Por uma Navalha

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FĂşlvio Garcia

Por uma

navalha


Copyright © 2014 Alma Literária Editora Ltda. IBSN: 978-85-67766-09-6 Coordenação editorial: Maristela Carneiro Capa: Luiz Ramos Diagramação e Projeto Gráfico: ALGO+ Soluções Editoriais Revisão: Adriana Alves Imagem de capa: Shutterstock Impressão: Singular Digital

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ G199L Garcia, Fúvio. Por uma navalha / Fúlvio Garcia. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Alma Literária.

Inclui bibliografia

ISBN: 978-85-67766-09-6 1. Romance brasileiro. I. Título. 13-05065 CDD: 869.93

CDU: 821.134(81)-3

[2015] Todos os direitos desta edição reservados à ALMA LITERÁRIA EDITORA LTDA. Rua Senador Dantas, 117/ sala 1340 20.031-204 – Centro Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 3549-4621 1ª edição julho de 2014


Sumรกrio Parte 1

5

Parte II

37

Parte III

67

Parte IV

95

Parte V

125

Parte VI

155

Parte VII

181



Parte I Diante daquele cenário pegajoso, o tenente Aureliano se contorcia, franzia sua larga testa e enxugava o rosto com o lenço azul-marinho, começando sempre de cima para baixo. Descia o lenço pelas laterais, fazia cara de desânimo, abanava a cabeça e, disfarçadamente, para que seus homens não percebessem, colocava a robusta mão na boca. O local era demasiadamente sangrento para ele; não era terror o que sentia, apenas nojo. A visão e o odor do sangue lhe causavam náusea e repulsa. —— Tenente, — disse o sargento Novaes — nós não encontramos nada. —— Merda! — grunhiu o tenente Aureliano, mais para si mesmo. — Certamente o autor deste crime tomou muito cuidado para não deixar pistas. Esse sujeito é muito esperto. Não é nenhum idiota para assassinar uma pessoa e deixar indícios no local ou próximo demais para chamar a atenção da polícia teorizou consigo mesmo, à meia voz. ¾ Esses crimes estão se avolumando e se transformando em um problema grave para mim e para o Nestor. Se o assassino for o mesmo para todas as vítimas, parece que ele está, a cada dia, mais especializado. Tenho saudade dos velhos tempos... — lamentou. Enquanto o tenente Aureliano, já na varanda da cabana, teorizava com o sargento Novaes sobre como o assassino tinha cometido novamente um crime tão perfeito, a ponto de não deixar pistas, o inspetor vinha caminhando em sua direção. Embora estivesse usando um imenso guarda chuva que poderia se dizer que fora feito sob medida, pois cobria satisfatoriamente, todo aquele corpanzil, foi fácil, tanto para Aureliano quanto para Novaes, saberem exatamente de quem se tratava. —— Então, Aureliano — disse o inspetor com a voz firme que lhe era comum, logo que chegou à varanda da casa. — Onde está a vítima? —— Está estirada como uma lesma no interior da cabana — respondeu Aureliano de forma azeda, antes de acender o cigarro que estava em sua mão esquerda. Nestor caminhou tranquilamente para a sala e no caminho encostou o guarda chuva na parede. Pequenas gotas de chuva escorreram dele e 5


se espatifaram no chão como frutas maduras caindo de uma árvore. Tal como Aureliano e os demais soldados, Nestor tentava ser muito profissional nessas horas e a presença de um cadáver não o incomodava; porém, ao contrário de Aureliano, não sentia asco nem desviava o olhar quando via o sangue coagulado exalando seu odor. “O sangue fora do corpo não tem função; morre, apodrece e fede como este que está aqui nesta poça”, pensou Nestor. O homem estava morto e o seu sangue também; ambos começavam a ter cheiro de morte. Nestor não sentia nojo como Aureliano: o corpo morto exalava mau cheiro naquele momento porque estava se decompondo em partículas menores e eliminando gases decorrentes da própria decomposição. Nestor não se incomodava com aquela nojeira biológica para a qual Aureliano fazia careta, muito menos considerava um morto algo agourento e mórbido, como muitas pessoas consideravam. Para ele, “um morto é apenas um boneco e nada além disso já que nele não existe mais vida. E o que é a morte senão um processo totalmente natural?” —— Suponho que você já tenha ordenado seus homens a procurarem nas redondezas por alguma pista do assassino. A pena é que já tem algum tempo que o crime foi cometido — comentou Nestor logo depois de se abaixar, enquanto examinava o corpo, buscando algum indício a mais. —— Claro, e não encontraram uma pegada sequer. Essa pessoa é tão cuidadosa que até parece que o crime foi cometido por um espírito — respondeu Aureliano, um tanto aborrecido por não ter achado o rastro do assassino ou, pelo menos, ter encontrado qualquer pista. —— Isso tudo é uma bosta... — resmungou Nestor. — Vamos virá-lo... Assim. Assim que viraram o cadáver, viram um imenso e profundo corte no pescoço que mostrava toda a estrutura interna da garganta. O sangue havia jorrado todo para fora, o que tornava mais visível a dimensão do ferimento. Aureliano tapou as narinas com a mão em forma de concha, apertando a vista e direcionando seu rosto para o lado em sinal de nojo. A poça de sangue que estava em volta do corpo havia coagulado, tornando-se enegrecida e pegajosa. O cheiro forte do ranço que exalava nauseou também Nestor, que estava mais próximo ao cadáver. —— Quem é ele? Você o conhece, Aureliano? — perguntou Nestor, tapando o nariz com um lenço. —— Já perguntei aos rapazes se o conhecem e eles me disseram que parece ser o técnico da estrada — respondeu Aureliano. —— Ele foi morto da mesma forma que os outros três infelizes que encontramos há alguns dias — comentou Nestor. —— Exatamente! — tornou Aureliano com ímpeto. — Com certeza é o mesmo autor. Já estou convencido que se trata de um assassino serial. É um sujeito bastante habilidoso... 6


