do CoÌpo de Salvâção PúbÌica.

Pinto

Mateus

Vilfredo Pública.

Sequeirâ -

Bombeiro de 3.' dos BombeiÌ'os do

Bombeiro

de Salvação

Bombeiro de 2." do Corpo de Salvação Pública.

Motoristâ

do CJÌpo de SâÌvação Pública.

Bombeiro de 1." do CoÌpo de SaÌvação Pública,

30-V-1969

-

João da Cruz da GÌória -

30-V-1969

-

Gilberto Rodrigues Engrácio Pública.

30-V-1969

-Jerónimo Pública.

30-V-1969

-

30-V-1969

de 2." do CoÌpo

Antunes de Oliveira -

Bombeiro de 2." dc Corpo de Salvação BombeiÌo de 3." do CoÌpo de Salvaqão

Manueì Domingos Gomes Figueiredo SaÌvação Pública.

Bombeiro de 3.' do C'crpo de

Ántónio Manuel da Silva tr'ernandes Salvação Pública,

Bombeiro de 3.' do CoÌpo de

BombeiÌo de 2.'dc

30-V-1969

-

Adolfo Valente -

30-V-1969

-

Onofre dos Santos Luís Bica da C. U. F.

30-V-1969

-

Amadeu Lopes da Lomba da C. U. F.

30-V-1969

-

António Marques Testa da C. U. F.

30-V-1969

-

Alfrêdo

c. u. F,

Mateus Dias -

Corpo de Bomleiros da C.U,F.

Bombeiro de 2.'' do Corpo de BoÌnbeiros

Bombeiro de 2.' do Corpo de Bombeiros BombeiÌo

de 2." do Corpo de Bombeiros

Bombeiro de 2.^ do Corpo de Bombeiros dâ


O BARRI]IRO CONTEMPORÂNEO

!:ntiihde

30-V-1969

-

F|ancisco Felreira -

Agrâcjadâ

BombeiÌo de 2"

do Corpo de BombeiÌos da

c.Ü.r'.

Manuel Pinto 30-V-1969 -João C. U. F.

BombeiÌo de 2.' do Corpo de Bombeiros cla de 2.'do

Corpo de Bombeiros

30-V-1969

Ìleitor da Luz-Bom}eiro -Guiìhelme da C. U. F.

30-V-1969

Francisco Domingos alas Neves beir:os da C. U. F.

Bombeiro de 3." do Corpo de Rom-

Joaquin da SiÌva Nascimentoirêiros da C. U. F.

Bombeilo de 3," do Corpo de Bom-

AméÌico Gomes Dias Teixeila heilos da c . U. F.

Bombeiro de 3'

30-V-1969

-

30-V-1969 30-V-1969

-

Agostinho Peles Sântanâ oa C. U. F.

do Corpo de Bom-

Bombeilo cÌe 3." cÌo Corpo de Bombeiros

NOTAS DIVERSAS UM COLECCIONADORE UM CRONISTA DoÌs Barreírenses-um rÌe rai,z, outro ud'optivo- sem1ireinteressados' cúd,a'um de suo'forma, pelas <Coísasda no$ú terra> JOSÉ ANTóNIO MARQUES. - Nascido no Barreiro, a 1de Maio de 1900, é, desde â sua mocidade, um coÌeccionador persisteÌ1te de programas de toda a espócie de espectáculos realizados não só no Barreiro e suâs freguesias, mas também em muitas outrâs ter.ras do nosso PaÍs. Possuj, ainda, numerososrecoÏtes de diversos jornais, de noticiário local, o que tudo lhe ocupa, cronològicamentedisposto, algumas dezenas de pastas. Admitido nos Cam. Ferlo do Sul e Sueste, a 24-IX-1918, passôu à situação de aposentadodâ C. P., como revisor de material de 1." classe, com 42 ânos de servìço, a 12-IX-1960. Amigo e admiïador das sociedadesde recreio, é um adepto, 186


ADITATI]'NTO sempïe prestânte e eÌltusiasta, da S. I.R.B. ( <Penicheiros> ), da qual é anos, José mais de duas dezenas de Durante associadodesde 1-III-1917. por ocasião do CarnavaÌ, António Marques caprichou em se apresentar, mascarado de dama, bem vestida e ataviada, percorrendo sem máscâïa, mas caracterizado, as colectividades Ìocais, a cumprimentar todas as pessoasconhecidas (damas ou cavalheiros), com a mais perfeìta compostura e seriedade. E nunca teve de enfrentar quaÌquer faÌta de respeito, à parte os naturais dichotes da época. De todas as vezes que se mâscârou com trajes do sexo feminino, ele posou para fotografia em num artístico áÌbum <atelier>, náo sendo o conjunto dessasfotos (e pitoresca) das suas várias colecções...Tem ültimenos interessante â ornal rÌ.o Bameiro, uma secçáo de efemérides mamente mantido, no J ìocais.

