Série Sou do Bem no Trânsito

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★ O JORNAL MAIS ANTIGO EM CIRCULAÇÃO NA AMÉRICA LATINA – 189 ANOS DE CREDIBILIDADE

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DIARIOdeP ER NA M BUCO FUNDADOR FUND ADOR DOS DIÁRIOS ASS ASSOCIADOS: OCIADOS: ASSIS ASSIS CHATEA CHATEAUBRIAND UBRIAND

DOMINGO

Recife, 16 de agosto de 2015 N º 226

>> diariodepernambuco.com.br

Um trânsito melhor se faz com pessoas melhores

No início da campanha Sou de bem no trânsito, o Diario apresenta um raio x do caos nas ruas do Grande Recife. Veja o ranking da má educação e as infrações mais cometidas. Será que você faz a sua parte? LOCAL A4 a A6 Correndo risco Driblando o caos

Ganhando tempo

A paulista Daniela Venâncio caminha pelo “inferno” das ruas

O paraibano Vinícius Vianney, sofre com o atraso dos ônibus

O alemão Timo Schewik está perdendo o medo de usar a bicicleta no dia a dia

Perdendo a paciência

RAFAEL MARTINS/ESP. DP/ D.A PRESS

O barulho das buzinas do Recife assustou a gaúcha Aline Peixoto

JARBAS/DP

VOCÊ SABIA?

PECADOS FISCAIS

No Brasil, a tributação incide sobre tudo. Na preguiça, na comida... Veja o especial.

Protestos Desgosto no mês de agosto

O carro com a cara do recifense

Com a bandeira do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, manifestantes vão às ruas hoje. Em Pernambuco, quatro cidades vão se organizar na marcha: Recife, Petrolina, Caruaru e Orocó. PODER B4

Levantamento realizado pelo Detran, a pedido do Diario, revela perfil do automóvel que circula na capital.

PODER B14 e B15

CURIOSAMENTE E6 e E7

O Sport em sua verdadeira casa

SAMUCA/DP

BREGA-FUNK

Gula Refrigerante – 46,47% Catchup – 40,96% Chocolate – 38,60%

X

Músicas vão além do óbvio

De volta à Ilha, onde tem 100% de aproveitamento, o Leão busca reencontrar a vitória contra a Ponte. SUPERESPORTES D15

JOÃO VELOZO/ESP. DP/D.A PRESS

Canções vão além do discurso de violência e promiscuidade e revelam uma mensagem maior.

GUILHERME VERISSIMO/ESP. DP/D.A PRESS

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VIVER E4 e E5

Já virou abandono Dos objetivos traçados pelo presidente Alírio Moraes para a atual temporada, o início da construção do centro de treinamento coral é o menos provável de ser concretizado. A promessa era estar em condições de uso desde o mês passado. SUPERESPORTES C3

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Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

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Recife, DOM - 16/08/2015

Ordenamento de fios na Boa Vista

O mutirão da Celpe vai começar às 8h, na Praça do Oswaldo Cruz, e seguirá no sentido do tráfego até as 16h.

GABRIEL TRIGUEIRO

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

Diario inicia campanha para mostrar que pedestres, ciclistas, motoristas e passageiros podem conviver de forma pacífica. Na primeira reportagem, o olhar de quem é de fora ALICE DE SOUZA ANAMARIA NASCIMENTO local.pe@dabr.com.br

O

semáforo acende a luz verde após 74 segundos no vermelho. Uma pessoa está no meio da faixa de pedestres. O carro em uma das faixas aguarda o transeunte atravessar com segurança. Imediatamente, o motorista do veículo de trás começa a buzinar. A cena pode parecer normal para quem enfrenta o trânsito do Recife diariamente, mas revela a falta de educação e de cordialidade arraigada à mobilidade da capital pernambucana. A agressividade ao volante causa estresse em motoristas, pedestres e ciclistas e espanto pessoas de fora que visitam ou moram na Região Metropolitana do Recife. Na tentativa de mudar essa realidade, estimulando a cordialidade nas ruas, o Diario realiza até 25 de setembro - Dia Nacional do Trânsito -, a campanha Sou do bem no trânsito. As reportagens

Em busca da civilidade perdida vão trazer bons exemplos de motoristas, ciclistas, usuários de transporte público e pedestres para a mobilidade. Para o antropólogo Roberto DaMatta, a falta de educação ao volante é reflexo de uma sociedade que, no fundo, permanece aristocrática e toma como modelo a ideia de que não seguir regras é sinal de superioridade. É o que o pesquisador afirma no livro Fé em Deus e pé na tábua,

de 2010. “A agressividade no trânsito faz parte de um sistema que existe, mas é pouco discutido e até abafado e reprimido no Brasil”, afirma o especialista em entrevista ao Diario. Escolhas políticas também influenciam inf luenciam a forma como o brasileiro se relaciona nas ruas. A historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, coautora de Brasil: uma biografia (2015), pontua que ques-

tões históricas somadas a características dos brasileiros resultam nesse comportamento. “O governo Juscelino Kubitschek fez muita coisa em quatro anos. Isso é inegável, mas também enterrou o modelo das estradas de ferro e o que isso representava enquanto transporte público.” Schwarcz acrescenta que isso gerou a priorização do meio de transporte individual. “Por outro lado, (essa

escolha política) também deu muita força à compra de carro. Quando você associa isso a outras características históricas do brasileiro, fica mais fácil entender a maneira como nos comportamos no trânsito, o menosprezo pelas leis, pelo espaço público. Quando ando de carro, que é uma propriedade particular, sou dona do meu transporte, do meu caminho”, ressalta.

Recifenses por adoção, Daniela, Timo, Vinícius e Aline tentam se adaptar ao vale-tudo nas ruas da cidade

assista

diariode.pe/bhlt Veja reportagem com impressões sobre o trânsito do Recife ou

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FOTOS: RAFAEL MARTINS/ ESP. DP/ D. A. PRESS

Coragem para voltar a pedalar

O onipresente som das buzinas

Expulsopelafaltademobilidade

Quando chegou ao Recife, há 15 dias, o universitário alemão Timo Schewik, 21, decidiu não pedalar, como fazia em em Munique, sua cidade natal. A postura dos motoristas recifenses assustou o europeu que veio fazer um intercâmbio pelo Aiesec. Aos poucos, Timo está perdendo o medo e já usa,para curtas distâncias, as bicicletas alugadas do sistema BikePE. Diariamente, ele vai da Encruzilhada, onde mora, à Vila Popular, em Olinda,onde estagia na startup Scriptcase.“Estou me acostumando, mas ainda tenho um pouco de medo porque os motoristas são um pouco loucos e

O som constante das buzinas do trânsito do Recife ficou na cabeça da biomédica Aline Peixoto,25,por muito tempo.Assim que chegou à cidade depois de sair de Santa Maria (RS),para fazer mestrado na Fiocruz, ela ficou impressionada com a falta de paciência dos motoristas. Depois de três anos no Recife, ela conta que ainda não se acostumou totalmente ao barulho, e acrescenta que quando os familiares vêm do Sul fazem os mesmos comentários que ela fazia.“Dizem que se eu consigo dirigir aqui, posso dirigir em qualquer lugar.” Os diferentes tipos de buzina

Boa Viagem é visto por muitos como bairro ideal para os recém-chegados ao Recife. O estudante de medicina Vinícius Vianney, 22, seguiu essa lógica ao sair da casa dos pais,emJoão Pessoa, para iniciar os estudos na capital pernambucana. Após oito meses de “trânsito infernal”, atrasos e horas em pé em coletivos lotados para chegar à universidade, se cansou e mudou de endereço.Agora passa cerca de uma hora no trânsito para sair de Olinda e entrar em sala de aula,em SantoAmaro. Ainda assim, é um alívio. O transporte de Vinícius, em João Pessoa, sempre foi o ôni-

há poucas ciclovias”, conta. Em Munique,são 1,2 mil km de ciclovias.Vários serviços de aluguel estão disponíveis e há 18 lojas que locam bicicletas. O Recife conta com 9,32 km de ciclovias construídas e 5,6 km em construção (na Via Mangue). Há ainda 23,9 km de ciclofaixas e 80 estações de aluguel no Recife, Jaboatão e Olinda. Apesar de criticar a imprudência dos motoristas,Timo elogia a cordialidade dos pedestres, que o ajudam quando ele se perde.“Os brasileiros são muito prestativos e me ajudam bastante quando não encontro um endereço aqui”, destaca.

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deixaram a gaúcha confusa. “Aqui tem buzina para tudo: uma mais rápida para alertar, uma intermitente quando o motorista está muito irritado e até dois toques para agradecer. Achei muito engraçado existir uma de agradecimento”, compara. Agora, depois de ter identificado os “códigos”, Aline se sente mais preparada a enfrentar os engarrafamentos. “Entendo como o motorista daqui é, mas não repito o que não considero legal. Torço para encontrarem uma solução para o trânsito, mas não acredito que isso deva acontecer tão cedo. Enquanto isso, faço minha parte”, ressalta.

bus.Entre as vantagens enumeradas por ele, o cartão de integração que lhe permitia trocar de coletivo dentro de meia hora, sem pagar passagem. “Em toda a minha vida, uma hora tinha sido o maior tempo para fazer algo de ônibus em João Pessoa. Aqui, é o tempo mínimo”, conta. “As pessoas dirigem agressivamente,não se contentam com os seus espaços, gostam de furar o trânsito” Essas atitudes ainda se somam às pessoas que entram nos coletivos sem pagar passagem e as que se oferecem a segurar sua mochila, mas com lotação mochila.


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Recife, DOM - 16/08/2015

+ saibamais 2.692.890

12,8%

Enfileirados, os veículos da frota de Pernambuco preencheriam

ISSO SIGNIFICA QUE

PEDRO SILVEIRA/ODIN

TERESINA TERE SINA

RECIFE RE

da área total otal da cidade do Recifee é o espaço e necessário sário para p estacionar todos os veículoss da frota fr de Pernambuco o

é a frota de veículos de Pernambuco (até junho de 2015)

a cada 8 m²

210 avenidas Agamenon Magalhães

1m² seria ocupado por um carro

lotadas de ponta a ponta

Os veículo veículo eículoss da frota frota de Pernambuco enfileirados dariam a distância aproximada entre o Recife e Teresina, no Piauí

entrevista >> Roberto DaMatta, ANTROPÓLOGO

Ranking da má educação no trânsito da RMR O Diario entrevistou pessoas de outros estados e países que moram no Grande Recife para saber o que mais os incomoda no trânsito local 1º USO FREQUENTE E ABUSIVO DA BUZINA

2º FALTA DE RESPEITO À FAIXA DE PEDESTRE

3º FALTA DE USO DA SETA SINALIZADORA

4º AGRESSÕES VERBAIS ENTRE CONDUTORES

5º FALTA DE CORDIALIDADE (NÃO RESPEITAR O ESPAÇO DE OUTRO VEÍCULO)

10 maiores infrações dos condutores em Pernambuco*

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local em até 20% ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

212.292 multas

Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local em mais de 20% até 50% ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

42.265 multas

Estacionar o veículo em locais e horários proibidos em local sinalizado |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

24.772 multas

Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de 30 dias junto ao órgão executivo de trânsito |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

24.288 multas Dirigir usando o telefone celular

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17.054 multas Avançar o sinal vermelho (fiscalização eletrônica)

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14.624 multas Condutor sem cinto de segurança

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12.438 multas Estacionar o veículo na calçada

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12.309 multas Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório

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12.017 multas Estacionar em desacordo com as condições regulamentadas (estacionamento rotativo)

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9.601 multas

10 maiores infrações dos condutores no Recife**

Adaptando-se ao “inferno” A primeira impressão fica e pode piorar ao longo dos anos. Quando o marido recebeu proposta para trabalhar em Suape, há cerca de três anos, o primeiro conselho dado à universitária Daniela Venâncio, 28, foi: “É impossível morar no Recife. É um inferno”. A recomendação assustou o casal, que alugou uma casa em Porto de Galinhas. Um mês depois, decidiram arriscar a capital. Para se adaptar, abriram mão de alguns hábitos de boa convivência aprendidos em Santos (SP). Daniela volta da universidade para casa, em Santo Amaro, à

faculdade,na BoaVista,a pé.Na cidade paulista onde vivia, a estudante aprendeu que bastava estender a mão para sinalizar a intenção de atravessar uma rua. “Observei a dinâmica recifense e vi que não dava para fazer isso aqui. É bem arriscado ser pedestrenoRecife,vocêsesenteinseguro.Mesmo com sinal fechado, há o risco de uma cinquentinha causar acidente”, lamenta. Daniela pretende tirar habilidação. Aprender a ser motorista no Recife é um desafio, mas também um incentivo para ela, decidida a tentar ser uma agente de tranformação da mobilidade local.