—— Tem razão - interrompeu Nestor, com os olhos fixos no morto. Você pode ver que é o mesmo modus operandi. Os três tinham quase a mesma idade; ou seja, parece que há uma preferência por um certo tipo de indivíduo. A cada momento isso se torna mais verdadeiro para mim. É sempre o mesmo corte na garganta. Até o tamanho e a profundidade do corte são parecidos — apontou o dedo para o corte. — Sim... com certeza há ligação entre as vítimas e o seu assassino. Somente um assassino em série age sempre do mesmo modo — concluiu, semicerrando os olhos. — Talvez tenhamos novas informações depois que examinarmos o corpo mais detalhadamente. Precisamos de alguém que tenha conhecimento sobre o assunto. Mande chamar o Vitálio.

*** Quatro meses antes —— Alô? —cumprimentou Agripina, logo que foi chegando no portão da casa de Nestor. —— Oi, Agripina. Você virá à noite? — perguntou Nina, sentada no murinho na frente da casa, junto com Florisa, sua irmã mais nova. —— Eu não sei ainda — disse Agripina de forma displicente. — Hoje vou à igreja, pois vamos ter a Santa Ceia e a pregação de um pastor muito consagrado, o pastor Teodósio. Eu gosto muito dele. Você não quer ir comigo, Nina? —— Não vou poder, Agripina. Hoje à noite o Dr. Urânio e a Sra. Hester virão aqui com sua filha Regina. Ela chegou esta semana da Inglaterra. Estou ansiosa para saber como são as coisas por lá — falou Nina, empolgada com a grande possibilidade que teria de conhecer uma pessoa que tinha viajado para outro país. —— Oh, que beleza! Eu também tenho vontade de vê-la, e de saber como são as coisas lá na Inglaterra — disse Agripina, pensativa. —— Então venha à noite, Agripina — interpôs Florisa. —— Não sei... Vamos ver, não é? A propósito, Elvira está lá no fundo? —— Sim, está — tornou Florisa. Agripina abriu o portãozinho e entrou para ir ter com Elvira, sua irmã mais velha. Além de Elvira, Agripina tinha ainda mais uma irmã: Berenice. Elas cresceram separadas, mas se entendiam muito bem. Parecia que uma tinha total acesso aos pensamentos das outras e vice versa; dir-se-ia que falavam a mesma língua tal a cumplicidade entre as três. Agripina e Berenice moravam na mesma casa, pois eram solteiras. Aliás, Berenice havia se casado, mas seu marido, de tanto beber, acabou con7