ALFREDO ATÌGUSTO DA COSTA ZARCOS nàsceu Ììa Mina de S. Domingos (concelhode MértoÌa), a 20-VIII-1909, onde só viveu durante um mês, ao fim do qual veio para Lisboa, com süa mãe e irmão, juntzrr-se ao pai, mecânico montador na Empresa IndustriaÌ Portuguesa, na c:rpital. Baptizado na Igreja dos Jerónimos, em BeÌém, veio, com dois mesesde idade, para o Barreiro, onde o seu progenitor, Augusto José Zarcos, se encontrava, por conta da citada Empresa, a dirigir a montagem das primeiras fábricas da C. U. F., nesta qual, viÌa, na convidado por Alfredo da SiÌva, ficou depois a trabalhar, como chefe de oficina. AÌfredo Zarcos, aos 13 anos, entrou, por sua vez, ao serviço da Companhia União Fabril, onde esteve dur:rnte 42 anos, como empregado de escritório, aposentando-seem 1965. Longa tem sido a actividade jornalística de Alfredo Zarcos. Foi em 1936 que começou a escÌever, na Imprensa, estreando-seno semanário O Burreiro, onde deixou numeïosos artigos, reportagens, críticas de futeboÌ e basquetebol e entrevistas. A paúir de Novembro de 1944, ainda no mesmo semanário, sob a direcção de Aníbal Pereira Fernandes, iniciou a publicação periódica da Nossa Terra>, que obteve geral aceitação da secçãointitulada <<Coisas por parte dos leitores. Em Mâio de 1950, com o aparecimento do Jornal 187


O BARREÌROCONTEMPORÂNEO do Barreiro, continuou com aqueÌa secçáo,para a quaÌ Adérito Gravata desenhou um zrltístico c:rbecalho.uCoisas da Nossa Terrao teïminou em Abril de 1952, dando lugar a uEsta Sem:rna Aconteceu,, que durou até Novembro de 1954.Vieram a seguir <lmagens da Semana>,uDo Desporto e do Cinema> e <Carroussel>,àté que, em 1958, passou a escrever sem títulos certos. Cada crónica ou artigo passou a exibir um título de ocasião.E assim continua ainda. Alfredo Zarcos é o correspondente, no Barreiro, d.o Jornal d.e Notícias, do Porto, desde 1948, e colaborador do Dió,rio clo Norte, também da capital nortenha. É também o correspondente locaÌ do Di.drio de Notícins, de Lisboa, desdeJuÌho de 1969, tendo sido âinda o correspondentelocal de O Século,de Setembro de 1963 até Janeiro de 1971, cargo que voÌuntàriamente deixou. Foi editor de vários números comemorativos do aniversário do F. C. Barreirense (') e redactor do Jomal deste Clube, em 1961-62,tendo sido bibliotecário da Biblioteca do Barreirense, da quaÌ foi fundador, de 1929 a 1932 e em 1938. É coìaboradordo Boleti,m CUF - Informação Internu,, tendo ültimamente sido o director do Jornal comemorãtivo do Centenário da Soc. Democrática União Barreirense (<Franceses>),1970. Eis uma súmula dos nossos apontamentos a respeito da actividade jornalística de Alfredo Zarcos, que, através deÌa, ganha ìegìtimamente o direito ao títuÌo de cid,addobarreirense,, pelo interesse que nunca deixou de mostrar pelas gentes, pelas coisas, peÌos valores e pelos probÌemas do Barreiro.

PARA

A HISTóRIA DO <28 DB MAIO> UM ESCLARECIMENTO

Em carta informando da recepçãoe àgrâdecendoos dois primeiros voìumes da Monografia do Barreiro, datada de Lagos, 28-IV-66, dirigida peÌo generâì Leonel Neto Vieila ao, então vice-presidente da Câmara MunicipaÌ do Barreiro, agente-técnico de engenharia Vítor Rodrigues Adragã0, seu comprovinciano,a quaÌ foi cedida ao Autor por fotocópia, dignou-se aquele iÌustre militar fazer os escÌarecimenosque a seguir

O

- I'í V. O Barreìro Contenïf)orâneo>>

t88

Pârte-Cap.