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Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local em até 20% ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

137.880 multas

Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local em mais de 20% até 50%

“Carruagens potentes” “Na rua, a democracia e o bom senso ali requeridos se invertem, e a maioria descobre, sob pena de ser sistematicamente agredida ou perder a vida,que aquele espaço pertence aos que estão dentro de seus respectivos veículos ou montados em suas motos”. A frase do prefácio do livro Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil (Rocco, 2010), do antropólogo Roberto DaMatta, revela o comportamento agressivo do brasileiro ao volante.

Por que as relações no trânsito no Brasil são tão agressivas? No Brasil há uma ideia de que todo mundo no país se considera superior ao outro, de que nossa família é mais importante. É uma sociedade que conjuga uma estrutura aristocrática não debatida de maneira profunda e crítica. Ninguém respeita o outro porque o outro não existe, apesar de o trânsito colocar de maneira inapelável a noção de igualdade. Uma vez que o outro não existe, todo tipo de agressão é permitida. Então, as relações de trânsito no Brasil são reflex ef lexo do modo como a sociedade é construída desde a época da colonização? O trânsito é coadjuvante do drama do confflit lito dos aristocratas e das pessoas comuns, apesar de essas distinções praticamente terem sido desfeitas desde a proclamação da república. As transfomações políticas e econômicas são relativamente fáceis de desfazer, faz-se até com decreto. Você muda a constituição, mas não as práticas sociais. Como disse Gilberto Freyre, a cultura do açúcar das famílias escravocratas e patriarcais forrou as nossas regras de convivência mais complexas. Aqui quem chega por último é o mais importante. Imagina, então, essa mentalidade de barão dentro de um automóvel. É como se estivéssemos pilotando uma carruagem potente.

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23.852 multas

Estacionar o veículo em locais e horários proibidos em local sinalizado |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

19.852 multas Dirigir usando o telefone celular

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11.372 multas Estacionar em desacordo com as condições regulamentadas (estacionamento rotativo)

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7.091 multas Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de 30 dias junto ao órgão executivo de trânsito

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6.985 multas Avançar o sinal vermelho do semáforo (fiscalização eletrônica)

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5.387 multas Passageiro sem cinto de segurança

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4.847 multas Estacionar em desacordo com as condições regulamentadas (vaga de carga/descarga)

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4.565 multas Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório

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3.749 multas

O título do livro traz uma expressão religiosa. Há alguma ligação entre o comportamento dos motoristas e religiosidade? Se você tem preocupação com este mundo, a sua cidade, a sua vida no momento presente, você dirige com cautela. Se você acredita que Deus está com você, que seja o que Deus quiser, é um elemento que te deixa mais propenso a correr risco e causar um eventual acidente. Quais são as alternativas? É preciso fazer uma campanha, através do Estado, para discutir o trânsito em vários níveis e levar as pessoas a ouvirem isso. Fazer algo que fale da história brasileira, da cultura e dos hábitos, questões que nós não discutimos. Sair de casa, entrar no carro e ir para o trabalho é uma prática democrática. É preciso ensinar que a cordialidade e a gentileza no trânsito são atitudes democráticas. As campanhas precisam ser efetivas e atraentes, para os círculos mais conscientes da sociedade e também as outras camadas.

diariode.pe/197 Confira uma versão estendida desta reportagem e da entrevista em nosso site

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Recife, DOM - 16/08/2015

diario urbano por jaílson da paz

jailsonpaz.pe@ dabr.com.br

É pegar ou largar Que fique claro: Azul significa alerta a partir de amanhã. Perigo ao bolso dos motoristas que cruzarem as linhas dessa cor nas avenidas Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, e Herculano Bandeira, no Pina. Desde já estou convencido disso e de que a CTTU acerta ao optar pelas faixas exclusivas para ônibus. Reclamações justificadas no contraste de faixas “vazias”, as dos coletivos, e “lotadas”, a dos automóveis e motos, existiram e vão continuar havendo. São comuns às mudanças. De modo próprio no trânsito, pois mexer nele é tocar na rotina de milhares de pessoas. Então, que fique claro: melhorar a mobilidade em grandes cidades, em qualquer parte do planeta, inclui priorizar os modais do transporte público de passageiros. Ou se prioriza ou poucos chegarão a tempo e tranquilos a seus destinos. É verdade que no quesito conforto os ônibus de nosso sistema tem nota vermelha, porém não é a única pontuação negativa. Alcançar a nota azul requer, além do conforto, investimentos em fatores que garantam a regularidade das viagens e a redução do tempo delas, itens impossíveis de serem atingidos no Recife sem faixas exclusivas. A exclusividade compõe o rol de características dos sistemas de ônibus elogiados internacionalmente. Curitiba, no Paraná, fez esse caminho. Bogotá, na Colômbia, idem. O Recife sabe do sucesso dessas experiências há bastante tempo. Especialistas e políticos pernambucanos foram conhecê-las. Apesar disso, a cidade caminhou devagar nessa direção, embora um “pregador”, o trânsito, repita que fora de tal caminho não existe salvação. Segregue o ônibus ou espera, olhando da janela do carro, o caos paralisar as ruas.

Descubra que tipo de motorista você é Cordial, indiferente ou agressivo? Se precisasse dizer que tipo de motorista você é, qual dessas categorias escolheria? A pedido do Diario, a psicóloga individual, familiar e gerontóloga Gabriella Lima elaborou um teste que mostra, a partir das respostas, as características das condutores. Responda as questões com franqueza e descubra.

> teste

ver um pedestre 1 Ao se aproximar da faixa, você:

a) Diminui a velocidade e para o veículo, deixando ele passar b) Acredita que o pedestre deve esperar uma hora adequada para atravessar c) Não considera a presença do pedestre, como se ele nem estivesse ali

vai a uma 2 Você festa onde irá

consumir bebida alcoólica. Como procede com relação ao seu veículo? a) Deixa o carro ou motocicleta em casa e vai de táxi b) Vai no seu veículo, pois sempre dirige seu próprio carro ou moto c) Nem pensa na possibilidade de não ir no seu carro ou que poderia causar algum acidente

Você está 3 dirigindo e seu

(sua) namorado(a) liga para o seu celular. O que você faz? a) Não atende e retorna a ligação depois b) Atende e conversa descontraidamente c) Não atenta para o fato de que falar ao celular enquanto dirige pode causar um acidente

um evento 4 Em social, você

consome bebida alcoólica e um(a) amigo(a) que não bebeu se oferece para dirigir na volta pra casa. O que você faz? a) Entrega a chave do carro ao “amigo da vez”. b) Ignora o que foi dito, pois sempre consumiu bebida alcoólica e voltou para casa dirigindo c) Jamais daria seu carro para outra pessoa dirigir

RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS

Intervenção divina

um 5 Em engarrafamento,

você, qual o 6 Para maior problema

a) Aguarda com paciência, pois é a melhor estratégia nessas situações b) Tenta passar pelo acostamento, pegando a contramão ou buscando outras saídas, mesmo que proibidas, para seguir c) Buzina insistentemente, fica enfurecido e discutindo com outros motoristas porque quer passar e não admite ficar parado no engarrafamento

a) A falta de conscientização de que é preciso uma integração entre as leis e o comprometimento do cidadão no exercício da cidadania para o bem comum b) A falta de consciência dos pedestres para seguir as leis c) Os tipos de leis que foram criadas, pois acredita que elas não devem ser seguidas

você geralmente:

No sufoco do trânsito da Avenida Mascarenhas de Morais, motoristas confessam se acalmar somente recorrendo à fé. Isso deve ter sido um dos motivos que levou o proprietário desse carro a expressar claramente sua crença na “joia”.

Paradas irregulares... O caos tem múltiplas explicações na Avenida Nilo Coelho, a II Perimetral, em Olinda. De Peixinhos a Ouro Preto, caminhões, utilitários e caçambas ocupam a faixa de acostamento a qualquer hora para operações de carga e descarga. Alguns, devido ao tipo da carga, ocupam parte das faixas destinada ao tráfego.

no trânsito brasileiro?

consumir álcool, 7 Ao você considera

estrada, 8 Na alguém decide lhe

a) Certamente, pois esse é um dos efeitos do consumo de álcool no organismo b) Não há interferência da ingestão de álcool em você, que já está acostumado c) Não existe problemas em relação à junção entre bebida e direção

a) Reduz, colaborando para que ultrapasse com segurança para ambos b) Mantém sua velocidade constante, pois não se importa em facilitar a ultrapassagem do outro c) Acelera e segue seu caminho, não permitindo a ultrapassagem

que seus reflexos diminuem ao volante?

ultrapassar, você:

VEJA O SEU RESULTADO:

Também complica a II Perimetral a transformação do acostamento em garagens para carros velhos e em extensão das vitrines de armazéns, mercearias, lojas de jardinagem e de peças de automóveis. Acrescente o esgoto a céu aberto, que invade a pista principal e enchea de lama. Na lama, crescem mosquitos e capim.

Se respondeu mais letras A, você é:

Mais carros... Intenso, o trânsito na Estrada da Batalha, em Prazeres, deve aumentar bastante com a transferência das 23 Varas Trabalhistas do Recife do prédio da Sudene, no Engenho do Meio, para o Fórum Trabalhista de Jaboatão dos Guararapes. Por baixo, o tráfego terá o acréscimo de dois mil carros por dia.

...Na pista local Os números já motivam projetos dos engenheiros de trânsito da prefeitura. Terão feito milagre se o tráfego, nos quatro meses de funcionamento temporário das varas, não se assemelhar ao da pista local da Estrada da Batalha, junto ao viaduto de Prazeres, no sentido Jaboatão/Recife. Nesse lugar, existe um nó.

ARTE: SAMUCA

...Negócios vantajosos

Motorista sangue bom (cordial) Você faz parte da classe de motoristas conscientes e cordiais, que respeitam as leis e contribuem para um melhor relacionamento no trânsito Se respondeu mais letras B, você é:

Motorista contraventor (indiferente)

relação ao 9 Com cinto de segurança, você:

a) Exige que todos que estão no carro coloquem o cinto de segurança b) Fala que apenas quem anda na frente precisa colocar o cinto c) Não se importa se os ocupantes do carro estão usando o cinto ou não

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lhe 10 Alguém destrata no

Você compõe o rol dos motoristas que repetem padrões de comportamento de não cumprimento das leis, dificultando o relacionamento no trânsito

trânsito, e você:

Se respondeu mais letras C, você é:

a) Age como se não tivesse sido com você e segue b) Responde, mas se contém, pois está no trânsito c) Encosta o carro e inicia uma discussão

Você faz parte do grupo de motoristas que desconsideram a existência das leis ou ainda criam novas regras. São indivíduos que não parecem ter referências de limites, autoridade e hierarquia. Não contribuem para uma boa relação social e no trânsito

diariode.pe/bhdd Confira a versão digital do teste do motorista

Motorista esquentadinho (agressivo)

S E R V I Ç O Gabriella Lima, psicóloga (Clínica CAPPAZ) Endereço: Rua General Artur Oscar, 113, Rosarinho, Recife Telefones: (81) 3083-5550 ou (81) 99111-5900


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Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

Recife, QUA - 19/08/2015

LOCAL

Quatro mil tablets para estudantes

Alunos da rede municipal do Recife receberão 2,1 mil tablets hoje no Centro de Convenções. Restante será entregue nas escolas.