traindo uma cirrose e morreu cedo. Assim, logo que enviuvou, Berenice convidou Agripina para ir morar com ela e viveram juntas desde então. “Eu não quero mais saber de homem”, dizia Berenice, com convicção, toda vez que alguém perguntava se ela pensava em se casar novamente. Berenice e Agripina foram morar próximo ao centro da cidade e foi nesse tempo que Nestor, graças a uma nomeação política, se tornou inspetor de polícia. Com o dinheiro que recebia, conseguiu manter sua família, que crescia rapidamente, sendo que a diferença de idade de um filho para outro não excedia quatro anos. Agripina sempre ia à casa de Elvira, e todas as vezes levava uma novidade que havia tomado conhecimento na rua; ela sentia um prazer jornalístico em ser a primeira a contar as “notícias”. —— Alô? —— Oi, Agripina — disse Elvira gentilmente. — Senta aí. Já tomou café? —— Já. A demora é pouca. Hoje tenho que remover montanhas — comentou Agripina, começando a rir. — Olha, Elvira! Você se lembra daquela senhora, a irmã da Antonieta? Que tem um filho que se casou com a filha da Alice? —— Sim, lembro — respondeu Elvira rapidamente. —— Pois bem, ela agora encontrou um homem uns 20 anos mais novo e está querendo se casar — disse Agripina, querendo dar risada. — A filha está aflita, dizendo que o tal homem é um pilantra que só está querendo meter a mão no dinheiro dela. E aqui pra nós, Elvira, é um pilantra mesmo. Já o investiguei e a conclusão a que cheguei é simplesmente essa: é um vagabundo sem a menor importância — e deu uma gargalhada. —— É, só pode ser. Lembro que, há mais ou menos um ano, ela esteve aqui e, pela conversa dela, deu pra perceber que estava desesperada a procura de um homem. Quem a viu naquela agonia saberia facilmente que qualquer um que passasse por perto seria um futuro candidato. —— Pois é! Ontem cheguei lá na casa dela e a Juliana estava tendo um ataque de nervos, querendo acabar com o mundo — Agripina começou a rir novamente a sua risada espalhafatosa que podia ser ouvido à distância. — Eu vi aquilo e perguntei: “Oh, o que foi que aconteceu?” Aí ela já veio em minha direção, falando: “É minha mãe, Agripina! Encontrou um vagabundo, se apaixonou por ele, e me pergunte você quantos anos esse homem tem. Eu já te digo: tem 20 anos a menos que a mamãe! Oh meu Deus, que desgraça!” — Narrou toda a cena e começou a rir baixo, e depois alto de modo que Nina e Florisa, na frente da casa, logo correram para ver o que estava acontecendo, pois conhecendo a tia como conheciam, sabiam muito bem que era 8


alguma “notícia”. Continuou. — Eu disse: “Ora, bobagem! Tudo isso é bobagem. A pessoa tem mais é que curtir.” No mesmo instante, Agripina disparou mais uma vez a gargalhada descontrolada. Enquanto isso, Nina e Florisa chegavam à cozinha onde Agripina e Elvira estavam conversando. Ela começou a dizer: —— Nada, Agripina! Esse tal de Adônis é um vagabundo, ladrão, filho de João do Alicate, um homem que batia tanto na mulher que ela acabou morrendo de desgosto. E é com o filho de um homem desses que minha mãe quer se casar? Ainda por cima ele tem idade para ser filho dela. Eu, claro, tentei tapear e desintoxicar o ambiente dizendo que aquilo tudo era bobagem. “Oh, que nada! Bobagem, bobagem. Ela tem mais é que curtir” — disparou a gargalhada outra vez. — Mas que é um vagabundo, isso é. Eu tentei amenizar as coisas, mas aquilo ali só está pensando numa coisa, Elvira: passar a mão no dinheiro da família. —— E por que você não tenta conversar com a noiva, Agripina? — perguntou Nina. —— E eu sou louca? — tornou Agripina com expressão de receio. — Aquele povo é todo amalucado. Todas as irmãs da Odete são assim — observou com expressão séria. — Aquilo é fogooosa — falou com voz arrastada e arregalando os olhos, querendo salientar bem a característica da mulher. — Aquilo parece que tem brasa na borboleta — E novamente deflagrou a gargalhada sem controle. —— Ah, venha hoje à noite, Agripina. O Urânio e a Hester virão aqui com a Regina, que viajou para a Inglaterra e passou lá um ano. Vai ser muito divertido ver a cara esnobe do Urânio e da Hester enquanto veem a filha­­falar sobre as suas experiências em Londres. —— Vamos ver... Eu vou à igreja e depois passo aqui. O pastor Teodósio irá hoje à igreja e não quero perder a sua pregação. Oh, já ia me esquecendo! Eu queria, Elvira, que você fizesse umas florzinhas brancas de crochê. A Odete quer colocar no seu vestido de noiva — Agripina não conseguia deixar de soltar uma gargalhada toda vez que se referia a Odete e seu segundo casamento. — Ela estava querendo saber onde comprar, está num deslumbramento que Deus me livre! Parece uma mocinha sonhando com o príncipe encantado — concluiu, rindo, com cara de deboche. —— Sim, eu faço. Mas preciso saber o modelo e quantas serão necessárias — disse Elvira. —— Ah, sim, pode deixar que vou procurar saber e amanhã te falo. Bem, vou indo porque hoje tenho que “mover montanhas”. —— Venha hoje à noite, Agripina — insistiu Nina. —— Sim, Agripina. Venha e traga a Berenice — acrescentou Florisa enquanto caminhava com elas até a porta. 9


—— A Berenice está numa rabugice horrorosa. Quando ela começa o dia assim eu saio cedo de casa e passo o dia inteiro na rua. Ela anda soltando fogo pelas ventas — e riu. Quando chegaram ao portãozinho que dava para a rua, continuaram a conversar um pouco mais, e logo Agripina se despediu, pois tinha vários assuntos para resolver. , além de exercer a função de “repórter”, Agripina era uma negociante em tempo integral. Fazia qualquer tipo de negócio: era uma oportunista, e da mesma maneira que conseguia detectar uma boa “notícia”, detectava também uma boa chance de ganhar dinheiro.

