Granulócitos

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Granulócitos As granulações no citoplasma de neutrófilos são formados por uma membrana e uma matriz. As primárias estão presentes desde o mieloblasto (caracterizado pelo bastonete de auer) e encontrados nas séries neutrofílicas, basofílicas e eosinofílicas. Os secundários (de vesículas secretoras, se tem alta concentrada de receptores de membrana) são visualizados nos promielócitos. Basófilo, é um granulócito, é uma célula que está em pouca quantidade no sangue periférico. Ele é um mediador da hipersensibilidade imediata (choque anafilático). Na membrana deles tem receptores específicos pra imunoglobulina IgE (alergia), a membrana é rompida (Lise) os grânulos saem do interior (dentro deles existe histamina, heparina, leucotrienos - anafilaxia/hipersensibilidade n1) causando o choque anafilático. O indivíduo vai ter uma basofilia quando o numero dos basófilos for superior a 100 cels/mm3. Basopenia não existe, o número de basófilos ja é 0. Situações clinicas que acontecem aumento de basófilos: doenças proliferativas (leucemia crônica), na hipersensibilidade a drogas e alimentos.

Eosinófilos são células que são corados pela eosina (corante vermelho/alaranjado) com núcleo bilobulado. São responsáveis por mediar as infecções parasitárias e os processos alérgicos. Vai ter eosinofilia (aumento de eosinófilo, acima de 500 cel/ mm3) nas alergias: rinite, asma, urticária. E nas infecções parasitárias: ascaridíase, esquistossomose, ancilostomosiase. Protozoários (giárdia, ameba) não tem aumento do número de eosinófilo. O eosinófilo fagocita o complexo antigenoanticorpo. Nas verminoses ele consegue se aderir e joga no interior do parasita,

enzima dos grânulos, por isso o aumento de quantidade. Os ovos das verminoses são antígenos, por isso o sistema reconhece e manda anticorpos (macrófagos). Durante a infecção desses parasitas (Ancilostomosíase, Estrongiloidíase, Ascaridíase, Esquistossomose, Filariose) vai estar presente de forma constante a eosinofilia e proporcional pois quanto mais vermes estiver mais alta será a eosinofilia. Vai ser inconstante nas : Enterobiose e Teníase. E excepcionalmente na Tricuríase. A eosinopenia é a diminuição de número de eosinófilos (podendo até chegar a 0), está presente na infecção aguda, devido a ativação do eixo hipófise supra renal, que libera adrenalina que estimula a migração de eosi. para o tecido. Neutrófilos Compartimento medular (tem duas partes, o mitótico ou proliferativo (células que fazem mitose, o mieloblasto, promielócito, mielócito), depois irão migrar para o compartimento maturativo (metamielócito, bastão e segmentado); Compartimento medular de reserva teremos as células bastão e segmentado (estão prontas para migrar); Compartimento periférico (Circulante, é os que estão correndo no sangue, e o Marginado são os que ficaram aderidos a membrana do tecido endotélio) Compartimento tissular, é quando os neutrófilos migram para os tecidos, onde ocorre a morte dos neutrófilos.


AGRANULÓCITOS

Os circulantes são os que aparecem quando o sangue é coletado. O processo de digestão de alimentos promove a liberação de marginalizados para circulantes, fazendo com que no hemograma fique parecendo que está com um processo inflamatório (por isso 4h de jejum). Neutrofilia fisiológica, é um processo que libera neutrófilo em situação marginada para circulante.

O neutrófilo fica ligado ao endotélio por ligandinas (neutrófilo - selectina L; endotélio - selectina E), fazendo com que o neutrófilo vá rolando pelo endotélio, (quando o sub-endotelio é invadido por bactérias, vão liberar substancias que irão atrair o neutrófilo ate ali), quando aparece bactéria os fatores quimiotaticos acabam fazendo com que haja uma liberação da ICAM1, prende o neutrófilo se aderindo, fazendo a diapedese (migração do vaso para o endotélio), o neutrófilo vai migrando ate a bactéria onde vai fazer a fagocitação. Nesse processo de fagocitacao, para o neutrófilo esticar a membrana, se usa mt O2 e para fechar, se usa acido H+ (dentro do fagoçoma), produzindo uma agua oxigenada (bactericida). Vai haver cloreto no fagocoma, que vai reagir com o peroxido, formando agua sanitária. O granulo azurofilo vai liberar para dentro do fagocoma, uma enzima chamada mieloperoxidase (bactericida) Granulos neutrofilos (lactoferrina e proteina catiônica, são bacteriostaticas, impedindo o crescimento da bactéria) Neutrofilo é uma célula camicase (bactéria morta e neutrófilo morto, o famoso pus).