MAIRA BARACHO/ESP DP/D. A PRESS

Formando uma geração de ciclistas

RAFAEL MARTINS/ ESP. DP/ D. A. PRESS

ANAMARIA NASCIMENTO anamarianascimento.pe@dabr.com.br

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

Segunda reportagem da campanha Sou do bem no trânsito mostra ações de ciclistas por uma mobilidade melhor

> cincodicas para pedalar com a máxima segurança

1. LUZES As luzes da bicicleta têm papel essencial para a segurança. Use luz branca na frente e vermelha atrás para os motoristas saberem se você está indo ou vindo 2. CAPACETE Apesar de não ser obrigatório por lei, o uso do capacete ajuda a proteger em eventuais casos de queda 3. SINALIZAÇÃO Sinalize sempre o que pretende fazer, com sinais de mão. Peça passagem, dê passagem, sinalize que o motorista pode passar quando você decidir esperá-lo 4. ATENÇÃO AO SINAL Não passe no sinal vermelho com a bike, pois pode aparecer outro veículo na transversal e você não conseguir passar a tempo 5. SAÍDA À DIREITA Em ruas onde muitos carros viram à direita, tome cuidado adicional. Sinalize com a mão que você vai seguir em frente numa esquina, por exemplo

A

judar a diminuir os engarrafamentos adotando a bicicleta para os trajetos diários não foi o suficiente para o autônomo Enio Paipa, 27. Desde 2009, ele só se desloca de bike. Percorre 60 km por dia, saindo do Janga, em Paulista, passando pela Boa Vista e indo até Casa Amarela, no Recife. Inquieto, decidiu ir além e repassar os conhecimentos adquiridos nas ruas. Ele é um dos 53 voluntários do Bike Anjo no Recife e ensina outras pessoas a pedalarem. Neste Dia Nacional do Ciclista, a segunda reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, que será publicada até 25 de setembro, destaca ações de usuários como Enio, que buscam melhorar a mobilidade da capital. Em três anos de atuação como “professor de bike”, Enio perdeu as contas de quantas pessoas já formou no Recife. “A primeira pessoa que ensinei a pedalar foi uma mulher chamada Eugênia. Ela tinha 36 anos. Sofria com piadas

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ISRAEL COSTA/DIVULGACAO

Nome: Enio Paipa

Nome: Guilherme Jordão

Idade: 27 anos

Idade: 31 anos

Profissão: Autônomo

Profissão: Defensor público

Trajeto diário: 60 km de bicicleta entre o Janga, em Paulista, e a Boa Vista e Casa Amarela, Recife

Trajeto diário: 10 km de bicicleta entre a Madalena e a Boa Vista

O ciclista já cumpre 90% do seu papel na mobilidade, por ter adotado esse meio. Além disso, ciclistas precisam ter atenção com o pedestre, que é a parte mais fragilizada do trânsito”

O mais importante para ser do bem no trânsito é ter respeito pelo próximo. A rua foi feita para as pessoas e não para um veículo específico, então precisamos enxergar e respeitar o outro enquanto indivíduo independentemente do veículo que ele utiliza”

diariode.pe/bhhc Faça teste sobre direitos e deveres do ciclista

Adoção do meio de transporte exige cuidados

quando dizia que queria aprender. Uma semana depois, participou de uma pedalada do Recife até Paulista. São histórias como essa que nos fazem continuar”, diz. Os alunos se inscrevem no projeto através do site bikeanjo.org e recebem orientações online. No último domingo do mês, é ministrada uma aula prática ao ar livre. Enio estima que 720 aprendizes já participaram das lições desde o início do projeto em 2011. Para ele, é fácil ser do bem

no trânsito. “Basta respeitar os outros.” De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, ciclistas têm prioridade sobre os outros veículos. “Mas não temos só direitos”, pondera. A visão é compartilhada pelo cicloativista Guilherme Jordão, 31, coordenador da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (AMECiclo). “O trânsito é muito hostil com o ciclista. Muitas vezes, quem pedala pega a contramão e sobe em calçadas porque falta estrutura na cida-

de. Ainda assim, o respeito ao pedestre é indiscutível.” Na avaliação do professor de engenharia mecânica da UFPE Fábio Magnani - que ministra disciplinas sobre bicicletas e motocicletas e orienta pesquisas em mobilidade -, o fato de um motorista adotar a bicicleta já faz dele uma pessoa “do bem” no trânsito. “É perigoso andar de bike. Quem faz isso pensa no coletivo. O dever do ciclista é escolher políticos que invistam em melhorias para eles e a mobilidade”, ressalta.

assista

diariode.pe/bh8q Bike Anjo Enio Paipa dá dicas para quem quer ser ciclista ou

Fotografe o QR code ao lado com o software leitor do seu celular.

mais + saibamais 33 km

de rede rede ciclável ciclável distribuído dis tribuídoss entre entre ciclovias ciclo vias,, cicloffaix ciclo aixas as e ciclorrotas ciclorr otas no Recif ecifee

En Entenda as diferenças:

Ciclovias Ciclovias Sant anto o Amar Amaro o (Av (Avenida Norte Norte): 1,4 1,47 km

Ciclofaix Ciclof aixas as Sant anto o Amar Amaro o (Rua (Rua da Aur uror ora): a): 2,5 km

Boaa Viag Bo iagem em (Av (Avenida Boa Boa Viag iagem): em): 7, 7,85 km

Sant anto o Amar Amaro o (Rua (Rua Arthur de Lima Cav Cavalc alcanti): anti): 1,7 1,7 km

Via Mangue (em (em cons construção trução): ): 5, 5,6 km

Iputingaa (Canal Iputing (Canal do Cav Cavouc ouco o): 2,3 km

Áre Ár ea comp compartilhada artilhada (Zona (Zona 30):

Brasília Br asília Teimo eimossa (orla): (orla): 1,41 1,41 km

Bairro Bairr o do Recif Recife: e: 17 178 mil m 2

Torrõe orrõess e San San Martin (Av (Avenida do Fort Fortee): 5, 5,6 km

Ciclovia: vias cicláveis com separação física isolando os ciclistas dos demais veículos, permitindo mais segurança. Exemplo: Avenida Boa Viagem

Ciclofaixa: faixas exclusivas para a circulação de ciclistas, que não possuem divisão física. A separação com a pista de rolamento comum é feita com sinalização horizontal e “tachões”. Exemplo: Estrada do Arraial

Binário de Casa Casa Amar Amarela ela (Esstr (E trada ada do Arr Arraial aial e Es Estr trada ada do Enc Encanament anamento o): 5 km Imbiribeiraa (Rua Imbiribeir (Rua Ar Arquit quitet eto o Luiz Nunes Nunes): 3,5 3,5 km Campo Grande Grande (Rua (Rua Marquês Marquês de Abr Abrant antees): 1,9 km

Ciclofaixas operacionais: ciclofaixas que funcionam aos domingos e feriados. Além da sinalização horizontal, a separação é realizada através de cones

Ciclorrota: trechos compartilhados por bicicletas e outros veículos com sinalização vertical para que motoristas fiquem atentos. Não há separação física ou sinalização horizontal. Exemplo: Bairro do Recife

O desafio de novas rotas cicláveis Estudos para projetos de novas rotas cicláveis do Recife estão sendo concluídos. Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), novos espaços devem ser criados este ano. As propostas estão em consonância com o Plano Diretor Ci-

cloviário, traçado pelo governo do estado em conjunto com os municípios da Região Metropolitana do Recife. Os estudos demandam um tempo maior de análises técnicas, uma vez que o foco é implantar novas rotas que tenham conexão com as já exis-

Fonte: CTTU e Vá de Bike

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tentes. Foram priorizados bairros que abrigam polos de interesse, como parques, praças e mercados. As próximas rotas a serem implantadas são a Inácio Monteiro, no Cordeiro; a Antônio Curado, no Engenho do Meio e a rota de Jardim São

Paulo, que já estão com os projetos executivos em fase de conclusão. A previsão é que a implantação aconteça ainda neste semestre. As últimas rotas implantadas foram a da Avenida Arquiteto Luiz Nunes - que faz conexão entre a Avenida Caxangá e

a Lagoa do Araçá - e a Marquês de Abrantes, que inicia no bairro do Rosarinho, passando pela Encruzilhada, Campo Grande e Hipódromo, somando 5,4 km de malha cicloviária. Hoje, a cidade tem 33 km de rede ciclável, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.

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Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

Recife, DOM - 23/08/2015

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Litoral tem 19 trechos impróprios

Lista de praias impróprias para o banho inclui Pina, Itamaracá e Bairro Novo, em Olinda. Confira em diariode.pe/bhvn.

ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS

Segundos que podem ser fatais deixa o celular no silencioso. Só vê e retorna as ligações quando para o carro e chega ao destino. Caso a pessoa que estiver ligando insista muito, uma mensagem automática com o texto “estou dirigindo” é disparada para o telefone de quem discou. “Meus amigos e familiares já sabem que não atendo o celular quando estou dirigindo. Já reclamaram SOU muito, mas agora já estão DO BEM acostumados”, afirma. ApeNO TRÂNSITO sar de ignorar o aparelho quando está ao volante, Flávia usa bastante o celular no dia a dia. “Tenho redes sociais e uso sempre o celular, mas, no carro, jamais”, ressalta. A punição para quem dirige ANAMARIA NASCIMENTO usando o celular é de multa de anamarianascimento.pe@dabr.com.br R$ 85,13 mais cinco pontos na cada 15 minutos, carteira de habilitação. Apeuma pessoa é multa- sar disso, muitos motoristas da usando o celular parecem não se intimidar com enquanto dirige em Pernam- a penalidade. “Nossa fiscalização é feita buco. A utilipelos agentes. zação do apaQuando eles relho ao vopercebem que lante foi a o motorista quinta infraTenho redes está com apeção mais ffla lanas uma das grada no esta- sociais e uso mãos no do entre jabastante o celular, volante e neiro e junho constata a utideste ano e a mas no carro no lização do quarta mais aparelho, a frequente no meio do trânsito multa é geraRecife no nem pensar. É da”, esclarece mesmo períoa presidente do. Quase muito arriscado” da Compa70% das mulFlávia Rocha nhia de TrânFuncionária pública tas foram resito e Transgistradas na porte Urbano do Recife (CTcapital pernambucana, ou seja, sete em cada 10 motoris- TU), Taciana Ferreira. No Recife, a infração por ditas infratores estavam diririgir fazendo uso do celular gindo no Recife. A funcionária pública Flá- só fica atrás da direção em via Rocha, 33 anos, não se en- velocidade acima do permiquadra nessas estatísticas. tido e estacionamento em loMotorista consciente, ela não cal proibido. “O uso do celuatende o celular em nenhu- lar somado à alta velocidade ma situação e é destaque na aumenta muito o risco de um terceira reportagem da cam- acidente. Indicamos que os panha Sou do bem no trânsito, condutores deixem o apareque o Diario publica até 25 lho no silencioso e só façam de setembro. Além de não te- ligações com o carro estaciolefonar, Flávia não acessa re- nado”, aconselha Taciana. Burlar a fiscalização usandes sociais enquanto guia. do o telefone no viva-voz ou no “Pode ser Jesus Cristo, o papa, quem for, mas eu não modo bluetooth - quando a liatendo”, brinca. Nos 8 km em gação vai para o sistema de que conduz diariamente, ela som do veículo - não diminui