Único-Á

Imprensa.


ÂDÌTAMENTO reproduzimos e muito agradecemos sobre a nârÌativa em que citámos S. Ex." e que constitui o Cap. II de <O BARREIRO CONTEMPORÂNEO>, intitulado O Burreiro na Retolução tle Maio de 1926 e n& Reaolta de Fet:ereiro de 1927: <O 33 (o RegÌmento tle Lagos) stilr do seu quartel,à 1lt du madrugada do dio, 28 rJeMai.o e não ò,s 6 IL.-O sr General Gomes da Costa só rr,ssumiuo comandctrle torJusas tropas re'Ltoltosasna Amadora. - O Presirlente tlo comité reuolucioná,rio não era o Comandante Ca,beçatlct s. Do comité fa.ziam parte o General Sinel de Cortles, o Coronel RauI Estetes e o Comanclunte Filomeno dcr,Câmara. O Generttl Carrnona deu logo de início o seu rtpoìo ao mouúnento, mas não quis que falassem nele. O Comantlonte Cabeçado,sf oi escolhÌdo pelo Dr. Bernard,ino Machad.o por ser ulne pessot, tlu, sua confiança política, e ndo por ser presidente rlo comité., que d.e lacto não era, embora tiaesse traballmdo muito para o êrito rlo mou'ímento. Estaau preso em SantrLtém. qu.and,oo Dr. MaclntÌo o mqnrlou apresentur em Lisboa pma o nônrear presid.e'nterlo Consellto (na 1.o nome çõ.o).>. Confirma-se, assim, que foi uma unidade miÌitar do Algarve a que primeiro saiu para a revoÌuçáo, facto este que não temos visto posto em devido reÌevo por alguns historiadôres do Movimento de 28 de Maio. Quanto à última parte do seu valioso esclarecimento,que pode, porventura, prestar-se a interpretaçáo errónea (não ncs esqueçamosde que os acontecimentosrelatados se situam já a mais de quâïenta anos de distância e que as novas gerações muito pouco sabem do que então se passou, quiçá das suas fortes razões...) referimos que Mendes Cabeçadas Imui,a sitlo preso em Santarém quando, com o Comandante Armando Ochoa, e o Major Brito Pais, seguia par:r o Nor:te,ao encontro de Gomes da Costzr.

189



r I

I

ANOTAÇÕES FINAIS

i

I

Pessoas citadas de cujo falecimento, depois de 1968, tivemos notíciâ: 1-

Em (O Ban'eì,ro Anügo

e Modertuor, (1963) I Anotsção

Nomê

Pás.

Rebelo de An-

Fel. em Lisboa, ooÌn 65 anos de idâde, a 15-VIII-1971.

l'12

Ftancisco José Araújo dÌade

178

Mâdalena do Carmo Paulos

Nasc. em Poúimão, a 14-XII-1901, fal. em Lisbca, â 19-XI-19?0. Leccionou durante 46 anos. (Ens. PÌimárìo Oficial).

782

Jacinto

Ind. e pÌopÌietâÌio. Na,sc. no BarreiÌo, a 25-I-1904, fal. nesta vila, a 1-I-1970.

262

Celestino Baptista

Ferrov.o aposentado, Nat. do BarÌeiÌo e fal. nesta vila, com 89 anos de idade, a 16-VII-19?1.

MaÌiÀ Cristinâ Rescnde Dias de Oliveira da Silva

Fal. com 92 anos de idâde, em Lisboa, no seu pâlacete do Largo de St." Câtârinâ, a.' 2, a 26-I-1970,

372

Dr. Áugusto

Eminente jornalista, escritor e diplomatâ. Nasc, no Porto, a 11-I-1883, fal. no Estoril, â, 24-VÍI-7V77.

470

J Oaqurm EeoÌo uoelho uuerÌerro

Nicola, Covacieh

t :

I

I t

de Castro

:

Ind. e proptietário. Nat. de S. Brás de Alportel, Fal. em Lisboa, em Outubro de 1969.

I

I I

t

i

191


O BÂRREÌRO CONÏEMPORÂNEO Pás.