No resultado de hemograma avaliamos os neutrófilos, há uma neutrofilia (é um somatório de todo os tipos de neutrófilos) quando o numero de neutrófilo é acima de 7000. Nos processos infecciosos, bacterianos e inflamações é onde acontece isso. Desvio a esquerda (presença de células jovens); Desvio a direita (ausência de células jovens). Neutrofilia sem desvio significa inflamação, Neutrofilia com desvio a esquerda significa infecção aguda, Neutrofilia com desvio a direita significa uma infecção crônica.

Estímulos físicos (frio, calor, exercícios, vômitos e etc) e emocionais (medo ansiedade), é a neutrofilia fisiológica. Infecções bacterianas, tumores, inflamações, doencas hematológicas (leucemias, anemias mieloproliferativas) Neutropenia, diminuição do numero de neutrofilos (-2000). Acontece da agranulocitose infantil, lúpus, drogas, radiação, alcoolismo, anemia megalobástica e etc. Alterações quantitativas (referente a números apenas), mas pode haver a qualitativa também.


Alterações qualitativas Anomalia de Pelger-Huet: É hereditária, caracterizada pela falta de segmentação normal do núcleo. Não globula mais que dois. O número de bastão será aumentado, com desvio a esquerda sem neutrofilia e classificação patológica. Em uma observação microscópica, deverá implicar desta forma no laudo: Na lamina analisada foi constatado que os neutrófilos examinados são bi-segmentados e alto numero de bastão, sugerindo anomalia de pelger Huet. Quando na amostra tem neutrófilo bilobulados e com lobulação normal, é chamado de pseudo pelger. Acontece nas leucemias mielóide. Granulações grosseiras (ou toxicas) Sao grânulos roxos no neutrófilo. É o processo de uma inflamação aguda. Inclusões de Hohle, é uma manchinha, é uma liquefação do retículo endoplasmático do neutrófilo, acontece nas infecções severas: pneumonia, sepse e etc. Anomalia de Alder Reilly, hereditária, caracterizada por grânulos de mucopolisacarídeo na membrana das celulas. Mucopolissacaridose, é uma doença do esqueleto humano, chamada de Gargoilismo (aspecto de gárgula, síndrome de Hurte ou mucopolissacaridose) Sindrome de chediak higashi, autossomica, recessiva, rara e fatal. É caracterizada por grânulos nos monólitos, linfócitos e neutrofilos. Esses grânulos impedem que a célula faça quimiotaxia, não reconhece antígeno, ta exposto a tudo.

Corpúsculo de Barr, apenas mulher tem esse excesso de cromossoma X. É uma projeção no núcleo do neutrófilo, que diz que o sangue é de mulher. Não é uma anomalia.

Anomalia de May Regglin, hereditaria autossomica dominante, tem três características: corpusculose dohle, plaquetas gigantes e trombocitopenia. Linfócitos, são divididos em duas partes: Linfócitos B e T, os B são os que amadurecem na medula óssea, e o T são os que amadurecem no Timo. Os linfócitos T são responsareis pela resposta celular (imunidade). O linfócito B é responsável pela resposta humoral (produção de anticorpos). Linfócitos costumam durar meses, apesar de ter alguns que duram anos, como o de memória (linfócito B, lembram eternamente do antígeno). Sub-populacoes, os linfócitos T tem os auxiliares (é marcado pelo CD4, apresenta o antígeno ao sistema imunológico), citotoxicos citoliticos (é marcado pelo CD8, já tem a informação sobre o antígeno e é capaz de destrui-lo), e NK (matador natural, psicopata, mata todas as células). Linfócito B e T na microscopia é tudo igual. Porém na imunologia é possível diferenciar através dos marcadores monoclonais. O linfócito é o leucócito envolvido com viroses, podemos encontrar linfócitos aumentados nas viroses. Nas viroses encontramos a atipia linfocitária (linfócito atípico, é o T que entrou em contato com o vírus e expandiu o citoplasma) Na virose encontramos uma diminuição de leucócitos totais (leucopenia), apresentando uma linfocitose (numero de linfócitos aumenta) e diminuição do numero de plaquetas, presença de atipia linfocitária (linfócitos atípicos) Temos linfocitoses nas viroses, infecções crônicas e coqueluche (promove uma reação leucemóide, infecção que simula leucemia, a toxina dela engana o sistema imunológico, ele não encontra a infecção).