A

GILSON TEIXEIRA /OIMP/OIMP/D.A PRESS

Falar ou escrever mensagens ao celular enquanto se dirige é arriscado, independentemente do tempo de distração

Infração é uma das mais comuns em Pernambuco. Flávia Rocha afirma que nunca utiliza o aparelho quando dirige

+ saibamais

Multas por uso de celular ao volante

Em Pernambuco No Recife

<< Nome: Flávia Rocha Idade: 33 anos Profissão: Funcionária pública Trajeto diário: 8 km diários de carro entre os bairros das Graças e Ilha Joana Bezerra

a chance de causar um acidente. “O problema não é apenas o ato de ligar ou segurar o aparelho. Existe o risco de o condutor receber uma notícia que o abala emocionalmente, aumentando a chance de resultar em uma colisão”, pontua a presidente da CTTU.

assista

diariode.pe/197

é de 60 km/h, ou seja, de 17 metros por segundo. Isso significa que, se o motorista perder 1 segundo de atenção, percorre 17 metros. Se ele demorar cinco segundos olhando para o celular, vai percorrer 85 metros às cegas”, alerta. Segundo o professor, o tempo de reação de um motorista atento é de aproximadamente 0,7 segundo. “Passar alguns segundos dis-

traído toma esse tempo de reação e ainda aumenta a chance de acidente. Nos 85 metros percorridos cegamente em 5 segundos, um pedestre ou um animal pode aparecer. Um carro à frente pode diminuir a velocidade bruscamente, causando uma colisão”, pontua. O presidente da ONG Trânsito Amigo, Fernando Diniz, acredita que os motoristas brasileiros só vão deixar de

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11.372 multas (67% do total do estado)

²

5ª multa mais recorrente em Pernambuco

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4ª multa mais recorrente no Recife Motociclista

10.680 multas Condutores de outros veículos 6.073 multas

250 multas Motorista de ônibus 51 multas Fonte: Detran-PE

2014 Em Pernambuco No Recife

41.602 multas 22.381 multas

(54% do total do estado)

²

5ª multa mais recorrente em Pernambuco

²

5ª multa mais recorrente no Recife

Motorista de automóvel

26.435 multas diariode.pe/bhwl Confira o vídeo com dicas para não usar celular no trânsito ou

Veja infográfico animado sobre a mistura entre celular e direção

17.054 multas

Motorista de automóvel

Ninguém consegue dirigir bem usando o celular. Uma dica para perder esse mau hábito é já deixar os amigos e familiares avisados de que você não atende enquanto estiver dirigindo. Quando chegar ao destino, retorna a ligação”

Fotografe o QR Code ao lado com o software leitor do seu celular.

Condutores de outros veículos

14.208 multas Motociclista

725 multas Motorista de ônibus 234 multas Punição

R$ 85,13 5 pontos

O descuido que tira vidas É fisicamente impossível realizar duas ações que exigem concentração, como combinar direção e uso do celular. O físico e professor da disciplina em colégios e cursinhos pré-vestibular do Recife Diego Mendonça explicou que, ao ler uma mensagem no aparelho, por exemplo, o motorista perde tempo de reação. “A velocidade máxima em muitos corredores da cidade

* Até junho

2015*

é o valor da multa

usar o celular ao volante quando estiverem conscientes dos perigos escondidos em um ato aparentemente inofensivo. “Acredito que deva acontecer algo semelhante à obrigação do uso do cinto de segurança. Primeiramente, os condutores passaram a usar o cinto com medo de serem multados, mas a mudança real só aconteceu com a conscientização, que só aconteceu a longo prazo”, compara.

são computados na carteira de habilitação do condutor

Riscos de usar o celular enquanto dirige Atender uma ligação aumenta o risco de acidentes em seis vezes Quem digita mensagem de texto ao volante tem 23 vezes mais chances de sofrer um acidente que um condutor atento Dirigir usando o celular aumenta ainda a chance de colidir com a traseira de outro veículo

Motoristas que usaram o smartphone antes de um acidente - para fazer ligação ou mandar mensagem - passaram de 4 dos 6 segundos sem olhar para a estrada 14% de todos os acidentes envolvendo motoristas adolescentes foram causados pelo uso do celular nos Estados Unidos** ** Não existe levantamento semelhante no Brasil

Fonte: Fundação AAA para Segurança no Trânsito


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Recife, QUA - 26/08/2015

Professores da UFPE descartam greve

Docentes decidiram não parar após assembleia realizada ontem. Foram 168 votos contra a paralisação e 114 a favor.

ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS

Em meio ao caos, um pouco de gentileza ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS

Pequenos gestos de civilidade fazem a diferença na rotina dos passageiros do transporte público. O projeto Busão Feliz pretende estimular os bons hábitos

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

A rotina diária dos dois milhões de usuários é de sufoco ANAMARIA NASCIMENTO anamarianascimento.pe@dabr.com.br

Ô

nibus que não cumprem horário, superlotação e coletivos que queimam a parada. A rotina de quem depende do transporte público na Região Metropolitana do Recife não é fácil. Para melhorar a vida dos usuários de ônibus, um grupo de estudantes do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) criou um projeto de estímulo à gentileza e à solidariedade dentro dos coletivos. Pedro Izídio, Tatyane Macedo, Suzana Brito, Mary Fonseca e Ruan Rodrigues acreditam que pequenos gestos de civilidade fazem a diferença na rotina dos passageiros do transporte público. O projeto Busão Feliz, que existe há três meses, é destaque na quarta reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, que o Diario publica até 25 de setembro, quando se encerram as ações da Semana Nacional de Trânsito. Não empurrar outros passageiros na fila do coletivo, segurar a mochila de uma pessoa que está viajando em pé, ceder o lugar a idosos e gestantes e não jogar lixo pe-

la janela do ônibus. Esses e outros conselhos são dados pelos estudantes aos usuários. As mensagens chegam aos passageiros por meio de panfletos e adesivos entregues nas paradas e dentro dos veículos. A ideia dos estudantes de design gráfico surgiu nos corredores do IFPE após a constatação da falta de cordialidade entre os usuários de ônibus. “Enfrentamos problemas como superlotação, veículos velhos e com os buracos nas ruas, mas não podemos melhorar essas condições. Pensamos, então, no que nós, usuários, podíamos fazer”, explica a estudante Tatyane Macedo, 20 anos. “O ato de pegar o ônibus te ensina que as pessoas perderam um pouco a sensibilidade. Ser gentil provoca espanto. Quando você está inserido nesse ambiente impessoal, querer a mudança chega a ser um ato revolucionário”, completa Pedro Izídio, 19. As mensagens dos estudantes são bem recebidas pelos passageiros. “É uma forma de mudar essa realidade”, disse a aposentada Sílvia Rodrigues, 68 anos. TERESA MAIA/DP/D.A PRESS

Queima de paradas e freadas bruscas são frequentes

NANDOCHIAPPETTA/DP/D.A PRESS

+ saibamais O transporte público por ônibus no Grande Recife

2 milhões de usuários 3 mil ônibus em circulação 24 mil viagens/dia 394 linhas 17 operadoras Principais reclamações dos usuários de ônibus (1º de janeiro e 1º de julho de 2015) 1º Não cumprimento do quadro de horário: 1.683 reclamações* 2º Queima de parada: 1.092 reclamações 3º Falta de urbanidade: 573 reclamações

5.148

reclamações foram contabilizadas neste período

270

ligações, entre denúncias, reclamações e pedidos de informações, são recebidas diariamente pela Central de Atendimento do Grande Recife Central de Atendimento do Grande Recife: 0800-0810158 Fonte: Grande Recife Consórcio de

Segurar os objetos de quem está em pé é uma das gentilezas do Busão Feliz

Transportes

Má educação é maior queixa A falta de urbanidade no transporte público é a terceira maior reclamação dos usuários à Central de Atendimento do Grande Recife Consórcio de Transportes. Das 5.148 queixas contabilizadas de janeiro a 1º de julho deste ano, 573 eram sobre a falta de gentileza nos ônibus. Para mudar esse cenário, o órgão gestor informou que apoia ações por parte dos usuários que estimulem a civilidade dentro do transpor-

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te público. “Tanto que o Consórcio vem se reunindo com a equipe do projeto Busão Feliz para incentivar campanhas educativas”, informou o Consórcio, por meio da assessoria de comunicação. Além de dar suporte a ações independentes, o órgão mantém o programa “Gentileza faz a diferença”, que realiza blitze educativas na Região Metropolitana do Recife desde 2010. “O objetivo desse programa é sensibilizar os ope-

radores sobre a importância de manter uma relação respeitosa e gentil com os passageiros com diferentes condições de mobilidade”, explicou o órgão. As ações acontecem dentro dos Terminais Integrados da Região Metropolitana, onde arte-educadores realizam esquetes que simulam situações do dia a dia dos usuários. Temas como respeito à fila e a assentos reservados de idosos e deficientes são abordados.

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diariode.pe/bhzo Confira videorreportagem sobre o projeto Busão Feliz ou

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Recife, DOM - 30/08/2015

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Vacina contra a polio vai até amanhã

Cerca de 70% das crianças de seis meses a cinco anos foram imunizadas no estado, mas a meta é de 95%.

JULIO JACOBINA /DP/ D.A PRESS

C

alçadas espaçosas, bem cuidadas e com acessibilidade são uma raridade no Recife. Indo na contramão do abandono de boa parte do passeio público da cidade, moradores e comerciantes tentam resgatar a cidadania e colaborar com a mobilidade urbana por meio de melhorias nas calçadas. Na capital pernambucana, os cuidados com o passeio são de responsabilidade dos cidadãos. Cabe ao proprietário da casa, do estabelecimento ou os condôminos de um edifício manter em boas condições o piso em frente ao imóvel. Na quinta reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, veiculada até 25 de setembro, o Diario mostra, a partir de bons exemplos, que calçadas com boa qualidade são fundamentais para a mobilidade urbana sustentável. Como enfatiza o consultor em gestão e autor do livro Calçada: o primeiro degrau da cidadania urbana (2013), Francisco Cunha, o passeio funciona como um “medidor” da qualidade de urbanização de uma cidade. “Nossas calçadas são historicamente maltratadas. Ainda hoje, a situação é muito ruim. Cuidar delas é melhorar a mobilidade”, ressalta. Uma calçada adequada precisa seguir alguns critérios. Elas devem ser largas e, quando possível, protegi-

das por arborização para dar conforto aos pedestres. Uma iluminação adequada também é importante para quem caminha à noite. Um bom exemplo é o passeio, de aproximadamente quatro metros de largura, do residencial Saint Elisée, na Rua Simão Mendes, bairro da Jaqueira. “Um item que não esquecemos foi o jardim, um ponto de beleza e sinal de gentileza para quem passa pela calçada”, destaca a moradora do condomínio Rita Guerra, 60.

Moradora da Jaqueira, Rita Guerra destaca não só o nivelamento do piso como também os jardins

Caminhos ainda inacessíveis

Bom para todos

É imprescindível também que o equipamento urbano esteja adequado a todos os pedestres: crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência física. Foi pensando nos pedestres com mobilidade reduzida que o empresário Thiago Lugo, 32, reformou a calçada em frente à sorveteria que comanda no bairro de Campo Grande. “Procurei informações e cheguei à norma ABNT 9050, com as regras para a construção de calçadas. Instalei piso tátil, rampa e nivelei o piso. A mudança foi positiva, pois garante mais conforto e segurança, inclusive aos deficientes físicos”, afirma.