4i3

Joaquim António

2Pás. 54

Ânotação

Nome

(Matcos da Costd)

Em <<OBaneóro Conten po,râneor>- I (1965): Non€

AnotÀção

Ten. de Infantaria. Nasc. em Lisboa (freg. de Santa Isabel), a 13-II1-1880. Fâl. na mesma cidade, a 12-II-19?0.Áss€ntarâ prâça eÌr 1906, tendo paúido, em expediçãq para Moçambique,€m 1901 e regressado do UÌtramaÌ eru 19o7. Fromovido a alferes em 1917 ê a tenentê em 1921. Passa.ra.à Ìeservâ em 1936.

Bento da Silva Fernandes

Notário do Barreiro, de 1916 a 1958. Nasc. em Sesimbra,a 8-XII-1891, fal. no Barreiro, a 18-VII-19?0.

86-87 Manuel Preto Chagas

87

Prop, e agricultor. Fal. a 15-XI-1969, com 79 anos,EÌ:a nat. do Alhos Vedros.

Prnof. universitário. Nasc. ern Vimieiro (Santa CoÌtrbaDão), a 28-IV-1889. Fal, em Lisboa, a 27-VII-1970. Notável doutrináÌio político, abâlizâdo financeiro e, formalmente, um escritor. foi o instituidor do Regime CoÌporativo em PoÌtugal, peÌmanecendo no Governo o dilatado pedodo de 40 anos e 5 Ìneses (de 27-IV-1928 a 26-IX-1968 (14 763 dias), tendo exeÌcido o cargo de Presidente do Conselho de Ministros durante 36 ânos, 2 mesese 22 dias, de 5-VII-1932 a 26.Ix-1968 (13233 dias). No período anteÌior, de 2?-Iv-1928 â 4-VII-1932 (1530 dias), exercera o cârgo de ministÌ1odas Finanças. Uma queda que sofÌeïa, nâ sua residência de Verão, no Estoril, em 5-VIII-1968, grave doença lhe provocou,com várias complicações. lutando ainda com a morte duÌante

António de Oliveira Sâlazaì

192


ANOTAÇÕES FINAIS Anotação

quase dois anos. - Sepultado (ao lado dos pais e de uma irmã) no cemitério da sua terra natâI, a 30-VII-1970. Sobre a campa, uma lápide em qlre se inscÌeveram três iniciais: A, O. S. e uma data: 1970. 91

Maria de Lourdes Mongiardim da Costa Figueira Oliveira MonteiÌo

Fal. em Luandâ, â 11-IX-1968.

r32

Henrique Galvão

Rompeu, em 1950, os compromissos que o ligavam ao então denominado Estado Novo, terminando, no posto de capitão, â sua câÌreirâ. Preso, mais tarde, por conspiração contra a. situação política, foi condenado, evadindo-se da prisão, em 1959 e recolhendo-se à protecção, em Lrsboa, da repÌe!*entação diplomática dum país sul-americano, Seguiu depois para a Argentina. Na mâdrugâda dê 22-I-1967, comandou o assalto ao tÌansatlântico Soztít Maria, no Mar das Caraíbas, com a finaÌidade de chamar a atenção mundial parâ a situação po1ítica terminando a sua ttoltuguesa, aventura num porto do Brasil, nação aonde, finalmente, se acolheu. À 25-VI-1970, com 75 anos de idade, faleceu no Sanatório Bela Vistâ, dè S. Paulo, onde estava inteuado há 4 anos, com arteÌeoscÌerose cerebr.al, tendo raros momentos de lucidez. Foi sepultado no Cemitério da Cachoeirinha,, daqueÌa cidade, acompanhado de seis poriugueses idosos e fiéis ao chefe duma causa perdida.

180

João Grado Ribeiro

Nat. de C€bolâis de Cima (C. Branco). Fâl. no Lavradio, com 58 anos de idade, a 23-I-19?0.

193


l O BARREÌRO CONTEMPORÀNEO Anotação

Nohe

Pâs.

184 e 233

Empreg. de Xscrit. (Chefe de Secção) da C. P., âposentâdo, Nat. da freguesia de S. Pedro (Faro), Fal. en Lisboa, onde há anos residia, a 18-XII-19?1, com 83 anos de idade. (É também citado no Cap. X de O Barreb'o ContenLpoú,neo - III) .

Mâteus Gregório da Cruz

2n

João dos Santos Prates

Ohefe de escritório da C,P,, aposentado. Fal. no 3aÌÌeirq a 5-II-19?0, com 70 anos de idade.

231

Lopo de CaÌvaÌho

Distinto médico, tisiólogo. (De nome completo: Fausto Patrício L. de C.). Nasc. na Guâadâ, a 15-V-1890, fal. em Lisboa, a, 23-V-19?0.