A mononucleose infecciosa é uma virose causada pelo vírus Epstein Barr, ele tem afinidade com celular monucleares (linfócitos e monócitos atípicos, consequentemente aumento dos números dessas células).É semiquantificado através de cruzes. Toda criança tem uma linfocitose fisiológica (número de linfo aumentado), para uma criança ter uma linfocitopenia, tem que ter menos de 3000 linfo (Pois o timo da criança é maior que o do adulto). É uma resposta passageira a ativação do eixo hipofise-supra-renal. Encontramos linfocitopenia na Radioterapia intensiva, lupos, doença do Hodgkin. (O indivíduo soro positivo, tem o hemograma normal, apenas o com aids aparece no exame) Monócitos, ele é o leucócito do sangue periférico, com função de fagocitar micropartículas. Consegue fagocitar um protozoário. Ele é o único leucócito maduro que está no sangue periférico que tem a cromatina frouxa (diferente dos outros que tem ela condensada). Está ali no sangue periférico transitoriamente, vai migrar para o tecido e ali vai virar o macrófago. Monocitose: Teremos aumento do numero de monócitos na mononucleose, doenças do colágeno (artrose, artrite). Monocitopenia: Diminuição do numero de monócitos, é incomum, presente em infecções agudas, e na desnutrição (caquexia, desnutrição extrema).

CÉLULAS DO TECIDO SANGUÍNEO

Como identificar:

Linfócitos, são células pequenas, com alta relação núcleo citoplasma (quando o núcleo ocupa quase todo o citoplasma; núcleo regular ), são arredondadas, cromatina condensada. É uma célula parâmetro para classificação das hemácias. Aparece na virose, onde estica ao citoplasma e é a resposta celular da imunidade. Monócito, maior célula do sangue periférico, cromatina frouxa, núcleo irregular, baixa relação núcleo citoplasma. Vai migrar para o tecido se tornando um macrófago. Bastão, tem um núcleo em forma de C ou S, cromatina condensada, está no sangue periférico, grânulos neutrófilos ( um pouco rosados) Segmentado, dois a cinco lóbulos (interligados por filamentos de cromatina). Eosinófilo, é bilobulada, com grânulos alaranjados. Basófilo, grânulos roxos/lilás e nem vê o núcleo perfeitamente.

FISIOLOGIA DA HEMOSTASIA E PLAQUETAS Hemostasia, é qualquer ser vivo dotado de sistema circulatório, é o que não deixa esse ser morrer após uma lesão. Ela vem, fecha a lesão, restabelece o fluxo sanguíneo e a integridade do vaso, e vem depois um processo que destrói o coagulo. Esse processo de integridade e destruição, equilíbrio entre duas forças. Se houver o desequilíbrio entre essas forças, ocasiona uma hemorragia ou uma trombose.


Quem participa: Parede do vaso, quando ocorre uma lesão, ocorre uma vasoconstrição, para impedir o escoamento do sangue e aumentar a superfície de contato com as plaquetas, para formar uma ‘rolha’, tampão plaquetário, e impedir mais vazamento. Esse processo entre a parede vascular e as plaquetas é chamado de Hemostasia primária. O sistema da coagulação, o coágulo vai reagir em cascata (cascata da coagulação) para formar o coágulo (rede de fibrina) e se chama hemostasia secundária. Fibrinólise, vai haver um excesso de coagulo, esse excesso de coágulo, vai ser destruído pela fibrinólise, que é um sistema fibrinolítico (sistema enzimático).

cinturão de filamentos, chamado de microfilamentos. Nas extremidades existem os microtúbulos, esses dois juntos formam o citoesqueleto da plaqueta. No interior das plaquetas existem duas redes de cisterna, uma que faz a comunicação do meio interno com o externo chamado de sistema canalicular aberto, ele promove a saída do conteúdo da plaqueta para o meio externo. A outra rede é o sistema tubular denso, é nele que ocorre a reserva de cálcio, importante para a coagulação do sangue. No meio da plaqueta existem os três tipos de grânulos. Os densos, alfa e lisossoma.

Plaquetas, são os primeiros elementos do sangue a chegar na lesão. O Megacariócito é exclusivo da medula óssea.