Andar pelas calçadas do Recife é um ato tortuoso. São tantos os obstáculos no passeio que a mobilidade da população que se desloca a pé pela cidade é dificultada e até, em alguns casos, impedida. Raízes de árvores, barracas, lixo e desníveis atrapalham o caminho dos que transitam pela capital pernambucana. O cuidado com o passeio é, também, responsabilidade dos cidadãos. A lei municipal 16.890, de 2003, determina que os proprietários façam a manutenção de sua própria calçada. Muitos recifenses, porém, não conhecem a lei. Outros sabem que devem cuidar do passeio em fren-

diariode.pe/ soudobem Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

de pessoas se deslocam a pé diariamente na Região Metropolitana do Recife*

Mobiliário urbano urbano de pequeno e médio porte (telef (telefone público públic o ou caixa caixa de corr correio eioss) devvem es de estar a 5 m do eixo eixo da esquina

* Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) de 2008

Tempo médio gasto por deslocamentos segundo a pesquisa Origem/Destino

deslocamentos de eram a pé er

43 minutos

24% dos

deslocamentos de eram a pé er

Ramp ampa a de reb ebaix aixamento amento par ara a ace acessibilidade: 1,20 1,2 0 m de largur larguraa

de ônibus

Em 1997

28 minutos

de transporte individual

16 minutos

Princípios de uma calçada ideal

a pé

CALÇADAS NO RECIFE

RUAS

25 milhões

5 milhões de metros de ruas

de metros quadrados de calçadas

Mobiliário urbano de grande porte (banca de revista) devem estar a 15 m do eixo da esquina

A veg egetação etação es escolhida dev deve ter ter altura altura máxima de 6 m quando adulta

1,5 milhão

Sombreamento: utilização de árvores para amenizar os efeitos do sol

2,5 metros é a média da largura das calçadas da cidade

$

Buracos e entulhos dificultam os deslocamentos a pé

Árvvor Ár ore es: Mudas com com 2,30 m de altura altura máxima

Perfil do pedestre

19% dos

Rampas e piso tátil compõem a acessibilidade

SILVINO SIL VINO/DP /DP

+ saibamais

Em 1972

te à residência, mas desrespeitam a norma. De acordo com a lei, o cidadão pode ser multado de R$ 161,36 a R$ 2.418,77, dependendo do tipo de infração. Por outro lado, cabe à prefeitura a manutenção das calçadas de canteiros centrais de vias, frentes de água - como rios e canais -, praças, parques e imóveis públicos municipais. “Quando a prefeitura precisa fazer uma obra e mudar uma calçada privada, também cabe à gestão municipal o reparo ou manutenção dela. Nos demais casos, o proprietário ou ocupante do imóvel deve cuidar do passeio”, esclareceu a diretora da Emlurb, Fernandha Batista.

GUILHERME VERISSIMO/ESP DP/DA PRESS

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SOU DO BEM NO TRÂNSITO

ALLAN TORRES ESP DP/D.A PRESS

Um passeio adequado precisa seguir alguns critérios. Deve ser largo e, quando possível, protegido por arborização para dar mais conforto

GUILHERME VERISSIMO/ESP DP/DA PRESS

A cidadania passa pelas calçadas

Investimento da Prefeitura do Recife

R$ 11 milhões foram investidos em melhorias de 40 km de calçadas

Fonte: Prefeitura de Recife, Secretaria das Cidades, Guia de Construção de Calçadas da ONG Soluções para Cidades e dados da pesquisa Origem/Destino

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Faixa de serviço + faixa livre + faixa de acesso

{

Continuidade: interligação entre zonas de serviço dos bairros

Faixa de serviço (instalação de hidrantes, árvores e postes): 0,75 cm de largur larguraa mínima

Faixa livre (para circulação): 1,20 1,2 0 m de largur larguraa mínima admissível admissív el e 1,50 m de largur larguraa mínima rec recomendada omendada

Faixa de acesso: sem largur lar guraa mínima

Serviços: evitar instalação de obstáculos na faixa de passagem Acessiblidade: acesso a deficientes, crianças, idosos e adultos Tamanho: não se limitar ao mínimo de 1,20 m


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Recife, QUA - 02/09/2015

LOCAL

Vacinação prorrogada

A Secretaria Estadual de Saúde prorrogou até o dia 9 a campanha de vacinação contra a poliomielite.

CECILIA DE SA PEREIRA/DP/D.A PRESS

Taxistas que são exemplo no trânsito SOU DO BEM NO TRÂNSITO

Profissionais que raramente usam a buzina e não abusam da velocidade mostram que as ruas podem ser um ambiente cordial ALICE DE SOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

M

ais um dia de trabalho estava em curso quando um grupo de estrangeiros entrou no táxi de José Marcelo Belém, 52 anos. Antes de descer do veículo, os clientes, abismados, perguntaram: “O seu carro não tem buzina?” O taxista riu e disse que sim, mas que costumava usar pouco. A atitude que deixou os visitantes boquiabertos é apenas uma das boas práticas que José Marcelo faz questão de cultivar no trânsito, há 25 anos, desde que começou a trabalhar neste ofício. O motorista, que não leva multas há cinco anos e é um dos pioneiros no uso de pontos de táxi padronizados pelos próprios profissionais no Grande Recife. A sexta reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, publicada pelo Diario até o dia 25 deste mês, mostra como atos semelhantes ao de José Marcelo, que está nas

ruas diariamente, podem ajudar a ampliar a cordialidade entre os atores da mobilidade. “O taxista está vendo o papel de prestador de serviço ser questionado pela população. O modelo antigo de trabalho não é mais aprovado”, aponta o professor de legislação de trânsito e diretor do Instituto de Certificação e Estudos de Trânsito e Transportes (Icetran), Sidnei Schmidt. José Marcelo dirige um dos 18,6 mil táxis emplacados em Pernambuco. Divide as ruas do Recife com pelo menos outros 6,1 mil profissionais do ramo. Diariamente, percorre 17 km somente para sair de casa, em Piedade, e chegar ao ponto, na Praça do Rosarinho. Caminho que faz sem alterar o humor em nenhum momento. “Não tenho pressa. A velocidade é sempre 60 km/h. O trânsito é o meu ambiente de trabalho. No dia em que eu me estressar com ele, mudo de profissão”, avisa. Há 20 anos na profissão, Sérgio não contabiliza infrações há pelo menos dois anos. Para ele, ser taxista é ser exemplo. “É difícil lidar com os motoristas, mas tudo é questão de educação”.

RODRIGO SILVA/ESP.DP/D.A PRESS

Taxista há 25 anos, José Marcelo oferece até bombons aos passageiros para tornar a viagem mais agradável RODRIGO SILVA/ESP.DP/D.A PRESS

Cartilha ajuda a rever velhos hábitos Em 2015, 49 multas de transporte foram aplicadas aos motoristas de táxi só no Recife. A maioria delas por atuar sem a documentação. Três outras por más condições de funcionamento do veículo, segurança e higiene. A chegada de aplicativos como o Uber, as mudanças na legislação e a indignação dos passageiros têm obrigado os taxistas a rever velhos hábitos. Por isso, até o fim do mês de outubro, 10 mil cartilhas com orientações de educação e regras de trânsito serão impressas e entregues aos taxistas que trabalham na Região Metropolitana.

assista

diariode.pe/b8ks Confira vídeo sobre os bons exemplos dos taxistas no Recife ou

Fotografe o QR code ao lado com o software leitor do seu celular.

Para Sérgio, calma e educação são fundamentais

+ saibamais

Os livretos estão sendo organizados pelo Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sinditaxi-PE) e terão uma linguagem de quadrinhos. “Já tivemos uma cartilha no passado e vamos retomar. Criamos o Zé Táxi, um personagem que é modelo de comprometimento com a sociedade, educado, engajado com os movimentos sociais, para transmitir as informações”, explicou o presidente do Sinditaxi-PE, Everaldo Menezes. diariode.pe/ soudobem Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

Fonte: Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Icetran, Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) e Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sinditaxi-PE)

18.685

Mapa Ma pa dos táxis táxis na RMR 1 - Abr Abreu eu e Lima 35 táxis 1 táxi par paraa cada cada 2.806 2.806 pes pessoas

5 - Igar Igaras assu su 135 táxis 1 táxi par paraa cada cada 822 pes pessoas

9 - Jabo Jaboatão atão dos dos Guarar Guararape apess 101 013 3 táxis 1 táxi par paraa cada cada 67 672 pes pessoas

13 - Recif Recife e 6125 táxis 1 táxi par paraa cada cada 263 pes pessoas

2 - Ar Araçoiab açoiaba a 15 táxis 1 táxi par paraa cada cada 1.305 pes pessoas

6 - Ilha de Itamaracá Itamaracá 72 táxis 1 táxi par paraa cada cada 339 táxis

10 - Moreno Moreno 30 táxis 1 táxi par paraa cada cada 2.015 2.015 pes pessoas

14 - São Lour Lourenço enço da Mata 93 táxis 1 táxi par paraa cada cada 1.17 1.175 pes pessoas

6 em cada cada 10 táxis que rodam rodam em Pernambuc Pernambuco o são

3 - Cabo de Santo Santo Ag Ago ostinho 243 táxis 1 táxi par paraa cada cada 816 816 pes pessoas

7 - Ipojuca 160 táxis 1 táxi par paraa cada cada 560 pes pessoas

11 - Olinda 806 táxis 1 táxi par paraa cada cada 482 pes pessoas

3 em cada cada 10 táxis de Pernambuc Pernambuco o rodam rodam no Recif Recifee

4 - Camaragibe Camaragibe 42 táxis 1 táxi par paraa cada cada 3. 3.639 pes pessoas

8 - Itapissuma Itapissuma 149 táxis 1 táxi par paraa cada cada 171 171 pes pessoas

12 - Paulis Paulista ta 635 táxis 1 táxi par paraa cada cada 504 pes pessoas

é a frota frota de táxi emplacado emplacadoss em Pernambuc ernambuco o até abril de 2015 2015 28 municípios municípios têm frota frota de táxi rec econhecida onhecida pelo sindicat sindicato o

rec econhecido onhecidoss pelo sindicat sindicato o

cada 10 10 táxis de Pernambuc Pernambuco o circulam circulam na RMR 5 em cada

Curso de capacitação para taxistas H

Obrigatório desde o dia 3 de agosto deste ano no Recife

H

36 horas/aula

H

5 instituições credenciadas (incluindo educação à distância)

O certificado de conclusão deve ser entregue durante o recadastramento anual H

H

A cada três ano, será preciso fazer reciclagem

Principais multas de transporte entre os táxis do Recife

Mandamentos do taxista do bem H

Não reclamar de corridas pequenas

H

Nunca recursar corridas sem motivo

H

Ser cordial e gentil com os clientes

H

Manter o veículo sempre limpo

H

Usar trajes adequados à profissão

H

Evitar comentários e assuntos que possam

deixar o cliente constrangido

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Atuar sem portar documentos referentes ao serviço HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

32 multas em 2015

Abandonar o veículo no ponto de táxi HHHHHHHHHHHHH

13 multas em 2015

Prestar serviço com veículos em más condições de funcionamento, segurança, higiene e conservação HHH

3 multas em 2015

Operar com veículo sem a padronização exigida H

1 multas em 2015


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www.diariodepernambuco.com.br/local

Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

LOCAL

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P E R NA M B U C O DIARIOdeP

Te le fo ne : 2122.7512/7513 e-mail : local.pe@dabr.com.br

Recife, DOM - 06/09/2015

Desfile começa às 9h, na Imbiribeira JULIO JACOBINA/DP/D.A PRESS

A festa do Dia da Independência acontece amanhã na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira.