José Mâria rido

300

Aurélio

Garride

y Gar-

Oo-proprietârio da Quintâ Braz, no Barreiao, Fal. em Lisboa, em 1969. Bispo de Febiana. Nas. em Alcobaça, â 9-IV-1904, fal. na Nazaré, a

D. António de Campos

10-vIIr-1969. 361

Ajud. de farmácia. Nat. de Vila, Real de Santo António. Faì. em Lisboa, â 14-X-1970, com 48 anos de idade.

Álvaro Tenório da Silva Fétix

3-

Em (O Barreìro Conlemporô,neo>t - \ï

?ác.

(1968\ t Anotação

24

AÌtur Resende

Funcionáaio púbÌico. aposentad'o. Natural dê Ovar. Fa,lecido no Barreiro a 2-VII-1971, com 81 anos de idade.

4l

Máaio dos Santos Cândido

IddustÌial e pÌopdetário, Nat. do Bafleixo. tr'al. nesta vila, com 69 anos de idade, a 24-1-791I.

4A

BelisáÌio Pimenta

Coronel. Nasc. em Cbimbra, a 3-X1879, fal. em Li8boa, a. 10-XI-1969. Deixou abundante e precioso espó-

191,

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l l I


ANOTAÇõES FINAIS Anotação

lio literário que, por disposiçãotestamentária, legou à Biblioteca-Geral da Universidade de Coimbra. Cap. do Q. S. À. E., âposentado.Nat. de Lisboa. tr'âI, no BarrêiÌo, com ?5 anos de idadê, a 16-VI-1971.

63

Boaventura

69

João Rodrigues

69

Lüís Ferreira

Ferroviário aposentado. Nasc. no Barreiro, a 13-VIII-1888, fal. nêsta vila, a 13-V-1970.

69

Raimundo Ferreira

Func,' dos Sew. Municipalizados da C. M. B. Nat. do BarÌeiro, fal. nesta wila, a 19-VII-19?0, com 89 anos de idade.

69

Mânuel

78

António Silva

Âctor teatral, De nome completo: Ant6nio Maria da Siìvâ. Nasc. em Lisboâ, a 15-VI[-1886, faleceu na mesma cidade, a 3-III-1971.

t72

Artur Duarte (Neto)

Empreg. da C.U,F., no BaÌreilo, fal. neÊta vila, a 21-II-19?0, com 57 anos de idade,

728

(Notâ')

1.' Sarg. da Marinha; aposent. Nat. do Poúo e fal. no Batreiro, a 11-VII-1971, com 70 anos de idade.

151

Artur Eduardo do Couto

dos Santos Martins

dâ Silva

Ferroviârio âposentado. Nasc. no Bãrreiro, a 10-I-1896rfal. em Lisbda, a 4-XI-19?0.

Lindim

Àntigo negociantÊ.Nasc. no Escouraì (Montemor-o-Novo). Foi, em Lisboa, onde faÌeceu a 29-XI-19?1, com 85 ânos de idade, chefe de ccnrpras do Di,ó,rio de Notíc'ias. Sep. em jazigo de família no Cem. de Vila Chã (Ba.uei"o).

Sirnolício

António ?ereira Dias

Nasc. no Lal*adio, €m 1898, fe,l, nâ freg. de Belém (Lisboa), com 73 ânos, a 24-VI-19?1,

195


O BARREIRO CONTEMPORÂNEO AnotaçAo

NoBe

114

(Nota') Iigueüedo

Joaquim tr'igueiledo. Antigo futebcìista do F, C. B. Fal, €m Lisboa, â 5-IV-1969.

178

Raúl Pascoal

Antigo futebolista do F. C,B. Nat. de Ameâl (T. Vedras). MoldadoÌ mecânico. Fal. de desâstre de viação. no BâÌaeiro, a 2-III-1968, com 53 anos de idade.

339

José VasconcelosMatias

Chefe de Seeção dâ (ProfabrilD, âposentado. Nat. de Évora, fal. em Lisboa, com 70 anos de idade, a 12-VII-19?0.

360

Eurico A. Pires Dìnis

Operário da C. U. F., Fal. a 4-II-1971.

411

JoaquiÌr Ba'ptistâ Mota

IndustriâI. Nât. de Álcânenâ. FâÌ. em Lisboa, â 2-X-19?1, com 64 anos de idade.