A plaqueta quando chega no sangue periférico tem uma vida de 7-10 dias, o normal de contagem é de 150 a 450.000 mm3. Quando a pessoa 100.000, é falado que ela atingiu o limiar hemorrágico, quando chega a 50.000, é falado que ela atingiu limiar hemorrágico espontâneo. Quando chega a 2.000, é falado que atingiu o limiar hemorrágico cerebral espontâneo. A plaqueta em sua morfologia é discoide (parece m&m de chocolate). Em torno da plaqueta na parte interna, existe um

A função da plaqueta é formar uma rolha plaquetário e servir de base/superfície para que os fatores da coagulação possam reagir em cascata. Porem para isso ela tem quatro etapas: Adesão, Agregação, Secreção e Atividade Pro Coagulante. A membrana da plaqueta é positiva e a parte externa do endotélio também, havendo a lesão, a parte interna (colágeno) que é negativa é exposta. Havendo a vasoconstricao aumenta a superfície de contato da plaqueta carga positiva com a carga elétrica negativa do colágeno. Mas essa atração n é suficiente para manter a plaqueta na lesão, então a


plaqueta na membrana tem receptores específicos (com glicoproteinas, chamada GP1b) para a proteína que já circula no plasma porem está inativa, é o fator de Von Willebrand (FvW). Ele começa a rodar ali perto da plaqueta, chamado de estresse de cisalhamento, com a finalidade de encaixar na plaqueta. A plaqueta se adere através do FvW ao subendotélio. Quando ela se adere ela é ativada, assim ela exponhe os seus outros receptores. E passa para o processo de agregação, que é uma plaqueta se agregando a outra plaqueta. Essa agregação se da devido ao fibrinogênio que se agrega nas glicoproteínas 2b e 3a. Com isso gerando a rolha plaquetária. Para fixar melhor, é “usado” o tromboxane (sem ele não existe a agregação plaquetária), que é fundamental para a agregação. Vem do acido aracdonico, que faz parte da secreção. A aspirina (acido acetil salicílico) vai impedir/inibir que essa agregação aconteça, vai inibir a cicloxigenase, que acabar não tendo tromboxane e consequentemente a agregação plaquetária. O paciente vai ter um sangramento muito mais intenso por causa disso. Se a parte externa da plaqueta é positiva, a interna é negativa, para servir de base ela roda a sua membrana para expor a parte interna. Essa rotação é chamada de Flip-Flop. Hemostasia Secundária Fatores da coagulação são proteínas numeradas em algoritmos romanos, de 1-13, as são 12 pq o fator 6 não existe, que estão no plasma na forma inativa, o único que não está no plasma é o 3 (Tromboplastina Tecidual).

Cascata da Coagulação O fator 3 (trombo) sai do tecido e cai na corrente sangüínea, chegando la ativa o fator 7 que ja estava no sangue, o 7 vai ativar o fator 10, o 10 (demora, ai precisa

de um catalisador, que será o fator 5; e dos co-fatores 4/Ca2+, que vem da cascata de coagulação e do pf4 que veio dos grânulos alfa da plaqueta; isso tudo se transforma em um complexo enzimático chamado de protrombinase, se chama assim pois é uma enzima que quebra a protrombina) ativa o 2 (protrombina em trombina), a Trombina vai quebrar o fator 1 (que é o fibrinogênio) em fibrina (é instável, para ficar estável precisa do fator 13, formando assim a fibrina insolúvel); Ao mesmo tempo, o fator 12 que estava no sangue, se auto ativa fazendo o Flip Flop (por causa da presença de carga elétrica negativa), vai e ativa o 11, que vai e ativa o fator 9, e o 9 ativa o fator 10 tbm, (porem antes o 9 precisa do fator 8 que tbm precisa dos mesmos catalisadores: 4 e pf4; que vai ser chamado de Tenase pois é uma enzima e ten é 10 que é quebrado). Depois descobriram que o fator 7 tbm ativa o 9. A que começa pelo 3 é chamada de via extrínseca, a do 12 é chamada de via intrínseca. A partir do 10, tanto faz o lado, é chamada de via comum. Isso tudo tem que estar pronto em 10 min. E destruído até 72h. A única enzima capaz de distruir a fibrina insolúvel, é a plasmina que vem de uma proteína que tbm ja está no plasma, chamada plasminogenio. Quem ativa o plasminogenio é o fator 12 e o 11. A fibrina destruída vai ser o chamado Produto de degradação da fibrina (famoso PDF). Esses pedaços restantes são fagocitados pelos macrófagos e eosinófilos.


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