O exemplo que deve vir dos pais RODRIGO SILVA/ESP.DP/D.A PRESS

Quando a educação para o trânsito é descontruída em casa, muitas vezes é pela vigilância infantil que ocorre a reeducação. Veja na sétima reportagem da série Sou do bem no trânsito

SOU DO BEM NO TRÂNSITO Anderson e Carleana levam os filhos de bicicleta para o colégio. Além de ajudarem a melhorar trânsito, mantêm a saúde em dia ALICEDESOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

P

assageiros de uma geração impaciente e acelerada, as crianças têm sido a cada ano mais vítimas de acidentes de trânsito. A cada três horas, um menino ou menina de até 14 anos sofre no mínimo escoriações decorrentes de uma colisão em Pernambuco. Tirar o pé do acelerador não significa somente proteger os pequenos, mas transformar a dinâmica do trânsito, a médio e longo prazo, usando uma arma simples e potente: o exemplo. “Dar exemplo é fundamental, é coerência. Obrigar-me a seguir as leis mostra às minhas ffilhas ilhas que outro comportamento é possível e melhor para todo mundo. É pensar para o coletivo.” O raciocínio é do designer gráfico Cláudio Tavares de Mello, 50 anos. Pelo menos três vezes por semana, ele leva as filhas à escola, nas Graças. Dentro do carro, faz questão de observar a sinalização. “Ja-

mais” para em fila dupla ou em cima da faixa de pedestres. Se for preciso, estaciona aciona no pró pró-ximo quarteirão para cumprir a legislação. Na sétima reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, que se estende até o dia 25, o Diario explica porque é tão importante pensar como Cláudio, apesar de raro. “As pessoas vão buscar os filhos no colégio e precisam parar na porta. Muitas vezes, só para mostrar o automóvel bom que têm. É um resquício da época colonial, na qual só quem andava a pé eram os escravos”, contextualiza o antropólogo Roberto DaMatta. Enquanto se esforça para manter a coerência, Cláudio contabiliza as infrações alheias. “A discussão é levantada em sala de aula, mas os próprios pais deseducam. É impressionante.” Situações lembradas por ele, como estacionar na faixa de pedestres, pode ser a mola propulsora para formar um motorista infrator.

+ saibamais Em Pernambuco

7 crianças e adolescentes

27 crianças e adolescentes

10 crianças de 0 a 4 anos

De 2012 até junho de 2015, 9.199 crianças e adolescentes de 0 a 14 anos foram vítimas de acidentes de trânsito em Pernambuco

de 0 a 14 anos foram vítimas de acidente de trânsito por dia em 2015 foram vítimas de acidentes de trânsito por semana em 2015

14 crianças de 5 a 9 anos

foram vítimas de acidentes de trânsito por semana em 2015

de 10 a 14 anos foram vítimas de acidentes de trânsito por semana em 2015

53% das vítimas são meninos e meninas de 10 a 14 anos

Vítimas de acidentes de 0 a 14 anos em Pernambuco

As faixas de pedestres devem estar sempre livres “A criança e o adolescente são superobservadores. Se o adulto continua insistindo na conduta e nunca é punido, ele conclui que não há problema em infringir as leis”, acrescenta o consultor em educação de trânsito e sociólogo Eduardo Biavati. Quando a educação para o trânsito é descontruída em casa, muitas vezes é pela vigilância infantil que ocorre a ree-

ducação paterna. O Colégio Fazer Crescer iniciou uma campanha de conscientização. “Houve um trabalho de corpo a corpo e há três anos observamos os resultados”, pontuou Gláucia Lira.

2012

2.643

2014

2.722

Vítimas de acidente de 0 a 4 anos no estado 2013

437

2014

461

2015

250 (de janeiro a junho)

Faixa etária 5 a 9 anos 2013

725

2014

807

diariode.pe/ soudobem

2015

Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

Faixa etária 10 a 14 anos

375 (de janeiro a junho)

2013

1346

2014

1454

Desafio de levar a educação aos jovens

2015

2012

105

O trabalho bem feito na infância não significa que a criança levará os conhecimentos de trânsito para a vida adulta. Entre 2009 e 2013, 199 pessoas de 10 a 14 anos morreram em acidentes de trânsito em Pernambuco. Em todo o mundo, os acidentes já são a maior causa de morte entre os jovens. No Brasil, só perdem para os homicídios entre 18 a 24 anos. Para evitar que o conhecimento obtido em sala de aula se perca, a psicóloga Carleana Alves, 32, e o empresário Anderson Alves, 39, começaram a alternar as idas à escola entre

2013

68

Óbitos por acidente entre 0 a 14 anos em Pernambuco*

FELIPE BARROS/DP/D.A.PRESS

carro e bicicleta. Além de evidenciar a diferença de tempo, lembram da questão da saúde. “Temos dois guardas de trânsito em casa, que regulam tudo o que fazemos, mas sabemos da necessidade de manter isso”, ressalta Carleana. Neste ano, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife incluiu as universidades nas atividades de educação para o trânsito na volta as aulas. O órgão estuda criar um projeto permanente com jovens.” Era um vácuo que tínhamos”, admitiu o chefe de Educação para o Trânsito, Francisco Irineu.

701 (de janeiro a junho)

Dicas para ser um pai ou mãe exemplo no trânsito:

Uma criança… Ç Não tem visão periférica desenvolvida para avaliar corretamente a velocidade dos veículos Ç Não tem altura suficiente para garantir visão segura dos condutores

Ç Redobrar a atenção Ç Respeitar a faixa de pedestre Ç Não parar irregularmente Ç Não formar fila dupla Ç Não xingar outros pais e mães

Acidentes entre maiores causas de mortes de jovens

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Ç Não buzinar

Ç Tem o centro de gravidade perto da cabeça e por isso mais facilidade para se desequilibrar Ç Tem mais dificuldade de a origem do som, para avaliar tempo e distância FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE (SES), COMPANHIA DE TRÂNSITO E TRANSPORTE URBANO DO RECIFE (CTTU), DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO (DENATRAN)


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P E R NA M B U C O DIARIOdeP

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Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

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Recife, QUA - 09/09/2015

LOCAL

Segunda dose contra o HPV

A dose complementar da vacina contra o vírus já está sendo aplicada nos postos de saúde.

ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS

Gentileza gera gentileza nos ônibus Projeto Fiscais da Cidadania, do Urbana-PE, conscientiza passageiros a serem mais cordiais dentro dos coletivos

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

ALICE DE SOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

M

arcondes Almeida, 56 anos, nunca gostou de andar em transportes coletivos. Até para ir à padaria, na esquina de casa, preferia o carro. Uma temporada de dois anos em Londres, na Inglaterra, fez o teólogo rever o conceito sobre os serviços públicos de deslocamento. Desde que retornou ao Brasil, é de ônibus que Marcondes percorre a cidade. A vontade de replicar a própria história entre outros recifenses é tanta que, desde maio, ele assumiu a missão de promover a cordialidade e o respeito dentro dos coletivos. O téologo é um dos 60 pernambucanos selecionados para o projeto Fiscais da Cidadania. Diariamente, Marcondes sai de casa para ensinar aos

usuários do transporte público da Região Metropolitana do Recife sobre a importância de respeitar os assentos reservados para idosos e deficientes, mostrar que não custa nada se dispor a segurar a bagagem do outro passageiro e alertar que, mesmo com a lotação, não vale a pena arriscar a vida sentado no degrau. “Percebi como podia ser legal andar de ônibus, entre outras questões, pela diversidade de pessoas que você encontra. Então, resolvi ajudar a melhorar o sistema daqui”, conta Marcondes, que chegou a ganhar 30kg durante cinco anos em que se deslocou apenas de carro. Por dia, ele visita uma média de 20 coletivos, acompanhado de outro colega. Além de dar dicas, convida os passageiros a também fiscalizarem. “As pessoas nunca cedem lugar para os idosos. Acho que conscientizar é importante. Muitas vezes a gente tem receio de falar e acaba ficando em pé”, Marilena Sales, 71 anos, aposentada. O ofício de Marcondes é trabalhar, como uma formiguinha, para conscientizar cada usuário dos coletivos que cruzam os 12 principais corredores viários do Grande Recife. O projeto Fiscais da Cidadania, assunto da oitava reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, que será publicada no Diario até o próximo dia 25, é uma iniciativa do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE).

+ saibamais

Manual das boas práticas no ônibus

HESIODO GOES/ESP. DP/D.A. PRESS

HESIODO GOES/ESP. DP/D.A. PRESS

Por dia, o Grande Recife Consórcio de Transporte recebe 39 reclamações. Neste ano, 573 foram relativas à falta de civilidade de passageiros, motoristas e cobradores. Visando uma relação mais cordial entre eles, as 13 empresas operadoras do sistema se reuniram para criar o programa de fiscais cidadãos. “Entendemos a necessidade de humanizar o serviço e a importância do usuário para melhorar o sistema”, pontuou o consultor do UrbanaPE, Bernardo Braga. “No começo houve resistência. Hoje, as pessoas agradecem”, comentou a fiscal da cidadania Bruna Silva, 25.

Atualmente há 60 fiscais da cidadania em ação. Bruna Silva (acima) e Marcondes Almeida (ao lado), conversam com usuários diariamente

diariode.pe/ soudobem Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

diariode.pe/b8zy Responda ao quiz e veja se você conhece as regras de convivência no ônibus

Quem tem direito aos assentos reservados?

O que acontece com a sua denúncia

Para o passageiro n

Respeitar os assentos reservados

n

Ceder lugar para quem precisa

n

Não sentar nos degraus ou ao lado do motorista

n

Não comercializar produtos e serviços dentro

Idosos

Pessoas com deficiência

Obesos

dos coletivos n

Embarcar pela porta correta

n

Não fumar

n

Usar corretamente a bilhetagem eletrônica

Ser sempre cordial com o passageiro

n

Não usar fone de ouvido

n

Estar uniformizado e identificado

n

Dar informações, quando solicitado, aos usuários

n

Não movimentar o veículo com portas abertas

n

Não conversar com o veículo em movimento

n

Atender todas as solicitações de embarque

Menores de 6 anos com "Vem Infantil"

Idosos maiores de 65 anos

Deficientes

Policial militar (a trabalho)

Rodoviários (a trabalho)

Profissionais dos Correios (carteiros)

Fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT)

*Número pode variar de acordo com carroceria

nnnnn

empresa será notificada. Em caso de reincidência, haverá multa 5. A Central entrará em contato com o usuário com o esclarecimento do fato e informando as providências tomadas

*As reclamações realizadas na Ouvidoria têm um prazo para reposta de 20 dias

Reclamações para denúncias, reclamações e pedidos de informação no Grande Recife

11 ligações por hora 39 reclamações por dia

registradas no Grande Recife

Veículos convencionais têm 41 lugares*

6 assentos reservados na área dianteira 2 após a catraca 1 em cada 5 lugares são reservados

4. Caso não haja resposta, a

e é gerado um número de protocolo 2. As queixas são encaminhas para o setor responsável ou diretamente para a empresa 3. A empresa tem um prazo de 10 dias úteis para responder a demanda ao Grande Recife

270 ligações por dia,

Dentro dos coletivos

Cada ônibus tem:

Pessoas com criança de colo

Quem tem direito à gratuidade?*

Para os cobradores e motoristas n

Lactantes

1. As informações são recolhidas

*apresentando os respectivos documentos

910 - Piedade/Rio Doce

Para denunciar Central de Atendimento ao Cliente do Grande Recife Consórcio de Transporte 0800 081 0158 n

Ouvidoria do Grande Recife Consórcio de Transporte 3182.5512 www.granderecife.pe.gov.br n

(clicar no link atendimento ao cliente)

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As linhas com mais reclamações

1923 - Cidade Tabajara/PE-15 861 -TI Xambá/Joana Bezerra

Fiscais da cidadania

60 pessoas 12 corredores viários

Cada dupla visita, em média, 20 ônibus por dia

30 mil veículos visitados desde maio

150 mil usuários

abordados desde maio

Transporte Coletivo na RMR

2,9 mil veículos 1,8 milhão

de passageiros por dia

26 mil viagens por dia

Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte e Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE)


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Editor: Gabriel Trigueiro Editores-assistentes: Jaílson da Paz e Tânia Passos Editora-assistente de produção: Ana Paula Neiva

Recife, DOM - 13/09/2015

LOCAL

UFPE oferece 60 vagas para professor RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS

A UFPE realiza seleção para professor substituto dos campi Recife e Caruaru. O cadastro será aberto amanhã.