426

Aníbal Pereira Fernandes

Chefe do Rep, da C. P,, âposentado. Fal. em LiÊboa, a 7-II-1971. SepultadÌo no Barreiro (Oemitério de Vila. Chã), em L

431

Saldanha Carreira

Func.' sup. do Banco de ?ortugal, aposentâdo. (De nome completo: Jorge Aníbal dê S.C.). Comb. da 1.' Grande Guerra. Nasc. em Lrsboa, a 12-I-1887, fal. na mesma cidade em Maio de 1970.

4-Em Pae. 727

(O B&rreiro

ConteÍLporïneor, -

III

âposentado.

(7971\.

Noúe

Nasc. no Barr:eiro, a 18-VIIÍ-1884, fal. nesta vila, a 25-XII-19?1. (A farmácia, cuja direcçãotécnica assumiu durante ceÌca, de quarentâ ânos, â seguir a seu pai, Joáo Dias CoÌreia Pimenta, fora fundâda Por seu avô, Rafael Pimenta, em 1845).

Ema da Costa ?imentâ

196


ANOTAÇÕES

FINAIS

CORRIGENDA.-No Câp. I*tsóoço da eroluçdo inclustríal do Barreiro, ía pá9. 14, 30." linhâ, onde diz (em 1946), deve ler-se <<em,191!7t>,(em pLena laboraçã,o d.esde19t'//48). No Cap. VI-Ouúras aó,rias indústrias Locais, ía. pág. 113,4," linha, onde diz (desde 1967D, deve ler-se (desde 1968). Mais precisamente: desde 25-VII-1968. Taata-se da dala, a paúir da qual se tolnou obrigatória, neste concelho, a entregâr pelos produtores, do leite em natureza destinado ao consumo púbÌico ou à indústrìa, nos postos de Ìecolha estabelecidos parâ tâl fim (V. Dec,-Lei t." 47110', de 18-V-1967, sobre desenvolvimento do fomento pecuário e posteriores despachos ministeriais), sendo â preparação do produto, embalagem e suâ distribuição para venda efectuadas por organismos denominados coopetatìlas de prod,ldores ou aTras u,niões- Os concelhos do distrito de Setúbal em que actualmente (1970) vigora tâl Ìegime são cinco: Almada, Seixal, Sesimbra, BaÌreiro e Moita, todos zôúa de acç'ao da Cooperativa AgïícoÌa dos Plodutores de Leite de Almada e Seixâl (C.A.P.L.A.S"), com sede em Almadâ, e associada da União das Cooperativâs Abastecedoras de Leite de Lisboa, (U. C. Á. L.).

197


A CONCLUIR

Danclo por termínarla a obra que, em Janeiro d,e 1961' começou a 'pref.nrúr parú publìcação em li'aro, a conai'te da Cãmala Munì'cÌpal deste concelho- a MONOGRAFIA DO BARREIRO, que houoe de ser repartid,a por qu&tro Dolumes- cabe, ai'nda, ao Autor regi'strLr mais umas pab,uras, neste Lugur e neste momento. E traça-as nõo sem Sã,o elas, açrenas, de AGRADECIMENTO' irreprímiuel, emoção, que melhor compreenderd, em especial',tod'o aquel'e que jd, sentiu, alguma aez, o p6o e a resT\onsabì'Lidadedama missão naturezd ou d,ecaracterísticassemelhantes,e, ao cabo, com a cons' d,estcL ciêncìa tranquÌIa, a considerou cunxprida. Assim, o Autor agrodece, em primeiro lugar, u Deus, por lhe ter conceüdo uida e saúd,efísica e mental para serenamente concluír este traba.lho, embora, certamente, i,mperf eito, dentro dos moldes e nas cond,içõesem que lìberabnente o projectou; em segundo lugur, a uma entülqde ad,ministrati,aa: a Cô,mara Municipal do Bameiro, que üsseguro%- e tumbém cumeriu - a publi.cação da obra planea'd,ú;e, em t'erce'iro lugar, a tod,osos que o aurili.aratn ( tanto o seu pedido, como espontâ'neamente), com elementos aarios, inf om,to,çõesou simples ind'icações sobre assuntos que ele entendera carecid.osde mais completa referência ou aprectaçdo' e são muitos aquelesa quem este final agradeeimentodirige, e que fica repartid,o nd.o só 1:ela proaa d,e o.mizadee confiança, que lh,e tÌeram, mas també.mpeh, prorn, igualmente niio menos grata ao Autor, rle que alguns m,óritos entend,eram atrtbuir a esta Obra, que, tlesc\e a *ua mocidade, estudando e carreancÌo ptra ela os materi.ais, ideolizara escreuer.