*** Duas horas depois —— Nestor, você não disse hoje cedo que tinha que ir à rua? —— Sim, mas estou esperando o Quatro. Mandei um recado para ele vir aqui em casa porque tenho um serviço muito importante... Mas até agora ele não apareceu. —— Então acho melhor você sair depois do almoço. O Quatro é muito irresponsável e vai ser difícil ele chegar no horário. Como de costume, Nestor estava sentado em sua poltrona na sala da casa, de pernas cruzadas, taciturno – ou talvez apenas sonolento. Aquele era o seu local preferido: confortável e fresco, além de ter uma boa vista para a rua. Gostava de poder olhar a rua vez ou outra e também se certificar de que estava tudo em ordem na frente de sua residência. Nestor consultava o relógio o tempo todo e sentia que Elvira estava com razão em não acreditar que Quatro fosse aparecer. Olhava para a rua e decidia esperar; dir-se-ia com uma paciência de monge. Paciência era algo relativo no espírito resoluto de Nestor. Se em muitas ocasiões a impaciência o dominava totalmente, em outras poderia se assemelhar a um monge budista. Alisava seu cabelo liso e loiro para trás, mesmo já estando perfeitamente penteado, e deixava à mostra as entradas de um início de calvície na parte frontal da cabeça. Ao mesmo tempo, passava lentamente a língua entre os lábios como se tentasse umedecê-los, e logo em seguida consultava novamente o relógio. Depois dava um muxoxo meio silencioso para, logo em seguida, começar tudo de novo: alisar o cabelo, umedecer os lábios... Talvez tenha pensado naqueles momentos enfadonhos: “Se pelo menos houvesse aqui um jornal para que eu pudesse ler.” Nestor era um leitor assíduo de jornais. Para ele, era fundamental que um homem responsável se mantivesse informado. Enquanto estava na sua posição de espera, mergulhado em pensamentos, ouviu alguém bater na porta apressadamente: era Quatro. Este, como sempre, chegou esbaforido. 10


—— Pronto, Seu Nestor. Cheguei. —— Finalmente! Por onde você andava? —— Eu fui lá na rua do cemitério. Tinha uma promessa para pagar à Ana, do cemitério. —— Mas você está também envolvido nesta asnice? —— Nunca se sabe, não é mesmo? O povo anda dizendo que ela faz milagres. Quem sou eu para dizer o contrário? —— Pelo que sei você é um ser que possui cérebro e que tem a capacidade de pensar. Não devia ficar acreditando no que o povo anda falando. —— A voz do povo é a voz de Deus, Seu Nestor. A voz de Deus. —— Esta é uma das frases mais imbecis que já inventaram. Pois para mim — Nestor se achegou bem próximo a Quatro com ar de autoridade — a voz do povo é a voz do Diabo! —— Mas ela já fez vários milagres... — ripostou Quatro. —— Por favor, Quatro... — clamou Nestor. — Ela é apenas uma adolescente que tinha uma vida normal, como qualquer outra, e que, antes de adoecer, andava de namoricos com o filho do Décio. —— Mas o que tem isso, Seu Nestor? — perguntou Quatro, tentando dissuadir Nestor de achar errada sua veneração. —— O que tem é que ela era uma menina como outra qualquer, ora! E pode ter certeza absoluta que ela seguia uma vida tão normal quanto qualquer menina da idade dela; ou seja, não tinha vocação alguma para santa. Se assim for, vou também transformar em santas as minhas filhas. Elas, pelo menos, nunca andaram de namoricos as escondidas. Aliás — ergueu o dedo —, elas nunca namoraram. Naquele momento, Quatro pensou em dizer: “E como o senhor sabe? Quero dizer... Se é namorico escondido, então o senhor nunca vai saber se elas namoram ou não”; porém, achou melhor ficar de boca fechada, já que conhecia Nestor e sabia muito bem que para ele descer o murro na cara de algum engraçadinho era questão de segundos. —— Mas, Seu Nestor... E os milagres que essa menina faz? Ela tem uma força... —— Você está enganado, meu caro. Tudo isso é confusão de gente ignorante e idiota que, aliás, é o que mais tem aqui nesta cidade. —— O que eu sei é o que andam dizendo: ela está lá no céu junto de Deus rogando por nós — disse Quatro. Na verdade, ele também achava o mesmo, mas preferiu falar “andam dizendo” para Nestor não ficar mais exaltado do que já estava. 11


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