Motociclistas acidentados conscientizam outros pilotos sobre os riscos e as consequências de ser imprudente no trânsito

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

ALICE DE SOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

O

s pés de Alexandre Nascimento, 37 anos, mal alcançavam os pedais quando o coração dele foi conquistado pelas motocicletas. Das primeiras aceleradas, no começo da adolescência, para a compra da primeira moto, bastaram a maioridade e os primeiros salários. Paixão, adrenalina, liberdade. A profusão de sentimentos só não levava na garupa a prudência. Beber e pilotar era costume de todo fim de semana. Até o dia em que o risco cobrou a conta e tirou dele a autonomia de movimentar as pernas. Onze anos

depois, a dor com a qual Alexandre aprendeu é instrumento de conscientização. Ele atua como educador da Operação Lei Seca. Alexandre estava a menos de três quilômetros de casa, em uma festa de bairro. Na cabeça dele, pilotar era sempre melhor alcoolizado. Naquela noite, cochilou e subiu no meio-fio, a 60km/h, antes de cair da motocicleta. O choque contra o chão resultou em fratura exposta na tíbia e lesão medular. Imediatamente, Alexandre deixou de sentir as pernas. No hospital, onde passou 18 dias internado, descobriu que estava paraplégico. A família não tinha dinheiro nem para comprar a cadeira de rodas e precisou adaptar uma cama na casa de dois andares para recebê-lo. Desde o dia em que ele sofreu o acidente até hoje, o número de motos só cresce em Pernambuco. No último mês, foram quatro mil novos emplacamentos adicionados a uma frota que cresceu 30 vezes em 15 anos. A nona reportagem da campanha Sou do bem no trânsito, que será publicada até o próximo dia 25, evidencia os perigos da epidemia de compras e acidentes de moto. E mostra como, apesar de tudo, é possível transformar o sofrimento em inspiração para evitar novos acidentes.

BRENDA ALCANTARA/ESP DP/D.A PRES

Dor transformada em educação

Alexandre Nascimento, que ficou paraplégico, tenta evitar que aconteça o mesmo com outras pessoas “No primeiro momento, achei que mais nada justificava viver e cheguei a passar dois anos em casa, isolado do mundo. Depois, percebi que precisava sair desse poço fundo e comecei a correr atrás”, lembra Alexandre, selecionado para ser educador da Lei Seca. O programa tem duas equipes de quatro educadores, que diariamente dão palestras em universidades, escolas, empresas e atua nas blitze sensibili-

zando motociclistas e motoristas com a própria história. O trabalho de Alexandre faz parte dos esforços da Secretaria Estadual de Saúde (SES) em adicionar a palavra “cuidado” às viagens dos motociclistas. Quem também defende essa bandeira é o corretor de seguros Carlos Valle, 59. Motociclista há mais de 40 anos, ele nunca sofreu um acidente e, sempre que pode, aciona os órgãos de trânsito com suges-

tões de como melhorar a sinalização para evitar quedas. “O problema é que os motociclistas normalmente não têm paciência e sempre acham que sabem de tudo”, pondera. No Recife, os interessados têm a chance de aprender, gratuitamente, a manejar corretamente a moto. O curso é oferecido pela Honda. De janeiro a agosto deste ano, mais de 3 mil pessoas foram formadas no estado.

assista

diariode.pe/bg34 Assista videorreportagem sobre os motociclistas educadores ou

Fotografe o QR code ao lado com o software leitor do seu celular.

JULIO JACOBINA/DP/D.A PRESS

Acidentes em ritmo preocupante

Carlos Valle pilota há 40 anos e nunca se acidentou

+ saibamais PERNAMBUCO (Frota*)

Um milhão de motos rodam no estado. Por dia, somente neste ano, 157 novos veículos de duas rodas foram emplacados. As facilidades de acesso não significam, porém, que os condutores saem da concessionária preparados para pilotar. Enquanto as estatísticas de acidentes e óbitos com carros diminuem, as de vítimas das motocicletas continua a crescer. No ano passado, os acidentes cresceram 12%. Pelo menos 44% dos motociclistas não pagam IPVA e Segu-

ro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat). O resultado foi um custo extra de R$ 56 milhões aos cofres estaduais no ano passado. Em contrapartida, as vítimas de acidentes com moto lotam três de cada cinco leitos das emergências e UTIs, gerando no ano passado um gasto de R$ 600 milhões. “Além das vidas e do sofrimento, custa caro ao estado. O material de prótese e órtese é comprado em dólar. Vamos chegar a

{

Nos últimos 15 anos a frota de motos cresceu 30 vezes

12% de crescimento nos acidentes em 2014

Em 2015

HABILITAÇÃO PARA MOTOS

38,1 MIL novas motos emplacadas

habilitação em motos em 2014

H

157 novas motos emplacadas por dia H

*até agosto de 2015

4.102 novas motos emplacadas em agosto

56 fizeram o teste para 68% aprovados 32% reprovados

H

NA RMR

9 mil

é o quanto cresceu a frota em 2015

HHHHHHHHHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHHHHHHHHH

38 motos é o crescimento médio diário dessa frota

NO RECIFE

138 mil motos

CINQUENTINHAS

Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) fará também uma campanha educativa voltada a esses condutores. Desde o início do ano, o DetranPE realiza o Fórum de Educação para o Trânsito, em todos os municípios, com enfoque em motos. Neste mês, os encontros acontecem em Oricuri e Salgueiro. diariode.pe/ soudobem Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

Fonte: Ministério da Saúde, Detran e Secretaria Estadual de Saúde (SES)

1.018.322 milhão de motos

301 mil motos

um ponto que não teremos como tratar esses pacientes”, alertou o coordenador do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (CepamPE), João Veiga. Para fazer as contas fecharem, a Secretaria da Fazenda começou a notificar os inadimplentes. Os órgãos de fiscalização apertaram o cerco às cinquentinhas. Os donos dos ciclomotores têm até 11 de novembro para emplacar o veículo. Até agora, 139 foram emplacados. Em outubro, a Companhia de

4 mil

é o quanto cresceu a frota em 2015

HHHHHHHHHHHHHHHH

16 motos é o crescimento médio diário dessa frota

ÓBITOS POR ACIDENTE DE MOTO

892 óbitos em 2012 42% dos óbitos do total de acidentes de trânsito

741 óbitos em 2013 39% dos óbitos do total de acidentes de trânsito

139 cinquentinhas emplacadas

CMYK

Impactos na saúde em 2014 R$ 230 mil é o custo de um acidentado grave aos hospitais 600 milhões foram gastos com motociclistas internados em hospitais de Pernambuco Isso equivale a 7 vezes o que o governo gastou para reformar os 5 maiores hospitais do estado Daria para construir 7 Hospitais Metropolitanos

34 mil motociclistas vítimas de acidentes de trânsito foram atendidos nas unidades de saúde do estado em 2014

HHHH

3 em cada 4 vítimas de

acidentes de trânsito atendidas eram motociclistas A cada dia, 93 motociclistas vítimas de acidente dão entrada nos hospitais pernambucanos HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHHHHH HHHHHHHHH HHHHH

3 em cada 5 leitos de

emergências e UTIs são ocupados por esse tipo de vítima


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de P E R N A M B UC O DIARIOd

local ■ ■ ■

Recife, DOM - 20/09/2015

diario urbano por jaílson da paz

jailsonpaz.pe@ dabr.com.br

HESIODO GOES/ESP/ D.A PRESS

Rápidos e livres

Bicho abusado, o pichador. Escolhe o lugar e se mete nas maiores encrencas para melar patrimônios público e privado. Por trás dos gestos, a demarcação de espaço entre seus pares, a autoafirmação também. O abuso chega ao ponto de colocar em risco a liberdade e a integridade física. Ao focar no ponto desejado, ele, ou melhor, eles desconsideram qualquer noção de responsabilidade em preservar bens públicos. É o velho “a vontade é minha” e o problema fica para o outro, obrigados a refazer orçamentos para restauro do que não estava previsto. Tira-se, então, do prioritário. Isso provavelmente será o destino da Ponte Estaiada, elo entre a Ponte Paulo Guerra e a Via Mangue. A ponte ficou coberta de rabiscos nas últimas semanas. Em poucos minutos, no início do mês, mais de uma dezena de rapazes ocuparam o espaço e de spray em mãos fizeram o de sempre: símbolos e siglas desconhecidos da grande maioria da população. Para deixar suas marcas, rapazes ficaram de cabeça para baixo na ponte e a cerca de dez metros da água da Bacia do Pina. Uma temeridade para muitos, um gesto comemorado como glória para eles. E que continuará sendo encarado de tal enquanto as polícias forem ineficientes no trato da questão. Na ponte, viaturas, após denúncias da população, apareceram mais de meia hora após os pichadores terem sumido. Ficaram apenas os rastros nas colunas e nas muretas. Estarão lá provavelmente dizendo: Sou a prova de que o dinheiro para me apagar sairá do seu bolso, cidadão. Ou anjos descerão dos céus, identificarão os rapazes, registrarão o crime e, por fim, obrigarão que limpem tudo? O detalhe importante, limpar com dinheiro dos infratores ou de parentes. Pelo que vemos, seriam mais prováveis ações divinas do que a eficiência do poder público para ao menos amenizar o problema.

Pintando a Cultura

Carona solidária aproxima e muda hábitos Dividir o carro com outras pessoas ajuda a reduzir os engarrafamentos e a diminuir a poluição do ar. A carona é tema da 10ª reportagem da série Sou do bem no trânsito

NANDO CHIAPPETTA/DP/D.A PRESS

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SOU DO BEM NO TRÂNSITO Empresária Maria Paula divide a tarefa de levar os filhos à escola com a vizinha ALICE DE SOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

O

s motoristas do Recife são pessoas solitárias no trânsito. Cada veículo que trafega na capital pernambucana leva, em média, 1,2 passageiro. Na prática, isso significa mais automóveis nas ruas e, consequentemente, engarrafamentos. Parar de se incomodar com as horas perdidas nos congestionamentos pode ser uma questão apenas de atitude, de mudar uma letra do alfabeto, e começar a ser solidário. Pelo menos 18 mil pernambucanos, em grupos de redes sociais, já toparam a ideia de convidar amigos, parentes e colegas de trabalho para uma carona. Desde o início do ano, cerca de 100 mil novos veículos foram emplacados em Pernambuco. Desses, 40% foram

automóveis. Considerando a tes estudam no Colégio Fazer taxa de ocupação descrita na Crescer. Conversando, as duas última pesquisa de Origem e chegaram ao consenso de que Destino, da década de 1990, “não fazia o menor sentido esses carros levam em média dois carros saírem para as ruas 48 mil pessoas quando pode- com destino idêntico”. riam conduzir, diariamente, Até então, para deixar e bus200 mil. A décima reporta- car os filhos na escola, Cláugem da camdia precisava panha Sou do CADA VEÍCULO voltar de Boa bem no trânsi- QUE TRAFEGA Viagem, onde to, publicada trabalha, até a no Diario PELO RECIFE Zona Norte. LEVA EM MÉDIA até o dia 25, Depois, retormostra os 1,2 PASSAGEIRO nava ao escriimpactos da tório. Um percarona solidária para a me- curso de, no mínimo, duas holhoria do trânsito. ras. “Não era fácil ir de uma A empresária Maria Paula extremidade a outra da cidade Pragana, 41 anos, e a adminis- nesse trânsito caótico. Atrapatradora Cláudia Marinho, 47, lhava, inclusive, a rotina profis ofisdecidiram dividir a tarefa de sional”, lembra Cláudia, que levar os filhos à escola há três sentiu os reflex eflexos na economia anos. As duas moram no mes- doméstica. Hoje, ela gasta memo prédio, no bairro do Rosa- tade do combustível de antes. rinho, enquanto os adolescenAs idas à escola foram como