Segue,'integrad,aneste aolume: MIS C E L Â NE A Figtnas e Fo.ctos do Bameiro de Várias Iípocas

198


Íxnrcns



ÍNDICE

DOS

CA P Í T I ] L O S Pá"s.

9

APRESENTACÃO CapÍTúÍo >

r-Esboço dâ evoluçãoindushial do Barxeiro (Do domínio do aúesânato às grandes indústÌias) II-O 1-

D

Barreiro levanta um m'onumentoa, Alfredo da Silva (1965). Alguns antecedentes,2-A execução do Monumento

Companhia União FâbÌil. Em constante progtesso as fábÌicas do BarÌeiro, que ÌepÌesentam 8070 da actividade da Empresa Centenário da C.U.F., a Càmara Municipal do Barreiro -No galaÌdoou a gÌande EmpÌesa (1965) - Período de 19,65/66 7g6g/70t . ^ - hodutos e correspoldentesproduçõesdas fábricas dâ C. U. F. no Baueirq iucluindo prcdutos da U. F, A. (Lavradio) -Ano de 1969 - Efectivos e Ìemunerações das Fábricas da C, U. F. no Ba.rreiro e daõ Fábricas da, It F. Â. no Lavradio (Em 31-XII-1969) - Centros de Forma4ão Profissional I Prevenção de Àcidentes de Trabalho . - Álguns outros númeÌos significativos . , - ((Deu-seurn grande passo - anunciou 9 dr, Jorge de Mello, en Julho de 1970- paaa,que o Barreiro seja, dentao de três ano€, um ceÌÌtÌo industdal ao nível da Europa e do Mundo> - Ditectores das Fábricas da C.U.F. no Barreiro Caixa de PÌevidência da C.U.F. e Empresas Associadas -A * Súmula daE regalias de carácter social do pessoalda Empresa - Ácção Social e de Assistência da C,U.F. (Ano de 1969) e algumas anotaçõeE

11

19

rrr-A

901

50 bb

59 63 66 67

67 77 72 73 14


visitas às jnsiâlâções fabris e Obras Sociâis da C.U.F. -Algurnas úo Bârreiro - Estabelecimento bancário ligado à Administração dâ C"U.F. - Banco Totta & Açores (Agência do Barreiro) * Efectivos do pessoal da C.U.F. (FábÌicâs do Barreiro. - De 7957/58 a 19Í0 .

1v- D. ManueÌ de Mêllo (1895-1966), figura de gaande relevo na vida económicanacional Y-Âs -

?8 19

ìJ1

Oficinas Feuoviárias do Barreiro (3.' Grupo de Mâterial

e Oficinas da C. P.) Um ra.rnaÌ de câminho de ferro ercenado: levantada, em 1969, a ponte ferroviâria solre o Coina (!'ulgamente conhecida por

91

Ponte do Seixal)

91

vr - outÌas váriâs indústrias loceis VII-O vur-O

BarleiJo e a poluição industrial

do ambiente

Grémio do Comércio dos Concelhos de BaÌreiÌo e Moitâ O Comércio local em desenvolvimento. - O Grémio da Lavoura (sede nâ Moita) e a AsÊociaçã.odos Proprietários do Concelho do 3aÌÌeiro

Ix-As CoopeÌativasdo 3aÌÌeiro (Um rápido esboçodo movirnento cooperativista). A SociedadeCoopêrativaOperária Barreirense e a SociedadeCooperâtivâ Populaa Baueirensê . x-A

xI-À

115

727

131

organização CorOrganização Sindical no BatreiÌo-Á porativa - UÍÌa vidâ nova de direitos e deveresdas classessociais - Alterações à legiÊtaçãosindicaÌ- Inspecçãodo Trabatho-Um caso de ag:itaçãosociaÌ cujas consequênciasainda pêrduram Dêlegaçãodo Barreiro da Liga dos Combatentes

165

ADITAMXNTO E NOTAS DIVERSAS I -

169

O ConceÌho do Barreiro

202


Pós

II-O

desenvolvimento populacional do concelho do Barreiro

III-O

Ensino Secundário (Licea-l) no BarreiÌo

IV -

Galardões da Câmãra Municipal do BârreiÌo tituicões

(196?)

.

777

.