+ saibamais A taxa de ocupação automotiva no Recife é de veículo 1,2 pessoa por veículo

Confira o hotsite especial Sou do bem no trânsito

Enfileirados, os veículos que passam na Agamenon Magalhães equivaleriam a 8 vezes o tamanho da via

95 mil

veículos trafegam na Avenida Agamenon Magalhães diariamente

114 mil

Se todos os veículos trafegassem com lotação máxima, enfileirados eles ocupariam 2 vezes o tamanho da via

22,8 mil

Ou seja, reduziria em 4 vezes a ocupação atual de veículos na via

carros seriam necessários para transportar essas pessoas

1,6 mil

ônibus seriam necessários para transportar essas pessoas

0,5 da Avenida Agamenon Magalhães seria ocupada por ônibus caso todas as pessoas que trafegam diariamente na via andassem somente nesse veículo

IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

Celular aqui... Estudos comprovam o que vemos nas ruas. Os celulares se transformaram em companheiros inseparáveis dos recifenses. Eles não largam o aparelho de jeito nenhum. No carro, agarram-se de tal modo que largam somente com medo de um agente de trânsito. Pedestres repetem o equívoco. Na Avenida Conde da Boa Vista. Na semana passada. Tranquilo, um senhor passeava fora da faixa do pedestre. Informações do além interessam mais.

diariode.pe/ soudobem

HOJE

pessoas tragefam em veículos por dia, na Agamenon Magalhães*

Bem antes de agirem na Ponte Estaiada, pichadores foram deixando as digitais na fachada do Conselho Estadual de Cultura, na Boa Vista. As tintas branca e amarela das paredes do pavimento térreo estão cobertas por inscrições de variadas formas e cores. Do preto, ao verde, ao vermelho, ao azul e mais de uma cor de rosa. Nem os vidros das janelas de madeira escaparam dos sprays e dos pincéis.

uma experiência piloto para as mães estenderem a parceria. Neste ano, Maria Paula mudou o filho de escola de idiomas para facilitar a carona. “O bairro é mais contramão, mas vale a pena para ter uma semana mais livre”, comentou Maria Paula Pragana. Quem não tem muito contato com os vizinhos pode procurar caronas em páginas e grupos no Facebook. Há pelo menos seis espaços na rede social. A mais recente delas, criada há 15 dias pelo técnico administrativo Frederico Neto, 39. “Percebi que o trânsito só está tá fficando icando mais impraticável e decidi ajudar uma vizinha. Depois, criei a página.”

68%

dos poluentes do ar são gerados por automóveis

90%

8 vezes mais

dos poluentes do ar em área urbana são gerados por automóveis

é a proporção de emissão de gás carbônico por passageiro de automóvel se comparado a um passageiro de ônibus

No Facebook

DICAS PARA SER UM CARONEIRO SOLIDÁRIO

Carona’s no Feice / Recife Carona Solidária Aldeia / Recife ² Caronas Recife ² Carona solidária Recife ² ²

...Jeitinho acolá Idade não conta para fazer atalhos nas avenidas da capital pernambucana. Na Agamenon Magalhães, no Paissandu e na Ilha do Leite, pedestres preferem esperar minutos a mais para que o fluxo diminua e atravesse a via do que andar 50 ou 100 metros para cruzá-las em uma faixa de pedestres. Segurança? Mero detalhe também na Avenida Conde da Boa Vista. Ali, o gradil entre as faixas é o obstáculo a ser vencido.

Procure saber na sua rua ou vizinhança se há pessoas que fazem o mesmo deslocamento diário que você

Peça aos Recursos Humanos da empresa para criar um banco de dados com pessoas interessadas em caronas

Busque, na escola dos filhos, outros pais que moram na mesma região

Obtenha informações prévias sobre a pessoa que irá pegar carona com você

Procure grupos na internet (redes sociais) direcionados para esse tipo de atividade

Estabeleça regras sobre uso de cigarros, rádio e comida dentro do veículo

Caso necessário, estabeleça acordo sobre divisão de custos

www.caronas.com.br www.caronabrasil.com.br ² www.tripda.com.br ² www.caronafacil.com ²

Combine previamente horários e tempo de espera de tolerância

Fonte: Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Professor da UFPE Maurício Pina, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Carona Brasil

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de P E R N A M B UC O DIARIOd

local

Recife, SEX - 25/09/2015

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O pequeno universo dos “sem multa” Conheça quem nunca foi multado dirigindo mesmo com aumento da fiscalização. Tema é retratado na última reportagem de campanha

SOU DO BEM NO TRÂNSITO

bilitados há anos e sem nenhum ponto na carteira estão dirigindo para provar que, para ter uma mobilidade segura, basta apenas vontade e respeito ao próximo. A comerciante Eliane Lages, 49 anos, precisa conferir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para se certificar há quanto tempo tem o documento, mais de duas décadas. Fruto de uma necessidade profissional, a habilitação de Eliane sempre passou em branco pelas renova-

EM PERNAMBUCO DUAS INFRAÇÕES SÃO REGISTRADAS A CADA MINUTO NO TRÂNSITO

ALICE DE SOUZA alicesouza.pe@dabr.com.br

E

quipamentos de fiscalização se espalham pela cidade. O celular vibra chamando atenção o tempo todo. O sinal está amarelo e, às vezes, a pressa sugere acelerar. As tentações são várias e cometer um deslize ao volante é quase uma regra no jogo do trânsito. Em média, duas infrações por minuto são contabilizadas em Pernambuco. Contudo, por mais impossível que pareça, as exceções existem. Ha-

ções: nenhuma multa contabilizada em todos esses anos. Exemplos como o dela são destaque na última reportagem da campanha “Sou do Bem no Trânsito”, que o Diario publica desde agosto. Ainda nos primeiros anos de volante, Eliane passou por um susto que pautou a conduta dela no trânsito nos anos seguintes. “Percebi o sinal amarelo e acelerei. Por um tempo, achei que tinha levado um multa”, lembra.

JULIO JACOBINA/DP/D.A PRESS

Desde então, a comerciante firmou o compromisso de nunca mais repetir o risco. Pelo menos três vezes por semana, ela sai do bairro da Várzea em direção ao Bairro do Recife, onde trabalha. São mais de 15 km, pelos quais ela trafega sempre prestando atenção na velocidade máxima e também nos outros motoristas. “O segredo é ter paciência, respeitar as leis e ter cuidado com os possíveis erros dos outros condutores”, analisa ela, que faz questão de repassar a conduta exemplar aos filhos. Morador de uma região em que as leis de trânsito parecem inexistir, o interior do estado, o mototaxista Amaro Filho, 38, já recebeu o apelido de chato entre os amigos. Na moto dele, não sobem crianças nem pessoas sem capacete por hipótese alguma. Com CNH há cerca de 12 anos, ele mantém com orgulho o documento sem multas. “Sou apaixonado por moto e vejo muita gente que não paga nem o IPVA. Todo dia, guardo R$ 2 no cofre para pagar o imposto. Gosto de fazer tudo certo, principalmente porque qualquer erro pode significar um acidente.”

Eliane dirige há mais de 20 anos e nunca teve o dissabor de receber uma multa ARQUIVO PESSOAL

O mototaxista Amaro Filho tem regras próprias para evitar acidentes e multas

Estado é o 5º em multas no país Desde o início deste ano, 792 mil infrações foram cometidas em Pernambuco. Somente na capital, um em cada quatro veículos licenciados foi multado em 2015. Se considerado o ranking nacional, o estado desponta como um dos que registra maior quantidade de infrações. Em pelo menos três das oito multas mais frequentes em 2014, Pernambuco aparece entre os cinco primeiros colocados do país: estacionamento em

local proibido, desuso do cinto de segurança e transitar em velocidade superior à máxima permitida. Em parte, os especialistas creditam esses números ao aumento dos mecanismos de fiscalização. Atualmente, são 95 equipamentos de fiscalização eletrônica no Recife. “Um estado com número baixo de infrações não significa ter motoristas mais educados. Às vezes, as ações não são tão coercitivas”, afirmou

o especialista em educação de trânsito Carlos Guido. Por outro lado, ele acredita que as estatísticas são subdimensionadas, principalmente porque os equipamentos ainda estão concentrados nas regiões centrais da capital. “O estado deveria ter uma ação mais efetiva de ir buscar o cidadão, retirar a carteira dele, quando chegasse a um determinado quantitativo de multas”, lembra Guido. A presidente do Con-

selho Estadual de Trânsito (Cetran-PE), Simíramis Queiroz, pontua ainda que há uma distância temporal grande entre o registro da infração e a aplicação das penalidades. “O condutor é penalizado muito depois do ato infracional. Essa distância faz com que as pessoas não se conscientizem sobre a legislação. É preciso consciência de que cumprir as normas é questão de segurança”

+ saibamais

Fonte: Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) e Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)

CONDUTORES NO ESTADO

3 MULTAS MAIS COMETIDAS EM PERNAMBUCO EM 2015

2.038.737 *até agosto de 2015 RELÓGIO DE MULTAS EM PERNAMBUCO (EM 2015*) Infrações cometidas

3,3 mil

136

multas por dia

multas por hora

8 TIPOS DE MULTA MAIS FREQUENTES NO PAÍS Estacionar em local proibido Pernambuco é o 4º lugar (4.525) ²

792 mil

2

multas por minuto

Veículos licenciados que contabilizaram multas em 2015

143 mil HHHH

HHHHHHHHHHHHH

1 em cada 4 veículos

13 veículos licenciados

licenciados na capital foram multados em 2015

têm acima de 30 multas

Condutor e/ou passageiro sem cinto de segurança Pernambuco é o 4º lugar (4.014) ²

Conduzir veículo sem registro ou licença Pernambuco é o 6º lugar (964) ²

Ultrapassar pela contramão linha de divisão de fluxos opostos, contínua amarela Pernambuco é o 11º lugar (106) ²

Transitar em local/horário não permitido (rodízio, caminhão, faixa azul) Pernambuco é o 10º lugar (237 multas) ²

NO RECIFE

Transitar em velocidade superior à permitida ²

Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20% Pernambuco é o 7º lugar (27.440) ²

Transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 20% até 50% Pernambuco é o 5º lugar (6.489) ²

Avanço de sinal (vermelho/ fiscalização eletrônica ou parada obrigatória) Pernambuco é o 7º lugar (3.370) ²

*Dados de 2014, com base na taxa de multas por quantidade de habilitados **São Paulo lidera todos os rankings em números absolutos e relativos

Estacionar em local proibido ²

²

Avançar sinal

VALOR E PONTUAÇÃO DAS MULTAS* Infrações gravíssimas 7 pontos e R$ 191,54 ²

Infrações graves 5 pontos e R$ 127,69 ²

Infrações médias 4 pontos e R$ 85,13 ²

Infrações leves 3 pontos e R$ 53,20 ²

PERFIL DO CONDUTOR EM PERNAMBUCO

4

10

HHH em cada HHH têm habilitação HHH tipo A H

27% são mulheres

94% têm habilitação definitiva

73% são homens

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23% têm menos de 5 anos de habilitação

A maioria dos condutores tem entre 25 e 35 anos

*Algumas das infrações gravíssimas, podem ter o valor multiplicado por 3, por 5 ou 10 (alcoolemia)


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