775

concedidos a pessoas e ins-

180

NOTAS DIVERSAS Um Coleccionadore um Cronista Para a história do <28 de Maion Anotações finsis À concluir

üm

esclarecimento

203

188 191



r i I

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ÍNDICE

DA S

GRA V URA S Pác.

I

I I I

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iI. Í I i

: I

Na manhã estival de 30 de Junho de 1965 O PÌesidente da República no acto da, inâuguração da estátua de Alfredo da Silva A estátuâ de Aìfredo da Silva

25 21

Três Gerações(O genro, netos e bisnetos de Alfredo da Silva) Um âspectoda inaugurâção,pelo Chefe do Estado, do padrão coÌnernor.ativo do Centenário da C. U. tr'. no ïecinto das Fábricas do Barreiro Alfredo da" Silva na, época da implântação das primeiras fábricas da C. U. F. no Barreiro (1908)

31

O prjmeiro nâvio de 10 mil toneladas que âtracou ao câis da C. U. F. no BarÌeiro (Outubro, 195?) C, U. F. - Barreiro - Um aspecto da oficina de tecelagem de juta António Ramos, o primeiro operário admitido para as fábricâs da C. U, f', no Barreiro (1907) . C. U. F. - Barreiro - Balanças de uma modeÌna instalação de granulação de adubos C. U. F. - Barreiro - Àspecto da Oficina de Mecânica C. U. F.-Sa.rreiro-Fábricâ de Ácido Sulfúrico por Contacto (N." 6) A bandeira do Centenário da C. ü, F.

34 39 42 43 44

50

AnveÌso e aeversoda Medalha do Centenário da C. U" F. Eng,' GuimaaãesSerôdio,diÌector das Fábricâ,sda C, U. F. no BâneiÌo, eÌn 1965 C. U. F. - Barreiro - Um aspectodo porto privativo C. U. F,-Barroiro-Instalações da Fábrica de Extracção e Refinâção de óleos Comestíveis Um aspectodas fábricas da União Fabril do Azoto, no Lavradio Aspecto pâacial do Barreiro e das instaÌações da Oompanhia,União Fabril

53

(Yista aéaea) Dl, JoÌgê de Mello, actual presidente do Conselho de Adrninistração da C. U, F. PânoÌama aéreo do Barreiro

65 68 10

Refeitório n.' 1 do Ba.iÌro Operárie da C. U. F.

205

57 58


Pác.

D. Manuel Àugusto José de Mello Um aspecto da oficina de torneiros e fresadores da C'P no Barreiro Um aspecto do Refeitório do Pessoal dos C. Ferro da C P' no Barreiro A ponte sobre o Coina (1923-1969) 18-IX-1969 Asp'ecto da ponte do Coina (Ponte t1o Sei/,al), apôs o acidente de Baueiro - Um apârelho de (controÌeD da poluìção Distico do Grémio do Comércio dos Concelhos do Barreiro e Moita Vista, parciaì da Ávenida Alfredo dâ Silva, no Barreiro A Sociedade Cooperativa OperáÌia Balreirense A Sociedade Cooperativa Popular BaÌreirense Emblema do S. N. dos Ferroviários do Sul de PoÌtügal (Pessoal de Oficinas e Armazéns Gerais) IndúsEmblemas dos S' N. dos Operários Metalúrgicos e dos Profissionais das BaÌ'rêiro no Êede com de Distrito Setúbal, do trias Têxteis Operários Emblemas dos S. N. dos Opetârios Corticeiros e dos Empregados ê (Sêcções Ban'eiro) do Setúbal da Indústria de Panifica4ão Co Distrdto de e OpeTécnicos e dos Teraa MâÌ de e Emblemas dos S. N. dos Descãrregaalores rârios da Construção Civil do Distrito de Setúba'Ì (Secções do Barreiro) Setúbâl' Posto N.'4 da Caixa de Previdência e Abono de Família do DistÌito de Barreiro na Rua Eça de Queiroz, António Cabrita Um âspecto do edifício alo (ExteÌnato BarÌeilenseD, quândo este foi adquirido'

em 196?,peÌa C" M. B. O edifício da SecçãoLiceal do BâueiÌo José Àntónio Marques AlfÌedo Augusto da Costa Zarcos

206

8? 93 95 98 99 717 722 1.25 135 139

159 159 161 767 171 179 186 18?


Esta obra foi composta e impressa na GRÁFrcÁ Bo-{ Nov1, LÌMÌT-{D-I Rua Álv p" Tor ' g' , l- A Lrsno' tendo terminado rc i:ÌÌa ls-XÌI-19?1


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